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REGIONALIZAÇÃO DE VAZÕES MÍNIMAS DA BACIA DO RIO

POMBA.
Área temática: Gestão Ambiental e Sustentabilidade

Pedro Igor Austregésilo Corrêa Cesar


pedro_gb17@yahoo.com.br
Mônica De Aquino Galeano Massera Hora
dahora@vm.uff.br

Resumo: Tendo em vista a recente crise hídrica no Brasil, que quase culminou com o desabastecimento
de água nas principais cidades brasileiras, faz-se necessário entender o comportamento hidrológico dos
principais mananciais e rios do país. Nesse contexto, é de grande importância ter a disposição dados de
vazões e outros parâmetros de uma bacia hidrográfica. Como essa disponibilidade de dados no Brasil é
aquém do desejável, foi necessário desenvolver técnicas que maximizem a utilização dos dados
existentes. A Regionalização de Vazão é uma ferramenta que permite estimar o comportamento
hidrológico de um rio mesmo que nele não existam dados disponíveis, tal estimativa é possível graças à
transferência de dados existentes em outra localidade dentro de uma mesma bacia. Nesse artigo serão
calculadas as vazões mínimas 95% e 7,10, utilizando o software Hidro 1.2, assim como a regionalização
delas, utilizando uma regressão estatística entre as vazões características calculadas e às áreas de
drenagem dos postos fluviométricos. O resultado do estudo foi satisfatório, com coeficientes de
determinação muito próximos de 1 e com isso as equações regionais podem ser usadas para quase toda a
bacia hidrográfica do rio Pomba.

Palavras-chaves: Regionalização de vazão, Vazões mínimas, Bacia do Rio Pomba.

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1. Introdução

O Brasil atualmente está enfrentando uma crise hídrica grave, provocada por um regime
de chuvas abaixo na média nos últimos anos e pela falta de gestão adequada dos recursos
hídricos e seus usos múltiplos.
A Lei Nacional de Recursos Hídricos nº 9433 de 8 de Janeiro 1997 preconiza a gestão
múltipla dos recursos hídricos, instituiu a Politica Nacional de Recursos Hídricos e criou o
Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos (BRASIL, 1997).
Ela define em seus fundamentos que água é de domínio público e é dotado de um valor
econômico e em caso de escassez hídrica o uso prioritário da água será para consumo humano e
dessedentação animal (BRASIL, 1997).
Nesse sentido, fez-se importante determinar a região para a Gestão de Recursos Hídricos,
a partir da lei nº 9433 foi determinado que a bacia hidrográfica é a unidade territorial para
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Bacia hidrográfica pode ser compreendida como uma área com um conjunto de vertentes
e de uma rede de drenagem, onde todos os cursos d’águas e precipitação iram escoar até atingir
um único ponto de saída, seu exutório (TUCCI, 2007).
Portanto, conhecer o comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica é essencial
para fazer uma boa gestão de recursos hídricos. Para isso é necessário dispor das suas
características físicas e climáticas, possibilitando a realização de estudos.
Nesse sentido, é de grande importância que tenha um monitoramento continuo de certos
parâmetros ao longo da bacia, ou seja, postos de monitoramento que meçam características
físicas como vazão, cota do rio, sedimentação e características climáticas de precipitação.
Entretanto, realizar essas medições continuamente apresenta um custo elevado de
operação e manutenção, o que provoca a não instalações ou desativação dos postos de medições
existentes, impossibilitando o conhecimento hidrológico de grande parte das bacias hidrográficas
brasileiras, tal problemática é mais grave em pequenas bacias, onde seus dados de
monitoramentos são escassos ou inexistentes (TUCCI, 2007).
O hidrólogo para enfrentar tal dificuldade buscou otimizar ao máximo as informações
existes e com isso desenvolveu técnicas para transferir informações de uma localidade para outra
dentro de uma bacia. Tal procedimento em hidrologia é conhecido como Regionalização de
Vazão (TUCCI, 2007), que busca utilizar ao máximo as informações existentes para estimar

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parâmetros hidrológicos em localidades sem dados ou insuficientes. É uma ferramenta relevante
para a gestão de recursos hídricos no país, devido à escassez de dados em grande parte das bacias
hidrográficas.
Em 2003, o Serviço Geológico do Brasil - CPRM realizou a regionalização de vazão da
bacia do rio Paraíba do Sul, entretanto, por ser uma bacia hidrográfica grande, o estudo não
abordou a regionalização de vazão separadamente dos principais afluentes, mas por regiões
homogêneas, determinadas por afinidade estatística e hidroclimatológica (CPRM, 2003).
Nesse contexto, esse artigo irá realizar a regionalização de vazão exclusivamente da bacia
do rio Pomba, afim de maior precisão nas estimativas de vazões dessa bacia.

