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en (Uy PIR eee Me. Digitalizado com CamScanner © 2004, Editora Unijul Rua do Comércio, 1364 Caixa Postal 560 .98700-000 - Ijut - RS - Brasil - Fones: (0 (0__55) 3332-0343 il: edicora@unijui.tche.br Heep://wwwcunijui.cche.br/unijui/editora/ Editor: Gilmar Antonio Bedin Editor Adjunto: Joe\ Corso Capa: Elias Ricardo Schiissler Iustrapao: Morte de Sécrates, de Louis David Responsabilidade Editorial e Administrativa. Editora Unijui da Universidade Regior ado do Rio Grande do Sul (Unij I do Noroeste jul, RS, Brasil) do Seroigos Graficos: Sedigraf Rovisao de Texto: Joana Jurema Silva da Silva Katia Michelle Lopes Aires Simone Fraga Catalogagio na Publicagio: Biblioteca Universitaria Mario Osorio Marques - Unijui F488 Filosofia ¢ ensino ; um didlos um didlogo eransdisciplinar / Org, Cek Candido, Vanderlei Carbonara. ~ juts Ed. Una 2004, ~ 584p. ~ (Coleco filosofia e ensino; 5). ” ISBN 85-7429-407-1 1.Filosofia 2,Filosofia-ensino 3,Curricul 7 ' Jar 4-Incerdisciplinaridade 5,Transdiseiplinaridade Lag iy ; ‘ ciplinaridade LC. Celso II, Carbonara, Vanderlei III, Se Het —_ cDU: 1011 101,1:37 aii Uni afiada — Digitalizado com CamScanner a CONCEPCOES ETICO-EPISTEMOLOGICAS QUE FUNDAMENTAM A ACAO INTERDISCIPLINAR E TRANSDISCIPLINAR NO ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO Vanderlei Carbonara Consideracées iniciais ‘Tratar de questes sobre a educagiio escolar é sempre desafiador ¢ comprometedor. Nio se pode fazer aventuras quando se trata da educagio de criangas ¢ jovens, pois estes nio sto cobaias das experién- jas de seus formadores. Por outro lado, estudos sobre educagao oriundos de filésofos, embora nfo sejam to raros, poucas vezes conseguem atingit a sensibilidade de profissionais da educagio. E com dois propésitos iniciais que este artigo quer se apresentar: primeiro, com 0 compro- isso da responsabilidade com que se quer apresentar uma reflextio sobre a presenca das diferentes éreas de conhecimento € sua possivel tclacio a partir da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade; em segundo lugar, 0 artigo busca estabelecer diflogo com algumas das tendéncias em voga no meio educacional, de maneira a trazer seu con- tetdo filosdfico, contextualizado com as discussde a Issdes pedagdgicas. Ao leitor pouco famil rizado com 4 linguagem filoséfica, sugere-se a, s “se uma consideragées alternativa de leitura: partir di niciais diretamente para 0 tépico sobre o agir imer ¢ transdisiplinar, ‘ 5 pata depois r etornar aos ilosotia da UES, His du UGS. i-mail vearbona@ues.br Digitalizado com CamScanner 90 el Cerbonare ‘6picos sobre fundamentos éticos € epistemolégicos,p, 5. Porg se tratar de um texto suficientemente acessivet 3 maior, a talvez com eventuais dificuldades em conceitos mais es que podem ser buscados nos referenciais indicados, gy, texto apresenta-se como um estudo ético ¢ : Sobretis oe €Pistemol6gico soy 1 educagio basica no que diz respeito 8 peito A possibilidade d. le um ensina tegrado dos diferentes saberes. O debate pedagégico de nosso ten mpo niio se furta de dimensdes interdisci dl tatr | iplinar do processo educacion, | a efetivacai fetivagio de um programa que supere as bareia de inatidade € uma di tuigdes de ensino; isso porque nosso siste: muito mais apoiado numa estrutura de se Pectiva congregadora de saberes. A tradigio ‘a ¢ forte, No entanto, le comum em nossas inst ma educacional ainda esti paragio do que numa pers cartesi }o-newtoniana per seja na formagio de nossos professores, seft mt organizagao curtic Binizacio curticular de nossas escolas. Pensamos o ensino bisico & Partir de uma soma de partes; Petspectiva em que as partes reccbem maior relevé ease Ancia que ve 0 todo. Por vezes, nossas ciéncias ensinadas m2 escola mais parecem pe, suas fronceiras a fi Beiros. Na Quenas nagdes que constituem fortalezas em im de evitar qualquer espécie de invasio de estan 10 € raro tratary a ‘atmos 2 matemética como uma feroz ameaga integridade da geografa, da interpretagao de textos sino da lingua ve nhado no sistey ua histéria como uma possivel usurpadort feita tradicionalmente na disciplina de nfeula. Isso manifesta um quadro patolégico entta- 'ma €ducacional escolar que transformou a educagio ae