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CARTILHA TÉCNICA PARA FISCALIZAÇÃO

EM ESTRUTURAS DE DIVERSÃO
CARTILHA TÉCNICA PARA FISCALIZAÇÃO EM
ESTRUTURAS DE DIVERSÃO
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO DISTRITO FEDERAL

Presidente:

Eng. Civil Flavio Correia de Sousa

Vice-presidente:

Eng. Eletricista Adriano Silva Arantes

Diretor-administrativo:

Eng. Florestal Luciano Dantas de Alencar

Diretor-financeiro:

Eng. Ambiental Marcus Vinicius Batista de Souza

Diretor de Fiscalização:

Eng. Civil Emilio Façanha Mamede Neto

Diretor de Valorização Profissional:

Eng. Mecânico Liberalino Jacinto de Souza

Diretor de Relações Institucionais:

Téc. Automobilística Wellington Siqueira de Medeiros


Sumário
1. APRESENTAÇÃO_______________________________________________9

2. ESTRUTURAS DE DIVERSÃO________________________________________11
2.1 - Parques de diversão fixos e móveis_____________________________________________________ 11
2.2 - Equipamentos para recreio infantil e infanto-juvenil___________________________________________ 12
2.3 - Parques aquáticos _______________________________________________________________ 12
2.4 - Parques com estruturas infláveis______________________________________________________ 13
2.5 - Circos_______________________________________________________________________ 14
2.6 - Estruturas para eventos de pequeno, médio e grande porte______________________________________ 14

3. RESPONSABILIDADE TÉCNICA _______________________________________15

4. DESMOBILIZAÇÃO, TRANSPORTE E MONTAGEM (DTM)________________________17


4.1 - Instalação____________________________________________________________________ 17
4.2 - Desmobilização, transporte e montagem (DTM)_____________________________________________ 17

5. INSPEÇÃO ANUAL______________________________________________19
5.1 - Processos de inspeção ____________________________________________________________ 19
5.2 - Plano de Manutenção, Operação e Controle (Pmoc)___________________________________________ 20
5.3 - Análise microbiológica da areia _______________________________________________________ 21

6. DOCUMENTAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE DIVERSÃO___________________________23

7. FISCALIZAÇÃO________________________________________________27
7.1 - Estruturas de diversão em geral ______________________________________________________ 27
8. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO_________________________________________29
8.1 - Crea-DF_____________________________________________________________________ 29
8.2 - Agefis______________________________________________________________________ 30
8.3 - Corpo de Bombeiros______________________________________________________________ 30
8.4 - Defesa Civil do DF_______________________________________________________________ 31
8.5 - Administrações regionais___________________________________________________________ 31

9. REFERÊNCIAS_________________________________________________33
1. APRESENTAÇÃO
A elaboração desta cartilha faz parte de um projeto de gestão do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
do Distrito Federal (Crea-DF), cujo principal objetivo é a defesa da sociedade a partir da fiscalização do exercício
profissional no âmbito da engenharia e da agronomia.

A deficiência nas ações de prevenção e planejamento na montagem e manutenção de estruturas de diversão


relacionadas a empreendimentos como parques, circos e eventos de pequeno médio e grande porte é fator que
contribui para a ocorrência de acidentes e demais problemas que causam insatisfação e preocupação por parte dos
usuários desses estabelecimentos e da sociedade em geral.

Acidentes recentes, alguns com vítimas fatais, envolvendo parques de diversão contribuíram para aumentar consi-
deravelmente a quantidade de consultas ao Crea, sobre como agir no caso da constatação de defeitos em equipa-
mentos e brinquedos nos referidos empreendimentos.

Nesse contexto, a Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, Metalúrgica e de Segurança do Trabalho


(CEEMMST) e a Câmara Especializada de Engenharia Elétrica (CEEE), órgãos integrantes do Crea-DF, decidiram criar
um Grupo de Trabalho (GT) específico para discutir e promover ações relacionadas à fiscalização em estruturas de
diversão.

Fundamentado na NBR nº 15.926, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que define os termos utili-
zados para equipamentos de parques de diversão e especifica os requisitos de segurança do projeto e de instalação
de equipamentos nesses empreendimentos, este material estabelece critérios a serem utilizados quando o assunto
referir-se à fiscalização do exercício profissional nas atividades de projeto, fabricação, documentação pertinente,
manutenção e inspeção anual de instalações em estruturas de diversão afetas à jurisdição do Crea-DF, a fim de
promover, junto com o setor produtivo, a melhoria da qualidade dos produtos e serviços.

