Você está na página 1de 54

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO TOCANTINS/CAMETÁ


FACULDADE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Ygor Luiz Moraes Gonçalves

Curso de LATEX

Cametá-PA
2020
Universidade Federal do Pará
Autor Ygor Luiz Moraes Gonçalves

Colaboradores
Revisor textual José Artur Castilho

Conselho editorial Faculdade de Sistemas de Informação

Editor Elton Sarmanho Siqueira

Todos os direitos relativos a esse material, como reprodução, alteração, distribuição e comercialização, pertencem ao seu
criador ou editor e só podem ser utilizados com sua autorização ©2020 Elton Sarmanho.
Prefácio

Esta apostila foi elaborada com a finalidade de introduzir o estudante ao LaTeX,


ensinando como criar um documento utilizando seus comandos.
Por ser direcionado a iniciantes, este material tem como objetivo ensinar desde
conceitos básicos até conceitos mais avançados, no qual permitem ao usuário prepa-
rar um documento de melhor qualidade visual. No entanto, Aqueles que desejarem
aprofundar ainda mais seus conhecimentos devem procurar nos livros e manuais
citados na bibliografia deste material (a maioria deles está disponível gratuitamente
em formato eletrônico na web) ou buscar em outras fontes.

Capítulo 1 Apresenta um resumo da história do LaTeX.

Capítulo 2 Mostra os conceitos e comandos necessários para editar um docu-


mento.

Capítulo 3 Apresenta como criar equações matemáticos.

Capítulo 4 Exibe os conceitos e comandos de como criar tabelas.

Capítulo 5 É abordado como manipular informações essenciais do documento.

Capítulo 6 Apresenta os conceitos básicos de como alterar a estrutura visual


do texto.

Apêndice A Apresenta uma lista de símbolos que são muito importantes no


desenvolvimento do documento.

Anexo A Apresenta alguns softwares que podem auxiliar no desenvolvimento


de um documento.
Sumário

Prefácio iii

1 O que é o LATEX 7

2 Documento 9
2.1 Estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1.1 Pacotes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.2 Formatação do Texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2.1 Estilos e Tamanhos de letra . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Parágrafo, Espaço e Espaçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.1 Parágrafo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.2 Quebra de linha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.3 Espaço Horizontal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.4 Espaço Vertical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.3.5 Espaçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.4 Cores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.5 Alinhamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.6 Numeração de Páginas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.7 Notas de Rodapé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.8 Colunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.9 Listas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

3 Ambiente Matemático 17
3.1 Onde inserir as equações? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2 Construindo fórmulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2.1 Sobrescrito e Subscrito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2.2 Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2.3 Raízes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2.4 Símbolos matemáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2.5 Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2.6 Array . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2.7 Delimitadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2.8 Lista de Equações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

iv
3.2.9 Linhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2.10 Empilhando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2.11 O comando phantom . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2.12 Espaçamento nas fórmulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2.13 Tipos especiais de letras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

4 Tabelas 23
4.1 Tabular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1.1 Longtable . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

5 Movendo informações 26
5.1 Referência cruzada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5.2 Preparação da Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5.2.1 BibTeX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.3 Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.3.1 Subfiguras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.4 Lista de Conteúdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.5 Índice Remissivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

6 Estrutura visual 33
6.1 Cabeçalho e Rodapé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6.2 Área de impressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6.3 Espaços e Medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
6.3.1 Medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
6.4 Caixas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.5 Minipage . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.6 Novos comandos e ambientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.7 Inserindo código fonte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.7.1 Ambiente Verbatim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.7.2 Pacote Listing . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.7.3 Estilos e cores do código . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.7.4 Linguagens de programação suportadas . . . . . . . . . . . 44

APÊNDICE A – Lista de símbolos matemáticos 46

ANEXO A – Alguns Softwares Auxiliares para Usuários de LaTeX 51

v
Lista de Figuras

2.1 Estrutura do arquivo de entrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

5.1 Logo LaTex . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30


5.2 Conjunto de figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

6.1 Medidas da página. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37


6.2 Utilizando pacote listing. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6.3 Personalização do código. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Capítulo 1

O que é o LATEX

Antes de aprender o que é o LaTeX, devemos apresentar o TEX. Este foi


desenvolvido por Donald E. Knuth no ano de 1977 como um sistema de composição
para preparar textos, especialmente aqueles que continham muitas expressões
matemáticas. O nome corresponde às primeiras letras da palavra “tecnologia” em
grego (τϵχ) e o X que aparece, na verdade, é a letra grega χ (qui). O LaTeX (cuja
pronúncia é “lei-tec” ou “lah-tech”) foi desenvolvido por Leslie Lamport em 1985 a
fim de simplificar o uso do TEX.
Voltado para diversas áreas do conhecimento, o LaTeX possui um amplo
conjunto de comandos para a elaboração primorosa de documentos digitais. Funda-
mentado no modelo lógico, o LaTeX atua em duas fases diferentes. Primeiramente,
o conteúdo do documento é escrito em um arquivo de entrada, logo após este arquivo
é compilado gerando um outro arquivo que pode estar sendo visualizado.
O uso de processadores de texto comuns, nos quais o efeito da formatação
é diretamente visível, pode ser “melhor”na preparação de documentos simples
e pequenos. Contudo, o esforço e tempo necessários no LaTeX para preparar
documentos grandes e mais elaborados são muito menores do que aqueles exigidos
em outros processadores. Além disso, muitos comandos do LaTeX são automatizados,
o que minimiza as possibilidades do autor cometer algum erro, seja na numeração
e referência dos itens (seções, tabelas, figuras ou equações), na preparação de
referências bibliográficas, etc…
Em geral, quando um usuário trabalha com um editor visual, este comete
inúmeras incorreções por não conseguir combinar uma estética boa a um conteúdo
de qualidade. Utilizando o processador lógico LaTeX, o trabalho não possuirá
apenas uma estrutura coerente, como também um conteúdo de qualidade, haja
vista que é sobre este que está o foco do autor. além do mais, com a simples troca
de um comando, é possível realizar alterações no documento sem perder qualidade
da formatação, conferindo muito mais flexibilidade ao texto. Algumas de suas
vantagens são:
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

• Formatação de qualidade;
• Permite ao autor concentrar-se no conteúdo em vez da forma;

• Facilidade para trabalhar com fórmulas matemáticas;


• Facilidade para trabalhar com bibliografias e citações;
• Geração automática e precisa de sumários, listas de tabelas, listas de figuras,
etc.