1.1 Objetivo geral


O presente trabalho tem como objetivo calcular as vazões mínimas e vazão média da
bacia do rio Pomba, determinar as curvas de regionalização de vazões e as equações regionais.

1.2 Objetivos específicos


 Determinar a Vazão mínima de 7 dias consecutivos com 10 anos de recorrência,
denominada de Q7,10 e Vazão com curva de permanência de 95%, Q95%;
 Determinar a curva e equações de regionalização;
 Comparar as vazões calculadas como uso da equação regional com a vazão
observada;

2. Materiais e Métodos

2.1 Área de Estudo


A área de estudo desse trabalho é a bacia hidrográfica do rio Pomba. O rio Pomba é um
rio federal que tem sua nascente localizada em Barbacena, na serra da Mantiqueira, Minas
Gerais, a 1.100 metros de altitude e sua foz no rio Paraíba do Sul, apresentando declividade
relevante ao longo dos seus 265 km. O rio Pomba é o principal afluente do rio Paraíba do Sul,
um dos mais importantes da região sudeste do Brasil (Figura 1).

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Figura 1: Localização da bacia do rio Pomba.
Fonte: GUEDES et al., 2009.

A bacia do rio Pomba tem uma área de drenagem de 8.616 km², sendo os principais
afluentes os rios Novo, Xopotó, Formoso e Pardo. A bacia abrange 35 municípios mineiros e 3
municípios fluminenses, com uma população aproximada de 450.000 habitantes.
Segundo o Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do rio Paraíba Do Sul -
CEIVAP (2006), o saneamento ambiental na bacia é precário, resultando no lançamento de
esgotos domésticos e industriais sem tratamento diretamente nos cursos d’águas na maioria dos
casos, apresenta alto grau de desmatamento e degradação ambiental da cobertura vegetal, o que
provoca carreamento de sedimentos, agravando o assoreamento dos rios.
Esse processo de desmatamento ocorreu principalmente na Zona da Mata, durante o ciclo
do café, degradando até mesmo locais das nascentes do rio. Contribuiu para a degradação atual
um grave vazamento de mais de 1 bilhão de litros de resíduos tóxicos em uma indústria situada
em Cataguases, Minas Gerais, causando enorme prejuízo ambiental na bacia, com reflexos no rio
Paraíba do sul até a sua foz.

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De acordo com CEIVAP (2006), as cheias que ocorrem na bacia são muito mais brandas
que comparadas com às da bacia do Muriaé, possivelmente devido ao número significativos de
reservatórios ao longo da bacia do rio Pomba.

2.2 Diagnóstico dos Postos Fluviométricos


Esse artigo foi realizado graças às informações contidas no banco de dados da Agência
Nacional de Águas - ANA, o que é uma obrigação legal da mesma disponibilizar gratuitamente a
toda sociedade, segundo o sexto instrumento da lei federal nº 9433 (BRASIL, 1997).
A ANA utiliza o portal Hidroweb para satisfazer o instrumento do Sistema de
Informações sobre Recursos Hídricos, nele são consolidados todos os dados disponíveis.
Para obter os registros de vazões da bacia em estudo foi necessário ir ao portal Hidroweb
e realizar a pesquisa de postos com dados disponíveis. Os postos fluviométricos, ou estações
fluviométricas, possuem um código com 8 dígitos, sendo que o primeiro dígito representa a
divisão hidrográfica brasileira, o segundo dígito representa uma das 10 bacias que divide cada
uma das 8 regiões hidrográficas brasileira, o terceiro, quarto e quinto dígito representam uma
ordem dos afluente e afluente dos afluentes (ANA, 2009).
A bacia do Rio Pomba faz parte da bacia hidrográfica do Paraíba do Sul, que por sua vez
está inserido na região hidrográfica do Atlântico Leste, nesse contexto, todos os postos
fluviométricos da bacia em estudo apresentam um código inicial igual a 587.
Dos 89 postos listados inseridos na bacia do rio Pomba, 54 ainda estão em operação,
entretanto, somente 20 de todos listados apresentavam o histórico de medições de vazões, não
sendo possível utilizar o restante.
Entretanto, para realizar um estudo qualquer é necessário que os dados disponíveis
apresentem consistência, no caso de estudo de vazões, quanto maior o tamanho da amostra
(período de observação) melhor será feita a leitura do comportamento hidrológico da área em
estudo. A reciproca é verdadeira, ou seja, um curto período de observações não reflete a
sazonalidade que pode ocorrer.
Para refletir o comportamento hidrológico da bacia que possa conter períodos extremos
de seca ou chuvas, só foram aproveitados os postos que possuíam um período de observação
superior a 10 anos e que não apresentassem muitas lacunas de observação, ou seja, os postos
deveriam ter, ao menos, 10 anos consecutivos de observação sem falhas. Dos 20 postos que

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poderiam ser aproveitados, somente 13 apresentavam 10 anos ou mais de dados disponíveis. A
Tabela 1, na página a seguir, relaciona os postos que atenderam esses requisitos.

