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Otimização de Geometria Malha de

Aterramento baseado em Algoritmo


Genético
DISCENTE: CARLOS LEANDRO BORGES DA SILVA.
ORIENTADOR: WESLEY PACHECO CALIXTO.

1
Introdução
Sistemas de Aterramento em Subestações
Objetivos:
 Funcional;
 Segurança.
Normas:
 IEEE Std. 80-2013 – IEEE Guide for Safety in AC Substation
Grounding;
 ABNT NBR 15751:2013 – Sistemas de Aterramento de
Subestações – Requisitos.

2
Introdução
Hipótese e Objetivos
 Hipótese:
 Metodologia proposta por Heppe (1979).
 Reduzir a quantidade de material (condutor e hastes verticais)
 Objetivos:
 Calcular os parâmetro de malhas com qualquer geometria e a qualquer
profundidade em solos com estratificação em até duas camadas, na
frequência industrial (50/60Hz);
 Análise do potencial e tensões em qualquer ponto da superfície do
solo;
 Implementação computacional.
 Otimizar a geometria de malhas de aterramento elétrico.

3
Parâmetros de Projeto
Estratificação do Solo
Ar

h1 ρ1
Subsolo

h2

ρ2

Rocha
Primária

4
Parâmetros de Projeto
Corrente Aplicada na Malha
 Fração da corrente de falta que flui para a o solo através da
malha;

 Curto-circuito assimétrico:
 Monofásico (fase-terra);
 Bifásico com contato para terra (fase-fase-terra).

5
Parâmetros de Projeto
Dimensionamento do Condutor

 Alta condutividade;

 Suportar o aquecimento provocado pela corrente


aplicada na malha durante o tempo da falta;

 Resistir aos esforços mecânicos e a corrosão.

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Parâmetros da Malha de Aterramento
Elevação do Potencial de Terra (GPR)
Condições Normais:
 Potencial do eletrodo = Potencial do terra remoto.

Durante a Falta:
 Ocorre elevação do potencial elétrico da malha em relação ao
terra remoto.

GPR:
 Potencial elétrico máximo que o eletrodo da malha pode atingir
em relação ao terra remoto durante a falta.

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Parâmetros da Malha de Aterramento
Tensões de Toque e de Passo
 Tensão de Toque:  Tensão de Passo:

1m
GPR
de Toque
Tensão

Tensão

Passo
Potencial

Potencial

de
Distância Distância
Vtoque  GPR  Vsuperfície V passo  Vsuperfície1  Vsuperfície2

8
Parâmetros da Malha de Aterramento
Resistência
É a resistência elétrica entre a malha e o terra remoto;

É diretamente proporcional a resistividade do solo e


inversamente ao comprimento do eletrodo;

Dada por:

GPR
Rg 
Ig

9
Potencial Elétrico
Fonte Pontual de Corrente
Meio 2 Ef , Jf Meio 2
ρ2 ρ2

Q Q
Meio 1 Ee , Je Er , Jr Meio 1
ρ1 ρ1
F
F
Ee , Je

Er  K  Ee
 Fator de reflexão:
 2  1
E f  1  K   E e K 
 2  1

10
Potencial Elétrico
Fonte Pontual de Corrente

F’ 1  i
v Fonte  E e  r0 
4   r0
r'0 ρ2
1  i  K
Q v Fonte '  E r  r0 ' 
Er, Jr 4  r0 '
r0 ρ1
P
F Ee, Je  1  i  1
K 
v r  v Fonte  v Fonte '  
4   r0 r0 ' 

11
Potencial Elétrico
Fonte Linear de Corrente

ρ2
 1  i  1 1 
vr   dL  K  dL 
4  L  r0 r0 ' 

ρ1

12
Potencial Elétrico
Fonte em Solo Estratificado em Duas Camadas

ar  ar  
F P
h1 ρ1 K solo / ar  1
subsolo

⁞ ρ2

Rocha Primária

13
Potencial Elétrico
Fonte na Primeira Camada do Solo
D
D
1  i  1 1
vr   dL   r' dL 
r'n+ 4  L  r0 0
r'n- 2nh1
  1 1 1 1 
F’  K 
n
dL   r' dL  r dL   r' dL  
 
D n 1  rn  n n n 
D r'0
h1 F P
r0
 P na superfície do solo:
2nh1
rn-
1  i  1  1
1 
rn+ vs     dL   K    dL  n
r dL  
2  L  r0  
D
n 1  rn  n 
D

14
Potencial Elétrico
Fonte na Segunda Camada do Solo
D
1  i  1 1
vr   dL   r' dL 
4  L  r0 0
F’ r'n
2nh1   1 1 
D r'0  K   dL 
n
 dL  
 r r 'n 
n 1  n 
h1 D P

