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O objetivo deste Regulamento

1. Este Regulamento e seus respectivos anexos complementam e ratificam


as disposições constantes no Contrato de Adesão a GRUPO de consórcio
vinculado ao preço do Bem Objeto do Plano, pelo qual o CONSORCIADO,
devidamente nele qualificado, aqui denominado CONSORCIADO,
ingressa em um GRUPO de consórcio administrado por “ABN AMRO
REAL ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA.” aqui denominada
ADMINISTRADORA, com sede em São Paulo, Capital, à Rua Dr. Renato Paes
de Barros, 750 - 15o andar, inscrita no CNPJ sob o no 55.942.312/0001-06
e Autorização do Banco Central do Brasil no 03/00/201/90.

O Grupo de consórcio
2. O GRUPO de consórcio é a reunião de pessoas físicas ou jurídicas, em
GRUPO fechado, promovida pela ADMINISTRADORA, com prazo de
duração previamente estabelecido, com finalidade de propiciar aos seus
integrantes a aquisição de bem por meio de autofinanciamento.
3. O GRUPO de consórcio, por ser sociedade de fato sem personalidade
jurídica, conforme disposto no artigo 12, inciso VII do código de Processo
Civil, será representada pela ADMINISTRADORA, em juízo ou fora dele,
na defesa dos direitos e interesses coletivamente considerados para o fiel
cumprimento dos termos e condições estabelecidos neste Regulamento.
4. O GRUPO será considerado constituído na data da primeira Assembléia
Geral Ordinária convocada pela ADMINISTRADORA, observado que a
convocação só poderá ser feita após a adesão de, no mínimo, 70% (setenta
por cento) dos participantes previstos no Contrato de Adesão.
5. O número de participantes e o prazo do GRUPO estão indicados no Contrato
de Adesão.
6. O GRUPO poderá ser constituído por participantes domiciliados em qualquer
localidade do Território Nacional.

A aplicação dos recursos do Grupo


7. Os recursos do GRUPO, coletados pela ADMINISTRADORA, serão
obrigatoriamente depositados em Banco Múltiplo com carteira comercial,
Banco Comercial ou Caixa Econômica e aplicados, desde a sua
disponibilidade, nos termos da regulamentação vigente.

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O Bem Objeto do Plano
8. O Bem Objeto do Plano é aquele indicado no Contrato de Adesão, sendo
que o GRUPO poderá ter vários bens, de mesma espécie, com preços
diferenciados entre si.
9. Para efeito de cálculo do valor do Bem Objeto do Plano, do valor da
prestação mensal e a sua forma de reajuste, considerar-se-á o que está
determinado no Contrato de Adesão.

O Consorciado
10. O CONSORCIADO é a pessoa física ou jurídica que integra o GRUPO,
assumindo a obrigação de contribuir para o atingimento integral dos
objetivos coletivos, na forma e modo estabelecido neste Regulamento.
11. Por ocasião da adesão ao GRUPO, o CONSORCIADO declarará possuir
situação econômico-financeira compatível com sua participação no
GRUPO, sem prejuízo da apresentação de documentos relativos às
garantias para o recebimento do bem, quando da contemplação.
12. O número da COTA de cada CONSORCIADO será informado no momento
da convocação para a Assembléia de Constituição.
13. O número de cada COTA será atribuído aleatoriamente, por meio eletrônico
de computação, no momento em que o CONSORCIADO assinar o
Contrato de Adesão, não havendo a possibilidade do mesmo solicitar
à ADMINISTRADORA que atribua à COTA número de sua escolha ou
preferência.
14. A ADMINISTRADORA, empresas ligadas a ela, seus sócios, diretores,
gerentes ou outros propostos seus a integrar o GRUPO, na condição de
CONSORCIADOS, estes farão jus à liberação de seus respectivos créditos
somente após a contemplação de todos os demais CONSORCIADOS,
salvo se estes declinarem formalmente desta prerrogativa por ocasião da
Assembléia de Constituição do GRUPO.
15. O CONSORCIADO obrigar-se-á a quitar integralmente o valor do Bem
Objeto do Plano, bem como os demais pagamentos estabelecidos
neste Regulamento, até a data do encerramento do GRUPO, mediante
o pagamento de prestações nas datas de vencimento e na periodicidade
determinadas no Contrato de Adesão.

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A adesão do Consorciado ao Grupo
16. A adesão do CONSORCIADO ao GRUPO se dará no ato de sua assinatura
ao Contrato de Adesão e mediante ao pagamento da 1a mensalidade
(pagamento inicial) e da Taxa de Adesão, se houver.
17. O pagamento indicado no item acima será efetuado através de boleto
bancário emitido pela ADMINISTRADORA ou através de débito em conta
corrente nos bancos que possuam convênio com a ADMINISTRADORA.
18. O CONSORCIADO participará da primeira Assembléia de Contemplação
que ocorrer após a confirmação de seu pagamento inicial.

A adesão ao Grupo em andamento


19. O CONSORCIADO que for admitido em GRUPO em andamento ficará
obrigado ao pagamento das prestações do Contrato de Adesão, observadas
as seguintes disposições:
a. As prestações vincendas deverão ser pagas normalmente, na forma
prevista para os demais participantes.
b. As prestações vencidas deverão ser pagas no ato de sua admissão
ou, a critério da ADMINISTRADORA, à vista ou parceladamente até o
final do prazo de encerramento do GRUPO, atualizadas na forma deste
Regulamento.