2.2.1 Análise dos postos selecionados


Apesar dos 13 postos apresentarem 10 anos ou mais de período de observação sem falhas,
foi necessário fazer uma análise espacial dos mesmos para verificar possíveis postos que
representem a mesma área, o que poderia gerar uma leitura equivocada do comportamento
hidrológico da bacia.
Tal premissa foi verificada com a realocação do posto 58730000 para 58730001 e
58765000 para 58765001, como esses dois foram apenas realocados de lugar, eles representam a
mesma área de drenagem, por isso foram excluídos os mais antigo para os mesmos não
interferirem na Regionalização de Vazão, já que os mais novos apresentam um período de
observação maior que os antigos.

2.3 Cálculo das Vazões Características


Com os 11 postos fluviométricos com mais de 10 anos de observação foram calculadas as
vazões características mínimas deles num software disponibilizado pela ANA, o Hidro 1.2. Ele
permite a leitura dos dados, visualizar gráficos, medições diárias, médias mensais, calcular
vazões características e outras funções, para isso basta importar a série histórica de vazões em
formato Access.

Tabela 1: Postos fluviométricos com 10 anos ou mais de período de observação.

Fonte: Elaborado pelos Autores.

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Nome Rio Estado Municí Responsá Operadora Período de Falhas
Código pio vel Observação
587100 Usina Rio Minas Rio ANA CPRM 01/1982- 07-19/1987; 05/1991;
00 Itueré Pomba Gerais Pomba 12/2005 12/1993-02/1994;
01/2003
587200 Tabulei Rio Minas Tabule ANA CPRM 08/1964- 1966; 03-05/1974;
00 ro Formo Gerais iro 12/2005 08-10/1978; 03-
so 11/1979; 05-10/1980;
02-09/1981; 01/1982;
05/1982-01/1983;
11/1987; 06-07/2004;
02-04/2005
587250 Fazend Rio Minas Rio ANA ANA 10/1930- 03/1947; 01-03/1949;
00 a Ferraz Formo Gerais Pomba 07/1964 11/1950-06/1951;
so 02/1952-08/1952; 01-
02/1955; 03-04/1960;
01-04/1961
587300 Guarani Rio Minas Guara ANA ANA 01/1934- Sem falhas
00 RV Pomba Gerais ni 12/1944
587300 Guarani Rio Minas Guara ANA CPRM 10/1949- 11-12/1949; 03-
01 Pomba Gerais ni 12/2005 05/1951; 02-04/1961;
02/1979; 12/1984;
11/1987; 01/2003
587350 Astolfo Rio Minas Astolf ANA CPRM 01/1932- 01-09/1933; 08-
00 Dutra Pomba Gerais o 12/2005 10/1945; 06/1946;
Dutra 09-11/1946; 12/1948-
03/1949; 04/1951;
07/1951; 01-06/1966;
05-12/1976; 02-
08/1979; 01/1983;
01/1987
587360 Barra Rio Minas Astolf ANA CPRM 04/1988- 01-04/1997; 02-
00 do Xopot Gerais o 12/2005 03/2000; 02/2005;
Xopotó ó Dutra 11/2005
587500 Piau Rio Minas Piau ANA CPRM 01/1958- 07/1968-12/1970;
00 Piau Gerais 12/2005 05/1973-12/1986
587550 Rio Rio Minas Rio ANA CPRM 05/1944- 02-04/1979; 01/1983;
00 Novo Novo Gerais Novo 12/2005 12/1987; 01/2003
587650 Usina Rio Minas Itamar ANA ANA 01/1929- 08-11/1957; 01-
00 Mauríci Novo Gerais ati de 05/1962 12/1958; 01-12/1959;
o Minas 06-12/1962
587650 Usina Rio Minas Itamar ANA CPRM 05/1967- 08-12/1980; 04-
01 Mauríci Novo Gerais ati de 12/2005 10/1981; 09-11/1982;
o Minas 01/1983; 07/2005
587700 Catagu Rio Minas Catagu ANA CPRM 07/1934- 1969-12/1973; 01-
00 ases Pomba Gerais ases 04/2005 02/2003; 04-09/2003;
01-02/2005
587900 Santo Rio Rio de Santo ANA ANA 05/1935- 01-07/1963
00 Antôni Pomba Janeiro Antôni 08/2002
o de o de
Pádua Pádua

