Você está na página 1de 81

TEMA I

Instalações Prediais de
Água Potável

Prof. Caroline Lannes


A Importância da Água
ÁGUA
SOBREVIVÊNCIA EVOLUÇÃO

A água foi e ainda está sendo


Sem ela não existiria: fundamental para o
vida animal nem vegetal desenvolvimento da qualidade
de vida.

CURIOSIDADE:
O homem adulto é constituído
de aproximadamente 70% de água
e uma criança recém nascida é constituída
de aproximadamente 90% de água
A Importância da Água
A Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) define:
“É o estado de completo bem estar físico, mental e
social, e não apenas a ausência de doença ou
enfermidade.”

Curiosidade:
Em cada 100
casos de
doença, em
torno de 80
têm como
origem a água.
Água Potável
Em cada estação de
tratamento de água existe
um laboratório onde são
feitas as análises da água
desde a captação até a
saída para distribuição.
Águas do Paraíba: São realizadas
diariamente, centenas de análises
em todo o processo de produção e
tratamento. Este monitoramento
se estende também por toda a
rede de distribuição da empresa,
garantindo a qualidade da água
fornecida dentro da legislação
vigente; ISO 9001:2000.
Água Potável
A Portaria 518/04 do Ministério da Saúde estabelece que a
água produzida e distribuída para o consumo humano deve ser
controlada e possuir as seguintes características:

 incolor, inodora e insípida;


 turbidez: (medição da resistência
da água à passagem de luz);
 6,0 ≤ Ph ≤ 9,5;
 alcalinidade: isenta;
 sólidos totais: 1000 mg/l.
 cloro: concentração mínima 0,2 mg/l;
 flúor: entre 0,6 e 0,8 mg/l.
Estação de Tratamento de Água (ETA)
A água bruta é captada de um manancial (lagoa, açude ou rio)
e conduzida até a ETA, onde inicia-se o tratamento:

1a etapa: Coagulação/Floculação;
2a etapa: Decantação;
3a etapa: Filtração;
4a etapa: Desinfecção;
Águas do Paraíba (ETA 01)
Estação de Tratamento de Água
da Coroa (ETA 01) com a
obtenção da Certificação de
Qualidade ISO 9001:2000, da
Associação Brasileira de Normas
Técnicas.

A empresa Águas do Paraíba


duplicou a capacidade de
produção de água da principal
unidade do sistema em Campos
dos Goytacazes, para 1200 litros
de água por segundo.
Águas do Paraíba (ETA 01)
A Estação de Tratamento da
Coroa também foi dotada de
cinco conjuntos moto-bomba,
com objetivo de melhor
abastecer diversos bairros da
cidade,

além de novo reservatório


com capacidade de 2 milhões
de litros de água tratada.
Águas do Paraíba (ETA 01)
Foram instalados novos
laboratórios e
equipamentos para
análises físico-químicas
e bacteriológicas.

Investimentos foram feitos , ainda, na


implantação de Centro Operacional
Informatizado, responsável pelo
gerenciamento de todas as fases do
processo de tratamento.
Águas do Paraíba (ETA 01)
Todos os filtros da ETA 01
foram dotados de carvão
antracitoso, considerado
como um dos melhores do
mundo permitindo maior
retenção de partículas em
suspensão e em menor
período de tempo.

Garantindo eficiência para o processo


de tratamento, foi implantado um novo
sistema de energização, com quadros
de comando dotados de inversores de
freqüência.
Águas do Paraíba (ETA 01)
A empresa Águas do Paraíba
investiu também na
implantação de mais de dez
quilômetros de adutoras.

Em Guarus, na margem
esquerda do rio Paraíba do Sul e
nas ruas do Centro, na margem
direita do rio a empresa
implantou novas adutoras
passando por diversas ruas e
avenidas.
Águas do Paraíba (Donana)
Para melhorar o abastecimento de água em grande área da Baixada
Campista e bairros distantes do centro da cidade, Águas do Paraíba
inaugurou em 29 de setembro de 2003 a Estação de Tratamento de
Donana. Foi a quarta ETA construída pela empresa.

