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Estudo de Implementação de Academias TIC na Rede Pública de Escolas do Ensino Secundário

para alunos, pessoal docente e não-docente e comunidade


Fi h Técnica
Ficha Té i

Título:

Estudo de Implementação de Academias TIC na Rede Pública de Escolas do Ensino Secundário para alunos, pessoal docente e não-docente e
comunidade

Entidade responsável pelo estudo:

Ministério da Educação, Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE)

Consultoria:

Novabase

Edição:

© Gabinete de Estatísticas e Planeamento da Educação (GEPE)

Av. 24 de Julho, 134

1399-954 Lisboa

Tel.: 213 949 200

Fax.: 213 957 610

E-mail: gepe@gepe.min-edu.pt

URL: www.gepe.min-edu.pt

Capa:

P.I.M.C. Lda

ISBN:

978-972-614-504-2
Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo de mudança 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção
5. Quadro de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias
B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias
1. Enquadramento macroeconómico 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação
2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC
3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa
4. Modelo de relacionamento
C Análise à Situação Actual
C. 5
5. Monitorização e controlo
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em 6. Modelo de sistemas de informação
Portugal
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais F. Roadmap de Implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 1. Roadmap de implementação
2. Estratégia de generalização

G. Anexos

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Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo
p de mudança
ç 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção 5. Quadro de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias

B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias


1. E
Enquadramento
d t macroeconómico
ó i 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação 2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC 3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa 4. Modelo de relacionamento
5
5. Monitorização e controlo
C. Análise à Situação Actual
6. Modelo de sistemas de informação
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em
Portugal F. Roadmap de Implementação
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais 1. Roadmap de implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 2. Estratégia de generalização

G. Anexos

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Sumário Executivo
Enquadramento à iniciativa “Academias TIC”

No âmbito do Plano Tecnológico da Educação, o Ministério da Educação lançou uma iniciativa denominada “Programa Academias
TIC” que visa:
Formar alunos em tecnologias de informação e comunicação, promovendo a sua competitividade e valorização à saída do
ensino secundário;
Formar pessoal docente e não
não-docente
docente em tecnologias de informação e comunicação;
Dinamizar a escola e sua ligação à comunidade, particularmente ao tecido empresarial da região;
Permitir a implementação de um modelo de negócio próprio, na abertura das academias à comunidade.

Fonte http://www.escola.gov.pt

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Sumário Executivo
Objectivos do trabalho

O trabalho que se apresenta, estabelece o modelo estratégico de gestão e operacionalização das Academias TIC nas escolas
secundárias públicas, definindo o seu plano de implementação e criando mecanismos de avaliação e prioritização das referidas
Academias.

Desta forma, os objectivos que se pretende atingir com este relatório são:

C
Caracterizar
t i as Academias
A d i TIC a implementar
i l t nas escolas
l a nível
í l de:
d
 Objectivos;
 Conteúdos a leccionar (aplicações e/ou tecnologias);
 Método de formação, avaliação e certificação;
 Carga horária;
 Necessidades de instalações, equipamentos e software;
 Custos de implementação e manutenção das Academias;
 Público-alvo e procura potencial dos formandos;
 Procura ppotencial do mercado empregador
p g por p
p profissionais com conhecimentos nas tecnologias
g a leccionar nas Academias
TIC.

Desenvolver mecanismos que permitam avaliar e prioritizar as implementações das várias Academias de indústria no
sistema de ensino.

Definir
D fi i um modelod l de d gestão
tã que assegure o bom
b f
funcionamento
i t das
d A d i
Academias TIC e a sua autonomia
t i e
sustentabilidade a longo prazo.

Estabelecer um roadmap de implementação que permita ao GEPE a generalização com sucesso da iniciativa.

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Sumário Executivo
Enquadramento de experiências similares

Existem poucas experiências internacionais que tenham a amplitude vasta da intenção para as academias TIC em Portugal:

• Poucos países têm Academias de indústria inseridas dentro do seu


Recolhida via sistema de ensino, e nenhum massificou este modelo;
rede Eurydice
y • Apenas uma pequena minoria de países estabeleceu protocolos com
(União Europeia) empresas e orienta as Academias TIC para certifcações de indústria.
Experiências
internacionais Recolhida via • Em Inglaterra a organização ZENOS, financiada pelo governo,
empresas providencia 12 academias diferentes a 2000 alunos, anualmente.
multinacionais • Na Florida, EUA, a escola secundária de Dunbar (850 alunos)
providencia academias a 360 alunos/ano.
tecnológicas

• Existem 7 academias em escolas secundárias para a tecnologia Cisco,


l
lançadas
d d de fforma iisolada
l d e por iiniciativa
i i ti d da escola
l ou d
de professores
f
Experiências Experiências na escola.
• Estão em curso os pilotos para 30 Academias TIC, conjungando 6
nacionais nacionais
tecnologias diferentes (Cisco, Microsoft, Sun, Apple, Oracle, e Linux).
• Existem várias academias TIC no Ensino Superior.

Página da organização Zenos: www.zenos.com


Página da escola de Dunbar: www.leeschools.net/schools.dhs

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Sumário Executivo
Imperativo da mudança

Há uma dinâmica de mudança provocada pela iniciativa das Academias TIC que deve ser capitalizada:

As empresas contactadas estão a aderir com entusiasmo à iniciativa

As DRE reportam que as escolas de vocação tecnológica são as que captam mais alunos, sobretudo em cidades com
várias escolas secundárias

O questionário online a que responderam 234 escolas revela que 96% das escolas deseja entrar na iniciativa TIC no
corrente ano lectivo ou no próximo ano lectivo;

A iniciativa TIC, em Inglaterra, através da organização, Zenos revela um índice de empregabilidade superior para os alunos
que completam academias TIC e que os salários dos mesmos atingem valores 30% a 40% superiores nos primeiros
empregos, comparativamente aos alunos que não fizeram academias TIC.

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Sumário Executivo
Eixos de acção

Os principais eixos de acção para a iniciativa das Academias TIC serão os seguintes:

Modelo de g
gestão Relação
ç com o mercado

• Definição do modelo orgânico • Parcerias com empresas

• Divulgação da iniciativa nas


escolas e nas comunidades locais

• Gestão pedagógica • Gestão de meios (Equipamentos e


softwares de suporte às
• Formação de professores Academias)

• Sistema de gestão operacional

Pedagogia Infra-estruturas

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Sumário Executivo
Eixos de acção – modelo de gestão

Modelo de gestão

Objectivos a prosseguir Linhas de acção recomendadas

• Ter uma equipa de gestão das • Nomear responsáveis pela Iniciativa TIC e definição da cadeia de reporte
academias TIC empossada no dentro do Ministério, desde a tutela até à escola
primeiro trimestre de 2009 • Estabelecer uma task-force
f de lançamento das Academias TIC
C

• Assegurar dotação financeira para a • Aprovar e divulgar do modelo de processos de gestão e de atribuição de
massificação da iniciativa até final responsabilidades
de 2009
009 • Dotar a iniciativa de orçamento para investimento e para condução
operacional
• Assegurar o empenho das DRE e
das Escolas, descentralizando a • Nomear em cada DRE e cada escola um interlocutor responsável pela
capacidade de decisão dinamização da iniciativa TIC

• Definir objectivos quantificados de academias TIC a lançar por DRE e por


ano.

• Criar a infra-estrutura tecnológica de suporte às Academias TIC

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Sumário Executivo
Eixos de acção – modelo de gestão

Relação com o mercado

Objectivos a prosseguir Linhas de acção recomendadas

• Estabelecer 10 parcerias sólidas • Desenvolver protocolo a assinar com empresas de TI para as academias
com empresas de Tecnologias de TIC
informação no primeiro semestre de • Definir
f acordos de preço para a aquisição de formação
f especializada,
2009 software, hardware e apoio e manutenção para lançar as academias TIC

• Divulgação da iniciativa das • Estabelecer um plano de comunicação orientado aos diferentes públicos
Academias
cade as TIC C nasas esco
escolas,
as, a (Tutela, DRE; escolas, professores, alunos, pessoal não docente, e
comunidade local) com os objectivos das acções de comunicação, o
alunos e professores modo de comunicação, o momento temporal, o responsável pela acção e
o mecanismo de avaliação do impacto da comunicação
• Divulgação da iniciativa das
Academias TIC na comunidade local • Promover acções de marketing directo junto das empresas e entidades
para captação de alunos externos à locais para captação de alunos externos
escola • Desenvolver o material de comunicação e o merchandising associado

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Sumário Executivo
Eixos de acção – modelo de gestão

Pedagogia

Objectivos a prosseguir Linhas de acção recomendadas

• Assegurar a progressiva • Estipular para cada Academia o plano curricular, a duração, o modo de
normalização de formatos das avaliação, os equipamentos e materiais necessários, e os manuais a
q
distribuir aos alunos ou a adquirir pelos alunos.
p
Academias TIC nas várias escolas
• Desenvolver cursos de ensino à distância (e-learning) que
• Complementar os manuais das complementem os materiais formativos das academias sempre que a
academias com material de academia da empresa esteja muito focada num produto específico e para
formação
o ação independente
depe de te de produtos
p odutos p
alunos ou utilizadores experientes e qque consequentemente
q haja
j
ou tecnologias necessidade de explicar conceitos gerais e basilares

• Avaliar – decorrido o primeiro ano de academias – quais as academias


• Integrar a 3 anos as melhores que poderão integrar a estrutura curricular em escolas de ensino
Academias nos planos curriculares profissional,, como disciplinas
p p optativas
p ou obrigatórias.
g

• Assegurar a permanente • Desenvolver o plano de actualização da formação dos professores


actualização da formação de
• Desenvolver o plano de actualização dos materiais de formação
professores dos materiais
formativos • Estabelecer um plano de estágios profissionais

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Sumário Executivo
Eixos de acção – modelo de gestão

Infra-estruturas

Objectivos a prosseguir Linhas de acção recomendadas

• Estabelecer acordos ou contratos- • Estabelecer acordos ou contratos-quadro com as empresas responsáveis


quadro para aquisição de licenças por cada Academia e com o ecossistema de parceiros que assegurem a
ç e manutenção
formação ç
de software,
software de hardware,
hardware de
material formativo, de acções de • Definir o plano logístico de instalação de Academias: levantamento de
formação de professores, e de necessidades das escolas eleitas, planeamento e execução de
manutenção e renovação de aquisições e entregas, instalação de equipamentos e software, e
ç de manuais formativos.
distribuição
software e hardware para as
academias TIC • Definir e desenvolver o software de suporte à gestão das Academias TIC,
para gestão da base de professores formados, das candidaturas das
• Disponibilizar às escolas uma escolas, das inscrições de alunos (internos e externos às escolas), da
ferramenta de gestão
g das p g
empregabilidade dos alunos,, de contactos de empresas
p para estágios
p g
Academias TIC profissionais, etc. e que permita recolher informação estatística sobre o
progresso das Academias TIC e o seu impacto na escola e na
comunidade.

