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Domesticação, cruzamentos controlados e

melhoramento de Plantas
BIOLOGIA FUNCIONAL – MÓDULO GENÉTICA 2021-22
ANA DELAUNAY CAPERTA
Imagens extraídas de:
Wikipedia
Flora On
Artigos científicos
Há cerca de 12 000 anos atrás, os nossos
antepassados caçadores-coletores começaram a
agricultura. Domesticaram variedades silvestres de
plantas atualmente cultivadas e criaram rebanhos
de animais selvagens (cabras, bois).

➢ A história da agricultura regista a


domesticação de plantas e animais e o
desenvolvimento e disseminação de técnicas
para sua criação produtiva.

➢ A agricultura começou independentemente em


diferentes partes do globo. Pelo menos 11
regiões separadas do Velho Mundo (África,
Europa e Ásia) e do Novo Mundo (Américas)
estiveram envolvidas como 11 centros de origem
independentes.
Grãos de plantas silvestres foram colhidos e
consumidos pelo menos há 20 000 anos.
As oito culturas fundadoras do Neolítico foram o
trigo (2 tipos), cevada, ervilha, lentilhas,
ervilhaca, grão de bico e linho, cultivadas no
Levante, desde há cerca de 9 500 AC.

Triticum monoccocum Triticum turgidum subsp. dicoccum


Trigo domesticado Trigo domesticado

Cenas de agricultura : debulhar grãos, ceifar, cavar, arar, cortar


árvores no Antigo Egipto, Túmulo de Nakht, séc.15 AC (1410-1370 ac)
A agricultura baseia-se numa palete relativamente pequena de recursos vegetais domesticados
para sustentar a população humana.

Das > 250,000 espécies com flor descritas, menos de 1% foi domesticada.
Três espécies (trigo, milho, arroz) são fonte de mais de 60% das calorias.

As espécies domesticadas foram alteradas geneticamente através da seleção humana,


a tal ponto, que não conseguem sobreviver por elas próprias.
A Domesticação é o processo através do qual os humanos interferem ativamente com a
cultura controlando as taxas de reprodução de animais e plantas, sem conhecimento sobre a
transmissão de características dos pais para os filhos.
Envolve um bottleneck genético (“efeito gargalo de garrafa”), que conduz a uma diminuição
do tamanho efetivo da população, fazendo aumentar a deriva genética numa população.

• Frequentemente apenas alguns genes são selecionados ativamente,


conduzindo a grandes alterações no fenótipo.

• As diferentes culturas apresentam vários níveis de domesticação.


Fruit Stall a Baroque masterpiece by artist Frans Snyders between 1618 and 1621
As melancias foram domesticadas para obter um interior vermelho e carnudo (a placenta).
Na pintura, as sementes pretas da melancia sugerem que de fato estava madura.

Detalhe da pintura Giovanni Stanchi, séc XVII


Cenouras atuais
Cenouras silvestres

As cenouras foram domesticadas a partir do


séc X na Pérsia e na Ásia Menor. Pensa-se que
originalmente seriam vermelhas ou brancas,
com uma raíz com a forma de “garfo” fino, com
ciclo bianual.

Os agricultores domesticaram as raízes finas, que


tem um sabor forte e flor bianual. Atualmente, as
raízes grandes, cor de laranja e saborosas, são de
ciclo de vida anual.
Os pêssegos eram pequenos, tipo cereja, com pouca Depois de milhares de anos de melhoramento e
polpa. Foram domesticados pelos chineses. O sabor seleção, os pêssegos hoje em dia são 64x
do pêssego silvestre era a “terra”, ligeiramente maiores, mais sumarentos e doces
salgado, como “lentilhas”.
O exemplo de seleção de plantas mais icónico é o
milho doce Norte Americano, que foi melhorado a
partir do teosinto. O milho natural, foi domesticado há
7 000 AC.

Na Mesoamerica, o teosinto, uma espécie de milho


Mexicano foi transformado através de seleção
humana no ancestral do milho moderno.
Gradualmente dispersou-se na América do Norte e era
a maior cultura dos Americanos Nativos, aquando da
expansão marítima europeia.
Domesticação do milho

Decréscimo da
ramificação
Aumento tamanho da
semente
Tegumento menos
duro

Photo by Hugh Iltis; Reprinted from Doebley, J.F., Gaut, B.S., and Smith, B.D. (2006). The Molecular
Genetics of Crop Domestication. Cell 127: 1309-1321, with permission from Elsevier.