Além de tratamento de
água de acordo com os
melhores padrões
mundiais, a água também é
distribuída com flúor. E tem
capacidade de atendimento
de até 35 mil pessoas.
Águas do Paraíba (Farol de São Tomé)
A praia do Farol de São
Thomé, o maior balneário
de Campos, recebendo no
verão mais de 300 mil
pessoas, também teve seu
problema de
abastecimento de água
resolvido.

Logo no primeiro ano da concessão do


serviço e atendendo a solicitação da
Prefeitura de Campos, foram limpas e
desobstruídas as redes de
abastecimento.
Águas do Paraíba (Farol de São Tomé)

Implantada nova adutora com extensão de seis quilômetros e perfurado,


na localidade de Boa Vista, poço com mais de 200 metros de
profundidade, com produção de até 80 litros de água por segundo.
Águas do Paraíba (São Sebastião)
Os moradores de São Sebastião e Poço Gordo, na
Baixada Campista, que há anos tinham problema
com a água, vivem hoje uma nova realidade.

Em 2001, Águas do
Paraíba construiu em
tempo recorde uma nova
Estação de Tratamento
de Água, resolvendo de
uma vez os problemas
de abastecimento para
milhares de moradores.
Reservatório de Água Tratada
Após as 4 etapas de tratamento a água tratada bombeada
por meio de uma tubulação chamada Adutora de Água
Tratada e conduzida a um grande Reservatório, para
garantir a reserva de água de um bairro ou cidade.

Curiosidade:
Este reservatório,
quando possível,
deve ficar no ponto
mais alto e central
da cidade. Assim
pode abastecer por
gravidade diversos
pontos.
Rede de Distribuição
Do reservatório parte uma tubulação responsável pela
distribuição da água tratada, chamada de Rede de
Distribuição, que passa por todas as ruas da cidade.
Ramal Predial
Generalidades
As instruções serão baseadas na norma:
NBR-5626: Instalações Prediais de Água Fria.
Essa norma estabelece as exigências técnicas mínimas
quanto a higiene, segurança, economia e conforto a que
devem obedecer as instalações prediais de água fria.
Para a elaboração do projeto, são De acordo com a norma, as instalações
imprescindíveis as plantas de água fria devem ser projetadas e
completas de arquitetura do prédio, construídas de modo a:
bem como entendimentos
indispensáveis com o autor do  garantir o fornecimento de água de
projeto e o calculista estrutural, a forma contínua;
fim de se conseguir a solução mais  garantir a qualidade da água;
estética dentro da melhor técnica e
economia.  preservar o conforto dos usuários.
Princípios de Hidráulica
Princípios fundamentais da FÍSICA para o entendimento das
Instalações Prediais Hidráulicas.
Definição de Força
Para que possamos levantar uma caixa, empurrar um carro,
temos que realizar um determinado esforço. A esse esforço
muscular aplicado denominamos força.

Unidade empregada para força é kilograma força (kgf).


Definição de Pressão
O efeito que uma força produz
depende sempre da superfície de
contato sobre a qual ela é aplicada. A
este efeito denominamos pressão.
Por exemplo:
Se deitarmos sobre uma cama de prego sentiremos...
Seu peso se distribui entre as pequenas superfícies dos
pregos, resultando em uma grande pressão sobre seu
corpo.
Se deitarmos num colchão sentiremos...
Na cama, a superfície de contato com seu corpo é
grande. Como consequência a pressão torna-se
pequena.

Unidade empregada para pressão é


kilogramaforça/cm² (kgf/cm²).
A Pressão em Hidráulica
A água em um tubo contém peso, esse peso exerce uma
pressão nas paredes e no fundo do tubo.

Em qual dos tubos (A ou B) a água


exerce maior pressão sobre o fundo do
tubo?

As pressões são iguais em ambos os


tubos, porque se fossem diferentes a
água contida em um tubo empurraria a
água do outro tubo até transbordá-lo.
A Pressão em Hidráulica
Teoria dos Vasos Comunicantes:

Se adicionarmos água no tubo A,


inicialmente o que aconteceria?