A transferência do Contrato de Adesão


20. O CONSORCIADO poderá transferir o presente Contrato a terceiros, através
de Instrumento de Cessão e Transferência, com a devida anuência da
ADMINISTRADORA e estará sujeito ao pagamento da taxa de transferência
prevista neste Regulamento.
21. Na hipótese do CONSORCIADO cedente ter sido contemplado e utilizado
o seu crédito, a transferência se dará através de Aditamento ao Contrato
de Alienação Fiduciária, ou em caso de hipoteca, escritura pública com
anuência da ADMINISTRADORA e substituição das garantias previstas
neste Regulamento.
22. O novo CONSORCIADO deverá possuir condição econômica e financeira
compatível com o compromisso a ser assumido, demonstrado através
de comprovantes hábeis solicitados pela ADMINISTRADORA, além de
estar sujeito à apresentação de garantias adicionais previstas neste
Regulamento.

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A desistência do Consorciado antes da
constituição do Grupo
23. O CONSORCIADO não contemplado poderá solicitar a desistência de
sua participação no GRUPO, recebendo de imediato todos os valores
eventualmente pagos, acrescidos dos rendimentos líquidos de sua
aplicação financeira nos seguintes casos:
a. No prazo de 7 (sete) dias da assinatura do Contrato de Adesão.
b. Quando não ocorrer a constituição do GRUPO no prazo de 90
(noventa) dias, contados da assinatura do Contrato de Adesão.

A desistência do Consorciado após


a constituição do Grupo
24. O CONSORCIADO não contemplado que solicitar formalmente a
sua desistência ao GRUPO, ou deixar de cumprir suas obrigações
financeiras correspondentes a 3 (três) parcelas mensais, consecutivas
ou não, ou de montante equivalente, será excluído do GRUPO,
independente de notificação judicial ou extrajudicial, caracterizando-se
a infração contratual por parte do CONSORCIADO para com o GRUPO
e para com a ADMINISTRADORA.
25. O CONSORCIADO excluído ou desistente terá as importâncias a que
fizer jus, no prazo de até 60 (sessenta) dias a contar da distribuição do
último crédito e desde que decorrido o prazo de duração do GRUPO,
respeitadas as disponibilidades de caixa e na forma do disposto nos
itens seguintes.
26. O crédito do CONSORCIADO excluído ou desistente será apurado
aplicando-se o percentual amortizado até a data da exclusão, sobre
o valor do crédito vigente na data da realização da última Assembléia
Geral Ordinária (AGO) do GRUPO, acrescido dos rendimentos líquidos
obtidos de sua aplicação financeira até a data do efetivo recebimento
pelo credor, deduzindo-se os valores não destinados ao Fundo Comum
e de reserva do GRUPO.
27. A desistência e/ou a falta de pagamento caracteriza infração contratual
pelo descumprimento da obrigação de contribuir para a obtenção
integral dos objetivos do GRUPO, obrigando-se o CONSORCIADO
desistente ao pagamento da importância equivalente a 10% (dez por
cento) do valor do crédito a que fizer jus, a título de cláusula penal.

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28. Ocorrendo a infração contratual por parte do CONSORCIADO desistente
para com o GRUPO, considerar-se-á igualmente rescindido o contrato
firmado com a ADMINISTRADORA, obrigando-se o CONSORCIADO
desistente, ao pagamento da importância equivalente a 10% (dez por
cento) do valor do crédito a que fizer jus, a título de cláusula penal.
29. Caso haja disponibilidade de vaga no GRUPO, e a critério da ADMI-
NISTRADORA, o CONSORCIADO desistente poderá reestabelecer suas
obrigações com o GRUPO até a data da penúltima AGO, pagando as
parcelas vencidas atualizadas de acordo com o valor do crédito vigente à data
da AGO subseqüente ao pagamento, sujeitando-se ainda, ao pagamento
de multa, juros e demais pagamentos previstos neste Regulamento.

Os pagamentos mensais
30. O CONSORCIADO obriga-se ao pagamento de prestação, cujo valor será
a soma das importâncias referentes ao Fundo Comum, Fundo de Reserva,
Taxa de Administração e prêmio do Seguro de Vida.

O Fundo Comum
31. O valor da prestação destinado ao Fundo Comum do GRUPO corresponderá
ao índice mensal resultante da divisão de 100% (cem por cento) pelo número
total de meses indicado no Contrato de Adesão, calculado sobre o valor do
Bem Objeto do Plano vigente na data da realização da Assembléia Geral
Ordinária relativa ao pagamento.
32. Os recursos do Fundo Comum serão utilizados para:
a. Pagamento do bem do CONSORCIADO contemplado.
b. Pagamento à Cia. Seguradora, referente aos prêmios de seguro de vida
em GRUPO.
c. Pagamento do crédito em dinheiro nas hipóteses indicadas neste
Regulamento.
d. Pagamento de despesas devidamente comprovadas com o registro do
Contrato de Alienação Fiduciária, a lavratura da Escritura de Compra
e Venda, limitado a 10% (dez por cento) do crédito de contemplação,
mediante autorização do CONSORCIADO.
e. Pagamento aos participantes excluídos do GRUPO, por ocasião de seu
encerramento.
f. Despesas e honorários advocatícios na cobrança judicial e extra judicial,
em caso de atraso no pagamento das prestações e retomada do bem
10 dado em garantia.
g. Pagamento de despesas devidamente comprovadas relacionadas ao
processo de retomada do bem.
h. Pagamento de CPMF, tarifas bancárias e demais impostos relativos à
movimentação financeira do GRUPO.