© 2013 American Society of Plant Biologists


Síndrome da Domesticação das Plantas Cultivadas
Este síndrome descreve as propriedades que distinguem uma certa cultura dos seus
ancestrais silvestres. Tipicamente estas caraterísticas são:
seleção para “crescimento determinado/ dominância apical”
• plantas mais robustas
• autofecundação
• aumento do número de frutos / grãos ou grãos
maiores
• alterações na sensibilidade ao fotoperíodo e floração
sincronizada ematuração sincronizada
• perda da dispersão natural de sementes (frutos indeiscentes)
• decréscimo de substancias amargas em estruturas
comestíveis (alteração em produtos metabolism secundário
• perda de estruturas defensivas, adaptação às
condições locais …
Cheeseman, 2015 New Phytol
Domesticação

Redução da diversidade
genética

Irondo et al. 2017 Plant Biology


O MITO DA ALIMENTAÇÃO NATURAL
Os alimentos que consumimos provém de plantas
modificadas geneticamente extensivamente a
partir da sua forma original por seleção artificial.

Credit: Nicolle Rager Fuller, National Science Foundation

© 2013 American Society of Plant Biologists


Genética vs Lamarkismo – a batalha dos30’s

Nikolai Vavilov - Teoria dos


Centros de Origem das plantas
cultivadas
Regiões com a diversidade mais elevada de
cada espécie são importantes para o
melhoramento genético, para evitar erosão
genética e perda de germoplasma.
A Genética foi estigmatizada como
Trofim Lysenko – Praticava uma forma de “burguesa” ou “ciência facista” por Lysenko
Lamarkismo, insistindo nas carateríticas e Estaline, e abraçada pelos fascistas numa
adquiridas. Acreditava que a tentativa de justificar as suas teorias sobre
hereditariedade teria um papel limitado no eugenia e raça superior.
desenvolvimento das plantas.
Vavilov (1926-1934): um centro de origem é uma região geográfica ou local onde uma
espécie se originou ou onde foi primariamente domesticada

Centro de diversidade – regiões com diversidade de uma espécie:

primária - local onde ocorre a espécie cultivada e ocorrem espécies silvestres relacionadas com
a espécie cultivada que apresentem carateristicas ancestrais e alta frequência de carateres
dominantes.

secundária - local onde ocorrem espécies silvestres relacionadas com a espécie cultivada e
ocorre alta frequência de carateres recessivos (ex. Laranja da Bahia no Brasil).
Regiões de diversidade primária das culturas

Origins of food crops connect countries worldwide, Volume: 283, Issue: 1832, DOI: (10.1098/rspb.2016.0792)
Melhoramento de Plantas
Ciência baseada nos princípios de genética e citogenética, com o objetivo de melhorar a

composição genética das plantas (melhorar a quantidade, a qualidade, a resistência a doenças, a

tolerância à salinidade, seca e geada, e outras caraterísticas desejáveis).

1. A estrutura genética das plantas depende do seu modo de reprodução.

2. A aplicação da análise genética no desenvolvimento de linhas de plantas mais adequadas para

as finalidades humanas. Métodos de Melhoramento e Seleção de Plantas para atender às

necessidades alimentares, combustíveis e de fibras.

3. Engenharia genética para aumentar a eficácia e eficiência do melhoramento de plantas.


Marcos no melhoramento de plantas
9000 AC Primeira evidência de domesticação de plantas nas Colinas do rio
Tigre.
1694 Camerarius é o primeiro a demonstrar sexo nas plantas monoicas e
sugeriu Cruzamentos como um método para obter novos tipos de plantas

1716 Mather observou Cruzamentos naturais em milho


1761-1766 Kohlreuter demonstou que a descendência híbrida apresentava
caraterísticas de ambos os progenitores, e eram intermédias para a maiora
dos carateres; primeiro híbrido científico em tabaco
1866 Mendel: Experimentos em hibridação vegetal
1900 Leis de Mendel da hereditariedade redescobertas

1944 Avery, MacLeod, McCarty descobriram que o DNA é o material


hereditário
1953 Watson, Crick, Wilkins propõem um modelo para a estrutura do DNA