• Facilidade para criação de índices remissivos;


• Gerenciamento inteligente de notas de rodapé;

8
Capítulo 2

Documento

2.1 Estrutura
Conforme mostrado na Fig.2.1, a estrutura principal de um documento LaTeX
é dividida em duas partes - preâmbulo e corpo.

Figura 2.1: Estrutura do arquivo de entrada

O preâmbulo é a primeira parte do documento, no qual contém os parâmetros


para as informações relacionadas às características que o documento possuirá, como
configurações da página, tipo de papel, tamanho da fonte, inclusão de pacotes para
suporte adicional de instruções e dentre outras.
O preâmbulo inicia com \documentClass{tipo}, onde “tipo”é o tipo do
documento a ser definido. Os tipos são:

article: artigos em jornais científicos, pequenos relatórios;

report: relatórios mais longos, teses;

book: livros;

slides: para apresentações em slides;


Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

letter: cartas;

Também existem outros estilos. Habitualmente, universidades e congressos


disponibilizam novos tipos de formatação, isso mostra a flexibilidade que se tem para
produzir novas formatações para o LaTeX, que atendam a diferentes necessidades.
Podem, também, ser escolhidos algumas opções dentro do “tipo”selecionado,
como:

O corpo do documento inicia com \begin{document} e termina com


\end{document}. Todo o desenvolvimento e conteúdo a ser impresso no arquivo
de saída é inserido dentro do corpo, qualquer texto inserido após \end{document}
é simplesmente ignorado pelo um compilador.

2.1.1 Pacotes
Os pacotes ou packages são utilizados para adicionar comandos e recursos
extras que não fazem parte do documento padrão. Estes são introduzidos no
preâmbulo, com o comando \usepackage{pname}, onde pname é o nome do
pacote, por exemplo, \usepackage{color} para criar textos coloridos ou
\usepackage{geometry} para definir as margens do documento.
Assim como ambientes, muitos pacotes também têm a disposição alguns co-
mandos opcionais, por exemplo:

\usepackage[onehalfspacing]{setspace}

10
CAPÍTULO 2. DOCUMENTO

Ao adicionar o pacote “setspace”(Adiciona espaçamento entre linhas), podemos


adicionar entre colchetes o campo opcional “onehalfspacing”para estabelecer o
tamanho do espaçamento.
A seguir, uma breve lista com a definição de alguns que são frequentemente
usados na produção de documentos científicos:

No decorrer da apostila serão apresentados outros pacotes que são importantes


para desenvolvimento de um documento científico.

2.2 Formatação do Texto

2.2.1 Estilos e Tamanhos de letra

O texto pode ser apresentado das seguintes formas:

Além desses, também é possível inserir outros tipos de fonte em seu documento,
basta pesquisar alguns pacotes na internet.

O tamanho texto pode ser apresentado das seguintes formas:

11
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

{\tiny{texto}} → texto

{\scriptsize{texto}} → texto
{\footnotesize{texto}} → texto
{\small{texto}} → texto
{\normalsize{texto}} → texto
{\large{texto}} → texto
{\Large{texto}} → texto
{\LARGE{texto}} → texto
→ texto
texto
{\huge{texto}}
{\Huge{texto}} →

2.3 Parágrafo, Espaço e Espaçamento


2.3.1 Parágrafo
O parágrafo é feito simplesmente deixando uma linha em branco entre dois
parágrafos. Uma outra alternativa é usar o comando \quad ou \qquad para um
espaçamento um pouco maior.

2.3.2 Quebra de linha


A mudança de linha pode ser realizada de várias formas:

• Linha em branco entre duas linhas de texto;

• Empregando o comando \newline ao final da linha;

• Empregando o comando \linebreak ao final da linha. A diferença para o


comando \newline é que neste o parágrafo fica justificado.

• Duas barras no final da linha: \\;Nesse comando, ainda podemos colocar o


parâmetro de tamanho:\\[tamanho]. Digitamos, por exemplo, em centí-
metros o espaçamento que queremos. Se quisermos um espaçamento menor
que uma linha, o parâmetro precisa estar com o sinal negativo. Por exemplo:
\\[-0.2cm].

2.3.3 Espaço Horizontal


Para pequenos espaços na horizontal podemos usar uma barra \. Isso dá um
espaço de um caractere. Para espaços um pouco maiores podemos usar \quad
ou \qquad. Se quisermos definir nossos próprios espaços, usamos o comando
\hspace{XXcm}, onde XX é o valor do espaço (em centímetros).

12
CAPÍTULO 2. DOCUMENTO

2.3.4 Espaço Vertical


Para espaços maiores que um parágrafo podemos usar um comando semelhante
ao usado para espaçamento livre horizontal: \vspace{XXcm}, onde XX é o valor
do espaço (em centímetros).

2.3.5 Espaçamento
O espaçamento do texto pode ser definido por meio do comando

\linespread{fator}

que deverá ser adicionado no preâmbulo do documento fonte. Note que esse comando
adota o mesmo espaçamento para todo o texto. Se quisermos alterar o espaçamento
apenas localmente, usamos o o comando

\setlength{\baselineskip}{X.Y\baselineskip}.

Veja a seguir o exemplo:

Atletas azulinos somos nós,

E cumpriremos o nosso dever,

Se um dia, quando unidos para a luta,

O pavilhão soubermos defender.

No código fonte, temos:

{\setlength{\baselineskip}{2.5\baselineskip}
\textit{Atletas azulinos somos nós,}
\textit{E cumpriremos o nosso dever,}
\textit{Se um dia, quando unidos para a luta,}
\textit{O pavilhão soubermos defender.}\par}

2.4 Cores
Caso queira usar um conjunto de cores durante a produção textual, recomenda-
se o uso do pacote color no preâmbulo da seguinte maneira:

\usepackage[usenames]{color}

13
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

Desta forma podemos escolher as cores pelos seus nomes. Dois comandos nos
permitem mudar a cor de uma determinada parte do texto:

\textcolor{cor}{texto}
{\color{cor}texto}

Lembrando que o nome dar cor desejada deve estar em inglês. Exemplos:

Comando Ação
\textcolor{red}{Papão é fria!} Papão é fria!
\textcolor{blue}{Leão Campeão!!!} Leão Campeão!!!
\textcolor{green}{LaTeX é Incrível!} LaTeX é Incrível!