aoa at ven um mens quebeabes de Ps = B nossas crianga: © artigo que ; fundamente act 14 8€ apresenta toma elementos éticos como damentos era: et ° onhecimento € justfied-lo: com esses fun- IMENtOS tics, busca j Pletam a base da estrus eat 8 2P" Pedagégica, Nao se fem seu intento 0 copnigiva € apontam elem fata de um artigo pedaedsice im aeippalho flas6fico de esPect secs tnnnn seston sei eee ot sobre 0 conhecimento em dilogo com diversas eas do saber. Ainds fe proponka wma mutdana paradigms, 0 presente artigo no se propae a sor iefutivel ates se, quer instr 0 pensar Ee Pr atemoligico€ pedagipico soba perspoctiva do estabelecimen \de ¢ da justiga em toda ago educacional. responsabilidac Fundomentos éticos continuar com uma perspectiva fragm interdise fom o paradigms vigente & ue aqui esti afirmado ents dos Nio basta ee na waiveagio e af querer insert a aidade © @ i de. f preciso romper ¢ de um novo. Isso q vst do por rans pensar ia. O que 0 artigo a o estabelecimento partir par niio é novo no campo educaci para diferentes al lemento inovador jonal, Ikernativas de mudan v 14 reflexdo é a defesa da ética como suigao do agir edu- que apontam apresenta como el 2 ologo parignatics 0 sua base? E preciso identifi- | pamodelo clue ee cartesiano € esse fundamen m voga: 0 cogito cs pens, logo sou” (1996, p- 92) come mento fundament ica em proceso educacionat que poe car o funcamento da sepa! tradicionalmente £0, Quando Descartes por 0 5 = send a visio moderna d2 fundamento co saber, consolida-se 0 QUE SST TT sc chega ‘O ser esti na base do saber: 0 60 aad ge ead como filésof0, co atrelada 2 idéia ds do. E 0 proprio método, € derivado de um principio sobre os entes. Descartes, uma visto do conheciny submetida a0 rigor Jo har o problema ‘e Newton, como cientista, le verdade wpa desu pats, 3 fi onde sem deixarse enganar Por Outros ‘a de eonhecimento deriva-se & dar a visio disciplinar do conheci- inclusive nos ambientes infalivel uma v para ser eficaz, precisa de que possa deseobrit 2 V6 elementos, Dessa estrucust ana wert de cons smo ave he do saber, Digitalizado com CamScanner © que se quer propor emi a toda fundamento ético 0 uso corrente do termo dew-the significados bas sa-se a ética com Emmanuel Lé Deserevo ériea, é0 Imano, enqyuanto human ‘Jo & uma invengio da raga branca, da 0. Pensoqueagieg umanidade gue ley aMtores gregos nas escolas © que seguiu certa n valor absoluto é a possi Prioridade a0 outro, Portanto, permane. ‘er plenamente desvendado, A -lo, classificd-lo ou sistema ce mistétio que nio pod no posso conceitua integral de co: do numa tot im sendo, riclo; & experiénea ecimento naquele instant apenas a experigneia do sujeito isoladamente; ha contro do eu com 0 outro suas diferentes experiéncias de conhecimento. Em primeio lugar, 0 outto em questio é 0 outro humano; porém é também possivel pensar mbém 0 | RO outro como o que se pée em relagio com 0 humano, uum sentido a partir do humano. Quando se trata do uer apontar uma tor na apreensio do sujei= que recebe mano no se idade conceit 0, mas 0 que se manifesta 3 mi 96es intersubjetivas, Portans ial nem idade de pessoas ¢ suas implica: partir de um fandamento ético do co- “a em acel nites da expe nhecimento, em lugar de um fundamento ontolégico, (at uma inersubjetividade cognitiva que transcende 03 : Enc individual. O ato de conhecer esta muio além da concepsi mas € selagdo todos Simplista que limita a0 contato entre sujcito € *ssPonsivel do eu para com 0 outro que se manifesta € part © outros envolvides no processo. bjero. individuatidade bia vex posto que o conhecer nto se exgota na individesl os cei yah on aco da errdade como problenn possi ento ou ecime! 