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2.3.1 Vazão mínima média de 7 dias consecutivos com 10 anos de

recorrência (Q7,10)
A Q7,10 é uma vazão que representa a vazão mínima de 7 dias consecutivos com 10 anos
de recorrência, ela é um importante instrumento na gestão de recursos hídricos, pois diversos
órgãos gestores de recursos hídricos utilizam uma porcentagem dessa vazão para indicar o
máximo valor outorgável de água. A vazão máxima outorgável, por sua vez, representa a vazão
adotada para a estimativa da disponibilidade hídrica das águas superficiais na emissão de
outorgas.
Para realizar o cálculo da Q7,10 é necessário ter posse dos dados de vazões diárias,
calcular a média móvel de 7 dias consecutivos para cada ano, com os valores da menor média,
elas são então reordenadas de forma crescente, seguido de um tratamento probabilístico e ajustes
estatísticos (TUCCI, 2007). Todavia, o Hidro já realiza esses procedimentos internamente, para a
estimativa da Q7,10 basta ter posse do histórico de vazão em formato Access e carregá-lo no
software.

2.3.2 Curva de Permanência de 95% do tempo (Q95%)


A curva de permanência de 95% do tempo ou Q95% é uma medida de vazão mínima,
diária ou mensal, ela representa um dado estatístico do espaço amostral de medições, ou seja, em
95% do tempo a vazão medida foi igual ou superior ao valor da Q95%, ela pode ser utilizada em
estudos de qualidade de água, regularização de vazão, abastecimento de água, irrigação, entre
outros.
Para determinar a Q95% é necessário reordenar as vazões diárias ou mensais medidas de
forma crescente, informar a sua posição, determinar o número de dados disponíveis e realizar
uma função de probabilidade acumulada, ou seja, a posição da vazão atual sobre o espaço
amostral mais a probabilidade da ocorrência anterior, seguido de um ajuste porcentual, a vazão
cuja porcentagem é de 5% será o valor da Q95% (TUCCI, 2007).
O Hidro realiza esse cálculo automaticamente em suas funções internas, basta termos o
histórico de vazões do posto fluviométrico.

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2.3.3 Vazões Calculadas
A Tabela 2 apresenta as vazões características de cada posto calculadas no software
Hidro 1.2.
Tabela 2: Postos fluviométricos e suas vazões características.

Área de Q95%
Q7,10
Código Nome Rio Drenagem Latitude Longitude Município diário
(m³/s)
(km²) (m³/s)
Usina Rio
58710000 784 -21,305 -43,199 Rio Pomba 5,41 7,37
Itueré Pomba
Rio
58720000 Tabuleiro 322 -21,384 -43,235 Tabuleiro 2,87 3,47
Formoso
Fazenda Rio
58725000 387 -21,35 -43,2 Rio Pomba 3,56 4,37
Ferraz Formoso
Rio
58730001 Guarani 1650 -21,356 -43,05 Guarani 9,66 14
Pomba
Astolfo Rio Astolfo
58735000 2350 -21,307 -42,862 11,8 17,4
Dutra Pomba Dutra
Barra do Rio Astolfo
58736000 1280 -21,298 -42,819 0,796 1,46
Xopotó Xopotó Dutra
58750000 Piau Rio Piau 490 -21,497 -43,317 Piau 3,62 4,92
58755000 Rio Novo Rio Novo 835 -21,474 -43,129 Rio Novo 2,91 6,62
Usina Itamarati de
58765001 Rio Novo 1770 -21,471 -42,83 3,73 7,24
Maurício Minas
Rio
58770000 Cataguases 5880 -21,389 -42,702 Cataguases 26,1 36,3
Pomba
Santo Santo
Rio
58790000 Antônio de 8210 -21,542 -42,181 Antônio de 28,2 43
Pomba
Pádua Pádua
Fonte: Elaborado pelos Autores.

2.4 Análise das Vazões


Após o cálculo das vazões é necessário fazer uma análise se os resultados estão coerentes,
visando observar possíveis distorções de resultados.
O posto Barra de Xopotó, localizado no rio Xopotó, um dos principais afluente do Rio
Pomba, chamou atenção por apresentar uma Q7,10 igual a 0,79 m³/s, valor pouco expressivo para
uma área de drenagem de 1280 m². Tal fato motivou um estudo mais aprofundado do mesmo.
Erros em medições de vazões não são fatos isolados, por isso foi feito uma análise das
medições diárias. Apesar de terem sido constatados valores desproporcionais no histórico de
medições, eles foram considerados pontuais, a série em si apresentou valores homogêneos, sendo
descartados erros pontuais como o motivo principal da discrepância de vazões.