1970 Borlaug recebeu o prémio Nobel para a Revolução Verde


Berg, Cohen, Boyer introduziram a tecnologia do DNA
recombinante
1994 ‘FlavrSavr’ desenvolveu o primeiro tomate GMO
1995 Desenvolvimento do milho-Bt
Hibridação
é o método mais comum de melhoramento de culturas.
Processo natural ou artificial que resulta na formação de
um híbrido, isto é, um indivíduo produzido como
resultado do cruzamento entre dois progenitores
geneticamente diferentes.
A primeira hibridação natural foi registrada por
Cotton Mather (1716), em milho.
O primeiro híbrido artificial resultante de
cruzamento interespecífico foi produzido por
Thomas Fairchild (Jardineiro), em 1717.
Este híbrido Dianthus Caryophyllus barbatus, conhecido
como "Fairchild Mule“, resulta do cruzamento entre
cravos “Sweet William” e “Carnation Pink”; é estéril.
Fairchild mule Thomas Fairchild
Cruzamentos artificiais: como eliminar o auto-pólen?
Controlo mecânico (emasculação manual) - raramente é prática em grande escala.
Funciona melhor quando as partes masculinas e femininas estão
separadas fisicamente, o que ocorre apenas em polinizadores
cruzados.

Utiliza-se:
quando o valor da colheita é alto (ex., legumes,
plantas ornamentais), pois uma única polinização pode
produzir um grande número de sementes (ex, tomate).
Cruzamento manual de tomateiro – híbridos F1

Remoção manual dos estames


Cruzamentos artificiais: como eliminar o auto-pólen?
Controlo químico (esterilização química) - requer um tempo preciso de aplicação e as
condições ambientais apropriadas.
Produtos mais comuns: ácido 2-cloroetilfosfonico
(produto comercial – Ethrel; 2-(2,4-diclorofenoxi) propionato de sódio
(produto comercial – Dalapon)

A grande vantagem é que qualquer linha pode ser escolhida como Planta-mãe.

Controlo genético (esterilidade masculina) – muito eficaz, mas é necessário meios técnicos complexos para
manter o stock de sementes com esterilidade masculina funcional. Por ex., a obtenção de linhas masculinas-
estéreis sob baixas temperaturas em híbridos F1 de arroz, sistema que é controlado por genes nucleares.
Fenologia da Floração
Culturas de polinização cruzada/fecundação cruzada
Híbridos F1
As questões em torno da emasculação para autopolinizadores também se aplicam a
polinizadores cruzados, mas as dificuldades são geralmente menos severas, porque estas
últimas desenvolveram mecanismos para garantir a polinização cruzada. Esses incluem:
Plantas dióicas (plantas masculinas e femininas separadas; exemplos: tamareira; mamão, …)
Plantas com flores diclinas (flores masculinas e femininas separadas em uma planta; ex. milho)
Plantas auto-incompatíveis (ex. trevo, pereira)
Plantas dicogâmicas (onde o estigma não está recetivo quando o pólen é libertado; ex. noz-
pecã, …)
Beneforté® são bróculos que produzem níveis elevados
de glucorafanina (antioxidante de ação prolongada)

Beneforté foi desenvolvido através de métodos de cruzamento


naturais, cruzando uma variedade comumente consumida com uma
variedade que produz níveis elevados de glucorafanina

© 2014 American Society of Plant Biologists


Heterose ou vigor do híbrido
Heterose, ou vigor híbrido, é a função aumentada de qualquer qualidade biológica duma descendência híbrida. É a
ocorrência de uma descendência geneticamente superior ao misturar os genes dos seus progenitores. A geração F1
apresenta um desempenho superior em relação à média dos progenitores.

Quase todo o milho cultivado apresenta heterose. Os melhoradores forçam a autopolinização em espécies
de fecundação cruzada para criar linhas puras (inbreed lines).

Ao invés, a depressão por endogamia, representa a perda de vigor, altura da planta, devido à ocorrência
de alelos recessivos em homozigotia.

http://www.cmbb.arizona.edu
Muitas espécies cultivadas são POLIPLOIDES - quando um organismo contém mais
do que um conjunto completo de cromossomas

. colza - Brassica napus, 2n = 4x = 38


. trigo - Triticum aestivum, 2n = 6x = 42
. sisal - Agave sisalana, 2n = 5x = 180
. café - Coffea arabica, 2n = 4x = 44
. banana Musa hibridos, 2n = 3x = 33
. algodão - Gossypium hirsutum, 2n= 4x = 52
. batatas – Solanum tuberosum, 2n= 4x = 48
. milho - Zea mays, 2n = 4x = 20.

MUITAS ESPÉCIES SILVESTRES SÃO POLIPLOIDES MAS


TAMBÉM É POSSÍVEL INDUZIR A POLIPLOIDIA
PARA SELECIONAR CARATERÍSTICAS DESEJADAS

Leitch and Leitch 2008


Poliploidia define-se como a condição em que uma
célula ou organismo apresenta mais de dois conjuntos
completos de cromossomas no mesmo núcleo dessa
célula ou nos núcleos de todas as células desse
organismo.

