Quando o intérprete se vê diante de um impasse que
contrapõe o que a ciência bíblica demonstra e o que
o povo acredita, quais cuidados e qual a melhor maneira de o teólogo lidar com a questão? A melhor forma de um teólogo lidar com a questão proposta, é que ele precisa de forma clara e objetiva buscar a hermenêutica bíblica autêntica para instruir e elucidar tal situação. Basta observar, que na atualidade, embora existam muitas interpretações, não podemos fazê-la ao nosso bel prazer ou sob nossas ideologias. Cada teólogo tem suas referencias sólidas e fundamentadas, ou deveria ter, seja através da Instituição Religiosa a qual pertence, seja através de estudos e documentos por ela elaborada. O que se presencia muito nos tempos atuais é uma hermenêutica da Bíblia adaptada aos gostos e necessidades de quem interpreta e a quem se dirige, esquecendo da mensagem central de toda a Bíblia, que para nós cristãos, teólogos ou não, é a Palavra de Deus. Quando nos deparamos com uma hermenêutica bíblica que acaba desvinculando ou mesmo negando o sagrado, o místico, o transcendente, se tem uma interpretação muito simplista, materialista, que nega a verdade que está por detrás dos fatos. Embora na Bíblia se encontre diversos gêneros literários, todos estão ali contidos para acima de tudo nos mostrar que: “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça. Assim, a pessoa que é de Deus estará capacitada e bem preparada para toda boa obra.” (2 Tim 3, 16 – 17)