O Fundo de Reserva
33. Corresponde ao percentual indicado no Contrato de Adesão aplicado sobre
o valor do Fundo Comum.
34. Os recursos do Fundo de Reserva serão utilizados para:
a. Cobertura de eventual insuficiência de receita, nas assembléias
de contemplação, de forma a permitir a distribuição de, no mínimo,
um crédito.
b. Pagamento de débito de CONSORCIADO inadimplente, depois de
esgotados todos os meios de cobrança.
c. Pagamento à Cia. Seguradora contratada para gerir o seguro de quebra
de garantia.
d. Devolução aos CONSORCIADOS de eventual saldo existente ao término
das operações do GRUPO.

Taxa de Administração
35. A Taxa de Administração é a remuneração da ADMINISTRADORA pela
formação, organização e administração do GRUPO.
36. A Taxa de Administração é composta pela Taxa de Adesão e Taxa de
Administração mensal nos índices estabelecidos no Contrato de Adesão,
aplicados sobre o Bem Objeto do Plano.
37. Não obstante o critério geral indicado no item anterior e desde que respeitado
o limite máximo fixado no Contrato de Adesão, a ADMINISTRADORA poderá
adotar percentuais fixos ou variáveis durante todo o prazo de duração do
GRUPO.
38. A ADMINISTRADORA também será remunerada nas seguintes ocorrências:
a. 50% (cinqüenta por cento) das importâncias recolhidas a título de multas
e juros.
b. 10% (dez por cento) das importâncias a que tiver direito o CONSORCIADO
excluído do GRUPO, a título de cláusula penal por rescisão contratual.
39. Será permitida a apropriação do valor relativo à Taxa de Administração
nos casos de utilização do Fundo de Reserva para cobertura de eventual
insuficiência de receita nas assembléias de contemplação. 11
40. Sobre os recursos não reclamados por CONSORCIADOS ativos e excluídos
será aplicada, mensalmente, Taxa de Administração de 10% (dez por cento),
conforme estabelecido neste Regulamento.

A diferença de prestação
41. A diferença de prestação tem origem quando a importância recolhida pelo
CONSORCIADO que, em face do valor do Bem Objeto do Plano vigente à
data da Assembléia Geral Ordinária, resulte em percentual maior ou menor
ao estabelecido para o pagamento da prestação mensal.
42. A diferença de prestação pode, também, ser decorrente da variação do
saldo de caixa do GRUPO que passar de uma para outra assembléia, em
relação ao aumento do Bem Objeto do Plano verificada nesse período. Esta
diferença deverá ser coberta pela cobrança proporcional entre os parti-
cipantes do GRUPO, incidindo Taxa de Administração sobre a mesma.

Seguro Prestamista
43. A ADMINISTRADORA contratará seguro de vida para todos os consorciados
do grupo, desde que estes sejam aceitos pela Seguradora e obedecidas
as seguintes regras; conforme descrito nas condições gerais do seguro:
a. O seguro terá como segurado o CONSORCIADO, tendo como
beneficiário a ADMINISTRADORA, que em caso de sinistro coberto
receberá da Seguradora o valor da dívida para a quitação do contrato
e salvaguardando os interesses de todos os participantes do grupo.
b. O seguro será pago pelo CONSORCIADO juntamente com a prestação
mensal do consórcio, sendo o valor correspondente ao percentual
indicado no contrato de adesão aplicado sobre o valor do Bem Objeto
do Plano, acrescido do fundo de reserva e da taxa de administração
convencionados.

Seguro de quebra de garantia


44. A ADMINISTRADORA contratará o seguro de quebra de garantia para todos
os consorciados do grupo, com vigência a partir da 1a (primeira) Assembléia
Geral Ordinária, até o seu encerramento.
45. O prêmio do seguro de quebra de garantia será pago pelos recursos do
Fundo de Reserva.
46. As condições gerais do seguro de quebra de garantia, contendo as
coberturas, os riscos excluídos e demais informações, estarão disponíveis
no site da ADMINISTRADORA.
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Os demais pagamentos obrigatórios
47. O CONSORCIADO estará obrigado, ainda, aos seguintes pagamentos:
a. Despesas devidamente comprovadas referentes ao registro das
garantias prestadas, da cessão do contrato, da inclusão e da baixa do
ônus de alienação fiduciária e/ou hipoteca.
b. Juros de 1% (um por cento) ao mês e multa moratória de 2% (dois por
cento), calculados sobre o valor atualizado da prestação paga fora da
data do respectivo vencimento.
c. Despesas referentes à avaliação do imóvel pretendido pelo Consorciado
contemplado e análise de sua respectiva documentação.
d. Despesas e honorários advocatícios na cobrança judicial e extrajudicial,
nos casos de atraso no pagamento de prestações.
e. Tarifa bancária.
f. Taxa de até 1% (um por cento) do valor atualizado do Bem Objeto do
Plano, no ato da transferência da cota para terceiros e/ou na substituição
do bem dado em garantia.
g. Despesas devidamente comprovadas relacionadas à retomada do
bem.
h. Despesas na elaboração, análise de cadastros e com consultas aos
serviços de proteção ao crédito por ocasião da contemplação e/ou no
ato da cessão de contrato.
i. Despesas de entrega, a pedido do CONSORCIADO, de segundas-vias
de documentos.

A antecipação de pagamento do saldo devedor


48. O CONSORCIADO contemplado poderá antecipar o pagamento do saldo
devedor na ordem inversa a contar da última, no todo ou em parte, das
seguintes formas:
a. Pagamento espontâneo, através de boleto bancário emitido pela
ADMINISTRADORA.
b. Por meio de lance vencedor.
c. Com parte do crédito, quando da compra de bem de valor inferior ao
crédito de contemplação.
d. Ao solicitar a conversão do crédito em espécie após 180 (cento e oitenta)
dias da contemplação.