2.5 Alinhamento
Assim como na maioria dos editores de texto, podemos alinhar o texto à
esquerda, à direita, justificar ou centralizar. O padrão do LaTeX é o justificado. Os
demais comandos encontram-se a seguir:

2.6 Numeração de Páginas


O comando \pagestyle{opção} permite definir como será a numeração
das páginas.

• \pagestyle{plain}: imprime a numeração da página no centro do


rodapé.

14
CAPÍTULO 2. DOCUMENTO

• \pagestyle{headings}: imprime o nome do capítulo atual junto ao


número da página no cabeçalho.
• \pagestyle{empty}: não imprime o número das páginas.

Caso não queira exibir a numeração de uma página em especial, usa-se:

\thispagestyle{opção}

2.7 Notas de Rodapé


É muito comum o uso de notas de rodapé, seja qual for a natureza do texto.
Incluímos esse tipo de nota por meio do comando:

\footnote{texto da nota de rodapé}

imediatamente após a palavra sobre a qual se deseja fazer o comentário.

2.8 Colunas
O texto pode ser divido inteiramente em duas colunas ou apenas localmente.
Se quisermos que todo o texto tenha duas colunas, usamos como parâmetro do
\documentClass o comando twocolumn:

\documentClass[a4,twocolumn,12pt]{book}

Se quisermos usar localmente, basta realizar o que se segue:

\twocolumn[título]
TEXTO
\onecolumn

A partir do comando \twocolumn[título] ocorre uma mudança de página


e, a partir de então, o texto estará em duas colunas. O título aparece apenas em
uma coluna, no topo da página. O parâmetro [título] é opcional. O comando
\onecolumn determina o fim das colunas e, a partir deste ponto, o texto volta à
formatação normal.

2.9 Listas
Existem três ambientes de listagem a saber, enumerate, itemize e description.
O ambiente enumerate cria uma lista numerada, o ambiente itemize cria uma lista
com marcação, enquanto o ambiente description cria uma lista com rótulos definidos
pelo usuário. Em qualquer um desses ambientes, cada item individual é escrito por
meio do comando \item.

15
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

• Listas com marcação:

• Listas numeradas:

• Listas com descrição:

16
Capítulo 3

Ambiente Matemático

3.1 Onde inserir as equações?


Expressões matemáticas ou equações em LaTeX são escritas em ambientes do
modo matemático, como equation ou eqnarray. Os ambientes de modo matemático
são definidos pelo pacote amsmath, enquanto muitos símbolos matemáticos são
definidos no pacote amssymb. As expressões matemáticas podem ser introduzidas
no meio de um texto ou em destaque:

• No meio do texto:

Precisa ser utilizado $...$ afim de que a expressão situe-se no meio do texto.

• Em destaque:
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

3.2 Construindo fórmulas


3.2.1 Sobrescrito e Subscrito
Nesta seção vamos apresentar os comandos para escrever em Sobrescrito e
Subscrito.
• Sobrescrito – É feito utilizando: b^{e} onde 𝑏 é a base e 𝑒 o expoente.
Ex: 2^{5} →25
• Subscrito – É feito utilizando: b_{i} onde 𝑏 é a base e 𝑖 o índice.
Ex: 2_{5} →25

3.2.2 Frações
Podem ser feitas utilizando:
• /
Ex: (y+x)/2 →(𝑦 + 𝑥)/2
• \frac{numerador}{denominador}
Ex:\frac{x+y}{2}→ 𝑥+𝑦
2

3.2.3 Raízes
São feitas utilizando:
• \sqrt[]{}

Ex:\sqrt[3]{8} → 3 8

Se não for definido o tipo da raiz, por padrão ela será quadrada.

3.2.4 Símbolos matemáticos


O LaTeX dispõe de diversos símbolos para criar expressões como integrais, so-
matórios, letras especiais entre outros. No apêndice A, existe uma lista de símbolos
matemáticos para ampliar seu escopo de aprendizagem.

\int → ∫

\exists → ∃

\infty → ∞

18
CAPÍTULO 3. AMBIENTE MATEMÁTICO

3.2.5 Funções
As funções são feitas da seguinte maneira:

\log10 → log 10

\sin60 → sin 60

3.2.6 Array
Este ambiente é iniciado por \begin{array}{...} e encerrado por \end{array}
e permite dispor caracteres matemáticos em um quadro, com linhas e colunas ali-
nhadas à esquerda (l-left), centro (c-center) ou à direita (r-right). As colunas são
separadas usando o simbolo & e as linhas usando \\.

3.2.7 Delimitadores
Representados por colchetes, parenteses e chaves, são elementos que determinam
os limites espaciais da expressão matemática. É utilizado \left para a limitar
parte esquerda e \right para a parte da direita. Realizando a junção do array
com esses símbolos, podem ser criadas as matrizes.

19
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

3.2.8 Lista de Equações


É uma união dos ambientes array e eqnarray. São usados &, \\ e \nonumber
para deixar a equação sem numeração e não precisar utilizar c,l,r.

A última equação possui um espaço em branco deixado entre os &, e a con-


sequência disso é o espaçamento existente entre os termos da equação. Destaque
para a utilização de \nonumber. É necessário o uso do ambiente {eqnarray}
afim de evitar que a expressão seja numerada.

