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7A.

PARTE:

APLICATIVOS &
UTILITÁRIOS
✔ Copyright (c) 2002-2004 – Ednei Pacheco de Melo.
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included in the section entitled “GNU Free Documentation License”.
ÍNDICE
ABERTURA...........................................................8
I. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS........................................9
Introdução.................................................................................9
Processos de instalação.............................................................9
Pacotes compilados................................................................................9
Pacotes nativos do Slackware.........................................................................9
Pacotes do formato RPM.................................................................................9
Pacotes binários....................................................................................10
Código-fonte.........................................................................................10
Sobre o Checkinstall....................................................... ..............................11
Pendências x Plugins...............................................................11
Sobre a metodologia adotada...................................................12
Omissão de instruções para procedimentos padrões...........................12
Inclusão de instruções complexas e detalhadas..................................12
Disponibilidade de aplicativos..............................................................12
Opção por pacotes pré-compilados......................................................12
Preparação dos pacotes...........................................................12
A execução dos programas.......................................................13
Conclusão................................................................................14
II. INTERNET.......................................................16
Introdução...............................................................................16
Discadores...............................................................................16
Preparativos iniciais..............................................................................16
Carregamento de módulos.......................................................... ..................16
Grupos de acesso........................................................ .................................17
Em modo texto.....................................................................................17
PPPD (Slackware).........................................................................................17
A configuração.................................................................................................
.18
A conexão / desconexão........................................................................ ...........21
/etc/ppp/options......................................................................................
..........21
WvDial.............................................................................. ...........................22
Em modo gráfico...................................................................................24
KPPP........................................................ ....................................................24
GPPP................................................................................. ...........................24
Problemas mais freqüentes..................................................................25
Observações finais................................................................................25
A família Mozilla.......................................................................26
Componentes........................................................................................26
A suíte Mozilla..................................................................... .........................26
Mozilla Navigator...................................................................... .........................27
Mails & Newsgroups.................................................................................. ........27
Mozilla Composer.......................................................................................... ....28
ChatZilla......................................................................................................
......28
Mozilla Calendar................................................................................. ...............29
O Firefox & Thunderbird...............................................................................29
A instalação..........................................................................................30
A execução...........................................................................................31
A configuração......................................................................................32
Gerais..................................................................... .....................................32
Bloqueio de janelas popups.........................................................
.....................32
Plugins....................................................................................................... ..33
Java.................................................................................................
...................33
Flash...........................................................................................................
.......33
RealPlayer.................................................................... .....................................33
Temas.........................................................................................................34
Extensões....................................................................................................35
Observações finais................................................................................36
Navegadores............................................................................37
Konqueror.............................................................................................37
Epiphany...............................................................................................38
Dillo.......................................................................................................39
Clientes de correio...................................................................39
KMail.....................................................................................................40
Evolution...............................................................................................40
Balsa.....................................................................................................42
Gerenciando conteúdos da Internet (downloads)......................44
HTTP & FTP...........................................................................................44
wget.......................................................... ..................................................44
KGet.............................................................................................
......................45
Downloader for X..................................................................................... .....46
Mensagens instantâneas – ICQ e IRC.........................................46
Multi-funções........................................................................................47
Kopete............................................................... ..........................................47
Gaim......................................................................................................... ...47
SIM-ICQ.......................................................................................................48
ICQ........................................................................................................49
Licq.............................................................................................................49
IRC.........................................................................................................50
KSirc................................................................................. ...........................50
X-Chat.........................................................................................................51
Endereços importantes.........................................................................52
Desenvolvimento de páginas para Internet...............................52
HTML – HiperText Maktup Laguange....................................................52
Editores visuais............................................................................................52
Ginf.................................................................................................
...................52
OpenOffice.org Writer.............................................................................. .........53
Editores de código........................................................................................54
Bluefish.............................................................................
................................54
Quanta......................................................................................
.........................54
Screem...................................................................................
...........................55
Conclusão................................................................................56
III. SUÍTES DE ESCRITÓRIO.......................................57
Introdução...............................................................................57
As suítes de escritórios............................................................57
OpenOffice.org......................................................................................57
Características técnicas................................................................................58
Componentes...............................................................................................
.....58
Requerimentos.........................................................................................
.........58
A instalação.................................................................................................59
A configuração.............................................................................................60
Problemas mais freqüentes............................................................................
..61
Observações finais.......................................................................................62
KOffice..................................................................................................62
Características técnicas................................................................................62
Componentes...............................................................................................
.....62
Requerimentos.........................................................................................
.........63
A instalação.................................................................................................63
A configuração.............................................................................................63
Gnome Office........................................................................................64
Característica técnicas.............................................................. ....................64
Componentes...............................................................................................
.....64
Requerimentos.........................................................................................
.........65
A instalação.................................................................................................65
A configuração.............................................................................................66
Sobre o XML.............................................................................66
Vantagens na utilização do padrão XML..............................................66
Sobre os padrões adotados pelo OpenOffice.org.................................67
Portando documentos para outras plataformas.........................67
Os formatos de arquivos PS e PDF.......................................................67
Gerando arquivos PS/PDF.....................................................................68
Convertendo arquivos PS para PDF......................................................70
Fontes TrueType......................................................................70
Instalação de fontes TrueType pelo Centro de Controle......................70
Sobre a legal utilização das fontes proprietárias.................................71
Conclusão................................................................................72
IV. EDITORAÇÕES GRÁFICAS......................................73
Introdução...............................................................................73
Tratamento de imagens...........................................................73
Gimp.....................................................................................................73
ImageMagick.........................................................................................75
Outras aplicações.................................................................................78
Visualizadores..................................................................... .........................78
Editorações gráficas (arte gráfica)............................................79
Sodipodi................................................................................................79
Inkscape................................................................................................80
Scribus..................................................................................................81
Modelagem de ambientes e perspectiva em 3D.........................81
Blender.................................................................................................82
POV-Ray................................................................................................84
CAD/CAM..................................................................................86
QCad.....................................................................................................86
Formatos de arquivos padronizados.........................................87
O SVG....................................................................................................87
Conclusão................................................................................88
V. IMAGEM, SOM E MULTIMÍDIA...................................89
Introdução...............................................................................89
Áudio.......................................................................................89
Utilitários para ajustes e configurações de áudio.................................89
KMix e Controle de Volume (Gnome).............................................................90
Reprodução de CDs de áudio e arquivos de som.................................91
KsCD / Gnome-CD........................................................................................91
AmaroK......................................................................................... ...............92
XMMS............................................................. .............................................94
Extração de faixas de CDs de áudio.....................................................94
Serviços do Konqueror............................................................ ......................95
Grip / KAudio Creator......................................................... ...........................95
Vídeo.......................................................................................96
Reprodução de DVDs, VCDs e arquivos de vídeo.................................96
Requisitos necessários para a reprodução de DVD.........................................96
Sobre o libdvdcss..........................................................................................
....97
MPlayer.......................................................................................................97
Requerimentos ..................................................................................... ............98
A instalação.....................................................................................
..................99
A execução..........................................................................................
............100
A configuração......................................................................................... .......101
Interfaces gráficas........................................................................... ...............102
Problemas mais comuns............................................................................ .....103
Xine.................................................................................. .........................104
VLC......................................................................................................... ...107
Sobre a extração de DVDs, VCDs e arquivos de vídeo.......................107
Gravação em mídias de CDs....................................................108
KDE / Qt..............................................................................................108
K3B...........................................................................................................108
Gnome / GTK.......................................................................................111
Serviços do Nautilus.......................................................... .........................111
X-CD-Roast................................................................................................111
Conclusão..............................................................................114
VI. JOGOS E ENTRETENIMENTOS.................................115
Introdução.............................................................................115
Jogos disponíveis...................................................................115
Americas Army....................................................................................115
BZFlag................................................................................................116
Chromiun B.S.U...................................................................................116
Cube....................................................................................................117
FlightGear...........................................................................................118
FreeCiv................................................................................................118
GL-117................................................................................................119
Hexen I/II.............................................................................................120
Quake I/II/III.........................................................................................120
Quake................................................................................. .......................120
Quake II............................................................... ......................................121
Quake III......................................................... ...........................................121
Racer...................................................................................................122
Raptor.................................................................................................123
Reaper................................................................................................123
Return to Castle Wolfeinstein.............................................................124
Search an Rescue...............................................................................124
Stratagus (FreeCraft)..........................................................................125
Torcs...................................................................................................125
Transfusion.........................................................................................126
TuxKart...............................................................................................127
SuperTux.............................................................................................127
Unreal Tournament.............................................................................128
Empresas pioneiras................................................................129
ID Software.........................................................................................129
MP Entertainment...............................................................................129
Loki Games.........................................................................................129
Distribuições especiais...........................................................130
Gentoo Games inc..............................................................................130
Kurumim Games.................................................................................130
A execução de jogos nativos do Windows................................130
Wine / WineX......................................................................................131
Grau de compatibilidade do WineX............................................................ ..131
Bibliotecas e APIs gráficas......................................................131
Sobre a OpenGL..................................................................................132
A implementação Mesa......................................................................132
Requerimentos.......................................................................... .................133
A instalação...............................................................................................133
Pendências......................................................................................................133
Pacotes.........................................................................................................
...133
SDL......................................................................................................134
Sobre outras APIs gráficas..................................................................135
Os emuladores de video-games..............................................135
Os principais emuladores...................................................................135
Arcade.......................................................................................................135
Super Nitendo............................................................................................136
Mega-Drive................................................................................................139
Atari..........................................................................................................140
Páginas interessantes............................................................142
Conclusão..............................................................................143
VII. MISCELÂNEAS..............................................144
Introdução.............................................................................144
Controle financeiro.................................................................144
IRPF.....................................................................................................144
Gerenciamento de recursos....................................................147
SuperKaramba....................................................................................147
GKrellM...............................................................................................148
Conclusão..............................................................................149
ENCERRAMENTO..................................................150
ABERTURA
Antigamente, uma das maiores reclamações dos usuários de sistemas
GNU/Linux era a inexistência de boas aplicações para a realização das mais
diversas atividades. Até por volta do início do ano 2000, eram poucas
(quando não únicas) as opções de aplicativos para as mais diferentes
categorias para uso em estações de trabalho, que por sua vez tornavam-se
fator preponderante para a utilização de outro sistema operacional para o
desenvolvimento das atividades pertinentes.
Hoje graças ao esforço da comunidade defensora do Software Livre e o porte
de algumas aplicações existentes de outras plataformas, as coisas mudaram
de tal forma em que o quadro que até antes os sistemas GNU/Linux se
encontravam foi praticamente “invertido”; atualmente encontram-se
disponíveis para as nossas necessidades uma boa quantidade e variedade
de aplicações e utilitários para o uso geral. A disponibilidade numérica e de
recursos destas podem variar de acordo com a área de atuação e com o
sistema operacional à ser comparado. Em destaque existem ótimas
ferramentas para o suporte à redes (e Internet) e o desenvolvimento de
programas em geral 1, enquanto que em alguns outros campos ainda
encontram-se em estágio de amadurecimento, porém ansiosamente
aguardados para que preencham nossas expectativas em um tempo não
muito distante.
Em virtude da existência destas inúmeras aplicações – o que nos acarreta na
impossibilidade de descrever todas –, nesta parte focaremos as principais
necessidades dos usuários domésticos e indicaremos pelo menos 3 opções
de programas adequados à esta necessidade (ou quando existirem), optando
por descrever os melhores de sua categoria e descrevendo as principais
intervenções necessárias (instalação, configuração, etc.) para colocá-los em
perfeito funcionamento. Em cada capítulo será focado uma área específica
(por exemplo a Internet), que por sua vez será subdividida em classes de
atividades (discadores, navegadores, gerenciadores de correio, etc.) e por
fim serão selecionados os aplicativos para estes propósitos, tendo a
descrição de sua características, finalidades, limitações e outras instruções
que se façam necessários.
Contamos mais uma vez com a opinião e retorno dos leitores e usuários para
que nas próximas edições disponibilizemos instruções para novas aplicações
que preencham lacunas disponíveis neste livro ou que produzam melhores
resultados às já descritas neste livro.

1 Estes programas foram desenvolvidas em grande parte por programadores


voluntários que utilizavam a Internet para se corresponderem e coordenarem um
trabalho em equipe. É bastante lógico que houvesse uma certa tendência para que
estas aplicações se tornassem maduras tão cedo.

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I. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS

INTRODUÇÃO
Apesar da grande diferença entre o processo de instalação de aplicativos
dos sistemas GNU/Linux em comparação ao Windows, a realização destas
atividades não é lá um bicho de 7 cabeças, apesar da necessidade de se
obter alguns conhecimentos técnicos. Neste capítulo apenas iremos
conhecer os requisitos básicos necessários para o bom aproveitamento e
desenvoltura na instalação de aplicativos descritos nos capítulos seguintes.

PROCESSOS DE INSTALAÇÃO
Conforme visto na 5a. Parte: Gerenciamento de Programas, existem três
formas de realizar a instalação de um programa, através de:
1. Pacotes pré-compilados;
2. Pacotes binários;
3. Compilação do código-fonte.

PACOTES COMPILADOS

Os pacotes compilados – como o próprio nome diz – contém em si os


arquivos-base dos programas codificados em língua de máquina,
encontrando-se pronto para a utilização. Para a utilização dos mesmos no
Slackware, estes por sua vez subdivide-se em três categorias:

PACOTES NATIVOS DO SLACKWARE


São pacotes compilados para a utilização de uma distribuição específica ou
que possua as ferramentas de gerenciamento compatíveis deste formato. No
caso do Slackware, os pacotes nativos para a distribuição são armazenados
no formato .TGZ.
Para instalar um pacote nativo do Slackware, utilizamos a seguinte sintaxe:
# installpkg PACOTE-[VERSÃO].tgz

PACOTES DO FORMATO RPM


São pacotes reservados para serem manipulados especificamente pelo o
gerenciador RPM. Podem ser compatíveis apenas para uma ou diversas
distribuições. Conforme as exigências da norma LSB, todos as distribuições
deverão suportar o gerenciador de programas RPM. No Slackware, este se
encontra presente desde da sua versão 8.1.
Para instalar um pacote RPM no Slackware, utilizamos a seguinte sintaxe:

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# rpm -ivh PACOTE-[VERSÃO].rpm --nodeps

O parâmetro --nodeps é extremamente necessário pelo fato do RPM realizar


uma consulta de pendências em seu banco de dados, que por sua vez por
não existir, impossibilita a instalação sob a alegação da existência de
diversas pendências.

PACOTES BINÁRIOS

São pacotes pré-compilados que não são empacotados com a utilização de


ferramentas de gerenciamento de programas. Alguns destes possuem
utilitários de instalação, que podem ser binários executáveis ou scripts;
como outros que bastam apenas descompactá-los em /usr/local e criar um
atalho para o seu executável em /usr/local/bin para que possamos
disponibilizá-los para os usuários do sistema.
Aplicações livres como o OpenOffice.org, Mozilla, Blender, entre outros,
geralmente são disponibilizados neste formato; também boa parte (senão a
maioria) dos programas proprietários fazem uso deste formato.2

CÓDIGO-FONTE
Como todos já sabem, a compilação do código-fonte é o processo o qual
converte o código-fonte do programa para uma linguagem que possa ser
entendida pela máquina. Nos sistemas GNU/Linux, a compilação de pacotes
com o código-fonte é realizada através dos comandos...
# ./configure
# make
# make install

... muito simples rápida e na maioria das vezes muito eficiente, podendo
ainda serem abreviados com...
# ./configure && make && make install

Em algumas circunstâncias dada a simplicidade da compilação do pacote,


sequer teremos à disposição o script configure, bastando apenas digitar...
# make
# make install

... onde sem maiores complicações teremos o programa disponível.


Esta operação à batizaremos como COMPILAÇÃO CLÁSSICA ou COMPILAÇÃO
PADRÃO (alguns ainda à chamam por COMPILAÇÃO MANUAL), pois em virtude de
existirem muitas aplicações que necessitam da utilização de parâmetros
BÁSICOS para a instalação, omitiremos estas instruções e descreveremos
apenas estes termos, diminuindo com isto o tempo gasto com instruções

2 Infelizmente devido às diferenças técnicas e/ou desenvolvimento das distribuições,


as aplicações comerciais normalmente são “obrigadas” à adotar este formato, para
que seus produtos sejam suportados por todas elas “universalmente”.

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repetitivas. Iremos descrever todo o método de compilação apenas quando
houver parâmetros especiais e detalhes específicos necessários para a
instalação da aplicação em questão.

SOBRE O CHECKINSTALL
Sabemos que para realizar o processo básico para a compilação de
programas deveremos utilizar os comandos do processo de compilação
clássica, e para desinstalar, basta apenas utilizar o comando...
# make uninstall

Porém nem sempre os pacotes disponibilizados fornecem o recurso de


desinstalação, o que poderá acarretar alguns inconvenientes para a remoção
do programa. Além disso, ficará difícil gerenciar as aplicações instaladas
externamente, já que não teremos as entradas registradas para que o
gerenciador de pacotes visualize-as no sistema.
Para sanar estas deficiências, existe o utilitário Checkinstall, que ao
substituir o comando make install, criará um pacote no formato nativo do
Slackware (.tgz) e instalará automaticamente no sistema, onde teremos à
mãos as facilidades proporcionadas pelas ferramentas de gerenciamento de
pacotes da distribuição. Neste caso, ao invés de utilizar os comandos
padrões para a compilação clássica, poderemos utilizar...
# ./configure
# make
# checkinstall -y

O Checkinstall encontra-se disponível na pasta /extra dos CD-ROMs de


instalação da distribuição à partir da versão 9.0 ou no FTP oficial, onde
bastará instalar o pacote compilado normalmente. Para maiores
informações, consultem a 5a. Parte: Gerenciamento de Programas ->
Conversão de pacotes e programas compilados.
✔ <http://asic-linux.com.mx/~izto/checkinstall/>.

PENDÊNCIAS X PLUGINS
Pendências são programas e/ou bibliotecas especiais que visam fornecer um
conjunto de recursos para a utilização do programa principal, onde
geralmente são indispensáveis para o seu perfeito funcionamento. Já os
plugins são apenas extensões que acrescentam funcionalidades extras ao
programa principal (que o requer para estas necessidades).
Os principais programas que fazem o uso de plugins são os navegadores de
Internet e os tocadores multimídia. Estes devemos ter maior atenção
quando decidir por utilizá-los, pois necessitam tando da satisfação de suas
pendências quanto à instalação de bibliotecas e APIs para prover de
excelentes recursos e ótimo desempenho. Para obter maiores informações,
consultem a 5a. Parte -> Gerenciamento de Programas.

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SOBRE A METODOLOGIA ADOTADA

OMISSÃO DE INSTRUÇÕES PARA PROCEDIMENTOS PADRÕES

Conforme pudemos observar, existem métodos distintos de instalação de


acordo com o formato do pacote disponibilizado. No caso dos formatos pré-
compilados nativos do Slackware e do gerenciamento de pacotes RPM, o
processo é relativamente simples e fácil, onde não teremos maiores
complicações. Até mesmo o processo de compilação clássica não exige
maiores conhecimentos. Por este motivo omitiremos estas instruções para
tornar esta obra compacta, evitando assim por instruções repetitivas.

INCLUSÃO DE INSTRUÇÕES COMPLEXAS E DETALHADAS

Para pacotes binários e pacotes com o código-fonte que necessitam de


parâmetros extras – e que possuem procedimentos diferenciados de acordo
com o programa – manteremos todas instruções de instalação e
configuração necessárias para por o programa em perfeito funcionamento.

DISPONIBILIDADE DE APLICATIVOS

Além disso, em virtude da necessidade de algumas mudanças e inclusão /


exclusão de alguns aplicativos em cada nova versão do Slackware, muitas
destas estarão disponíveis em algumas versões e outras não, e para facilitar
o desenvolvimento deste guia, optamos por incluir instruções para a
instalação de todos os aplicativos citados. Apenas àqueles que pertencem
aos tradicionais ambientes gráficos KDE e Gnome é que não terão instruções
de instalação detalhadas de acordo com a seção anterior.

OPÇÃO POR PACOTES PRÉ-COMPILADOS

Por questões de comodidade e conforto, verifiquem se os pacotes dos


programas desejados estejam disponíveis para a instalação os pacotes pré-
compilados na distribuição ou no FTP oficial desta. Caso contrário, na seção
referente ao aplicativo informaremos o endereço eletrônico da página oficial
do projeto, para que possamos visitar a seção Download e obter os pacotes
necessários para a instalação.
Se não tivermos disponíveis os pacotes pré-compilados, optem por binários;
se não houver; infelizmente teremos que nos contentar com a utilização do
código-fonte, onde felizmente teremos instruções detalhadas para a sua
instalação, caso estes não utilizem o método de compilação clássica. &;-D

PREPARAÇÃO DOS PACOTES


Por padrão, assumiremos que cada pacote que contém o código-fonte esteja
descompactado no diretório padrão especificado pela FHS:

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/usr/local/src

Para efeito de consulta e aprendizado, a descompressão pode ser realizada


da seguinte forma:
Pacotes .tar.gz Pacotes .tar.bz2 Pacotes .zip
# tar -xpzvf [PKG].tar.gz # tar -xpjvf [PKG].tar.bz2 # unzip [PKG].zip

Outro bom recurso está na utilização do gerenciador de arquivos Konqueror,


onde bastará clicarmos com o botão direito do mouse sobre os pacotes e
utilizar as funcionalidades de extração disponíveis.

Seleção das opções do menu rápido do Konqueror. Aqui vemos realçada a opção criar
arquivo .tar.gz com o gzip. Da mesma forma, poderemos também realizar a
descompressão.

Para obterem mais detalhes sobre a descompressão de arquivos, consultem


a 6a. Parte: Ambientes Gráficos -> KDE – The K Desktop Envirounment.
Já as aplicações tradicionais que se encontram disponíveis na distribuição,
como o Gimp, o Mozilla, o KDE, o LILO, etc., não terão seus processos de
instalação descritos; somente quando deixarem de integrar a distribuição ou
na existência de circunstâncias especiais. Porém serão mantidas instruções
para a configuração de algumas modificações e inclusão de funcionalidades
e extensões extras necessárias.

A EXECUÇÃO DOS PROGRAMAS


Uma questão importante está nas instruções para a execução das aplicações
disponíveis no sistema, caso a nomenclatura do arquivo executável seja a
mesma que o nome dado ao aplicativo. Serão omitidas as instruções para
todas as aplicações que possuem seus executáveis com a mesma
nomenclatura que o nome do projeto. Por exemplo...

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A execução...
Gimp gimp
Mozilla mozilla
KWrite kwrite
... não terão instruções para a sua execução, onde neste caso os usuários
deverão estar previamente instruídos de que deverão utilizar o mesmo nome
do projeto em minúsculo para carregar os aplicativos desejados. Somente
terão descritas estas instruções quando a nomenclatura do executável for
diferente do nome do aplicativo em questão ou utilizar letras maiúsculas
para evocá-lo. Por exemplo...
A execução...
KDevelop gideon
Downloader for X d4x
Glade glade-2
Outra questão importante está na execução destes programas. Para evitar a
perda de tempo com a repetição de instruções básicas para a execução do
programa, ao invés de indicar o atalho o qual se encontra o executável de
cada aplicativo nos ambientes gráficos KDE e Gnome, optaremos apenas por
solicitar em evocá-los através da utilização da linha de comando...
$ [NOME_DO_PROGRAMA]

... ou das caixas de diálogos disponíveis para carregar aplicativos.

CONCLUSÃO
As recomendações aqui descritas neste capítulo são essenciais para o bom
aproveitamento do usuário nos próximos capítulos à seguir, pois o nosso
interesse, em virtude da grande quantidade de instruções, é otimizar ao
máximo possível a obra, tornando-a compacta e assim sua leitura será uma
atividade interessante e agradável ao invés desta – conforme dito
anteriormente – se tornar um verdadeiro marasmo com instruções básicas e
repetitivas. Esperamos que compreendam esta atitude, onde poderão
retornar com opiniões e comentários que melhor lhes convier.
Para obter informações adicionais sobre todo o processo de gerenciamento

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de programas, consulte a 5a. Parte: O Gereciamento de Programas.

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II. INTERNET
INTRODUÇÃO
Um dos maiores motivos que levam os consumidores a comprar de um
computador é o desejo de obter acesso à Internet e ter à sua disposição
todos os privilégios que ela oferece. Porém a palavra Internet, ao se
encontrar íntimamente ligada à outros termos, tais como Internet Explorer,
Outlook Express, Kazaa, entre outros, traz a sensação de que ela existe
somente para a plataforma Windows3, dando a impressão de que será bem
mais difícil ou menos prazeroso acessar a grande teia mundial pelos
sistemas GNU/Linux e suas aplicações. Muitos usuários novatos que
desconhecem estes elementos freqüentemente perguntam “se existe muita
diferença em acessar a Internet pelo Linux...” ou “se teremos as mesmas
funcionalidades que são disponíveis ao Windows...”, deixando à entender
tais considerações acima citadas.
Felizmente isto é um grande engano! Os sistemas GNU/Linux possui uma
grande variedade de aplicações disponíveis na grande maioria das
distribuições, disposta de tal forma que somente nos será necessário a sua
correta configuração para o nosso entretenimento, sem gastar preciosos
minutos com a obtenção de diversos outros programas para esta finalidade.
Isto veremos detalhadamente nas próximas seções! &;-D

DISCADORES
Não há somente a necessidade de instalar e configurar corretamente o
modem, como também a definição das propriedadas para realizar a
discagem para o provedor de acesso. Para isto, os sistemas GNU/Linux
contam em suas distribuições diversos discadores para esta atividade.

PREPARATIVOS INICIAIS

CARREGAMENTO DE MÓDULOS

Certifiquem-se de que os módulos PPP para conexão discada estejam


préviamente carregados. Como superusuário do sistema, digitem:
# lsmod

Dentre os módulos disponíveis, deverão constar os seguintes:


ppp_async 7552 0 (unused)

3 No Brasil, são aproximadamente 5% os computadores dos quais dispõe instalado o


sistema GNU/Linux para o usuário final. Face à este público reduzido, o investimento
de grandes empresas provedores de acesso são direcionados tão somente para os
usuários da plataforma Windows.

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ppp_generic 15452 0 [ppp_async]

Caso não estejam disponíveis, utilize o comando modprobe para habilitá-los.


# modprobe ppp_generic
# modprobe ppp_async
# _

Para habilitá-los toda vez que o sistema é inicializado, editem o arquivo /


etc/rc.d/rc.modules e incluam estas linhas:
modprobe ppp_generic
modprobe ppp_async

Pronto! Agora é só realizar a discagem. Geralmente estes módulos são


carregados por padrão, quando habilitada a ferramenta de autodetecção
Hotplug na instalação do Slackware, à partir da versão 9.0.

GRUPOS DE ACESSO

Outro ponto importante está na inclusão do usuário para o grupo uucp. Para
isto, digitem na linha de comando...
# groups [USUÁRIO]
darkstar: users mysql
# _

... e verifique quais são os grupos os quais o usuário pertence. Após isto,
bastam redefinirem os grupos com o comando usermod,...
# usermod -G uucp,[GRUPO2],[GRUPO3] [NICK_DO_USUÁRIO]

... mantendo as definições anteriores e acrescentando o grupo uucp.


# groups darkstar
darkstar: users uucp mysql
# _

EM MODO TEXTO

PPPD (SLACKWARE)
O Slackware possui sua ferramenta nativa de configuração, o PPPD, um
programa relativamente fácil de usar e configurar.

17/150
Pppsetup.

A CONFIGURAÇÃO

Para configurar o discador, basta evocá-lo com o comando...


# pppsetup

... e seguir as instruções do utilitário.

Modo de discagem e números do telefone.

Esta parte é bem simples. Basta digitar o número do telefone do provedor


de acesso , precedido antes dos seguintes caracteres:
• atdt -> Discagem por tom;
• atdp -> Discagem por pulso.
Por exemplo, para realizar uma discagem por tom ao provedor iG, devemos
definir o número de discagem conforme mostrado na figura acima.

Definição do device do modem.

Nesta seção deveremos identificar em qual porta o modem se encontra. É


recomendado que se crie o atalho /dev/modem apontando para o device
correto, e assim selecionar a 1a. opção para a configuração do PPPD.

18/150
Definição da taxa de conexão.

Neste ponto deveremos informar a capacidade máxima de conexão dos


modens atuais. Atente-se para a especificação do periférico e selecione as
opções corretamente. Os modens atuais suportam entre 115200 e 57600
bps.