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49. A antecipação de pagamento de parcelas do CONSORCIADO não con-
templado não lhe dará o direito de exigir contemplação, ficando ele
responsável pelas diferenças de prestações na forma estabelecida
neste Regulamento.

A forma de pagamento das prestações


50. Os pagamentos deverão ser efetuados através de fichas de compensação
bancária enviadas mensalmente pela ADMINISTRADORA, que poderão ser
pagas, até a data do seu vencimento, em qualquer agência bancária do país.
51. O CONSORCIADO poderá optar em pagar as mensalidades através de
débito automático nos bancos conveniados à ADMINISTRADORA.

A data de vencimento e da Assembléia Geral


Ordinária (AGO)
52. A data dos vencimentos e da realização das AGO estarão indicadas no
Contrato de Adesão.
53. Caso a data do vencimento das parcelas e a data de realização das AGOs
não coincidam com dia útil, será considerado automaticamente o primeiro
dia de expediente normal que se seguir.
54. Se houver alteração na data do vencimento ou da AGO, a ADMINIS-
TRADORA irá comunicar a alteração com 60 (sessenta) dias de antecedência,
mediante simples aviso na ficha de compensação bancária.

A Assembléia Geral Ordinária (AGO)


55. A AGO, cuja realização mensal é obrigatória, destina-se à contemplação,
na forma prevista neste Regulamento, à prestação de informações aos
CONSORCIADOS e à aprovação de contas relativas ao GRUPO.
56. A AGO é pública e será realizada mensalmente em local, dia e hora estabelecidos
pela ADMINISTRADORA, com qualquer número de CONSORCIADOS.
57. Na primeira AGO do GRUPO, a ADMINISTRADORA deverá:
a. Comprovar a comercialização de, no mínimo, 70% (setenta por cento)
de suas cotas.
b. Promover a eleição de, no mínimo, 3 (três) CONSORCIADOS que,
na qualidade de representantes do GRUPO e com mandato gratuito,
terão a responsabilidade de fiscalizar os atos da ADMINISTRADORA
na condução das operações do respectivo GRUPO.
14 c. Fornecer os dados sobre os responsáveis pela auditoria externa.
58. Na mesma ocasião, a ADMINISTRADORA deverá colocar para decisão dos
participantes presentes as seguintes deliberações:
a. A modalidade de aplicação financeira dos recursos coletivos.
b. A possibilidade de cancelamento da contemplação do CONSORCIADO
que, não tendo utilizado o respectivo crédito, venha a se tornar
inadimplente.

O pagamento de prestação com atraso


59. O CONSORCIADO que não efetuar o pagamento da prestação até a
data fixada para o seu vencimento, ou encontrar-se com qualquer uma
das parcelas anteriores em aberto, ou ainda tendo deixado de efetuar
o pagamento integral da Taxa de Adesão, ficará impedido de concorrer
aos sorteios e às ofertas de lance, sujeitando-se à aplicação de multa
moratória, juros mensais e demais penalidades cabíveis, nos percentuais
indicados neste Regulamento, sobre o valor atualizado da prestação.

A apropriação dos pagamentos efetuados pelo


Consorciado
60. Todos e quaisquer tipos de pagamentos efetuados pelo CONSORCIADO
serão convertidos em percentual (apropriados) levando-se em conta o valor
do Bem Objeto do Plano vigente na data da AGO imediatamente seguinte
à ocorrência dos mesmos.
61. Havendo alteração do preço do Bem Objeto do Plano entre a data do
efetivo pagamento pelo CONSORCIADO e a data da AGO seguinte
ao mesmo, a diferença resultante, se a menor, deverá ser paga pelo
CONSORCIADO; se a maior, será creditada na forma de antecipação
de parcelas.

A mudança no valor do crédito do plano antes


da contemplação
62. O CONSORCIADO não contemplado poderá, em uma única oportunidade,
solicitar à ADMINISTRADORA mudança do crédito do plano indicado em
seu Contrato de Adesão, por outro do mesmo GRUPO.
63. A mudança do plano implicará no recálculo do percentual amortizado,
mediante comparação entre o preço do bem original e o escolhido, sendo
vedadas as mudanças de crédito que resultem no total amortizado superior
a 100% (cem por cento).
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64. Após o recálculo, não havendo saldo devedor, o CONSORCIADO deverá
aguardar a sua contemplação por sorteio, ficando responsável pelas
diferenças apuradas na forma deste Regulamento.
65. Em caso de alteração do valor do crédito superior ao do plano original, o
CONSORCIADO compromete-se ao pagamento imediato da diferença relati-
va à Taxa de Adesão paga por ocasião da assinatura do Contrato de Adesão.

A contemplação
66. Denomina-se contemplação, a atribuição ao CONSORCIADO do direito de
utilizar o crédito colocado à sua disposição, caracterizado no bem indicado
no Contrato de Adesão.
67. A contemplação será efetuada única e tão somente pelo sistemas de sorteio
e lance.
68. O CONSORCIADO em dia com os seus pagamentos, concorrerá à con-
templação, desde que paga a prestação no seu respectivo vencimento.
69. O CONSORCIADO presente à AGO que o contemplou, estará automa-
ticamente ciente de sua contemplação, independente de notificação.
70. A ADMINISTRADORA terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis, a partir da AGO,
para comunicar os CONSORCIADOS contemplados ausentes à AGO,
através de carta ou telegrama notificatório.
71. O CONSORCIADO contemplado terá o prazo de 10 (dez) dias úteis, a partir
da ciência de sua contemplação, para entregar à ADMINISTRADORA, lista
dos documentos de garantia solicitados para a utilização do crédito.