3.2.9 Linhas
Em certas ocasiões, uma expressão pode ser apresentada colocando uma linha
sobre uma expressão, em vez de colocá-lo entre um par de delimitadores. Neste
caso, usa-se o comando \overline{fórmula} para gerar uma linha acima da
expressão. Caso queira colocar uma linha abaixo de uma expressão, devemos usar o
comando \underline{fórmula}. Podem também ser feitas diferentes tipos
de linhas, utilizando:

Além disso, também é possível inserir textos sobrescrito ou subscrito do seguinte


modo:

20
CAPÍTULO 3. AMBIENTE MATEMÁTICO

𝑎
\overbrace{xyz}^{a}→ 𝑥
⏞ 𝑦𝑧
3.2.10 Empilhando
Em muitas aplicações, como em reações químicas, dois termos geralmente
precisam ser empilhados (para colocar um acima do outro), onde o termo su-
perior é geralmente alguns textos e o inferior é um símbolo que cobre o termo
superior. Geralmente esse processo de empilhamento é feito através do comando
\stackrel{termo superior}{termo inferior}, veja exemplo abaixo:

Comando Ação

$A \stackrel{\infty}{\rightarrow} B$ A→B

3.2.11 O comando phantom


Esse comado é aplicado quando se deseja inserir um texto em formato sub e
sobrescrito.

Observe o alinhamento da letra n com as letras a e b.

3.2.12 Espaçamento nas fórmulas


O excesso de espaços em branco, criado ao pressionar a barra de espaço ou o
botão tab do teclado, são simplesmente ignorados no LaTeX, ou seja, uma sequência
de espaços em branco é tratada como um único. O LaTeX fornece seus próprios
comandos para criar um espaço em branco de um tamanho especificado, tanto na
direção horizontal quanto vertical, como mostrado a seguir:

21
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

É bom permitir que o LaTeX atribua o espaço convencional, todavia, é preciso


manter-se alerta caso houver símbolos de derivada, integral, raízes e quocientes,
uma vez que o LaTeX pode confundir suas estruturas.
Ex: 𝑦𝑑𝑥 é considerado como o produto de três variáveis, então, para entender
que a expressão é uma derivada, adicione também o espaço.

𝑦 𝑑𝑥 → y\,dx

3.2.13 Tipos especiais de letras


No ambiente matemático, é possível alterar o estilo das letras. Para esse fim, é
preciso introduzir o pacote \usepackage{amsfonts} no preambulo.

22
Capítulo 4

Tabelas

A estrutura tabular é usada para apresentar dados ou itens utilizando linhas e


colunas de uma forma concisa. Em LaTeX, os ambientes tabular, tabbing, e Longtable
são utilizados para a preparação de diferentes tipos de tabelas. No entanto, as
tabelas produzidas pelo ambiente tabbing somente podem ser utilizadas no modo
de texto, enquanto que no tabular podem ser utilizadas tanto no modo de texto
quanto no matemático.
Uma outra forma de criar tabelas e inserir no documento LaTeX é utilizando a
ferramenta Table Generator. Este é um gerador de tabelas online e gratuito, que
permite ao usuário criar tabelas simples e complexas de um jeito fácil, e integrá-las
ao seu projeto. No link a seguir há um tutorial de como utilizar o Table Generator
para realizar esta tarefa: <https://youtu.be/G01rrnBRySc>

4.1 Tabular
As tabelas são amplamente preparadas através do ambiente tabular, em que
são utilizadas para criar tabulações com linhas horizontais e verticais. Veja exemplo
a seguir:
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

• As letras c, l, r representam alinhamento do conteúdo da célula. Em que c


(centro - center), l (esquerda - left) e r (direita - right).
• Para criar as linhas verticais usamos o símbolo |.

• Para criar as linhas horizontais usamos o comando \hline.


• Caso deseje cria linhas horizontais somente entre as colunas selecionadas (i e
j) use o comando \cline{coli-colj}.
• Para separar os elementos de cada coluna use o símbolo &.

• Caso queira realizar uma quebra de linha use o símbolo \\.

Como resultado temos:

Também é possível criar uma tabela com multicolunas, isto é, uma célula maior
pode ser montada com a união de outras células . Isso é possível por meio do
comando \multicolumn{n}{pos}{item}. No qual n é o número de colunas
que a multicoluna irá abranger, pos é o alinhamento do texto (r, l, c) e item é o
que irá ser digitado. Vejo esse exemplo a seguir:

Para determinar o local da página na qual a tabela ficará posicionada pode-se


utilizar os seguintes comandos:

24
CAPÍTULO 4. TABELAS

Ex:

No entanto, devido ao conteúdo da tabela, pode ser que o LaTeX não posicione
da maneira que usuário deseja. Desta forma, é recomendado aceitar a diagramação
padrão.

4.1.1 Longtable
Ocasionalmente, muitas informações podem precisar ser apresentadas em
uma única tabela, que pode não conseguir ser acomodada em uma única pá-
gina ou no espaço restante de uma página. Nesse caso, o ambiente longtable,
definido pelo pacote longtable, pode ser usado para preparar uma tabela expansível
em várias páginas. Para usar esse tipo de tabela é necessário inserir o pacote
\usepackage{longtable} no preâmbulo. Veja abaixo um exemplo:

25
Capítulo 5

Movendo informações

5.1 Referência cruzada


Em livros e artigos acadêmicos há referências a figuras, tabelas e segmentos
especiais do texto que se encontram em outros lugares do documento. O LaTeX
proporciona as seguintes instruções para produzir tais referências:

\label{marca}, \ref{marca} e \pageref{marca}

onde marca é um identificador escolhido pelo usuário. O LaTeX substitui \ref


pelo número da seção, subseção, figura, tabela ou teorema onde foi introduzido
com a instrução \label correspondente. Enquanto \pageref apresenta o nú-
mero da página em que foi introduzido a instrução \label. Veja o exemplo a seguir:

Comando Ação
Uma referencia a este item Uma referencia a este item
aparecerá como:\label{identificação} aparecerá como:
‘‘veja o item \ref{identificação} na ‘‘veja o item 5.1 na
pagina \pageref{identificação}.’’ pagina 26.’’