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Sumário Executivo
Evolução da incorporação dos conceitos das Academias TIC nos currículos escolares

O surgimento de novos corpos de conhecimento reflectir-se-á nos currículos das escolas. As tecnologias de informação já
constam dos currículos, embora ainda de forma pouco expressiva. As Academias TIC representam a resposta das empresas à
necessidade de formação nas novas tecnologias que as escolas não cobrem (quer por serem conceitos ou formações demasiado
recentes, específicas ou de perenidade questionável). É expectável que as Academias de maior sucesso venham no futuro a ser
incorporadas nos currículos das escolas secundárias, a par do espaço hoje detido pela aprendizagem de línguas estrangeiras, por
exemplo.
exemplo

Esta incorporação será necessariamente faseada e com preponderância nas escolas com cursos profissionais orientados a
sistemas de informação.

A título de exemplo, listamos algumas


g das áreas de conhecimento que poderão consolidar-se nas escolas durante a próxima
década, tomando como ponto de partida a realidade do mercado empresarial:

Sistemas operativos
p Aplicações
p ç ERP

Redes informáticas Gestão documental

Linguagens de programação Bases de dados

Aplicações de vídeo e imagem Ferramentas de produtividade

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Sumário Executivo
Evolução da incorporação dos conceitos das Academias TIC nos currículos escolares

Esta incorporação, que está já em curso nas escolas com cursos profissionais orientados a sistemas de informação, deverá ser
significativamente acelerada com o lançamento das Academias TIC em parceria com as empresas que as conceptualizaram na
origem.

O Curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, definido pela ANQ (www.anq.gov.pt)
contempla já várias destas áreas de conhecimento, como se pode observar no exemplo abaixo, com a instanciação do curso numa
escola secundária.

Apresenta-se como exemplo a Escola Secundária Dr. Francisco


Fernandes Lopes, em Olhão, no seu curso profissional de Técnico
de Gestão e Programação de sistemas informáticos incorpora já
algumas das áreas de conhecimento identificadas, e cujo conteúdo
programático se aproxima de algumas das Academias TIC
empresariais:

Sistemas operativos

Redes informáticas

Linguagens de programação

Fonte: Site da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, Olhão

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Sumário Executivo
Evolução da incorporação dos conceitos das Academias TIC nos currículos escolares

Potencial de integração curricular nos Potencial de integração curricular no


Academias Potenciais Cursos Profissionais (horizonte de Ensino Geral (horizonte de 5 a 10
5 anos) anos)

Sistemas operativos LINUX, Microsoft, Solaris  

Redes informáticas Cisco 

Li
Linguagens d
de programação
ã Java .net
Java, net  

Aplicações de vídeo e imagem Apple 

Aplicações ERP Pi
Primavera, SAP  

Gestão documental Xerox 

Bases de dados Oracle 

Ferramentas de produtividade MS Office; Open Office  

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Sumário Executivo
Roadmap de implementação

O mapa abaixo apresenta a proposta de roadmap preconizada para a iniciativa, estando previsto que a primeira vaga de
Academias arranque durante o terceiro trimestre de 2009.

1º trimestre / 2009 2º trimestre / 2009 3º trimestre / 2009 4º trimestre / 2009 2010


• Selecção das Academias de • Recepção e análise das • Reapreciação dos protocolos
Industria candidaturas das escolas estabelecidos com empresas
p
Planeamento • Estabelecimento de protocolos • Atribuição das Academias às • Acompanhamentos das • Realinhamento da estratégia
Estratégico com Empresas parceiras escolas Academias estabelecida para a iniciativa
• Nomear interlocutores nas DRE’s • Definição do modelo de avaliação • Avaliação e monitorização dos
resultados da 1.ª vaga de Academias

• Reapreciação dos conteúdos


• Alinhamento e validação de • Planeamento e curriculares, manuais de
Gestão • Definição do modelo de
curriculares manuais de certificação
conteúdos curriculares, operacionalização do processo formação e e-learning
e learning
tifi ã
Pedagógica formação e e-learning de certificação • Avaliação do modelo de
certificação

• Identificação dos professores


Gestão de • Divulgação das sessões de
• Planeamento e operacionalização
• Continuação das sessões de
o ado es
Formadores formação a professores formação de professores
das sessões de formação

• Levantamento das necessidades • Avaliação das condições em


de equipamento e software; • Distribuição e instalação de que se encontram os
Gestão de equipamentos e software nas
equipamentos
• Processo aquisitivo de
Meios equipamento e software
escolas

• Divulgação da iniciativa às
Planeamento escolas • Divulgação das Academias a • Inscrição dos alunos nas
• Levantamento de métricas e
e Gestão • Lançamento do processo de alunos e comunidade Academias • 1ª vaga de Academias indicadores operacionais relativos à
1.ª vaga de Academias.
Operacional candidatura das escolas

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Sumário Executivo
Modo de atribuição por candidatura das Academias TIC às Escolas Secundárias

Para conjugar os objectivos das escolas com os objectivos globais do Ministério da Educação, será dada predominância às
opções das escolas. No entanto, para promover a diversidade de Academias, e por conseguinte do Conhecimento, a DRE poderá
propor à Escola outra candidatura, sem carácter obrigatório.

Objectivos
j das escolas Processo de candidatura Critérios de atribuição
ç de Academias
• Ter academias de interesse para os seus A DRE, por princípio, aceitará as escolhas das escolas.
alunos No entanto, para promover a diversidade de
Escola selecciona 1 a 2
Academias, poderá sugerir alterações às candidaturas
• Ter academias que complementem os cursos academias e comunica à DRE
das escolas, e dará preferência por manter as opções
profissionais das escolas em q
que:
• Dar ferramentas aos alunos para melhorarem DRE recolhe candidaturas e • A Academia é complementar ao currículo dos
a sua empregabilidade na região avalia o conjunto das cursos profissionais da Escola
candidaturas na sua região
• Promover a ligação ao meio empresarial da • A escola se candidata a realizar mais que 1
região academia no ano
DRE comunica
i ààs escolas
l a
aprovação de candidaturas • A escola tem mais que 1 professor no quadro
podendo propor alternativas com know-how (formação e/ou conhecimentos
Objectivos do Ministério da Educação sólidos) para realizar a Academia
• Permitir autonomia de escolha às escolas Escolas validam ou negoceiam a • A escola apresenta solicitações de entidades
segundo os requisitos definidos alternativa
lt ti e confirmam
fi decisão
d i ã empregadoras
d d região
da iã para a realização
li ã de
d
final Academias específicas
• Promover a diversidade de Academias
• A escola compromete-se a definir carga horária
• Promover a ligação das Academias TIC à
específica para as Academias na distribuição de
componente lectiva actual, como
serviço
complemento
p de formação
ç adicional

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Sumário Executivo
Metodologia

A figura abaixo reflecte a abordagem metodológica seguida na realização deste projecto, detalhando-se, pela sua importância, as
seguintes actividade:
Pesquisa e análise critica de literatura, artigos e benchmarks relevantes, de forma a solidificar conceitos e criar uma base
de conhecimento alargada acerca do objecto em estudo. Neste sentido recorreu-se fundamentalmente a artigos
disponibilizados na internet por entidades como a Comissão Europeia, a European Schoolnet, Eurydice, ou o próprio
Mi i té i da
Ministério d Educação,
Ed ã entret outros.
t
Reuniões presenciais junto das empresas parceiras do programa e Direcções Regionais de Educação.
Lançamento de inquéritos a escolas nacionais de forma a identificar o nível de aceitação a esta iniciativa, assim como os
principais constrangimentos que podem comprometer o seu sucesso.
Lançamento de um inquérito na rede Eurydice, com o objectivo de identificar modelos internacionais de referência e boas
práticas que possam ser transpostas para a realidade nacional.
Sessões de trabalho e alinhamento com a gestão de projecto (GEPE).
Estruturação de
Levantamento Definição Estratégica
Recomendações

Definição de Academias
Levantamento de
Implementáveis nas Escolas
Modelos Internacionais Secundárias
de Referência

Aferição das Necessidades


de Academias TIC
Levantamento de
Academias de Industria
existentes em Portugal Definição do modelo de
gestão e operacionalização
das TIC
Levantamento de
Academias TIC já Aferição dos custos de
implementadas no implementação das
Ensino Secundário Academias TIC

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Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo de mudança 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção
5. Quadro de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias
B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias
1. Enquadramento macroeconómico 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação
2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC
3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa
4. Modelo de relacionamento
C Análise à Situação Actual
C. 5
5. Monitorização e controlo
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em 6. Modelo de sistemas de informação
Portugal
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais F. Roadmap de Implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 1. Roadmap de implementação
2. Estratégia de generalização

G. Anexos

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Introdução

Os baixos índices de competitividade e produtividade que a economia portuguesa ainda apresenta, resultam em parte das lacunas
na qualificação da população e, por conseguinte, na fraca capacidade em criar valor a partir do conhecimento.

Por outro lado, as infra-estruturas tecnológicas estão a transformar-se num recurso decisivo para a competitividade de um país,
sendo que, sistemas de telecomunicações e de ligação à Internet eficientes, devem ser encarados como prioridades a par das
infra-estruturas ditas “clássicas”, como estradas ou aeroportos.

Considerando esta realidade, o Governo lançou o Plano Tecnológico, que se assume como uma agenda de mudança com o
objectivo de colocar Portugal no caminho da modernização e da competitividade, possibilitando assim que se vença o atraso
estrutural que nos é apontado nestas matérias.

Com o objectivo
C bj ti específico
ífi de
d modernizar
d i as escolas
l e preparar o jovens
j para a sociedade
i d d do
d conhecimento
h i t foi,
f i paralelamente,
l l t
lançado o Plano Tecnológico da Educação (PTE).

As Academias TIC são uma das iniciativas que se encontram no âmbito do PTE, e que têm como objectivo central disponibilizar à
comunidade educativa acesso a programas de formação de indústria, com certificação associada em tecnologias de informação,
através
t é de d um conjunto
j t ded parcerias
i estabelecidas
t b l id com empresas do d sector.
t

Plano Tecnológico da Educação | 22


Introdução
Enquadramento macroeconómico

Conceitos como produto interno bruto e produtividade estão intimamente ligados ao nível de escolaridade de população.
Com efeito, analisando dados de 2007 do Banco de Portugal e do Eurostat, constata-se que a produtividade por trabalhador em
Portugal registou uma aceleração de 1,2% (taxa de variação média anual) face a 2006 (Banco de Portugal), encontrando-se, no
entanto, ainda 30 pontos abaixo do valor médio da UE.
Da mesma forma, o nosso país apresenta ainda uma das mais baixas taxas ao nível da conclusão do ensino secundário, patamar
mínimo essencial para a inclusão de um jovem no mercado de trabalho com as devidas qualificações.
qualificações
Assim, iniciativas como as Academias TIC, são essenciais no reforço das competências em tecnologias de informação dos jovens
portugueses, constituindo uma aposta no fortalecimento da escolaridade e no aproximar da escola às reais necessidades do país.