A pressão aumentaria devido ao


aumento de altura de coluna d’água.
Mas depois baixaria aos poucos
igualando novamente as pressões.
Conclusões sobre Pressão
 A pressão que a água exerce sobre uma superfície
qualquer só depende da altura do nível de água até essa
superfície. É o mesmo que dizer que: a pressão não
depende do volume de água contido no tubo e sim da altura
da coluna de água;

 Níveis iguais de altura de


coluna d’água originam
pressões iguais. A pressão
não depende da forma do
recipiente.
Conclusões sobre Pressão
Nos prédios, o que ocorre com a pressão exercida pela
água nos diversos pontos da tubulação é o mesmo
que nos exemplos anteriores.

A pressão só depende da altura do


nível da água, desde um ponto
qualquer da tubulação até o nível
de água do reservatório.

Com toda essa teoria, surge a seguinte


pergunta:
Onde nós temos maior pressão em um prédio,
no pavimento térreo ou no último pavimento?
Sistemas de Abastecimento da Rede Predial
de Distribuição
É usual ser a rede de distribuição predial alimentada por
distribuidor público, porém poderá ser feita por fonte
particular (nascentes, poços etc.), desde que seja garantida a
sua potabilidade por exame de laboratório.
Sistema de Abastecimento Direto
A alimentação da rede de distribuição é feita diretamente
da rede pública de abastecimento, (sem reservatório), de
forma ascendente.

Só pode ser feita


quando a pressão
da rede pública é
suficiente e haja
continuidade do
abastecimento.
Sistema de Abastecimento Indireto
(sem bombeamento)
Neste sistema de abastecimento há necessidade de
prevermos um reservatório superior (caixa d’água), e a
alimentação será descendente. É o caso comum em
residências de até dois pavimentos.
Só pode ser feita
quando a pressão
da rede pública é
suficiente, mas sem
continuidade do
abastecimento.
Sistema de Abastecimento Indireto
(com bombeamento)
Neste tipo de abastecimento somos
forçados a ter dois reservatórios,
um inferior e outro superior, além
da necessidade do bombeamento.
É o caso mais usual nos grandes
edifícios.
Deve ser feito porque
além da pressão da
rede pública ser
insuficiente, também
não tem continuidade.
Sistema de Abastecimento Misto

O sistema da distribuição misto é aquele no qual existe


distribuição direta e indireta ao mesmo tempo.

Normalmente feito
para uma torneira
de jardim ou tanque
que não tenha
extrema
importância.
Materiais e Equipamentos Hidráulicos
Tubos e Conexões Soldáveis
Os tubos e conexões soldáveis são fabricados na cor
marrom. O sistema é composto por tubos de PVC com
comprimentos comerciais de 3 e 6 metros, nos diâmetros de
20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85 e 110 mm.

Os tubos estão
dimensionados em suas
espessuras de paredes em
relação à pressão de
serviço de 750 KPa, ou
seja, aproximadamente 7,5
Kgf/cm2 (75 m.c.a.), à
temperatura de 200ºC.
Tubos e Conexões Soldáveis
O sistema de tubos e conexões soldáveis é aplicado em
instalações prediais de água fria permanentes, embutidas
em paredes, ou aparentes em locais cobertos.
Transporte e estocagem de tubos:
 devem ser carregados e nunca arrastados sobre o solo;
 o local de armazenamento deve ser plano e bem nivelado;
 no descarregamento devem ser evitadas quedas;
 evitar exposição solar por períodos longos de tempo;
 evitar estocagem externa (não coberta);
 os tubos devem ser estocados com pontas e bolsas
alternadas;
 deverão estar apoiados sobre uma estrutura de madeira;
 a pilha total não deve exceder a 1,5 metros de altura;
 o transporte de tubos deve ser evitado o manuseio violento,
grandes flechas, colocação dos tubos em balanço, contato
dos tubos com peças metálicas e salientes.
Tubos e Conexões Soldáveis
O sistema de tubos e conexões soldáveis no dias atuais é
aplicado em instalações prediais de água fria permanentes,
devido a sua facilidade de instalação.