Callback.

Callback é um serviço especial dos provedores de acesso os quais retornam


a ligação após efetuada uma discagem para acesso à Internet, para a
confirmação da conexão e autentificação da senha. Caso não saiba se o seu
provedor suporta este serviço, simplesmente selecione NO + <ENTER>.

Strings de inicialização.

Para melhorar a velocidade e qualidade da conexão, algums modens


possuem uma seqüência de caracteres específicas para o equipamento.
Consulte na página do fabricante ou em endereços eletrônicos
especializados quais são as strings de seu periférico e informe ao utilitário
de configuração. Por padrão são utilizadas as strings ATZ.

19/150
Definição de strings de inicialização personalizada.

Sem muito mistério, nesta parte deverá ser informado o domínio do


provedor de acesso, bastando apenas remover as iniciais http://www. O
exemplo acima citado mostra a definição do provedor de acesso iG
<http://www.ig.com.br/>.

Definição do DNS do provedor de acesso.

IP do provedor de acesso, que pode variar de acordo com o provedor


utilizado. Entre em contato com o provedor para obter as informações
desejadas.

Seleção do modo de autenticação

Geralmente a maioria dos provedores utilizam a autenticação PAP/CHAP.


Caso não saiba, experimente inicialmente estes dois. Se estiver tudo certo, a
conexão ocorrerá sem maiores problemas.

Definição do Nick (apelido) do usuário.

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Nesta parte, deverá ser informado o nome (apelido) do usuário para realizar
a autentificação. Digite apenas os caracteres antes de @.[PROVEDOR].

Definição da senha de acesso.

Com certeza esta é a parte mais fácil. Basta apenas digitar a senha de
acesso. Após percorridas todas as etapas, será mostrado as alterações
lançadas no arquivos de configuração do discador.

Conclusão do processo, onde são mostradas as definições realizadas.

Estes parâmetros estão gravados nos arquivos /etc/ppp/pppsetup.txt e /


etc/ppp/options (que poderá ser editado quando necessário).
#### A copy of this text can be found in: /etc/ppp/pppsetup.txt ####
#### Look at the /usr/doc/pppsetup/pppsetup-1.98.README. ####

# _

A CONEXÃO / DESCONEXÃO

Após termos completado todo o procedimento de configuração da discagem,


bastará digitarmos na linha de comando...
# ppp-go

... e aguardar os resultados obtidos durante a conexão.


Para se desconectar, bastam apenas utilizar o comando ppp-off.
# ppp-off

/ETC/PPP/OPTIONS
Todas os parâmetros passados ao utilitário pppsetup são armazenadas no
arquivo /etc/ppp/options, o qual pode ser alterado conforme necessidade.

21/150
# General configuration options for PPPD:
lock
defaultroute
noipdefault
modem
/dev/modem
115200
crtscts
# Uncomment the line below for more verbose error reporting:
#debug
# If you have a default route already, pppd may require the other side
# to authenticate itself, which most ISPs will not do. To work around
this,
# uncomment the line below. Note that this may have negative side effects
# on system security if you allow PPP dialins. See the docs in /
usr/doc/ppp*
# for more information.
#noauth
passive
asyncmap 0
name "[USUÁRIO]"

Dentre as alterações necessárias, poderão haver circunstâncias da


realização do comentário da linha referente à opção lock, ficando desta
forma:
# lock

Isto se faz necessário pelo fato de alguns discadores simplesmente não


funcionarem se esta linha estiver sem comentários.

WVDIAL
De todos os discadores existentes, o WvDial é um do mais fácil de utilizar,
dispensando a realização de ajustes e configurações complicados.
Conforme descrito em sua documentação, o discador WvDial requer as
seguintes ferramentas, de mesma ou versão superior:
• gcc 2.7.2, com suporte à g++;
• make 3.75;
• A biblioteca WvStreams (extremamente importante).
Para instalar o WvDial, deveremos instalar antes a biblioteca WvStreams,
baixando o código-fonte e realizando a compilação clássica. Em, seguida
proceder com o processo de compilação clássica com o código-fonte do
discador, apenas omitindo a execução do script ./configure, por não existir.
# make
# make install (ou checkinstall -y)

Para configurar o WvDial, inicialmente deveremos utilizar o comando...


# wvdialconf /etc/wvdial.conf

22/150
... para que o programa detecte os modens existes no sistema e suas
respectivas portas seriais. Ao final do processo, serão exibidas as seguintes
mensagens:
# wvdialconf /etc/wvdial.conf
Scanning your serial ports for a modem.

Port Scan<*1>: Scanning ttyS4 first, /dev/modem is a link to it.


ttyS4<*1>: ATQ0 V1 E1 -- OK
ttyS4<*1>: ATQ0 V1 E1 Z -- OK
ttyS4<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 -- OK
ttyS4<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 -- OK
ttyS4<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 -- OK
ttyS4<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 +FCLASS=0 -- OK
ttyS4<*1>: Modem Identifier: ATI -- 5601
ttyS4<*1>: Speed 4800: AT -- OK
ttyS4<*1>: Speed 9600: AT -- OK
ttyS4<*1>: Speed 19200: AT -- OK
ttyS4<*1>: Speed 38400: AT -- OK
ttyS4<*1>: Speed 57600: AT -- OK
ttyS4<*1>: Speed 115200: AT -- OK
ttyS4<*1>: Max speed is 115200; that should be safe.
ttyS4<*1>: ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 +FCLASS=0 -- OK
ttyS0<*1>: ATQ0 V1 E1 -- failed with 2400 baud, next try: 9600 baud
ttyS0<*1>: ATQ0 V1 E1 -- failed with 9600 baud, next try: 115200 baud
ttyS0<*1>: ATQ0 V1 E1 -- and failed too at 115200, giving up.
Port Scan<*1>: S1 S2 S3 S5 S6 S7 S8 S9
Port Scan<*1>: S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 S17
Port Scan<*1>: S18 S19 S20 S21 S22 S23 S24 S25
Port Scan<*1>: S26 S27 S28 S29 S30 S31 USB0 USB1

Found a modem on /dev/ttyS4, using link /dev/modem in config.


Modem configuration written to /etc/wvdial.conf.
ttyS4<Info>: Speed 115200; init "ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 +FCLASS=0"

# _

Em algumas circunstâncias poderão ser exibidas algumas mensagens do


tipo...
*** WARNING! Line "115200"
in /etc/ppp/options may conflict with wvdial!

Apesar de ser apenas um aviso, apenas o ignoramos e utilizamos o WvDial


normalmente.
Após este procedimento, basta condicionar o arquivo /etc/wvdial.conf de
acordo com os dados solicitados.
[Dialer Defaults]
Modem = /dev/modem
Baud = 115200
Init1 = ATZ
Init2 = ATQ0 V1 E1 S0=0 &C1 &D2 +FCLASS=0
ISDN = 0
Modem Type = Analog Modem
; Phone = <Target Phone Number> [TELEFONE DO PROVEDOR]

23/150
; Username = <Your Login Name> [APELIDO DA CONTA DE ACESSO]
; Password = <Your Password> [SENHA DA CONTA DE ACESSO]

Por último, para conectar-se, basta utilizar...


$ wvdial

✔ <http://open.nit.ca/wiki/index.php?page=WvDial>.
✔ <http://open.nit.ca/wiki/index.php?page=WvStreams>.

EM MODO GRÁFICO

KPPP
O KPPP é o discador oficial do ambiente gráfico KDE, que alia beleza e
praticidade, além de ser simples e fácil de configurar e utilizar.

KPPP.

Para configurar o KPPP, deveremos clicar no botão Configurar e navegar


através das abas para definirmos os atributos necessários para uma boa
navegação. Apesar da existência de inúmeros parâmetros, a maioria das
intervenções estão previamente configuradas como padrão para a maioria
dos equipamentos; além disso, são de fácil entendimento, onde acreditamos
não existir necessidade de instruções adicionais.
Para utilizar o KPPP, certifiquem-se de que possuem uma conta pré-
configurada para a conexão, além de alguns ajustes necessários. Caso
positivo, basta selecionar a conta, digitar a autenticação e a senha e clicar
em Conectar. Caso contrário, basta apenas criar uma nova conta, que por
sua vez o processo é tão simples e fácil que dispensa comentários! &;-D
✔ <http://ktown.kde.org/~kppp/>.

GPPP
Baseado no GTK, com uma aparência similar ao famoso KPPP e ainda com as
mesmas funcionalidades, GPPP é outra ótima opção de discadores para
Internet.

24/150
Tela obtida na página oficial do projeto.

Com uma interface simples e bastante similar ao KPPP, basta apenas definir
as configurações básicas para utilizar o discador.
Para instalar o GPPP, basta utilizar o processo clássico de compilação, porém
certifique-se de que as bibliotecas gnome-libs e libgnomeui se encontram
previamente instaladas. Outro requerimento indispensável é o Wvdial.
✔ <http://mfcn.ilo.de/gppp/>.

PROBLEMAS MAIS FREQÜENTES

“Conecto-me, mas não consigo navegar...”


Isto ocorre com freqüência devido à inexistência de alguns dados do
provedor de acesso em /etc/ppp/resolv.conf. Para isto, editem o arquivo...
# mcedit /etc/ppp/resolv.conf

... e adicionem as seguintes linhas:


search [ENDEREÇO_DO_PROVEDOR]
nameserver [DNS_PRIMÁRIO]
nameserver [DNS_SECUNDÁRIO]

Tomemos como exemplo os dados do provedor de acesso iG:


search ig.com.br
nameserver 200.225.157.104
nameserver 200.225.157.105

Salvem as alterações realizadas e a navegação entrará em vigor.

OBSERVAÇÕES FINAIS

Alguns discadores (em especial do modo gráfico) oferecem recursos de


visualização da conexão realizada, tais como taxa de conexão, tempo, etc.
Apesar de dispensáveis, podem ser extremamente uteis para uma melhor
administração.
Caso não opte por utilizar os discadores padrões do Slackware, fique à
vontade e realize uma pesquisa mais minuciosa sobre os demais disponíveis.
Com certeza encontrarão algum que agradem profundamente.

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A FAMÍLIA MOZILLA
A fundação Mozilla nasceu com apenas um objetivo: desenvolver uma suíte
de aplicativos livre à partir da abertura do código-fonte do Netscape em
1998. Com o aperfeiçoamento da engine Gecko, nasce um dos maiores
projetos livres: a suíte Mozilla.
✔ <http://www.mozilla.org/>.
✔ <http://www.mozilla.org.br/>.
✔ <http://br.mozdev.org/>.

COMPONENTES

A SUÍTE MOZILLA
A suíte Mozilla não se resume apenas em um navegador para a Internet, e
sim em um conjunto de aplicativos e utilitários específicos para prover ao
internauta ótimos recursos que facilitam sua vida na Internet.
As aplicações que compõe a suíte são:
• O navegador Mozilla;
• O cliente de correio Mozilla Mail;
• O editor HTML visual Mozilla Composer;
• O cliente de bate-papos Mozilla Chat;
• E um livro de endereços.
Para acioná-los também ir ao menu e selecionar as opções disponíveis.

Além destes, foram desenvolvidas outras aplicações baseadas no código-


fonte: O Firefox e o Thunderbird.

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MOZILLA NAVIGATOR

Versão em inglês do navegador, disponível em praticamente todas as distribuições.

Sem maiores comentários, é o navegador propriamente dito.

MAILS & NEWSGROUPS


O cliente de correio eletrônico Mails & Newsgroups da suíte do Mozilla – e
também conhecido popularmente como Mozilla Mail – possuem vastos
recursos para o gerenciamento de mensagens.

1a. Inicialização do Mozilla Mail.

Ao ser inicializado, inicialmente será apresentado um assistente de


configuração, onde bastará apenas responder as questões solicitadas.

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MOZILLA COMPOSER
Estas como excelentes suítes de aplicações para a Internet, com certeza não
poderia faltar uma aplicação para o desenvolvimento de páginas em HTML.
Em destaque entra em cena o aplicativo-componente Composer.

Uma simples edição utilizando o Composer.

Dentre suas características está incluso um recurso interessante, a opção


“Publishing”, que possibilita o usuário salvar as páginas desenvolvidas
diretamente em seu endereço eletrônica, bastando apenas ter acesso
(permissão) para efetuar a operação.

CHATZILLA
Outra ótima opção de utilitário para IRC é o ChatZilla, uma das aplicações
pertencentes à suíte Mozilla.

Chatzilla.

Dentre as facilidades, está na possibilidade de pré-configurar a aplicação


com sua conta e provedor favoritos para que conecte-se automaticamente
após a abertura do programa. Lembre-se de que estas opções também são
da caixa de diálogo para a configuração do Mozilla, bastando apenas acessar

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o menu Edit -> Preferences... e na seção ChatZilla, proceder com os ajustes
desejados. Sabendo-se disto, não há necessidade de executar o ChatZilla
para configurá-lo.

MOZILLA CALENDAR

Calendário do Mozilla.

Sem maiores comentários, este é o gerenciador de contatos do Mozilla.

O FIREFOX & THUNDERBIRD


Ciente da preferência de diversos usuários em ter somente as
funcionalidades de navegação para a Internet e/ou o gerenciamento de
mensagens, o Projeto Mozilla resolveu desenvolver à partir do código-fonte
do Mozilla dois aplicativos simples, prático e de excelente performance. Daí
nasceu o que conhecemos hoje como o Firefox e o Thunderbird.

Firefox 1.0. Thunderbird 1.0.

O FireFox, conhecido também como Phoenix e FireBird, foi desenvolvido


tendo como base o próprio código-fonte do Mozilla, porém customizado de
forma à garantir a utilização de pouquíssimos recursos de hardware para

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execução. Dispõe somente dos recursos mais básicos para realizar a
navegação pela Internet, onde a vantagem de se obter um ótimo
desempenho é notada sensívelmente em equipamentos obsoletos. Já o
Thunderbird nasceu com os mesmos preceitos do irmão Firefox: prover aos
usuários um cliente de correio simples, prático e básico, com bons recursos
básicos e pouca demanda de processamento.
Além das tradicionais ferramentas disponíveis nos navegadores, o Firefox
também traz recursos interessantes como a extensão de suas
funcionalidades através das extensões e inúmeros temas para enfeitar sua
aparência. Possui ainda uma poderosa ferramenta de busca para textos de
uma determinada página, além da barra de busca do Google. Já o
Thunderbird possui eficientes mecanismos para bloquear mensagens
indesejadas.

A INSTALAÇÃO

Por padrão, o Mozilla acompanha grande parte das distribuições, e com o


Slackware não poderia ser diferente. Porém, a versão que se encontra
presente está em inglês. Para utilizarmos a versão em português, obtenham-
na no endereço eletrônico oficial brasileiro.
Antes de instalar, certifiquem-se de que se encontra desinstalada a versão
que acompanha o sistema. Para isto, digitem:
# removepkg mozilla
-//-

Descompactem o pacote obtido e entrem no diretório criado. Como


superusuário, executem o instalador do aplicativo e sigam suas instruções.
# ./mozilla-installer

Assistente de instalação do Mozilla.

À partir deste ponto basta apenas seguir as instruções do instalador gráfico.


Por ser intuitivo e de fácil compreensão, não há necessidade de instruções
mais detalhadas. O Firefox também é instalado de maneira idêntica,
bastando apenas executarmos seu instalador gráfico:

30/150
# ./firefox-installer

Assistente de instalação do Firefox.

Basta apenas seguir as instruções do assistente de instalação.


Por último, para instalar o Thunderbird, deveremos apenas descompactá-lo
em /usr/local e criar um atalho simbólico para o executável em /usr/local/bin:
# cp thunderbird-[VERSÃO] /usr/local
# tar -xpzvf thunderbird-[VERSÃO]
# rm thunderbird-[VERSÃO]
# ln -s /usr/local/thunderbird/thunderbird /usr/local/bin/thunderbird

Sem maiores mistérios, bastará que os usuários carreguem normalmente o


cliente de correio eletrônico, evocando-o. Vejam isto na seção à seguir

A EXECUÇÃO

Além das entradas disponíveis no menu principal do KDE e Gnome, podemos


executar o Mozilla através de sua evocação com a utilização de parâmetros
especiais. Vejam a sintaxe:
$ mozilla [PARÂMETROS]

Por ser uma suíte de aplicações, poderemos executar cada uma delas
utilizando parâmetros específicos ao evocá-lo. Veja:
Parâmetros & Funções
-edit Executa o editor Composer, aplicativo para a edição de
páginas HTML. Pode-se também definir o endereço (URL) da
página para ser editada.
-mail Executa o gerenciador de correio eletrônico.
-addressbook Executa o gerenciador de endereços eletrônicos.
-jsconsole Executa o console JavaScript.
Já o Firefox e o Thunderbird poderão ser carregados apenas evocando o seus
executáveis, lembrando-se que também encontram-se disponíveis suas

31/150
respectivas entradas nos principais ambientes gráficos (KDE / Gnome).
$ firefox
$ thunderbird

A CONFIGURAÇÃO

Como toda e qualquer boa aplicação, as opções de configuração padrão


destas aplicações estão centralizadas em uma caixa de diálogo no menu
principal, em -> Editar -> Preferências.

Preferências do Mozilla. Preferências do Firefox.

Existem diversas opções disponibilizadas de fácil entendimento, onde não há


necessidade de mais instruções para melhor compreensão.

GERAIS

BLOQUEIO DE JANELAS POPUPS

Um ajuste interessante no Firefox – e agradável na grande maioria dos casos


– está na exibição das janelas popup, que é desativada por padrão.
Dependendo das circunstâncias, será necessário que estas janelas estejam
ativas para visualizarmos conteúdos específicos – como mensagens de
WebMais, por exemplo.

Bloqueio de popups no Firefox.

Para ativá-la, deveremos ir na seção Web Features e desmarcar a caixa


Block Popup Windows. No Mozilla também encontra-se disponível em sua
caixa de configuração, na seção Privacidade -> Popups.

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PLUGINS
Plugins são extensões que adicionam funcionalidades extras aos aplicativos.
No Mozilla, existem diversos tipos, que permitem a execução de applets
Java, apresentações Flash, etc., diretamente no navegador, sem a
necessidade de um programa adicional.
Todos os plugins geralmente ficam armazenados nos diretórios padrões do
Mozilla, neste caso /usr/lib/mozilla/plugins/ ou /usr/local/lib/mozilla/plugins/.
Já o Netscape, estes ficam em /usr/lib/netscape/plugins/. A instalação destes
seguem logo abaixo.

JAVA
Certifique-se de então possuir a JRE instalado no sistema. Caso contrário vá
ao endereço eletrônico oficial da Blackdown, e na seção Download, escolha
um espelho para obter o pacote. Após baixado o pacote, basta instalá-lo
normalmente. Para maiores informações, consulte nesta parte o capítulo
Programação e Desenvolvimento.
Com o pacote instalado, basta apenas criar o seguinte atalho:
$ cd /home/[USUÁRIO]/.mozilla/plugins
$ ln -s /usr/java/j2re[VERSÃO]/plugin/i386/ns610/libjavaplugin_oji.so

✔ <http://www.blackdown.org/>.

FLASH
Para adicionar suporte ao Flash no Mozilla, vá ao endereço eletrônico oficial
do projeto e obtenha o pacote flash_linux.tar.gz. Descompacte-o e copie os
arquivos binários para a pasta /usr/lib/mozilla/plugins/. Caso utilize outra
versão do Mozilla adquirida separadamente da distribuição, este diretório
deverá estar situado em /usr/local/mozilla/plugins/. Ao reiniciar o navegador,
o suporte ao Flash estará automaticamente habilitado.
✔ <http://www.macromedia.com/shockwave/download/alternates/>.

REALPLAYER
Antes de mais nada, deveremos ir ao endereço oficial e baixar uma versão
recente do RealPlayer e instalá-la normalmente. Para maiores informações
deste processo, consultem o capítulo Imagem, Som e Multimídia.
Após instalado o programa, copiem o arquivo rpnp.so para a pasta de
plugins do Mozilla (que pode ser usr/lib/mozilla/plugins/ ou
usr/local/mozilla/plugins/). Feito isto, deveremos apenas abrir uma página
qualquer com conteúdos de vídeo neste formato, para que seja feita a sua
reprodução.
✔ <http://scopes.real.com/real/player/unix/unix.html>.

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TEMAS
As temáticas decorações da interface podem ser ajustadas conforme nossas
preferências. No Mozilla, deveremos acessar o menu Editar -> Preferência ->
Aparência -> Temas.

Caixa de diálogo Configurações do Mozilla.

Ao escolhermos o tema Modern, o navegador exibirá um aviso informando


que os efeitos estarão ativados na próxima inicialização. Deveremos fechálo
e reiniciá-lo novamente...

... para apreciar a sua nova aparência... moderna! O mesmo poderá ser feito
tanto no Firefox quanto no Thunderbird, bastando para isto apenas baixar os
temas no menu Ferramentas -> Temas.

34/150
Caixa de diálogo “Temas” do Firefox.

No exemplo acima temos disponível o tema Plastikfox Crystal SVG já


baixado anteriormente, para melhor exemplificar. Poderemos obter mais
temas na página Mozilla Update.

Firefox utilizando o tema Plastikfox Crystal SVG.

Basta selecionarmos de acordo com a categoria desejada.


✔ <http://update.mozilla.org/>.

EXTENSÕES
Extensões são funcionalidades adicionais que visam extender os recursos
dos aplicativos. Apesar de terem sido desenvolvidos inicialmente para serem
simples, leves e rápidos, o Firefox e o Thunderbird poderão ter diversos
outros recursos e facilidades graças à instalação destes adicionais.
Ao iniciarmos o Firefox, vá no menu Ferramentas -> Extensões, e na caixa
de diálogo seguinte, cliquem em Baixar mais extensões.

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Firefox acessando o site Mozilla Update, para a instalação de temas e extensões.

À partir daí é só selecionar as extensões desejadas. Lembrem-se de que, no


Firefox, basta clicarmos no atalho para baixar a extensão e
automaticamente instalá-lo no navegador. Já no Thunderbird, deveremos
seguir os mesmos passos, porém ao clicar em Instalar, ele abrirá uma nova
caixa de diálogo para apontarmos a localização da extensão préviamente
baixada.

Caixa de diálogo para abrir arquivo, do Thunderbird.

✔ <http://update.mozilla.org/>.

OBSERVAÇÕES FINAIS

O Mozilla, o Firefox e o Thunderbird conquistaram inúmeros adeptos não só


em sistemas GNU/Linux, como também em diversos outros sistemas
operacionais - inclusive o próprio Windows. E a tendência nos próximos anos
é que sua adoção continuará em um bom ritmo de crescimento, pelo fato da
adição de constantes melhorias, facilidades e recursos, além da tão desejada
segurança. Além disso, a Microsoft não dispõe mais atualizações – até o
momento – de seu navegador, o Internet Explorer, onde sua última versão
(6.0) data-se ainda de 2002.

36/150
NAVEGADORES
Os navegadores são aplicativos indispensáveis para a visualização de
páginas eletrônicas na Internet. Dentre os principais destacam-se o Mozilla, o
Netscape, o Konqueror, o Epiphany e o Galeon, além de diversos outros com
características específicas, como o Lynx e Links4. Existem também outros
que não se encontram disponibilizados no CD-ROM de instalação do
Slackware, como por exemplo o Ópera e o FireFox.
Disponbilizaremos apenas as informações e instruções para uso de cada
navegador disponível, deixando ao usuário a liberdade de escolher o que lhe
melhor convier.

KONQUEROR
Desenvolvido por David Faure (empregado da distribuição francesa
Mandrake), o Konqueror é o navegador padrão do ambiente gráfico KDE, que
apesar de algumas críticas, também é uma excelente opção para navegar na
Internet.

Konqueror.

Apesar de estar ainda um pouco distante tecnologicamente dos grandes


navegadores, o Konqueror prima pela sua simplicidade, leveza, aparência
enxuta e ótima integração com o ambiente gráfico KDE.
Um dos ajustes necessários para o perfeito funcionamento do Konqueror está
na habilitação do suporte à applets Java. Para isto, faz-se necessário apenas
indicar a localização do arquivo executável em Configurações -> Configurar
Konqueror, na seção Java & JavaScript. Basta habilitar a caixa Habilitar Java
globalmente e informar corretamente o caminho onde se encontra o arquivo
executável java. Pelo fato de estar utilizando SDK 2 da Sun, este se encontra
em /usr/java/j2sdk1.4.0/bin/java. Caso tenha instalado apenas a máquina
virtual, este se encontrará disponível em /usr/java/j2re1.4.1/bin/java.

4 Ambos são utilizados para a navegação em modo texto.

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Demonstração de applets Java, fornecida com o SDK Java.

Enfim, independente da versão do SDK ou JRE que estiver utilizando, bastará


sempre indicar o caminho onde se encontra o executável.
Realize um teste com as demonstrações fornecidas junto ao SDK na pasta
demo, disponível em /usr/java para verificar se não houve algo de errado
durante a configuração.
✔ <http://www.konqueror.org/>.

EPIPHANY
O Epiphany é o navegador padrão do ambiente gráfico Gnome.

Epiphany.

Utilizando a engine do Mozilla, este navegador apresenta uma simples e bela


interface, com todos os recursos necessários para uma boa navegação, além
excelente exibição de páginas da Internet.
✔ <http://www.gnome.org/projects/epiphany/>.

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DILLO
Ao mesmo tempo que os atuais navegadores fornecem aos usuários uma
vasta gama de recursos e flexibilidades, infelizmente estes também
consomem bons índices de memória e processamento, até pouco tempo
atrás, o Mozilla era conhecido como um grande devorador de memória RAM,
apesar desta situação estar minimizada atualmente. Para estas
circunstâncias, foram desenvolvidos diversos navegadores para a utilização
minima dos recursos de CPU e memória RAM, que entre eles merece
destaque o Dillo.

Dillo.

O Dillo é um navegador extremamente compacto, desenvolvido inicialmente


para ser utilizado em computadores de mão (Palmtop, Handhelds, etc.). Seu
principal diferencial destaca-se pelo fato de realizar renderizações das
páginas HTML de forma tão rápida que nenhum outro navegador conseguirá
obter o mesmo desempenho. Graças ào seu código compacto, consegue ser
habilitado quase que instantâneamente, mesmo que em máquinas com
poucos recursos de hardware.
Para a nossa felicidade, o pacote com o código-fonte do Dillo ocupa apenas
algo em torno de 300 kbytes, onde deveremos apenas utilizar o processo de
compilação clássica para realizar a instalação.
Infelizmente, as desvantages para a utilização do Dillo são preponderantes:
não suporta o carregamento de applets, animações em Flash, JavaScript e
má exibição de tabelas caso estas não estejam bem definidas.
✔ <http://www.dillo.org/>.

CLIENTES DE CORREIO
Um dos maiores serviços utilizados por internautas do mundo inteiro é o
envio e recebimento de mensagens de correio eletrônico.

39/150
KMAIL
O cliente de correio padrão do KDE, o KMail é outra ótima opção de
gerenciador de correio eletrônico. Com uma aparência simples, enxuta e
com disponibilidade de ótimos recursos, o KMail alia simplicidade com
eficiência, tendo em sua interface gráfica todos os elementos necessários
distribuídos de forma intuitiva e fácil de usar, ou seja, com as mesmas
concepções do próprio KDE ;-)

KMail.

Como todo bom gerenciador de correio eletrônico, no KMail estão a maioria


dos recursos básicos como a agenda de endereços, filtros, criação de pastas,
entre outros.
✔ <http://kmail.kde.org/>.

EVOLUTION
O Evolution é um dos aplicativos que compõe a suíte de escritório do
Gnome. Desenvolvido pela Ximian Inc., dentre suas principais qualidades
destaca-se por ser não somente um gerenciador de correio eletrônico, e sim
uma pequena suíte de gerenciamento pessoal que inclui uma agenda de
compromissos, livro de endereços e diversos outros recursos.5

5 Outra característica interessante é a sua incrível semelhança com o Microsoft


Outlook. Da mesma forma que seu equivalente, o Evolution também possui uma
interface bela, intuitiva e fácil de usar, além de dispor excelentes recursos gráficos
e diversos assistentes disponíveis para as principais atividades. Conta também com
ótimos recursos de ajustes e personalizações.

40/150
Tela “Reading Email” obtida na página oficial do projeto.