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Segundo o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM (2008), o uso da água no rio
Xopotó apresenta total de vazão outorgável de apenas 0,0216 m³/s em toda a extensão do rio, o
que não caracteriza o uso intensivo de recursos hídricos, mesmo para uma Q7,10 de 0,796 m³/s.
Segundo Plano de Controle de Inundação na Bacia do Rio Paraíba do Sul (2002), o rio
Xopotó apresenta um aproveitamento hidrelétrico a fio d’água em fase de inventário final com
uma potência instalada de 15 MW, com uma capacidade mínima de volume de 196,8 milhões de
metros cúbicos, um volume significativo.
Tal aproveitamento está localizado na latitude 21º16’31” sul e longitude 42º49’08” oeste,
georreferenciando constatamos que o aproveitamento está próximo do posto fluviométrico Barra
de Xopotó (Figura 2).

Figura 2: Localização do posto Barra de Xopotó e do aproveitamento hidrelétrico.


Fonte: Google Earth, 2015.

Entretanto, com as imagens de satélite disponibilizadas no Google Earth não é possível


localizar o barramento e como não há maiores informações sobre esse aproveitamento
hidrelétrico, não é possível afirmar se ele está em operação ou não, e com isso se está
influenciando nas medições de vazões no posto Barra de Xopotó.
Após o estudo desse posto não foi verificado conflito no uso da água e um motivo para
vazões tão baixas e como não há nenhum outro posto fluviométrico no rio Xopotó não há como

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analisar o comportamento hidrológico dessa sub-bacia, não sendo possível afirmar se ela
apresenta um comportamento diferente do restante da bacia ou identificar possíveis usos
cadastrados de recursos hídricos afetando seu comportamento hidrológico, por isso, optou-se por
excluir “Barra de Xopotó” desse estudo.

2.4.1 Análise de continuidade de vazões


A análise de continuidade de vazões é uma ferramenta para verificar uma premissa da
Hidrologia, pois é esperado que a vazão característica de uma seção de um rio aumente conforme
o aumento da área drenagem, ou seja, um posto de jusante deverá ter, necessariamente, uma
vazão maior que um posto de montante. Caso seja verificado uma vazão de um posto a jusante
menor do que a vazão de um posto a montante diz-se que há incremento negativo de vazão.
Nesses casos, é aconselhável verificar o uso da água nesse trecho analisado.
A Figura 3, a seguir, representa a bacia do Rio Pomba destacada com linhas azuis, nela é
possível estabelecer uma relação de vazão entre os postos. A partir da topologia, foi possível
estabelecer as seguintes relações de continuidade de vazões características:
 Fazenda Ferraz ≥ Tabuleiro
 Guarani ≥ Usina Itueré + Fazenda Ferraz
 Astolfo Dutra ≥ Guarani
 Rio Novo ≥ Piau
 Usina Maurício ≥ Rio Novo
 Cataguases ≥ Usina Maurício + Astolfo Dutra
 Santo Antônio de Pádua ≥ Cataguases

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Figura 3: Postos fluviométricos na bacia do rio Pomba.
Fonte: Adaptado ANA, 2013

12
Q95% (m³/s) Q7,10
Fazenda Ferraz ≥ Tabuleiro Relação Fazenda Ferraz ≥ Tabuleiro Relação
4,37 3,47 Ok 3,56 2,87 Ok
Fazenda Ferraz Fazenda Ferraz
Guarani ≥ Guarani ≥
+ Usina Itueré + Usina Itueré
14 11,74 Ok 9,66 8,97 Ok
Astolfo Dutra ≥ Guarani Astolfo Dutra ≥ Guarani
17,4 14 Ok 11,8 9,66 Ok
Rio Novo ≥ Piau Rio Novo ≥ Piau
Incremento
6,62 4,92 Ok 2,91 3,62 negativo de
Vazão
Usina Maurício ≥ Rio Novo Usina Maurício ≥ Rio Novo
7,24 6,62 Ok 3,73 2,91 Ok
Usina Usina Maurício
Cataguases ≥ Maurício + Cataguases ≥ + Astolfo
Astolfo Dutra Dutra
36,3 26,1 Ok 26,1 15,53 Ok
Santo Antônio Santo Antônio
≥ Cataguases ≥ Cataguases
de Pádua de Pádua
43 36,3 Ok 28,2 26,1 Ok

Tabela 3: Análise de continuidade de vazão da Q95% e Q7,10.


Fonte: Elaborado pelos Autores.

Conforme a Tabela 3, todas as relações de Q95% ficaram dentro do esperado, ou seja,


os postos de jusante apresentaram vazões superiores aos de montante, entretanto, é possível
identificar um incremento negativo de vazão Q7,10 entre os postos Rio Novo e Piau, apesar de
Rio Novo ser a jusante de Piau, sua Q7,10 foi menor.
Há diversos motivos que podem ter ocasionado esse incremento negativo de vazão,
tais como conflito no uso da água e excessivo uso de recursos hídricos, usos não cadastrados
de recursos hídricos, entre outros. Porém, antes de verificar o uso da água, é necessário
refazer a análise da relação de vazões para um período comum de observação dos postos da
sub-bacia do Rio Novo, para submetê-los as mesmas condições climáticas.
Nesse contexto, foi determinado um período comum entre os postos pertences ao rio
Novo, o período determinado foi de 1967 a 2005. A Tabela 4 apresenta a relação da Q7,10 para
o período comum.