5.2 Preparação da Bibliografia


A lista de referências bibliográficas com LaTeX é gerada através do ambiente
thebibliography (geralmente no final, pouco antes de \end{document}).
Cada item bibliográfico deve ser construído usando \bibitem{chave} e os itens
são citados no texto por meio do comando \cite{livro}. Veja a estrutura geral
a seguir:

\begin{thebibliography}{n}
CAPÍTULO 5. MOVENDO INFORMAÇÕES

\bibitem{chave} <info>
\end{thebibliography}
No qual n é o número de referências que irá compor o documento, chave é o
identificador do item bibliográfico e <info> são as informações do item bibliográ-
fico. Veja um exemplo prático:

5.2.1 BibTeX
Uma outra forma de se criar referências bibliográficas é através do banco de
referências bibliográficas chamado BibTeX. Ele possibilita que sejam criados dados
bibliográficos para uso posterior em seus documentos.
Uma referência é citada no texto por meio do comando \cite{id}, onde id é o
identificador da referência. Múltiplas referências podem também ser citadas através
do mesmo comando \cite{id, id2} separando os identificadores com virgula,
por exemplo, \cite{Datta-1998, Even-etal-1976}. Todavia, ao usar o
BibTeX você deve usar um arquivo com extensão .bib para armazenar os itens biblio-
gráficos e declarar nome deste no comando \bibliography{nome_arquivo}.
Outro comando importante que precisa ser colocado durante a construção das
referências bibliográficas é \bibliographystyle, que define o aspecto visual
desta seção. Via de regra, dentro de um arquivo BibTeX você deve desenvolver a
seguinte estrutura:

27
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

Em que Tipo pode ser definido como:

Além disso, os campos essenciais que devem ser preenchidos são:

Algumas interfaces gráficas disponíveis para se trabalhar com o LaTeX, já


disponibilizam toda a estrutura, restando ao usuário apenas o preenchimento
dos campos. Um aplicativo muito utilizado e recomendado para esse tipo de
trabalho é o Mendeley, gerenciador de referências gratuito, que permite incluir,
de maneira simples e intuitiva, itens bibliográficos no BibTeX. Veja no link a
seguir um tutorial de como utilizar o Mendeley para realizar esta tarefa: <https:
//youtu.be/kikIePYdiVc>.
O arquivo com extensão .bib deve estar no mesmo local em que o arquivo .tex
do projeto principal. Adicione os comandos \bibliographystyle{estilo}
e \bibliography{arquivo sem .bib} no lugar onde a bibliografia deverá
aparecer.
Com relação ao estilo das referências bibliográficas, o usuário pode encontrar
uma lista pré-definida pelo LaTeX e escolher somente uma para o documento.
plain: É o mais utilizado. As Referências são adicionadas em ordem alfabética.
unsrt: As Referências são adicionadas conforme citadas no texto.
abbrv: As Referências são adicionadas conforme citadas, porém com os nomes
abreviados.
Vale salientar que somente aparecerão na lista bibliográfica as referências que
forem citadas no texto. Caso queira inserir as referências que não foram citadas no
texto, utiliza-se:

28
CAPÍTULO 5. MOVENDO INFORMAÇÕES

\nocite{Identificador das Referências separados por vírgula}.

Como exemplo prático, vamos criar um arquivo .bib e colocar os comandos


necessários para que uma referência bibliográfica seja apresentada no texto. Primeiro
passo, iremos criar um arquivo de texto com o seguinte conteúdo:

O arquivo será salvo no mesmo local que o arquivo principal (.tex) com um
nome qualquer e extensão .bib, por exemplo, livros.bib. O segundo passo é
inserir no preâmbulo o comando \bibliographystyle{estilo} e no fim
\bibliography{arquivo sem .bib}. A estrutura final do nosso docu-
mento .tex seria:

5.3 Figuras
Para adicionar figuras no documento, primeiramente é necessário inserir no
preâmbulo o pacote graphicx, em seguida empregar o comando apropriado. O LaTeX
permite utilizar diversos formatos de imagens, como: png, jpeg e eps. Normalmente,
utiliza-se o ambiente figure para inserir uma legenda e utilizar um código para
referência. Veja abaixo a estrutura para inserir uma figura no LaTeX:

29
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

As medidas podem ser:

A seguir um exemplo de como inserir a figura “Latex.png”no documento.

O resultado fica desta forma:

Figura 5.1: Logo LaTex

5.3.1 Subfiguras
Em alguns casos, um grupo de figuras precisar ser subnumerado sob um número
principal. Neste caso, usa-se o pacote subfigure no qual possibilita que o ambiente
figure possua mais de uma figura. Primeiramente é necessário declarar no preâmbulo
o pacote “subfigure”. Para entender melhor, observe abaixo o exemplo:

30
CAPÍTULO 5. MOVENDO INFORMAÇÕES

Como resultado, temos:

(a) Pri. (b) Seg.

(c) Ter.

Figura 5.2: Conjunto de figuras

5.4 Lista de Conteúdo


O LaTeX fornece os comandos \tableofcontents, \listoftables e
\listoffigures para a geração automática de três listas em um documento,
que são sumário, conteúdos de tabelas e figuras, respectivamente. Essas três listas
são produzidas sob os títulos de Sumário, Lista de Tabelas e Lista de Figu-
ras, respectivamente. Os comandos \tableofcontents, \listoftables e
\listoffigures devem ser colocados em seus locais apropriados no ambiente
do documento, geralmente após \begin{document}
Durante o processo de digitação de uma monografia ou de um livro, um dos
empecilhos mais frequentes é a construção do sumário. Em alguns processadores
visuais, essa tarefa requer um pouco mais de conhecimento do usuário. Entretanto,
no LaTeX o usuário precisa somente se preocupar no gerenciamento das seções do
texto, pois a construção do sumário é feita automaticamente. Além disso, para criar
os itens do sumário, você deve inserir os seguintes comandos ao longo do texto:

• \part;
• \chapter;
• \section;
• \subsection;
• \subsubsection.

31
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

5.5 Índice Remissivo


Livros, teses e demais textos podem incluir um índice de palavras importantes
ao final do documento com o intuito de facilitar a consulta por parte do leitor. Para
fazer essa tarefa, primeiramente, deve ser inserido o pacote makeidx no preambulo,
em seguida deve ser adicionado \makeindex para habilitar os comandos de
indexação. Ex:

As palavras a serem incluídas no índice remissivo devem, ao longo do texto


serem destacadas com o comando \index{chave}, onde ”chave”é o texto de
entrada do índice. Também podemos incluir uma subcategoria no índice usando
\index{chave!subchave}.

Ex:

\index{cor}
\index{cor!amarelo}

Por fim, utiliza-se \printindex para que o índice remissivo seja exibido no
fim do documento.