Por ser um aplicativo de vastos recursos, exige também uma certa carga de
desempenho, que apesar de não comprometer muito a performance do
sistema, nos restringe à uma qualidades básicas de sua categoria, como o
seu rápido carregamento. Infelizmente será necessário aguardar alguns
segundos, mas nada que comprometa a paciência dos mais afobados! &;-D
Dentre as pendências requeridas para a sua instalação estão as bibliotecas
libsoup e gtkhtml, disponíveis no FTP oficial do Projeto Gnome. Tendo em
mãos o código-fonte, deveremos apenas proceder com a compilação clássica
para cada uma delas...
# ./configure && make && make install (ou checkinstall -y)

..., onde logo em seguida os pacotes se encontrarão instalados no sistema.


Para obtermos o pacote com o código-fonte do Evolution, abram um terminal
e, autenticados como superusuário, digitem:
# wget -q -O - http://go.ximian.com |sh

Após a digitação do comando, automaticamente será baixado um script que


posteriomente executára todo o processo de instalação.
go-ximian: 1.0 (Mon Jun 9 15:09:08 EDT 2003)

Welcome to the Ximian Pre-Installer.

This script is meant to make installing Ximian Products as easy as


possible. Just read the text below, hit ENTER, and you're on your way.

Ximian Products ship with no warranty whatsoever, without even the


implied warranty of merchantability or fitness for a particular
purpose. The author and Ximian, Inc take no responsibility for the
consequences of running this script.

41/150
Please send any questions to <distribution@ximian.com>.

To install Ximian Products now, press ENTER.

To cancel, press Control-C.

Conforme as instruções do script, apenas tecle <ENTER> para iniciar a


“instalação” – na verdade, apenas iniciaremos a obtenção deste.
Serão realizadas diversas atividades, algumas com interações do usuário,
como a checagem da base de dados RPM e o espelho para a obtenção do
pacote. Basta seguir as instruções apresentadas, onde no final será exibido
uma tela indicativa do progresso da transmissão do pacote.
http://ximian.dulug.duke.edu/pub/ximian/installer/installer-i386.gz (2590K)
/var/cache/redcarpet/ins [# ] 256K | 2.48K/s

Bem, dependendo do tipo e velocidade da conexão, teremos que aguardar


alguns bons segundos (ou talvez até minutos) para que todo o pacote seja
baixado.
2652762 bytes transferred in 980.80 sec (2.64k/sec)

Installer extracted into /var/cache/redcarpet/installer-i386


Log of install will be in /var/cache/redcarpet/installer.log.20040224224834

Ao término da operação, será imediatamente inicializado um assistente


gráfico que realizará a instalação do aplicativo.

Assistente de instalação Ximian, para o Evolution.

Basta apenas responder as perguntas feitas pelo instalador gráfico, de forma


simples, prática e intuitiva.
✔ <http://gnome.org/projects/evolution/>.

BALSA
O Balsa é outro ótimo cliente de correio eletrônico. Este aplicatívo é um dos
componente da suíte de escritório do Gnome e sua interface é baseada na
biblioteca GTK, a qual lhe atribui um belo visual.

42/150
Tela “Main Window”, obtida na página oficial do projeto.

A principal característica do Balsa está na sua boa performance e velocidade,


além de se encontrar em um bom estágio de estabilidade. Outra importante
está na possibilidade de utilizar os registros do GnomeCard, livro de
endereços do Gnome. Suporta multiplas contas POP, porém somente uma
única SMTP.
Conforma as instruções da página oficial, o Balsa requer basicamente a
instalação padrão do ambiente gráfico Gnome. Outra necessidade está no
pacote libESMTP. Para instalar esta biblioteca, obtenham o código-fonte na
seção Download da página oficial do projeto e em seguida instale-o
normalmente, utilizando o processo de compilação clássica.
Para instalar o Balsa, deveremos ajustar as opções de compilação.
# ./configure [PARÂMETROS]

Bastaria rodarmos o script ./configure, mas caso queiram prover suporte à


algum dos recursos abaixo, deveremos utilizar os seguintes parâmetros:
Opções Funções
--enable-gtkhtml HTML.
--with-gss GSS.
--enable-ldap LDAP.
Consultem a documentação do código-fonte para maiores instruções.
Terminada a execução do script, basta concluirmos o processo com...
# make
# make install (ou checkinstall -y)

Logo em seguida, o programa estará devidamente compilado e instalado.


✔ <http://balsa.gnome.org/>.
✔ <http://www.stafford.uklinux.net/libesmtp/>.

43/150
GERENCIANDO CONTEÚDOS DA INTERNET (DOWNLOADS)
HTTP & FTP

WGET

O wget é um gerenciador de conteúdos da Internet em linha de comando


disponível na grande maioria das distribuições existentes. Apesar de ser um
utilitário em modo texto, ele é extremamente eficiente para baixar
conteúdos tanto em HTTP quanto FTP, mesmo em conexões lentas e
instáveis, além de possibilitar realizar as operações em etapas, excelentes
para conteúdos de grande porte. Além disso, seus parâmetros fornecem
diversas opções para facilitar o processo.
Sua sintaxe básica é a seguinte:
$ wget [PARÂMETROS] [URL]

Para utilizar o wget, crie uma pasta para o armazenamento dos dados
(opcional) e entre nela.
$ mkdir [NOME_DO_DIRETÓRIO]
$ cd [NOME_DO_DIRETÓRIO]

Execute o wget, indicando o endereço do conteúdo desejado:


$ wget [FTP_OU_HTTP/ENDEREÇO/ARQUIVO_DESEJADO]

Segue abaixo alguns exemplos práticos. Para efeito de demonstração,


estaremos utilizando uma página e um repositório FTP fictícios
(<http://www.darkstar.org/> e <ftp://ftp.darkstar.org/>).
$ wget http://www.darkstar.org/download/arquivo.tar.gz
$ wget ftp://ftp.darstar.org/download/arquivo.tar.gz.

Somente com os exemplos acima citados, você poderá baixar os conteúdo


diretamente, sem quaisquer outros recursos avançados.
Além da sintaxe básica, o wget conta com inúmeros parâmetros que,
utilizados sozinhos ou em conjunto, dão ao usuários excelentes recursos para
a obtenção de conteúdos da Internet, não deixando nada à desejar aos
poderosos gerenciadores gráficos existentes!
Segue uma simples tabela com os principais parâmetros.
wget
-b Processo em 2o. plano. Todas as informações do processo serão
armazenadas no arquivo wget-log.
-c Continua um processo interrompido. Muito útil em casos de queda
de conexão, desligamento, etc.

44/150
wget
-t Utilizado em conjunto com a opção -c, quantifica a tentativa de
vezes em que o gerenciador reconecta para continuar o processo,
bastando apenas indicar o valor numérico conforme desejado.
$ wget -c -t 7 ftp://ftp.darkstar.org/arquivo.tar.gz

O valor 0 instrui o gerenciador à reconectar-se infinitivas vezes.


-r Modo recursivo. Baixa toda a hierarquia de uma página ou
repositório FTP recursivamente. Ótimo quando se deseja obter um
endereço eletrônico na máquina local ou um conjunto de pacotes de
um FTP.
-nc Cancela a operação caso já exista o arquivo especificado na
máquina local. Muito útil quando desejamos obter um conjunto de
novos arquivos de um determinado endereço, onde alguns dos
mesmos já tiveram sido baixados. Ao invés de baixá-lo novamente
e renomeá-lo com a extensão .1, o wget simplesmente o ignora e
continua a operação com o próximo arquivo. Òtimo para ser
utilizado com a opção -r.
-A / -R Aceita / rejeita um determinado tipo de arquivo, especificado pela
sua extensão. Deve ser utilizado com a opção -r, para que
possamos especificar um determinado tipo de arquivo desejado. Por
exemplo, para apenas obter os pacotes .tgz de um FTP:
wget -r -A "*.tgz" ftp://ftp.darkstar.org/

Com o parâmetro -R, o comando funcionará de forma inversa ao


acima especificado.
Estes são apenas algumas das funcionalidades disponíveis no wget. Para
maiores informações, consulte a sua documentação.
✔ <http://www.gnu.org/software/wget/wget.html>.

KGET
Uma belíssima interface gráfica para o wget.

KGet.

Componente do ambiente gráfico KDE, poderemos realizar as principais

45/150
operações de forma simples e fácil, onde ainda teremos a vantagem de
utilizá-lo integrado com o navegador Konqueror.
✔ <http://kget.sourceforge.net/>.

DOWNLOADER FOR X
Uma excelente ferramenta para gerenciamento de conteúdos, o Downloader
for X combina a facilidade da utilização de uma interface gráfica com os
poderosos recursos oferecidos por ele, comparáveis à famosas aplicações
como o GetRight e Go!Zilla para Windows.

Tela “Preferences Windows”, obtida na página oficial.

Dentre suas inúmeras características, está no suporte à inúmeros recursos


para a obtenção de conteúdos da Internet, como a interação com a área de
transferência (que possibilita copiar qualquer atalho do navegador para a
área, onde será aberto o utilitário para a obtenção do arquivo referente),
filtragem de arquivos desejados, atribuição de sons e ícones para
notificação, ordenação da listagem de conteúdos desejados, entre outros.
Para instalar o programa, basta utilizar o processo de compilação clássica.
Para executá-lo, basta evocá-lo com o comando...
$ d4x

✔ <http://www.krasu.ru/soft/chuchelo/>.

MENSAGENS INSTANTÂNEAS – ICQ E IRC


Além dos tradicionais gerenciadores de correio eletrônico, a Internet
também nos provê outro recurso bastante interessante de comunicação
Trata-se do envio de mensagens eletrônicas, como o IRC, ICQ, etc. Nesta
categoria temos ótimas opções de aplicativos, que por sua vez podem
suportar uma ou mais tecnologias.

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MULTI-FUNÇÕES

KOPETE
O Kopete é o mensageiro oficial do KDE, que se encontra disponível à partir
da versão 3.2 do ambiente gráfico.

Kopete.

Dentre suas características está o suporte à praticamente todos os


protocolos existentes, desde o ICQ até o MSN, além da possibilidade de
utilizar plugins para estender seus recursos.
Para as versões do KDE anteriores à 3.2, será necessário realizar a
instalação do Kopete. Com o código-fonte do programa disponível, bastará
apenas utilizar o processo de compilação clássica. Para àqueles que utilizam
o KDE, será criado um atalho para o aplicativo na seção Internet, bastando
apenas um simples clique para executar o programa.
✔ <http://kopete.kde.org/>.

GAIM
O Gaim é o mensageiro oficial do ambiente gráfico Gnome.

Tela da 1a. inicialização do Gaim.

Da mesma forma que o Kopete, o Gaim suporta inúmeros protocolos, além a

47/150
simplicidade e facilidade de utilizar, sendo também um componente
agregado ao ambiente gráfico Gnome. Caso não o tenham instalado, baixem
o código-fonte e realizem o procedimento de compilação clássica.
✔ <http://gaim.sourceforge.net/>.

SIM-ICQ
Abreviatura de Simple Instant Messenger, o SIM-ICQ é outra ótima opção de
aplicativo para mensagens instantâneas com suporte ao protoloco ICQ,
suportando também outros como Oscar, Jabber, LiveJournal, MSN e Yahoo!.

1a. Inicialização do SIM-ICQ, após a sua instalação.

Dentre suas principais características está no uso da biblioteca Qt e


integração ao ambiente gráfico KDE (opcional). Existem também versões
para Windows e MacOS X.
O SIM-ICQ pode ser instalado basicamente utilizando o processo de
compilação classica. Porém poderemos optar por não integrá-lo com o
ambiente gráfico KDE. Para isto, rodem o script configure com o parâmetro...
# ./configure --disable-kde

Este comando irá instruir o sistema à realizar a configuração do pacote para


ser compilado sem as bibliotecas do KDE. Após isto, dar continuidade ao
procedimento de compilação clássica.
Para carregá-lo, bastará evocá-lo com o comando...
$ sim

✔ <http://sim-icq.sourceforge.net/>.

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ICQ

LICQ
O Licq é um (excelente) clone do famoso gerenciador de mensagens
instantâneas para os sistemas GNU/Linux. Dentre suas características, está o
suporte à peles (skins), utilização de diferentes interfaces gráficas e de ser
um aplicativo de fácil utilização.

Licq.

Para instalarmos o Licq, poderemos optar por diversos pacotes disponíveis


na página oficial do projeto, porém o que nos interessa é apenas a versão do
código fonte completo e estável. Com o código-fonte devidamente
descompactado, entrem no diretório e digitem...
./configure --with-kde

... para iniciar o processo de configuração. O parâmetro --with-kde é


necessário para que o programa utilize as bibliotecas do ambiente gráfico
KDE. Após isto, deveremos concluir o procedimento de compilação clássica...
# make
# make install (ou checkinstall -y)

Ao término da instalação, veremos a seguinte mensagem.


-//-
Licq daemon installed successfully.

For more help on running Licq and using plugins, see doc/README.
See HINTS for some Licq advanced features.
Protocol plugins are also found in the plugins/ directory.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
**********************************************************************
*** Now enter the plugins directory and build the GUI plugin. *
*** If you want the default Qt GUI go to plugins/qt-gui. *
*** Unoffical GTK+ interfaces are available from www.licq.org. *
*** You must do this in order to have a graphical interface! *
**********************************************************************

49/150
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
-//-

Isto quer dizer que necessitaremos de uma interface gráfica para rodar o
Licq, onde algumas se encontram num diretório chamado plugin, o qual em
seu interior possui os códigos-fontes das principais interfaces existentes.
# ls -l
total 6
drwxr-xr-x 7 root root 624 2004-04-05 07:29 auto-reply
drwxr-xr-x 6 root root 600 2004-04-05 07:29 console
drwxr-xr-x 2 root root 128 2002-01-23 04:45 CVS
drwxr-xr-x 6 root root 576 2004-04-05 07:29 jons-gtk-gui
drwxr-xr-x 9 root root 832 2004-04-05 07:29 qt-gui
drwxr-xr-x 6 root root 616 2004-04-05 07:29 rms
# _

Bastará escolhermos qualquer um destes, entrar no diretório e realizar o


procedimento de compilação clássica.
# cd plugins/qt-gui
# ./configure –with-kde && make && make install (ou checkinstall -y)

Por padrão, o Licq utiliza a interface gráfica qt-gui, mas nada nos impede de
utilizar as demais. &;-D
✔ <http://www.licq.org/>.

IRC

KSIRC
O KSirc é um excelente cliente de IRC.

KSirc.

Por ser integrante do ambiente gráfico KDE, basta apenas instalá-lo para ter
o aplicativo disponível no sistema.

50/150
X-CHAT
Outro bom programa para IRC, o X-Chat, que também possibilita a
comunicação com diversos usuários graças aos recursos disponíveis em sua
interface.

X-Chat.

Dentre suas características está a utilização da biblioteca GTK e boa


estruturação das caixas de diálogo para a configuração do aplicativo.
O pacote com o código-fonte que acompanha o X-Chat é pequeno (menos de
700 kbytes) e relativamente rápido de baixar, e com a simples utilização do
processo clássico de compilação, em poucos instantes o programa já estará
disponível no sistema. As opções gerais de configuração se encontram no
menu Configurações -> Preferências.

Configurações -> Preferências, do X-Chat.

Já para realizar definições personalizada na lista de servidores, será


necessário acessar o menu X-Chart -> Lista de Servidores....

51/150
Seleção dos servidores disponíveis.

Com um pouco de paciência e algumas intervenções, em poucos minutos


estaremos conversando com diversos usuários desta tecnologia! &;-D
✔ <http://www.xchat.org/>.

ENDEREÇOS IMPORTANTES

✔ <http://go.icq.com/> e <http://go.icq.com/register/>.

DESENVOLVIMENTO DE PÁGINAS PARA INTERNET


HTML – HIPERTEXT MAKTUP LAGUANGE
O HTML – “Linguagem de marcação de hipertexto”, como é conhecido por
todos nós – é largamente utilizado para a criação de páginas de Internet.
Dentre suas principais características está a utilização de tags formatadoras
que definirão como deverá ser exibido as informações (textos).

EDITORES VISUAIS

Atualmente o desenvolvimento de páginas em HTML é realizado com a


utilização de editores visuais ao bom e velho estilo WYSWYG – pronuncia-se
“wiz-e-wig” – que significa “o que você escreve, é o que você vê”). Para
estas atividades temos as aplicações Ginf, Composer (Mozilla / Netscape) e
Writer/Web (OpenOffice).

GINF
Acrônimo de Ginf Is Not FrontPage, o Ginf é um simples editor de páginas
HTML com perfil bem parecido do Mozilla / Netscape Composer.

52/150
Tela obtida na página oficial.

Em destaque possui todas as funções básica de edição tanto visual quanto


de código, além de ser simples e muito fácil de usar. Possui também maior
leveza (requer menos carga de processamento) em comparação aos
concorrentes de sua categoria.
Até o presente momento o Ginf utiliza a antiga biblioteca GTK1, porém já
está em fase de desenvolvimento uma nova versão para usufruir dos
recursos da GTK2.
Para instalarmos o Ginf, deveremos utilizar o comando...
# ./install-sh 1

... e para desinstalar...


# ./install-sh 2

Dentre seus requerimentos está a biblioteca gnome-libs. Portanto, verifique


se esta encontra-se disponível no sistema.
✔ <http://ginf.sourceforge.net/>.
✔ <http://www.ndeepak.info/stuff/vtu/ginf/index.php>.

OPENOFFICE.ORG WRITER
Além dos recursos gerais de editoração de textos, o componente da suíte de
escritório OpenOffice.org Writer também pode ser utilizado para a editoração
de páginas HTML.
Infelizmente suas limitações técnicas e seu acabamento final não tornam
este aplicativo recomendado para a criação de páginas profissionais. Porém
para aplicações básicas e triviais, o editor se mostrado muito eficiente. Além
disso podemos converter qualquer documento desenvolvido em
OpenOffice.org para uma página em HTML (ou ainda converter qualquer
documento do Microsoft Office para HTML).
✔ <http://www.openoffice.org>.

53/150
EDITORES DE CÓDIGO

Apesar de estarem sendo “substituídos” pelos editores visuais, os editores


de código HTML ainda continuam sendo bastante usados, graças à
possibilidade de se obter um código enxuto e bem organizado.
Entre os principais editores de código existentes, encontram-se o Bluefish,
Quanta e Screem.

BLUEFISH
O Bluefish é o mais antigo de todos os editores de páginas HTML para os
sistemas GNU/Linux, onde o mesmo é baseado na biblioteca gráfica GTK.

Bluefish.

Dentre suas características está excelentes recursos de integração com


outras linguagens, como o PHP. Com ele, a criação de códigos será uma
tarefa agradável, tanto para usuários iniciantes quanto avançados.
Apesar de encontra-se disponível na maioria das distribuições existentes,
infelizmente o Bluefish não está incluso no Slackware, onde será necessário
obter o pacote com o código-fonte e instalá-lo, utilizando o processo de
compilação clássica.
✔ <http://bluefish.openoffice.nl/>.

QUANTA
O Quanta é outra grande opção para a editoração de páginas em HTML, que
por sua vez é baseado na biblioteca Qt.

54/150
Quanta.

Da mesma forma que o Bluefish, o Quanta oferece vastos recursos para a


edição de códigos HTML, oferecendo também à partir da versão 3 opções de
módulos para desenvolver páginas em outras linguagens.
Para a nossa felicidade, o Quanta é um componentes integrante do
ambiente gráfico KDE desde a versão 3.1, onde não há a necessidade de sua
instalação.
✔ <http://quanta.souceforge.net/>.

SCREEM
Mais um excelente editor de códigos para desenvolvimento de páginas em
HTML, similar em recursos e funcionalidades em comparação ao Quanta e
BlueFish.

Tela “main editor”, obtida da seção Screenshot da página oficial.

O editor possui todas as características desejadas de um excelente editor de


códigos, tendo em destaque um modo de visualização da página, além de
várias modelos e assistentes para a rápida criação de escopos.

55/150
Dentre os requerimentos do Screem, o principal está no fato de que
deveremos ter disponível o ambiente gráfico Gnome, face à necessidade de
utilização de suas bibliotecas. Para instalá-lo basta somente utilizarmos o
processo de compilação clássica.
✔ <http://www.screem.org/>.

CONCLUSÃO
A quantidade de aplicativos, utilitários e ferramentas para o uso na Internet
é imensa, bastando o usuário selecioná-las de acordo com sua preferência.
Apesar disto, muitas dessas aplicações não se encontrarão disponíveis na
nossa distribuição, ou apenas algumas de acordo com uma categoria
específica (um discador, um navegador, um cliente de ICQ, etc.). Mas não há
nada que nos desespere, pois basta consultar esta documentação e verificar
onde se encontram seus respectivos pacotes para baixar na rede. É para isto
que este livro se destina! &;-D

56/150
III. SUÍTES DE ESCRITÓRIO

INTRODUÇÃO
A elaboração e editoração de documentos de escritório estão entre as
aplicações mais utilizadas por usuários domésticos no mundo inteiro. Seus
aplicativos são popularmente chamados de suítes de escritório, pois em
virtude dos mais diversos tipos de documentos existentes, existe um
aplicativo para cada função que por sua vez são agrupados em um pacote,
ou seja, uma suíte.
Atualmente a maioria esmagadora de usuários utilizam a suíte de escritório
Microsoft Office, graças à sua excelente qualidade e o domínio supremo do
Windows como sistema operacional para estações doméstica e de trabalho.
Neste capítulo iremos conhecer as principais opções de suítes de escritórios
existentes para os sistemas GNU/Linux.

AS SUÍTES DE ESCRITÓRIOS
Nos sistemas GNU/Linux existem ótimas opções de aplicativos de código
aberto disponíveis para a produção de documentos de escritório, e em
destaques encontram-se o OpenOffice.org, o KOffice e o Gnome Office, dos
quais iremos conhecer detalhadamente cada um deles e obter informações
indispensáveis para sua instalação e configuração.

OPENOFFICE.ORG
Originado do código-fonte da suíte StarOffice6, OpenOffice.org é atualmente
a mais completa suíte de escritório existente, não só para os sistemas
GNU/Linux, como também para a grande maioria dos sistemas operacionais
para o qual foi portado.
✔ <http://www.openoffice.org/>.
✔ <http://www.openoffice.org.br/>.

6 O código-fonte proveniente do projeto do OpenOffice.org originou-se da abertura do


código-fonte do StarOffice, uma suíte de escritório desenvolvida pela empresa
alemã StarDivison, que posteriormente foi vendida para a Sun Microsystem,
transformando-a em um programa gratuito apenas para o uso não comercial – isto
na versão 5.1 – e inclusive sendo distribuído em algumas distribuições, como a
Conectiva Linux 4.0. Já na versão 5.2, a suíte passou a ser totalmente gratuita, tanto
para uso doméstico quanto comercial, porém ainda com o código fechado. Após um
certo tempo, a Sun decidiu então liberar o código-fonte do StarOffice dentro dos
termos das licenças GPL e SISS – Sun Industry Source License – sendo que esta
última permite a comercialização pela Sun de uma suíte de escritório baseada nas
melhorias aplicadas ao então recém nascido OpenOffice.org. Graças à esta
iniciativa, nasceu o StarOffice 6.0, uma suíte de escritório não gratuita baseada na
suíte OpenOffice.org, porém com algumas ferramentas e fontes proprietárias.

57/150
✔ <http://br-pt.openoffice.org/>.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

A interface dos aplicativos que compõe a suíte OpenOffice.org e a disposição


de seus recursos são bastante semelhantes ao aplicativos da suíte Microsoft
Office. Graças à estas características, o processo de migração dos usuários
da suíte da Microsoft para esta suíte de código aberto têm sido possível e
sem maiores dificuldades.
Outro grande atrativo desta suíte está na presença de filtros maduros para a
conversão de documentos gerados pela suíte Microsoft Office. Basta apenas
navegarmos no menu Arquivo -> Abrir e selecionar o arquivo “.doc”, “.xls”,
ou “.ppt” desejado. Porém a conversão de documentos com gráficos,
imagens e estilos complexos podem sofrer perda de detalhes importantes,
apesar das melhorias proporcionadas nestas últimas versões. Além disso,
estes filtros não suportam as macros em Visual BASIC, apesar de preservá-
las. Infelizmente, o OpenOffice.org também não suporta (até o presente
momento) os arquivos gráficos gerados pelo CorelDRAW!.

COMPONENTES
Os principais aplicativos que compõe a suíte OpenOffice.org são:
OpenOffice.org
Writer Editor de textos e páginas HTML.
Calc Planilha eletrônica.
Impress Editor de apresentações.
Draw Editor de gráficos vetoriais.
Math Editor de fórmulas matemáticas.
Existem também outros os atalhos para a alterar as opções de instalação da
impressora e respectivas fontes para uso do aplicativo, além do acesso aos
modelos de documentos existentes.

Menu K -> OpenOffice.org 1.1.0

REQUERIMENTOS
Para obtermos uma boa performance do sistema na utilização desta suíte, os

58/150
mínimos requisitos necessários para o sistema são um processador Pentium
II 400 Mhz ou equivalente, 300 mbytes livres no disco rígido e pelo menos
64 mbytes de memória RAM, sendo 128 mbytes o recomendável para obter
um desempenho confortável.

A INSTALAÇÃO

O OpenOffice.org pode ser adquirida diretamente página oficial do projeto,


bastando apenas baixar um arquivo compactado em torno de 80 mbytes. Se
desejarmos obter a versão em português, poderemos baixá-la diretamente
das representações brasileiras.
Para instalar o OpenOffice.org, deveremos descompactar o pacote baixado e
executar um dos dois scripts específicos: um para a instalação monousuário
(setup) ou outro para a instalação multiusuário (install).
-//-
-rw-r--r-- 1 root root 13339 2004-02-02 21:46 f_0405
-rw-r--r-- 1 root root 16490 2004-02-02 21:46 f_0406
-rw-r--r-- 1 root root 19039 2004-02-02 21:46 f_0407
-rw-r--r-- 1 root root 61392 2004-02-02 21:46 f_0408
-rw-r--r-- 1 root root 249 2004-02-02 21:46 f_0409
-rw-r--r-- 1 root root 5974 2004-02-02 20:59 f_0410
-rw-r--r-- 1 root root 10498 2004-02-02 20:59 f_0411
-rw-r--r-- 1 root root 132629 2004-01-20 19:31 f_0412
-rw-r--r-- 1 root root 28530 2004-01-20 19:31 f_0413
-rw-r--r-- 1 root root 2602 2004-01-20 19:31 f_0414
-rw-r--r-- 1 root root 5742 2004-01-20 19:31 f_0415
-rw-r--r-- 1 root root 7902 2004-02-02 21:46 f_0416
-rw-r--r-- 1 root root 77108 2004-02-02 21:00 f_0417
-rw-r--r-- 1 root root 1873 2004-02-02 21:46 f_0418
-rw-r--r-- 1 root root 2013 2004-02-02 21:46 f_0419
-rwxr-xr-x 1 root root 3601 2004-02-02 21:01 install
-rwxr-xr-x 1 root root 7700 2004-01-20 22:38 LICENSE
-rwxr-xr-x 1 root root 8244 2004-01-20 22:38 LICENSE.html
-rwxr-xr-x 1 root root 14731 2004-01-20 15:56 README
-rwxr-xr-x 1 root root 15210 2004-01-20 15:56 README.html
-rwxr-xr-x 1 root root 103539 2004-01-20 20:51 setup
-rw-rw-r-- 1 root root 448299 2004-02-02 21:46 setup.ins
-rw-r--r-- 1 root root 169686 2004-01-20 15:55
THIRDPARTYLICENSEREADME.html
# _

Para executar a instalação em modo monousuário, deve-se abrir um terminal


e executar o comando setup autenticado como usuário, onde o processo de
instalação é realizado normalmente, porém todo os arquivos da suíte serão
instalados dentro do diretório padrão deste usuário (/home/[USUÁRIO]/
OpenOffice.org[VERSÃO]). Basta apenas seguir as instruções do instalador
para realizar a instalação da suíte sem grandes dificuldades.
$ ./setup

Caso seja necessária a instalação do OpenOffice.org para diversos usuários,


a execução do script setup será um procedimento não recomendado, pois irá

59/150
ocupar um grande espaço em disco. Para resolver este problema, existe o
modo multiusuário, do qual para ser habilitado basta executar o comando
install, autenticado como superusuário.
# ./install

À partir deste ponto, os arquivos-base do programa serão instalados em uma


pasta padrão dentro do diretório /usr/local, também com a nomenclatura
OpenOffice.org[VERSÃO]. Após a instalação, deveremos entrar neste
diretório autenticado como usuário comum e executar o atalho setup.
$ cd /usr/local/OpenOffice.org[VERSÃO]/
$ ls -l
total 180
drwxrwxrwx 3 root root 112 2004-04-20 23:36 help/
drwxrwxrwx 7 root root 8736 2004-04-20 23:37 program/
lrwxrwxrwx 1 root root 13 2004-04-21 10:35 setup ->
program/setup*
drwxrwxrwx 21 root root 512 2004-04-20 23:37 share/
lrwxrwxrwx 1 root root 15 2004-04-21 10:35 spadmin ->
program/soffice*
-rwxrwxrwx 1 root root 169686 2004-01-20 02:10
THIRDPARTYLICENSEREADME.html*
drwxrwxrwx 16 root root 392 2004-04-20 23:36 user/
$ _

A partir deste ponto o processo de instalação seguirá similar ao modo


monousuário, incluindo a criação de sua pasta específica, porém somente
serão gravados os atalhos específicos para a execução do aplicativo-base e
alguns arquivos de configuração específicos para o usuário.