13
Tabela 4: Análise de continuidade de vazão da Q7,10 no período comum.
Q7,10
Rio Novo ≥ Piau Relação
4,11 3,34 Ok
Usina Maurício ≥ Rio Novo
3,73 4,11 Incremento negativo de Vazão
Fonte: Elaborado pelos Autores.

Para o período comum, verificou-se que há um incremento negativo de vazão entre


Usina Maurício e Rio Novo. Procurou-se uma explicação para esse fato.
Após o georreferenciamento do posto e da Pequena Central Hidrelétrica - PCH Usina
Maurício no Google Earth foi verificado que o rio Novo foi desviado, a partir da construção
de um barramento e reservatório para a Usina Hidrelétrica - UHE Usina Maurício e que posto
Usina Maurício está no trecho seco do atual leito do rio Novo (Figura 4).

Reservatório

Desvio do rio Novo

Leito do rio Novo

Figura 4: Localização da UHE Usina Maurício e posto fluviométrico Usina Maurício.


Fonte: Adaptado Google Earth, 2015.

Revisando o histórico da UHE Usina Maurício, constatou-se que em 1991, através do


Decreto Presidencial nº 344 de 31 de outubro de 1991, foi outorgada a sua concessão. Como a
PCH já existia, foi verificado que um novo aproveitamento hidrelétrico foi construído a
montante do original, com a sua capacidade de geração aumentada consideravelmente. Tal
14
fato foi possível graças ao desvio do curso original do rio para o canal de desvio da nova casa
de máquinas, aumentando a capacidade de geração de energia elétrica.
Na Figura 5 é possível constatar que tanto a PCH antiga quanto o posto Usina
Maurício estão localizados no leito original do rio Novo (atual trecho seco) depois do desvio
das águas para a UHE Usina Maurício. Esse cenário explica a razão das vazões
características, principalmente a Q7,10, apresentarem valores aquém do esperado.

Figura 5: Localização posto fluviométrico Usina Maurício.


Fonte: Google Earth, 2015.

Para comprovar essa hipótese, foi calculado a Q7,10 para os períodos comuns dos posto
de montante, de 1967 a 1991, ano em que foi feito o novo aproveitamento hidrelétrico na
Usina Maurício e um período posterior, de 1992 a 2005. A Tabela 5 apresenta os resultados.

Tabela 5: Análise de continuidade de vazão da Q7,10 em período distintos.


1967 a 1991 1992 a 2005
Rio Novo ≥ Piau Relação Rio Novo ≥ Piau Relação
4,43 3,53 Ok 3,36 3,21 Ok
Usina Maurício ≥ Rio Novo Usina Maurício ≥ Rio Novo
4,79 4,43 Ok 3,19 3,36 Incremento
negativo de
Vazão
Fonte: Elaborado pelos Autores.

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Analisando a Q7,10 desses períodos distintos a hipótese foi confirmada, verificando que
a disponibilidade hídrica no trecho da Usina Maurício teve uma redução 1,6 m³/s, uma
redução drástica, considerando que a Q7,10 já é uma vazão mínima, o que motivou a exclusão
de posto Usina Maurício deste estudo.

2.4.2 Consistência da continuidade de vazões


A análise de continuidade de vazões visa identificar discrepâncias nos resultado. Após
as análises realizadas, restaram nove postos fluviométricos aptos a continuarem o estudo.
Apesar do posto Rio Novo ter uma relação topológica correta com o seu posto de
montante no período comum, no período de observação total apresentou incremento negativo
de vazão, então, optou-se por excluir o posto Rio Novo desse estudo por ser tratar de um
trabalho que necessita de um maior número de dados possíveis, não sendo possível trabalhar
somente com períodos comuns. A Tabela 6 apresenta os oito postos que serão utilizados para
o estudo de Regionalização de Vazão.

Tabela 6: Postos fluviométricos selecionados para regionalização de vazão.