A cartilha tem como público alvo os fiscais do Crea-DF, os fiscais da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Age-
fis), os agentes da Defesa Civil do DF, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e os responsáveis
pela montagem e manutenção de estruturas de diversão no DF. O presente conteúdo se propõe, portanto, a ser um
trabalho técnico especializado para os profissionais e envolvidos na área, mas que pode ser consultado, também,
devido à utilização de linguagem acessível e objetiva, por usuários de parques de diversão ou por aqueles que
desejam adotar medidas preventivas e/ou corretivas nesses empreendimentos, com o objetivo de evitar os efeitos
de danos ocasionais, tornando os parques de diversão locais seguros para uso da sociedade.
Eng. Flavio Correia de Sousa
Presidente do Crea-DF
Gestão 2012/2014 9
2. ESTRUTURAS DE DIVERSÃO
As estruturas de diversão são instalações cujo objetivo seja promover lazer e entretenimento ao público, mediante
a utilização de equipamentos mecânicos ou eletromecânicos, rotativos ou estacionários, mesmo que de forma
complementar à atividade principal, a exemplo de circos, teatros. Envolvem a montagem e desmontagem de equi-
pamentos, como arquibancadas, brinquedos, estruturas de palco, entre outros. Esses atrativos de lazer costumam
manter instalações fechadas e/ou ao ar livre, que, quando mal conservadas ou mal utilizadas, podem colocar em
risco a integridade física de funcionários e usuários.

2.1 - Parques de diversão fixos e móveis

Os parques de diversão são empreendimentos voltados para entretenimento público, a partir de estruturas especifi-
camente projetadas para tal, em que haja interação entre os equipamentos e os usuários. Em geral, os parques de
diversão podem ser fixos ou estacionários, móveis ou itinerantes.

Fixos ou estacionários
Os parques de diversão fixos são aqueles cujas instalações possuem caráter permanente de fixação, ou seja,
quando o parque permanece instalado em um mesmo local por tempo indeterminado. Essa categoria inclui ou
parques temáticos.

Móveis ou itinerantes
Os parques de diversão móveis ou itinerantes são aqueles cujas instalações tem caráter transitório. O período de
instalação da estrutura é inferior a 12 meses. As montagens e desmontagens dos equipamentos se fazem sucessi-
vamente em lugares alternados.

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2.2 - Equipamentos para recreio infantil e infanto-juvenil

São empreendimentos mais comuns, habitualmente encontrados nas entrequadras de Brasília, em colégios e
alguns estabelecimentos particulares. Um exemplo comumente conhecido na capital federal é o Parque Ana Lídia,
estabelecimento público para recreio de crianças, provido das respectivas instalações, como balanços, gangorras,
escorreagas etc.

“Parque Ana Lídia”

2.3 - Parques aquáticos

Atrações para uso de banhistas, em que a ação da brincadeira envolve possíveis e intencionais interações dos
usuários na água, de corpo inteiro ou em parte, e usa a circulação da água para mobilizar ou lubrificar o transporte
dos banhistas ao longo de um equipamento. Inclui escorregadores usados com ou sem condutores.
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Nos clubes do Distrito Federal são habitualmente encontradas atrações como toboáguas e escorregadores aquáticos
para uso reCreacional. Esses equipamentos estão sujeitos à fiscalização de montagem e manutenção.

2.4 - Parques com estruturas infláveis

As estruturas infláveis utilizadas para entretenimento são atrações que também precisam de monitoramento para
evitar a ocorrência de acidentes.

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2.5 - Circos

Os circos são recintos destinados a apresentações artísticas, que utilizam estruturas metálicas cobertas por lonas.

2.6 - Estruturas para eventos de pequeno, médio e grande porte

São arquibancadas, palcos e equipamentos de áudio-visual, cobertos ou não por lona, que normalmente utilizam
estruturas metálicas montadas por uniões parafusadas, utilizadas em espetáculos públicos.

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3. RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Estão obrigados ao registro no Crea-DF as empresas públicas ou privadas e os profissionais que prestam serviços
de projeto, fabricação, instalação, inspeção de instalações e manutenção em estruturas de diversão terrestres e/
ou aquáticos.