A CONFIGURAÇÃO

Após iniciar qualquer aplicativo do OpenOffice.org, cliquem no menu


principal e acessem Ferramentas -> Opções. Será inicializada uma caixa de
diálogo com todas as opções de configuração disponíveis e centralizadas.

Opções de configuração do OpenOffice.org.

Não existe muito mistério no processo de ajustes e configurações do


OpenOffice.org. Basta apenas navegarmos nesta estrutura de opções e

60/150
otimizá-las de acordo com nossas preferências.

PROBLEMAS MAIS FREQÜENTES

Abaixo, segue a solução de alguns problemas mais freqüentes aos usuários


do OpenOffice.org.

O OpenOffice.org não apresenta acentuação


Basta autenticar-se como como superusuário e acrescentar as seguintes
variáveis no arquivo de configuração geral /etc/profile:
### Acentuacao do OpenOffice.org ###
alias portuguese.br=pt_BR.ISO.8859-1
export LANG=pt_BR
export LC_TYPE=pt_BR
export LC_MESSAGES=pt_BR

Após isto, basta realizar novamente a autenticação no sistema para que as


alterações entrem em vigor.
Ao invés de exportar as três variáveis acima, existe a opção de se utilizar a
variáve LC_ALL...
export LC_ALL=pt_BR

... porém não tivemos resultados satisfatórios quando experimentamos.

As fontes dos docs do MS Office estão diferentes no


OpenOffice.org
Uma das principais reclamações de usuários novatos que migram para o
OpenOffice.org é a irregularidade das fontes exibidas no sistema pelo fato
do sistema não possuir as fontes utilizadas no documento. Infelizmente o
OpenOffice.org também não possui as fontes TrueType utilizadas no
Windows, porém poderemos utilizar estas fontes nos sistemas GNU/Linux (e
conseqüentemente no OpenOffice.org), caso tenhamos uma licença de uso
do Windows (e ainda uma partição com este sistema operacional instalado).
Para isto, consultem a 6a. Parte: Ambientes Gráficos -> Operações e ajustes
afins, onde lá estarão disponíveis as explicações para a instalação de fontes
TrueType do Windows em sistemas GNU/Linux.

Ao inserir um objeto em 3D, a imagem fica “borrada” ou o


aplicativo trava
Isto ocorre freqüentemente porque possívelmente existe algum problema
com a configuração de vídeo: os drivers da placa podem não estar
corretamente configurados, podem ser instáveis ou ainda apresentar
qualquer outro tipo de anomalia.
Inicialmente experimentem instalar drivers atualizados ou utilizar novos
drivers compatíveis. Caso não dê certo, acessem novamente o menu, opções
Ferramentas -> Opções e na seção Exibir, desmarquem a caixa Usar OpenGL

61/150
em Visualização 3D. Isto com certeza resolverá o problema.

OBSERVAÇÕES FINAIS

Conforme instruções do próprio projeto, para evitar problemas relacionados


ao uso da marca, a utilização do termo OpenOffice.org é altamente
recomendada ao invés dos termos OpenOffice e Open Office. Eis o motivo de
estar descrito desta forma neste livro – em muitas materiais técnicos,
veremos apenas a expressão OpenOffice.org.
Outra recomendação importante é quanto ao logotipo do projeto, onde pode
ser utilizado pela comunidade somente sob autorização da Sun Microsystem,
seu detentor, lembrando ainda que este não pode ser utilizado parcialmente
ou de forma alterada. Além disso, caso desejarem disponibilizar uma cópia
da suíte de escritório à terceiros, deveremos utilizar um logotipo especial
intitulado Community Distributor, que poderá ser obtido em:
Por último, caso queiram obter maiores informações sobre a suíte, consultem
no endereço eletrônico oficial a seção FAQ. Lá encontraremos estas e muitas
outras questões interessantes que poderão auxiliar-nos bastante! &;-D
✔ <http://www.openoffice.org/banners/community_distributor.gif>.
✔ <http://www.openoffice.org.br/faq1.php>.

KOFFICE
O KOffice é uma excelente suíte de escritório integrada que pertence ao
ambiente gráfico KDE. Leve, simples e com um ótimo acabamento, porém
ainda se encontram algumas limitações, como por exemplo a conversão de
documentos gerados pelo Microsoft Office.
✔ <http://www.koffice.org/>.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

Dentre suas principais características, está a forte integração com o


ambiente gráfico KDE, por ser parte integrante do projeto. Ela também se
encontra bastante estável e madura em suas últimas versões.
Conforme já dito, infelizmente o resultado da conversão de documentos
originados pelo Microsoft Office não é dos melhores, onde na maioria das
vezes poderemos apenas obter o conteúdo texto destes. Em caso de
conversões de formatação e gráficos, a suíte deixa bastante à desejar.

COMPONENTES
Os principais componentes do KOffice são:

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KOffice
KWord Editor de textos.
KSpreadsheet Planilha eletrônica.
KPresenter Editor de apresentações.
KOntour Gráficos vetoriais (desenhos).
KIllustrator Editor de gráficos vetoriais.
Karbon14 Editor de gráficos vetoriais.
KChart Gerador de gráficos.
Kívio Editor de fluxograma.
Kugar Gerador de relatórios para aplicações KDE.
Como podem ver, além das tradicionais ferramentas KWord, KSpreadsheet e
KPresenter, temos ótimas ferramentas disponíveis para diversas outras
necessidades, como o Kchart, Kívio e o Kugar.

REQUERIMENTOS
Os mínimos requerimentos do sistema necessários para rodar as aplicações
desta suíte são um equipamento dotado de um processador Pentium 200
Mhz com 64 mbytes de memória RAM, levando em consideração o
carregamento das bibliotecas gráficas Qt.

A INSTALAÇÃO

Durante a instalação do Slackware, o pacote referente à suíte KOffice é


mantido por padrão, necessitando apenas executar os aplicativos disponíveis
no menu K -> Escritório.

A CONFIGURAÇÃO

Por padrão, o KOffice é disponibilizado ao sistema em seu idioma original.


Para ajustá-lo para o português, deveremos instalar o pacote koffice-i18n-
pt_BR-[VERSÃO]-noarch.tgz. Tenha em mãos o 2o. CD-ROM de instalação do
Slackware ou baixe o pacote acima indicado.
Partindo do princípio de que temos disponível os CD-ROMs de instalação,
coloquem na bandeja da unidade o 2o. CD-ROM e utilizem os comandos...
# mount /dev/cdrom
# cd /mnt/cdrom/slackware/kdei/

Em seguinda, instalem o pacote...


# installpkg koffice-i18n-pt_BR-[VERSÃO]-noarch.tgz

Por último, ajustem o KDE para o nosso idioma (se já não estiver feito).

63/150
Assim, automaticamente o KOffice estará configurado, graças à sua
integração com o ambiente gráfico. Lembrem-se também que a
nomenclatura do pacote pode variar com o exemplo (fictício) acima citado.
Para realizarmos ajustes e configurações dos aplicativos da suíte, deveremos
apenas navegar nas opções disponíveis do menu Configurações e ajustar os
parâmetros de acordo com as necessidades. Sem grandes mistérios.
Para obterem maiores informações de como ajustar o idioma do KDE,
consultem nesta parte o capítulo Miscelâneos.

GNOME OFFICE
Na verdade, o Projeto Gnome não possui uma suíte de escritório integrada, e
sim apenas alguns aplicativos desenvolvidos por diversos desenvolvedores e
projetos que suprem esta necessidade, que no futuro serão incorporados à
uma suíte.

CARACTERÍSTICA TÉCNICAS

Pelo fato destes serem aplicativos independentes, iremos descrever


inicialmente os componentes seguidos das características técnicas dos
principais componentes.

COMPONENTES
Os principais aplicativos que compõe a suíte de escritório são:
Gnome Office
AbiWord Editor de textos.
✔ <http://www.abisource.com/>.
Gnumeric Planilha eletrônica.
✔ <http://www.gnome.org/projects/gnumeric/>.
Gimp Tratamento de imagens.
✔ <http://www.gimp.org/>.
Evolution Gerenciamento pessoal.
MrProject e Toutdoux Gerenciadores de projetos.
Galeon Navegador para Internet.
Balsa Cliente de correio eletrônico.
Sketch Editor de desenhos vetoriais.
Dia Editor de diagramas.
Gfax Envio e recebimento de FAX.

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O editor de textos AbiWord, desenvolvido pela Abisource, e a planilha de
cálculos Gnumeric, que é mantida pelo próprio Projeto Gnome, possuem uma
característica marcante: são muito parecidos com os aplicativos Word e
Excel, da suíte Microsoft Office.

AbiWord. Gnumeric.

O Evolution é uma ferramenta completa para o gerenciamento pessoal. Ele


integra em um único programa um gerenciador de correio eletrônico,
gerenciamento de contatos, agenda de compromissos, gerenciamento de
lista de tarefas, calendário, etc. É também bastante semelhante ao Microsoft
Outlook, outro integrante da suíte Microsoft Office. Felizmente à partir da
versão 2.0, este aplicativo passou à integrar o ambiente gráfico Gnome.
O Gimp é utilizado largamente na edição de imagens e falaremos sobre ele
mais detalhadamente no capítulo Editorações gráficas. Já os demais
aplicativos que compõe a suíte de escritório são MrProject, Toutdoux,
Galeon, Balsa, Sketch, Dia e Gfax. O Galeon e o Balsa também possuem
informações adicionais nesta parte, no capítulo Internet.

REQUERIMENTOS
Cada aplicativo necessita de um perfil de configuração do sistema específico
à cada um, porém todos são leves o suficiente para rodarem em
processadores Pentium 200 Mhz com 64 mbytes de memória RAM, levando
em consideração o carregamento das bibliotecas gráficas GTK.

A INSTALAÇÃO

Diferente do KOffice do KDE, os aplicativos do futuro Gnome Office podem


ser instalados individualmente. Além disso, pelo fato de ser aplicações
distintas, podem existir mais de um aplicativo na mesma categoria, como é
o caso do gerenciador de projetos, dos quais foram adotados o MrProject e o
Toutdoux. Todos eles se encontram na pasta gnome/ do 2o. CD-ROM de
instalação do Slackware ou no FTP oficial da distribuição.

65/150
A CONFIGURAÇÃO

Pelo fato de que os mesmos são aplicativos independentes, cada um possui


suas opções específicas de configuração, bastando apenas acessar o menu
Ferramentas -> Opções ou Editar -> Preferências, disponíveis em cada um.

SOBRE O XML
Por muitos anos, os formatos de arquivos da suíte Microsoft Office foram
"definidos"7 como padrão pelos seus usuários, em virtude de sua larga
utilização, além de na época não existia nenhum formato padrão definido
para os documentos de escritório. Enfim, nenhum escritório que se prezasse
deixava de utilizá-lo para não perder esta facilidades. Porém quando com o
surgimento de novas aplicações para editoração de escritório, houve uma
certa dificuldade para assimilação destes produtos em virtude da
diferenciação de formatos adotados entre eles. Para usuários que tiveram
necessidades de converter documentos criados em outras aplicações para a
sua suíte predileta, isto tornou-se algo bastante desconfortável, pois a
operação resultaria em algumas perdas indesejáveis. Para sanar esta
circustância, foi definido um padrão de formato universal que possibilita um
melhor intercâmbio: o XML.
O XML – Extensible Markup Language – é basicamente um subconjunto de
especificações do padrão SGML. Consiste de um formato especial que
permite descrever determinados dados (textos, planilhas, etc.) de forma
estruturada, onde cada informação poderá ser definida de acordo com suas
especificações (tags), ao invés de simplesmente constar no documento.
✔ <http://www.xml.org/>.

VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DO PADRÃO XML


As vantagens são inúmeras, mas para os usuários domésticos, os principais
ganhos obtidos são:
• Melhores resultados em sistemas buscas na Internet (Google, Cadê, etc.);
• Dados e informações organizados de forma mais prática e consistente;
• Melhor performance da rede, visto que o processamento do conteúdo é
realizado pela máquina cliente, ou seja, do usuário conectado.
De acordo com as necessidades de cada usuário, poderão haver outras
circunstâncias em que a adoção do padrão XML poderá ter ainda outras
vantagens interessantes, especialmente para desenvolvedores e
administradores de banco de dados. Mas isto não vem ao caso... &;-D

7 Isto ocorreu em virtude da grande popularidade desta suíte de escritório, pois pelo
fato de ser utilizada pela maioria esmagadora de usuários, possibilitava facilmente o
intercâmbio de informações por usar o mesmo formato de arquivo.

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SOBRE OS PADRÕES ADOTADOS PELO OPENOFFICE.ORG
O formato nativo dos documentos produzidos pela suíte OpenOffice.org
segue as definições do XML, o novo padrão mundial definido para possibilitar
o intercâmbio e inoperabilidade com os demais aplicativos existentes.
Na verdade, cada arquivo gerado pelo OpenOffice.org é apenas um conjunto
de arquivos (streams) e diretórios, dos quais contém todas informações
deste documento, tanto em conteúdo quanto informações adicionais (autor,
data, etc.). Observe atentamente o conteúdo desta estrutura:
Arquivos & Definições
manifest.xml Informações gerais (autor, data, hora, etc.).
styles.xml Definição específicas dos estilos.
setting.xml Configurações gerais (visualização, impressão, etc.).
contents.xml O documento propriamente dito.
META-INF/ Informações adicionais sobre quaisquer outros arquivos.
manifest.xml
Já os demais diretórios contém diversos objetos externos que são inseridos
no documento, como uma imagem, um texto, planilha, etc.
Diretórios & Definições
Pictures/ Imagens em seu formato nativo.
Dialogs/ Diálogos criados e usados por macros de documentos Basic.
Obj.../ Objetos (arquivos) embutidos em seu formato nativo.
É interessante notar que os objetos embutidos (planilha, textos, etc.)
permanecem com o mesmo formato que quando foram inseridos (formato
nativo).

PORTANDO DOCUMENTOS PARA OUTRAS PLATAFORMAS


Apesar das grande melhorias de compatibilidade entre os diversos formatos
existentes, existirão circunstâncias onde há necessidade de trocar conteúdos
diversos com outras pessoas, dos quais muito provavelmente foram gerados
em outros sistemas e/ou suítes. Para isto existem formatos de arquivos
especiais que visam sua portabilidade para outras plataformas, de forma que
sua visualização e impressão não fique comprometida ou diferente do
sistema onde esta foi gerada.

OS FORMATOS DE ARQUIVOS PS E PDF


Os formatos PS – Post Script – e PDF – Portable Document Format – foram
desenvolvidos pela Adobe Corporation com o objetivo de criar um formato

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de arquivo universal que possa ser distribuído para a leitura em diferentes
aplicações e plataformas, sem qualquer modificação visual do mesmo. Isto
quer dizer que poderemos visualizar seu conteúdo de forma exata à que foi
concebida em sua aplicação/plataforma original, sem quaisquer alterações
visuais ocorridas com outros formatos nestas mesmas circunstâncias.
Na prática, poderemos encaminhar quaisquer documentos para a
manipulação de terceiros, mesmo que possuam formatos que dificultam o
seu manuseio, como por exemplo a edição de cartões, envelopes, panfletos,
etc. O usuário-destino poderá imprimi-los conscientes de que não terão
problemas de ajustes de margens, tamanho de texto, fontes, etc., entre
outros inconvenientes.

GERANDO ARQUIVOS PS/PDF


Quaisquer dos formatos descritos são gerados de forma idêntica, bastando
apenas selecionar quais destes se deseja transferir o conteúdo em questão.
Os requerimentos básicos necessários para esta operação são:
• Os sistemas de impressão LPR/LPRng ou CUPS;
• Pacotes Ghostview.
Ambos já se encontram instalados por padrão na distribuição.
A forma mais simples de gerar um arquivo PS/PDF é utilizando o sistema de
impressão disponível em cada utilitário. Utilizaremos como exemplo o editor
de textos Writer (OpenOffice.org), onde o arquivo criado foi formatado
utilizando o padrão A4.

Utilizem a opção Imprimir conforme mencionado. Geralmente estas opções


estão disponíveis por padrão no menu Arquivo -> Imprimir em qualquer
aplicativo de edição.

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Observem que na caixa Nome existe uma uma opção intitulada Imprimir
para o Arquivo (PostScript): selecionem-na, pois logo abaixo em Arquivo de
saída: definiremos um caminho padrão para a impressão de documentos em
arquivos. Cliquem no ícone ao lado, onde será aberta uma nova caixa de
diálogo para digitarmos o nome do arquivo de saída. Dependendo da
aplicação, talvez haja uma listagem de opções para selecionar o formato de
arquivo desejado.

Após definirmos o nome do arquivo, cliquem em Salvar e em seguida em


Imprimir, para que a operação sejá realizada com sucesso. Ao visualizar o
arquivo gerado, notem que seu conteúdo encontra-se praticamente intacto.

69/150
A grande maioria dos usuários do sistema Windows possuem instalados (ou
instalam as versões disponíveis em CD-ROM de drivers) o utilitário Acrobat
Reader, usado para a visualização de arquivos PDF. Recomendamos a
utilização deste formato ao invés do PostScript para que tenham maiores
chances de “aceitação”, além destes possuírem um tamanho mais compacto
que facilitam o armazenamento.

CONVERTENDO ARQUIVOS PS PARA PDF


Existem duas formas de realizar a conversão de arquivos PS para PDF:
1. Visualizando o arquivo PS e realizando novamente a impressão em
arquivo deste para formato PDF;
2. Utilizando conversores de linha de comando.
A 1a. opção é a mais simples e de fácil utilização, o qual acabamos de
demonstrar como realizar; porém existirão circunstâncias não haverá
possibilidade de realizar o processo ou situações em que os arquivos
gerados serão incompatíveis com os leitores existentes.
Para estas circunstâncias indicamos a 2a. opção, onde para isto
praticamente todas as distribuições disponibilizam um pacote especial, o gs-
common, que por sua vez disponibiliza diversas ferramentas para a
conversão de arquivos PostScripts para quaisquer formatos desejados. Em
nosso caso, para converter arquivos .ps para .pdf na linha de comando,
devemos o comando ps2pdf.
Sintaxe:
$ ps2pdf [ARQUIVO].ps

Sem grandes mistérios, em poucos instantes será gerado uma versão .pdf do
arquivo .ps desejado.

FONTES TRUETYPE
As fontes TrueType disponíveis para Windows e o Microsoft Office, em
especial as fontes Arial, Times New Roman, Courier New, Comic Sans e
Verdana são largamente utilizadas pelos usuários deste sistema, e com
certeza muitos usuários que migraram para os sistemas GNU/Linux
possívelmente sentirão a falta delas. Para isto, existe a possibilidade de
utilizar tais fontes nos sistemas GNU/Linux, necessitando apenas obter
àquelas desejadas para a utilização.

INSTALAÇÃO DE FONTES TRUETYPE PELO CENTRO DE CONTROLE


Apesar da existência de diversas formas de instalação de fontes TrueType no
Slackware pela linha de comando, apenas exemplificaremos a utilização em
modo gráfico, pois até o fechamento desta edição, não tivemos tempo de
desenvolver um processo que atenda as modificações feitas nas versões

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anteriores e corrente do servidor XFree86 que dificultasse o mínimo possível
o entendimento. &;-D
De modo fácil e bem mais prático, se encontra disponível no Centro de
Controle KDE o Instalador KDE, que realiza de forma automática a instalação
de fontes TrueType no sistema, incorporando-a não só no KDE mas em todos
os ambientes gráficos que suportam o uso de fontes TrueType.

Basta indicar o caminho onde as fontes se encontram armazenadas,


selecionar àquelas desejadas e indicar em qual pasta estas deverão ser
instaladas (TTF). Após isto, cliquem em Adicionar e todas as fontes serão
automaticamente inseridas no sistema, sem maiores complicações.

SOBRE A LEGAL UTILIZAÇÃO DAS FONTES PROPRIETÁRIAS

Tal como qualquer outro aplicativo proprietário de uso comercial, as fontes


TrueType do Windows também são protegidas por leis de direitos de cópia, e
para a sua legal utilização será necessário ter a licença de uso dos
programas que contenham tais fontes, como o Windows, o Microsoft Office,
entre outros.
Muitos usuários, por não mais possuírem nenhuma licença destes programas,
utilizam as seguintes fontes nativas do sistema para substituir as principais
fontes proprietárias:
TrueType proprietárias & equivalentes livres
Arial Bitstream Vera Sans, Helvetica.
Times New Roman Bitstream Vera Serif, Times.
Courier; Courier New Courier.
Verdana Luxi Sans.
A aparência destas variam pouco, mas são suficientes para atender a grande
maioria das atividades necessárias. O grande inconveniente está no fato de

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algumas destas fontes não serem escalonáveis (não TrueType), o que
impossibilita redimensioná-las em tamanhos maiores.

Fontes não escalonáveis: Helvética e Times; Fontes escalonáveis: Courier e Luxi Sans

A figura acima mostra o acabamento de cada fonte, utilizando o


OpenOffice.org Impress. Todas estão com o tamanho de 40 pontos.
Observem o serrilhado das fontes Helvetica e Times, enquanto a Courier e
Luxi Sans apresentam aliasing.

CONCLUSÃO
Houve um tempo que as aplicações para editoração de documentos de
escritório eram poucas e precárias, tendo os antigos usuários de sistemas
GNU/Linux se contentarem à utilizar outras soluções não disponíveis para
esta plataforma. Muitos destes, durante anos, tiveram que manter dois
sistemas operacionais justamente por causa deste motivo – o próprio autor
foi um deles... &;-D
Além destas tradicionais suítes de escritório, existe também a possibilidade
da utilização da própria suíte Microsoft Office nos sistemas GNU/Linux,
utilizando para isto as implementações de APIs Wine e Codewarers Cross
Over. Para obterem maiores instruções de como instalar e configuar o Wine,
consultem a 8a. Parte: Adaptação & Flexibilidade -> Emulação de sistemas.

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IV. EDITORAÇÕES GRÁFICAS

INTRODUÇÃO
A editoração gráfica, ao lado da editoração de documentos de escritório,
estão entre as atividades de editoração mais realizadas pelos micreiros de
final de semana. Quem nunca teve vontade de reparar a foto daquele final
de semana? Ou fazer uma capa para aquele projeto da faculdade? Ou ainda
visualizar aquelas fotos baixadas daqueles endereços eletrônicos
“extremamente” particulares? com certeza estas são perguntas que não
ficarão sem respostas...
Além dos diversos aplicativos em que listamos na categoria de suítes de
escritório, existem outras diversas aplicações gráficas de excelente
qualidade. Porém devido à enorme quantidade, citaremos apenas as mais
utilizadas, deixando à cargo do usuário a pesquisa por outras aplicações,
caso se interessar.

TRATAMENTO DE IMAGENS
Geralmente, toda e qualquer operação que envolve o desenvolvimento e/ou
a edição de imagens bitmaps são classificados de tratamento de imagens.
Existem diversas programas e ferramentas para o tratamento de imagens
nos sistemas GNU/Linux, porém são poucas às que alcançaram fama e
renome. Dentre as principais, destacam-se o Gimp e ImageMagick. Dentre os
produtos proprietários, destaca-se o PhotoPaint da Corel, que infelizmente só
foi disponibilizada a versão 9.

GIMP
O Gimp – GNU Image Manipulation Program – é um dos aplicativos mais
tradicionais existentes em código-aberto. Desenvolvido inicialmente por
Spencer Kimball e Peter Mattis, possui uma excelente performance e é
comparado inclusive ao famoso Photoshop, graça à disponibilidade de
excelentes recursos. Para seu desenvolvimento, foi elaborada a biblioteca
GTK, que posteriormente serviu de base para o desenvolvimento do gestor
de janelas Gnome e muitas outras aplicações.
Aos que estão habituados à utilizar outras aplicações de tratamento de
imagens inicialmente irão estranhar a exibição de uma simples caixa de
ferramentas ao invés das telas padrões dos demais aplicativos.

73/150
Esta é a caixa de ferramentas padrão do Gimp, onde basicamente existem
diversos botões com diversas funcionalidades e dois quadrados sobrepostas
representando as cores ativas e de fundo. Não se engane, pensando que
este é apenas um simples aplicativo para circunstâncias triviais, pois
conforme a necessidade de uso, teremos acessos aos mais diversos
recursos. Basta trabalharmos com a imagem iniciada (ou aberta) e utilizar a
caixa de ferramentas do Gimp para realizar as operações necessárias,
lembrando também que um simples clique com o botão direito acima da
imagem disponibiliza os recursos presentes no menu principal.

O Gimp é um dos aplicativos mais difundidos entre os usuários GNU/Linux,


disponivel em praticamente todas as distribuições. No Slackware não
poderia ser diferente, bastando apenas instalar o pacote durante a
instalação do sistema ou, caso não tenham selecionado, montem o CD-ROM
de instalação e instalem o pacote, que se encontra na série Gnome. Se
optaremo por instalá-lo à partir do código-fonte, verifiquem se encontram
instalados os pacotes GTK+ e pkg-config, requeridos pelo aplicativo. Para
maiores informações, consultem a página oficial do projeto.
Dentre outras características configuráveis, destaca-se também a
possibilidade de expansão de muitas funcionalidades com a utilização de
plugins e scripts. Estes últimos podem ser baixados em diversos locais na
Internet, bastando apenas procurar e selecionar conforme necessário.
O formato de imagem nativo do Gimp é o XCF, que, como qualquer outro
formato nativo de aplicações para tratamento de imagens, possibilita a

74/150
manutenção das camadas editadas para que possamos continuar o trabalho
posteriormente. Sua utilização nestas circunstâncias é importante, pois caso
utilizarmos outros formatos quaisquer, todas as camadas se fundirão em
uma só, impossibilitando trabalhá-las separadamente.
✔ <http://www.gimp.org/unix/>.

IMAGEMAGICK
Além do já consagrado Gimp, outro grande destaque em tratamento de
imagens de código aberto é o ImageMagick, um conjunto de ferramentas e
bibliotecas que permite a realização de inúmeras operações.
Dentre suas características, a mais interessante é o suporte de mais de 80
formatos de arquivos, além de suportar os já consagrados PNG, GIF, JPEG,
PhotoCD entre outros.8
O ImageMagick já se encontra por padrão na grande maioria das
distribuições existentes, porém infelizmente não se encontra presente nas
versões atuais do Slackware.
Na documentação intitulada INSTALL-unix.txt que se encontra no diretório
principal, estão as instruções necessárias para a instalação do programa. Lá
eles inicialmente recomendam a execução do script de configuração ./
configure...
# ./configure

... porém lembrem-se de que existem diversos parâmetros para utilizarmos


funcionalidades específicas. Não deixem de consultá-lo caso queiram
personalizar a instalação. Pelo fato do ImageMagick suportar uma infinidade
de formatos de arquivo, no final do processo de compilação ele exibe um
quadro sobre a ativação do suporte aos formatos de arquivos suportados.
-//-
ImageMagick is configured as follows. Please verify that this
configuration matches your expectations.

Host system type : i686-pc-linux-gnu

Option Configure option Configured value


-----------------------------------------------------------------
Shared libraries --enable-shared=no no
Static libraries --enable-static=yes yes
GNU ld --with-gnu-ld=yes yes
LZW support --enable-lzw=no no
Quantum depth --with-quantum-depth=16 16

Delegate Configuration:

8 Outra característica interessante é a possibilidade de obter acesso aos seus


recursos por diversas linguagens de programação, entre elas C/C++, Java,
ColdFusion, Perl, Python, etc. Isto é possível graças à disponibilidade de funções
para uso em aplicações gráficas em sua API.