Código Nome Rio Estado Município Responsável Operadora
58710000 Usina Rio Minas Rio Pomba ANA CPRM
Itueré Pomba Gerais
58720000 Tabuleiro Rio Minas Tabuleiro ANA CPRM
Formoso Gerais
58725000 Fazenda Rio Minas Rio Pomba ANA ANA
Ferraz Formoso Gerais
58730001 Guarani Rio Minas Guarani ANA CPRM
Pomba Gerais
58735000 Astolfo Rio Minas Astolfo ANA CPRM
Dutra Pomba Gerais Dutra
58736000 Barra do Rio Minas Astolfo ANA CPRM
Xopotó Xopotó Gerais Dutra
58750000 Piau Rio Piau Minas Piau ANA CPRM
Gerais
58765000 Usina Rio Minas Itamarati ANA ANA
Maurício Novo Gerais de Minas
58770000 Cataguases Rio Minas Cataguases ANA CPRM
Pomba Gerais
58790000 Santo Rio Rio de Santo ANA ANA
Antônio de Pomba Janeiro Antônio de
Pádua Pádua
Fonte: Elaborado pelos Autores.

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2.5 Regionalização de Vazão

2.5.1 Regionalização de vazão da bacia do rio Pomba


Devido à dificuldade de se obter dados em estudos hidrológicos faz-se necessário
buscar formas de transferências de informações dentro de uma bacia, com isso, visando
estimar variáveis hidrológicas em locais sem dados ou dados insuficientes, a regionalização
de vazão surge como uma ferramenta importante que explora ao máximo as informações
existentes dentro de uma bacia (TUCCI, 2007).
Segundo Tucci (2007), a regionalização pode ser elaborada para funções estatísticas de
variáveis hidrológicas, funções específicas que relacionam variáveis e parâmetros de modelos
hidrológicos.
Entre as funções estatísticas, existe o método que regionaliza parâmetros de uma
distribuição estatística, o qual considera que uma distribuição estatística ajusta bem os dados
da região escolhida, relacionando-se com as características físicas e meteorológicas da bacia
para determinar o parâmetro desejado. Em locais onde não há dados disponíveis utiliza-se a
equação regional, após determinação das características físicas e climatológicas da localidade,
para estima as vazões com certo risco aceitável (TUCCI, 2007).
A regionalização de vazão pode usar vários parâmetros que explicam o
comportamento físico e meteorológico da bacia, como área de drenagem, declividade,
comprimento do talvegue, precipitação, entre outros. Nesse estudo optou-se por uma
regionalização utilizando unicamente a área de drenagem como variável por ser um dado com
relativa facilidade de obtenção, e não utilizar a precipitação média anual por se tratar de
vazões mínimas.
O tratamento estatístico foi feito através da relação da área de drenagem com as
vazões características mínimas, Q7,10 e Q95%, realizando uma regressão potencial. Tal
procedimento foi realizado em uma planilha Excel, selecionando os dados relacionados e
gerando um gráfico de dispersão, foi, então, adicionada uma linha de tendência potencial dos
pontos plotados e uma equação correspondente a essa linha, assim como o coeficiente de
determinação R².
As Figuras 6 e 7 apresentam as curvas de regionalização de cada vazão desejada e a
Tabela 7 as equações regionais de cada vazão característica, com respectivo coeficiente de
determinação R², onde A é área de drenagem em km².

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A (Km²)

Figura 6: Curva de regionalização Q95%. .


Fonte: Elaborado pelos Autores.

A (Km²)

Figura 7: Curva de regionalização Q7,10.


Fonte: Elaborado pelos Autores.

Tabela 7: Equações regionais e coeficientes de determinação.


Equação R²
Q95% 0,0402A0,7810 0,9978
Q7,10 0,0437A0,7254 0,9951
Fonte: Elaborado pelos Autores.

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Analisando as curvas geradas é possível afirmar que a linha de tendência está bem
aderida aos postos, bem relacionada com a área de drenagem, e o coeficiente de determinação
R² foi superior a 0,9951, dando maior confiabilidade ao presente estudo. Assim sendo,
podem-se utilizar as equações regionais geradas na bacia do rio Pomba em localidades
desprovidas de dados hidrológicos para diversos fins, como outorga de uso de recursos
hídricos, abastecimento de água, aproveitamento hidrelétrico, navegação fluvial, entre outros.

3. Resultado e Discussões

Com os resultados gerados, podemos fazer uma comparação do uso da equação


regional com os postos que foram utilizados, para verificar a diferença percentual do dado
observado e o estimado pela equação (Tabela 8).

Tabela 8: Comparação entre a vazão observada e a vazão estimada.


Vazão observada (m³/s) Vazão Regionalizada (m³/s)
Diferença Q95% Diferença
Código Q7,10 Q95% diário Q7,10 percentual percentual
diário
58710000 5,41 7,37 5,5 1,58% 7,32 -0,64%
58720000 2,87 3,47 2,88 0,41% 3,65 5,33%
58725000 3,56 4,37 3,29 -7,50% 4,22 -3,45%
58730001 9,66 14 9,43 -2,40% 13,09 -6,47%
58735000 11,8 17,4 12,19 3,27% 17,26 -0,81%
58750000 3,62 4,92 3,91 7,95% 5,07 3,11%
58770000 26,1 36,3 23,7 -9,19% 35,33 -2,68%
58790000 28,2 43 30,2 7,08% 45,85 6,63%
Fonte: Elaborado pelos Autores.

