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A ÓTICA DA INCLUSÃO

Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores,
ao arrependimento. (Lc 5:31,32)

Levi ficou conhecido no grupo de discípulos com o nome de Mateus, que significa dádiva ou presente de Deus. Ao
ouvir o chamado Jesus deixou tudo para segui-lo e chamou seus amigos para um banquete junto com o Mestre.
A atitude de Jesus, sentando à mesa com publicanos era uma tremenda afronta ao legalismo dos fariseus que viam
os coletores de impostos como pecadores e traidores, dos quais não deviam se aproximar, pois eram impuros.
Jesus, no entanto, os enxergava como enfermos que precisavam de um médico e do remédio para o pecado que é
a salvação.
O Senhor conseguia ver claramente o orgulho daqueles fariseus, que se consideravam muito justos, ao passo que
Levi sabia que era desprezado e carecia da graça de Deus. Quem se vale de sua religião para estar de pé acaba
descobrindo que não é suficiente para dar sustento. Aquele que se humilha e se entrega totalmente a Deus, é
acolhido e guardado pelo Pai.
Jesus conta então para os fariseus uma parábola falando de remendos novos em vestes velhas e vinho novo em
odres velhos, exatamente para denunciar a incompatibilidade das suas ações dentro da ótica legalista dos fariseus.
A religião deles estava envelhecida, como panos rotos que se rasgam com facilidade. O Evangelho, no entanto, é
boa nova, traz novidade de vida.
Os fariseus pensavam pela ótica da exclusão: se não for igual a nós não pertence ao nosso grupo. Jesus agia pela
ótica da inclusão, resgatando do pecado e incluindo na família de Deus. Somos chamados a ter a mesma atitude,
mas, muitas vezes temos a tendência de julgar pelas aparências, de rejeitar pecadores, até achando que não tem
salvação. É conhecida a experiência que determinado pastor fez em sua igreja vestindo-se de mendigo, usando
barba postiça e sentando num dos bancos da igreja. Os crentes ao redor começaram a se afastar, ninguém foi falar
com ele. Quando mostrou seu rosto os membros daquela igreja sentiram vergonha de si mesmos.
Jesus nos deixou o exemplo de uma ótica de inclusão, o amor de Deus demonstrado na cruz é inclusivo, a missão
que recebemos também, pois somos enviados ao mundo para convidar pecadores a entrar no Reino de Deus.
Rev. Tiago Silveira

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