Produto Interno Bruto per Capita* Produtividade * e Escolaridade**


135,70%
(UE27 = 100%) 140%
149,70%
120%
105,10% 104,70%
100%

106,90% 80%
69,90%
97,30%
60%
41,00%
74,80% 35,70%
40%

20%
40,70% 38,10% 0%
Irlanda Espanha Grécia Portugal Roménia Bulgária

Produtividade por Trabalhador (UE27 = 100%)

Percentagem de indivíduos (grupo etário 20-24) que concluíu com aproveitamento


Irlanda Espanha Grécia Portugal Roménia Bulgária pelo menos o ensino secundário

* Fonte: Banco de Portugal (2008) e Eurostat (2008)


**Fonte: Eurostat (2006)

Plano Tecnológico da Educação | 23


Introdução
O mercado das tecnologias de informação

O volume de negócios movimentado pelas empresas ligadas às tecnologias de informação em Portugal tem vindo a crescer
sustentadamente nos últimos anos, tendo registado um incremento muito significativo de 2006 para 2007, onde atingiu o valor de
4.780,80 milhões de euros (IDC 2008), sendo que, para o período 2006-2011, a IDC prevê que esta tendência se reforce com o
mercado nacional de tecnologias de informação a crescer a uma média anual de 6%, sete décimas acima do previsto para a
Europa – 5,3%.
Considerando
C id d que actualmente
t l t este
t já é um mercado d deficitário
d fi itá i em termos
t d profissionais
de fi i i qualificados
lifi d (IDC 2008),
2008) estas
t
previsões de crescimento apontam para um acréscimo na procura por profissionais de TI.
Desta forma, é importante que a oferta formativa do Ministério da Educação dê resposta a esta necessidade do mercado,
permitindo aos seus alunos que se qualifiquem e reforcem competências ao nível das tecnologias da informação.
Volume de Negócios das Empresas de TI*
5.000
Millhões de Euros

4.781
4.800

4.600
+12%

4.400
4.278

4 200
4.200 4 134
4.134 +3%

4.000

3.800
2005 2006 2007

* Fonte: IDC (2008)

Plano Tecnológico da Educação | 24


Introdução
O mercado das tecnologias de informação

Efectivamente, as necessidades de serviços e produtos TI, são transversais a todos os sectores económicos do país, o que indica
haver um potencial de empregabilidade bastante alargado para profissionais desta área.
Detalhando o volume de negócio registado em 2007 por tipo de actividade, constata-se que os serviços TI (consultoria externa),
representaram cerca de 1.917 milhões de Euros do volume total, e o desenvolvimento e venda de software cerca de 799 milhões
de Euros.
Neste sentido, é importante destacar que o principal foco das Academias TIC incide precisamente em competência ao nível dos
serviços TI e do software, ou seja 58% do volume total de negócios em TI.

Volume
V l de
d Negócios
N ó i por Sector
S t Económico*
E ó i * Volume
V l de
d Negócios
N ó i por Tipo Ti ded Actividade*
A ti id d *
(Total 4.780,80 Milhões de Euros) (Total 4.780,80 Milhões de Euros)
Outros
Softw are
10% Financeiro
17%
22%
Administração
Pública Serviços TI Outros Serviços
23% 41% 8%

IIndústria,
dú t i DiDistribuição
t ib i ã
e Retalho
Telecom, Energia e 23%
Utilities Hardw are
23% 34%

* Fonte: IDC (2008)

Plano Tecnológico da Educação | 25


Introdução
O mercado das tecnologias de informação

O número de empregados afectos às empresas que actuam no mercado das TI, tem seguido uma tendência de crescimento,
acompanhado naturalmente o aumento do volume de negócios das empresas do sector.

No entanto, apesar do crescimento que se tem verificado, vários estudos indicam (e.g. ANETIE e IDC) que o mercado nacional de
tecnologias de informação e comunicação é deficitário em cerca de 3 mil profissionais.

A reforçar esta ideia, um estudo do Eurostat (2004) indica que em Nº de Empregados no mercado das TI’s
28.000 27.690
Portugal o sector tecnológico representa 1,8% do emprego nacional, o
valor mais reduzido entre os países da UE25 (média de 4,5). 27.000

Algumas empresas (e.g.


(e g Sun Microsystems,
Microsystems Nokia Siemens),
Siemens) chegam +12%
26.000
mesmo a apontar a carência de capital humano com competências
sólidas em TIC como uma dos principais constrangimentos ao 25.000 24.765

desenvolvimento da sua actividade em Portugal.


23.956 +3%
24.000
Neste sentido torna-se
torna se fundamental
f ndamental reforçar políticas e acções que
q e
promovam a melhoria quantitativa e qualitativa dos recursos humanos 23.000

nacionais ao nível das TIC.


22.000
2005 2006 2007

* Fonte: IDC (2008)

Plano Tecnológico da Educação | 26


Introdução
A situação actual do ensino das TIC

O fomento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nas escolas tem constituído, ao longo da últimos anos, uma
prioridade para a maior parte dos países membros da União Europeia (UE).
No entanto, e apesar desta ser identificada como uma preocupação transversal, constata-se que os resultados das políticas de
introdução de TIC na educação apresentam grandes disparidades de país para país e, muitas vezes, de escola para escola
mesmo dentro do mesmo país.
Segundo um estudo da European Schoolnet (2006), apenas um pequeno lote de escolas europeias tem incorporado as TIC nos
seus curricula de forma sustentada e com um nível de utilização eficaz e adequado no apoio ao ensino.
Pelo contrário, apesar do esforço feito para disponibilizar equipamentos, meios e conteúdos, a larga maioria dos países

encontram-se ainda numa fase inicial de adopção das TIC,, fase essa q que se caracteriza p
por uma utilização
ç irregular
g e
descoordenada, e consequentemente com pouca eficácia na melhoria das condições de ensino.
De forma a mitigar as questões descritas acima, a denominada Estratégia de Lisboa aponta três eixos fundamentais, de
intervenção prioritária:

1 O aumento do número de computadores por 100 alunos;

2 O acesso à internet através de banda larga;

3 A utilização das TIC como complemento e suporte à actividade lectiva .

Plano Tecnológico da Educação | 27


Introdução
A situação actual do ensino das TIC

A figura abaixo representa, de acordo com um levantamento feito pelo European Schoolnet, os principais inibidores a um uso mais
efectivo das tecnologias de informação e comunicação nas escolas.

Professores: Muitos professores


apresentam ainda competências limitadas na
utilização de TIC, o que faz com que não
tenham confiança na sua introdução na sala
de aula como apoio e complemento à
actividade lectiva.

Inibidores à
utilização das
Escolas: : O acesso limitado às TIC (devido à
Sistema educativo: Em vários países da TIC nas sua falta ou má organização dos recursos), a
UE, é o próprio sistema de ensino com as suas escolas qualidade insuficiente e a inadequada
estruturas ppouco flexíveis q que impede
p a manutenção
ç dos equipamentos,
q p , assim como a
integração das TIC no quotidiano das inexistência de software educativo apropriado,
actividades de aprendizagem. constituem também elementos inibidores da
utilização das TIC nas escolas..

Plano Tecnológico da Educação | 28


Introdução
A situação actual do ensino das TIC

Ainda de acordo com o mesmo estudo (European Schoolnet, 2006), existe um conjunto de acções que deve ser assegurado de
forma a maximizar os resultados dos investimentos efectuados em TIC na educação, nomeadamente:

Criar um plano nacional para a utilização das TIC nas escolas, transversal e abrangente possibilitando desta forma que os
professores e responsáveis das escolas se sintam também mais apoiados e guiados neste processo de mudança;

I l i competências
Incluir tê i TIC nos curricula
i l dos
d alunos;
l

Melhorar e ampliar a formação nas áreas TIC aos professores, quer nas suas formações de base – académicas – quer
posteriormente, através de cursos de formação contínua e desenvolvimento profissional;

Planificar os investimentos em TIC de forma clara,


clara com milestones bem definidos e monitorização permanente,
permanente que permita
actuar em caso de desvios ou incumprimentos;

Motivar os professores para a introdução das TIC nas salas de aula, recompensado os que se mostrem mais activos e
eficientes;

Incluir a estratégia de desenvolvimento das TIC nas escolas, como parte integrante da sua estratégia global de
desenvolvimento.

Drivers para uma introdução eficaz das


TIC no sistema educativo

Plano Tecnológico da Educação | 29


Introdução
A situação actual do ensino das TIC

Em termos de infra-estruturas e equipamentos TIC nas escolas, Portugal apresenta, face aos seus parceiros da União Europeia,
resultados muito satisfatórios, sendo que em alguns itens, como a percentagem de escolas com ligação à internet através de
banda larga, posiciona-se claramente na linha da frente, bem acima da média da UE.
A este facto não é alheio o forte investimento que tem vindo a ser feito pelo Governo no âmbito do Plano Tecnológico da
Educação, onde uma das principais medidas passa exactamente por dotar as escolas com equipamentos e infra-estruturas TIC
apropriadas
apropriadas.
Apesar de Portugal actualmente já apresentar um número de computadores por aluno muito próximo da média da UE, é objectivo
do Governo que em 2010 exista nas escolas 1 computador para cada 2 alunos, colocando-nos como um dos países mais bem
equipados a nível mundial nesta matéria.
27 3
27,3 100%

90%

80%

70%

60%

50%
11,3
10,3 40%
9,5 9,5
30%
5,9
20%

10%

0%
Dinamarca Irlanda Portugal Espanha Lituânia EU27

Nº de Computadores por 100 Alunos % de Escolas com Ligação Banda Larga

Fonte: Comissão Europeia. A informação relativa à % de escolas com ligação à internet através de banda larga foi corrigida segundo dados
indicados em http://www.portugal.gov.pt

Plano Tecnológico da Educação | 30


Introdução
A situação actual do ensino das TIC

Apesar de cerca de 70% de professores em Portugal declararem que possuem bons ou muito bons conhecimentos informáticos,
um estudo da Comissão Europeia (Empirica 2006) concluiu que apenas 25% dos professores portugueses se encontram
completamente preparados para utilizarem as TIC na sala de aula.

Esta conclusão deriva de uma análise feita às competências TIC dos professores de acordo com três eixos de análise – acesso,
competência e motivação (ver Empirica 2006).

