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3a, Unidade:A Teoria Cinética dos Iremos ver uma introdugio 4 teoria cinética dos gases, que relaciona o movimento dos atomos constituintes ao volume, pressdo e a temperatura do gis. Também veremos um conceito extremamente importante na fisica, o de entropia. * Gases Ideais * Entropia e Segunda Lei da Livre caminho médio Termodinamica Pressdo e temperatura Entropia e Desordem Velocidades médias quadraticas Processos reversiveis e irreversiveis Distribuicio de velocidades Um paradoxo Equiparti¢ao da energia A segunda lei da termodinamica Calores especificos molares Entropia de Maquinas térmicas e Expansdo livre ou adiabatica refrigeradores Mistura de gases Eficiéncia de maquinas térmicas reais Graus de Liberdade Visdo estatistica da entropia Calores especificos molares Rete oe Rete rt) Um mol de qualquer substancia é definido como a quantidade contida em uma massa igual 4 massa molar da substancia. Por razées praticas, Um mol é o niimero de dtomos em uma amostra de 12g de carbono - 12. Este valor é conhecido como "niamero de Avogadro": N, =6,02x10” dtomos/mol. O nimero n de mols em uma massa am M,,, de uma substancia é dado pela razio: n= are Aqui M éa massa molar da substéncia. O numero de mols + N pow é definido por n =—— .N 60 numero de atomos na massa A da amostra M,,,. A massa molar € M =mN,,, onde m é a massa de cada molécula. Considere um mol de qualquer gas colocado em um recipiente que possui um volume V e é mantido a uma temperatura 7, e todos os pontos do volume possuem aproximadamente a mesma pressfo p. As pequenas diferengas de pressao desaparecem se diminuirmos a densidade do gas. Experi- mentos mostram que todos os gases a baixas densidades obedecem a equacio: pV =nRT. Aqui R=8,314 J/mol-K é conhecida como a "constante universal dos gases", Essa equagao é conhecida comoa "lei dos gases ideais". pV =nRT Aconstante R pode ser escritacomo: R=AN, ondek éa constante de Boltzmann e vale k =1,38x 10? J/K. Usando as definigdes anteriores a lei dos gases ideais pode ser escritacomo: pV = N&T. Aqui N €0 namero de moléculas no gas, e p é a pressdo absoluta (nao a manomeétrica). O comportamento de todos os gases reais é bem descrito pela lei dos gases ideais a densidades suficientemente baixas. Baixas densidades significam que as moléculas do gas estado longe o suficiente umas das outras, de forma que clas praticamente nao interagem entre si, mas apenas com as paredes do recipiente. pV =nRT PY ype) /mol+K 5 10 15 20 25 30 35 40 P.atm FIGURA 17-8 Graficode PV/nT versus P para gases reais. Variando-se a quantidade de gas, a pressao varia. A razao PV / nT se aproxima do mesmo valor, 8,314] /(mol - K), para todos os gases, 4 medida que suas massas especificas e, portanto, suas pressGes, sao reduzidas. Este valor 6 a constante universal dos gases, R. Fonte: TIPLER,P, MOSCA, Gene. Flstea para Cienstas e Engentetros - Vel. | - Mocdtica, Oscilagées & Ondan, Termodiniimica, 6*edigae, LTC, 072008 esmagada da noite para o dia. (Cortesia de wow. Houstem, RadlFanner) manhd seguinte, deseobriram. que mire 2 ace do vagdo tinhamn s esmagadas, como s¢ uma criatura, gigantesea de um filme de: ficgdo cientifica classe B tivesse pisade no yvagdo durante a noite. BEEN mee CeCe eM TU toren een Considere o processo a—+ /. Durante este processo o volume do gas ideal é mantido a volume constante (dV=0) Entio 0 trabalho W feito pelo gas é: W =| pav =0 Trabalho feito por um gas ideal a Pressiio constante Considere o processo i->a. Durante este processo o gas é mantido a pressdo constante e seu volume varia de V, para V,. O trabalho W feito pelo gas ¢: vy in W =| pdV = p| dv = p(¥,-¥,)=pav y, i Pressure ¥ Volume V, _ Trabalho feito por um gas ideal a temperatura constante Considere o gsr mostrado na figura. Ele é mantido a uma temperatura constante T e sofre uma expansio isotérmica do volume V, para o volume V’,. O trabalho feito pelo gas ideal é dado pela equagao : 7 W= [par da lei dos gases ideais temos pa ow = [= T is nat | V, > In > 0H >0 i V, Para