Ex:

32
Capítulo 6

Estrutura visual

Neste capítulo serão abordados conceitos básicos a respeito de modificações na


formatação do documento .

6.1 Cabeçalho e Rodapé


A página é composta por 3 partes principais: cabeçalho, corpo e rodapé. As par-
ticularidades do cabeçalho e rodapé são determinadas pelo comando \pagestyle,
e por meio do comando \pagestyle{estilos}, são definidos os estilos da
pagina, são eles:
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

A numeração da página é realizada de maneira automática, no entanto, para mu-


dar o estilo da numeração, utiliza-se o comando: \pagenumbering{estilo}.
E os estilos são:

Se o comando \pagenumbering for incluído no meio do texto, a numeração


a partir desse ponto será reiniciada.

6.2 Área de impressão


Em qualquer documento LaTeX a página apresenta uma configuração que
depende de vários parâmetros, quer dizer, comandos que atuam em determinadas
partes da página.
Cada classe de documento e papel selecionado detém um tamanho padrão de
impressão. No entanto, é possível alterar essas informações. Uma das formas é por
meio dos comandos:

34
CAPÍTULO 6. ESTRUTURA VISUAL

As medidas podem ser definidas em centímetros ou outra medida citada na


seção 6.3.

Ex:

\addtolength{\textheight}{3cm} No qual, serão adicionados 3 cen-


tímetros à altura da área de impressão da página.

6.3 Espaços e Medidas

6.3.1 Medidas

Ao definirmos o tamanho de determinado item no documento LaTeX, temos


que introduzir medidas de comprimento acompanhadas pelas devidas unidades.

O espaçamento entre palavras e linhas pode ser realizado por meio dos comandos
a seguir:

35
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

Comando Ação
Adiciona um espaço horizontal
\hspace{medida} entre as palavras

\hrulefill Produz uma linha horizontal

Adiciona um espaço vertical


\vspace{medida} entre as linhas

Faz um retângulo com as medidas


\rule[elevação]{largura}{altura} elevação acima ou abaixo da linha,
largura e altura
Produz uma linha horizontal
\dotfill pontilhada

Define o tamanho da indentação


\parindent no parágrafo

Define o espaço vertical entre os


\parskip parágrafos

É a distância entre o topo de uma


\baselineskip linha e o topo da linha de baixo

36
CAPÍTULO 6. ESTRUTURA VISUAL

Figura 6.1: Medidas da página.

Fonte:(SOUZA, 2008)

37
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

6.4 Caixas
Utilizando o comando \fbox{palavra} será gerada uma caixa em volta da
palavra.

Ex:

Comando Ação

\fbox{palavra} palavra

Por meio do comando \framebox[medida][posição]{palavra} pode-se con-


trolar o tamanho da caixa.

Ex:

Comando Ação

\framebox[4cm][r]{palavra} palavra

Utilizando o comando \makebox da mesma maneira que o \framebox,


também será gerada uma caixa, porém sem linhas.

Ex:

Comando Ação

\makebox[4cm][r]{palavra} palavra

O comando \raisebox{altura}{palavra} forma uma caixa na qual


a palavra é elevada uma altura determinada, podendo ser também uma medida
negativa.

Ex:

Comando Ação

\raisebox{1.0cm}{palavra} palavra

38
CAPÍTULO 6. ESTRUTURA VISUAL

6.5 Minipage
É um ambiente no qual divide uma parte da página em várias partes, com as
dimensões desejadas. Geralmente utilizado para apresentar materiais relacionados
lado a lado, por exemplo, duas tabelas para comparação/finalidade, uma imagem e
sua descrição, ou comando de entrada e saída.
Gerado através do ambiente minipage, e com argumentos opcionais, ou seja,
\begin{minipage}[avert]{ahorz}, onde “avert”é o alinhamento vertical
da minipage e “ahorz”é sua largura horizontal.

Ex:

Ex:

O texto consegue abranger outros


ambientes, podendo adicionar até
notas de rodapé de página. Os ar-
gumentos t e b concedem o posici-
onamento do topo (t) e do fim (b)
da minipage em relação ao texto.
a

a Nota de rodapé da minipage

6.6 Novos comandos e ambientes


O LaTeX possibilita que seja alterado o nome de determinado comando para
um novo nome de sua preferencia, ou que seja criado um comando que gerencie
demais comandos. Isso é realizado por meio do comando:

\newcommand{novo comando}{definição}.

Se no texto houvesse a necessidade de escrever uma palavra ou uma frase


diversas vezes, seria útil utilizar alguma coisa que sintetizasse isso. Nesse caso,
querendo escrever: Universidade Federal do Pará, primeiramente, é necessário
introduzir no preâmbulo o comando:

\newcommand{\ufpa}{Universidade Federal do Pará}.

Em seguida é só fazer o uso de \ufpa para que o texto: Universidade Federal


do Pará, seja exibido.

39
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

6.7 Inserindo código fonte


Em diferentes áreas do conhecimento, como na computação, surge a necessidade
de inserir códigos fonte no corpo do documento. Nesta seção, será abordado o uso
do ambiente verbatim e do pacote listing, que apresentam o código fonte citado com
a estrutura de um código em um compilador.

6.7.1 Ambiente Verbatim


Na produção deste texto, por várias vezes se fez necessário conferir o que se
escrevia no arquivo fonte. Por exemplo, para mudar a cor de uma palavra para
verde, deve-se digitar o seguinte comando:

\textcolor{green}{Palavra verde}

No arquivo fonte, se digitarmos o comando acima e compilarmos, veremos


apenas:

Palavra verde

Aqui aparece o ambiente verbatim, isto é, quando desejamos ler no arquivo de


saída o que digitamos, de fato, no arquivo fonte. Existem dois comandos:

\verb +TEXTO+
ou
\begin{verbatim}
TEXTO
\end{verbatim}

6.7.2 Pacote Listing


O pacote listing permite a escrita de códigos fonte no corpo do documento.

