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Curso Online:

Astrologia
Origem da Astrologia...........................................................................................2

Significação astrológica: Linguagens, símbolos e imagens................................5

Os signos do zodíaco..........................................................................................7

Os planetas pessoais e sua mitologia.................................................................8

Os planetas sociais e sua mitologia...................................................................11

As casas astrológicas........................................................................................13

Mapa astral........................................................................................................16

Os planetas........................................................................................................18

Referências bibliográficas..................................................................................21

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ORIGEM DA ASTROLOGIA

A astrologia é uma pseudociência segundo a qual as posições relativas


dos corpos celestes poderiam prover informação sobre a personalidade,
as relações humanas, e outros assuntos relacionados à vida do ser humano. É,
como tal, uma atividade divinatória, quando usada como oráculo, mas também
pode ser usada como ferramenta de entendimento das personalidades
humanas. O suíço Carl Gustav Jung fez estudos a respeito da astrologia; uma
de suas teorias baseadas na mesma é a teoria da Sincronicidade. É
largamente refutada por uma parte da sociedade por não ter
embasamento científico real.

Historiadores afirmam que a astrologia surgiu na Suméria, por volta do IV


milênio a.C. Por este motivo, durante muitos séculos, na Europa, os astrólogos
foram chamados de caldeus. Uma das mais antigas referências foi encontrada
em Nínive (Babilônia), na biblioteca de Assurbanípal. No entanto, a observação
do céu à procura de presságios pode ser bem anterior, naquela região de clima
imprevisível, onde as cheias dos rios Tigre e Eufrates não obedeciam um ritmo
anual como as do Nilo.

Em tempos mais recentes, tem-se discutido a possibilidade de ser outra a


origem da astrologia: a civilização do Vale do Indo, ou de Harapa. Em comum,
essas duas civilizações compartilham a ênfase no papel das estrelas, pano de
fundo e baliza do movimento do Sol e da Lua. Em Harapa teria se originado o
conceito de nakshatra (sânscrito, "os imortais"), manazil (árabe) ou mansão
lunar, que mais tarde daria origem ao zodíaco. Em ambas regiões o Sol
causticante não é, como na fria Europa, o doador da vida, e sim a Lua, com as
marés que provoca no mundo físico e nos seres vivos. Portanto, os nakshatras
mediam a passagem da Lua pelo céu, sendo cada um destes asterismos a
medida de arco média percorrida pela Lua em um dia.

Durante séculos, a astrologia se baseou na observação de objetos celestes e


no registro de seus movimentos. Mais recentemente, os astrólogos têm usado
dados coletados pelos astrônomos e organizados em tabelas
chamadas efemérides, que mostram as posições dos corpos celestes.

A ferramenta principal da astrologia é o Horóscopo (também conhecido como


carta natal, carta astrológica, mapa natal, mapa de nascimento, ou
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apenas carta). Este mapa é um diagrama bidimensional que representa a
posição dos corpos celestes vistos de certo local, que pode variar desde o
centro da Terra, à sua superfície, e até tendo o Sol como ponto central. A
interpretação do mapa leva em consideração:

 posição destes corpos em relação aos signos do zodíaco,


 cálculo das dignidades astrológicas,
 posição absoluta e relativa destes corpos dentro de um dos sistemas
de casas astrológicas,
 os aspectos astrológicos: relação trigonométrica dos corpos celestes
entre si

Há, no entanto, diferenças na forma como estes apoios básicos são usados
nas diferentes tradições, as quais incluem: desenvolveram, ao observar o céu,
um ou outro tipo de calendário, para medir as variações do clima no decorrer
do ano. A função primordial destes calendários era prever eventos cíclicos dos
quais dependia a sobrevivência humana, como a chegada das chuvas ou do
frio. Esse conhecimento empírico foi a base de classificações variadas
dos corpos celestes. As primeiras ideias de constelação surgiram dessa
necessidade de acompanhar o movimento das estrelas

Astrologia ocidental

Astrologia chinesa

Jyotish ou Astrologia védica

Astrologia cabalística

Também de maneira geral estas tradições incluem abordagens diferentes,


entre elas:

Astrologia natal: estudo do mapa natal e seus desdobramentos

Astrologia horária: o ramo divinatório da Astrologia, analisa um mapa feito para


o momento em que a questão é formulada

Astrologia eletiva: a determinação do melhor momento para empreender algo

Astrologia mundial: correlação entre eventos históricos e aspectos entre os


planetas lentos

Astrologia agrícola: o uso da posição dos planetas nas práticas agrícolas

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Ao longo do tempo, a astrologia deixou sua marca na linguagem: influenza,
nome antigo dado à gripe, veio da atribuição pelos médicos de causas
planetárias à doença. Desastre vem da expressão latina dis aster (má
estrela). Considerar vem de sider, porque se acreditava que o ferro vinha do
espaço.