F
r0 2nh1  P na superfície do solo:
rn
1  i  1  1 

  dL   K   dL  
n
vs 
2  L  r0  r 
D n 1  n 

15
Resistência Mútua
Segmentos Fonte e Segmento Receptor

j  Fonte
k  Receptor

vk
R jk 
ij
16
Resistência Mútua
Segmentos na Primeira Camada do Solo

1  i j  1 1
vk    dL k dL j   r dL k dL j 
4  L j L k  r0 0 '
  1 1
 K  n
dL k dL j  dL k dL j 
   r
n 1  rn  n '

1 1 
 r dL k dL j   dL k dL j  
rn  ' 
n 

17
Resistência Mútua
Segmentos na Primeira Camada do Solo

vk 1  1 1
R jk     dL k dL j   r dL k dL j 
ij 4  L j L k  r0 0 '
  1 1 R jk  R kj
 
K  n
dL k dL j  dL k dL j 
 r  r '
n 1  n n

1 1 
 r dL k dL j   dL k dL j  
rn  ' 
n 

18
Resistência Mútua
Segmentos na Segunda Camada do Solo
j'n

r'n R jk 
2  1  K
jn   dLk dL j   dLk dL j 
2nh1 4 πL j Lk  r0 r0 '
rn 1  K  dL dL
2 
K n 1  K  dL dL 
2

 rn
k j
n 1
 rn '
k j 

h1 j'

j r'0
r0 k R jk  R kj

19
Resistência Mútua
Segmentos em Diferentes Camada do Solo
j'n

r'n
j' 2  1  k  1  k dL dL 
2nh1 R jk    dL k dL j   k j
D r'0 4 π L j L k  r0 r0 '

h1
  1  k  1  k  dL dL 
D k
 K 
n
dL dL  
r0
  rn
k j  rn '
k j

j 2nh1 n 1  
rn

D R jk  R kj
jn

20
Simulador
Segmentação da Malha

k
12
h 6 i 7
14 Corrente dissipada
j para o solo
11
8 e 4 f 5
g
9
10 13
1 2 3
a b c d
(a) (b)

21
Simulador
Sistema Matricial – Correntes de Dispersão
m m
Vk  v
n 1
kn  R
n 1
i
kn n

R11 i1  R12 i 2  R13 i 3    R1 m i m  V1  R11 R12 R13  R1 m   i1   V1 


R 21 i1  R 22 i 2  R 23 i 3    R 2 m i m  V 2 R R 22 R 23  R 2 m   i 2   V 2 
 21
R 31 i1  R 32 i 2  R 33 i 3    R 3 m i m  V 3  R 31 R 32 R 33  R 3 m    i3    V 3 
      
          
R m 1 i1  R m 2 i 2  R m 3 i 3    R mm i m  V m  R m 1 Rm 2 Rm 3  R mm   i m  V m 

V 1  V 2  V 3    V m  GPR

22
Simulador
Sistema Matricial – Correntes de Dispersão
m
Ig  i
n 1
n (Corrente total aplicada na malha.)

 R11 R12 R13  R1 m  1  i1   0 


R  
 21 R 22 R 23  R2m  1  i 2   0 
 R 31 R 32 R 33  R3 m  1  i 3   0 
   
             
 R m1 Rm 2 Rm 3  R mm  1  i m   0 
     
 1 1 1  1 0   GPR   I g 

23
Simulador
Sequência de Cálculo

Segmentação da Tensão de
malha. Potenciais na toque
superfície do solo.
m

Correntes de Vs  v
n 1
n

Resistências dispersão dos Tensão de


 segmentos e GPR.
mútuas. passo
(Sistema matricial)
Resistência do GPR
aterramento. R g 
Ig

24
Metodologia
Algoritmo Genético

25
Metodologia
Algoritmo Genético

26
Metodologia
Algoritmo Genético

27
Resultados
Estudo de Caso 1-Validação do Simulador
 Parâmetros:
 D = 0,5 m;  ρa = 100 Ω∙m;
 a = 0,005 m;  Ig = 1.000 A.