O desfasamento entre aquilo que os professores apontam como sendo os seus conhecimentos em TIC e o nível de preparação
efectivo que apresentam, indica que é necessário investir fortemente na formação e desenvolvimento das suas competências em
tecnologias de informação e comunicação.

93% 60%
82% 84% 82%
50%
68% 70%
40%

30%

20%
23%
20%
11% 11% 10%
6% 8%

0%
Dinamarca Lituânia Espanha Irlanda Portugal EU25

Professores que reportam ter níveis “bons ou muito bons” de conhecimentos em TIC
Professores que reportam ter níveis “elementares” de conhecimentos em TIC
% de professores que se consideram completamente preparados para usar as TIC nas salas de aula

Fonte: Comissão Europeia

Plano Tecnológico da Educação | 31


Introdução
A situação actual do ensino das TIC

Relativamente à efectiva utilização das TIC como complemento à actividade lectiva, constata-se que, apesar de grande parte das
disciplinas já prever a sua utilização, existe ainda um número significativo de professores que sem programas optam por não
recorrer a eles, quer nas salas de aula, quer previamente, aquando da preparação das lições.
Estes resultados acabam por contrariar resultados do mesmo estudo, em que a maioria dos professores reconhece que os alunos
se apresentam mais motivados e atentos quando as aulas são complementadas através de tecnologias de informação, sendo que
apenas 9% dos professores entrevistados pensa não existirem benefícios significativos na utilização das TIC como complemento à
actividade lectiva.
Neste sentido, as Academias TIC, através do desenvolvimento das competências de professores e alunos, irão constituir uma
pressão positiva para uma maior efectivação das tecnologias de informação na actividade lectiva.

% de professores que concordam com a frase:


% de professores que usaram o % de professores que recorrem a conteúdos
“O conteúdo programático da maioria das
computador na aula nos últimos 12 meses 63% educativos on-line com o propósito de apoiar as aulas
disciplinas leccionadas integram as TIC"
89,2% 62% 87%
83%
83,9%
79,9% 76% 77%
75,3% 75,3% 74%
73,7%
58%
58%
48%
55% 56%

Dinamarca Lituânia Espanha Portugal Irlanda EU25 Dinamarca Lituânia Espanha Portugal Irlanda EU25 Dinamarca Lituânia Espanha Portugal Irlanda EU25

Fonte: Comissão Europeia

Plano Tecnológico da Educação | 32


Introdução
O ensino das TIC na Europa

Com o objectivo de caracterizar a forma como o ensino das TIC se desenvolve nos diferentes países de União Europeia, foi
l d um inquérito
colocado i é it na rede
d Eurydice
E di - reded europeiai de
d informação
i f ã sobre
b as políticas
líti i t
e os sistemas d ti
educativos europeus.
Nas próximas páginas detalham-se as respostas recebidas e que se encontram resumidas no quadro abaixo.
Existem parcerias com Os cursos são direccionados
Existe ensino das TIC nas Quem é responsável pelos Que empresas são parceiras
País empresas para o ensino à obtenção de certificação
escolas cursos nas Academias?
das TIC? de industria?

Polónia Sim Não Não Escolas -

Eslovénia Sim Sim Sim Escolas e Empresas Microsoft, Cisco

Al
Alemanha
h Si
Sim Si
Sim Si
Sim E
Escolas
l eEEmpresas Mi
Microsoft,
ft Cisco
Ci

Finlândia Sim Sim Não Escolas e empresas Nokia

Holanda Sim Sim Não Escolas -

República Checa Sim Não Não Ministério da Educação -

Letónia Sim Não Não Ministério da Educação -

Sim Sim Não Ministério da Educação Cisco, HP, Dell, IBM, Alcatel,
França etc.

Reino Unido Sim Sim Sim Escolas Oracle, Microsoft

Plano Tecnológico da Educação | 33


Introdução
O ensino das TIC na Europa

De seguida apresentam-se as respostas recebidas ao inquérito lançado na Rede Eurydice.

País Resumo das respostas da Rede Eurydice

Na Polónia, o ensino em tecnologias de informação e comunicação é obrigatório, havendo disciplinas específicas para o efeito ao nível do básico e do secundário. As escolas
Polónia disponibilizam também a todos os alunos interessados cursos extra-curriculares em TIC. Não existe no entanto o conceito de Academias TIC, sendo o programa das disciplinas
orientado para a transmissão de conceitos gerais e não ao ensino de determinada tecnologia ou aplicação.

Apesar de não haver o conceito de Academias TIC tal com ele é entendido em Portugal, na Eslovénia, algumas escolas por iniciativa própria, nomeadamente do ensino superior,
Eslovénia disponibilizam em cooperação com a Cisco e a Microsoft cursos extra-curriculares vocacionados para a obtenção de certificação de indústria. O Ministério da Educação
E l
Esloveno não
ã tem,
t no entanto,
t t qualquer
l envolvimento
l i t neste
t processo.

Na Alemanha não existe nenhum programa desenvolvido centralmente pelo Ministério da Educação. No entanto algumas escolas, essencialmente profissionais, avançaram
individualmente para parcerias com empresas privadas com o objectivo de disponibilizarem Academias de Industria aos seus alunos. Os cursos mais comuns referenciados
Alemanha foram o “Internet and Computing Core Certification” (Microsoft), “Microsoft Office Specialist” e “Microsoft Certified Professional” e o CCNA da Cisco.

À semelhança dos casos anteriores, na Finlândia também não existe o conceito de Academias TIC, podem no entanto destacar-se alguns casos em que disciplinas como
programação foram desenvolvidas em conjunto entre as escolas e a Nokia. Também em cooperação com a Nokia, existe um programa orientado a alunos talentosos em que
Finlândia estes frequentam cursos avançados nas áreas das TIC e da matemática. O curso possibilita também que os alunos frequentem um estágio na Nokia.

Na Holanda não foi identificado nenhum programa extracurricular em TIC, nomeadamente em moldes semelhantes às Academias TIC.
No entanto, quase todas as escolas utilizam TIC no seu programa educativo normal, sendo estas consideradas como uma ferramenta utilizada no processo de aprendizagem, e
Holanda não uma meta do currículo em si mesmo. Em disciplinas como matemática ou história, os alunos têm de fazer trabalhos que incluem o uso de computadores e da Internet.
Desta forma torna-se possível aos alunos desenvolver as suas competências TIC.

Plano Tecnológico da Educação | 34


Introdução
O ensino das TIC na Europa

(Cont.)

País Resumo das respostas da Rede Eurydice

Não foram identificadas iniciativas na República Checa baseadas em parcerias entre o Ministério da Educação e empresas tecnológicas com vista ao ensino de TIC.
República
No biénio 2004-2006, o Ministério da Educação Checo concebeu o Programa Nacional de Alfabetização em Tecnologias de Informação. Este programa permitiu dinamizar
Checa cursos básicos de Informática disseminados um pouco por toda a República Checa.

Na Letónia, as TIC são parte integrante do currículo escolar entre o 5.º e o 7.º anos.
Letónia Caso existam salas devidamente equipadas disponíveis, o ensino das TIC pode ser prolongado aos 8.º e 9.º anos, podendo mesmo ser ministrados cursos extra-curriculares.

Em França, o ensino das TIC encontra-se em larga medida integrado no currículo escolar, havendo também a possibilidade dos alunos frequentarem cursos em horário
extracurricular.
França
ç Com vista ao desenvolvimento do ensino das TIC nas escolas,
escolas o Ministério da Educação Francês celebrou um conjunto de convénios com empresas privadas (e.g.
(e g Dell,
Dell Cisco,
Cisco
HP, IBM), constituindo-se estas como parceiras neste esforço de difundir e aprofundar as competências TIC dos alunos franceses.

O ensino das TIC é obrigatório no Reino Unido, nomeadamente na faixa etária dos 5 aos 16 anos, sendo o programa desenvolvido de forma central pela “Qualifications and
Curriculum Authority”
Reino Unido Adicionalmente existem programas específicos de indústria, como Academias Oracle e Microsoft.
O governo do Reino Unido desenvolveu também em conjunto com algumas empresas privadas (Cisco, Oracle, Microsoft, EDS, Logica), um programa de formação que
possibilite aos alunos do grupo etário 14-19 obterem um conjunto de competências que vão ao encontro às necessidades do mercado.

Plano Tecnológico da Educação | 35


Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo de mudança 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção
5. Quadro de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias
B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias
1. Enquadramento Macroeconómico 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação
2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC
3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa
4. Modelo de relacionamento
C Análise à Situação Actual
C. 5
5. Monitorização e controlo
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em 6. Modelo de sistemas de informação
Portugal
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais F. Roadmap de Implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 1. Roadmap de implementação
2. Estratégia de generalização

G. Anexos

Plano Tecnológico da Educação | 36


Análise à Situação Actual

O programa “Academias TIC” nas escolas é um conceito inovador, nomeadamente por se tratar de uma politica de fomento de
formações de indústria definida centralmente pelo Ministério da Educação e que se pretende transversal a todas as escolas
secundárias.
No entanto, quer em termos nacionais, quer internacionalmente, existe já um conjunto de iniciativas das quais se podem retirar
ensinamentos importantes para o sucesso das Academias TIC em Portugal.
Assim, no presente capítulo debruçamo-nos sobre as seguintes questões:

Que experiências piloto já foram desenvolvidas em Portugal?


 Caracterização de uma Academia Local Cisco na Escola Secundária da Guia;

Que experiências semelhantes se encontram a ser desenvolvidas a nível internacional?


 Análise das seguintes Academias:
– Academia Microsoft no Centro de Formação Zenos (Reino Unido) ;
– Academia Microsoft na Escola Secundária de Dunbar (Estados Unidos);
– Academia Cisco na Escola Secundária de Briggs (Estados Unidos);

Adicionalmente, através de um inquérito realizado as todas as escolas secundárias, aferiu-se o seu nível de preparação para
acolheram e desenvolverem as Academias TIC com sucesso.

Plano Tecnológico da Educação | 37


Análise à Situação Actual
Caracterização das Academias de indústria existentes em Portugal

Em Portugal, existem escolas que, desde há alguns anos, decidiram avançar proactivamente de forma isolada para a
implementação de Academias próprias, particularmente Academias Cisco.

Através do Ministério da Educação foi possível confirmar que existem actualmente pelo menos 8 escolas secundárias nestas
condições.

Relativamente às restantes empresas parceiras no programa-piloto, não foram identificadas Academias implementadas em
escolas secundárias, podendo-se destacar, no entanto, iniciativas semelhantes ao nível do ensino superior (e.g. Oracle), ou de
centros de competências (Microsoft).

Paralelamente a este estudo, o GEPE iniciou o lançamento da fase piloto das Academias, que se iniciará em 2009 em 30 escolas
do continente – 6 escolas por Direcção Regional de Educação.