Embora a astrologia ocidental use quase que exclusivamente o zodíaco


tropical, a astrologia hindu usa o zodíaco sideral, que é mais próximo da
posição astronômica dos astros no céu, mas seguindo a mesma forma de
divisão do céu que o Tropical.

Na Índia a astrologia Jyotish é usada habitualmente há longo tempo.


Na China a astrologia continua a florescer. Ambas, bem como a astrologia
reintroduzida no Egito no período helenístico, têm forte influência da
astrolgogia grega, sendo portanto tardias.

O Tibete tem sua astrologia, mais recente, que é usada em diagnósticos


médicos, entre outras utilidades.

Os maias tinham uma astrologia autônoma, desenvolvida em seus


observatórios astronômicos extremamente precisos.

A filosofia e a cultura clássicas sobreviveram durante a Idade Média européia


graças aos árabes e ao Califado de Bagdá. Bagdá, capital do estudo
astronômico no século X, foi sede também de uma astrologia de
cunho empírico, estritamente prática e previsiva, como convinha a esse povo
que criou o comércio internacional. O maktub árabe passaria a fazer parte da
astrologia mediterrânea.

Isidoro de Sevilha (c. 636) foi um dos primeiros a separar astrologia e


astronomia, embora ambas tenham sido separadas apenas no século XVI,
quando o sistema de Copérnico substitui o de Ptlomeu.

Na Idade Média os astrólogos eram chamados mathematici, pois a astrologia


era a aplicação mais importante da matemática. A prática da medicina era
baseada na determinação astrológica do tratamento adequado, portanto os
médicos também eram matemáticoa (como Tycho-Brahe).

Dante expõe ao ridículo, no Inferno da Divina Comédia, os astrólogos Guido


Bonatti (conselheiro de Guido de Médici) e Michael Scott, mas por misturarem
eles necromancia à astrologia, abusando dos conhecimentos que tinham
obtido.

Cecco d'Ascoli, professor de astrologia em Bolonha, foi queimado vivo na


fogueira em 1327 não por ser astrólogo, mas por suas opiniões heréticas.

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SIGNIFICAÇÃO ASTROLÓGICA: LINGUAGENS, SÍMBOLOS E IMAGENS

Astrologia é uma pseudociência que estuda os corpos celestes e as prováveis


relações que possuem com a vida das pessoas e os acontecimentos na Terra.

A raiz etimológica desta palavra se originou a partir da junção dos termos


gregos astron, que significa ―estrela‖ ou ―astros‖, e logos, que quer dizer
―estudo‖. Assim sendo, a astrologia seria inicialmente conhecida como o
―estudo das estrelas‖.

Muitas pessoas confundem, erroneamente, as definições de astrologia e


astronomia.

Até meados do século XVII a astrologia e astronomia ainda não possuíam uma
separação clara.

No entanto, a partir do século XVIII, com o advento da Idade Moderna, a


astrologia passou a desaparecer dos discursos universitários, dando espaço
apenas para a astronomia como uma verdadeira ciência.

Antes de tudo, para entender os termos da Astrologia, é importante saber o


significado da própria. Os estudos dos astros é uma ciência que relaciona os
movimentos planetários com as influências dos satélites em nosso planeta.

FOGO: Não é a toa que Áries, Leão e Sagitário são conhecidos por serem
signos de atitude. Esse elemento empresta às pessoas mais coragem, energia
e impulsividade.

ÁGUA: Esse elemento rege Câncer, Escorpião e Peixes. A água confere às


pessoas desses signos sensibilidade, emotividade e capacidade de

intuição.

TERRA: Esse elemento rege Touro, Virgem e Capricórnio. Graças à terra, as


pessoas desses signos são determinadas, práticas e donas de sentimentos

estáveis.

AR: Rege Gêmeos, Libra e Aquário. Esse elemento estimula nas pessoas
desses signos a inteligência, a criatividade e o poder de comunicação.

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O inferno astral é um dos termos da astrologia que sempre deixa as pessoas
confusas, mas o significado é fácil e é separado em duas vertentes.