Ex:

\begin { lstlisting } [language = Python]


def incmatrix (genl1, genl2):
m = len (genl1)
n = len (genl2)
M = None #para se tornar a matriz de incidência
VT = np.zeros (( n * m, 1), int) # variável

dummy # calcula a matriz xor bit a bit


M1 = bitxormatrix (genl1)
M2 = np.triu (bitxormatrix (genl2), 1)

40
CAPÍTULO 6. ESTRUTURA VISUAL

para i no intervalo (m-1):


para j em intervalo (i + 1, m):
[r, c] = np.onde (M2 == M1 [i, j])
para k no intervalo (len (r)):
VT [(i) * n + r [ k]] = 1;
VT [(i) * n + c [k]] = 1;
VT [(j) * n + r [k]] = 1;
VT [(j) * n + c [k]] = 1;

se M for Nenhum:
M = np.copy (VT)
else:
M = np.concatenate ((M, VT), 1)

VT = np.zeros ((n * m, 1), int)

return M
\end { lstlisting }

O parâmetro entre colchetes [language = Python] permite o destaque


do código para a linguagem de programação específica (Python). Palavras especiais
estão em negrito e os comentários em itálico.
Com o pacote listing também é possível inserir a numeração do código fonte
no documento.
Ex:

41
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

Figura 6.2: Utilizando pacote listing.

6.7.3 Estilos e cores do código


A formatação do código com o pacote de listing é altamente personalizável.

Ex:

\documentClass { artigo }
\usepackage [utf8] { inputenc }
\usepackage { listing }
\usepackage { xcolor }
\definecolor { codegreen } { rgb } { 0,0.6,0 }
\definecolor { codegray } { rgb } { 0.5,0.5 , 0.5 }
\definecolor { codepurple } { rgb } { 0.58,0,0.82 }
\definecolor { backcolour } { rgb } {0.95,0.95,0.92 }
\lstdefinestyle { mystyle } {
backgroundcolor = \color { backcolour } ,
commentstyle = \color { codegreen } ,

42
CAPÍTULO 6. ESTRUTURA VISUAL

keywordstyle = \color { magenta } ,


numberstyle = \tiny \color { codegray } ,
stringstyle = \color { codepurple } ,
basicstyle = \ttfamily \footnotesize ,
breakatwhitespace = false,
breaklines = true,
captionpos = b,
keeppaces = true,
numbers = left,
numbersep = 5pt,
showspaces = false,
showstringspaces = false,
showtabs = false,
tabsize=2}

Figura 6.3: Personalização do código.

Observe como a coloração e o estilo do código aumentam muito sua compreen-


são.
Neste exemplo, o pacote xcolor é importado e o comando \definecolor{}{}{}
é usado para definir novas cores no formato rgb que serão usadas posteriormente.

Existe também o comando que gera o estilo de listing para este exemplo:

\lstdefinestyle{mystyle}{...}

No primeiro par de colchetes é definido um novo estilo de listing chamado


“mystyle”. E dentro do segundo par de colchetes, são passadas as opções que definem
este estilo, são elas:

• backgroundcolor - Cor do plano de fundo. Cor externa ou pacote xcolor


necessário;
• commentstyle - Estilo de comentários no idioma de origem;

43
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

• basicstyle - Tamanho da fonte/família/ etc. para fonte (por exemplo ba-


sicstyle=\ttfamily\small);
• keywordstyle - Estilo de palavras-chave no idioma de origem (por exemplo
keywordstyle=\color{red});
• numberstyle - Estilo usado para números de linha;
• numbersep - Distância dos números de linha do código;
• stringstyle - Estilo de strings no idioma de origem;

• showspaces - Enfatiza espaços no código (verdadeiro / falso);


• showstringspaces - Enfatiza espaços em strings (verdadeiro / falso);
• showtabs - Enfatizar tabuladores no código (verdadeiro / falso);

• numbers - Posição dos números de linha (esquerda / direita / nenhum, ou


seja, nenhum número de linha);
• captionpos - Posição da legenda (t / b);
• frame - Mostra o frame fora do código (nenhum/linha esquerda/linha superi-
or/linha inferior/linhas/único/ caixa de sombra);

• breakwhitespace - Define se os intervalos automáticos devem acontecer


apenas em espaços em branco;
• breaklines - Quebra automática de linha;
• keeppaces - Mantém espaços no código, úteis para indetação;

• tabsize - Define o tamanho da tabulação;


• escapeinside - Especifica caracteres para escapar do código-fonte para LaTeX
(por exemplo escapeinside={\%*}{*)});
• rulecolor - Especifica a cor da caixa da moldura.

6.7.4 Linguagens de programação suportadas

Pascal (Borland6, Standard, XSC) ACSL


Ada (2005, 83, 95) Algol (60, 68)
Assembler (Motorola68k, x86masm) Ant
Awk (gnu, POSIX) bash
C (ANSI, Handel, Objective, Sharp) Basic (Visual)
C++ (ANSI, GNU, ISO, Visual) Caml (light, Objective)

44
CAPÍTULO 6. ESTRUTURA VISUAL

CIL Clean
Cobol (1974, 1985, ibm) Comal 80
command.com (WinXP) Comsol
csh Delphi
Eiffel Elan
erlang Euphoria
Fortran (77, 90, 95) GCL
Gnuplot Haskell
HTML IDL (empty, CORBA)
inform Java (empty, AspectJ)
JVMIS ksh
Lingo Lisp (empty, Auto)
Logo make (empty, gnu)
Mathematica (1.0, 3.0, 5.2) Matlab
Miranda Mizar
ML Modula-2
MuPAD NASTRAN
Oberon-2 OCL (decorative, OMG)
Octave Oz
ABAP(R/2 4.3,R/2 5.0,R/3 4.6C,R/3 6.10) Perl
PHP PL/I
Plasm PostScript
POV Prolog
Promela PSTricks
Python R
Reduce Rexx
RSL Ruby
S (empty, PLUS) SAS
Scilab sh
SHELXL Simula (67, CII, DEC, IBM)
SPARQL SQL
TeX(AlLaTeX, LaTeX, plain, primitive) tcl (empty, tk)
VBScript Verilog
VHDL (empty, AMS) VRML (97)
XML XSLT

45
APÊNDICE A

Lista de símbolos
matemáticos

Na tabela seguinte encontram-se todos os símbolos que normalmente podem


ser usados no modo matemático.