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BZLIB --with-bzlib=yes yes
DPS --with-dps=yes no (failed tests)
EXIF --with-exif=yes yes
FlashPIX --with-fpx=yes no
FreeType 2.0 --with-ttf=yes yes
Ghostscript None /usr/bin/gs (7.05.6)
Ghostscript fonts --with-gs-font-dir=default /
usr/share/ghostscript/fonts/
Ghostscript lib --with-gslib=no no
JBIG --with-jbig=yes no
JPEG v1 --with-jpeg=yes yes
JPEG-2000 --with-jp2=yes no
LCMS --with-lcms=yes no
Magick++ --with-magick-plus-plus=yes yes
PERL --with-perl=yes /usr/bin/perl
PNG --with-png=yes yes
TIFF --with-tiff=yes yes
Windows fonts --with-windows-font-dir= none
WMF --with-wmf=yes no
X11 --with-x= yes
XML --with-xml=yes yes
ZLIB --with-zlib=yes yes

X11 Configuration:
X_CFLAGS =
X_PRE_LIBS = -lSM -lICE

Verifiquem se o suporte aos arquivos e tecnologias desejadas estão


corretamente configurados, e caso contrário, refaçam a configuração
utilizando os parâmetros disponíveis.
Caso esteja tudo certo, execute os comandos...
# make && make install

... para dar continuidade à compilação e concluir a instalação. Para


verificarmos se o processo de instalação foi realizado corretamente...
# ./utilities/display

..., onde será apresentado o logotipo do aplicativo.

Diferente das demais aplicações de tratamento de imagens, o ImageMagick

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não é uma aplicação que disponibiliza uma interface gráfica estilo
PhotoShop ou Gimp, e sim um conjunto de ferramentas de linha de comando
para realizar diferentes tipos de manipulações em imagens, além de
fornecer às principais linguagens de programação um conjunto de APIs para
estas finalidades.
Na linha de comando, podemos utilizar diversos comandos que compõe o
programa para as mais variadas finalidades. Confira algumas destas:
ImageMagick
composite Mescla diferente imagens em uma só.
conjure Executa um script desenvolvido em MSL (Magick Script
Laguange).
convert Realiza processos gerais de conversão de imagem (formato,
rotação, etc.).
display Exibe uma imagem em um ambiente gráfico.
identify Fornece as informações gerais sobre uma determinada imagem
(formato, tamanho, etc.).
import Salva a tela gráfica corrente de um ambiente gráfico em um
arquivo de imagem.
mogrify Realiza diversos tipos de transformações nas imagens
desejadas.
montage Mescla (monta) duas imagens diferentes lado-a-lado.
As sintaxes variam de acordo com o comando desejado.
Consulte a ajuda eletrônica de cada comando disponível, digitando...
$ [COMANDO] --help

... ou...
$ man [COMANDO]

... para obter maiores instruções.


✔ <http://www.imagemagick.org/>.
✔ <ftp://ftp.imagemagick.org/pub/ImageMagick/>.

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OUTRAS APLICAÇÕES

VISUALIZADORES
Para àqueles que trabalham com grande quantidade de imagens,
ferramentas gráficas para visualisar e catalogar imagens são de grande valia
neste processo. E para estas tarefas temos excelentes aplicações disponíveis
para os sistemas GNU/Linux como...
KView Kuickshow

... para o KDE, e ...


gThumb GQView

... para o Gnome. Todos eles – exceto o GQView – se encontram disponíveis


como parte integrante de seus respectivos ambientes gráficos.
Felizmente, por serem simples utilitários, não teremos dificuldades para
realizar o processo de instalação dos mesmos. Com o código-fonte em mãos,
bastará utilizar o processo de compilação clássica, caso estes aplicativos não
estejam instalados no sistema.
✔ <http://www.kde.org/>.
✔ <http://gthumb.sourceforge.net/>.

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✔ <http://gqview.sourceforge.net/>.

EDITORAÇÕES GRÁFICAS (ARTE GRÁFICA)


A editoração gráfica – conhecida popularmente como arte gráfica ou design –
apesar de ainda ser um ponto fraco, a cada dia cresce em número e recursos
as opções de programas livres para os sistemas GNU/Linux. Ainda são
poucas as opções existentes, porém são excelentes os recursos
disponibilizados por elas.
Consultem também nesta parte o capítulo Suítes de escritório, para obterem
maiores informações sobre os aplicativos gráfico correspondentes das suítes
de escritório OpenOffice.org, Gnome Office e KOffice.

SODIPODI
O Sodipodi é um programa de desenho vetorial ao bom estilo CorelDRAW!.
Trata-se de uma ótima ferramenta gráfica para aqueles que necessitam
criar. Da mesma forma que o aclamado Gimp, este fornece uma caixa de
diálogo com todas as ferramentas necessárias para editoração, onde para
acessar o menu principal será necessário clicar com o botão direito sobre o
documento editado.

Sodipodi.

Além disso, ainda há um recurso especial que possibilita expandir expandir e


separar as seções de caixas em caixas de diálogos separadas (Ficheiro,
Editar, Objecto, Seleção, etc.).

Seção Ficheiro separada da caixa de diálogo principal.

O Sodipodi trabalha com o formato de arquivo SVG, que torna possível a


edição de arquivos gerados por outros programas que suportem este

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formato, como o Adobe Illustrator. Podemos também exportar os trabalhos
desenvolvidos para o formato PNG.
Apesar do aplicativo anteceder a versão 1.0, este encontra-se em um ótimo
estágio de desenvolvimento, o que possibilita sua utilização para as
necessidades básicas sem maiores problemas.
Para instalar o Sodipodi, basta realizarmos o processo de compilação
clássica, digitando em seu diretório-raiz a seqüência...
# ./configure && make && make install (ou checkinstall -y)

... e aguardarmos o término do processo. Porém caso ocorra do arquivo


configure não se encontrar presente, digitem na linha de comando...
# ./autogen.sh

... para que seja gerado um script configure padrão. Estas instruções e
outras instruções estão contidas no arquivo README presente no diretório
raíz do pacote do programa.
✔ <http://www.sodipodi.com/>.

INKSCAPE
Sendo um fork do próprio Sodipodi, o Inkscape é mais uma ótima opção de
ferramenta livre para desenhos vetoriais, que utiliza o formato nativo SVG.
Possui capacidades similares à grandes programas comerciais como o
CorelDRAW!, Illustrator, Visio, FreeHand, entre outros.

Pelo fato de suportar nativamente o SVG, o Inkscape nos beneficia em


recursos graças ao uso deste formato, além de outros interessantes
recursos. Confiram na página principal para maiores informações.

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Na página oficial do projeto existem vários formatos de pacote disponíveis,
onde inclusive há um pré-compilado para o Slackware. Para àqueles que
optarem por compilar o código-fonte, o processo de compilação clássica
bastará para realizar a instalação do programa.
✔ <http://www.inkscape.org/>.

SCRIBUS
Tendo o seu desenvolvimento encabeçado por Franz Schmid, o Scribus é
uma ótima opção de diagramador de páginas livre para sistemas GNU/Linux,
ferramentas de editoração ao nível do PageMaker.

Dentre as novidades, destaca-se o suporte à 27 linguagens, conversão para


outros formatos eletrônicos (PS/PDF) e uma excelente página de
documentação para apoio – infelizmente em inglês &:-(
São disponibilizados dois pacotes distintos para instalar o Scribus: o código-
fonte e o pacote de modelos. Tanto a instalação do Scribus quanto a do
pacote com os modelos poderão ser feitas através do pacote de código-fonte
com a utilização do processo de compilação clássica, sem maiores
complicações. Ao instalarem na ordem mencionada, em poucos instantes
teremos disponível o aplicativo.
✔ <http://www.scribus.org.uk/>.
✔ <http://docs.scribus.net/>.

MODELAGEM DE AMBIENTES E PERSPECTIVA EM 3D


Apesar da supremacia técnica de aplicações proprietárias como o 3D Studio
MAX e Maya, o GNU/Linux começa aos poucos a despontar nesta área. Para
se ter uma idéia, dentre suas aplicações foram utilizados vários
computadores em conjunto com sistemas GNU/Linux instalados para
renderizar as cenas dos filmes TITANIC e a trilogia O Senhor dos Anéis.

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Dentre os principais aplicativos para modelagem em sistemas GNU/Linux
destaca-se o Blender e o POV-Ray.

BLENDER
O Blender é um dos melhores aplicativos (se não o melhor) para modelagem
em 3D existentes de código aberto.9

As principais qualidades do Blender são:


• É pequeno e ocupa pouco recurso de máquina (menos de 7
mbytes);
• Na modelagem, trabalha com malhas, superfícies, curvas, textos,
metaball, curvas de deformação e edição proporcional;
• Possui recursos de esqueletos e skin (aplicação de pele) para
criação de personagens;
• Trabalha com atmosfera, materiais, texturas, câmeras e
diferentes tipos de luzes;
• Permite a criação de efeitos nas malhas, tais como ondas (waves)
e partículas estáticas e dinâmicas;
• O renderizador é rápido e possui recursos de radiosidade;
• Permite fazer clusters (diversos computadores em uma rede,
funcionando como um único servidor de renderização);
• Possui um mecanismo de jogo (game engine10), onde pode-se
9 Antigamente, o Blender era um aplicativo gratuito, porém de código fechado, mas
em decorrência da falência de seu desenvolvedor, foi realizada uma campanha por
voluntários para arrecadar fundos com o intuito de realizar a compra dos direitos
autorais do aplicativo e disponibilizá-lo sob a GPL. Graças à este esforço, o Blender à
partir da versão 2.6 se tornou um software de código-aberto, sendo incluso ainda o
GameEngine, um conjunto de ferramentas para desenvolvimento utilizado para a
criação de jogos 3D.
10 O Game Engine é um mecanismo de jogo especial que permite a interatividade do

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“programar” algumas ações e comportamentos, simplesmente
clicando e arrastando alguns elementos na interface;
• Permite adicionar sons aos jogos gerados no Blender, inclusive
com efeitos 3D;
• Tem integração com a linguagem Python, para a execução de
scripts na produção de recursos avançados;
• Permite gravar os jogos em formato stand-alone, para que
possam ser executados sem precisar do Blender (.exe, elf binary,
etc.);
Diferente das demais aplicações, o Blender é disponibilizado apenas como
pacote binário. Porém existem duas versões compiladas do Blender: um
pacote com as bibliotecas estáticas do programa e outro com carregamento
de bibliotecas dinâmicas. Mas se desejarmos, poderemos também obter o
código-fonte do programa. Para realizar a “instalação” de ambos os pacotes,
não há muitos mistérios. Deveremos apenas descompactá-los em /usr/local e
criar um atalho simbólico na área de trabalho apontando para o arquivo
executável blender.
# cd /usr/local/bin
# ln -s /usr/local/blender-[VERSÃO]/blender blender

O pacote comum (padrão) necessita de que sejam satisfeitas algumas


pendências para que possa ser executado normalmente. Basta consultar as
instruções do arquivo README presente no diretório principal do programa
para saber quais são. Já a versão estática, não há muito o que explicar, pois
todos os requerimentos se encontram no próprio pacote – e por isso é
chamado de compilação estática.
Dentre outras necessidades de ajuste e configuração do Blender, deveremos
habilitar o módulo DRI da configuração do servidor gráfico em /
etc/X11/xorg.conf, mesmo que sua placa de vídeo não seja uma aceleradora
gráfica. Caso contrário, o Blender simplesmente não irá rodar (pelo menos
foi o que ocorreu em nossos testes).
Na seção “Module”, basta procurar a seguinte linha...
# This loads the DRI module
# Load "dri"

... e descomentá-la.
# This loads the DRI module
Load "dri"

Os arquivos gerados para a guarda dos ambientes e modelos em 3D do


Blender possuem um formato nativo próprio, do qual utiliza uma extensão .
blend para identificar os trabalhos nele desenvolvidos. Para abri-los, basta
acionarmos o menu File -> Open e localizar o arquivo desejado.

usuário com cenas e objetos criados (teclado, mouse, etc.). Felizmente ele se
encontra incluso no pacote oficial do modelador gráfico.

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✔ <http://www.blender.org/>.
✔ <http://www.blender.com.br/>.

POV-RAY
O POV-Ray – Persistence Of Vision Raytrace – é considerado uma ferramenta
de excelente qualidade para a criação de imagens tridimensionais de alto
nível, baseando-se em uma técnica chamada ray-tracing, que consiste em
calcular a imagem de uma cena baseando-se nos dados das fontes de luzes
especificadas, como a direção, intensidade e cor.11

Tela obtida na seção “Hall of Fame”, disponível na página oficial do projeto.

Para a instalação do POV-Ray, deveremos apenas executar o script install,


que copiará todos os arquivos necessários para /usr/local/share/povray-
[VERSÃO]/, além de definir o caminho para os arquivos execução e
configuração, já que o pacote do aplicativo se encontra previamente
compilado.
# ./install

Em frações de segundos o programa se encontrará disponível no sistema. À


partir da versão 9.1, o Slackware o disponibiliza juntamente com a interface
gráfica KPovModeler, dispensando sua instalação (veja abaixo).
O POV-Ray possui duas interfaces gráficas – KPovModeler para o KDE e
TrueVision para o Gnome – que dispensa a necessidade da edição manual
dos códigos-fontes para a criação dos objetos gráficos.
Baseado na biblioteca gráfica Qt, o KPovModeler disponibiliza os recursos do
POV-Ray em uma excelente interface gráfica, tornando-se uma ótima opção
11 Uma das características interessantes está na possibilidade de escrever um código-
fonte especial com todas as especificações do objeto para que possamos gerar a
imagem desejada à partir da compilação do arquivo desenvolvido. Por sua vez, a
linguagem utilizada para a descrição das cenas é bastante similar ao C, o que
facilita muitos usuários que possuam conhecimentos nesta linguagem.

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para sua utilização no ambiente gráfico KDE.

Interface gráfica KPovModeler.

O KPovModeler se encontra como parte integrante do ambiente gráfico KDE


à partir da versão 3.1, compondo o pacote kdegraphics, onde bastará a sua
instalação para que este se encontre presente.
Com o mesmo conceito do KPovModeler, o TrueVision é baseado na
biblioteca gráfica GTK e também disponibiliza os recursos do POV-Ray em
uma excelente interface gráfica, tornando-se uma ótima opção para sua
utilização no ambiente gráfico Gnome.

Tela obtida na página oficial do projeto.

Porém, lembre-se que, diferente do KPovModeler, esta interface gráfica


ainda se encontra em estágio Alpha, onde existe a possibilidade de
ocorrência de instabilidade e travamento. Além disso não está incluída por
padrão no Slackware, sendo necessário a sua instalação.
✔ <http://www.povray.org/>.
✔ <http://www.kpovmodeler.org/>.

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✔ <http://truevision.sourceforge.net/>.

CAD/CAM
Infelizmente nos sistemas GNU/Linux, dispomos de poucas aplicações livres
para projetos de arquitetura e engenharia mecânica que satisfaçam as
exigências destes profissionais. Já as aplicações comerciais disponíveis
necessitam de uma licença comercial para a sua utilização. A nossa única
salvação está no QCad.

QCAD
O QCad é um aplicativo que permite a criação de projetos de engenharia.
Apesar de sua simplicidade, ele possui a maioria das ferramentas básicas
para a montagem de projeto.

Dentre suas principais características destaca-se a possibilidade de


importação de arquivos .dxf de aplicativos comerciais. Isto quer dizer que
podemos manipular os arquivos gerados pelo AutoCAD ou VariCAD, ou pelo
menos os projetos mais simples.
Infelizmente, dada a sua simplicidade, somente poderemos desenvolver
plantas simples e sem grande compatibilidade, porém o aplicativo não deixa
à desejar, especialmente quando se deseja criar projetos básicos e sem
grandes recursos técnicos. É uma ótima opção para aqueles que desejam
entrar no mundo das aplicações CAD/CAM.
Pelo fato do aplicativo ter se tornado comercial, somente se encontra
disponível as antigas versões do programa, onde na própria página oficial se
encontra um atalho que nos encaminha para a seção onde se encontram os
pacotes necessários. Basta navegarmos um pouco, aguardar alguns minutos
para descarregá-los e em pouco tempo teremos disponíveis o pacote.
Para instalar, será necessário rodar a seguinte seqüência de comandos:
# qmake qcad.pro -o Makefile

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Este comando se encarregará de realizar algumas alterações para tornar o
Makefile compatível com a plataforma utilizada. Em questão de segundos
teremos novamente a linha de comando disponível, bastando para concluir a
operação...
# make && make install

Por último, para que o programa possa utilizar a biblioteca Qt corrente,


digite:
# moc -v

Em diversas aplicações são disponibilizados sistemas de ajuda para as


dúvidas mais comuns, onde estes geralmente são acionados ao pressionar a
tecla <F1>. No QCad não poderia ser diferente, mas ao pressioná-la,
aparece uma página em branco ao invés das instruções desejadas. Isto
ocorre porque o aplicativo procura estas instruções no diretório /
home/USUÁRIO]/.qcad/doc/en/, porém estas se encontram arquivadas no
diretório padrão, que é /usr/local/share/doc/qcad/html/en/. Caso isto ocorra,
removam o diretório doc que situa-se dentro do diretório .qcad do usuário e
criem um atalho simbólico com o nome de doc, apontando para /
usr/local/share/doc/qcad/html/ e assim estará resolvido o problema.
✔ <http: //www.qcad.org/ >.

FORMATOS DE ARQUIVOS PADRONIZADOS

O SVG
O SVG – Scalable Vector Graphics – é o novo formato gráfico aberto
desenvolvido para ser adotado como padrão geral de aplicações e
tecnologias que necessitem acessar e manipular imagens vetoriais.
Dentre suas características destaca-se a possibilidade de utilizar gráficos de
alta qualidade e interativo para a Internet, e pelo fato do arquivo ser um
conjunto de códigos derivado do XML (ao invés de uma imagem
simplesmente digital), poderá ser utilizado com melhor aproveitamento que
as demais imagens. Também possui suporte a textos e fontes, pois graças à
sua estrutura, a busca de determinadas expressões com as ferramentas de
busca na Internet facilitará ainda mais a localização de conteúdos
desejados.12
Devido à qualidade do novo formato, a W3C recomenda a sua utilização
para conteúdos na WEB e, graças à esta aprovação, diversas empresas de
tecnologia apóiam sua popularização de tal forma que dentro de pouco
tempo este formato será de uso comum na Internet.

12 Outro grande atrativo está no fato de que as imagens no formato SVG podem ser
redimensionadas livremente, se adaptando melhor às diferentes resoluções de
vídeo dos usuários que estiver visualizando a imagem seja qual for dispositivo de
saída (monitores com resoluções diferentes, celulares, PDAs, etc.).

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CONCLUSÃO
As aplicações para a editoração gráfica em sistemas GNU/Linux, diferente
das aplicações de escritório, ainda se encontram em um estágio um pouco
aquém em comparação às aplicações disponíveis para o Windows. A única
exceção são as aplicações para tratamento de imagens. Estes sim, já se
encontram em um estágio bem maduro, onde o Gimp figura como grande
destaque, rivalizando ainda com o famoso Photoshop, apesar da supremacia
deste último. Quanto aos demais, não irá demorar muito e em um futuro não
muito distantes teremos programas nos mesmos níveis que os tradicionais
CorelDRAW!, AutoCAD e PageMaker.
Consultem também a página da Linux Artist. Lá poderemos encontrar
diversas informações que poderão ser muito úteis nos exercícios destas
atividades.
✔ <http://www.linuxartist.org />.

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V. IMAGEM, SOM E MULTIMÍDIA

INTRODUÇÃO
Outro grande atrativo para a aquisição de um computador está no fato do
usuário desejar usufruir de seus recursos multimídia, e não muito diferente
dos demais sistemas operacionais, o GNU/Linux provê uma série de
aplicativos e utilitários específicos para esta atividade.
Nesta seção obteremos a descrição dos principais aplicativos utilizados para
usufruir dos recurso de áudio e vídeo existentes e as respectivas instruções
para uso, possibilitando o usuário a usufruir de seus recursos, desde a
execução de CDs de áudio, passando pela decodificação de formatos de
arquivos multimídia e instruções para assistir um bom vídeo no computador,
seja em formato VCD, DVD, DivX, etc, além de utilitários essenciais para um
bom ajuste de som e imagem.

ÁUDIO
UTILITÁRIOS PARA AJUSTES E CONFIGURAÇÕES DE ÁUDIO

Os ajustes para a configuração de áudio são tão importantes quanto a


execução dos aplicativos para áudio e vídeo, onde para obter excelentes
resultados, existe a necessidade da utilização de aplicativos especiais para
esta função.
Em virtude de sua simplicidade, não existe muito mistério para a utilização
destes aplicativos, porém deveremos nos certificar de que o grupo audio se
encontra incluso na conta dos usuários. Para isto, digitem...
# groups [USUÁRIO]
darkstar: users
# _

... e verifique quais são os grupos os quais o usuário pertence. Após isto,
bastam redefinirem os grupos com o comando usermod,...
# usermod -G audio,[GRUPO2],[GRUPO3] [NICK_DO_USUÁRIO]

... mantendo as definições anteriores e acrescentando o grupo audio.


# groups darkstar
darkstar: users audio
# _

Pronto! Bastará apenas que cada usuário defina suas personalizações de


ajuste, utilizando para isto qualquer equalizador (vejam a seção abaixo).

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KMIX E CONTROLE DE VOLUME (GNOME)
Os ambientes gráficos KDE ou Gnome nos oferece opções nativas para um
bom ajuste, além da existência de utilitários específicos para tal finalidade: o
KMix e Controle de Volume do Gnome.

Kmix, o controle de áudio do KDE, utilizando os drivers do Projeto Alsa.

Controle de Volume do Gnome versão 2.4.

Se por um acaso, ao executarem o KMix e sua interface gráfica não aparecer


na tela, olhe para a barra de tarefas, no canto esquerdo. Ele se encontra
inicializado, porém minimizado, disponibilizando apenas um pequeno ícone
azul para ser acessado.

Aplicações embutidas no Painel. No canto direito, observem o KMix.

Basta clicar sobre o ícone para que seja exibida a barra de volume. Logo
abaixo encontraremos o botão Mixer...

... que por sua vez ao ser acionado, disponibilizará a interface gráfica para
realizarmos as configurações desejadas. O mesmo ocorre com o KsCD, que
também é minimizado para a barra de tarefas.

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REPRODUÇÃO DE CDS DE ÁUDIO E ARQUIVOS DE SOM

A reprodução de CDs de áudio não é nenhum bicho de sete cabeças. É


simples, prático e muito agradável, dependendo dos gostos musicais de
cada usuário ou mais precisamente de quem esteja ao redor... &;-D
Em qualquer ambiente gráficos você terá à disposição um aplicativo (senão
vários) para desempenhar esta função, porém falaremos apenas sobre os
principais tocadores de CDs de áudio, o KsCD e o Gnome-CD.

KSCD / GNOME-CD
Os aplicativos KsCD / Gnome-CD são os reprodutores de CDs de áudio
padrão do KDE e do Gnome respectivamente. Apesar de possuírem
interfaces um pouco diferenciadas, todos eles disponibilizam as mesmas
funcionalidades em comum.

KsCD / KDE 3.1


Gnome-CD / Gnome 2.4

Ambos possuem todas opções básicas de um aparelho de CD comum, como


os recursos randônicos, reprodução contínua e reprodução inicial das
músicas, bastando configurá-las na própria interface do aplicativo ou na
opção Configurações (KsCD) ou Preferências (Gnome-CD).

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Existe também um recurso que possibilita catalogar o CD de áudio e suas
respectivas faixas, bastando clicar em Diálogo freedb (KsCD) ou Abrir editor
de faixas (Gnome-CD). Lá poderemos cadastrar as informações referentes ao
CD inserido, como nome as músicas, título do álbum e cantor, para que
estejam disponíveis na interface gráfica do aplicativo.

Após digitadas as informações referentes aos CDs, basta gravar e sair do


programa para que os reprodutores automaticamente reconheçam as mídias
utilizadas. No caso do KsCD, as informações dos discos reproduzidos podem
ser obtidos diretamente ao habilitar o freedb, quando o sistema se encontra
conectado à Internet.
Diferente dos CD-ROMs, os CDs de áudio não precisam ser montados,
bastando apenas inseri-lo na bandeja e executar os tocadores para poder
ouvir suas músicas preferidas.

AMAROK
Este é considerado um dos melhores e mais completo tocadores multimídia
existente. Na versão 1.2, o amaroK agrega inúmeros recursos.
Em destaque, a possibilidade de serem exibidas as capas dos álbuns em que
as faixas pertencem, exibição automática da letra das músicas, suporte para
iPod, excelente listagem de músicas, entre outros.

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1a. inicialização do amaroK.

A instalação é feita basicamente utilizando os procedimentos de compilação


clássica, onde todas as suas pendências deverão estar satisfeitas.
Em sua 1a. Inicialização, o amaroK carrega um assistente gráfico que irá nos
orientar a realizar algumas definições pessoais.

Assistente da 1a. Execução do amaroK.

Basta seguirmos as instruções conforme as instruções do assistente. Lá


deveremos informar o modo de exibição do tocador e o local onde serão
armazenados os arquivos de áudio para serem posteriormente reproduzidos.
Outro grande inconveniente está numa falha de exibição do títulos em
execução. Ao invés de serem exibidas as informações desejadas, são apenas
mostrados os textos artist, title e album. Para corrigir esta falha, acionem no
menu os itens Configurações -> Configurar amaroK... e em seguida a seção
Exibição em tela. Na caixa de texto Texto a Mostrar...

... alterem as variáveis descritas para artista, título e álbum.

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Em seguida, selecionem um bom título em faixa de áudio para curtir... &;-D
✔ <http://amarok.kde.org/>.

XMMS
O X MultiMedia System, conhecido popularmente por XMMS, é um aplicativo
multimídia simples e versátil, bastante parecido com o famoso WinAmp, da
NullSoft.

XMMS.

O XMMS inclui o suporte à arquivos MPEG-1, Ogg Vorbis, WAV, CDs de áudio
e todos os formatos suportados pela biblioteca libmikmod, além da
possibilidade de inclusão de plugins para diversos efeitos e suporte a outros
formatos de áudio e vídeo.

Equalizador gráfico.

Existem várias extensões (plugins) disponíveis na Internet, bastando apenas


pesquisá-los e instalá-los conforme interesse do usuário. Alguns encontram-
se disponíveis na própria página oficial do projeto.
A instalação do XMMS poderá ser feita através de processo de compilação
clássica, sem maiores dificuldades. Mesmo assim, ele se encontra disponível
na grande maioria das distribuições, por ser uma aplicação tradicional e de
grande público fiel. Com o Slackware, não poderia ser diferente. &;-D
✔ <http://www.xmms.org/>.

EXTRAÇÃO DE FAIXAS DE CDS DE ÁUDIO

Graças à grande capacidade de armazenamento das atuais unidades de


disco rígido, muitos usuários dão preferência à ripar seus CDs de áudio e
armazená-los no sistema para que possam ouvir suas faixas preferidas sem
àquele incômodo de colocar e retirar os CDs de áudio da bandeja. E para
esta finalidade, nos sistemas GNU/Linux dispomos dos seguintes recursos:

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SERVIÇOS DO KONQUEROR
Uma das formas mais fáceis de extrair faixas de CDs de áudio é a utilização
do gerenciador de arquivos Konqueror, bastando apenas inserir o CD na
bandeja e clicar no ícone “Serviços”, disponível na barra lateral próximo à
árvore de diretórios.

Konqueror – Serviços.

Teremos à disposição os formatos WAV e Ogg Vorbis para utilizar. Basta


navegar no dispositivo “CD-ROM”, selecionar as faixas desejadas e realizar a
cópia para o disco rígido, como se fosse realizar a cópia de um simples
arquivo.

Caso dêem preferência ao formato Ogg Vorbis, lembrem-se de configurar


suas preferências de amostragem no Centro de Controle KDE, opção Som &
Multimídia -> Áudio CD -> Configurações Ogg Vorbis. Simples, não?

GRIP / KAUDIO CREATOR


Outra grata surpresa do KDE é o utilitário KAudio Creator. Trata-se de um
simples ripador de CDs de áudio com uma interface simples e prática. Já o
Grip é o equivalente desta categoria desenvolvido para o Gnome.

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Grip (Gnome)
KAudio Creator (KDE)

Não existem grandes mistérios para a operação destes utilitários, apesar do


Grip possuir mais recursos. O KAudio Creator encontra-se disponível junto do
ambiente gráfico, ao passo que o Grip poderá ser instalado facilmente com o
processo de compilação clássica.
✔ <http://nostatic.org/grip/>.