Transporte e estocagem de conexões:


 o local de armazenamento deve ser
coberto, com espaço suficiente para que
o empilhamento não danifique as
embalagens;
 conexões expostas ao tempo são
afetadas em sua cor pela ação intensiva
e permanente de radiações ultravioletas
ao longo do tempo.
Instruções de montagem
Tubos e Conexões Roscáveis
Os tubos e conexões roscáveis são fabricados na cor
branca. Possuem paredes com espessuras maiores que
seus equivalentes da linha soldável. Isto se faz necessário
para compensar uma parte da espessura da parede que é
perdida ao se efetuar a abertura de rosca. O sistema é
aplicado em instalações prediais de água fria, instalações
provisórias ou em locais que necessitem ser desmontados
com freqüência.
Os tubos estão dimensionados em suas
espessuras de paredes em relação à
pressão de serviço de 750 KPa, ou seja,
aproximadamente 7,5 Kgf/cm2 (75
m.c.a.), à temperatura de 200ºC.
Instruções de montagem

A abertura de roscas nos tubos deve ser feita


com tarraxas especiais para PVC rígido,
garantindo assim que a espessura resultante
no tubo permaneça resistindo aos limites de
pressão admissíveis por norma.
Execução e instalação com rosca

Quando surgirem dúvidas sempre busque


informações na própria embalagem do
produto.
Capacidade dos Reservatórios
Como em quase todas as localidades brasileiras há
deficiência no abastecimento público de água, é pouco
usual a distribuição direta, então, somos levados a
construir reservatórios superiores.
É de boa norma prevermos reservatórios com capacidade suficiente para uns dois dias de
consumo diário, tendo em vista a intermitência do abastecimento da rede pública.
Limpeza da Caixa d’água
A saúde começa pela água que você usa. Mas para conservá-la é preciso
manter sua caixa d’água sempre limpa e bem fechada. Limpe sua caixa de 6
em 6 meses e fique em dia com sua saúde.

Estas recomendações são


válidas para a limpeza de
caixas d’água de até 2.000 l.
Consumo Predial

Para fins de cálculo do consumo


residencial diário, a norma
permite que estimamos cada
quarto social ocupado por 2
(duas) pessoas e cada quarto de
serviço, por 1 (uma) pessoa.

Na falta de outra indicação,


consideramos a seguinte taxa de
ocupação para os prédios públicos ou
comerciais.
Consumo Predial
Conhecida a população do
prédio, podemos calcular o
consumo, utilizando a
seguinte tabela:
Capacidade dos Reservatórios
Quando temos um sistema de abastecimento com
bombeamento necessitamos de dois reservatórios, um
reservatório superior e um reservatório inferior.

O reservatório inferior deve armazenar 60%, ou seja 3/5 e o reservatório superior


deve armazenar 40%, ou seja 2/5 do consumo total.
Reserva Técnica de Incêndio
Devemos prever também, de acordo com a legislação do
Corpo de Bombeiros uma reserva técnica de incêndio,
estimada em 15 a 20% do consumo diário, em decorrência
das Instalações Contra Incêndio e Pânico.
Peça de Utilização de Água Potável
Vazão das Peças de Utilização
As peças de utilização são projetadas para funcionar
mediante certa vazão, que não deverá ser inferior à
seguinte:
Consumo Máximo Provável ou
Método de Hunter
Este critério de dimensionamento se baseia na hipótese de
que o uso simultâneo dos aparelhos de um mesmo ramal é
pouco provável e na probabilidade de uso simultâneo
diminuir com o aumento do número de aparelhos.
O método recomendado pela NBR-5626 e que atende ao
critério do consumo máximo provável é o método das
somas de pesos. Este método de fácil aplicação para o
dimensionamento dos ramais e de colunas de alimentação,
é baseado no uso simultâneo dos aparelhos e peças.
Consumo Máximo Provável ou
Método de Hunter
Foi possível então organizar um ábaco que forneça as
vazões em função dos pesos. Conhecidas as vazões,
podemos fazer um pré-dimensionamento dos
encanamentos pela “capacidade de descarga dos canos”.
Ábaco de Hunter
O método das somas de peso consiste nas
seguintes etapas:

1°) Verificar o peso relativo de cada uma das peças


de utilização;
2°) Somar os peso dos aparelhos alimentados em
cada trecho da tubulação;
3°) Calcular a vazão de cada trecho da tubulação
através da equação;

QC P
Q = vazão em l/s;
c = coeficiente de descarga = 0,30 l/s;
ΣP = soma dos pesos das peças de utilização.