O inferno astral (período) é o termo que corresponde à fase do ano que


acontece 30 dias antes do seu aniversário. Muitos imprevistos, enganos e
obstáculos podem acontecer.

O inferno astral (signo) indica com qual signo você pode ter um relacionamento
mais tumultuado, tenso, difícil. É o anterior ao seu, exemplo: o inferno astral de
Áries é Peixes.

O ascendente representa traços da sua aparência e as características que


você transmite para os outros, sua ―imagem social‖.

O lunar indica a posição da Lua no seu mapa astral. Revela a forma como você
administra emoções, sentimentos, sensibilidade, memória, imaginação e
relações de afeto.

O solar esclarece aspectos essenciais da sua personalidade: jeito de ser,


virtudes, desafios, desejos, dificuldades, missão de vida, etc.

Segundo Marcus Manilius (século I) em seu poema Astronomica, os signos


do zodíaco regem as partes do corpo na forma que segue:

Áries—cabeça

Touro—pescoço e garganta

Gêmeos—pulmões, braços e ombros

Câncer—peito, seios e estômago

Leão—coração e parte superior das costas

Virgem—abdômen e aparelho digestivo

Libra—rins, região lombar e pele.

Escorpião—genitais

Sagitário—quadris e coxas

Capricórnio—joelhos, ossos e pele

Aquário—pernas e tornozelos

Peixes—pés

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OS SIGNOS DO ZODÍACO

Os 360° (graus) da circunferência estão divididos em doze signos zodiacais:

Áries ou Carneiro, Touro, Gêmeos, Câncer ou Caranguejo, Leão, Virgem, Libr


a ou Balança, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.

E cada um é regido por um planeta/astro

Marte, Vênus, Mercúrio, Lua, Sol, Mercúrio, Vênus, Plutão, Júpiter, Saturno, Ur
ano e Netuno, respectivamente.

Zodíaco uma faixa imaginária do firmamento celeste que inclui as órbitas


aparentes:

 do Sol,
 da Lua e
dos planetas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Divisões do zodíaco:

Representam constelações na astronomia e signos na astrologia.

O signo na cúspide da casa 1 é o chamado signo ascendente, fator importante


do mapa, relacionado às características da personalidade do sujeito.

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OS PLANETAS PESSOAIS E SUA MITOLOGIA

Quando os romanos estudaram a astronomia grega, deram aos planetas os


nomes dos seus próprios deuses:

 Mercúrio (para Hermes),


 Vênus (Afrodite),
 Marte (Ares),
 Júpiter (Zeus) e
 Saturno (Cronos).

Quando os planetas subsequentes foram descobertos nos séculos XVIII e XIX,


a prática de nomeação foi mantida com Netuno. Urano é uma exceção, uma
vez que é nomeado por uma divindade grega e não pelo seu correspondente
romano (Caelus).

Alguns romanos, seguindo uma crença possivelmente originária


da Mesopotâmia, mas desenvolvida no Egito ptolemaico, acreditavam que os
sete deuses a partir dos quais os planetas foram nomeados passavam turnos
de uma hora cuidando de assuntos na Terra. A ordem dos turnos era Saturno,
Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua (do planeta mais distante para o
mais próximo). Portanto, o primeiro dia era iniciado por Saturno (1ª hora), o
segundo pelo Sol (25ª hora), seguido pela Lua (49ª hora), Marte, Mercúrio,
Júpiter e Vênus.

Como cada dia era nomeado pelo deus que o iniciava, esta também era a
ordem dos dias da semana no calendário romano, depois que o ciclo nundinal
foi rejeitado - o que ainda é preservado em muitas línguas modernas. Os
nomes em inglês Sunday, Monday e Saturday são traduções diretas desses
nomes romanos. Os outros dias foram renomeados a partir
de Tiw (Tuesday), Wóden (Wednesday), Thunor (Thursday) e Fríge (Friday), os
deuses anglo-saxões considerados similares ou equivalentes a Marte,
Mercúrio, Júpiter e Vênus, respectivamente.

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De acordo com as atuais definições da UAI, existem oito planetas e cinco
planetas anões no Sistema Solar. Em ordem crescente da distância do Sol, os
planetas são:

Mercúrio

Vênus

Terra

Marte

Júpiter

Saturno

Urano

Netuno

Os planetas do Sistema Solar podem ser divididos em categorias com base em


sua composição:

Terrestres ou Telúricos: planetas similares à Terra, com corpos em sua maioria


compostos de rochas: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. A Terra é o maior
planeta terrestre.