VÍDEO
REPRODUÇÃO DE DVD S, VCDS E ARQUIVOS DE VÍDEO

Apesar dos resultados não serem tão bons quanto os obtidos pelos aparelhos
comuns de televisão, a execução dos mais diversos filmes em DVD e VCD
em um computador têm crescido bastante, graças à larga comercialização
de leitores e gravadores de CD/DVD-ROM, famosamente conhecidos como
“COMBO”. Nos sistemas GNU/Linux, tempos disponíveis diversos programas
e recursos para estas atividades, dos quais merecem destaques Xine,
MPlayer e VLC.

REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A REPRODUÇÃO DE DVD


Dentre os requisitos gerais necessários para a reprodução de DVD, segue:
Requisitos para a reprodução de DVD
libdvdread Para que seja adicionadas diversas funcionalidades básicas,
como por exemplo o reconhecimento de formato dos filmes,
suporte à legendas, entre outros.
✔ <http://freashmeat.net/projects/libdvdread/>.
libdvdcss Para a leitura dos DVDs não pertencentes à região 4, ou seja,
qualquer filme que seja importado de outro continente.
✔ <http://www.videolan.org/libdvdcss/>.

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Requisitos para a reprodução de DVD
SDL Já disponível na distribuição à partir da versão 9. Mas se por
acaso ainda esteja utilizando uma versão anterior,
provavelmente não encontraremos este pacote, sendo
necessário baixar e instalá-lo o método de compilação clássica.
✔ <http://www.libsdl.org/>.
div4linux Verifiquem na distribuição qual a versão atual disponível do
decodificador, neste caso a DivX 5.0. Caso contrário, baixem o
pacote. Notem que este pacote não está licenciado sob os
termos da GPL.
✔ <http://www.divx.com/divx/linux/>.
Libpng & Se encontram disponíveis no CD-ROM de instalação do
GTK Slackware em virtude de sua extrema necessidade para as
mais diversas aplicações.
ffmpeg Decodificador requerido para o VLC para a reprodução do DVD.
✔ <http://ffmpeg.sourceforge.net/index.org.html>.

SOBRE O LIBDVDCSS

Existe uma lei nos Estados Unidos chamada DMCA, que proíbe o
desenvolvimento e uso de qualquer recurso que burle qualquer processo de
proteção desenvolvido pelas indústrias. Nos sistemas GNU/Linux temos a
biblioteca libdvdcss, que permite a leitura de DVD-ROMs de qualquer região,
e este é um dos principais motivos pelo qual esta não se encontra disponível
nas principais distribuições.
Em nosso caso estamos utilizando uma biblioteca cuja lei, apesar de
pertencer àquele país, esta não se aplica aos demais, o que nos garante a
possibilidade de utilizá-la legalmente.

MPLAYER
O MPlayer é um aplicativo destinado exclusivamente para a reprodução de
arquivos multimídias, dentre eles os formatos MPEG, WMV, DivX, QuickTime,
Ogg Vorbis entre outros, além da reprodução de VCDs e DVDs. Além disso,
utilizando-se de plugins adequados, o utilitário pode se integrar aos
navegadores disponíveis (Konqueror, Mozilla, etc) para reproduzir qualquer
conteúdo multimídia da Internet, como videoclipes e traillers de filmes.

Este utilitário multi-uso possui acesso às funções de aceleração gráfica

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disponíveis na maioria das aceleradores gráficas existentes no mercado,
bastando apenas instalar o pacote correspondente à sua placa de vídeo ou
compilá-lo para que suporte-a, e com isto obter uma melhor performance
geral do sistema, poupando o processador principal da função de
decodificação de vídeo.

Versão do MPlayer customizada pela Linux Hard <http://www.linuxhard.org/>.

Além do aplicativo, infelizmente é necessário a instalação de uma série


pacotes extras, contendo desde skins para a interface gráfica, fonte para as
legendas dos filmes e uma série de codecs para a descompressão dos
arquivos multimídias para as necessidades “básicas”, o que torna o processo
de instalação e uso do MPlayer um pouco complicado. Felizmente
descreveremos os passos necessários para uma boa instalação. &;-D
Para obter a última versão do MPlayer, visite o endereço eletrônico do
programa e na seção Download, obtenha o pacote referente.
✔ <http://www.mplayerhq.hu/homepage/>.
✔ <http://mplayerplug-in.sourceforge.net/>.

REQUERIMENTOS
Para instalar o MPlayer com todas as suas funcionalidades, existe uma série
de pendências e pacotes adicionais à serem resolvidas. Estes se classificam
em decodificadores (codecs), peles (skins) e fontes. Descreveremos aqui
detalhadamente quais pendências devem ser satisfeitas e suas categorias.
Felizmente todas elas se encontram na página oficial do projeto.

Codecs
Os decodificadores (codecs) são necessários para o suporte à diversos
formatos de vídeo existentes. Estes deverão estar descompactados e
arquivados no diretório /usr/local/lib/win32 para uma instalação padrão à
partir dos fontes.
Consultem as instruções contidas em seus respectivos arquivos README ou
INSTALL para obter maiores informações.

Skins

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As peles (skins) são conjuntos de texturas utilizadas para dar uma aparência
personalizada para o MPlayer. Existem diversas peles, mas a padrão
necessária para compilar o MPlayer com suporte à interface gráfica é a
default. Esta deverá estar armazenadas em...
/usr/local/share/mplayer/Skin/default

... para serem utilizadas por todos os usuários, ou...


~/.mplayer/Skin/default/

... para somente o usuário o qual pertence o diretório /home.

Fontes
As fontes para a legenda são necessárias para a visualização das legendas
dos filmes à serem exibidos pelo MPlayer. Basta apenas instalar qualquer um
dos pacotes disponíveis (Arial-1 e Arial-2).
Selecione o tamanho da fonte desejada para utilizar na interface gráfica.
Copiem-nas para o diretório...
/usr/local/share/mplayer/font/ (global)

ou...
~/.mplayer/font/ (local para cada usuário)

Pronto! As fontes já se encontram disponíveis para a utilização de legendas


do MPlayer.
Nota importante: Recentemente realizamos a compilação de um pacote mais
recente, onde houve apenas a necessidade de copiar uma fonte TrueType
qualquer ou criar um atalho para ela (/usr/X11R6/lib/X11/fonts/TTF/) com o
nome subfont.ttf no diretório ~/.mplayer/.

A INSTALAÇÃO

Existem duas formas básicas de instalação: pela utilização dos pacotes pré-
compilados ou a compilação do código-fonte. Ambas possibilitam rodar
perfeitamente o aplicativo, porém recomenda-se a utilização do último
processo para se obter melhores índices de ajustes e performance.
A instalação do MPlayer à partir da compilação do código-fonte é a opção
mais recomendada, pois graças à este processo pode-se obter excelentes
otimizações para o uso do aplicativo. Para se ter uma idéia da importância
desta recomendação, sua equipe de desenvolvimento não recomendava a
distribuição de pacotes binários do aplicativo justamente pelo fato do
mesmo apresentar desempenho bem abaixo do normal, pois para que o
pacote possa atender à maioria dos usuários, o processo de compilação teria
que ser genérico, impedindo o ajuste de parâmetros específicos em virtude
da existência de diferentes computadores. Eis o motivo pelo qual não são
disponibilizados pacotes compilados na página oficial do projeto.

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Para compilar o MPlayer, inicialmente devemos descompactar o pacote com
o código fonte dentro do diretório /usr/src e entrar no diretório criado.
Bastará utilizar a seguinte seqüência de comando:
# cd /usr/local/src/MPlayer-[VERSÃO]
# ./configure [OPÇÕES]
# make
# make install

Parece simples, não? Porém existem uma série de parâmetros necessários


para ser utilizado junto com o comando ./configure para habilitar diversas
funções. Por exemplo, sem o parâmetro --enable-gui, você não poderia
utilizar a interface gráfica do programa.
Observem a quantidade de parâmetros existentes para a compilação do
MPlayer, caso fosse habilitados todos as opções possíveis:
# ./configure --enable-qtx-codecs --enable-win32 --enable-dvdnav --enable-
gui --enable-xmms --enable-real --enable-xanim --enable-faad --enable-xvid
--enable-mpdvdkit --enable-menu --enable-dynamic-plugins

Caso queiram obter maiores informações sobre cada parâmetro, consultem a


ajuda do aplicativo, digitando apenas...
./configure --help

Conforme pode observar, a listagem é imensa, onde poderemos selecionar


as opções que melhor nos convier, porém certifiquem-se de que as
pendências estão arquivadas de acordo com os diretórios padronizados.
Outro fato interessante é que o MPlayer realiza a detecção destes suportes
durante a compilação, simplificando ainda mais a configuração do aplicativo.
Caso todos os pacotes estejam armazenados em seus respectivos diretórios-
padrão, bastará apenas rodarmos o script configure com o parâmetro...
# ./configure --enable-gui

... para realizar o processo de configuração normalmente. Após o término da


configuração, compilem e instalem (ou gere um pacote com o Checkinstall) o
MPlayer normalmente com o procedimento clássico.
# make && make install (ou checkinstall -y)

A EXECUÇÃO

Para executar o MPlayer, utilize a interface gráfica padrão, digitando na linha


de comando...
$ gmplayer

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... ou adicione um atalho na área de trabalho de seu ambiente gráfico
favorito. Outra forma interessante é a possibilidade do uso da linha de
comando e fazer uso de seus parâmetros para executar tanto arquivos de
vídeo como o próprio DVD ou VCD, onde para ter acesso, basta
simplesmente abrir um terminal e digitar na linha de comando...
$ mplayer

..., onde será mostrada a versão utilizada e alguns avisos referentes ao


processo de compilação e até mesmo algumas recomendações.
Usage: mplayer [options] [url|path/]filename

Basic options: (see the man page for the complete list)
-vo <drv[:dev]> select video output driver & device (see '-vo help' for list)
-ao <drv[:dev]> select audio output driver & device (see '-ao help' for list)
-vcd <trackno> play VCD (Video CD) track from device instead of plain file
-dvd <titleno> play DVD title from device instead of plain file
-alang/-slang select DVD audio/subtitle language (by 2-char country code)
-ss <timepos> seek to given (seconds or hh:mm:ss) position
-nosound don't play sound
-fs -vm -zoom fullscreen playing options (fullscr,vidmode chg,softw.scale)
-x <x> -y <y> set display resolution (for use with -vm or -zoom)
-sub <file> specify subtitle file to use (see also -subfps, -subdelay)
-playlist <file> specify playlist file
-vid x -aid y options to select video (x) and audio (y) stream to play
-fps x -srate y options to change video (x fps) and audio (y Hz) rate
-pp <quality> enable postprocessing filter (see the man page for details)
-framedrop enable frame dropping (for slow machines)

Basic keys: (see the man page for the complete list, also check input.conf)
<- or -> seek backward/forward 10 seconds
up or down seek backward/forward 1 minute
pgup or pgdown seek backward/forward 10 minutes
< or > step backward/forward in playlist
p or SPACE pause movie (press any key to continue)
q or ESC stop playing and quit program
+ or - adjust audio delay by +/- 0.1 second
o cycle OSD mode: none / seekbar / seekbar+timer
* or / increase or decrease pcm volume
z or x adjust subtitle delay by +/- 0.1 second
r or t adjust subtitle position up/down, also see -vop expand

* * * SEE MAN PAGE FOR DETAILS, FURTHER (ADVANCED) OPTIONS AND KEYS! * * *

A CONFIGURAÇÃO

Teclas de atalhos e funcionalidades


Durante a exibição do vídeo, poderemos utilizar os recursos de ajustes via
teclado, bastando apenas pressionar as seguintes teclas.
Teclas de atalhos e funcionalidades
<SETA_ESQUERDA> / Avançar ou retroceder 10 segundos.
<SETA_DIREITA>

101/150
Teclas de atalhos e funcionalidades
<SETA_ACIMA> / Avançar ou retroceder 1 minuto.
<SETA_ABAIXO>
<PGUP> ou <PGDW> Avançar ou retroceder 10 minutos.
< ou > Avançar ou retroceder a playlist.
+ ou - Ajusta o atraso de áudio em +/- 0.1 segundo.
<Z>: ou <X> Ajusta o atraso das legendas em +/- 0.1 segundo.
<P> ou <ESPAÇO> Pausa no vídeo, onde qualquer tecla pressionada
continua sua execução.
<Q> ou <ESC> Finalixa a reprodução (não o programa).
/ ou * Aumenta ou diminui o volume.
Estas são as opções básicas, das quais também se encontram disponíveis na
interface gráfica.

Configurações básicas - ~/.mplayer/config


A evocação do MPlayer à partir da linha de comando requer o uso de
diversos parâmetros para melhor utilização; porém se desejarmos, podemos
personalizar o arquivo de configuração para tornar seus parâmetros
preferidos como opção padrão do programa. Para isto editem o arquivo
$HOME/.mplayer/config e acrescente as opções desejadas conforme a
própria instrução descrita neste arquivo de configuração.
# Write your default config options here!
-//-

Isto é necessário apenas para aqueles que curtem utilizar a linha de


comando para acionar o aplicativo. Já na interface gráfica, todas estas
opções estão disponíveis no menu rápido na opção Preferências.
Existe também o arquivo ~/.mplayer/gui.conf, que contém as principais
definições de configuração da interface gráfico quando esta é acionada.

INTERFACES GRÁFICAS

KMPlayer
Como o próprio nome diz, o KMPlayer é uma interface gráfica desenvolvida
exclusivamente para o KDE. Ao executá-lo pela 1a. vez, não se espantem se
o programa apresentar uma janela bastante simples, pois em seu menu
principal estão todas as opções necessárias para sua otilização com grande
conforto.

102/150
Diferente da gmplayer, o KMPlayer não é distribuído junto ao pacote oficial
do reprodutor multimídia. Para instalá-lo, deveremos baixá-lo de sua página
oficial. A instalação poderá ser feita sem maiores problemas, utilizando-se o
método de compilação clássica.
✔ <http://www.xs4all.nl/~jjvrieze/kmplayer.html>.

PROBLEMAS MAIS COMUNS

Ao iniciar pela 1a. vez o gmplayer, as peles não foram


encontradas
Isto é muito comum com a utilização pelos iniciantes.
Falling back on default (hardcoded) input config
SKIN dir 1: '/home/darkstar/.mplayer/Skin'
SKIN dir 2: '/usr/local/share/mplayer/Skin'
[skin] file ( /usr/local/share/mplayer/Skin/default/skin ) not found.
Skin not found ( default ).

Após diversas tentativas, somente conseguimos resolver este problema


criando o diretório /home/[USUÁRIO]/.mplayer/Skin/defaut/ e copiando os
arquivos dentro deste. Caso encontrem outra forma de solução, solicitamos
contactar-mps para que estas informações estejam inclusas nas próximas
versões deste livro – estaremos bastante agradecidos! &;-D

É exibida a mensagem “Can't load font: /


usr/local/share/font/font.desc” ao inicializar o aplicativo
Isto ocorre porque a localização do arquivo font.desc está errada. Editem o
arquivo de configuração /home/[USUÁRIO]/.mplayer/gui.font e alterem a
seqüência “font_name = "/usr/local/share/mplayer/font/font.desc"” para a
localização correta. Se desejarmos, poderemos fazer o uso da opção
“/usr/local/share/mplayer/font/iso-8859-1/arial-XX/font.desc”, onde XX é o
tamanho desejado para a exibição da fonte. Ficará então assim:
font_name = "/usr/local/share/mplayer/font/iso-8859-1/arial-[XX]/font.desc"

É exibida a mensagem “Error opening/initializing the select


video_output (-vo) device!” ao tentar inicializar o DVD
Isto é causado porque a saída de vídeo está configurada incorretamente.

103/150
Cliquem com o botão direito na tela do aplicativo e selecionem a opção
Preferences. Na aba Video, ajustem a saída para a opção Xv ou qualquer
outra compatível à sua configuração de vídeo. Basta reiniciarmos a exibição
do DVD para que a imagem será exibida corretamente.

XINE
Um belo tocador multimídia, o Xine é um dos melhores programas desta
categoria, destacando-se em especial para facilidade de operação e beleza
de sua interface gráfica.

Xine.

Além da reprodução de DVDs, o Xine suporta a maioria das mídias


existentes, além da maior parte dos formatos de arquivos para áudio e
vídeo.
Para instalarmos o Xine, deveremos obter tanto o pacote com o programa
em si quanto um pacote para a interface gráfica.
Para instalarmos o corpo principal do programa, descompactem o pacote
xine-lib-[VERSÃO].tar.gz, entrem no diretório criado e executem a seqüência
de comandos para a compilação clássica. Caso ocorra alguma falha durante
a execução do script configure, verifiquem se todas as pendências
necessárias foram satisfeitas. Se não, o pacote será instalado com sucesso.
Tendo realizado a instalação do programa principal, será necessário definir
por qual interface gráfica iremos utilizar.
O projeto Xine possui diversas interfaces gráficas disponíveis, bastando
pesquisar na seção Download por qual utilizar. Existem várias, porém
somente iremos fornecer instruções das interfaces do próprio projeto, sendo
que os demais são referentes à outros projetos independentes. Neste caso
serão comentadas apenas as interfaces Xine-ui, GXine e Xine-vcdx.
Para realizarmos a instalação destes pacotes, deveremos acionar novamente
o mesmo processo de compilação clássica com seus comandos tradicionais.
Em seguida, deveremos atualizar as bibliotecas com o comando...
# ldconf

A instalação do pacote xine-lib foi realizada com sucesso, porém ao tentar


compilar os demais pacotes, ocorreu a seguinte mensagem:
*** Could not run XINE test program, checking why...
*** The test program compiled, but did not run. This usually means
*** that the run-time linker is not finding XINE or finding the wrong
*** version of XINE. If it is not finding XINE, you'll need to set your
*** LD_LIBRARY_PATH environment variable, or edit /etc/ld.so.conf to point
*** to the installed location Also, make sure you have run ldconfig if that

104/150
*** is required on your system
***
*** If you have an old version installed, it is best to remove it, although
*** you may also be able to get things to work by modifying LD_LIBRARY_PATH
***
configure: error: *** You should install xine-lib first ***

Conforme as instruções da própria saída da configuração do pacote, incluam


o caminho onde as bibliotecas do Xine se encontram em /etc/ld.so.conf...
# mcedit /etc/ld.so.conf
/usr/local/lib
/usr/X11R6/lib
/usr/i386-slackware-linux/lib
/opt/kde/lib
/usr/lib/qt/lib
/usr/local/lib/xine/plugins/[VERSÃO]/

... e rode o ldconf novamente...


# ldconf

... ou em /etc/profile, incluam o caminho das bibliotecas...


# mcedit /etc/profile
if [ $LD_LIBRARY_PATH ]
then
if ! set | grep LD_LIBRARY_PATH | grep /
usr/X11R6/lib:/usr/X11R6/lib/modules > /dev/null
then
LD_LIBRARY_PATH=$LD_LIBRARY_PATH:/usr/X11R6/lib:/usr/X11R6/lib/modules
export LD_LIBRARY_PATH
fi
else
LD_LIBRARY_PATH=/usr/X11R6/lib:/usr/X11R6/lib/modules:/usr/local/lib/xine
/plugins/[VERSÃO]/
export LD_LIBRARY_PATH
fi

... e atualizem as variáveis de ambiente com...


# source /etc/profile

Como todo bom tocador multimídia, o Xine possui excelentes interfaces


gráficas, das quais merecem destaque o Gxine e o Kaffeine.
Como o próprio nome supõe, gxine é uma interface gráfica baseada em
GTK+ para o Xine, ideal para ambientes gráficos como o Gnome / XFce e
disponível no pacote do programa.

105/150
Gxine.

Ao inicializá-la pela primeira vez, será aberto um assistente gráfico que irá
verificar todas as configurações da máquina para certificar-se de que esta se
encontra em condições de executar o aplicativo.
A interface gráfica Kaffeine foi desenvolvida para suprir ao KDE uma
reprodutor integrado ao ambiente gráfico. Ao ser executado, poderá
permanecer embutido no painel, de acordo com nossas preferências.

Kaffeine.

Da mesma forma que no MPlayer, o Kaffeine não se encontra disponível


junto ao pacote oficial do Xine. Para instalá-lo, deveremos baixá-lo de sua
página oficial.
A instalação poderá ser feita também sem maiores problemas com método
de compilação clássica, porém deveremos nos atentar para os erros que
surgirão em sua 1a. incialização.

106/150
Assistente de instalação do Kaffeine.

Conforme a descrição de cada problema encontrado, deveremos efetuar as


correções necessárias para que o aplicativo esteja apto para ser utilizado.
✔ <http://xinehq.de/index.php/home/>.
✔ <http://xine.sourceforge.net/>
✔ <http://kaffeine.sourceforge.net/>.

VLC
O VLC – Video Lan Client – é um projeto desenvolvido por estudantes da
Ecole Centrale Paris, que visa disponibilizar um sistema para leitura de
arquivos multimídia, tais como MPEG 1/2, DVDs, DiVX, entre outros, além de
possibilitar a visualização de TV com a utilização da placas de captura de
vídeo.

VLC – Video Lan Client.

Entre outras características, está a possibilidade de ser utilizado em Video


Walls, um recurso que engloba vários monitores empilhados, formando uma
única unidade. O VLC também se encontra disponível para o uso em outras
plataformas.
De todos reprodutores de DVD aqui testados, o VLC foi o mais fácil de
instalar e utilizar. Bastou obter os pacotes necessários e utilizar o processo
de compilação clássica, onde o programa foi instalado sem maiores
inconvenientes.
✔ <http://www.videolan.org/>.

SOBRE A EXTRAÇÃO DE DVDS, VCDS E ARQUIVOS DE VÍDEO

A extração de conteúdos multimídia, em especial de DVDs, têm sido

107/150
realizado graças à diversos fatores, dos quais destacam-se a queda de preço
dos gravadores Combo (leitor de DVD e leitor/gravador de CD-R), o baixo
custo das mídias de CD-R atuais e especialmente o alto custo dos títulos
disponíveis em DVD, onde o uso contínuo pode acarretar defeitos que
impossibilite a reutilização da mídia. Os famosos vídeos para crianças que
insistem em ver os mesmos desenhos, além de shows de músicos
contagiantes são ótimos exemplos! &;-D
Infelizmente devido à falta de tempo e algumas dificuldades extras, não
tivemos condições de criar as instruções necessárias para a instalação e
configuração das aplicações pertinentes à esta área e deixá-las disponível
nesta edição. Porém durante aprimoramento deste livro, estaremos
desenvolvendo estas instruções para que estejam disponíveis nas próximas
edições. Até lá, paciência &;-D

GRAVAÇÃO EM MÍDIAS DE CDS


Para realizar diversos tipos de gravação em mídias de CDs, existe uma
enorme variedade de programas existentes, bastando apenas o usuário
selecionar os que mais lhe agradarem, e pelo fato destas unidades estarem
a cada dia mais presentes no cotidiano do usuário, é lógico que as maiorias
das distribuições incluíssem ótimas ferramentas para o uso e manipulação
destes recursos.

KDE / QT
Apesar de não possuir nenhuma aplicação para a gravação de CD-ROMs em
seu ambiente padrão, para o KDE temos disponível o excelente K3B.

K3B
O K3B é um ótimo programa para a gravação de CDs, onde suas principais
características está a utilização da biblioteca Qt e de possuir uma interface
gráfica muito amigável.

108/150
O programa possui inúmeros recursos que facilitam muito as atividades de
gravação tais como criação de CDs de áudio, dados, extração, discos de
inicialização, enfim, praticamente tudo que um usuário necessita.
O K3B é considerado um dos melhores programas de sua categoria, tendo
suas qualidades comparadas ao famoso Nero.
Na página oficial do projeto, existem diversas versões (fontes e binários)
disponíveis; como optaremos realizar a compilação do pacote, utilizaremos
três pacotes: o k3b-[VERSÃO].tar.bz2, que contém o programa propriamente
dito; o k3b-i18n-[VERSÃO].tar.bz2, o qual adiciona o suporte para a nossa
linguagem; e o k3bmonkeyaudioplugin.tar.bz2, um plugin para a codificação
e decodificação de áudio.
Para iniciarmos a compilação, bastará apenas utilizarmos o processo de
compilação clássica. O pacote principal do programa irá demorar alguns
minutos para concluir a compilação. Tanto faz a ordem de instalação dos
pacotes k3b e k3b-i18, porém o k3bmonkeyaudioplugin deverá ser o último.
Ao iniciar pela 1a. vez, o programa solicitará que o usuário informe qual a
velocidade da unidade gravadora.

Basta apenas verificar no painel da unidade o 2o. valor informado. Por


exemplo, utilizamos uma unidade de 52x32x52x, onde 32x é a velocidade
de gravação da unidade.
Após definir a velocidade de gravação, o programa irá detectar a correta
configuração dos dispositivos presentes no sistema, além das definições de
permissões para as ferramentas necessárias. Se houver alguma coisa de
errado, será mostrado uma tela similar à esta:

109/150
Para iniciarmos a configuração do K3B, cliquem em Iniciar o K3bSetup 2.
Será solicitada a senha de superusuário, caso esteja autenticado como
usuário comum. Após isto será aberta a seguinte caixa de diálogo:

Basta agora definir os ajustes necessários, onde o utilitário recomenda


utilizar o grupo de gravação burning, o qual deverá ser criado previamente.
Para obterem maiores informações sobre as definições de permissões e
grupo de acesso, consultem a 4a. Parte: Ajustes & configurações ->
Unidades de armazenamento.
Outro ponto importante para a gravação de CDs de áudio está nos diferentes
volumes para cada faixa de áudio gravada. Umas faixas ficarão com volume
baixo, outras altas, trazendo-nos o inconveniente de ter que realizar o ajuste
de volume à todo instante.

Normalização do volume de áudio na gravação de CDs com K3b.

Para isto, temos disponível o Normalize, uma aplicação desenvolvida


especialmente para ajustar os níveis de volumes de faixas extraídas (WAV,
Ogg Vorbis, MP3) para um padrão aceitável.
Instale o pacote normalmente com o processo de compilação clássica. Após
isto, bastará ajustar as configurações do gravador de CD-R/W para utilizá-lo.
✔ <http://www.k3b.org/>.
✔ <http://www.cs.columbia.edu/~cvaill/normalize/>.

110/150
GNOME / GTK

SERVIÇOS DO NAUTILUS
Além das funcionalidades tradicionais do Nautilus como gerenciador de
arquivos, com ele também podemos realizar gravação de CD-ROMs. Para
isto, basta digitar na barra de endereços burn:/// + <ENTER> e copiar os
dados para a área em branco disponibilizada.

Logo em seguida, clique na opção Escrever em CD para que seja aberta uma
caixa de diálogo básica para configurar as opções disponíveis.

À partir deste ponto, bastará apenas queimarmos as mídias! &;-D


✔ <http://www.gnome.org/projects/nautilus/>.

X-CD-ROAST
O X-CD-Roast é outra ótima aplicação para serviços de gravação em CDs,
que diferente do K3B, este utiliza a interface gráfica GTK+ (Gnome).

111/150
O utilitário possui uma interface simples e bem prática, onde a maioria das
opções se encontram disponíveis. Nele também podemos realizar outras
atividades como a ripagem de CDs de áudio.
A instalação do X-CD-Roast é simples, onde somente é exigida a atualização
das ferramentas cdrtools para a versão 2.00.3 (recomenda-se a versão
2.01). Utilizem apenas os processos de compilação clássica para isto,
rodando o script configure pré-definindo a localização do programa em...
# ./configure --prefix=/usr

Logo em seguida:
# make
# make install (ou checkinstall -y)

Caso não tenham utilizado as definições de caminho no ./configure...


# xcdroast

** WARNING **: No /usr/local/bin/cdrecord installed

** WARNING **: (Invalid lib-directory? Check -l option)

# _

Para resolverem este problema, criem um atalho simbólico para os seguintes


programas em /usr/local/bin:
# cd /usr/local/bin
# ln -s /usr/bin/cdrecord cdrecord
# ln -s /usr/bin/mkisofs mkisofs
# ln -s /usr/bin/readcd readcd
# ln -s /usr/bin/cdda2wav cdda2wav

Após isto, o programa irá rodar normalmente.


Após instalado, o utilitário deverá ser inicializado pela 1a. vez apenas pelo
superusuário, pois caso contrário...

112/150
Conforme as instruções do aviso do programa, executem-no com as
permissões de superusuário. Inicialmente o programa irá detectar as
unidades leitoras e gravadores existentes no sistema.

