De acordo com o documento, a economia brasileira deve ter uma queda de 5,8% em 2020, mas crescer 2,8% em 2021. A inflação deve ficar em 2,99% em 2020 e 3,10% em 2021. O agronegócio é um setor forte, representando 25% do PIB, e deve ter altas de 40% nos próximos anos. No entanto, o fim do auxílio emergencial e o alto desemprego podem impactar negativamente o consumo em 2021.
Descrição original:
Análise de perspectivas para a economia brasileira para 2020 e 2021 a partir de dados e estatísticas.
Título original
1 Perspectivas para a economia brasileira 2020 e 2021
De acordo com o documento, a economia brasileira deve ter uma queda de 5,8% em 2020, mas crescer 2,8% em 2021. A inflação deve ficar em 2,99% em 2020 e 3,10% em 2021. O agronegócio é um setor forte, representando 25% do PIB, e deve ter altas de 40% nos próximos anos. No entanto, o fim do auxílio emergencial e o alto desemprego podem impactar negativamente o consumo em 2021.
De acordo com o documento, a economia brasileira deve ter uma queda de 5,8% em 2020, mas crescer 2,8% em 2021. A inflação deve ficar em 2,99% em 2020 e 3,10% em 2021. O agronegócio é um setor forte, representando 25% do PIB, e deve ter altas de 40% nos próximos anos. No entanto, o fim do auxílio emergencial e o alto desemprego podem impactar negativamente o consumo em 2021.
Faça uma análise, com base na palestra do Sérgio do Vale, sobre
as perspectivas para a economia brasileira para o final de 2020 e
para o ano de 2021. Devido às consequências da pandemia do novo coronavírus, o Brasil deve ter uma queda de 5,8% do PIB neste ano e um crescimento de 2,8% em 2021, de acordo com o FMI. Os resultados dessas projeções são melhores em relação à previsão anterior, segundo a qual haveria um recuo de 9,1% da atividade econômica brasileira. A alta dos preços no IPCA-15, que ficou em 0,94% em outubro deste ano – o maior para o mês desde 1995 – aponta, de acordo com economistas, uma inflação mais elevada neste último trimestre e no ano que vem. A projeção para o IPCA é de 2,99% para 2020 e de 3,10 para 2021, de acordo com os dados mais recentes do Boletim Focus. Essa tendência de recuperação do Brasil é favorecida pelo crescimento da China, já retomado no segundo trimestre desse ano, uma vez que se trata do principal destino das exportações brasileiras, especialmente de commodities como soja, petróleo e minério de ferro. Considerando a queda sensível da indústria automobilística no contexto atual, há uma diminuição das exportações brasileiras para a Argentina, uma vez que 80% das quais são de carros. Em relação às commodities, que representam cerca de 40% do PIB brasileiro, temos um crescimento considerável das metálicas e agrícolas, devido ao aumento da demanda na situação atual, e uma queda dos combustíveis. O agronegócio, considerando toda a cadeia de atividades que envolve, representa 25% do PIB brasileiro e é um dos mais representativos do mundo. Devido à sua relevância, o Brasil é o maior exportador mundial de café, açúcar e cana-de-açúcar, além de ser um importante exportador de carne bovina, suína e de frango. A tendência é que os lucros gerados por esse setor tenham, nos próximos anos, altas estimadas em 40%. Além disso, estima-se que a produção agrícola brasileira chegue a um crescimento de 70% nos próximos dez anos. Com a distribuição do auxílio emergencial para pessoas de baixa renda, há um crescimento sensível do setor de varejo. Já, no que diz respeito aos serviços, o crescimento é mais lento, principalmente por envolver um contato físico maior entre as pessoas, impedido pela pandemia. No entanto, em 2021, devido à impossibilidade financeira, o auxílio será retirado, promovendo um impacto negativo na renda das famílias e, consequentemente, no consumo. O desemprego no Brasil atingiu a marca recorde de 14,4% no terceiro trimestre de 2020. Isso ocorre principalmente por causa das restrições ao comércio impostas pela situação de pandemia. Essa taxa tende a continuar em trajetória de alta, atingindo, de acordo com o FMI, 14,1% em 2021, especialmente como como consequência do fim dos programas de auxílio emergencial. Isso afeta o consumo não só dos desempregados, mas também de quem tem emprego, pois, estes, ao se depararem com o número alto e crescente de pessoas que perdem o emprego, têm receio de perde-lo também. A eleição para presidente dos Estados Unidos em novembro pode impactar negativamente o governo Bolsonaro se Joe Biden for eleito, uma vez que os democratas se mostraram contrários ao avanço de qualquer pacto comercial com o Brasil, incluindo um acordo de livre-comércio, devido a questões envolvendo direitos humanos e meio ambiente, principalmente em relação à devastação da Amazônia. O candidato democrata, inclusive, propôs um pacote de US$ 20 bilhões para o Brasil interromper a devastação de florestas. Além disso, caso Biden vença a eleição, não há garantias de que o Brasil tenha apoio dos americanos para entrar na OCDE.