Com vista a uma melhor caracterização do modelo actual de funcionamento das Academias actualmente existentes em Portugal, e
de forma a retirar pontos de aprendizagem para ao fase de generalização da iniciativa, foi analisada a realidade da Academia
Cisco na Escola Secundária da Guia.

Plano Tecnológico da Educação | 38


Análise à Situação Actual
Caracterização das Academias de indústria existentes em Portugal
Academia Cisco na escola secundária da Guia
Como principais características do modelo de funcionamento da Academia Cisco na Escola Secundária da Guia, foram
identificados os seguintes pontos:

A estrutura curricular da Academia incide sobre os 4 módulos que constituem o programa CCNA;

A Academia funciona desde 2003 em horário extra-curricular, nomeadamente às quartas-feiras e aos sábados de manhã;

A formação é assegurada por um professor da escola, com competências ao nível do CCNA;

A remuneração do formador foi feita, nos primeiros dois anos, através de financiamentos comunitários (PRODEP III),
posteriormente o professor responsável assegurou as aulas sem qualquer tipo de remuneração ou atribuição de horas da
componente lectiva;

Não houve qualquer investimento em equipamentos e licenças, tendo os mesmos sido emprestados por uma Academia
Regional Cisco;

No último ano a Academia não se realizou p


por falta de disponibilidade
p do formador responsável.
p

Plano Tecnológico da Educação | 39


Análise à Situação Actual
Caracterização das Academias de indústria existentes em Portugal
Academia Cisco na escola secundária da Guia
Da análise às características e modelo de funcionamento da Academia Cisco na escola Secundária da Guia ressaltam um
conjunto de pontos de aprendizagem para a iniciativa global de Academias TIC:

É importante que as competências relacionadas com as Academias sejam previstas na distribuição de serviço feita pela
direcção da escola, atribuindo claramente responsabilidades e carga horária aos professores dinamizadores da iniciativa;

Devem ser clarificadas


D l ifi d em que situações
it õ h
haverá
á lugar
l ao pagamento
t ded honorários
h ái extra
t aos professores
f e demais
d i
responsáveis pelas Academias, assim como os montantes desses honorários;

A dinamização, gestão e actividade lectiva de uma Academia não deverá estar dependente de apenas um professor /
responsável;

A frequência e aprovação nas Academias deverá ser reconhecida no plano nacional de certificação da formação contínua
de professores e de pessoal não docente;

Uma vez que a maior parte dos alunos opta por não realizar os exames de certificação, é essencial definir um plano de
avaliação próprio que permita aferir os conhecimentos dos alunos,
alunos credibilizando assim a formação;

É importante que exista um investimento inicial em equipamentos de forma a que a realização das Academias não esteja
dependente da disponibilidade e “boa vontade” de entidades externas á iniciativa.

Plano Tecnológico da Educação | 40


Análise à Situação Actual
Caracterização das Academias de indústria existentes em Portugal
Academia Cisco na escola secundária da Guia
De seguida, apresenta-se em detalhe as principais características do modelo de funcionamento da Academia Cisco na Escola
Secundária da Guia:

Issues Descrição

• Disponibilizar aos alunos uma formação reconhecida internacionalmente em novas tecnologias,


tecnologias nomeadamente ao nível
Objectivos e conteúdo de montagem, gestão e configuração de redes informáticas.
programático • A formação incide sobre os 4 módulos que constituem o CCNA, estando a ser ponderada a hipótese de disponibilizar
brevemente os cursos IT Essentials I e II.

E inícios
• Em i í i de
d 2003 a Escola
E l do
d Ensino
E i Secundário
S dá i da
d Guia
G i efectuou
f t d ã à rede
a adesão d ded Academias
A d i Locais
L i da
d Cisco,
Ci
Processo de adesão tendo ficado ligada à Academia Regional CCEMS (Centro de Competências “Entre Mar e Serra”).
da escola à rede de
Academias Cisco • Nessa altura o professor dinamizador da iniciativa frequentou um curso formação de formadores para o CCNA, sendo
que o primeiro curso disponibilizado aos alunos foi em finais de 2003.

Modelo de gestão da • Toda a gestão operacional e curricular da Academia é assegurada exclusivamente por um professor (o professor
Academia formador) o que faz com que a realização da Academias esteja totalmente dependente da sua disponibilidade.

• Não foi necessário um investimento inicial na aquisição de equipamentos e/ou licenças de software, visto que o
equipamento utilizado tem sido emprestado pela Academia Regional a que esta Academia Local se encontra ligada –
IInvestimento
ti t e Centro de Competências “Entre Mar e Serra”.
orçamento
• No início do funcionamento da Academia (dois primeiros anos), esta funcionava com um formador externo, encontrando-
se o professor-formador em acumulação de funções. Essa despesa era suportada pelo QCA III, através do PRODEP III.

Plano Tecnológico da Educação | 41


Análise à Situação Actual
Caracterização das Academias de indústria existentes em Portugal
Academia Cisco na escola secundária da Guia
(Continuação).

Issues Descrição
• A certificação não tem um cariz obrigatório uma vez que tem inerente custos que teriam que ser integralmente
suportados pelos alunos.
• A validação dos conhecimentos adquiridos tem sido efectuada pela atribuição de um Diploma (modelo próprio da Cisco
Avaliação de
Systems), que atesta as competências adquiridas pelo aluno ao longo desse módulo.
conhecimentos
• O Diploma é atribuído no final de cada um dos quatro módulos que compõem o CCNA, e só é possível a sua emissão
caso o aluno obtenha uma classificação no módulo superior a 80 %.
• Para além deste diploma, também tem sido entregue aos alunos uma carta de conclusão de cada módulo.

• Os alunos demonstram um grande interesse neste tipo de cursos, visto que as disciplinas do currículo “normal”
Adesão e interesse promovem uma formação muito teórica e superficial.
demonstrado pelos
alunos
l • Desta forma,
forma os alunos podem aprofundar os seus conhecimentos específicos em redes de informação,
informação dando-lhes
dando lhes um
certo alicerce para as aprendizagens obtidas nas outras disciplinas ligadas a Tecnologias de Informação.

• Toda a comunidade (escolar e extra escolar), pode frequentar a formação no âmbito do Networking Academy, no
Abertura da
entanto, não tem havido uma grande solicitação quer por parte dos professores, quer por parte do pessoal não docente
Academia à restante
da esco
escola.
a
comunidade
id d escolar
l
e ao exterior • Esta situação decorre essencialmente do facto desta formação não ter sido creditada no âmbito do plano nacional de
certificação da formação contínua de professores e de pessoal não docente.

Plano Tecnológico da Educação | 42


Análise à Situação Actual
Caracterização dos modelos de Academias internacionais

Através dos parceiros tecnológicos que disponibilizam Academias TIC em Portugal, foi possível recolher e analisar alguns casos
de estudo internacionais, nomeadamente:

Academia Microsoft no Centro de Formação Zenos (Reino Unido);

Academia Microsoft na Escola Secundária de Dunbar (Estados Unidos);

Academia Cisco na Escola Secundária de Briggs (Estados Unidos);

Ano de início da Grupo etário a que se Número de alunos


Academia Formações / Programas Financiamento Número de alunos
Academia destina certificados

Academia Microsoft no
Microsoft IT 2000 (total do centro
Centro de Formação 2006 16 – 18 anos Público ~ 1000 por ano
Academy Program de formação)
Zenos

Academia Microsoft na
Microsoft IT Em parte suportado ~ 550 nos primeiros
Escola Secundária de 2005 15 – 18 anos 110 (actualmente)
Academy Program pelos alunos três anos
Dunbar

3 turmas ( não
Academia Cisco na Escola
2007 CCNA Discovery
y 16 – 18 anos Não especificado
p especificado
p o Não especificado
p
S
Secundária
dá i de
d Briggs
Bi número de alunos)

Plano Tecnológico da Educação | 43


Análise à Situação Actual
Caracterização dos modelos de Academias internacionais
Academia Microsoft no Centro de Formação Zenos (Reino Unido)

Descrição do Programa

Centro de formação criado pelo governo do Reino Unido em 2001 com o objectivo de melhorar as competências e
empregabilidade da população, com especial enfoque nas Tecnologias de Informação e na ligação ao mundo empresarial.
Inicialmente orientado para uma faixa etária acima dos vinte anos, os responsáveis pelo centro de formação decidiram, em
2006, criar um programa especifico para jovens entre os 16 e os 18 anos que não desejando prosseguir estudos
universitários, não tivessem nenhum tipo de competências específicas que lhes permitissem entrar no mundo do trabalho.
Após completarem o programa de formação, o próprio centro ajuda os seus alunos a procurarem colocação no mercado de
trabalho através de contactos privilegiados que detém com empresas da região.

Intervenção da Microsoft Principais Resultados e Indicadores

O centros
t Zenos
Z disponibilizam
di ibili aos seus alunos
l formação
f ã em  1000 pessoas por ano com formação de
tecnologias e aplicações Microsoft através do programa Microsoft IT indústria em TI;
Academy.  80 % dos formados encontram empregos
Desta forma, muitos alunos, especialmente do grupo etário 16-18 anos, relacionados com as competências TI que
escolheram formar-se e certificar-se em aplicações Microsoft, adquiriram;
nomeadamente
d t como Microsoft
Mi ft Certified
C tifi d Desktop
D kt S
Suport
t Technicians.
T h i i  Os jovens formados em TI pela Zenos
De acordo com os responsáveis do centro, esta certificação, constitui ganham, em média, mais 30 a 40% do que
uma enorme mais valia no Reino Unido, nomeadamente em pessoas tão jovens da mesma idade mas sem qualquer
jovens, abrindo-lhes as portas para um emprego de qualidade. qualificação.

Plano Tecnológico da Educação | 44


Análise à Situação Actual
Caracterização dos modelos de Academias internacionais
Academia Microsoft na Escola Secundária de Dunbar (Estados Unidos)

Descrição do Programa

A Academia para a Excelência na Tecnologia (ATE) foi criada em 2005 na escola secundária de Dunbar com o objectivo
central de facultar aos alunos formações de industria de alta qualidade em tecnologias de informação. Paralelamente, os
responsáveis
á i pelo l programa pretenderam
t d recuperar para a escola
l alunos
l menos adaptados
d t d aos padrõesd õ de
d ensino
i standard.
t d d
Na Academia, os alunos têm à sua disposição um vasto leque de cursos, nomeadamente ao nível de redes, softwares ou
sistemas operativos. Da mesma forma, e de acordo com os cursos que frequentarem, os alunos podem candidatar-se a pelo
menos doze certificações diferentes.
De acordo com os responsáveis do programa, muitos alunos que concluíram com sucesso o programa de formação com a
respectiva
p certificação
ç acabam p por concorrer a empregos
p g em p pé de igualdade
g com licenciados nas mesmas áreas.