Os poliploides são muito comuns entre as


plantas, peixes, anfibios e usualmente bem
adaptados

Endopoliploidia é restrita a um único orgão


Exs: Tecidos vegetais especializados como o xilema,
células das glândulas salivares de Drosophila. Nos
humanos, a poliploidia nas células do figado
(hepatócitos) até 80% das células

Celton-Morizur and Desdouets 2010,


Borradaile and Pickering 2009
As primeiras bananas (diploides) parecem ter sido
cultivadas há cerca de 7 000 – 10 000 anos na Papoa Nova
Guiné. Também foram cultivadas no Sudeste Asiático.

As bananas modernas (triploides) provém do cruzamento


de duas espécies silvestres,

Musa acuminata x Musa balbisiana,


que tem sementes grandes e duras.

O híbrido (triploide) que produz as bananas


modernas, com a sua forma adaptável e com a casca
destacável. Comparada com os seus progenitores
ancestrais, esta banana tem sementes muito mais
pequenas, melhor sabor, e mais nutrientes.
Triploides com importância comercial

As plantas poliploides são geralmente maiores, mas não sempre, que os seus progenitors diploides. As suas
estruturas reprodutivas (flores, frutos) tendem a ser proporcionalmente maiores do que os tecidos caulinares.
Algumas espécies tem
que ser propagado
vegetativamente
porque as plantas
comercializadas são
híbridos estéreis (ex.,
banana).

Selvakumar & Parasurama Ppropagule production in banana cultivars Grand naine (AAA) and Elakki (AB). In Vitro Cell.Dev.Biol.-Plant (2020)
Indução artificial de poliploides

Stress ambiental (térmico)


Stress químico Colquicina (a ação depende da
temperatura, tempo de exposição, concentração),
aplicado em zonas meristemáticas, sementes,
plântulas, raízes.

Fusão de protoplastos (células sem paredes


celulares)
Cruzamentos artificiais entre plantas com gâmetas
não reduzidos (Triticale)
NEOPOLIPLOIDE
poliploide que foi produzido por
Poliploidização induzida: indução artificial da duplicação
duplicação de cromossomas de cromossomas

Colquicina – inibe a polimerização de microtubulos ligando-se a dímeros de


tubulina, os principais constituintes dos microtubulos

Colchicine

Colchicum autumnale
Tratamento de
colquicina
Algumas plantas de alto
valor económico
(híbridos) são
propagadas
clonalmente in vitro a
partir de células do
meristemas do caule
(ex, orquídeas).

Reprodução assexual
Vantagens: dado que a semente não é o produto, a fertilidade não é um problema. Isto permite
oportunidades para explorar a heterose e os cruzamentos mais amplos.
Limitações: podem-se acumular mutações com o tempo, resultando na erosão do genótipo superior.
Além disso, o material propagado pode ser infetado por vírus.
Propagação in vitro de frutos secos através de porta-
enxertos da amendoeira, pistaceira e nogueira um
método para a obtenção de um maior número de
plantas com a garantia de qualidade genética e
fitossanitária.

Os objetivos pelos quais se utilizam porta-enxertos de


híbridos F1 estão relacionadas com a resistência a
algumas pragas e doenças, ao frio, salinidade,
adaptação a características do solo e qualidade do
fruto.

http://www.agrotec.pt/noticias/
Hibridação somática via Fusão de protoplastos
Fusão de células de plantas
cultivadas da mesma ou de
outras espécies com o objetivo
de transferir propriedades que
são desejadas pelos
melhoradores e gerar uma planta
de cultura sem recurso a
engenharia genética.

Para a fusão celular, é necessário


um campo elétrico. As células
alinham-se e fundem-se em
corrente alternada e contínua.

https://www.phytowelt.com/wp-content/uploads/2017/03/Somatische-Hybridisierung-Film-Phytowelt.mp4?_=1
Os alimentos Geneticamente modificados, ou GMOs, inspiram reações fortes hoje em dia mas
os seres humanos vêm aprimorando a genética dos nossos produtos favoritos há milénios.
• Vantagens:
• Melhoramento do fenótipo de interesse
• Aumento da produção
• Custos de produção mais baixos embora custos iniciais
com sementes mais elevados
• Benefícios na Saúde / Nutrição
• Redução da aplicação de herbicidas / pesticidas /
fertilizantes
• Novos produtos – farmacêuticos, químicos, etc.
• Desvantagens:
• Baixa regulação em termos de segurança para a saúde/
ambiente
• Perda de diversidade genética
• Dependencia de grandes companhias de sementes
“Da próxima vez que se diga que não devemos comer
alimentos que foram geneticamente modificados, deve ser
realçado que todos nós já os comemos” (WV, sic).
Produção de alimentos mais nutritivos

What would happen if the foods we


normally ate produced more
health-enhancing nutrients?

