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I – DOS FATOS
O autor, proprietário do veículo Hilux, no dia 20 de julho de 2021, por volta das 18h,
trafegava pela Avenida dos Expedicionários, em Trairi-Ce. Ao passar no cruzamento da
referida avenida com a Rua dos Bandeirantes, com o semáforo indicando a cor verde,
foi surpreendido por uma motocicleta. O requerente teve o seu veículo abalroado em sua
porta dianteira da lateral direita, causado pela motocicleta Pop de Carlos Rodrigo. A
colisão causou grande avaria na lataria do carro.
Ao ver o estrago causado em seu veículo, o autor exigiu que o causador do acidente
pagasse os prejuízos, não havendo a concordância de Carlos Rodrigo em solucionar o
problema imediatamente. Na ocasião, os dois acabaram chegando às vias de fato. Foram
separados e o réu foi embora sem pagar nada, deixando apenas o prejuízo material do
carro e o abalo psicológico do autor.
Além de ter sido infrutífera a tentativa de resolução amigável com o infrator, o autor
sofreu uma violação à sua integridade física, visto que Carlos Rodrigo lhe agrediu com
o capacete, causando-lhe uma fratura em 2 (dois) dedos de sua mão direita,
impossibilitando-o de exercer as suas atividades funcionais, já que precisa das duas mão
em perfeito funcionamento para dirigir o veículo. O fato também afetou
psicologicamente o autor, uma vez que o mesmo é o provedor da sua família e depende
da sua boa saúde física e mental. Logo, ele deseja obter a devida reparação por dano
moral, sugerida em R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
II – DO DIREITO
O Código Civil de 2002 estabelece no seu Art. 186 que: aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Além disso, o Art. 927 também
expõe: aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará-lo.
Segundo o artigo 28 do Código de Trânsito Brasileiro, o condutor deverá, a todo
momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados
indispensáveis à segurança do trânsito. Diante disso, fica claro que o réu não manteve
todos os cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, agindo com falta de atenção,
uma vez que ignorou a sinalização presente e agiu com imprudência causando a colisão.
Além disso, de acordo com o Art. 34 do CTB, é essencial que o condutor que queira
executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os
demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando
sua posição, sua direção e sua velocidade. Sobre a sua imprudência na invasão da
preferencial, o dispositivo legal também é claro sobre a sua responsabilidade ao se
aproximar de um cruzamento, diante do Art. 44 do CTB, que dispõe: ao aproximar-se
de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência
especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo
com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de
preferência.
A indenização por dano moral é requerida pela dor que fere e lesa os direitos do
requerente, quanto pelo prejuízo sofrido por ele, uma vez que foi presente as fraturas no
2 (dois) dedos da mão direita e a sua angústia em não poder exercer as suas funções
para o desenvolvimento das atividades comercias, responsáveis pelo sustento de sua
família. Diante disso, é forçoso que haja o pagamento de indenização moral.
a) A citação do réu para que, querendo, apresente resposta à presente, sob pena de
revelia na forma da lei;
f) Por fim, sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar o requerido por danos
materiais e danos morais.
Ante o exposto,
Pede deferimento.
Trairi-Ce, 11 de outubro de 2021