Gigantes gasosos: planetas compostos em sua maior parte de materiais


gasosos, substancialmente maiores do que os terrestres: Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno. Júpiter é o maior deles, com massa 318 vezes a da Terra, e
Saturno o segundo, com 95 vezes a massa da Terra.

Gigantes de gelo, contemplando Urano e Netuno, são uma subclasse dos


gigantes gasosos, distinguindo-se desses por sua massa muito menor (apenas
14 e 17 vezes a da Terra) e pelo esgotamento do hidrogênio e hélio em sua
atmosfera, além de uma proporção significativamente maior de rocha e gelo.

Planetas anões: antes da decisão de agosto de 2006, vários objetos foram


propostos como planetas por astrônomos, inclusive, numa primeira etapa, pela
UAI. Entretanto, em 2006 vários desses objetos foram reclassificados como
planetas anões, objetos distintos dos planetas. Atualmente são reconhecidos
pela UAI cinco planetas anões no Sistema Solar: Ceres, Plutão, Haumea,
Makemake e Éris. Vários outros objetos, tanto no Cinturão de
Asteróides quanto no Cinturão de Kuiper, estão sendo avaliados, sendo que

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cerca de 50 podem se qualificar. Cerca de 200 podem ser descobertos quando
o Cinturão de Kuiper tiver sido totalmente explorado. Planetas anões
compartilham muitas das características dos planetas, embora existam
diferenças notáveis - especialmente que eles não são dominantes em suas
órbitas. Por definição, todos os planetas anões são parte de populações
maiores. Ceres é o maior corpo no Cinturão de Asteroides, enquanto Plutão,
Haumea e Makemake são membros do Cinturão de Kuiper e Éris é membro
do disco disperso. Cientistas como Mike Brown acreditam que num futuro
próximo mais de 40 objetos transnetunianos devem se qualificar como planetas
anões segundo a definição da UAI.

Dentre os estudos da Lei Universal, se destacam as 7 Leis Herméticas, que


serviram como base para a evolução da alquimia. O pai destas leis, Hermes
Trismegisto, viveu no Egito por volta de 2.500 A.C. e sua contribuição foi
registrada em variados livros sobre teologia, filosofia e medicina. A Lei da
correspondência é de sua autoria e consta assim gravada na famosa Tábua de
Esmeralda: "o que está embaixo é como o que está no alto e o que está no alto
é como o que está embaixo, para realizar os milagres de uma única coisa."

Assim, de acordo com esta lei, o microcosmo (ou seja, nossa vida pessoal e o
mundo que conhecemos) é reflexo do macrocosmo (o universo e os outros
planetas). E tudo o que existe se repete em um padrão decrescente que vai
desde os confins do Universo até a menor de nossas células. O inverso
também é válido, portanto a menor partícula atômica é capaz de conter toda a
informação do Cosmos, tal como o DNA é capaz de conter toda a informação
genética necessária para criar um organismo vivo. Coincidência ou não, os
átomos realmente se parecem com planetas girando em suas órbitas ao redor
um astro central!

Bom, como o macrocosmo que influencia nossa vida terrena com mais
intensidade se refere ao nosso próprio Sistema Solar (por estar dentro de um
"curto" perímetro em relação a nós), os estudos mágicos deram maior ênfase
aos astros que fazem parte deste conjunto. Assim, os 7 "planetas" da
Antiguidade foram nomeados de Logos Solar, o que simboliza a parte espiritual
do Sistema que propõe as condições necessárias para o crescimento espiritual
das essências divinas que ali vivem (leia-se eu, você e todos nós).

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OS PLANETAS SOCIAIS E SUA MITOLOGIA

Acredita-se que o conceito de 7 céus provém da tradição Cabalística que


originou as religiões Judaico-Cristãs, sendo que desde a cultura babilônica
estes locais eram amplamente difundidos como sendo a habitação dos deuses
e comparados aos 7 Planetas da Antiguidade. A comparação é muito evidente,
pois de acordo com a tradição mágica, os 7 céus ficam suspensos sobre a
terra, um sobre o outro, em esferas concêntricas, tal qual os planetas em suas
órbitas. Assim, a tradição ensina que existem 7 Espíritos Olímpicos que
governam cada um dos céus, e como vimos, as divindades clássicas gregas
correlacionadas com esses espíritos são Zeus, Ares, Apolo, Afrodite, Hermes,
Ártemis e Cronos.

