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2. CAUSAS
Enchente:
• Excesso de chuva
Inundação:
• Excesso de chuva
É importante lembrar que em um país de dimensões continentes como o Brasil, vários devem
ser os sistemas organizadores de convecção, que, atuando isoladamente ou em conjunto, são
Cap. 10 Controle de Enchentes e Inundações 2
responsáveis, pela estação chuvosa de setores distintos do país. Aqui só nos deteremos na Região
Nordeste do Brasil, e em especial, ao seu setor norte, onde se situa o Estado do Ceará.
Os danos causados pelas enchentes podem ser evitados de três modos diferentes:
• Mediante a redução dos fluxos de cheia por meio de acumulação, modificação do uso da
terra ou métodos semelhantes.
Este método embora proporcione, muitas vezes, proteção satisfatória contra inundações mais
freqüentes, ele acarreta um perigo. Graças a sensação de proteção gerada pela presença de diques
e muralhas de proteção, novas edificações são construídas em áreas antes evitadas. Um dique
protege somente enquanto não é ultrapassado; depois disso torna-se completamente inútil. Em
conseqüência, quando uma cheia excepcional ocorre e transborda dos diques, a devastação
resultante e as perdas de vida são, provavelmente, maiores do que se nada tivesse sido construído.
Cap. 10 Controle de Enchentes e Inundações 3
O risco de inundação pode ser reduzido, sem a redução da vazão de enchente, pelo
abaixamento do nível. Isto pode ser conseguido através de:
• A retificação e a drenagem do leito do rio. A dragagem pode ser feita para eliminar os
depósitos de fundos e das margens, aumentando assim a área da seção do canal. A
retificação permite um aumento de declividade do canal com conseqüente aumento da
capacidade de escoamento. Normalmente, a retificação deve ser seguida por
revestimento ou consolidação das margens (VILLELA, 1975).
A redução por acumulação pode ser feita através de: um grande número de pequenos
reservatórios individuais localizados nas cabeceiras do curso d'água principal ou de seus
afluentes; terraços que detenham o escoamento durante tempo suficiente para permitir a
infiltração no solo; e por meio de grandes reservatórios, localizados nos vales mais a jusante.
únicas vantagens delas, nas cheias, resultam dos efeitos da modificação e retardamento da
armazenagem.
Em seguida deve-se determinar a freqüência com que podem ocorrer as cheias dessas
várias grandezas.
Exemplo:
Suponha ainda que o montante dos prejuízos foi determinado, em toda a extensão da zona
atingida, para os perfis correspondentes aos níveis de cheias, na extremidade de jusante, de 0,60,
1,20, 1,80 e 3,00 metros, respectivamente. Foi determinado, também, o número de vezes em 100
anos, em que cada um desses níveis foi atingido ou excedido.
Tabela 10.1 – Prejuízos totais em 100 anos em milhões de cruzeiros. (Fonte: WISLER, 1964)
Altura de cheia No de vezes em 100 No de cheias dessa Prejuízos causados Prejuízos total
(m) anos que o nível de altura mas pela cheia Cr$ (x 106)
cheia é excedido não maiores Cr$ (x 106)
3,05 1 1 840 840
2,44 2 1 560 560
1,83 5 3 350 1.050
1,22 9 4 175 700
0,61 20 11 70 770
Caso seja encontrado um método pelo qual os níveis de enchentes sejam diminuídos de 1,20
m, uma nova tabela é organizada:
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Tabela 10.2 – Prejuízos totais em 100 anos em milhões de cruzeiros. (com redução da cheia) (Fonte: WISLER,
1964)
Altura de cheia No de vezes em 100 No de cheias dessa Prejuízos causados Prejuízos total
(m) anos que o nível de altura mas pela cheia Cr$ (x 106)
6
cheia é excedido não maiores Cr$ (x 10 )
3,05 0 0 0 0
2,44 0 0 0 0
1,83 1 1 350 350
1,22 2 1 175 175
0,61 5 2 70 210
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