Para que fique caracterizado o Responsável Técnico (RT), é necessário que se proceda a Anotação de Responsabili-
dade Técnica (ART) de todo contrato, escrito ou verbal, para execução de obras ou prestação de quaisquer serviços
referentes às profissões englobadas no Sistema Confea/Crea, no Conselho Regional cuja jurisdição for exercida a
respectiva atividade técnica.

Os serviços abaixo só podem ser executados sob responsabilidade técnica dos profissionais com habilitação no Crea
de sua jurisdição:

a) PROJETO

b) FABRICAÇÃO

c) INSTALAÇÃO

d) INSPEÇÃO

e) MANUTENÇÃO

Em princípio, os profissionais habilitados conforme o Art. 12 da Resolução nº 218/1973, do Confea, são os


engenheiros mecânicos e os engenheiros industriais

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4. DESMOBILIZAÇÃO, TRANSPORTE E
MONTAGEM (DTM)

4.1 - Instalação

Todo equipamento em uso, juntamente com suas partes adjacentes, deve ser examinado de forma abrangente por
responsável técnico. No caso de equipamentos que sejam usados sazonalmente, a inspeção abrangente deve ser
realizada, onde praticável, antes do início da cada temporada; mas, em qualquer caso, antes do vencimento do
relatório de inspeção, conforme documentado no livro de registro.

4.2 - Desmobilização, transporte e montagem (DTM)

Em caso de desmobilização, transporte e montagem deverá ser feita uma inspeção e recolhida a referida Anotação
de Responsabilidade Técnica (ART) do laudo.

Caso seja detectado nas inspeções algo que comprometa as condições de operacionalidade e de qualidade técnica
de montagem e instalação dos equipamentos dos parques, o profissional responsável técnico deverá contatar as
fiscalizações pertinentes (conforme item 7) para que sejam tomadas as devidas providências sobre a permanência
ou não da atividade do estabelecimento.

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5. INSPEÇÃO ANUAL
A inspeção anual consistirá em:

a) realizar inspeções para avaliar o nível de qualidade do funcionamento e dos serviços aplicados nos equipamentos
dos parques;

b) realizar inspeções para verificar a real necessidade de serviços propostos pelas empresas de manutenção;

c) realizar inspeções de recebimento de serviços vendidos e realizados pelas empresas;

d) orientar os responsáveis pela administração dos parques quanto aos procedimentos a serem adotados para
contratação de serviços de manutenção, serviços de atualizações tecnológicas, serviços de modernização e outros.

e) orientar os operadores de equipamentos sobre instruções de segurança.

5.1 - Processos de inspeção

A CEEMMST utiliza como parametro:

a) VISTORIA é a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos que
o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram.

b) PERÍCIA é a atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção
de direitos.

c) LAUDO é a peça na qual o perito, profissional habilitado, relata o que observou e dá as suas conclusões ou avalia
o valor de coisas ou direitos, fundamentadamente.

d) LIVRO DE REGISTRO é livro ou sistemas que deverá conter todas as informações de fabricação, utilização e
manutenção periódica, incluindo todo o seu histórico técnico/operacional. Deve haver um livro ou sistema por
equipamento, que o acompanhará durante toda a sua vida útil, mesmo havendo mudança de proprietário.

Todos os processos, ou seja, projeto, fabricação, montagem e manutenção e inspeção deverão seguir as normas da
ABNT pertinentes e os manuais dos fabricantes, em especial a NBR 15926.

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5.2 - Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC)

O Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) deverá ser elaborado de acordo com o manual do fabricante
ou, na ausência dele, de acordo normas pertinentes.

O PMOC deverá incluir a periodicidade e a descrição das atividades realizadas nos seguintes componentes: aços,ligas
de alumínio, compostos plásticos, fibra de vidro, concreto, elementos de fixação, ancoragem no solo, suportes, veri-
ficação de esforços, parafusos, cordas, correntes, equipamentos de segurança, conectores, adaptadores, travas, jun-
tas, plataformas, rampas, pisos, escadas, passarelas, pistas, trilhos, carro bate-bate, ancoras, barreira de proteção,
veículos, globos, rotores, tobogãs, plataformas móveis, carrosséis com movimento, roda gigante, montanha russa,
equipamentos com água, estandes de vendas e jogos, labirintos, casa de espelhos, casa de diversões, martelos, pes-
cas, arquibancadas, picadeiros, sistemas mecânicos em geral, sistemas hidráulicos e pneumáticos, interruptores e
controles de voltagem e frequência. É extremamente necessária, para fins de segurança operacional, a manutenção
de componentes que não foram relatados neste parágrafo.