2 O relativism abse verdade: porém, verdade com algo ante “de forma a) coma pode ocorrer na senga do outro verdade, dada sio. A linguayem s6 € pos prevenga docente. A im sua expres ssivel na mas entre um cu € U Jesse a signifies us do Mesmo: vente étiea ~ njo esti ligada 3 identidade - rosto do Outta que faz apeloso Mes es eticamente concebid & Jo pode ser submetida 30 ide ser ficago essa que ji foi dito, 0 eel mase uma sez mais que nia pods ematizada, E comanda a ética ~ €; ie cetividade aberta 3 alteridade ~ corm mento que no _BeeeaEeE__—<(CiCti‘i‘i‘i‘O:O;O;!.O;CS Digitalizado com CamScanner 94 Vondo Corbonore gada por sua rerritorializaydo, impede o estabele como instincia de expresso do outro m: camente constitufda, Pensar 0 conhecimento a partir de t concepeio étieg fundamento inviabiliza a repetigio de tragédias comoas de Anan Hiroshima, Nova York, Bagda ou Madri. O conhecimento Uschiie, NISC a par, tir da ética € aquele saber que nio pode ser segmentado p. interesses espectficos, mas que se estabelece a partir de un cnn de relagdes interconectadsas: 0 conhecimento dh fisiea gue dona” cnergia nuclear esta diretamente relacionado com oP Economia ¢ com a Sociologia q r cenergético. Junto a todo co suas cons we domina a com a r-se de tal dominio responsabilidade por r exercida, Uma le tineias © just yaradas cenderi pa obscurecido pela fra cia ~ plena de bo porque 0 responsabi ade intersu muitas vezes, nio fe. Isso seria apenas que se quer superar, 0 superagiio do abrangente do mais € do 4 fieagio no ser. ) sta bniemona eho emtcoem aiomensr 9s coupes nto quando as ricos tras Jamais se produz conhecime mos em diilogo. como querem os di < ealoca Jamas * 30 postas em divergent iferengas 5 pois dat resulta sempre um processo de ass s é do que uma negagio lage, que se quer de outrem. Também ri na averdade de um lado € a mentitia as dife- rsca-se estabelecer v relagio entre iva de justica. ove concepcses verdadeiras numa PesPect rentes i dito que, hecimento a um relativismo ¢ ade preciss ju ao teatar de diferentes verdat a m que tudo seja de um conhecit 1, Nese sentido, 0 relat bilidade de pensar em ; imento que nio se quer nico was di mo simplista esti sividade ade~ € aquela que toler fe construgio dos saberes, gat da pjetivos ‘¢ os processos interns plac 4 mulsiplicidade em experigneias J se possa conten cadas, afirmasse que @ conhecls sido em duas sbiewte em aque se ds 1a tum saber das implicagées ape snsavelmente compre 1m oan can Partinds ificado esti ret com a diguidade humana © 60 neo invial os ditatoriais © a ia ow entidades nto pode set ye se manifes “Tal comprometi Jo, como o> regimes pol esa conduzidas por drgtos da pelo 2 responsabilidad de Aucneiat. domi manipulagdes de ma iosas. O outro & ly saber advindo de sce-se um compromeriment? Q Aue esta p: vindouras. Nesse sentido, n do outro pros rodoo saber é Digitalizado com CamScanner 96 cclages que estabelece com humano € com 0 meio, mento de um conkecimento da engenharia gené ca 00 ma esennap,. nipula 3 Rn et de vegeta no pode estar isolado das im ais ¢ todas as outras possiveis de se rel Fundamentos epistemolégicos £2 parti é a partir dos fundamentos éticos anteriormente expos quer pensar aportes epistem aie transdi cos para a ado inter meni nt B ambiente escolar. O paradigma aqui proposto 8 a a funda-se numa filosofia da subje : son anda lade que poe a Brice fia primeira e reconhece na alteridade 0 principio do co- nhecer, de i do pensar © do a fagnencdo em tsi A partir disso é que se nega o estudo as como possi dade em si de estabelecer conhecimento verd: verdadeito, Nao se ias, mas a possi iio se quer negar a especificidade das cién- ade de benéfico para atingir de que 0 isotamento de uma ciéncia possa seF git mais ple objeto de estudo, wis plenamente a verdade sobre determinado Oavany 160 cientifico do sé co do século XX e deste infcio do sécuto XX! std maread rcado pelo diilo, uns eas de cog E® Petmanente entre as diversas cen fea para que ‘HE possa ser validada. O paradig ido te rope we a validade de er mae mentee oe um equivoco muito grande tomar esses fundamentos para pera walidade de Seas de conhesimento que busca simples j mente como nova esestabilizar a ciéncia convencional para tomarthe o lugar verdade dinica. A responsabilidade implica uma cof subjeividade tal que a justiga poss ser vabilzads portant, sem rrsimilasao de qualquer das partes. O fim do ideal da cientificidade se pela necessidade de dislogo entre diferentes areas de cor justin hecimento a ic para 0 conhecimento mais prxi- mo da verdade. ue possam contri ‘A heranga positivista, que touxe o ideal da ci ficidadé, dei- sou um ergjco legado:a homanidadeconsricuiy ses Hist6riaem grande parce a partir de figuras isoladss — Jeréis — que transformaram 3 reali- Frade em momenros poncuais, as grandes daras histéricas; nega-se