compressao temos : V, In <0>W<0 @ Hon @ fee @ e [te Comparar com Rete oe Rete rt) Vy W =nRT In p bolamento Figura 19-2 Trés isotermas em um diagrama p-V. A trajetéria mostrada ha isoterma central representa uma expansao isotérmica de um gas de um estado inicial / para um estado final f. A. trajetéria def para ina mesma isoterma Tepresenta 0 processo inverse, ou seja, uma compresso isotérmica. xemplo: Variagdes de Temperatura, Volume e Pressio em um Gis Ideal Um cilincro contém 12 L de oxigénio a 20°C e 15 atm. A lamperatura é aumentada para 35°C 2 o volume é reduzido para 8.5 L. Qual é:.a pressdo final do gas em atmosteras? leal. Suponha que 0 giis sey bak Como o gis é ideal, a pressio, volume, temperatura ¢ ni- mero de mols estdio relacionados pela lei dos gases ideais, tanto no estado inicial i como no estado final f- Caiculos De acordo com a Eq, 19-5. temos: PM=ART; © p= nkRip. Dividindo a segunda equacio pela primeira e explicitan- do p, obtemos pil¥; ete: (19-17) Ty = Observe que nio hi necessidade de converter os volumes. inicial e final de litros para metros ciibicos, jd que os fa- tores de conversdo sdo multiplicativos e se cancelam na Eq. 19-17. O mesmo se aplica aos fatores de conversiio da pressiio de atmasferas para pascals. Por outro 1 conversio de graus Celsius para kelvins cnvolve a soma de constantes que nfo se cancelam. Assim, para aplicar corretamente a Eq. 19-17, as temperaturas devem estar lo.a expressas em kelvins: T= (273:+ 20) K= 293 K e T, = (273 + 35) K = 308 K. Substituinde os valores conhecidos na Eq. 19-17, obte- mos _ (15 atm)(308 K)(12 L) = 22 atm. (Resposta) (293 K)(8.5 L) “m meee ere ttf WWreste 1 Um gis ideal tem uma pressio inicial de 3 unidades de pressdo ¢ um volume inicial de 4 unidades de volume. A tabela mostra a pressio final e o volume final do gas (nas mes- mas unidades) em cinco processos. Que processos comecam e terminam na mesma iso- terma? abede 6 Pp | Vd 2 3s 12 Rete oe Rete rt) Trabalho realizado por um gas ideal Um mol deo: de a uma temperatura constante 7 de 310 K de um volume inicial V, de 12 L para um volume final V,de 19 L. Qual é o trabalho realizado pelo gas durante 4 expansiio? 00 t= SIR £ 4 10 Volume 30 Figura 19-3 A drea sombreadla representa 0 trabalho realizado por | mol de oxigénio ao se expandir de V, para Va uma temperatura constante de 310 K. genio (trate-o como um gas ideal) se expan- Pers Em geral, calculamos o trabalho integrando a pressdio do gas em relagdo a0 Volume usando a Eg. 19-11. Neste caso, porém, como 0 gifs ¢ ideal e a expansao ¢ isotérmica, essa integragao leva & Eg, 19-14. Caiculo Podemos escrever: \ W = ART In — ART In = 19 = (1 mol)(8.31 J/mol-K}(310 K) In 21 = 11804. (Resposta) A expansdo esti indicada no diagrama p-V da Fig. 19-3. O trabalho realizado pelo gas durante a expansiio é repre- sentado pela drea sob a curva if, E facil mostrar que se a expansio for revertida, com o gés sofrendo uma compressio isotérmica de 19 L 12 L, o trabalho realizado pelo gis sera — 1180 J. As: uma forga externa teria que realizar um trabalho de 1180 1. Comprimi-to. im, J sabre 0 wis pa Pressao, temperatura e veloc S$ deum gas ideal Considere uma molécula de massa m movendo-se num contéiner de dimensées Lx Lx £ como mostrado na figura. Iremos seguir o movimento de uma molécula ao longo do eixo x. A molécula ‘ : : i 2L ricocheteia na parede com um intervalo médio At =— entre Vv colis6es sucessivas 2 = Normal a parede sombreada A variagao do momento linear da molécula é Ap? = Pp P=, —(my,) =—2mv, Mas, ao colidir com a parede, pela conservagao do momento linear, a molécula transfere este momento para a parede, portanto Ap, = 2mv, Aqui Ap, éo momento transferido para a parede Rete oe Rete rt) Da 2a. lei de Newton, a forga liquida que a molécula exerce sobre a parede é dada por _ Ap, 2mvy, | mv, At 2Liv EL Da definigado de pressdo: p = Q Entio a pressdo p exercida por todas as moléculas sobre a parede é dada por: _F, omy, | Lt, /L +... /L BO oR p=(3 |i +v+-+v%) laren

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