A contemplação por sorteio


72. Para apuração da cota contemplada, será utilizado o resultado da extração
da Loteria Federal imediatamente anterior à data prevista para a realização
da AGO.
73. A contemplação por intermédio da extração da Loteria Federal será válida
para a respectiva AGO. Não ocorrendo distribuição por sorteio nessa
assembléia, o número sorteado não poderá ser utilizado para as próximas
assembléias.

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Sistema de loteria para Grupos com até
100 participantes
74. Da extração válida da Loteria Federal, serão obtidas 15 (quinze) dezenas,
iniciando-se do 1o ao 5o prêmio, unindo-se, dois a dois, quatro dos cinco
algarismos de cada prêmio, ou seja, o 4o e 5o, o 3o e 4o, o 2o e 3o, cada
junção dessas correspondendo a uma dezena. Não será utilizado o 1o
algarismo de cada prêmio.
75. Cada dezena obtida corresponderá ao número da cota do CONSORCIADO.
Por exemplo: a dezena 01 corresponderá ao CONSORCIADO da cota no
1; a dezena 02, ao CONSORCIADO da cota no 2; e assim sucessivamente.
A dezena 00 corresponderá ao CONSORCIADO da cota de no 100.
76. A preferência para a contemplação será a 1a dezena formada pela junção
do 4o e 5o algarismos do 1o prêmio.
77. Serão eliminadas as dezenas:
a. Superiores ao número máximo de inscrição permitida no GRUPO.
b. Dos CONSORCIADOS já contemplados;
c. Dos CONSORCIADOS inadimplentes;
d. Dos CONSORCIADOS que tiverem pago a prestação do mês correspon-
dente após o vencimento.
78. Se a 1a dezena obtida do 1o prêmio não puder ser contemplada, devido aos
motivos enumerados no item anterior, a dezena contemplada será a próxima,
seqüencialmente apurada conforme o processo descrito no item 75.
79. Se mesmo assim todas as 15 (quinze) dezenas forem eliminadas, tomar-
se-á por base a 1a dezena obtida, partindo-se daí em ordem crescente e
decrescente, alternada e sucessivamente, até encontrar-se uma dezena
válida para contemplação.
80. Caso a dezena utilizada como base para iniciar o processo descrito no item
acima seja superior ao número máximo de inscrições permitidas no GRUPO,
utilizar-se-á a próxima dezena apurada, de acordo com o processo descrito
no item 75.

Sistema de loteria para Grupos superiores


a 100 participantes
81. Serão obtidas 5 (cinco) centenas do resultado da extração válida da Loteria
Federal, iniciando-se do 1o ao 5o prêmio. Para isso serão unidos os três
últimos algarismos de cada prêmio, isto é, o 3o , o 4o e o 5o , cuja junção
corresponderá a uma centena. 17
82. A preferência de contemplação será para a centena formada pelo três
últimos algarismos do 1o prêmio.
83. Os CONSORCIADOS concorrerão com o número correspondente à sua
cota e também com a(s) centena(s) adicional(is). Para saber qual(is) é(são)
a(s) centena(s) adicional(is), o CONSORCIADO deverá somar o número de
sua cota ao número de participantes do GRUPO, descrito em seu Contrato
de Adesão.
84. O CONSORCIADO poderá acessar o site da ADMINISTRADORA e consultar
na tabela de equivalência, a(s) centena(s) com os quais irá concorrer.
85. Serão eliminadas as centenas:
a. Dos CONSORCIADOS já contemplados.
b. Dos CONSORCIADOS inadimplentes.
c. Dos CONSORCIADOS que tenham pago a prestação do mês
correspondente após o vencimento.
86. Se a 1a centena obtida do 1o prêmio não puder ser contemplada, devido aos
motivos enumerados no item anterior, a centena contemplada será a pró-
xima, seqüencialmente apurada conforme o processo descrito no item 82.
87. Se mesmo assim todas as cinco centenas forem eliminadas, tomar-se-á por
base a 1a centena obtida, partindo-se daí em ordem crescente e decres-
cente, alternada e sucessivamente, até encontrar-se uma centena válida
para contemplação.

A contemplação por lance


88. Após a realização do sorteio, ou não tendo ocorrido por insuficiência
de recursos, serão admitidas ofertas através de lance para viabilizar
contemplações.
89. O lance, em moeda corrente, deverá ser oferecido em percentual relativo ao
VALOR BASE, o qual corresponderá valor do Bem Objeto do Plano vigente
na data da AGO, acrescido das respectivas taxas de administração, Fundo
de Reserva e Seguro de Vida identificadas no Contrato de Adesão.
90. Será admitida oferta de lance equivalente ao percentual do valor do Bem
Objeto do Plano, representativo de, no mínimo, 10% (dez por cento) e de,
no máximo, o montante do saldo devedor.
91. Não serão consideradas, no cômputo do saldo devedor, as parcelas
vencidas anteriormente ao ingresso do CONSORCIADO, mesmo que já
tenham sido pagas pelo excluído.