Quadrada Retangular Geometria “L” Geometria “T”


20 m 30 m 30 m
40 m

10 m
4
20 m

20 m
10 m

20 m
submalhas
10 m

10 m
20 m 30 m 30 m
40 m
16
10 m

20 m
20 m
20 m

submalhas 5m
5m 5m 5m

28
Resultados
Estudo de Caso 1
Quadrada Retangular Formato em “L” Formato em “T”
Método 4 16 4 16 4 16 4 16
submalhas submalhas submalhas submalhas submalhas submalhas submalhas submalhas
2,216 2,216 2,216 2,216 2,216 2,216 2,216 2,216
Dwight
15,7% 6,4% 6,8% 3,2% 8,9% 0,7% 10,3% 1,0%
3,049 2,716 2,985 2,692 2,985 2,692 2,985 2,692
Laurent
16,0% 14,7% 25,6% 25,4% 22,8% 22,4% 20,8% 20,3%
2,808 2,604 2,469 2,321 2,722 2,542 2,722 2,542
Schwarz
6,8% 10,0% 3,9% 8,2% 12,0% 15,6% 10,2% 13,6%
2,957 2,624 2,983 2,600 2,983 2,600 2,983 2,600
Sverak
12,5% 10,8% 21,7% 21,1% 19,0% 18,2% 17,1% 16,2%
3,637 3,149
Nahman - - - - - -
38,3% 33,0%
4,802 3,262
Chow - - - - - -
82,6% 37,8%
2,627 2,363 2,273 2,079
MEC - - - -
0,1% 0,2% 4,3% 3,1%
Proposto 2,629 2,367 2,376 2,146 2,431 2,200 2,470 2,238

29
Resultados
Estudo de Caso 2 – Malha Não Convencional
8,92 m

 Parâmetros:

5,00 m
 D = 0,5 m;
 a = 0,005 m;
 Ig = 1.200 A;

17,00 m
 ρ1 = 200 Ω∙m;
 ρ2 = 400 Ω∙m;
 h1 = 8 m.
y

0 x
6,00 m

30
Resultados
Estudo de Caso 2 – Malha Não Convencional
 Potencial na superfície do solo:
Parâmetros Coordenadas Valor

Rg [Ω] - 8,00

GPR [V] - 9.595,60

Vs [V] x = 9,8 m e y = 10 m 9.245,45

Vt [V] x = 0 m e y = 10 m 2,075,98

x1 = 16 m e y1 = 17 m
Vp [V] 925,04
x2 = 15,36 m e y2 = 16,23 m

31
Resultados
Estudo de Caso 2 – Malha Não Convencional
 Tensão de toque:  Máxima tensão de passo:

32
Resultados
Estudo de Caso 3 – Profundidade da Malha
 Parâmetros:
 a = 0,005 m;  ρ1 = 200 Ω∙m;  h1 = 2 m;
 Ig = 1.200 A;  ρ2 = 400 Ω∙m;  D = 0,5 - 3,5 m.

33
Resultados
Estudo de Caso 3 – Profundidade da Malha

34
Resultados
Estudo de Caso 3 – Profundidade da Malha
8,92
5,00

y = 11 m

17,00

0 x
6,00

35
Resultados
Estudo de Caso 3 – ρ2 × h1
 Parâmetros:
 a = 0,005 m;  ρ1 = 200 Ω∙m;  h1 = 2, 4, 8, 16 m;
 Ig = 1.200 A;  ρ2 = 50, 100, 200, 400, 600, 800, 1.000 Ω∙m;  D = 0,5 m.

36
Resultados
Estudo de Caso 3 – ρ2 × h1

37
Resultados
Estudo de Caso 4- Caso Real
Parametros:
 d = 0.00667 m (diameter of the conductor)
 D = 0.8 m (depth of burial)
 ρ1 = 500 Ω.m (upper layer resistivity)
 ρ2 = 80 Ω.m (bottom layer resistivity)
 H = 6 m (depth of the upper layer)
 it = 1000 A (total current injected into the grid)
 ρs = 3000 Ω.m (crushed stone resistivity)
 hs = 0.2 m (depth of the crushed stone layer)
 Perimeter = 50 x 40m

38
Resultados
Estudo de Caso 4- Caso Real

Grounding Touch Step


Conductor Vertical
Resistance Voltage Voltage
Length (m) Rods
(Ω) (V) (V)

IEEE-80 3.718 665.910 276.17 910 43

Method by this
2.121 764.453 221.395 888.789 17
paper

39
Resultados
Estudo de Caso 4- Caso Real
Parâmetros:
 d = 0.009441 m (diâmetro do condutor)
 D = 0.6 m (profundidade da malha)
 ρ1 = 240 Ω.m (resistividade da 1° camada)
 ρ2 = 521.9 Ω.m (resistividade da 2° camada)
 H = 9.7 m (espessura da 1° camada)
 it = 2083.14 A (corrente total injetada na
malha)
 ρs = 3000 Ω.m (resistividade da brita)
 hs = 0.1 m (profundidade da camada de brita)

40
Resultados
Estudo de Caso 4- Caso Real

41
Resultados
Estudo de Caso 4

Resistência do Tensão de Tensão Compriment


Hastes
Aterramento Toque de passo o do
verticais
(Ω) (V) (V) condutor(m)

IEEE-80 2.38 652.41 219.60 2100 0

Metodo
2.73 638.54 221.05 1253.95 8
proposto

Tolerable step voltage is 2,273.8291 V and tolerable touch voltage is 691.4939 V.