4°) Determinar o diâmetro da tubulação através do


ábaco;
Consumo Máximo Provável ou
Método de Hunter
Exemplo: Dimensionar um encanamento (ramal) que
alimenta um banheiro, com as seguintes peças de
utilização de uso simultâneo: vaso sanitário, lavatório, bidê,
banheira e chuveiro.

Exemplo: Dimensionar um encanamento (ramal) que


alimenta um banheiro, uma cozinha e área de serviço, com
as seguintes peças de utilização de uso simultâneo: vaso
sanitário, lavatório, bidê, banheira e chuveiro, pia de
cozinha, tanque e máquina de lavar roupas.
Perda de Carga
Podemos imaginar que a água que escoa em um tubo seja
composta de minúsculas bolinhas. Com o aumento da
velocidade, o líquido passa a se comportar de forma
agitada, causando grandes choques entre as suas
partículas. Verifica-se que ocorrem também atritos entre
cada uma dessas partículas e suas vizinhanças (parede do
tubo), durante o escoamento.
Perda de Carga Localizada
Nos casos em que a água sofre mudanças de direção,
como por exemplo, em joelho, reduções, tês, ou seja, em
que ela passa por conexões ou registros, ocorre ali uma
perda de carga camada de localizada.

É por isto que, quanto maior for o número de conexões de


um trecho de tubulação, maior será a perda de pressão ou
perda de carga nesse trecho, diminuindo a pressão ao
longo da rede.
Perda de Carga Localizada
Observe a figura e responda:

A) Supondo-se que os registros estejam fechados, em qual nível estará a água no


tubo 1?
O nível da água estará em B. De acordo com a teoria dos vasos comunicantes
estudada anteriormente, a pressão é a mesma quando temos a mesma altura de
coluna d’água, não importando o volume de água contido no tubo, nem sua
forma.
B) Abrindo-se os registros, o nível da água irá para?
O nível da água irá para C. Pois devido a perdas de carga (localizadas nas
conexões e ao longo da tubulação) a pressão irá diminuir no tubo 1.
Perda de Carga (J)
É possível calcular a perda de carga ao longo da tubulação
(perda de carga por metro). Por isso as conexões terão
equivalência em metros, de acordo com a tabela abaixo
(comprimentos equivalentes):
Dimensionamento das Colunas
Método de Hunter

As colunas são dimensionadas trecho por trecho, e, para


isso será útil já dispormos do Esquema Vertical da
instalação, com as peças que serão atendidas em cada
coluna. O esquema vertical não possui escala.
A perda de carga nas conexões que ligam as tubulações,
deve ser expressa em termos de comprimento equivalente
destes tubos.
Exemplo de Esquema Vertical
O esquema vertical é uma
representação da distribuição
das colunas e do reservatório
superior. Não possui escala
definida.
Dimensionamento das Colunas
Método de Hunter
Após realizado o esquema vertical devemos:

1°) numerar a coluna;

2°) somar os pesos de todas as peças de utilização;


3°) somar os peso acumulados no trecho;
4°) determinar a vazão, em l/s, usando o ábaco;
5°) arbitrar um diâmetro D (mm);
Dimensionamento das Colunas

6°) obter os outros


parâmetros hidráulicos, ou
seja, a velocidade V, em
m/s, e a perda de carga J,
em m/m, conhecidos o
diâmetro e a vazão.

