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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de

Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Primeira Avaliação a Distância de Álgebra Linear I - 02/03/2015
Gabarito
1ª Questão. (2.0)
3 − 2
(a) (1.0) Determine a inversa de A =  
1 4 
3 x − 2 y = 6
(b) (1.0) Use a inversa da matriz, do item (a), para resolver o sistema  .
 x + 4y = 2
Solução.
(a) Temos que det A = 14 ≠ 0.
1  4 2  2 7 1 7 
Portanto, A é inversível e A −1 =  = .
14 − 1 3 −114 314
(b) Esse sistema é equivalente a Av = b, de modo que
2 1
7  6  2
v = A −1b =  7    =   ⇒ x = 2 e y = 0.
−1 3
 14 14   2 0

2ª Questão. (2.0) Verifique se as afirmações abaixo são verdadeiras ou falsas:


a) (1.0) ( A − B )( A + B ) = A 2 − B 2 quaisquer que sejam A e B matrizes quadradas de
mesma ordem.
Solução. A igualdade é falsa.
Observe que:
( A − B )( A + B ) = A 2 + AB − BA − B 2 , logo a igualdade acima será válida se
AB = BA , o que nem sempre é verdadeiro. Mas para mostrar que uma afirmação é
falsa, é suficiente exibir pelo menos um exemplo onde esta afirmação falha, ou seja,
1 1 − 1 0
apresentar um contra exemplo. Então, considere A =   e B= .
0 1  3 1
 3 4  0 2  2 2
Verificamos que ( A − B )( A + B ) =   ≠ 0 0  = A − B .
 0 − 3  

b) (0.5) Sejam A , B e C matrizes quadradas de mesma ordem. Se B é inversível e


AB = CB , então A = C .
Solução. A afirmação é verdadeira.
Neste caso, não é suficiente apresentar um exemplo que verifique, pois para mostrar que
a implicação é verdadeira, precisamos mostrar que é válida para quaisquer matrizes A ,
B e C nas condições acima.
Seja B −1 a inversa de B,
AB = CB ⇒ ( AB ) B −1 = (CB ) B −1 ⇒ A( B.B −1 ) = C ( B.B −1 ) ⇒ A = C.

c) (0.5) det( A + B ) = det( A) + det( B ) quaisquer que sejam A e B matrizes quadradas de


mesma ordem.
Solução. A afirmação é falsa.
0 1 − 1 0 
Sejam A =   e B= .
0 1  0 − 1
− 1 1
A+ B =   , det( A + B ) = 0 e det( A) + det( B ) = 0 + 1 = 1.
 0 0

3ª Questão. (1.5)
 0 0 2
 
Aplique operações elementares para determinar a inversa da matriz A =  1 0 3  .
 4 − 2 2
 
Solução.
 0 0 2 1 0 0 1 0 3 0 1 0
   
(AI ) =  1 0 3 0 1 0  ↔  4 − 2 2 0 0 1  ↔
4 − 2 2 0 0 1  0 0 2 1 0 0
   
1 0 3 0 1 0
 
 0 − 2 − 10 0 − 4 1  ↔
0 0 2 1 0 0 

1 0 3 0 1 0  1 0 3 0 1 0  1 0 0 −3 1 0 
     2 
−5
2 ↔ 0 1 5 2 ↔ 0 1 0
− − −1
2 .
1 1
0 1 5 0 2 0 2 2 2
0 0 2 1 0 0  0 0 1 1 0 0  0 0 1 1 0 0 
   2  2
 −3 1 0 
−1
 2 

= 2 2 −1
2 .
Como A é equivalente a I, A é inversível e A 5
1 0 
 2 0

{
4ª Questão. (1.0) Verifique se o subconjunto S = ( x, y, z ) ∈ ℜ 3 / x = y e z = 1 é um }
subespaço vetorial do ℜ 3 . Justifique sua resposta.

Solução. Observe que os vetores (3,−3,1) e (3,3,1) são elementos de S.


No entanto a adição destes vetores nos fornece o vetor (6,0,2), que não é um elemento
de S. Logo a adição não é fechada em S, o que implica que S não é um subespaço
vetorial do ℜ 3 .

5ª Questão. (1.0)
{ }
Mostre que o subconjunto S = ( x, y, z ) ∈ ℜ 3 | x = y + z é um subespaço do espaço
vetorial de ℜ 3 relativamente às operações de adição e multiplicação por escalar usuais.

Solução. S é subespaço. S não é vazio, (0,0,0) pertence à S, pois, 0 = 0 + 0.


E as duas condições abaixo são satisfeitas.
(i) Se (a, b, c) e (e, f, g) são elementos de S ⇒ a = b + c e e = f + g ⇒
a + e = (b + c) + (f + g) = (b + f) + (c + g) ⇒ (a, b, c) + (e, f, g) = (a + e, b + f, c + g)
é um elemento de S.
(ii) Se (a, b, c) é um elemento de S e α um escalar, a = b + c e α.a = α.b + α.c, ou
seja, (αa, αb, αc) é um elemento de S.

6ª Questão. (1.5) Determine o valor de k de modo que o vetor u = (0, k ,3) em ℜ 3 seja
combinação linear dos vetores v = (3,−2,0 ) e w = (1,2,−1) ?

Solução. Faça u = (0, k ,3) = a (3,−2,0) + b (1,2,−1) = (3a + b,−2a + 2b,−b )


 3a + b = 0

Forme o sistema − 2a + 2b = k .
 −b = 3

Da primeira e da terceira equação, a = 1 e b = −3. Substituindo na segunda equação
obtemos k = −8 .

7ª Questão. (1.0) Mostre que os vetores u = (1,1) e v = (0,1) geram o ℜ 2 .

Solução. Seja ( x, y ) um vetor qualquer do ℜ 2 . Observe que ( x, y ) = x(1,1) + ( y − x )(0,1) .


Ou seja, qualquer vetor do ℜ 2 é combinação linear dos vetores dados. Logo, os vetores
u e v geram o ℜ 2 .

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