Intervenção da Microsoft Principais Resultados e Indicadores

Desde
D d o seu início
i í i em 2005 que a ATE aderiu
d i ao programa Microsoft
Mi ft IT  A Academia conta actualmente com 110
Academy, permitindo desta forma disponibilizar aos seus alunos alunos;
certificações como Microsoft Certified Proffessional ou Microsoft Certified
 4 professores a tempo inteiro com
Systems Administrator.
certificação de indústria na tecnologia /
Para além da mais valia objectiva em termos de procura de mercado em
aplicação que leccionam;
di
disponibilizar
ibili cursos e certificações
tifi õ Mi
Microsoft,
ft os responsáveis
á i pela l
Academia indicam que o programa Microsoft IT Academy veio trazer uma  630 certificados desde o início do programa
visibilidade e um reconhecimento importantes para o sucesso do (2005), em que 90% das certificações são
projecto. Microsoft.

Plano Tecnológico da Educação | 45


Análise à Situação Actual
Caracterização dos modelos de Academias internacionais
Academia Cisco na Escola Secundária de Briggs (Estados Unidos)

Descrição do Programa

A ideia de disponibilizar aos alunos da Escola Secundária de Briggs uma formação em redes de computadores nasceu da
convicção dos responsáveis educativos, pais e dos próprios alunos de que as tecnologias de informação constituem nos dias
de hoje um factor decisivo para vingar no mercado de trabalho, mesmo não seguindo uma carreira directamente ligada às TI.
A preferência pelo curso CCNA Discovery da Cisco Networking Academy deu-se naturalmente uma vez que um dos
professores da escola inclusivamente já utilizava materiais Cisco nas suas aulas de ciências da computação.
Em 2007 iniciou-se o primeiro curso CCNA Discovery e, devido à forte adesão, foi necessário constituir 3 turmas e formar
mais um professor.

Intervenção da Cisco Principais Resultados e Indicadores

 3 turmas, sendo uma delas constituída


apenas por raparigas;
O CCNA Discovery permite aos alunos formarem-se e certificarem-se em
 2 professores;
redes de computadores através de uma abordagem extremamente
prática (os alunos aprendem a fazer) e intuitiva, tornando-a  Os alunos que concluíram, com sucesso o
particularmente
ti l t aconselhada
lh d a alunos
l d grupo etário
do tá i em questão tã (16-18
(16 18 curso de formação testemunham a enorme
anos). mais-valia que este constituiu para a sua vida
futura, seja no ingresso na faculdade ou na
integração no mercado de trabalho.

Plano Tecnológico da Educação | 46


Análise à Situação Actual
A situação actual das TIC nas escolas em Portugal
Resultados do inquérito feito às escolas secundárias públicas
Com o objectivo de aferir o potencial de interesse e receptividade que as Academias TIC poderão suscitar junto das escolas
secundárias, assim como avaliar o seu nível de preparação para aderir à iniciativa, foi lançado um inquérito on-line que esteve
disponível entre os dias 20 de Outubro e 7 de Novembro de 2007.

De um total de 502 escolas públicas com ensino secundário (fonte: GEPE), foram recebidas 234 respostas válidas –
aproximadamente 47%.

Dos resultados do inquérito ressaltam as seguintes conclusões:

Globalmente as escolas encontram-se preparadas para acolher e dinamizar a iniciativa, uma vez que:
 Todas têm pelo menos uma sala TIC devidamente equipada;
 A esmagadora maioria - 91% - tem pelo menos um professor dedicado exclusivamente ao ensino de tecnologias de informação;
 Cerca de 70 % afirmam-se preparadas para acolher uma Academia TIC, sendo que cerca de 50% pretende fazê-lo ainda em
2008/2009.

A generalidade das escolas apresenta actualmente um bom nível de utilização e integração de TIC com as actividades
curriculares;

98% das escolas consideram que o programa Academias TIC irá suscitar interesse junto da comunidade escolar, bem como
possibilitar uma formação com um bom grau de procura pelo mercado empregador;

No contexto
N t t de
d uma visão
i ã de
d futuro,
f t a maioria
i i das
d escolas
l considera
id que os cursos leccionados
l i d nas Academias
A d i TIC
deveriam ter uma articulação com as disciplinas do currículo oficial dos alunos – ~44% – sendo que cerca de 37%
consideram mesmo que as Academias deviam constituir-se como parte integrante dos currículos.

Plano Tecnológico da Educação | 47


Análise à Situação Actual
A situação actual das TIC nas escolas em Portugal
Infra-estruturas e equipamentos TIC
Em geral, as escolas apresentam boas condições a nível de infra-estruturas e equipamentos para o ensino das TIC, sendo que
todas as instituições inquiridas têm pelo menos uma sala TIC devidamente equipada.
As 234 escolas possuem, em média, 2.4 salas TIC com uma capacidade total (média) para 43.7 alunos.
Neste sentido, e considerando que a maior parte dos parceiros tecnológicos apontam os 20 elementos, como sendo o número
máximo de alunos por Academia, aliado ao facto de um dos objectivos do Governo passar por equipar as escolas com um
computador por cada dois alunos, constata-se que não será necessário um grande investimento adicional para dotar as escolas
em termos de infra-estruturas e equipamentos (não considerando os equipamentos específicos de cada Academia).

Número de salas TIC por escola Preparação das escolas (em termos de infra-
(234 respostas) estruturas) para receber as Academias
(234 respostas)
77
72 69,2%

46
nº de escolas

27,4%
17
10 12
3,4%

Superior a 5 5 4 3 2 1 Nada preparada. Pouco preparada. Preparada.


Núm ero de salas

Plano Tecnológico da Educação | 48


Análise à Situação Actual
A situação actual das TIC nas escolas em Portugal
Disponibilidade dos professores
A esmagadora maioria das escolas têm nos seus quadros professores dedicados ao ensino das TIC, sendo que em muitas
escolas – aproximadamente 40% das que responderam ao inquérito – existem mesmo mais de 5 professores da área das
tecnologias de informação.

Desta forma, podemos considerar que existe disponibilidade de professores para lançar a iniciativa das Academias TIC em larga
escala por todo o país.

É no entanto importante levar em consideração que 35% das escolas reportaram não haver disponibilidade horária dos
professores para leccionar as Academias o que constitui um dado importante a considerar no momento do planeamento do ano
lectivo e da respectiva distribuição de serviço.

% de escolas que têm professores destinados Número de professores destinados exclusivamente ao ensino de Disponibilidade horária dos professores para leccionar as
exclusivamente ao ensino de TIC TIC na escola Academias TIC
(234 respostas) (234 respostas) (234 respostas)

91,0% 62 Alguns professores podem estar


55 55,6%
disponíveis.

36
27 Dificilmente existirão professores
19 34,6%
nessas condições.
14

9,0%
Há disponibilidade horária dos nossos
1-2 3-4 5-6 7-8 9-10 Superior a professores para assegurar as 9,8%
10 Academias TIC.
Escolas sem professores TIC Escolas com professores TIC Núm ero de professores

Nº de escolas

Plano Tecnológico da Educação | 49


Análise à Situação Actual
A situação actual das TIC nas escolas em Portugal
Estágios de maturidade TIC das escolas
Um dos objectivos do inquérito passou pela caracterização do nível de maturidade em que se encontram as escolas relativamente
à utilização das TIC na actividade lectiva.
Os resultados permitiram constatar que a esmagadora maioria das escolas já ultrapassou o estágio inicial, posicionando-se
algures entre os estágios intermédio e o avançado, utilizando as TIC de uma forma regular e bem estruturada e integrada.
Este é mais um facto que indica claramente que as escolas se encontram preparadas para acolher as Academias TIC.
Como ponto negativo,
negativo destaca-se
destaca se o facto de haver ainda uma fatia muito significativa das escolas – 23,5%
23 5% – onde a utilização das
TIC ainda é deixada à consideração dos professores, facto que deve ser rapidamente corrigido.

Estágios de Avançado
Maturidade na
utilização das
TIC Intermédio
 A resolução de problemas no âmbito
curricular é suportada por TIC – 5,6%

 Professores e alunos utilizam software


Inicial  As TIC reforçam a actividade curricular específicos para suportar actividades do
– 92,7% curriculum escolar – 29,1%;

 As TIC estão integradas com um  O planeamento e integração das TIC na


grande número de disciplinas – 67,1%; actividade lectiva são realizados como
 O uso das TIC é ainda experimental
uma abordagem de equipa sendo parte
e dá especial ênfase a aplicações
 Há um plano da direcção / conselho integrante do planeamento da escola –
de processamento de texto – 1,7%
pedagógico da escola na integração de 29,9%
 As TIC são consideradas como TIC na actividade lectiva – 23,5%
uma actividade isolada – 3,8%;
 A utilização das TIC nas aulas é
opcional e decidido por cada
professor individualmente – 23,5% Evolução temporal

Plano Tecnológico da Educação | 50


Análise à Situação Actual
A situação actual das TIC nas escolas em Portugal
Interesse potencial da comunidade escolar
Cinco das seis Academias seleccionadas pelo GEPE para iniciar o projecto-piloto (exceptuando a Oracle), são precisamente as
que, de acordo com as escolas, poderão despertar um maior interesse junto dos alunos, confirmando-se
f assim a opção tomada
pelo GEPE para o arranque da iniciativa.
Em contrapartida, as Academias IBM, SAP e Oracle, são aquelas que poderão revelar um grau de interesse mais reduzido, ainda
que de uma forma geral globalmente positivo.
Globalmente todas as Academias parecem ter condições,
condições ao nível da adesão dos alunos,
alunos para arrancar,
arrancar embora claramente com
diferentes níveis de disseminação.

Interesse que as aplicações/ tecnologias poderão suscitar junto da comunidade escolar


(234 respostas)
Nulo/Reduzido Médio/Elevado

Microsoft Office

Microsoft Windows

Apple Final Cut Studio

Linux

Cisco Systems

Sun Microsystems (Open office)

HP

Primavera Software

Sun Microsystems (Java)

Xerox

IBM

Oracle

SAP

Plano Tecnológico da Educação | 51


Análise à Situação Actual
A situação actual das TIC nas escolas em Portugal
Interesse potencial Vs Procura de mercado
Conjugando a análise ao interesse potencial descrito na página anterior, com o grau de empregabilidade potencial que segundo as
escolas, as Academias suscitarão junto das empresas locais, constata-se um claro destaque das Academias Microsoft f (Office
(Off e
Windows).
Como ponto de relevo, ao nível da procura potencial de mercado, ressalva-se a Academia Primavera, sistema de gestão
empresarial nacional com grande difusão junto das PME em Portugal, e que de acordo com o inquérito tem um alto nível
empregabilidade.