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92. Será considerado vencedor o lance que, representativo ao maior percentual
em relação ao VALOR BASE que, somado ao saldo de caixa existente na AGO,
seja suficiente para a contemplação, permitindo a atribuição do crédito.
93. Caso o valor do maior lance oferecido, somado à disponibilidade de
caixa, não seja suficiente para a distribuição de um crédito, não haverá
distribuição por lance, passando o saldo de caixa para a AGO seguinte.
94. Verificando-se empate entre os lances e não havendo recursos no Fundo
Comum do GRUPO que possibilite a contemplação de mais 1 (um)
CONSORCIADO por lance, o desempate será resolvido tomando-se como
base a aproximação do número da cota sorteada, ou seja, será considerada
vencedora a cota que estiver mais próxima, em ordem crescente, da cota
contemplada por sorteio.
95. Os lances vencedores serão sempre quitados até o 5o (quinto) dia útil após
a data em que o CONSORCIADO tomar ciência da contemplação, e será
considerado como pagamento antecipado de prestações vincendas na
ordem inversa a contar da última ou, a critério do contemplado, poderá ser
diluído proporcionalmente nas parcelas vincendas.
96. Se os lances vencedores não forem efetivamente quitados até o prazo
indicado no item anterior, o CONSORCIADO terá o seu lance desclas-
sificado, ficando desde já consignado que, para efeito de lance, a
contemplação somente se configurará a partir do efetivo pagamento
do lance ofertado.
97. É permitido ao CONSORCIADO a utilização dos recursos vinculados ao
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a composição do
lance vencedor, observadas as regras contidas na Resolução 380, de
13.03.2002, do Conselho Curador do FGTS e da Caixa Econômica Federal
(CEF), na qualidade de Agente Operador do FGTS.
98. No caso de lance ofertado com recursos do FGTS, o CONSORCIADO deverá
apresentar, no prazo estabelecido no item 95, o extrato da conta vinculada
de seu FGTS, comprovando a existência de saldo compatível com o valor
ofertado como lance, e deverá fornecer a ADMINISTRADORA:
a. Documento onde se declara ciente e em consonância com as normas
de utilização de FGTS.
b. Documento de Autorização para que a ADMINISTRADORA subtraia,
de imediato, o valor correspondente ao lance, do crédito de
contemplação a que o CONSORCIADO fizer jus, sendo que o crédito
de contemplação será utilizado no ato da liberação dos recursos do
FGTS por parte da CEF.
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99. Os lances poderão ser oferecidos:
a. No local, dia e horário da respectiva AGO, pelo CONSORCIADO, ou
por terceiro, através de procuração específica.
b. Por sistemas eletrônicos de atendimento remoto indicados pela
ADMINISTRADORA, até às 24 (vinte e quatro) horas do dia útil que
anteceder à data da realização da respectiva AGO.
c. Por outros meios que a ADMINISTRADORA vier a implantar, mediante
divulgação prévia aos CONSORCIADOS.

O cancelamento da contemplação
100. O CONSORCIADO que não tiver utilizado o crédito de contemplação,
se vier a se tornar inadimplente, terá o cancelamento de sua
contemplação.
101. Ocorrendo o cancelamento da contemplação, o CONSORCIADO retorna-
rá à condição de CONSORCIADO ativo não contemplado, e o crédito re-
tornará ao Fundo Comum do GRUPO.
102. Se o valor do crédito que retornar ao Fundo Comum, acrescidos dos
rendimentos líquidos da aplicação financeira, for inferior ao do crédito
vigente na data da AGO seguinte ao cancelamento da contemplação, a
diferença apurada, convertida em percentual, será de responsabilidade
do CONSORCIADO cuja contemplação foi cancelada, e deverá ser
pago juntamente com a parcela subseqüente.
103. A contemplação poderá ser cancelada com prévia anuência da
ADMINISTRADORA, mediante solicitação por escrito do CONSORCIADO
em dia com as suas obrigações, desde que não resulte em prejuízo ao
GRUPO.
104. Na hipótese da CEF recusar, por qualquer motivo, a liberação dos recursos
provenientes do FGTS, para cobertura de lance vencedor, a contemplação
será cancelada e a parcela do lance já liquidada por recursos próprios, se
houver, será devolvida no prazo de 5 (cinco) dias úteis, acrescido, se houver, dos
rendimentos financeiros líquidos provenientes de sua aplicação financeira.

As garantias para aquisição do bem


105. Em garantia do pagamento das prestações vincendas, a critério da
ADMINISTRADORA, o bem adquirido pelo CONSORCIADO será constituída
alienação fiduciária na forma da lei 9514, de 20.11.1997, ou outorga de
escritura de hipoteca, submetendo, em qualquer situação, ao registro no
20 cartório imobiliário competente.
106. A liberação da garantia somente será fornecida após a quitação do saldo
devedor, podendo ser substituída, mediante prévia e expressa autorização
da ADMINISTRADORA, ficando responsável perante o GRUPO por eventuais
prejuízos decorrentes da substituição por ela autorizada.
107. A ADMINISTRADORA poderá exigir ainda garantias adicionais e cumu-
lativas proporcionais ao saldo devedor, tais como: avalistas ou fiadores
idôneos com comprovada capacidade econômica e financeira, para se
responsabilizarem solidariamente com o CONSORCIADO pelo paga-
mento do débito existente.
108. O CONSORCIADO poderá deixar de indicar avalista(s) ou fiador(es), se
apresentar Fiança Bancária com cobertura total.
109. A ADMINISTRADORA disporá de 30 (trinta) dias para apreciar a
documentação completa relativa às garantias exigidas, contados pela
entrega do CONSORCIADO, prazo este renovável no caso de comple-
mentações.
110. Não sendo aprovada a documentação relativa às garantias exigidas, o
crédito de contemplação ficará disponibilizado até que o CONSORCIADO
regularize a documentação.