Não se preocupem se o processo demorar alguns segundos... &;-D

Nesta caixa, deveremos habilitar o modo Não-root, para que todos os


usuários do sistema possam utilizá-lo. Na tela seguinte, bastará apenas
confirmar.

Em seguida, basta carregar normalmente o programa para ajustar as demais


propriedades.

113/150
✔ <http://www.xcdroast.org/>.

CONCLUSÃO
Apesar da pouca disponibilidade de recursos e aplicações para trabalhos
profissionais em multimídia, os sistemas GNU/Linux dispõe de diversos e
excelentes aplicativos para as tarefas mais simples e cotidianas, como a
reprodução, extração e decodificação de CDs e DVDs. Mas como a situação
do sistema operacional nesta área é promissora, esperamos que num futuro
próximo tenhamos à disposição o que há de melhor na área de multimídia e
entretenimento. &;-D

114/150
VI. JOGOS E ENTRETENIMENTOS

INTRODUÇÃO
Juntamente com a editoração de documentos de escritório e o acesso à
Internet, a utilização de jogos para entretenimento também é uma das
principais atividades da grande maioria dos micreiros domésticos. Porém,
existe um pequeno agravante: a maioria esmagadora dos jogos comerciais
são desenvolvidos unicamente para a plataforma Windows, tendo os
sistemas GNU/Linux somente alguns pouquíssimos títulos disponíveis...
Felizmente isto é passado, pois em virtude do crescente número de usuários
deste sistema, empresas e desenvolvedores tiveram a iniciativa de portar
bons títulos para esta plataforma, além de desenvolverem APIs e bibliotecas
que visam facilitar a vida dos desenvolvedores para a criação de novos
jogos. Neste capítulo iremos conhecer as particularidades dos jogos que
rodam em sistemas GNU/Linux, além de conhecer os principais títulos (livres
e comerciais), bibliotecas, APIs e recursos tecnológicos pertinentes.

JOGOS DISPONÍVEIS
“Infelizmente” (não sabemos se é esta a palavra correta), em virtude da
grande quantidade de jogos existentes, iremos apenas fazer uma breve
descrição sobre os títulos disponíveis, além de fornecer informações gerais
sobre as características dos mesmos e as telas do jogo obtidas na página
oficial. Seria praticamente impossível descrever todas as informações
necessárias para por os jogos rodando no sistema. Se isto fosse feito,
praticamente consumiria mais de 1.000 páginas deste livro! &;-D

AMERICAS ARMY
O Americas Army é mais que um simples jogo. Foi desenvolvido pelo
exército americano para incentivar aos jovens se alistarem no serviço
militar, e por este motivo este jogo simula com grande fidelidade todos as
etapas da vida de um militar, desde o treinamento à missões e combates
reais. Baseado no motor gráfico de Unreal, o jogo traz diversas missões que,
conforme o desenrolar das fases, o jogador passa a encarar situações de
extremo realismo, chegando à culminar em situações de guerras e
combates.
Em virtude de sua alta demanda de hardware, o Americas Army necessita de
um processador Pentium III ou equivalente, de 800 Mhz, 256 mbytes de
memória RAM e 1.2 gbytes livres de disco rígido, além de uma boa
aceleradora gráfica com 32 mbytes de memória DDR, com suporte à T&L.
Recomenda-se uma Nvidia GeForce 2, ATI Radeon 7500, Matrox G450 ou
qualquer outra superior que preencha todos os requisitos.
✔ <http://www.americasarmy.com/>.

115/150
BZFLAG
BZFlag é um excelente jogo multiplayer e multiplataforma, onde o jogador
comanda um tanque, o qual deverá eliminar seus oponentes e capturar suas
bandeiras, bem ao estilo Quake!

Tela obtida na página oficial do projeto.

O jogo possui somente modo de jogo multiplayer, sendo necessário uma


conexão em rede ou Internet para desfrutar deste título.
Felizmente, apesar da excelência de sua qualidade gráfica, o BZFlag requer
apenas 4 mbytes de espaço em disco e 16 mbytes de memória RAM, além
de uma placa de vídeo que suporte OpenGL.
✔ <http://bzflag.org/>.

CHROMIUN B.S.U
O Chromium é um jogo ao bom e velho estilo arcade, onde o jogador deverá
pilotar uma nave espacial com o objetivo de destruir as naves oponentes que
simplesmente não descansam enquanto não te destruir.

116/150
Tela obtida na página oficial do projeto.

Com bonitos gráficos e uma ótima jogabilidade, este é um dos joguinhos se


encontra disponível em diversas distribuições. Apesar de leve e consumir
poucos recursos, requer uma aceleradora gráfica com suporte a OpenGL.
✔ <http://www.reptilelabour.com/software/chromium/>.

CUBE
O Cube é um jogo estilo FPS – First Person Shooter (tiro em 1a. pessoa, em
português) – ao bom e velho estilo Quake – e desenvolvido especialmente
para partidas em rede e Internet, além de disponibilizar um modo especial
para jogar contra inimigos controlados pelo computador.

Tela obtida na página oficial do projeto.

117/150
Um detalhe interessante deste jogo é que ele foi desenvolvido praticamente
“do zero”, ou seja, não foi utilizado nenhum código proveniente de outro
jogo qualquer. Outro ponto interessante é que, como todo bom jogo, temos
disponível o MOD Death Illustrated, o qual adiciona alguns mapas e armas
especiais para o jogador.
✔ <http://www.cubeengine.com/>, <http://wouter.fov120.com/cube/>.
✔ <http://www.deathillustrated.com/>.

FLIGHTGEAR
O FlightGear é um simulador de vôo e muito similar ao famoso
FlightSimulator, da Microsoft.

Tela obtida na página oficial do projeto.

Dentre suas características está a disponibilidade de binários para diversas


plataformas, ferramentas para a instalação de cenários extras e maior
flexibilidade em vôos à determinados locais, entre outros.
Pelo fato de possuir belíssimas imagens, bom acabamento e uma qualidade
impecável, é considerado um dos melhores jogos de sua categoria, exigindo
também uma boa performance do sistema. O pacote com o programa em si
ocupa dezenas de mbytes, onde o desenvolvedor disponibiliza até mesmo
vários CD-ROMs somente com os cenários para o jogo.
✔ <http://flightgear.org/>, <http://flightgear.stockill.org.uk/>.

FREECIV
Popularmente conhecido por ser um clone do famoso Civilization, FreeCiv é
um jogo que segue a mesma linha de rival comercial, onde o jogador deverá
administrar a evolução de uma civilização com o objetivo de prosperar.

118/150
FreeCiv.

O FreeCiv foi desenvolvido especialmente para partidas em rede e multi-


player, o qual é seu grande ponto de destaque. Além disso, conta com um
grande apoio da comunidade, no que resulta em um ótimo suporte e grande
variedade de línguas – inclusive o português.
✔ <http://www.freeciv.org/>.

GL-117
Mais um excelente simulador de vôo, escrito em C++ e utilizando os
recursos de aceleração de hardware e multimídia providos pela OpenGL e
SDL.

Tela obtida na página oficial do projeto.

O GL-117 destaca-se pela boa jogabilidade, tendo ainda disponível um


manual em inglês no formato PDF onde instrui ao jogador as possíveis
manobras, além de instruções adicionais para acionar os comandos
desejados e suas respectivas teclas.

119/150
✔ <http://home.t-online.de/home/primetime./gl-117/gl-117.html>.

HEXEN I/II
Atrás do enorme sucesso de Doom e Quake, Hexen e Hexen II são versões
do tradicional jogo de tiro, porém em tendo um enredo épico, onde o
personagem se encontra em diferentes períodos da história, como a Idade
Média, Grécia antiga e a civilização pré-Colombiana.
O Hexen II traz os recursos gráficos motor gráfico de Quake II, onde para os
sistemas GNU/Linux temos disponível a modificação Anvil of Thyrion, o qual
foi baseada na expansão Hexen: Portal of Praevus.
✔ <http://www.idsoftware.com/>.
✔ <http://aot.linuxgames.com/>.

QUAKE I/II/III
No inicio de 1996, a então famosa ID Software criou sua 3a. geração de
jogos do estilo FPS, desta utilizando somente imagens tridimensionais e
abusando dos recursos proporcionados pelas aceleradoras gráficas Voodoo,
fabricadas pela 3DFx. O impacto causado pela fluidez das imagens e
movimentos suaves, além de ambientes bem elaborados, tornaram esta
série um dos jogos de maior sucesso em toda a história do PC.

QUAKE
O Quake foi um dos maiores (senão o maior) jogos estilo FPS de sua
geração. Graças ao seu sucesso, temos hoje uma infinidade de excelentes
modificações que nos fazem perder longas horas em frente à telinha! &;-D
Em virtude de sua grande fama e público fiel e apaixonado, o Quake tem
uma grande quantidade de modificações13 disponíveis, dos quais tivemos a
felicidade de utilizar alguns – os mais famosos, lógico –, e dos que nos
encantaram, estão o Telejano, DarkPlaces e Tenebrae. Todos possuem
recursos e características especiais.
O Telejano alia uma incrível beleza, belíssimas cores, excelentes efeitos
visuais além da ótima performance, contando ainda com o suporte às duas
expansões oficiais do Quake; o DarkPlaces cria uma atmosfera incrívelmente
sombria, com belíssimas texturas, sendo fiel ao propósito do Quake original.
Já o Telebrae utiliza os avançados algoritmos de Doom III trazendo
belíssimas imagens, além de necessitar de uma ótima aceleradora gráfica e
um processador potente, não deixando à desejar em nada comparando-o aos
demais MODs. Enfim, diversão e entretenimento é o que não irão faltar!
Infelizmente nem todos possuem uma versão disponível para os sistemas
GNU/Linux. Para obter maiores informações, confiram nas páginas oficiais

13 Também popularmente conhecidos como MODs.

120/150
dos projetos.
✔ <http://telejano.berlios.de/wiki3/index.php>,
✔ <http://www.icculus.org/twilight/darkplaces/>,
✔ <http://tenebrae.sourceforge.net/>.

QUAKE II
O Quake II traz algumas novidade, como algumas melhorias nas palhetas de
cores, suporte multi-player melhorado e um novo cenário futurístico e
espacial, apesar de estar ainda baseado na antiga temática do “vire-se e
mate”! &;-D
Diferente da 1a. versão, o Quake II tem poucos MODs disponíveis, dentre os
quais merece destaque o Action Quake 2 e D-Day, o qual este último traz
para o jogo a ambientação da 2a. Guerra Mundial – o dia “D”.
✔ <http://action.telefragged.com/>.
✔ <http://dynamic.gamespy.com/~dday/site/index.php>.

QUAKE III
Conhecido também como Quake Arena, o Quake III, diferente das duas
primeiras versões, foi desenvolvido especialmente para partidas em rede,
onde não existe um modo Single Player específico de fases, objetivos e
metas como nas versões anteriores.
A qualidade gráfica, além da iluminação e de belas texturas simplesmente
são de tirar o fôlego, como também é notório que todas estas qualidades
têm um (pequeno) preço à pagar: a indispensável necessidade de uma
aceleradora gráfica de pelo menos 4 mbytes de memória (com suporte à
OpenGL, lógico) e bons recursos de hardware, como a presença de um
processador Pentium II ou equivalente de 400 Mhz, 64 mbytes de memória
RAM e pelo menos 450 mbytes disponíveis no disco rígido. Para os padrões
atuais, até que esta demanda de hardware é modesta para um jogo de tão
boa qualidade (e público apaixonado). Dentre outros requerimentos
necessários destacam-se o CD-ROM original do jogo e o executável para
GNU/Linux versão 1.31 ou superior.
O executável para a instalação se encontra disponível no endereço
eletrônico oficial ou no FTP da ID Software. Após a instalação, será
necessário copiar os arquivos-base do jogo do CD-ROM, para o diretório onde
o jogo se encontra instalado. Para isto, deveremos inserir o CD-ROM na
bandeja e proceder com os seguintes comandos:
# mount /dev/cdrom
# cp /mnt/cdrom/Quake3/baseq3/*.* /usr/local/games/quake3/baseq3/

Também oderemos rodar o jogo diretamente pelo CD-ROM. Ao invés de

121/150
copiar todos os arquivos-base para o diretório do jogo, excluam a pasta
baseq3 e criem um atalho apontando para a pasta disponível no CD-ROM.
# rm -r /usr/local/games/quake3/baseq3
# ln -s /mnt/cdrom/Quake3/baseq3 /usr/local/games/quake3/baseq3

Pronto! Basta colocar o CD-ROM na bandeja e iniciar o jogo com...


$ quake3

... ou criando um atalho no ambiente gráfico desejado.


O jogo também possui expansões famosas como o Urban Terror, que traz ao
jogador a ambientação de uma cidade urbana (como o próprio nome diz), ao
bom estilo Counter Strike.
✔ <http://www.quake3arena.com/>.
✔ <ftp://ftp.idsoftware.com/idstuff/>.

RACER
O Racer é um projeto multiplataforma e não-comercial de um simulador de
corrida de carro. O jogo renderiza belos gráficos e utiliza modelos de carros
de corrida profissionais.

Tela obtida na página oficial do projeto.

Dentre outras características – conforme as instruções da página oficial –


está na a possibilidade de criarmos com certa facilidade novas pistas para o
jogo, bastando para isto utilizar editores de fases especiais.
Todo o processo de instalação e configuração do jogo é manual e complexo,
onde na seção Docs da página oficial existem alguns tutoriais explicando
como proceder. Por necessitar de aceleração gráfica, requer uma
aceleradora gráfica com suporte à OpenGL.
✔ <http://www.racer.nl/>.

122/150
RAPTOR
Outro bom jogo tipo arcade que segue o estilo do velho e conhecido
Chromiun é o Raptor: Call of the shadows and Tyrian.

Tela obtida na página oficial do projeto.

Apesar de possuir gráficos limitados, o jogo possui bons efeitos visuais (a


explosão é um deles). A diversão é garantida graças à excelente
jogabilidade, além da possibilidade de equipar a nave.
Dentre os requerimentos necessários para a instalação do jogo estão as
bibliotecas Allegro (gráfica) e Dumb (áudio).
✔ <http://raptorv2.sourceforge.net/>.

REAPER
O Reaper é um simulador de vôo espacial, onde o jogador deverá combater
seus inimigos em uma espaçonave de guerra.

Tela obtida na página oficial do projeto.

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Os gráficos em 3D são de ótima qualidade, além de possuir uma excelente
jogabilidade. Com certeza, este será um dos jogos que terão bastante
sucessos com os usuários mais aficcionados.
✔ <http://reaper3d.sourceforge.net/>.

RETURN TO CASTLE WOLFEINSTEIN


Baseado no motor gráfico melhorado do Quake III, Return to Castle
Wolfeinstein leva o jogador à uma época em plena 2a. Guerra Mundial, onde
encontrará fases repletas não somente de soldados, como também de seres
especiais como monstros e robôs semi-humanos.
Com belíssimos gráficos e efeitos visuais impressionantes, o Return to Castle
Wolfeinstein requer nada menos que um processador Pentium III 500 mhz ou
equivalente, 64 mbytes de RAM (128 mbytes é o ideal), uma placa de vídeo
de 16 mbytes RAM com suporte a OpenGL, além de uma boa quantidade de
mbytes disponível no disco rígido. O jogo possui uma extensão gratuita
chamada Return to Castle Wolfeinstein: Enemy Territory com enfoque
exclusivo para multi-player.
✔ <http://games.activision.com/games/wolfenstein/>.
✔ <http://www.enemy-territory.com/>.

SEARCH AN RESCUE
Similar ao clássico Desert Strike, Search and Rescue é mais um daqueles
ótimos jogos que nos deixam horas à fio em frente ao micro.

Tela obtida na página oficial do projeto.

O objetivo do jogo é apenas resgatar as pessoas de diferentes localizações,


onde haverá a necessidade de realizar boas manobras para pilotar o
helicóptero, o que lhe garantirá ótimos momentos de diversão.
Dentre os requisitos mínimos necessários estão um processador Pentium

124/150
166 Mhz ou similar, placa aceleradora gráfica, 16 mbytes de memória RAM
(32 recomendados) e josticks (opcional). Necessita também da
implementação Mesa3D (suporte OpenGL) e as bibliotecas libjsw (suporte
opcional ao jostick) e YIFF (suporte opcional para som). Confira na página
oficial para maiores detalhes.
✔ <http://wolfpack.twu.net/SearchAndRescue/>.

STRATAGUS (FREECRAFT)
O Stratagus é um jogo de estratégia similar ao WarCraft, originado do
código-fonte de um outro jogo, o FreeCraft que por sua vez foi
descontinuado pela Blizzard.

Tela obtida na página oficial do projeto.

O jogo suporta os modos single-player (contra bots controlados pela


máquina), multi-player para seleção de fases individuais, além de um modo
especial chamado Campaingn Game, onde o jogador deverá vencer
diferentes níveis para atravessar as fases.
✔ <http://stratagus.sourceforge.net/>.

TORCS
Um excelente e bem acabado jogo de corrida, ao bom e maravilhoso estilo
The Need for Speed!

125/150
Tela obtida na página oficial do projeto.

Apesar de não chegar à altura de seu concorrente comercial, o jogo promete


conquistar fãs graças à ótima qualidade gráfica, tendo ainda a possibilidade
do jogador criar suas próprias pistas.
✔ <http://torcs.sourceforge.net/>.

TRANSFUSION
Mais um dos maravilhosos jogos estilos FPS. Utilizando o motor gráfico do
Quake, o Transfusion possui cenários escuros e sombrios, e armas versáteis,
que vão desde as tradicionais metralhadoras, bazucas e dinamites à
exóticos vudus.

Tela obtida na página oficial do projeto.

Este jogo foi desenvolvido para partidas em rede – multi-player – onde


infelizmente não se encontra disponível uma versão single-player ou bots
para a utilização individual. Por se basear no motor gráfico do Quake, é um
jogo leve e que requer pouca demanda de processamento, porém será

126/150
necessário a utilização de uma placa aceleradora gráfica com pelo menos 8
mbytes de memória RAM.
✔ <http://www.planetblood.com/qblood/>.

TUXKART
Inspirado no famoso Mario Kart, este é mais um ótimo jogo para a criançada
aficcionada por vídeo-games!

Tela obtida na página oficial do projeto.

Por ser similar ao Mario Kart, a jogabilidade é ótima, com belos gráficos (e
ainda leves, apesar de necessitar da aceleração gráfica). Com certeza
aqueles que têm (ou tiveram) um Nitendo 64 vão curtir muito este jogo.
✔ <http://tuxkart.sourceforge.net/>.

SUPERTUX
Outro ótimo jogo para àqueles saudosos pelo Super Mario Bros!

127/150
SuperTux.

O SuperTux é um clone do famoso encanador que conquistou muitos fãs da


garotada que curtia na época seu novíssimo Super Nitendo - há uns 12 anos
–, onde ao invés das tradicionais flores e cogumelos, o nosso Tux deverá
atravessar fazes repletas de perigos na Antártida, enfrentando bolas de neve
e cubos de gelo, entre outros inimigos. Apesar da simplicidade, com certeza
será mais um título que agradará aos linuxistas.
✔ <http://super-tux.sourceforge.net/>.

UNREAL TOURNAMENT
Para fazer frente ao famoso Quake III, foi desenvolvido o Unreal Tournament,
que seguindo a sua filosofia, foi concebido para ser jogado somente em
modo multi-player. Apesar de não existir uma seqüencia de fases single-
player este jogo possui um modo single chamado bots, que consiste na
criação de arenas com jogadores comandados pelo computador.
A 1a. versão de Unreal Tournament requer a presença de um processador
Pentium II de 400 Mhz ou equivalente, uma simples aceleradora gráfica com
4 mbytes de memória (esta ainda opcional), 64 mbytes de memória RAM e
algo em torno de 400 mbytes livres de disco rígido, ao passo que a versão
2003 requer pelo menos um processador Pentium III de 733 Mhz (1 gbyte
recomendado), 256 mbytes de memória RAM e X gbytes disponíveis no disco
rígido, além de uma aceleradora que suporte T&L, 32 mbytes de memória e
descompressão S3TC, recursos estes somente disponíveis nas Radeon,
GeForce, Matrox e Savage. A versão atual é a UT 2004.
A qualidade e o sucesso dos jogos surpreendem a tal ponto que conseguiu
dividir os aficcionados pelos clássicos Doom e Quake. Há os que preferem as
antigas versões de Doom, há aqueles que consideram Quake um mito e
ainda outros que preferem os incríveis efeitos visuais de Unreal. Enfim,
opções para diversão é que não faltam...
✔ <http://www.unrealtournament.com/>.

128/150
EMPRESAS PIONEIRAS
Apesar as inúmeras contribuições que ajudaram os sistemas GNU/Linux à
tornarem-se uma opção atrativa como plataforma de entretenimento,
gostaríamos de enaltecer grandes nomes de empresas que foram as
pioneiras no desenvolvimento e portabilidade de jogos: a MP Entertainment,
ID Software e Loki Games.

ID SOFTWARE
A ID Software foi uma das primeiras empresas à darem importância aos
usuários de sistemas GNU/Linux. Títulos famosos como Doom, Heretic,
Quake e Quake II foram portados para esta plataforma graças à sua
iniciativa de disponibilizar o código-fonte sob os termos da GPL.
Posteriormente lançou a seqüência do então aclamado Quake, já na 3a.
versão e exclusivamente para partidas em rede, onde este lançamento foi
realizado simultaneamente nas duas plataformas. Para variar, a ID Software
antes havia disponibilizado versões de teste deste jogo somente nas
plataformas GNU/Linux, onde os usuários do Windows somente tiveram
acesso quando pronta a versão final. O fator decisivo que facilitou bastante a
migração dos títulos foi o fato destes serem desenvolvidos utilizando a
linguagem C, além dos últimos utilizarem a API OpenGL que, entre suas
principais características, está a independência de plataformas (e em
conseqüência a portabilidade).
Além das famosas séries Doom e Quake, encontra-se também disponível os
binários para a execução de outros títulos como Return to Castle
Wolfeinstein.
✔ <http://www.idsoftware.com/>.

MP ENTERTAINMENT
A MP Entertainment foi a primeira empresa a desenvolver um título com
versão exclusiva para os sistemas GNU/Linux. Trata-se do jogo Hopkins FBI,
o qual se destaca por oferecer ao jogador uma excelente aventura com
ótimos gráficos, onde o personagem é um agente do FBI que terá de
capturar um terrorista. Coisas de americano...
✔ <http://www.hopkinsfbi.com>.

LOKI GAMES
Em sua fundação, a Loki Games tinha um objetivo bem definido: portar bons
títulos que fizeram sucesso na plataforma Windows para os sistemas
GNU/Linux, onde posteriormente foram lançados os jogos Civilization: Call to
Power, Myth II: Soulblighter, Railroad Tycoon II e Heretic II. Infelizmente a
Loki faliu, deixando-nos órfão, mas sua página da Internet ainda continua
ativa.

129/150
✔ <http://www.lokigames.com/>.

DISTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Conforme comentado fortemente na 1a. Parte: Os Sistemas GNU/Linux -> As
distribuições, existem uma série de distribuições para atender à diversos
propósitos. Dentre estes, destaca-se a elaboração de distros especiais que
focam exclusivamente ao entretenimento, com a disponibilização de
excelentes títulos de jogos.

GENTOO GAMES INC.

A Gentoo Games é uma empresa que tem como objetivo portar tradicionais
jogos do Windows para os sistemas GNU/Linux, porém com um pequeno
diferencial: os jogos são disponibilizados em live-CDs contendo um sistema
GNU/Linux adaptado para reconhecer todo o hardware e condicionar o
equipamento para rodar o jogo, ao invés destes serem instalados
diretamente na máquina. Entre os jogos disponíveis se encontram Americas
Army, Return to Castle Wolfeinstein: Enemy Territory, Unreal Tournament
(demonstração), entre outros.
✔ <http://www.gentoobr.org/>, <http://www.gentoogames.com/>.

KURUMIM GAMES
Baseada na maravilhosa distribuição desenvolvida por Carlos E. Morimoto
(que por sua vez foi baseada no Knopix), a Kurumim Games foi desenvolvida
por Antônio Marçal (Tonywalker) e o seu principal objetivo é prover para os
usuários finais um live-CD especial para rodar diversos jogos. Atualmente
encontram-se disponível as versões I e II, mas não pensem que a 2a. versão
seja uma atualização da 1a., pois nesta última apenas foram
recondicionados novos jogos, além de um suporte melhorado para as placas
aceleradoras de vídeo.
✔ <http://www.kurumingames.cjb.net/>.

A EXECUÇÃO DE JOGOS NATIVOS DO WINDOWS


Para que possamos executar nossos jogos preferidos desenvolvidos para
Windows em sistemas GNU/Linux, necessitaremos recorrer ao processo de
emulação ou implementação das chamadas do sistema operacional nativo, o
qual é uma das tarefas mais complexas e desafiadora atuais, seja pela
maturidade dos emuladores existentes, quanto pela existência de diversos
títulos que a cada dia evoluem.
Para estas árduas tarefas temos as implementações Wine e o WineX.

130/150
WINE / WINEX
O Wine é um conjunto de APIs que visam fornecer aos sistemas GNU/Linux
uma camada de funções do sistema para a execução de aplicativos nativos
para Windows, onde atualmente é largamente utilizado para rodar
aplicações Win32 que não se encontram disponíveis para os sistemas
GNU/Linux. Com os jogos, com certeza não poderia ser diferente...
Já o WineX possui uma implementação mais avançada da API DirectX,
tornado-se apto à rodar jogos desenvolvidos para Windows que a utilizam
para ter acesso aos recursos de hardware do sistema. Em especial, destaca-
se a conversão das chamadas de aceleração gráfica do Direct3D para
OpenGL, os quais os desenvolvedores esforçaram-se ao máximo para
melhorar ao máximo o desempenho obtido.
A instalação de ambos são praticamente idênticas, visto que um projeto
deriva-se de outro. Diferentemente das aplicações básicas, os arquivos de
configuração destas APIs necessitam de alguns ajustes extras para que
possam emular o com perfeição o ambiente ideal para a execução das
aplicações. Apesar de ser um processo trabalhoso, felizmente
disponibilizamos instruções para esta atividade.
Para obterem as instruções desejadas de como proceder para a instalação e
configuração destas implementações, consultem a 6a. Parte: Adaptação &
Flexibilidade -> Emulação de sistemas e hardwares.
✔ <http://www.winehq.org/>.
✔ <http://www.transgaming.com/>.

GRAU DE COMPATIBILIDADE DO WINEX


Na página oficial do projeto, existe uma listagem dos jogos passíveis de
emulação, onde é apresentado um sistema de pontuação que varia de 1 a 5.
Este é o grau de compatibilidade que varia do perfeito funcionamento (grau
5) à incompatibilidade e/ou impossibilidade de execução (grau 0) do jogo.
Note que a maioria esmagadora dos títulos descritos não possuem grau 5, o
que atesta a possibilidade de existência de algum problema que dificulte o
até mesmo impossibilitem de rodá-los através da implementação.
✔ <http://www.transgaming.com/dogamesearch.php?order=working&showall
=1>.

BIBLIOTECAS E APIS GRÁFICAS


As bibliotecas ou APIs são um conjunto de rotinas desenvolvidas
especificamente para prover uma camada intermediária para acesso às
funções do hardware. Existem APIs para as mais diversas finalidades, porém
forneceremos informações apenas para as mais utilizadas atualmente.

131/150
SOBRE A OPENGL
a OpenGL – Open Graphics Library – é uma biblioteca de baixo nível escrita
em linguagem C e desenvolvida pela Silicon Graphics Inc. em 1992 em
comum acordo com a ARB – Architecture Review Board –, que disponibiliza
as rotinas gráficas necessárias para modelagem, criação e manipulação de
ambientes e objetos em 3D bastante utilizada em aplicações de computação
gráfica.
Uma das grandes particularidades da OpenGL é o fato desta prover um
conjunto de APIs independente do sistema operacional, sendo desenvolvida
para que suas especificações de nomes e parâmetros fossem os mesmos
independente do ambiente o qual a OpenGL foi implementada, com isto
gerando exatamente os mesmos efeitos visuais. Graças à esta característica,
a portabilidade de quaisquer aplicações escritas em linguagens de
programação portáveis e que utilizam esta biblioteca tem se tornado
possível. Além disso, pelo fato das rotinas da OpenGL serem implementadas
na linguagem C, a sua utilização e/ou portabilidade em qualquer programa
escrito em C ou C++ torna-se mais fácil ainda.
Além da linguagem C, a OpenGL é suportada por uma infinidade de outras
linguagens de programação e por praticamente todos os sistemas
operacionais e ambientes gráficos. Algumas implementações fornecem
desempenhos superiores de uma plataforma em comparação à outra, como
é o caso do OS/2 para o Windows, tendo a primeira uma ligeira vantagem.
A OpenGL atualmente é mantida pela Silicon Graphics Inc. e a ARB.
Considerada atualmente padrão para a indústria, a sua utilização têm
ocorrido em larga escala por diversos fabricantes de aceleradoras de vídeo e
conseqüentemente para o desenvolvimento de jogos, aplicações técnicas e
científicas, entre outras áreas.
Existe uma enorme quantidade de jogos que suportam a OpenGL. E
justamente por isto ela – e a implementação Mesa – merecem um grande
destaque neste livro.
✔ <http://www.opengl.org/>.