100% Microsoft Office

Microsoft Windows
Linux Cisco
Apple Final Cut
se Potenciall

Sun (Open Office)

HP
Sun (JAVA)
Primavera
IBM Xerox
SAP
50% Oracle
Interess

0% 45%
% %
60% 100%
Procura de Mercado

Plano Tecnológico da Educação | 52


Análise à Situação Actual
A situação actual das TIC nas escolas em Portugal
Adesão das escolas e alunos

Momento de Adesão Adesão Expectável dos Alunos

• O facto de 90,6% das escolas mostrarem vontade • Embora 37,6% das escolas indicar que haverá
em lançar uma Academia entre este ano e o adesão dos alunos, mesmo em horário extra-
próximo é revelador do entusiasmo com que a curricular, é importante considerar num futuro
i i i ti está
iniciativa tá a ser acolhida;
lhid próximo a inclusão das Academias TIC no plano
curricular dos alunos, mesmo que seja como
• Considerando que 70% das escolas consideram disciplinas optativas;
estar preparadas para acolher uma Academia,
• Nesta perspectiva, a Eslovénia pode constituir um
constata-se que existe capacidade no terreno para
modelo interessante a analisar, uma vez que os
generalizar a iniciativa.
alunos que obtenham a certificações Microsoft ou
Cisco, acumulam créditos ao seu currículo escolar.

Altura desejada para aderir ao projecto Motivação/ empenho dos alunos para
das Academias TIC (ano lectivo) aderirem ao programa Academias TIC

Haverá adesão se as Academias


2008/2009 forem incorporadas no plano
(último 49,6% 60,3%
curricular como disciplinas
trimestre). opcionais.

2009/2010. 41,0% Haverá adesão mesmo em horário


37,6%
extracurricular.

2010/2011. 9,4% Não se antevêm inscrições


2,1%
suficientes.

Plano Tecnológico da Educação | 53


Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo de mudança 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção
5. Quadros de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias
B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias
1. Enquadramento Macroeconómico 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação
2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC
3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa
4. Modelo de relacionamento
C Análise à Situação Actual
C. 5
5. Monitorização e controlo
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em 6. Modelo de sistemas de informação
Portugal
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais F. Roadmap de Implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 1. Roadmap de implementação
2. Estratégia de generalização

G. Anexos

Plano Tecnológico da Educação | 54


Caracterização das Academias Implementáveis
Metodologia seguida

Com o objectivo de caracterizar e prioritizar as Academias de indústria implementáveis nas escolas, foi definida a seguinte
abordagem:

Levantamento de Aferição da Avaliação e


boas práticas e receptividade Elaboração de uma prioritização
Levantamento do modelo de
definição de factores que as matriz de avaliação e das
Academias TIC junto das
críticos a considerar Academias TIC prioritização das Academias
empresas parceiras
em projectos desta poderão suscitar Academias TIC TIC a
natureza junto das escolas implementar

• Realização de reuniões com as • Realização de um trabalho de • Realização de reuniões com as • Determinação de factores
empresas parceiras na iniciativa pesquisa para levantamento das Direcções Regionais da críticos de avaliação e
para levantamento do programa boas práticas e benchmarks Educação, no sentido de prioritização das Academias,
de formação a desenvolver nas para o ensino das TIC a nível recolher informações gerais com base na informação
Academias TIC. internacional; relativamente à receptividade recolhida nos pontos anteriores;
das escolas para aderirem às
• Validação / consolidação das • Compilação de toda a
Academias TIC,
TIC bem como ao
informações recolhidas através informação recolhidas junto das
grau de preparação das
da realização de questionários empresas parceiras, do GEPE e
mesmas para a esta iniciativa;
às empresas parceiras. demais intervenientes no
projecto. • Realização de um questionário
on-line às escolas do ensino
secundário com o objectivo de
secundário,
aferir a receptividade e adesão
potencial às Academias TIC,
bem como o seu grau de
preparação para aderirem a
esta iniciativa.

Plano Tecnológico da Educação | 55


Caracterização das Academias Implementáveis
Prioritização das Academias

Da análise das diferentes Academias segundo a metodologia detalhada na página anterior aferiu-se o nível de preparação das
diversas empresas para implementação e generalização das suas Academias.
Vagas de Generalização
O interesse potencial das Academias
junto da comunidade escolar foi aferido
através de um inquérito lançado às +
escolas onde se solicitava aos
professores coordenadores TIC que
avaliassem as diferentes Academias
elencadas, de acordo com uma escala de

mia TIC
atractividade.
de preparação p/
implementar uma Academ
Conjugando os dois critérios descritos
acima, foi possível desenhar o gráfico de
Vagas de Generalização representado ao
lado.
Factor d

Sem surpresa, constata-se que as


Academias seleccionadas na fase piloto
apresentam vantagem relativamente às
restantes, uma vez que têm vindo a
efectuar
f t um trabalho
t b lh preparatório
tó i ao
longo dos últimos meses, tendo também
sido seleccionadas para o projecto por se
tratarem de aplicações / tecnologias de -
grande interesse e p
g penetração
ç no - Interesse potencial das Academias junto da comunidade escolar +
mercado.
Nota: A posição no gráfico ocupada pela Xerox, SAP, IBM e HP deve-se à ausência de informação no momento de encerramento do estudo

Plano Tecnológico da Educação | 56


Caracterização das Academias Implementáveis
Avaliação das Academias

Com o objectivo de posicionar e comparar as diferentes Academias relativamente à sua capacidade e nível de preparação para
integrarem o projecto “Academias TIC nas escolas”, elaborou-se um quadro de referência de análise que se organizou em 5 eixos
d análise
de áli e12
12 factores
f t íti
críticos.
A tabela abaixo representa o posicionamento das diferentes Academias face aos factores críticos apresentados, para as empresas
que nos prestaram as informações solicitadas.
Academias
Eixos de Factores Apple Cisco HP* IBM* Linux Microsoft Oracle Primavera Sun SAP* Xerox*
Análise Críticos
Conceito
Maturidade da
Academia
Programa de formação

Custos e condições

Equipamento e
Manutenção e renovação
Software

Especificidade

Estrutura curricular e
Elementos programática
pedagógicos Manuais de formação e e-
learning

Formação de 1ª linha
Formação de
professores
Formação
ç de 2ª linha

Foco na certificação

Certificações Procura do mercado

Condições oferecidas

Fase de desenvolvimento das Academias:


Avançada Intermédia Inicial *A empresa não prestou informação suficiente dentro do período em que decorreu este estudo.

Plano Tecnológico da Educação | 57


Caracterização das Academias Implementáveis
Descrição das Academias

Resumo das principais características das Academias TIC propostas para as escolas do ensino secundário e profissional.

Academia Descrição
O programa de formação a implementar de imediato nas Academias Apple, será baseado na ferramenta de edição de vídeo Final Cut Pró, sendo que
o objectivo dos cursos é dar aos alunos uma abordagem profissional à aplicação. A duração do curso é de 16 horas, propondo-se que o curso se faça
Apple em 2 dias intensivos. Após a finalização do curso o aluno pode optar por realizar o exame de certificação. Não é obrigatório que o aluno realize o
exame, contudo, não existe o conceito de participação neste programa. A escola terá de estar equipada com máquinas Apple.

A Academia Cisco incidirá sobre o curso de formação Cisco Certified Network Associate (CCNA) Discovery, onde serão leccionados conceitos
abrangentes sobre gestão de redes. O curso será dividido em 4 módulos de 70h cada, culminando num exame de certificação CCNA (opcional).
A nível de requisitos de equipamento específico,
específico será necessário adquirir kits laboratoriais Cisco (1kit para cada 6 alunos),
alunos) devendo a sala TIC
encontrar-se equipada com computadores com ligação à Internet.

A empresa não prestou informação suficiente dentro do período em que decorreu este estudo.

A empresa não prestou informação suficiente dentro do período em que decorreu este estudo.

A Academia Linux irá disponibilizar um curso abrangente de formação no sistema operativo Linux – distribuição Alinex ou Caixa Mágica. O curso terá
uma duração
d ã aproximada
i d de d 60 a 70 horas
h e será
á dividido
di idid em várias
á i sessões
õ ao longo
l d um semestre
de t (pode
( d também
t bé ser ministrado
i i t d de
d forma
f
Linux intensiva em cerca de 5 dias). Após a conclusão do curso Linux, os formandos reunirão as competências necessárias para obter uma certificação LPI
(101 e 102) (opcional mas fortemente recomendada). A nível de requisitos de equipamento é necessário apenas uma sala TIC com computadores que
suportem o sistema operativo Linux.

Plano Tecnológico da Educação | 58


Caracterização das Academias Implementáveis
Descrição das Academias

Academia Descrição

A Academia Microsoft irá disponibilizar cursos de Office e de administração do sistema operativo Windows. Os cursos de formação culminarão num
exame de certificação. A nível de requisitos de equipamento/ software, será necessário uma sala TIC equipada com computadores com ligação à
Internet e que suportem o sistema operativo Windows e a aplicação Microsoft Office.

A Academia Oracle irá incluir um curso abrangente de 70h sobre implementação de Base de Dados (BD) Relacionais com Oracle Application Express
e exploração de dados com Oracle Discover. De referir que este curso não está orientado para a obtenção de uma certificação de indústria, para este
efeito, o programa teria que ser mais exigente e prolongado, estando no entanto previsto a realização de um projecto com avaliação. A nível de
requisitos de equipamento/ software, será necessário uma licença Oracle bem como uma sala TIC equipada com computadores com ligação à
Internet, 4GB RAM, 200GB de disco rígido, sendo aconselhável que exista um sistema operativo standard em todas as escolas

A Academia
A d i Primavera
Pi BSS irá
i á disponibilizar
di ibili um curso de
d 77h sobre
b a utilização
tili ã do
d software
ft d gestão
de tã (ERP) Primavera,
Pi i l i d componentes
incluindo t ded
formação presencial e e-learning. No final da Academia, os alunos poderão candidatar-se a uma certificação Primavera – certified technitian (opcional).
A nível de requisitos de equipamento, será necessário adquirir uma licença anual Primavera Ensino. Adicionalmente, a escola deverá estar equipada
com uma sala TIC com computadores com ligação à Internet.
A Academia Sun irá disponibilizar um curso de formação na linguagem de programação Java, dividido por um módulo e-learning e um módulo de
formação presencial. O curso terá uma duração estimada entre 40 a 100h, estando repartido em sessões ao longo do ano lectivo.
No final da Academia,
Academia os alunos poderão candidatar-se
candidatar se a uma certificação SCJA e SCJP (opcional).
(opcional) A nível de requisitos de equipamento,
equipamento será
necessário uma sala TIC com computadores que suportem a aplicação Netwind Learning Center. Está também em equação a possibilidade de
disponibilizar uma Academia Open Office

A empresa não prestou informação suficiente dentro do período em que decorreu este estudo.

A empresa não prestou informação suficiente dentro do período em que decorreu este estudo.