O crédito de contemplação e a sua utilização


111. A ADMINISTRADORA deverá colocar à disposição do CONSORCIADO
contemplado o descrito no Contrato de Adesão, vigente na data da AGO
que o contemplou até o 3o (terceiro) dia útil subseqüente.
112. A utilização do crédito para adquirir o bem ficará condicionada à apresentação
das garantias estabelecidas neste Regulamento.
113. O valor do crédito, enquanto não utilizado pelo CONSORCIADO
contemplado, deverá permanecer depositado em conta vinculada e será
aplicado financeiramente na forma prevista pela Circular Bacen no 2454, de
27.07.94.
114. O CONSORCIADO contemplado poderá utilizar o crédito para adquirir o
Bem Objeto do Plano referenciado no Contrato de Adesão ou outro bem
novo ou usado, se edificado com habite-se, localizado em município onde a
ADMINISTRADORA opere ou, se autorizado por esta, em município diverso,
de valor igual, inferior ou superior ao do originalmente indicado do Contrato
de Adesão.
115. O CONSORCIADO não poderá adquirir bem imóvel de propriedade
de empresa da qual seja sócio ou acionista, bem como de seus
descendentes, ascendentes, cônjuge ou parente até o 4o grau. 21
116. A ADMINISTRADORA reserva-se o direito de proceder à avaliação do
imóvel a ser adquirido pelo CONSORCIADO e, caso julgue que este não
cubra as garantias necessárias, não disponibilizará o valor do crédito,
cabendo ao CONSORCIADO a indicação de outro bem, o qual estará
sujeito à aplicação dos mesmos procedimentos e critérios.
117. O CONSORCIADO contemplado deverá apresentar os documentos
abaixo relacionados, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados de sua
contemplação:
118. Documentação do Imóvel:
a. Laudo de avaliação do imóvel, comprovando o seu real valor, elaborado
por avaliador indicado pela ADMINISTRADORA.
b. Título de aquisição (escritura, formal de partilha, etc.) com o devido
registro imobiliário.
c. Imposto predial e territorial urbano (IPTU).
d. Certidão negativa de impostos e taxas municipais, até o ano anterior.
e. Certidão de propriedade com negativa de ônus e alienações do registro
de imóveis e/ou cópia de matrícula.
f. Quando se tratar de imóvel em condomínio, apresentar carta de qui-
tação das taxas condominiais com firma reconhecida e ata de eleição
do atual síndico.
119. Documentação de Pessoas Físicas (Compradores e Vendedores):
a. Cópias autenticadas da cédula de identidade, CPF e da certidão de
nascimento/casamento atualizada e comprovante de endereço.
b. Certidão negativa dos cartórios de protesto (período de cinco anos), do
local de domicílio e do local do imóvel.
c. Certidão negativa dos distribuidores de ações cíveis e de família (período
de dez anos), do local de domicílio e do local do imóvel.
d. Certidão negativa dos distribuidores de ações e execuções cíveis,
criminais e fiscais da Justiça Federal (período de cinco anos), do local
do imóvel e domicílio. Sendo positivas, certidões de objeto e pé das
ações relacionadas.
e. Certidão negativa dos distribuidores de execuções fiscais, (período de
dez anos) do local do imóvel e domicílio.
f. Certidão negativa de ações trabalhistas.

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120. Documentação de Pessoas Jurídicas (Vendedores e Compradores):
a. Os documentos descritos nos subitens “b”, “c”, “d” e “e” do item anterior.
b. Certidão negativa de ações da Justiça do Trabalho.
c. Certidão negativa de ações cíveis de falência e concordata.
d. Certidão negativa de débito (CND) do INSS.
e. Certidão de quitação dos tributos federais (Secretaria da Receita Federal).
f. Cópia autenticada do contrato social e demais alterações.
g. Cópia autenticada do CNPJ/MF.
121. O CONSORCIADO declara-se ciente de que a ADMINISTRADORA pode-
rá, a seu exclusivo critério, exigir outros documentos não indicados
nos itens anteriores, inclusive em função da localização do bem e da
situação jurídica do vendedor e do comprador.
122. A ADMINISTRADORA disporá de 30 (trinta) dias para apreciar a docu-
mentação completa relativa aos documentos do imóvel, do comprador e do
vendedor, contados pela entrega do CONSORCIADO, prazo este renovável
no caso de complementações.
123. Observados os itens anteriores, a ADMINISTRADORA efetuará o pagamento
do bem diretamente ao vendedor do imóvel, em até 10 (dez) dias úteis,
contados da data da entrega do título aquisitivo devidamente registrado no
Cartório de Registro de Imóveis competente.
124. Se o valor do bem adquirido, em relação ao valor do crédito, for superior,
o CONSORCIADO ficará responsável pelo pagamento da diferença
diretamente ao fornecedor do bem.
125. Se o valor do bem for inferior em relação ao valor do crédito, o CONSORCIADO
destinará a diferença do crédito para:
a. Pagar prestações vincendas.
b. Pagamento das obrigações financeiras, vinculadas ao bem imóvel,
em favor do Cartório de Notas e do Cartório de Registro de Imóveis
competente, mediante expressa autorização da ADMINISTRADORA,
cuja utilização estará limitada a 10% (dez por cento) do crédito de
contemplação a que tiver direito.
c. Pagamento em moeda corrente, se tiver quitado o saldo devedor.
126. O pagamento do valor do crédito poderá ser efetuado ao CONSORCIADO
que, após a contemplação, tiver pago com recursos próprios importância
para aquisição do bem.