Embora os gregos no período arcaico (800-500 a.C.) imaginassem os deuses


como entidades reais que viviam no alto de uma montanha real, os sofisticados
intelectuais dos períodos helenísticos (c.300 a.C. -1 d.C.) e romano (1 d.C. –
400d.C.) viam os deuses e os planetas principalmente como entidades
psicológicas. Platão chamava os deuses de arquétipos, dando à palavra o
mesmo sentido que Carl Gustav Jung. Platão acreditava que os deuses eram
ideias primordiais que existiam em um plano ou dimensão qualquer, removidas
de nossa consciência ordinária, e que podemos perceber como estando
―acima‖ dessa ciência ordinária. Essas ideias primordiais eram comuns a todos
os seres humanos e refletiam-se em cada um de nós como imagens em um
espelho – tanto acima como abaixo. O céu era o macrocosmo; a humanidade,
o microcosmo.

Segundo esse ponto de vista, podemos também suspeitar que os planetas


constituem uma jornada na consciência. Os astrólogos gregos e romanos o
compreenderam bem. Hoje ainda trabalhamos com a ilusão de que os
astrólogos mais antigos (e modernos) achavam que a astrologia funcionava por
causa de raios que emanavam dos verdadeiros planetas físicos, influenciando-
nos aqui na Terra. Mas, uma leitura cuidadosa de Platão – e especialmente de
seus seguidores, os neoplatônicos – revela que os antigos na verdade viam os
planetas como arquétipos, símbolos de processos psicológicos internos.

Para os filósofos gnósticos do início da Era Cristã, a jornada pelos planetas era
um processo de meditação similar à jornada do xamã a outro mundo. Os
gnósticos tinham uma visão assumidamente negativa da astrologia; para eles,
os planetas simbolizavam o duro regime do destino humano. Era possível

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superar a influência dos planetas e libertar-se do destino ―erguendo-se acima‖
dos símbolos arquetípicos que constroem nossa psicologia individual e
completando a união com um ―Eu‖ mais elevado – um ―Eu‖ infinito e, portanto,
livre de toda obrigação planetária (ou seja, psicológica).

Mas os gnósticos sabiam que não era possível libertar-se de uma aflição
planetária ou de um complexo psicológico até que ele estivesse dominado no
nível interior, psicoespiritual. Consequentemente, acreditavam que a pessoa
deveria viajar por cada planeta sucessivamente – uma jornada que, para eles,
simbolizava a ascensão à consciência mais elevada. Por meio de meditação,
cânticos e rituais de magia talismânica, eles buscavam dominar – ou, nas
palavras de Ficino, harmonizar – a influência de cada planeta e, desse modo,
elevar-se a um estado mais alto de consciência.

A Jornada é a mesma hoje em dia. Alguns dos atores, porém, mudaram – ou,
mais precisamente, alguns novos personagens ingressaram no drama
astrológico. A descoberta de novos planetas, assim como o mapeamento dos
primeiros asteróides, estendeu nosso espectro de consciência astrológica para
além dos sete planetas conhecidos dos antigos. Essa extensão de consciência
é uma questão de escolha e muito típica da cultura ocidental. Na índia, os
astrólogos continuam a limitar seus mapas a uma consideração dos sete
antigos planetas e mais os Nodos Lunares. Eles têm pouco ou nenhum
interesse por Urano, Netuno ou Plutão e, certamente, nenhum interesse em
Quíron e nos asteroides. Nós ocidentais, por outro lado, encaramos a
descoberta de novos corpos celestiais com ávida curiosidade. De maneira
similar, os astrólogos ocidentais usam o zodíaco tropical, enquanto os hindus
favorecem o sistema sideral mais antigo. Muito se escreveu nos últimos anos
sobre as fraquezas de nossa civilização exageradamente assertiva, científica e
analítica. Mas a nossa vontade de expandir a nossa consciência coletiva,
aceitando tudo o que é novo, pode muito bem ser uma das forças dessa
civilização.

Nós começamos a perceber que a evolução humana está embebida de uma


substância divina e que padrões negativos do passado podem ser
transformados em situações de crescimento dinâmico. Além disso, a realidade
torna-se aquilo que é criado a cada momento por nossos padrões de
pensamento e sistemas de crenças. Portanto, Saturno no ascendente não é
mais apenas uma sombra escura; ele é também a dinâmica interna que leva o
indivíduo a alcançar a maior realização da sua vida – a consciência.