Comando Ação
\hat{} ̂
\grave{} ̀
\dot{} ̇
\check{} ̌
\tilde{} ̃
\ddot{} ̈
\breve{} ̆
\bar{} ̄
\acute{} ́
\vec{} ⃗
\leftarrow ←
\Leftarrow ⇐
\rightarrow →
\Rightarrow ⇒
\leftrightarrow ↔
\Leftrightarrow ⇔
\mapsto ↦
\leftharpoonup ↼
\leftharpoondown ↽
\rightleftharpoons ⇌
\Longrightarrow ⟹
APÊNDICE A. LISTA DE SÍMBOLOS MATEMÁTICOS

\longleftrightarrow ⟷
\Longleftrightarrow ⟺
\longmapsto ⟼
\rightharpoondown ⇁
\uparrow ↑
\Uparrow ⇑
\downarrow ↓
\Downarrow ⇓
\updownarrow ↕
\Updownarrow ⇕
\nLeftrightarrow ⇎
\nleftrightarrow ↮
\nRightarrow ⇏
\nrightarrow ↛
\nLeftarrow ⇍
\nleftarrow ↚
\lll ⋘
\ggg ⋙
\leftrightsquigarrow ↭
\dashrightarrow 99K
\dashleftarrow L99
\nearrow ↗
\searrow ↘
\swarrow ↙
\nwarrow ↖
\alpha α
\beta β
\gamma γ
\delta δ
\epsilon ϵ
\varepsilon ε
\zeta ζ
\eta η
\theta θ
\iota ι
\vartheta ϑ
\kappa κ
\lambda λ
\mu μ
\nu ν
\xi ξ

47
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

o 𝑜
\pi π
\varpi ϖ
\rho ρ
\varrho ϱ
\sigma σ
\varsigma ς
\tau τ
\upsilon υ
\phi ϕ
\varphi φ
\chi χ
\psi ψ
\omega ω
\Gamma Γ
\Delta Δ
\Theta Θ
\Lambda Λ
\Xi Ξ
\Pi Π
\Sigma Σ
\Upsilon Υ
\Phi Φ
\Psi Ψ
\Omega Ω
\aleph ℵ
\hbar ℏ
\imath 𝚤
\jmath 𝚥
\ell ℓ
\wp ℘
\Re ℜ
\cdots ⋯
\bigotimes ⨂
\mho ℧
\int ∫
\prime ′
\emptyset ∅
\nabla ∇
\surd √
\angle ∠

48
APÊNDICE A. LISTA DE SÍMBOLOS MATEMÁTICOS

\sum ∑
\oint ∮
\bigvee ⋁
\bigoplus ⨁
\vdots ⋮
\forall ∀
\exists ∃
\natural ♮
\sharp ♯
\backslash \
\blacksquare 
\hslash ℏ
\Bbbk 𝕜
\nexists ∄
\measuredangle ∡
\sphericalangle ∢
\mho ℧
\varnothing ∅
\partial ∂
\prod ∏
\bigcap ⋂
\bigwedge ⋀
\biguplus ⨄
\ddots ⋱
\infty ∞
\Box 
\Diamond ♦
\triangle △
\diamondsuit ♢
\heartsuit ♡
\spadesuit ♠
\clubsuit ♣
\coprod ∐
\bigcup ⋃
\bigodot ⨀
\dots …
\oe œ
\OE Œ
\ae æ
\AE Æ
\aa å

49
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

\AA Å
\o ø
\O Ø
\l ł
\L Ł
\ss ß
\dag †
\ddag ‡
\S §
\# #
\{ {
\P ¶
\copyright ©
\pounds £
\checkmark ✓
\maltese ✠
\circledR r
\$ $
\LaTeXe LATEX 2ε
\yen U
\LaTeX LATEX
\TeX TEX

50
ANEXO A

Alguns Softwares Auxiliares


para Usuários de LaTeX

GIMP
site: http://www.gimp.org/
É um editor de imagem gratuito, semelhante ao Adobe Photoshop (comercial)
ou Corel Photo Paint (comercial). O ”GIMP Help”é uma espécie de manual que
auxilia o usuário, e que precisa ser baixado/instalado a parte devido ao seu tamanho.

Tables Generator
site: www.tablesgenerator.com
É um criador de Tabelas online e gratuito, no qual permite o usuário criar
tabelas simples e complexas de um jeito fácil e integra-las ao seu projeto.

Mendeley
www.mendeley.com
É um software gratuito que auxilia nos trabalhos acadêmicos e tem a finalidade
de gerenciar arquivos eletrônicos (formato PDF), além de ajudar na normalização
de citações e referências geradas automaticamente.
Referências Bibliográficas

DATTA, D. LaTeX in 24 Hours. [S.l.: s.n.], 2017. ISBN 9783319478302.


OETIKER, T. et al. Latex Manual in English. 2015. ISSN 0018-9464. Disponível
em: <http://ftp.oleane.net/pub/CTAN/info/lshort/english/lshort.pdf>.
SOUZA, T. M. de. APOSTILA DE LATEX. 2008. Disponível em: <http:
//www.telecom.uff.br/pet/petws/downloads/apostilas/LaTeX.pdf>.
Índice Remissivo

abbrv, 28 makeidx, 32
addtolength, 35 makeindex, 32
Array, 19
article, 9 newcommand, 39
newline, 12
BibTeX, 27 normalsize, 12
book, 9
pagestyle, 14, 33
chapter, 31 part, 31
comando phantom, 21 plain, 14, 28
Delimitadores, 19 qquad, 12
quad, 12
empty, 15

fbox, 38 raisebox, 38
footnote, 15 Raízes, 18
footnotesize, 12 report, 9
framebox, 38
scriptsize, 12
Funções, 19
section, 31
fórmulas matemáticas, 17
setlength, 13
headings, 15 slides, 9
Huge, 12 small, 12
huge, 12 Sobrescrito, 18
subfigure, 30
LARGE, 12 Subscrito, 18
Large, 12 subsection, 31
large, 12 subsubsection, 31
LaTeX, 7 Símbolos matemáticos, 18
letter, 10
linebreak, 12 textcolor, 14
linespread, 13 tiny, 12
Listas, 15 Tipos de letra, 22

makebox, 38 unsrt, 28

53
Ygor Luiz Moraes Gonçalves Universidade Federal do Pará

verb, 40
vspace, 13

54

Você também pode gostar