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127. A ADMINISTRADORA somente efetuará o pagamento do bem ao
fornecedor se a aquisição do bem tiver sido realizada através de
sua Autorização de Faturamento e mediante ao pagamento, pelo
CONSORCIADO, das obrigações eventualmente em atraso depois da
contemplação.
128. É facultado ao CONSORCIADO contemplado que tenha quitado o seu
saldo devedor, receber o crédito de contemplação em espécie, desde que
transcorridos o prazo de 180 (cento e oitenta) dias da data da AGO que o
contemplou.
129. Caso o CONSORCIADO contemplado que não tenha utilizado seu
crédito deixe de pagar quaisquer obrigações devidas, na data de
vencimento da prestação seguinte à ocorrência do inadimplemento,
terá descontados os valores em atraso, atualizados e acrescidos de
juros e multa moratória estabelecidos neste Regulamento.
130. Se o CONSORCIADO contemplado não utilizar o seu crédito de contempla-
ção até o prazo de 60 (sessenta) dias após a distribuição de todos os
créditos e a realização da última AGO, a ADMINISTRADORA, no primeiro
dia útil seguinte ao seu término, comunicará ao CONSORCIADO que estará
à sua disposição o valor do crédito, em espécie, acrescidos dos rendimen-
tos financeiros, descontando-se, porém, os eventuais débitos pendentes.

A substituição do bem dado em garantia


131. O CONSORCIADO contemplado poderá pleitear a substituição de
garantia oferecendo outro bem imóvel, desde que de valor superior ao
seu saldo devedor, livre de quaisquer ônus ou gravames e autorizado
expressamente pela ADMINISTRADORA, a qual terá a faculdade de
aceitar ou não a substituição, devendo o CONSORCIADO, em caso
de aprovação, suportar todas as despesas com a avaliação do bem e
demais despesas previstas neste Regulamento.

A retomada judicial do bem


132. O CONSORCIADO contemplado, de posse do bem, que atrasar o
pagamento da prestação, além de estar sujeito à aplicação das
sanções previstas neste Regulamento, estará sujeito também, às
medidas legais para a sua retomada, as quais serão adotadas pela
ADMINISTRADORA de imediato.

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133. Caso ocorra a retomada do bem, por meio judicial ou por entrega amigável,
a ADMINISTRADORA realizará a sua venda e destinará o valor apurado no
pagamento das prestações em atraso, das prestações vincendas, além dos
demais pagamentos previstos neste Regulamento.
134. Apurando-se saldo positivo após a venda e a quitação dos pagamentos
mencionados no item anterior, a ADMINISTRADORA devolverá o valor
residual ao CONSORCIADO. Se, ao contrário, o valor da venda não for
suficiente para a quitação total do débito, o CONSORCIADO e seus
garantidores continuarão solidariamente responsáveis pela liquidação
do mesmo.

A Assembléia Geral Extraordinária (AGE)


135. Compete a AGE dos CONSORCIADOS, por proposta dos participantes do
GRUPO ou da ADMINISTRADORA, deliberar sobre:
a. Transferência da administração do GRUPO para outra empresa de
consórcio, cuja decisão deverá ter autorização final do Banco Central
do Brasil.
b. Fusão de Grupos de consórcio sob a responsabilidade da ADMINIS-
TRADORA.
136. A convocação da AGE será efetuada mediante o envio de carta ou telegra-
ma notificatório a todos os CONSORCIADOS, com prazo mínimo de 5
(cinco) dias úteis de antecedência de sua realização.
137. A AGE instalar-se-á com qualquer número de CONSORCIADOS do GRUPO,
por procurador ou representante legal expressamente constituído, para
apreciar as matérias da pauta de convocação da AGE.
138. Cada ato dará direito a um voto, podendo deliberar e votar somente
os CONSORCIADOS em dia com as suas contribuições, sendo a deliberação
aprovada por maioria dos votos, não se computando os votos em branco.

O encerramento do Grupo
139. No prazo de 60 (sessenta) dias após a contemplação de todos os
CONSORCIADOS, há colocação à disposição do último crédito devido
para a aquisição do bem e, sendo os recursos do GRUPO suficientes, a
ADMINISTRADORA deverá adotar os seguintes procedimentos na ordem
aqui mencionados:
a. Comunicar aos CONSORCIADOS que não tenham utilizado os
respectivos créditos de contemplação, que os mesmos estão a dispo-
sição em espécie. 25
b. Comunicar aos CONSORCIADOS excluídos que estão à sua disposição
os valores relativos à devolução de sua participação no GRUPO,
conforme critérios estabelecidos neste Regulamento.
c. Comunicar aos participantes do GRUPO, exceto o excluído, que estão à
sua disposição os eventuais saldos remanescentes nos fundos comum e de
reserva, proporcionalmente às respectivas prestações mensais pagas.
140. Os recursos não reclamados pelo CONSORCIADOS ativos ou excluídos,
bem como os valores pendentes de recebimento, objeto de cobrança
judicial, na data do encerramento contábil do GRUPO, serão transferidos
para a ADMINISTRADORA, que assumirá a condição de devedora dos
beneficiários, cumprindo-lhe observar as disposições que regulam a relação
credor/devedor no Código Civil, devendo os referidos recursos serem
remunerados na forma estabelecida para GRUPO em andamento.
141. Sobre os recursos não reclamados por CONSORCIADOS ativos
e excluídos, após a comunicação efetuada nos termos deste
Regulamento, será aplicada Taxa de Administração equivalente à
indicada no Contrato de Adesão, a cada período de 30 (trinta) dias,
extinguindo-se a exigibilidade do crédito quando o seu valor for inferior
a R$ 50,00 (cinqüenta reais).

Disposições finais
142. Os casos omissos neste Regulamento, quando de natureza administrativa, serão
resolvidos pela ADMINISTRADORA e confirmados posteriormente pela AGO,
sendo que eventual inobservância de obrigações previstas neste Regulamento
não poderão ser invocadas como novação ou renúncia dos mesmos.
143. Fica eleito o foro da Comarca do local da assinatura do Contrato de Adesão,
podendo a parte que promover a ação optar pelo foro do domicílio do
CONSORCIADO para solução das questões decorrentes na interpretação
ou execução deste Regulamento.

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