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AS CASAS ASTROLÓGICAS

Cada uma das 12 casas astrológicas equivale a uma área específica da vida.
Cada uma das 12 casas é ativada por um signo e por um ou mais planetas,
que mostram a energia de movimento de cada casa.

Primeira casa astrológica – Início da casa 1 = Ascendente.

Aspectos positivos: coragem, autoridade, dinamismo, sinceridade, vitalidade,


espontaneidade, determinação, iniciativa, competição e energia.

Segunda casa astrológica – Alicerçamento.

Aspectos positivos: praticidade, senso estético, gratidão, negócios, valorização


pessoal, preservação, produtividade, busca do prazer, conforto, amor
prazeroso.

Terceira casa astrológica – Integração no mundo. Comunicação falada e


escrita.

Aspectos positivos: juventude, comunicação, versatilidade, dualidade,


adaptabilidade, sociabilidade, fraternidade, facilidade nos relacionamentos,
habilidade manual e mental.

Quarta casa astrológica – Sentimento. Lar. Família de origem ou atual.


Ancestralidade.

Aspectos positivos: instinto maternal, patriotismo, sensibilidade, intuição,


acolhimento, emoção, hereditariedade, proteção.

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Quinta casa astrológica – Criatividade.

Aspectos positivos: autoestima, autoridade, capacidade de amar, namoros,


lazer, vocação, figura do pai, professor e ator, nobreza de caráter, prazer de
viver.

Sexta casa astrológica – Estar aqui agora.

Aspectos positivos: aprimoramento, padrão de qualidade, sentido de utilidade,


prestação de serviços, saúde, sistemas e métodos, perspicácia, organização,
amor maduro.

Sétima casa astrológica – O(s) outro(s). O mundo externo.

Aspectos positivos: etiquetas sociais, sociabilidade, sentido estético,


diplomacia, respeito mútuo, companheirismo, padrões éticos, justiça, elegância.

Oitava casa astrológica – Desprendimento.

Aspectos positivos: magnetismo, misticismo, amor, paixão, generosidade,


poder da fé, liderança, perspicácia, desprendimento, estratégias, negócios
associativos.

Nona casa astrológica – Integração com o espírito.

Aspectos positivos: jovialidade, otimismo, espírito esportivo, pai patriarca,


espírito gregário, entusiasmo, religiosidade, gosto por viagens, sabedoria,
idealismo.

Décima casa astrológica – Poder. Metas.

Aspectos positivos: honestidade, reconhecimento, responsabilidade,


maturidade, bom humor, sentido do tempo e de limites, priorização, elegância,
profissionalismo.

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Décima primeira casa astrológica – Dar.

Aspectos positivos: liberdade, esperança, criatividade, originalidade,


humanitarismo, solidariedade, amor amigo, ajudas e proteções, independência.

Décima segunda casa astrológica – Bem aventurança.

Aspectos positivos: empatia, compaixão, charme e sedução, vocação,


humildade, amor devocional, espiritualidade, inspiração.

Casa 1: Casa da personalidade, do ser, que indica a aparência física, o tipo de


corpo, a saúde em geral, a vitalidade, o temperamento, suas atitudes
conscientes, a forma como enfrenta a vida, suas maneiras individuais, enfim a
primeira impressão que uma pessoa nos causa.

Casa 2: É a casa dos recursos, das posses materiais que incluem dinheiro,
talento, os valores, os cinco sentidos, a sensação de auto-estima e o valor
pessoal.

Casa 3: É a casa das comunicações e relações, o ambiente primário em que


tudo se desenrola, tais como as experiências e a aprendizagem. É a casa dos
irmãos e irmãs, dos amigos, da aquisição de habilidades motoras, da
linguagem, da educação, do movimento e do ambiente próximo. Também
representa os ajustes psicológicos da pessoa.

Casa 12: É a casa das limitações e do freio, por assim dizer. Antigamente se
chamava casa do desastre pessoal ou o inferno do zodíaco, porém todos estes
conceitos se transformaram, não obstante se considera que esta é a casa em
que aparecem os inimigos ocultos, as enfermidades crônicas, a hospitalização,
os encarceramentos, solidão, pecados, castigos, carma, pranto, pena,
sacrifício, auto-sacrifício, caridade, meditação, investigação, atividades ocultas.