A IMPLEMENTAÇÃO MESA
A biblioteca Mesa é um implementação não-oficial da biblioteca OpenGL que
tem o objetivo de prover uma solução para o desenvolvimento de aplicações
em 3D para os sistemas de código-aberto, como o GNU/Linux e *BSD. Com
os jogos, com certeza não poderia ser diferente...
Sua instalação no Slackware é necessária apenas para alguns jogos que
requerem a implementação para rodar alguns jogos emulados, além de ser
necessária para a compilação de alguns jogos nativos.
✔ <http: //www.mesa3d.org/ >.

132/150
REQUERIMENTOS
Para a instalação do Mesa3D, será necessário:
Pendência Função
libGLw.tar Bibliotecas OpenGL do projeto.
oss-opengl-glu-[VERSÃO].rpm Biblioteca GLUT (encontra-se disponível no
Slackware à partir da versão 9.1).
Todos estes pacotes se encontram disponíveis na mesma seção download da
implementação Mesa. Além destas pendências, serão necessários os
seguintes pacotes que compõe a implementação:
Pacote Função
MesaLib-[VERSÃO].tar.bz2 As bibliotecas propriamente ditas.
MesaDemos-[VERSÃO].tar.bz2 Aplicações para testar a instalação.
O pacote MesaDemos é opcional, pois sua utilização será necessária apenas
para executará alguns testes gráficos e com isto verificar se o programa foi
corretamente instalado.

A INSTALAÇÃO

PENDÊNCIAS
O pacote que contém as bibliotecas libGLw deverá ser descompactado e
movido para o diretório /usr/X11/lib/.
# tar -xpvf libGL.tar
# mv libGL* /usr/X11/lib/

Instale normalmente o pacote oss-opengl-glu-[VERSÃO].rpm.


# rpm -ivh oss-opengl-glu-[VERSÃO].rpm --nodeps

Lembre-se de que será desnecessário a instalação deste último à partir da


versão 9.1 do Slackware.

PACOTES
Descompacte os pacotes MesaLib e MesaDemos para realizar a instalação.
Após o término da operação, entre no diretório criado e digite os seguintes
comandos:
# ./configure --help

O utilitário configure possui diversos parâmetros, os quais a grande maioria


são detectados pelo processo. A sintaxe básica é:
# ./configure [PARÂMETROS]

133/150
Aguarde um pouco enquanto o utilitário realiza as configurações necessárias
para a construção dos Makefiles necessários. Após o término da operação,
execute:
# make && make install

... para realizar a compilação e instalação do pacote.


Para verificar se os pacotes foram corretamente instalados, execute na linha
de comando os comandos...
# make check && make exec

Durante a execução dos comandos citados, deverão ser exibidos diversas


janelas com imagens gráficas, necessitando dos recursos de renderização.
Se as movimentações estiverem suaves, a instalação correu sem maiores
problemas.

SDL
A SDL – Simple DirectMedia Layer –, um conjunto de APIs de baixo nível
desenvolvida para prover as chamadas de sistemas utilizados para o
desenvolvimento de jogos em diversas plataformas, habilitando os recursos
de áudio, vídeo e demais periféricos como o mouse e o teclado, com
excelente performance e garantia de portabilidade para os jogos
desenvolvidos.14
“This library is designed to make it easy to write games that run on
Linux, Win32 and BeOS using the various native high-performance
media interfaces, (for video, audio, etc) and presenting a single
source-code level API to your application. This is a fairly low level
API, but using this, completely portable applications can be written
with a great deal of flexibility.” – [Desenvolvedores da SDL].
Como podem observar, uma das maiores vantagens proporcionadas pela
SDL é a possibilidade de portar aplicações para qualquer outra plataforma.
A instalação da SDL é simples, rápida e sem maiores complicações, onde
existe apenas a necessidade de obter o código-fonte direto do
desenvolvedor e realizar o processo de compilação clássica. À partir da
versão 9.0, o Slackware incluiu em seu CD-ROM de instalação este pacote,
além desta já se encontrar disponível no CD-ROM Extra das versões
anteriores.
✔ <http://www.libsdl.org/>.

14 Até pouco tempo atrás, os sistemas GNU/Linux se encontravam nas mesmas


condições que o Windows em 1995, onde a necessidade de desenvolvimento de
uma camada de APIs aos moldes da DirectX era um requisito essencial para o
desenvolvimento de jogos para os sistemas GNU/Linux. Para esta necessidade, foi
desenvolvida a SDL.

134/150
SOBRE OUTRAS API S GRÁFICAS

Conforme já viram neste capítulo, existem diversas outras APIs gráficas além
da OpenGL. Entre elas, estão a Direct3D e o GLide.
Concorrente direta da OpenGL, a Direct3D é parte do conjunto de APIs
DirecX, desenvolvida pela Microsoft e extremamente necessária para a
interface em desenvolvimento de jogos no Windows. Da mesma forma que o
OpenGL, fornece uma camada de comunicação entre os recursos de
aceleração gráfica da placa de vídeo e os aplicativos que requerem
processamento em 3D. A performance da Direct3D está apenas um pouco
aquém da poderosa OpenGL, apesar de praticamente todos os jogos
comerciais (que por sua vez são desenvolvidos para Windows) à suportam.
Já o GLide foi uma das primeiras APIs gráficas que visavam fornecer aos
jogos uma camada para acesso aos recursos gráficos das aceleradoras de
vídeo da série Voodoo, fabricada pela 3DFx. Em virtude da falência desta
grande fabricante, hoje se encontra em desuso.

OS EMULADORES DE VIDEO-GAMES
Ao contrário dos processos de emulação de hardware (computador) e
sistemas operacionais, a emulação de vídeo-games é um processo mais leve
em virtude da simplicidade de construção e arquitetura de um computador.
Neste capítulo iremos conhecer os principais emuladores dos videogames
mais conhecidos populares do mercado brasileiro.

OS PRINCIPAIS EMULADORES

ARCADE
O Xmame é uma versão do famoso MAME – Multiple Arcade Machine
Emulator – que por sua vez não é um emulador de vídeo-game, e sim de
máquinas arcade (popularmente conhecidas como fliperama). Com ele, é
possivel executarmos àqueles famosos jogos de fliperama que foram a febre
no final dos anos 80 e início de 90.

135/150
Tela obtida na página oficial do projeto.

Dentre suas características, está na emulação das máquinas fliperamas


(lógico), suporte à diversas formas de exibição em vídeo (podemos simular
uma TV ou a tela de vídeo do fliperama), suporte à joystick, além de uma
enorme variedade de jogos. Suporta também diversas saídas de vídeo, como
o OpenGL, SDL e X11.
A instalação, apesar de demorada, é simples, bastando apenas executar a
seqüencia de comandos da compilação clássica, omitindo apenas a instrução
./configure...
# make && make install (ou checkinstall -y)

Bastará aguardar alguns minutos para ter disponível o emulador.


Para executar o emulador, deveremos utilizar na linha de comando...
$ xmame.x11

A interface gráfica oficial do projeto encontraremos na seção Download. São


várias existentes, onde algumas suportam os sistemas GNU/Linux, outras o
DOS/Windows. Não deixem de visitar para obter maiores informações.
✔ <http://x.mame.net/>.
✔ <http://www.mame.net/frontend.html>.

SUPER NITENDO
Desenvolvido por Gary Henderson, o emulador do vídeo-game Super Nitendo
nos sistemas GNU/Linux é o Snes9x. Além de ser escrito em C++, existem
ports também disponíveis para DOS e Windows.

136/150
Tela “Tetris Attack”, obtida na página oficial do projeto.

O emulador requer um Pentium 200 Mhz ou equivalente e 32 mbytes de


memória RAM, necessitando também de uma aceleradora gráfica em vista
do uso da API 3D OpenGL para efeitos visuais.
Após descompactado o pacote, entre no diretório criado...
# cd snes9x-1.42-src/

... e novamente no diretório snes9x:


# cd snes9x

Para iniciar o processo, deveremos rodar o script ./configure, porém atente-


se para a existência de diversos parâmetros que merecem atenção especial.
Ao evocarmos a ajuda...
# ./configure --help

... serão exibidas diversas opções, das quais as mais importantes são:
Snes9x
--with(out)-glide Aceleração via hardware com GLide.
--with(out)-joystick Utilização do joystick.
--with(out)-opengl Aceleração via hardware com OpenGL.
--with(out)-screenshot Captura de telas (screenshot).
Algumas destas opções se encontram habilitadas por padrão (joystick e
screenshot), ao passo que outras necessitarão ser habilitadas (GLide e
OpenGL). Como pouquíssimas placas de vídeo atuais suportam GLide,
optaremos por utilizar o OpenGL. A linha de comando ficará dessa forma:
# ./configure -with-opengl

Lembrem-se que as demais opções se encontram habilitadas por padrão.


O restante do processo segue similar ao processo básico de compilação
clássica, onde o diferencial está na sintaxe incrementada do script configure.
# make

137/150
# make install (ou checkinstall -y)

Um aspecto interessante é que, diferente dos jogos para computadores, os


jogos de vídeo-game possuem um conjunto limitado de teclas de controle,
das quais deverão ser configuradas obedecendo basicamente os 4 sentidos
de direção: frente (up), tráz (down), esquerda (left) e direita (right); os 4
botões de ação (X, Y, A e B); os 2 botões turbo: turbo-esquerda (TL) e turbo-
direita (TR); e os tradicionais iniciar (start) e selecionar (select). Por padrão,
o Snes9x utiliza as seguinte teclas do teclado para simular o controle:
Tecla Função
<SETA_ACIMA>, <U> Para frente (up);
<SETA_ABAIXO>, <J> ou <N> Para tráz (down);
<SETA_ESQUERDA>, <H> Para esquerda (left);
<SETA_DIREITA>, <K> Para direita (right);
<ENTER> Iniciar (start);
<BARRA_DE_ESPAÇO> Selecionar (select);
<A>, <V> ou <Q> Turbo esquerda (TL);
<Z>, <B> ou <W> Turbo direita (TR);
<S>, <M> ou <E> Botão X;
<X>, <,> ou <R> Botão Y;
<D>, <.> ou <T> Botão A;
<C> ou <Y> Botão B;
Para habilitar o menu principal, utilize a tecla <ESC>, para pausar um jogo,
utilize a tecla <PAUSA>. Existem diversos outros controles para utilizar com
o emulador. Para isto, consultem a documentação README.UNIX, disponível
juntamente com o código-fonte.
Caso não tenhamos disponível uma uma interface gráfica, poderemos
carregar o Snes9x evocando-o à partir da linha de comando com a seguinte
sintaxe:
$ snes9x [PARÂMETROS] [ROM]

Onde:
Snes9x
-16 Renderização à 16 bits de cores.
-dfr Exibe a quantidade de quadros por segundo (frame-rate).
-fs Modo tela cheia.

138/150
Snes9x
-hi Alta definição de imagem (modo interlaçado).
-j Desabilita o joystick.
-r[0-7] Define qualidade de áudio: 0 – desabilita; 1 – 8192; 2 – 11025; 3 –
16500; 4 – 22050 (padrão); 5 – 29300; 6 – 36600 e 7 – 44000.
-tr Habilita os recursos de transparência (GL).
[ROM] A ROM propriamente dita.
Estas são as opções mais comuns. Existem diversas outros parâmetros,
porém menos utilizado em virtude de sua pouca necessidade. Para maiores
informações, consultem a documentação do programa.
Sabemos que a grande maioria irá preferir curtir seus jogos com este
emulador através do uso de uma interface gráfica. Para o Snes9x, temos o
KSnes9x, que como o próprio nome induz, foi desenvolvido especialmente
para o KDE.

Tela principal da interface gráfica, obtida na página oficial do projeto.

Dentre os requerimentos necessários está na manutenção do KDE headers


para a compilação do código-fonte pelo método clássico. Caso não
encontrem as pendências necessárias, optem por utilizar os pacotes binários
do programa.
✔ <http://www.snes9x.com/>.
✔ <http://ksnes9x.sourceforge.net/>.

MEGA-DRIVE
O emulador do video-game de 16 bits Mega-Drive é o dgen.
Dentre os principais atrativos, está na ótima qualidade de áudio, na opção
de salvar fases do jogo e uso de diversos filtros para melhor exibição de
imagem no sistema. Sua interface gráfica padrão baseia-se na GTK.

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Tela principal do emulador ao ser evocado pela 1a. vez.

Dentre seus requerimentos indispensáveis está a biblioteca SDL, que


felizmente encontra-se disponivel na maioria das distribuições atuais. Para
instalar o dgen, bastará utilizamos o processo de compilação clássica.
Para realizar ajustes e configurações no emulador, basta navegar no menu
principal e selecionar as opções desejadas de acordo com sua categoria.
✔ <http://gens.consolemul.com/>.

ATARI
O emulador do vídeo-game Atari é o Stella.

Hero, um antigo clássico da Atari. Tela obtida na página oficial do projeto.

Seu principal atrativo está no fato de ser um aplicativo multi-plataforma:


existem versões para sistemas GNU/Linux, DOS, Windows, OS/2 e Mac.
Após descompactado, deveremos entrar no subdiretório stella-[VERSÃO]/
src/build...
# cd stella-[VERSÃO]/src/build

... e digitar:
# make linux-gl

140/150
Já para àqueles que não dispõe de aceleradoras gráficas...
# make linux

Após alguns minutos, será gerado um arquivo binário chamado stella.


Deveremos copiá-lo para /usr/local/bin, para que esteja disponível à todas as
contas de usuários do sistema.
# cd stella /usr/local/bin

Para executar o programa, deveremos utilizar a sintaxe...


$ stella [PARÂMETROS] [ROM]

Todos os parâmetros poderão ser visualizados basicamente digitando...


$ stella
15
Error: Couldn't load settings file

Stella version 1.4.1

Usage: stella [options ...] romfile

Valid options are:

-video <type> Type is one of the following:


soft SDL software mode
-sound <1|0> Enable sound generation
-fragsize <number> The size of sound fragments (must be a power
of two
)
-framerate <number> Display the given number of frames per second
-zoom <size> Makes window be 'size' times normal
-fullscreen <1|0> Play the game in fullscreen mode
-grabmouse <1|0> Keeps the mouse in the game window
-hidecursor <1|0> Hides the mouse cursor in the game window
-volume <number> Set the volume (0 - 100)
-paddle <0|1|2|3> Indicates which paddle the mouse should
emulate
-altpro <props file> Use the given properties file instead of
stella.pro
-showinfo <1|0> Shows some game info
-accurate <1|0> Accurate game timing (uses more CPU)
-ssdir <path> The directory to save snapshot files to
-ssname <name> How to name the snapshot (romname or md5sum)
-sssingle <1|0> Generate single snapshot instead of many
-mergeprops <1|0> Merge changed properties into properties file,
or save into a separate file

bash-2.05b$ _

15 As instruções da documentação do emulador orienta-nos à copiar o arquivo de


configuração Stella.pro para o diretório /etc. Em nosso caso, não o encontramos
disponível em nenhuma parte do código-fonte, porém sua falta não ocasionou
nenhum problema em sua execução.

141/150
Para àqueles que preferem utilizar uma interface gráfica, temos o KStella,
que como o próprio nome induz, foi desenvolvido especialmente para o KDE.

Tela obtida diretamente da página oficial do projeto.

Sua instalação poderá ser feita sem maiores dificuldades16 com a utilização
do processo de compilação clássica, onde em poucos seguindos teremos
disponível a interface gráfica. &;-D
✔ <http://stella.sourceforge.net/>.
✔ <http://kstella.sourceforge.net/>.

PÁGINAS INTERESSANTES

Linux Game Tower / Linux Games


Estas são consideradas as páginas oficiais de jogos para os linuxers. &;-D
✔ <http://www.happypenguin.org/>.
✔ <http://www.linuxgames.com/>.

Icculus.org – The Helping Phriendly Box


Após a falência da Loki Games, esta é a principal página que trata do porte
de famosos jogos para os sistemas GNU/Linux, antes disponíveis apenas para
Windows. Lá encontraremos notícias sobre jogos famosos e de grande
sucesso, como o Heretic, Duke Nuke 3D, Medalha de Honra e muitos outros.
✔ <http://www.icculus.org/>.

Slashdot: New for nerds, stuff that matters


Uma recente página, especializada em notícias do mundo dos jogos em
16 No comentário anterior, havíamos dito que não houve maiores inconvenientes na
execução do Stella sem a presença do arquivo stella.pro. Porém o KStella não pôde
ser carregado corretamente, onde tivemos que apelar para criar este arquivo de
configuração vazio.

142/150
sistemas GNU/Linux. Qualquer novidade com certeza terá um espaço lá
reservado para ela! &;-D
✔ <http://games.slashdot.org/>.

Vintage Gaming Network


A Vintage Gaming Network é uma página especializada em emuladores de
video-games e ROMs, trazendo as últimas notícias das novidades deste
mundo. Possui uma seção especial para a obtenção de ROMs, estas
organizadas por seções com a nomenclatura de diversos tipos de
emuladores dos quais sãos suportados.
Todas as ROMs disponíveis neste endereço foram desenvolvidas por
programadores entusiastas, além de serem de domínio público. Com isto,
não teremos nenhuma restrição de uso para a nossa diversão.
✔ <http://www.vg-network.com/>.

CONCLUSÃO
Antigamente, quando se comentava sobre jogos nos sistemas GNU/Linux, à
primeira coisa que vinha à mente dos usuários era os antigos joguinhos
disponíveis nas distribuições que somente serviam para passar o tempo.
Faltava a disponibilidade de bons títulos para a plataforma, e os que
existiam somente poderiam ser rodados de duas formas: por implementação
de APIs, que ainda hoje deixam à desejar ou mantendo uma partição com o
sistema operacional Windows separada apenas para esta atividade. 17 Pois é,
acreditem: muitos dos usuários de sistemas GNU/Linux mantém a 2a. opção
geralmente por este motivo, senão é este o motivo maior.

17 Nota do autor: “Não utilizo o Windows desde final de 2002, onde até então possuia
apenas a versão Windows 95 instalado em um Pentium MMX 200 Mhz com 32 MB de
memória RAM. Ao realizar o upgrade para um Pentium III 800 Mhz, resolvi não mais
utilizá-lo, pois estava descontente com o alto custo da licença do Windows XP,
decidindo apenas por manter um sistema GNU/Linux em meu computador. Como
podem ver, fiquei um bom tempo sem curtir os meus jogos favoritos, saudades estas
amenizadas um pouco graças ao emulador Wine e o suporte OpenGL das aceleradoras
gráficas Voodoo, o qual consegui rodar alguns dos meus jogos neste sistema
operacional (Quake, Quake II, Heretic II, Sin, etc.). Felizmente não foi por muito tempo
que fiquei longe dos jogos baseados na API Direct3D, pois devido à necessidade de um
novo upgrade, resolvi por obter uma cópia do Windows XP OEM apenas para também
satisfazer esta (e outras) necessidades.”

143/150
VII. MISCELÂNEAS
INTRODUÇÃO
Além das as aplicações mencionadas nas seções anteriores, existem uma
infinidade de aplicativos e utilitários diversos para todos os tipos de
atividades que se deseja realizar. Descreverei aqui somente as principais,
lembrando aos usuários que, pela grande existência de atividades, muitos
perfis de aplicação não estarão descritos aqui; mas nada impede que no
futuro tais aplicações estejam presentes, de acordo com a sua popularidade.

CONTROLE FINANCEIRO

IRPF
Antigamente, um dos grandes inconvenientes dos usuários de sistemas
GNU/Linux que faziam a declaração de renda estava no fato do programa
estar disponível apenas para a plataforma Windows. Porém, à partir de 2004,
a Receita Federal desenvolveu uma versão especial do programa escrito em
Java para facilitar à vida daqueles que não só utilizavam os sistemas
GNU/Linux, como também o Mac, Solaris e OS2.
Diferente da versão para Windows, o IRPF não necessita do programa
ReceitaNet, necessário para transmitir os dados para a Receita Federal.
O principal requerimento exigido para a utilização do novo programa de
imposto de renda está prévia instalação e configuração da Java Virtual
Machine ou Java Development Kit – JDK. À partir da versão 9.0, o Slackware
possui uma versão da JDK disponível na distribuição, mas caso não se
encontre, vá à página da Blackdown e obtenha a versão mais recente.
Para instalarmos o IRPF, basta apenas executarmos o binário disponibilizado
na página da Receita Federal.
$ ./IRPFJava2004linuxv1.1.bin
Assistente InstallShield

Inicializando Assistente InstallShield...

Procurando Java(tm) Virtual Machine...


........

Será inicializada um assistente gráfico que fornecerá as instruções básicas


necessárias para a instalação do programa.

144/150
Sem grandes mistérios poderemos realizar todos os ajustes necessários para
a instalação. Porém ao definirem o diretório-destino onde o programa será
instalado, redefinam-o para o diretório padrão do usuário autenticado.

Isto é necessário pelo fato do usuário não possuir permissão de escrita para
o diretório indicado pelo instalador. O mesmo ocorre com a pasta de dados,
que será automaticamente detectado pelo instalador do programa – neste
caso, em /home/darkstar.

145/150
Enfim, basta dar continuidade ao processo sem maiores complicações. &;-D
Para executar o programa, entrem no diretório criado na pasta do usuário...
$ cd /home/darkstar/IRPFJava2004

... e executem o binário IRPF 2004:


$ ./”IRPF 2004”
Iniciar

Inicializando Iniciar...

Em poucos instantes estará disponível a interface do programa.

Para àqueles que já fizeram a declaração, não há muito mistério. O problema


maior será justificar aqueles R$ 2.000.000,00 na conta da suíça... &;-D
Como todo programa que utilize métodos diferenciados de instalação,
provavelmente não será diferente para a sua desinstalação. No caso do IRPF,
deveremos entrar no diretório do programa, acessar a pasta desinstalar e
executar o binário desinstalar.bin.
$ cd /home/darkstar/IRPF/desinstalar
$ ./desinstalar

146/150
IRPF 2004.

Por ser simples e de fácil entendimento, o processo de desinstalação do IRPF


não requer comentários adicionais.
✔ <http://www.receita.fazenda.gov.br/>.
✔ <http://www.blackdown.org/>.

GERENCIAMENTO DE RECURSOS
Como todo bom administrador de sistemas GNU/Linux, uma boa utilização
dos recursos do sistema é primordial. Mas para isto teremos que recorrer à
linha de comandos e utilizar uma série de comandos e sintaxes para checar
os resultados, algo bastante incômodo, não acham?
Para realizar esta tarefa de forma mais prática, existem ótimas aplicações
gráficas disponíveis, das quais merecem destaque o SuperKaramba.

SUPERKARAMBA
O SuperKaramba é uma excelente ferramenta gráfica que auxilia o
administrador do sistema nas visualização de atividades inerentes da
máquina local, como carga do processador, serviços carregados, ocupação
da memória, entre outros. Outra recente inovação está na possibilidade de
ser utilizado como leitor de RSS.

Tema “TUX Bar”, disponívem em http://www.kde-look.org/.

A instalação é simples e prática, bastando apenas obter o código-fonte e


realizar o processo de compilação clássica.
Após instalado, será necessário baixar um tema para que possamos utilizar o
gerenciador de recursos.

147/150
Evoque o programa e, ainda na tela de apresentação, clique na opção
Download. Automaticamente será aberto o navegador padrão, onde o
mesmo apontará para a página oficial do projeto, na seção Themes. Basta
apenas selecionar quaisquer um destes, descompactá-los em /
opt/kde/apps/superkaramba (opcional – fica à critério) e utilizá-lo com a
opção Open. Após selecionado, o tema automaticamente será carregado.
✔ <http://netdragon.sourceforge.net/>.

GKRELLM
O GKrellM é uma aplicação desenvolvida especialmente para monitoramento
das atividades do sistema. Por utilizar a biblioteca gráfica GTK+, é a opção
ideal para ambientes gráficos baseado nesta (Gnome, XFce, Enlightenment,
entre outros).

GKrellM.

Com os mesmos conceitos do SuperKaramba, com ele poderemos checar o


uso da memória, atividade do processador, conexão, etc.
A instalação é simples, fácil e relativamente rápida, bastando apenas utilizar
o processo de compilação clássica, omitindo a instrução ./configure.

148/150
# make
# make install (ou checkinstall -y)

Ao inicializar pela 1a. vez, o GKrellM apresenta uma caixa de mensagem...

Aviso do GKrellM.

O utilitário instrui ao usuário para clicar com o botão direito do mouse sobre
a aplicação para acessar o painel de configuração ou apenas teclando <F1>.
✔ <http://web.wt.net/%7Ebillw/gkrellm/gkrellm.html>.

CONCLUSÃO
São inúmeras as necessidades dos usuários domésticos; por isto apenas
disponibilizamos as categorias de aplicações mais utilizadas e disponíveis
para os sistemas GNU/Linux. Se houver alguma interessante para uso
doméstico e que não esteje aqui descrita, contacte-nos! &;-D

149/150
ENCERRAMENTO
É interessante pensar sobre a questão da inexistência de aplicações para os
sistemas GNU/Linux. Diferente do Windows, as distribuições são ricamente
compostas por diversos aplicativos e utilitários. Atualmente existem
aplicações e ferramentas para todas as finalidades que se possam imaginar.
Em praticamente todas as categorias, existe uma boa opção disponível para
ser utilizada nos sistemas GNU/Linux (e outros sistemas operacionais). Mas
mesmo ainda tendo todo este aspecto favorável, muitos usuários se
desiludem com o sistema pelo simples fato de não existir aplicações
similares (similares = igual) às utilizadas em outros sistemas operacionais.
Devemos nos atentar para diversos aspectos durante a seleção de
aplicativos para o computador que, dentre os mais importantes são:
1. Saber o que deseja fazer, e não quais aplicativos ter disponível. A
utilização de determinados tipos de aplicativos traz uma conseqüência
indesejada: a limitação das ações e recursos técnicos dos usuários face
ao hábito em somente utilizá-lo.
2. Remover de vez o conceito de somente as aplicações parecidas ou
similares às de grande nome é que são os únicos de ótima qualidade.
Como todos já devem saber, “similar” nem sempre é sinônimo de bom.
Um belo exemplo é o Gimp, aplicação para tratamento de imagem muito
popular no mundo do Software Livre, porém pouco conhecido pelo público
em geral por possuir uma interface diferenciada das ferramentas
tradicionais, como o PhotoShop e PhotoPaint.
3. Estudar melhores forma de desenvolver nossas tarefas, seja utilizando
novos procedimentos, novas rotinas e conseqüentemente novos perfis de
programas. Muitas programadores obtém ótimo rendimento ao substituir
as tradicionais IDEs e ambientes RAD por um conjunto de ferramentas de
desenvolvimento disponíveis em sistemas GNU/Linux.
Hoje a grande maioria das distribuições são bastante completas neste
quesito. Estas geralmente disponibilizam um aplicativo específico para uma
atividade. Mesmo que este aplicativo não venha à nos agradar, ainda
poderemos recorrer à outras fontes, como a página dos desenvolvedores, os
repositórios de programas e as chaves de buscas para encontrar programas
e soluções que atendem as nossas necessidades.
Outro grande atrativo está na comodidade em obter aplicações. De acordo
com a nossa satisfação com àquelas disponíveis na distribuição,
necessitaremos de obter apenas alguns aplicativos externos para compor os
programas da estação doméstica, que por sua vez conseguiremos configurá-
los rapidamente após a sua instalação. É o fim daquele terrível tormento de
ficar colocando e retirando CD-ROMs de instalação ou baixando centenas de
megabytes de diversos programas! Somente para àqueles que curtem bons
títulos em jogos é que este cenário não existem grandes mudanças. &;-D

150/150

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