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Com o perdão do clichê, sempre faço troça de que não fui em quem escolheu o Direito, foi ele

quem me escolheu. A disciplina escolar que sempre amei de paixão foi História. No entanto, a
chave virou quando comecei a advogar, a “pôr a barriga no balcão”, a esmerar-se para achar a
melhor solução para o problema do cliente, a passar noites em claro estudando, peticionando,
elaborando teses; a fazer audiências, a mediar conflitos, a lamentar derrotas injustas e a vibrar
com as conquistas. Quem tem o coração de advogado sabe o quão indescritível é comunicar o
seu cliente acerca de uma vitória judicial. Muitas vezes o cliente agradece com os olhos
marejados. Impossível ficar indiferente, impossível não agradecer a Deus pelo resultado do
bom combate. Esta não é uma profissão de mercenários, de mentirosos, e de subservientes
dos donos do poder. No meu mundo o advogado apenas se curva à Justiça e não vende sua
dignidade por um prato de lentilhas. O advogado não fica indiferente às suas circunstâncias.
Disse que sempre amei História, e descobri que muitos dos grandes historiadores da nação
como Miguel Reale, Otávio Tarquínio de Sousa e Evaristo de Morais também foram grandes
advogados. Ser advogado, a depender do contexto, te dá ampla visão da realidade social, te
fornece material experiencial para refletir, para atiçar os sentidos e buscar as fontes, as
origens, para historiar. Hoje é uma honra participar desse rol de grandes homens, e, buscando
respeitar o seu legado, exerço a advocacia com muito orgulho. Feliz dia dos advogados!

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