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MAPA ASTRAL

O mapa natal ou mapa astral mostra a posição correta dos astros e


dos signos do zodíaco em relação à Terra no momento de nascimento de uma
determinada pessoa. De acordo com a astrologia cabalística, a posição dos
astros no momento em que nascemos influencia nossa maneira de ser. As
configurações de um Mapa Natal se repetem apenas a cada 26.000 anos,
portanto ele é quase como uma impressão digital - não existe um igual ao
outro. Para interpretação correta do posicionamento dos planetas e seus
aspectos, é necessário consultar um astrólogo.

Exemplo de mapa astral, do dia 1 de janeiro de 2001, às 00:00 (horário de


verão), em São Paulo:

Imagem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Astrologia é o tipo de coisa capaz de dividir muitas opiniões. Enquanto algumas
pessoas simplesmente não acreditam no assunto, outras o encaram com
bastante seriedade. Dessa forma, para este segundo grupo, entender o Mapa
Astral e tudo o que ele representa pode ajudar (e muito) na difícil busca pelo
autoconhecimento.

Mapa astral é o mapa da ordem dos astros mais próximos à Terra no momento
em que você nasceu. Ele funciona como um DNA psicológico, deixando claras
todas as tendências de uma pessoa.

Uma pessoa com Urano na casa 2, do dinheiro, pode ganhar dinheiro com
coisas diferentes, como lançar um produto diferente ou novo. Quem tem Vênus
na casa 9, dos estudos, tem prazer em estudar, aprender, viajar. Já alguém
com Netuno na casa 6, da saúde, pode ter sintomas nem sempre claros,
alergias, e, em alguns casos, isso pode bagunçar a rotina. Pessoas com Plutão
na casa 1, da atitude de vida, têm uma postura intensa e podem ter tido algo
forte envolvendo o nascimento, se esse planeta estiver próximo da linha do
ascendente (início da casa 1) ou oposto a ele. Por exemplo, se Plutão estiver
oposto ao ascendente, eventualmente, pode simbolizar que houve risco de vida
no parto para a mãe e/ou para o bebê. Por último, alguém com Lua conjunta a
Urano tem necessidade emocional (Lua) por espaço (Urano).

Por exemplo, quem tem Sol em Touro na casa 5. Sol em touro é alguém com
personalidade forte, constante e voltado às questões materiais. Costumam ser
pessoas conservadoras e cuidadosas. Esse aspecto de touro na casa 5 faz
com que essa personalidade taurina seja focada no lazer, um bon vivant – a
pessoa gosta mesmo é de aproveitar a vida. Vai ser mais sociável do que outro
aspecto de touro que tende a ser um signo mais reservado.

O primeiro passo é saber a hora, o mês e o ano de nascimento de quem você


vai fazer o mapa astral. Se não souber a hora que nasceu, existe um programa
chamado Pegasus, de retificação horária, mas é preciso saber pelo menos o
período — manhã, tarde ou noite. Antigamente os astrólogos faziam todo
cálculo na mão, mas hoje os computadores fazem os cálculos e geram o mapa
para nós. Cabe ao astrólogo fazer a interpretação correta dos aspectos.

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OS PLANETAS

Na Astrologia, os planetas têm muito a nos ensinar. Mas para trazer esse
conhecimento para nossas vidas, precisamos entender quais qualidades dos
seres humanos são simbolizadas por cada planeta.

O Sol no Mapa Astral Representa a nobreza de caráter, sendo talvez uma das
maiores qualidades do ser humano. Quem usa bem o Sol e tem bastante da
qualidade solar é uma pessoa nobre. É alguém que nunca põe o outro para
baixo, respeita o outro do jeito que ele. Assim, trata todos da mesma forma.

No Mapa Astral, a Lua é o planeta da emoção e da sensibilidade, que


chamamos de ―inteligência da alma‖. É um tipo de inteligência que está muito
requisitada nas empresas. Uma pessoa que tem esse tipo de inteligência é
criativo, prestativo e participativo, sente o ambiente e vê o que aquilo vai dar.

Mercúrio é o planeta número 1 da mutação. No Mapa Astral, representa a


nossa ―mente concreta‖. Essa é a mente do aprendiz, daquele que nós somos
eternamente. Cada vez que aprendemos algo, nós mudamos, pois temos que
achar espaço para guardar isso.