af que as mudangassejam estabelecdss Por SPOS ‘humanos em proces: ye geram elementos novos de mancira gradaciva, Afinal, a Histé- Jerdi & a negagio de codos 0s outros q¥e 1m o problema que se busea enten dade como elemento fundante para I heri costuma ser chama~ 1 contexto 508 q fia vista sob 0 prisma do festiveram out esto em relagao Co der, tal visto nega a intersubjerivi aleangar a verdade, Na historia da ciéncia do de génio, uma personalidade que parece 0342 dever ase ce apresenta-se como senhor de descobertss 1 invengSes que nfo tran indo é sem razio que se eriou sitam pelo campo da intersubjetividade: io a0 mun tum sujeito sol cesteredtipo de que o cientista é do vivido pelos demais. Trata-se Enfase a0 genio, que aprecia encarnat a Poss” ho, independentemente do seu contest? 1998, p. 42). Noenranto, cos sto fr cde um modelo de ciéneia que “E29 jddade de produ sozi- storico 08 novos conheci= se formos mais a fun~ fo de uma comu ico. Por mentos” (Bombassaro, do, veremos que todos 05 avangos cient nidade de inv ¢ dijo-se num coF santo, 0 conhecimento s6 pode conhecimento puramente indi ‘ossas instituigdes ecucacionais € Pre 1o.a partir do heroine fos num processo de ¢ ozo er presente que © cone sda vida 282 20 POPE cimento const 5 sonstrug esta studante ser am com 0s Out 7 Digitalizado com CamScanner wo coletive ou ent nde-se 0 conheci idades de investigagio inseridas num contexto soe questio nem mesmo & post i das vezes tal icita conte tiorpisipsoatolntinssionteieas mye ealined ete ica um paradigma com as modo Bera mas aeitas por uma comani lade cientifica num determinado con- mio. A passagem de um paradigm aout cate devi a um mo- frento de er56 ESE estabelece sobre 0 modelo em vogs. Falarmos tre um novo paradigms educacional é pensarmosprincipios paso agit pecagen ne no sam 08 mesmos que nortearam 0 modelo que jqeremos superar: A educagio convencional esti mengulhada numa ‘i filho 3 escola para que receba se justifiea mais enviar um bagagem de informagbes ou, ainda, que se prepare (es ¢ para enfrentar um mercado de pois a realidade social esminada B sovado em vestibt Jamente previsiv educagio, Hoje a educagio deve preparar muito m: jit sabido; mas essa perspe weno repita 05 de Kant, que trabal outro modelo de nhecido do que para nos alicerces dla ética de forma ra a autonomia, concebida a part anspor um paradigma em vigéncia ma revolugao de prineipios ¢ suas im- ‘uma ruptura radical, voc no aute pedagdgico. Esereve Kuhn (1996, p- 108) °F iit pparadigma & sempre decidir simulrancuments aii °° ago de am- conduiz a essa decisio envolve a compat rmo sua comparacio mitua” Jo direta para com as cién~ nara além do zmas com a nacurezs, ben c ha uma preocupas: ieia anterior, Giéncias possam oferecer, por isso 0 di sa rupture part « porque se quer vel quando se tem rompé-lo, assim como é preciso rer estabe ma V la ransdisci as bases do novo nentacio Jo gente da fr ersubjetividade. Nao hi meio igo se pode pensat numa educa ais: ps ever a pers POS ago do paradigm’ ado como m conhecimento ag e movido por erses © 99 Digitalizado com CamScanner Verderle! Corbonare 100 paradigmas. Portanto, 0 proprio paradigma que se pr A ropoe & pussivel do mesmo processo de critica o POC 6 ay riundo da intersubjeqn | tiv {que quer estabelecer como prinefpio, Grandes revolugdes ciei CAS trazem A i _ i a comunidad sma tal visio de mundo que, por vezes, mais pores | outrarealidade passou a surgiz. Um exempto diese es ‘copernicana, na qu disso € a revola podemos perceber uma si se i : Poderia compreender um mesmo univ To €m que jis cee ; ‘ero cm ordem simples iocéntrica. Kuhn (1996, p. 146) escreve sobre is (~) €m periodos de revolugio, quand muds, pereepgio que cients tom dace, Ser reeducada ~ ¢ enefca normal ista tem de seu meio ambiente deve ss sinopdosenn crrender a ver uma nova forma (Getallem cam Rss pce ea, nome Assim se da cago: 9 Hi em toda revoluga, 30:0 modelo de gee Uste paradigmtica, inclusive 2 el dueaso com uma mode! o ecelo educacional stabelecem ona 4e fragmenta (Wem 0 con cola que se aponta nessa proposta mi tote Hela €m sua estructura, eonstrusdo do eonheni ne nee oe relagses 4° Bod saber so conberimenco, A rupee de um modelo

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