Este Plano deve conter a identificação do estabelecimento que possui parque, a descrição das atividades a serem
desenvolvidas, a periodicidade das mesmas, as recomendações a serem adotadas em situações de falha do equipa-
mento e de emergência, para garantia de segurança do componentes e outras de interesse, conforme especificações
contidas no Anexo I deste Regulamento Técnico e NBR 15926 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT

As visitas periódicas de manutenção deverão ser realizadas conforme instrução do manual do fabricante ou na falta
dele a cada 90 dias, para verificação das condições funcionais do equipamento e possíveis adequações, devendo ser
recolhida a ART no prazo máximo do contrato (12 meses).

Após qualquer reparo que tenha intervenção nas juntas (parafusadas e/ou soldadas) e no corpo dos equipamentos,
devem ser elaborados laudos utilizando-se de técnicas de ensaios não-destrutivos, ou outras técnicas certificadas,
das estruturas que sofrem carregamento contínuo ou que forneça algum risco, quando em funcionamento. Para
garantir maior integridade do equipamento é satisfatória a realização periódica deste ensaio nas estruturas de alto
carregamento, em que a periodicidade será definida por profissional legalmente habilitado ou conforme manual
do fabricante do equipamento

Em qualquer caso, os intervalos de visitas podem ser reduzidos, quando necessário, devido a modificações, reparos,
razões de segurança ou a integridade do equipamento.

Obs.: Os acidentes que ocorrem nestes parques são frutos da falta de manutanção periodica nas juntas e elementos
de maior carregamento.

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5.3 - Análise microbiológica da areia

A areia contaminada, presente nos locais de reCreação, deve ser tratada eliminando parasitas, larvas, bactérias,
micróbios, germes e vírus.

Deverão ser incluídos no PMOC procedimentos de análise microbiológica semestral, remoção de sujidades por
métodos físicos ou químicos e manutenção do estado de integridade e eficiência, para garantir a qualidade da
areia dos parques.

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6. DOCUMENTAÇÃO DAS
ESTRUTURAS DE DIVERSÃO
O livro ou sistema de registro ou a ficha do PMOC deverá conter páginas numeradas com no mínimo folha de
abertura, nome e identificação e descrição do equipamento, proprietários, dados técnicos e requisitos, inspeções
requeridas, relatórios de ensaios iniciais, relatório de manutenção de falhas de operação.

Deverão ser lançadas no livro de registro ou sistema de registro ou a ficha do PMOC todas as intervenções nos pisos
das estruturas de diversão.

São necessários certificados de materiais e componentes de acordo com normas brasileiras existentes ou, na ausên-
cia delas, de acordo com normas internacionalmente aceitas.

PLANO DE MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE – PMOC.


1 - Identificação do Ambiente ou Conjunto de Ambientes:

Nome (Edifício/Entidade)

Endereço completo N.º

Complemento Bairro Cidade UF

Telefone: Fax:

2 - Identificação do o Proprietário, o Locatário ou o Preposto:

Nome/Razão Social CIC/CGC

Endereço completo Tel./Fax/Endereço Eletrônico

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3 - Identificação do Responsável Técnico:

Nome/Razão Social CIC/CGC

Endereço completo Tel./Fax/Endereço Eletrônico

Registro no Conselho de Classe ART*

* ART = Anotação de Responsabilidade Técnica

4- Plano de Manutenção e Controle

Data de
Descrição da atividade Periodicidade Executado por Aprovado por
execução

Verificar e eliminar sujeira, danos


e corrosão no gabinete,

Higienização

Verificar a operação dos controles

Teste de fadiga

Verificar o estado de conservação


da pintura

Verificar a vedação dos painéis de


fechamento do gabinete;

Verificar a tensão das correias


para evitar o escorregamento;

Verificar e eliminar sujeira, danos


e corrosão;

Medir o isolamento ohmico

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Data de
Descrição da atividade Periodicidade Executado por Aprovado por
execução

Verificar e eliminar as frestas das


soldas

Lavar as peças metalicas com


produto desengraxante e inodoro;

Pulverizar com óleo (inodoro) e


escorrer, mantendo uma fina pe-
lícula de óleo.