De acordo com a NBR-5626 a


velocidade não deve ser superior a
2,5 m/s, caso isso ocorra, devemos
escolher um diâmetro maior.
Dimensionamento das Colunas
7°) para saber o comprimento real (LR) da tubulação, basta
medirmos na planta, indicando o comprimento em m;
8°) o comprimento equivalente (LE) é resultante das perdas
localizadas nas conexões, nos registros, nas válvulas
etc., e representa um acréscimo ao comprimento real;
9°) o comprimento total (LT) é a soma do comprimento real
com o equivalente;
LT = LR + LE
Dimensionamento das Colunas
10°) a pressão disponível no ponto considerado representa
a diferença de nível entre o meio do reservatório e esse
ponto. É medida em metros de coluna d’água (m.c.a);
11°) a perda de carga unitária, em m.c.a, foi obtida
anteriormente J (m/m);
12°) a perda de carga total, em m.c.a, é obtida,
multiplicando-se o comprimento total pela perda de carga
unitária; JT = LR * J
13°) de posse da pressão disponível , subtraindo a perda de
carga total, temos a pressão dinâmica a jusante, em
m.c.a.
Exercício de Fixação
Dimensionar as colunas AF/1 e AF/2 de um edifício
residencial de quatro pavimentos, que atendam às seguintes
peças por pavimento:
AF/1: bacia sanitária com caixa acoplada, chuveiro, lavatório
e bidê;
AF/2: pia de cozinha, máquina de lavar pratos, tanque e
máquina de lavar roupas.

Dados: A tubulação será de PVC, a pressão disponível na derivação do


4º pavimento é igual a 5,5 m.c.a. O comprimento real da tubulação até a
derivação do 4º pavimento é igual a 10,50 m. Suponhamos que, entre os
trechos existam as seguintes peças: registro de gaveta, tê de saída
bilateral, joelho de 90º.
Dimensionamento do Barrilete
Método de Hunter
Chama-se Barrilete a tubulação que interliga as duas
metades da caixa d’água e de onde partem as colunas de
distribuição. Podem ser do tipo ramificado ou do tipo
concentrado.
Dimensionamento do Barrilete

O barrilete também é
dimensionado pelo Método de
Hunter, no qual fixamos a
perda de carga por metro em
8% (J = 0,08 m/m) e
calculamos a vazão como se
cada metade da caixa
atendesse à metade do
número de colunas.
Conhecendo J (m/m) e Q (l/s),
entramos no ábaco e
encontramos o diâmetro D (“).
Dimensionamento do Barrilete

Exemplo: Imaginar o esquema da figura abaixo e


dimensionar o barrilete.

Vazões:
AF/1: Q1 = 4,0 l/s
AF/2: Q2 = 3,5 l/s
AF/3: Q3= 3,4 l/s
AF/4: Q4 = 3,0 l/s
Dimensionamento do Conjunto Elevatório
Um conjunto elevatório consiste no bombeamento de água
de um reservatório inferior para um reservatório superior.
As recomendações da norma NBR-5626 são de 4h de
enchimento para prédios de escritórios, 5h para prédios
residenciais e 6h para hospitais e hotéis.
As instalações elevatórias devem possuir no mínimo duas
moto-bombas (bombas de recalque) independentes para
garantir o abastecimento no caso de falha de uma das
unidades.
Dimensionamento do Conjunto Elevatório
Tubulação de Recalque

Chama-se Recalque o encanamento que vai da bomba ao


reservatório superior.
Podemos tomar que a bomba de recalque bombeie 20%
do consumo diário por hora, o que a obriga a funcionar
durante 5 horas para prédios residenciais, para recalcar o
consumo diário.
Onde:

D  1,3. Q. 4 X D = diâmetro, em metros;


Q = vazão, em m3/s;
X = horas de funcionamento / 24 h.
Tubulação de Sucção
A tubulação de sucção não é dimensionada. Adota-se
simplesmente o diâmetro comercialmente disponível,
imediatamente superior ao diâmetro da tubulação de
recalque.

Exemplo: Vamos supor que desejamos dimensionar a


tubulação de recalque e de sucção para o reservatório
onde seria bombeado o consumo diário de 68.160 litros.
Dimensionamento do Ramal Predial

O diâmetro mínimo do ramal predial é de ¾”.


A vazão mínima para os sistemas de distribuição indireta é
calculado pela fórmula:

C
Q Pela NBR-5626 recomenda-se que a
86.400 velocidade máxima no ramal predial
seja de 1 m/s.

Onde:

Q = vazão mínima, em l/s;


C = consumo diário, em litros.

Você também pode gostar