A partir da Tabela 8 é possível inferir que os resultados foram coerentes, com


diferenças percentuais abaixo de 10%.
A regionalização da bacia do rio Pomba utilizou postos fluviométricos com áreas de
drenagem variando entre 322 e 8210 km², com isso, não é aconselhável o uso da equação
regional para áreas de drenagens fora desse intervalo.
Não foi possível regionalizar a sub-bacia do rio Xopotó, pois só há um posto
fluviométrico nela e ele apresentou dados incoerentes com os demais da bacia. É aconselhável

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um estudo mais aprofundado nessa sub-bacia, visto que há perspectiva de construção de um
aproveitamento hidrelétrico no seu estirão final.
4. Conclusões e Recomendações

A partir da análise de continuidade de vazões e do período comum com os postos


pertencentes ao rio Novo, foi verificado que há incremento negativo entre os postos Rio Novo
e Usina Maurício, em virtude do barramento e desvio das águas do rio Novo do seu leito
original para a UHE Usina Maurício. No restante dos postos da bacia do rio Pomba não
ocorreram maiores problemas, apesar de ser necessário um estudo mais aprofundado no rio
Xopotó.
A regionalização de vazão mostrou ser uma ferramenta útil e importante, pois pode ser
usada para definir as vazões características de um curso d’água onde não há registro de vazões
e, consequentemente, a vazão passível de ser outorgada pelos órgãos gestores de recursos
hídricos do Rio de Janeiro e Minas Gerais e pela ANA.
Este artigo atingiu o seu objetivo com um nível de confiança satisfatório, entretanto,
foram encontradas algumas dificuldades, como o caso do posto Usina Maurício, que desde
1991 realiza medições de vazões fora do curso d’água principal. Tal fato é grave e deve ser
solucionado pela entidade responsável pelo posto o quanto antes.
É necessário verificar o posto Barra de Xopotó para levantar os motivos de medições
de vazões tão baixas comparadas com a área de drenagem contribuinte. Além disso, o rio
Pomba é o principal afluente do Rio Paraíba do Sul e apresenta uma área de drenagem de
8.616 km², entretanto, só possui 8 postos fluviométricos capazes de explicar o comportamento
hidrológico de sua bacia. É recomendável a ampliação da rede de monitoramento,
principalmente nos rios Novo e Xopotó.
Por último, vale destacar que o estudo de CPRM (2003) levou também em
consideração equações regionais relacionado às vazões com as áreas de drenagem e a
precipitações médias anuais. Entretanto, optou-se por trabalhar nesse trabalho somente com a
área de drenagem, em virtude de se acreditar que as vazões mínimas, Q7,10 e Q95%, refletem
um período de estiagem, ou seja, de escassez hídrica e, assim, não é esperada a ocorrência de
chuvas nesse período, e por isso, utilizar a precipitação média anual em uma equação de
regionalização de vazão mínima não modela a natureza e, possivelmente, poderá superestimar
a disponibilidade hídrica.

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Referências Bibliográficas
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. INVENTÁRIO DAS ESTAÇÕES
FLUVIOMÉTRICAS. 2. ed. Brasília: ANA, 2009. 196 p.

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Shape Files de Hidrografia e Ottobacias em Escala


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<www.hidroweb.ana.gov.br>. Acesso em: 10 jun. 2015.

ASSOCIAÇÃO PRÓ-GESTÃO DAS ÁGUAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO


PARAÍBA DO SUL. Relatório Técnico - Bacia do Rio Paraíba do Sul - Subsídios às
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BRASIL. Decreto n. 343, de 31 de outubro de 1991. Outorga à Valesul Alumínio S.A.


concessão para o aproveitamento de energia hidráulica.

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GOOGLE. Google Earth. Versão 7.1.5.1557. 2015. Disponível em:


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COMITÊ PARA INTEGRAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAÍBA DO


SUL (CEIVAP). Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul – Resumo -
Caderno de Ações Bacia do Rio Pomba. Rio de Janeiro, 2006. 113 p.

GUEDES, Alexandre S.; et al. Estudo da Capacidade de Autodepuração do Rio Pomba


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TUCCI, Carlos E. M;, et al. Hidrologia: Ciência e Aplicação. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS,
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Instituto Alberto Luiz Coimbra de


Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia. Plano de Controle de Inundação na bacia do Rio
Paraíba do Sul. Rio de Janeiro, 2002. 175 p.

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