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7. FISCALIZAÇÃO

7.1 - Estruturas de diversão em geral

a) Onde fiscalizar:
Instalações de parques de diversões que utilizem equipamentos mecânicos, rotativos ou estacionários, mesmo que
de forma complementar à atividade principal, a exemplo de circos, teatros ambulantes e que possam por mau uso
ou má conservação, causar risco a funcionários e/ou usuários.

Os parques de diversões ou similares, já instalados ou a instalar-se, de-verão apresentar um Laudo Técnico, circuns-
tanciado, emitido por profissional habilitado e registrado no Crea-DF, acerca das condições de operacionalidade e
de qualidade técnica de montagem e instalação, sem o qual não poderão obter a permissão dos órgãos pertinentes
para iniciar ou permanecer em atividade.

b) Como fiscalizar:
Elaborar Relatório de Visita, quando constatar empresa e/ou profissional executando as atividades acima citadas.

Notificar por FALTA DE REGISTRO (PESSOA JURÍDICA), quando constatar que uma empresa sem registro no Crea-DF
está executando quaisquer das ativi¬dades descritas nesta decisão.

c) O quê fiscalizar:
As Administrações Regionais, por meio de seus órgãos competentes, devem exigir, quando da concessão de alvará
de instalação e funcionamento de parques de diversões, uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART),
firmada por profissional habilitado e registrado no Crea-DF, assumindo a Responsabilidade Técnica pela montagem
e boas condições de funcionamento dos diversos equipamentos e instalações, de forma a garantir a segurança e o
conforto dos usuários.

Documentos: PMOC ou Livro de Registro e ART

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8. ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO

8.1 - Crea-DF

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF) é uma autarquia federal, instituída
pela Lei nº 5.194/66, com objetivo principal de fiscalizar o exercício profissional dos engenheiros, engenheiros
agrônomos, geógrafos, geólogos, meteorologistas, além dos tecnólogos e técnicos de nível médio dos títulos profis-
sionais mencionados, garantindo à sociedade que as obras e serviços técnicos sejam executados por profissionais e
empresas regularmente habilitados, evitando, assim, que pessoas e empresas que, sem a habilitação e conhecimen-
tos indispensáveis ao correto exercício profissional, executem serviços e obras sem a técnica necessária e adequada.

Outro objetivo do Crea-DF é fazer com que esteja sempre caracterizada a responsabilidade técnica pela execução
das obras e serviços afetos a essas profissões, conforme determina a Lei nº 6.496/77.

Para que fique caracterizado o Responsável Técnico (RT), é necessário que se proceda a Anotação de Responsabili-
dade Técnica (ART) de todo contrato, escrito ou verbal, para execução de obras ou prestação de quaisquer serviços
referentes às profissões englobadas no Sistema Confea/Crea, no Conselho Regional cuja jurisdição for exercida a
respectiva atividade técnica.

Contato:
Atendimento ao público: segunda a sexta das 9h às 17h.
SGAS 901 - Conj. “D”
Asa Sul Brasília-DF
CEP: 70.390-010
Telefone: (61) 3961-2800
Fax: (61) 3321-1581

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8.2 - Agefis

A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) é uma autarquia sob regime especial, dotada de poder de
polícia, criada pela Lei Distrital nº 4.150, de 05 de junho de 2008, com autonomia administrativa e financeira,
vinculada à Secretaria de Estado do Governo do Distrito Federal. Tem como finalidade básica implementar a política
de fiscalização de atividades urbanas do Distrito Federal, em consonância com a política governamental e em estrita
obediência à legislação aplicável.

Contato:
Coordenadoria de atendimento ao público
SHN Quadra 02 Bloco K - Ed. Brasília Imperial
Brasília-DF - CEP: 70.702-000
Telefone: (61) 3327-2725

8.3 - Corpo de Bombeiros

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, organizado com base na hierarquia e na disciplina, em conformi-
dade com as disposições contidas no Estatuto dos Bombeiros Militares da Corporação, destina-se a realizar serviços
específicos de bombeiros na área do Distrito Federal. Organizado pela Lei Federal n° 8.255/91, alterada pela
Lei Federal n° 12.086/2009, consiste em proporcionar a proteção pessoal e patrimonial da sociedade e do meio
ambiente, por meio de ações de prevenção, combate e investigação de incêndios urbanos e florestais, salvamento,
atendimento pré-hospitalar e ações de defesa civil, no âmbito do Distrito Federal.