Vontade de evoluir é uma qualidade de Marte. É alguém que possui


consciência de que o seu desejo não pode ir contra o dos outros. Não estamos
aqui para entrar em briga, mas sim para lutar. É uma luta constante, inclusive
de superação e aperfeiçoamento próprios. Então, nos pede para usar nossa
energia em um sentido de nos colocar acima e talvez melhorar esse mundo.

Urano no Mapa Astral é o planeta do impossível que acontece. E ocorre muito


mais do que se imagina. O impossível tem data. Então, tudo que nos causa
surpresa e espanto é Urano.

Júpiter. Esse planeta mostra a energia que pode nos ajudar em qualquer
situação. Por exemplo, quem tem Júpiter em Gêmeos tem uma grande
facilidade de se comunicar, então acaba usando essa habilidade para se
beneficiar em algum problema que esteja passando.

Saturno. Ao contrário de Júpiter, que nos mostra o que nos ajuda, Saturno está
aí para apresentar o que nos limita, o que é um desafio para nós. Quem tem

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Saturno em Aquário tem um jeito mais "científico" de agir, tem uma
necessidade de se estruturar de uma forma completamente nova.

Na verdade, o mapa astral descreve como percebemos, experimentamos,


interpretamos e interagimos com a realidade à nossa volta. A dinâmica de um
mapa astral tem como principal proposta exibir a possível atuação dos campos
de energia que são gerados constantemente ao nosso redor de acordo com o
posicionamento da terra em relação aos outros astros - e como elas irão nos
influenciar continuamente durante a vida, de acordo com o estudo da astrologia
e do hermetismo, primariamente em sua segunda lei, a Lei da
Correspondência: "O que está em cima é como o que está embaixo. O que
está dentro é como o que está fora".

Todo corpo celeste tem suas próprias ondas eletromagnéticas e ação


gravitacional. Assim como o posicionamento da Lua influencia nas marés,
outras diferentes influências chegam até nós dependendo do posicionamento
que a terra se encontra em relação ao cosmos.

O signo onde Mercúrio está, por exemplo, dá forma à maneira como captamos
e transmitimos informações e ao funcionamento do nosso sistema nervoso. A
casa astrológica onde Netuno se encontra tende a se tornar mais embaçada e
nebulosa na forma como a experimentamos. Já o posicionamento de Júpiter,
nos mostra como e onde temos a tendência a termos mais sorte, abundância,
oportunidades e expansão.

Por conta das combinações individuais de todo o contexto do mapa e na nossa


forma subjetiva de experimentar a realidade, certos potenciais se desenvolvem
de forma mais fluida e outros não. Algumas partes de nossos mapas mostram
benesses e boa sorte, nos apoiam e encorajam. Já outras são mais
desafiadoras, nos propondo limitações, atitudes de superação e forçando
situações de desapego.

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Referências Bibliográficas

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Significados. Significado de Astrologia.

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Giovanna Morrone.Guia Astrológico: Entenda o significado dos principais


termos da Astrologia.

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graus)%20da,%2C%20Merc%C3%BArio%2C%20V%C3%AAnus%2C%20Plut
%C3%A3o%2C

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Sté Gómez. Correspondências planetárias através da Mitologia.

disponível em:

https://www.magomoderno.com/single-post/correspondencias-planetarias-
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Astro Centro. As 12 casas astrológicas.

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Pattricio Astrologia.SÍMBOLOS ASTROLÓGICOS.

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Wikipédia, a enciclopédia livre.Mapa Natal.

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Priscila Doneda. Guia básico para entender tudo o que está no seu Mapa
Astral.

Disponível em:

https://mdemulher.abril.com.br/estilo-de-vida/guia-basico-entender-tudo-mapa-
astral/

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Disponível em:

https://altoastral.blogosfera.uol.com.br/2018/09/06/como-ler-o-mapa-astral-veja-
o-passo-a-passo/

MARIA EUGÊNIA DE CASTRO. O QUE OS PLANETAS NO MAPA ASTRAL


ENSINAM SOBRE PERSONALIDADE?

Disponível em:

https://www.personare.com.br/qual-o-significado-dos-planetas-no-mapa-astral-
m7547

Carolinne Rigotti. Você quer fazer seu Mapa Astral, mas não sabe o que
significa? Calma, a gente te explica.

Disponível em:

https://www.purebreak.com.br/noticias/mapa-astral-entenda-o-que-cada-
planeta-significa/86656

Astrolink. Como ler seu Mapa Astral.

Disponível em:

https://www.astrolink.com.br/artigo/como-ler-um-mapa-astral

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