42
Resultados
Estudo de Caso 4

Step potential

Surface potential

Touch potential
43
Metodologia
Telas

44
Metodologia
Telas

45
Metodologia
Telas

46
Metodologia
Telas

47
Metodologia
Telas

48
Metodologia
Telas

49
Conclusão
Vantagens e Desvantagens
 Vantagens do Método Proposto:
 Cálculo dos parâmetros de malhas com eletrodos em posições
arbitrárias e terrenos com qualquer geometria;
 Obtenção da corrente de dispersão em cada segmento;
 Solo estratificado em duas camadas;
 Cálculo do potencial e das tensões de toque e de passo em qualquer
ponto da superfície do solo.
 Desvantagens do Método Proposto:
 Complexidade da modelagem e da implementação;
 Tempo gasto para os cálculos.

50
Conclusão
Contribuição do Trabalho
 Revisão matemática das expressões do potencial induzido e da resistência mútua entre os
segmentos;

 Obtenção das expressões para segmentos em quaisquer posições e profundidades;

 Apresentação das resolução pelo método matricial das correntes de dispersão e do GPR;

 Descrição da implementação computacional.

 O algoritmo implementado tem potencial para realizar otimização de geometria de malhas de


aterramento elétrico.

 O calculo dos parâmetros com hastes verticais em posições arbitrarias e terreno com geometria
qualquer.

 O método proposto possibilitou a redução de material para os estudos de casos apresentados.

51
Conclusão
Produções Bibliográficas - Publicadas
 T. G. Pires, C. L. B. Silva, and W. P. Calixto, “Malha de aterramento: cálculo de parâmetros em geometrias não
convencionais,” 11º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (CONPEEX), Goiânia, Brasil, 2014, pp. 3020-3024.

 T. G. Pires, C. L. B. Silva, D. N. Oliveira, J. W. L. Nerys, A. J. Alves and W. P. Calixto, “Computation of grounding


grids parameter on unconventional geometry,” Electrical, Electronics Engineering, Information and Communication
Technologies (CHILECON), 2015 IEEE CHILEAN Conference on, Santiago, Chile, 2015, pp. 523-527.
DOI: 10.1109/Chilecon.2015.7400427

 T. G. Pires, C. L. B. d. Silva, W. P. Calixto, D. N. Oliveira, A. J. Alves, E. G. Domingues, J. L. Domingos, and G. P.


Furriel, “Simulation and determination of grounding grid parameters in non-symmetrical shapes,” 2015 IEEE 13th
Brazilian Power Electronics Conference and 1st Southern Power Electronics Conference (COBEP/SPEC),
Fortaleza, Brazil, 2015, pp. 1-5. DOI: 10.1109/COBEP.2015.7420186.

52
Conclusão
Produções Bibliográficas - Aceitas
 T. G. Pires, C. L. B. Silva, D. N. Oliveira, A. M. Silva Filho, A. J. Alves, S. Visacro and W. P. Calixto, “Computation
of Grounding Grids Parameter on Unconventional Geometry for Any Area,” EEEIC 2016 - IEEE International
Conference on Environment and Electrical Engineering, Florença, Itália, 2016;

 C. L. B. Silva, T. G. Pires, D. N. Oliveira, A. M. Silva Filho, A. J. Alves , S. Visacro and W. P. Calixto,


“Optimization of Grounding Grids Multi Design Geometry,” EEEIC 2016 - IEEE International Conference on
Environment and Electrical Engineering, Florença, Itália, 2016;

 T. G. Pires, C. L. B. Silva, A. M. Silva Filho, S. Visacro and W. P. Calixto, “Ground Resistance and Potential on the
Soil Surface of Grids with Arbitrary Geometries,” GROUND’2016 & 7th LPE - International Conference on
Grounding and Earthing & 7th International Conference on Lightning Physics and Effects, Porto de Galinhas,
Brasil, 2016.

53
Conclusão
Sugestões para Trabalhos Futuros
 Cálculo em solos estratificados em mais de duas camadas
(imagens complexas);

 Eletrodos enterrados verticalmente no solo (hastes);

 Implementação de cálculo para malhas com eletrodos em


diferentes profundidades;

 Algoritmo de otimização para obter malha com menor custo e


que atenda os critérios de segurança e desempenho.

54
Obrigado!

55

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