Hotz, C., Loechl, C. de Brauw, A., Eozenou, P., Gilligan, D., Moursi, M., Munhaua, B., van Jaarsveld, P., Carriquiry A., and Meenakshi, J.V. (2012)
A large-scale intervention to introduce orange sweet potato in rural Mozambique increases vitamin A intakes among children and women. Brit. J.
Nutrit. (In press DOI: 10.1017/S0007114511005174). Photo courtesy HarevstPlus.

© 2014 American Society of Plant Biologists


Aumento do conteúdo em beta-caroteno pode
prevenir deficiências em vitamina A
Many staple foods are poor β-carotene is converted to
sources of β-carotene so many vitamin A in the human body
people do not get adequate
vitamin A in their diet
β-carotene Vitamin A

© 2014 American Society of Plant Biologists


β-carotene
makes the rice
look golden Staple foods like
rice, cassava and
corn can become
good sources of
vitamin A

β-carotene Vitamin A

Similar
approaches can
increase lutein
and zeaxanthin
levels in foods

Photo credit: Golden rice humanitarian board

© 2014 American Society of Plant Biologists


Steps leading to the production of Bt corn using the Agrobacterium tumefaciens-mediated gene transfer system. The bacterium A. tumefaciens harbors both
chromosomal DNA and a tumor-inducing plasmid (Ti plasmid or pTi). The latter contains a small segment of transfer DNA (T-DNA) that can be incorporated
into the genome of the plant following infection with the bacterium. A gene of interest, such as that encoding the Bt δ endotoxin, is cloned into the T-DNA of
the Ti plasmid. After inoculation of cultured corn cells, the T-DNA carrying the Bt gene is inserted into the plant genome. The regenerated corn plant (Bt
corn) expresses the Bt δ endotoxin.

BioScience 58(Sep 2008):691-700


Quais as avaliações de risco que são realizdas
em Organismos Geneticamente Modificados?

Before release into the environment, GM crops are


subject to risk-assessment and risk-management
measures to evaluate:
•Risks to human health (including toxicity and
allergenicity)
•Risks of evolution of resistance in target pathogens or
pests
•Risks to non-target organisms
•Risks from movement of transgenes

© 2013 American Society of Plant Biologists


Os genes de OGMs vão contaminar populações
silvestres?
When Pandora opened the
forbidden box she released
evil into the world

Pollen can move DNA between


plants. To minimize this
possibility, GM crops have to
be grown prescribed distances
away from closely related
plants. Technological
methods to reduce this risk
John William Waterhouse: Pandora - 1896 are being developed.

© 2013 American Society of Plant Biologists


Os genes “anti-inseticidas” prejudicarão os
alvos indesejados?

The evidence shows that the planting of GE crops has largely


resulted in less adverse or equivalent effects on the farm
environment compared with the conventional non-GE systems
that GE crops replaced (National Academies 2010)
Image credit jons2

© 2013 American Society of Plant Biologists


Processos para
alterar o genoma

Genome editing – Tecnologias de Edição de genoma


Um gene pode ser desligado, inserido, substituído ou removido de um genoma através de nucleases
(tesouras moleculares) e enzimas que fazem a reparação do DNA.
O produto obtido não é um transgénico
Duesing et al. 2018 Front Bioeng Biotech
Genome editing (CRISPR, Clustered Regularly
Interspaced Short Palindromic Repeats)

Tecnologia de edição de genoma


– técnica de engenharia genética
que permite identificar genes de
interesse, no DNA de qualquer
espécie, e modificá-lo, sem a
inclusão de genes de outras
espécies – não é um transgénico

CRISP-4-CROPS project (EU) para produzir variedades de milho com menores necessidades de água (7-10 anos desde o processo
de modificação do genoma até ao produto comercial; com métodos tradicionais de engenharia genética leva 9-12 anos).
Barrera-Redondo et al. 2020 doi: 10.3389/fgene.2020.00742
Duesing et al. 2018 Front Bioeng Biotech

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