Contato:
SAM Lote D Modulo E QCG - CBMDF, Brasília - DF, 70620-000
Telefone: (61) 3901-8602

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8.4 - Defesa Civil do DF

Sistema de Defesa Civil do Distrito Federal: criado em 8 de junho de 1983, pelo Decreto nº 7.544, com a finalidade
de coordenar as medidas destinadas a prevenir as consequências nocivas de eventos desastrosos e a socorrer as
populações e áreas atingidas por esses eventos.

Secretaria de Estado da Defesa Civil do Distrito Federal (SEDEC-DF): criada em 01 de janeiro de 2011, por meio
do Decreto n.º 32.716, como órgão da administração direta do Distrito Federal, tendo atuação e competência para
defesa civil.

A Secretaria de Estado de Defesa Civil do Distrito Federal prevê que seja implementado um modelo de Proteção
Civil, onde se desenvolva na população a capacidade de percepção de riscos e avaliação de ameaças, com o fim de
reduzir a vulnerabilidade das pessoas e de abrir novos canais de comunicação entre sociedade e governo, visando
minimizar riscos e consequentemente os desastres.

Contato:
QNM – 18 Área Especial s/nº Ceilândia-DF
CEP:72.210-100
Telefone: (61) 3373-8784 Fax: (61) 3372-5726
E-mail: defesacivil@defesacivildf.gov.br

8.5 - Administrações regionais

As Regiões Administrativas são áreas territoriais do Distrito Federal, cujos limites físicos, estabelecidos pelo poder
público, definem a jurisdição da ação governamental para fins de descentralização administrativa e coordenação
dos serviços públicos de natureza local. A cada Região Administrativa corresponde uma Administração Regional.

As Administrações Regionais são órgãos de direção superior, responsáveis pela execução regionalizada das ativi-
dades da Administração Direta do Governo do Distrito Federal e pela administração de obras e serviços públicos
de natureza local.

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Os seus limites físico-administrativos se subdividem em até sete Zonas em seguida discriminadas, conforme o ma-
crozoneamento do Distrito Federal, instituído pelo artigo 11 da Lei Complementar nº 17, de 28/01/97 referente
ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF - PDOT.

A Secretaria de Estado de Coordenação das Administrações Regionais - SECAR, órgão do grupo estratégico do Go-
verno do Distrito Federal, é responsável pela função de coordenação, articulação e supervisão das Administrações
Regionais, visando ordenar e viabilizar o processo de descentralização das atribuições governamentais, fortalecen-
do os órgãos de ponta, melhorando a qualidade dos serviços e promovendo a participação efetiva da comunidade.

As Regiões Administrativas estão localizadas de forma dispersa dentro do Distrito Federal, com algumas cidades
distanciando-se até 76 quilômetros entre si, e até 45 quilômetros de Brasília.

Contato:
Administração Regional de Brasília - RA I
SBN, Quadra 2 Bloco “K”, Asa Norte - Brasília-DF. CEP: 70.040.020
Telefone: (61) 3329-0400

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9. REFERÊNCIAS
LAMANA, Sérgio. INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS. Série de Cadernos Técnicos da agenda parlamentar. Crea-PR. 2011

Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966

Lei nº 6.839, de 30 de outubro de 1980

Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1995

Resolução do Confea nº 218, de 29 de junho de1973

Resolução do Confea nº 1.025, de 30 de outubro de 2009

Resolução do Confea nº 336, 27 de outubro de 1989

Decisão Normativa do Confea nº 52, de 25 de agosto de 1994

NBR nº 15.926 da ABNT

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Autoria

Grupo de Trabalho (GT) Estruturas de Diversão


Engenheiro Francisco Correa Rabello (coordenador)

Engenheiro João Manoel Dias Pimenta

Engenheiro Austen Paula

Engenheiro Rafael Paulino

Engenheiro João Lustosa

Técnico Ramiro

Assessoria de Comunicação Social


Coordenação: João Miranda

Edição: Ariane Póvoa

Projeto gráfico e diagramação: João Miranda e André Taboquini

*O conteúdo desta cartilha técnica é de inteira responsabilidade dos autores

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V a l o r i z a n d o q u e m c o n s t r ó i o f u t u r o

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Telefone: +55 (61) 3961-2800 Fax: +55 (61) 3321-1581
Correio eletrônico: creadf@creadf.org.br | Sítio: www.creadf.org.br

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