Plano Tecnológico da Educação | 59


Caracterização das Academias Implementáveis
Quadro de referência de análise e prioritização de Academias

Em detalhe apresenta-se o quadro de referência de análise que permite avaliar e comparar as diferentes Academias de acordo
com os eixos de análise indicados.

Eixos de Análise Descrição


Pretende avaliar a solidez da formação proposta pelas empresas, nomeadamente se já foi testada
Maturidade da Academia anteriormente (em Portugal ou no estrangeiro) em moldes semelhantes, e se já existe um programa
desenvolvido e facilmente adaptável à realidade pretendida

Compara as Academias quanto à necessidade de investimentos em equipamento e software,


Equipamento e Software
necessidades e periodicidade de manutenção e renovação, e especificidade dos mesmos.

.Posiciona as empresas parceiras quanto à sua capacidade de formar as primeiras linhas de professores
Formação de Professores que ministrem as Academias e também de apoiar (e.g. através de helpdesk, materiais de formação)
formações subsequentes.
subsequentes

Pretende posicionar as diferentes Academias quanto à sua estrutura curricular, nomeadamente se o foco
Elementos Pedagógicos da formação incide sobre determinada tecnologia / aplicação ou se é mais orientado a conceitos gerais.
Avalia também a existência e disponibilidade de manuais de formação e conteúdos e-learning.

Permite avaliar se o programa curricular das Academias é orientado à obtenção de uma certificação,
certificação se o
Certificações mercado empregador valoriza a certificação em causa, e também se são oferecidos aos alunos
condições especiais na obtenção da certificação.

Plano Tecnológico da Educação | 60


Caracterização das Academias Implementáveis
Quadro de referência de análise e prioritização de Academias

Fase de desenvolvimento
Factores
Críticos Inicial Intermédia Avançada

• Larga experiência da empresa em


• Conceito novo para a empresa ou testado projectos desta natureza.
• Conceito já colocado em prática noutros
1. Conceito em realidades muito diferentes da
países, em cenários semelhantes.
pretendida. • Programa já testado com sucesso em
g
Portugal.

• As empresas encontram-se reactivamente • As empresas possuem programas de


• Existência de programas específicos de
2. Programa de a definir uma estrutura de curso, nas suas formação que podem ser facilmente
formação direccionados à realidade em
formação várias vertentes, de forma a poderem adaptados de forma a se enquadrarem na
causa.
aderir à iniciativa finalidade pretendida.

Plano Tecnológico da Educação | 61


Caracterização das Academias Implementáveis
Quadro de referência de análise e prioritização de Academias

Fase de desenvolvimento
Factores
Críticos Inicial Intermédia Avançada

• As empresas oferecem condições


• Os custos com computadores e outros
especiais ao Ministério na aquisição de • As empresas suportam os custos com
equipamentos são suportados pelo
1. Custos e computadores e equipamentos. máquinas e equipamentos.
Ministério a preços de mercado.
condições • As empresas oferecem condições • As licenças são de uso livre ou os seus
• As licenças de software têm de ser
p
especiais ao Ministério na aquisição
q ç de p
custos são suportados p
pelas empresas.
p
adquiridas
d i id a preços d de mercado.
d
licenças.

• Necessidade de renovação de
• É necessária uma renovação muito equipamentos e software de, 3 em 3 anos,
• Exigência de renovação superior a 5 anos.
frequente (inferior a 2 anos) de aproximadamente.
2. Manutenção e equipamentos e software
software. ç muito pontual
• Manutenção p eppreventiva,,
• A manutenção exige intervenções
renovação podendo ser, na maioria das situações,
• A manutenção exige pessoas dedicadas e periódicas de técnicos especializados, mas
assegurada pelas escolas.
especializadas com elevada regularidade. as mais correntes podem ser asseguradas
pela própria escola.

• Os equipamentos e software podem ser


• Os equipamentos e software têm grande • Os equipamentos e software podem ser usados em várias Academias de forma
3. Especificidade especificidade, apenas podendo ser utilizados em várias Academias, mas sem complementar, contribuindo para que os
utilizados na Academia em causa. qualquer tipo de integração. alunos tenham uma visão global e
integrada das várias tecnologias.

Plano Tecnológico da Educação | 62


Caracterização das Academias Implementáveis
Quadro de referência de análise e prioritização de Academias

Fase de desenvolvimento
Factores
Críticos Inicial Intermédia Avançada

• A estrutura curricular da academia incide


• São introduzidos determinados conceitos
fortemente no uso de determinada • Apesar de focada em determinada
aos alunos que lhes permitem trabalhar
tecnologia / ferramenta de trabalho, tecnologia / ferramenta de trabalho, são
com qualquer tecnologia dentro da "esfera
1. Estrutura descurando a transmissão de conceitos transmitidos aos alunos conceitos
de intervenção" da academia.
curricular e basilares e transversais, independentes da genéricos / abrangentes.
g g
tecnologia. • A matéria leccionada enquadra-se em
programática • A matéria leccionada enquadra-se em
algumas disciplinas do plano curricular do
• A matéria leccionada tem pouca ou algumas disciplinas do plano curricular do
aluno, potenciando e auxiliando a sua
nenhuma ligação com o plano curricular do aluno.
aprendizagem.
aluno.

• Os materiais de aprendizagem encontram-


• Existem manuais e outros materiais de
se elaborados e disponíveis aos alunos,
acompanhamento que servem de suporte
estando em consonância com a estrutura
às academias.
2. Manuais de • Inexistência de manuais e outros materiais curricular da academia.
de aprendizagem. • Os manuais encontram-se disponíveis on-
formação e line.
• Os manuais encontram-se disponíveis on-
e-learning • Não existem conteúdos em e-learning
e learning. line e em português.
• A empresa disponibiliza alguns conteúdos
• A academia é complementada com
em e-learning mas não directamente
conteúdos de e-learning desenvolvidos
relacionados com a academia.
para o efeito.

Plano Tecnológico da Educação | 63


Caracterização das Academias Implementáveis
Quadro de referência de análise e prioritização de Academias

Fase de desenvolvimento
Factores
Críticos Inicial Intermédia Avançada

• Os formadores de professores encontram-


• Os formadores de professores encontram- se identificados e prontos para dar
• Know how para formação de professores
se identificados. formação.
escasso no mercado.
• Condições especiais para formação de • A empresa disponibiliza-se a formar os
1. Formação de 1ª • Custos de formação de professores a
professores.
p professores sem encargos
p g p para o
li h
linha d mercado.
preços de d
• Existem algumas estruturas de apoio aos Ministério.
• Reduzida capacidade de apoiar
professores, mas de âmbito genérico • A empresa acompanha os professores
professores
(fóruns, blogs, etc.). formados, efectuando sessões de
reciclagem sempre que justificável.

• Formações de 2ª linha a cargo do


• As empresas destacam recursos humanos
Ministério, ou subcontratadas a preços de • As empresas prestam apoio remoto às
para apoiar as formações de 2ª linha.
2. Formação de 2ª mercado. formações de 2ª linha.
• Help desk e conteúdos de formação
linha • Inexistência de apoio (help desk, • As empresas disponibilizam conteúdos de
disponíveis e específicos para as
conteúdos, e-learning, etc.) aos formação de âmbito genérico.
Academias TIC.
formadores
formadores.

Plano Tecnológico da Educação | 64


Caracterização das Academias Implementáveis
Quadro de referência de análise e prioritização de Academias

Fase de desenvolvimento
Factores
Críticos Inicial Intermédia Avançada

• A academia prepara parcialmente os


alunos para a obtenção de uma
• A academia não se encontra direccionada • A estrutura curricular da academia é
1. Foco na certificação, embora seja necessário que
para a obtenção de uma certificação. orientada à obtenção de uma certificação.
Certificação estes aprofundem conhecimentos por si
próprios.

• Existe uma procura reduzida da


• O mercado de trabalho valoriza
2. Procura do • Existe uma reduzida procura da certificação em causa, mas esta é uma
significativamente os profissionais que
mercado certificação em causa. condição fundamental para se poder
tenham a certificação em causa.
prosseguir com o estudo da tecnologia.

• As empresas garantem condições


3. Condições • As certificações são pagas a preços de • Os custos da certificação são suportados
especiais aos alunos na obtenção das
oferecidas mercado. pelas empresas.
certificações.

Plano Tecnológico da Educação | 65


Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo de mudança 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção
5. Quadro de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias
B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias
1. Enquadramento Macroeconómico 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação
2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC
3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa
4. Modelo de relacionamento
C Análise à Situação Actual
C. 5
5. Monitorização e controlo
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em 6. Modelo de sistemas de informação
Portugal
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais F. Roadmap de Implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 1. Roadmap de implementação
2. Estratégia de generalização

G. Anexos

Plano Tecnológico da Educação | 66


Modelo de Gestão das Academias
Definição estratégica

A orientação estratégica da iniciativa, deverá desenvolver-se de acordo com as seguintes vertentes:

Objectivos estratégicos: Delinear que resultados se pretendem atingir com as Academias TIC;

Visão: Definir o que será a Iniciativa “Academias TIC” num futuro próximo;

Missão: Definir o que a Iniciativa deverá ser a médio / longo prazo enquanto programa do Ministério da Educação.
Educação

Missão

Visão

Objectivos Estratégicos

Plano Tecnológico da Educação | 67


Modelo de Gestão das Academias
Definição estratégica – missão e visão

A missão contribui para balizar o perímetro de actuação da iniciativa, apresentando claramente o seu propósito primeiro.
A visão exprime aquilo que se ambiciona para o futuro da iniciativa, ou seja o que se quer realizar objectivamente num horizonte
temporal de médio / longo prazo.
Com a missão e visão orientadas torna-se possível alinhar os objectivos estratégicos a atingir.

Missão

Disponibilizar a alunos,
alunos professores e pessoal não docente,
docente formação associada a programas de certificação de
industria em Tecnologias de Informação e Comunicação, através de programas desenvolvidos por empresas privadas,
parceiras na iniciativa, apostando desta forma em todo o capital humano da escola.

Visão

Contribuir para uma mudança de paradigma no sistema educativo nacional, centrando o ensino naquelas que são
competências
p básicas do século XXI – tecnologiasg de informação
ç e comunicação
ç – ajudando
j a combater
vulnerabilidades do nosso tecido produtivo e implementando uma cultura de exigência, responsabilidade, qualidade e
rigor.

Plano Tecnológico da Educação | 68


Modelo de Gestão das Academias
Definição estratégica – objectivos estratégicos

A figura abaixo reflecte os objectivos estratégicos que o Ministério da Educação pretende atingir com a iniciativa, reforçado a
preocupação em centrar o ensino no desenvolvimento de competências básicas que permitam aos alunos – e também a
professores e funcionários não docentes – enfrentar a sua vida pessoal e profissional com sucesso.
Da mesma forma, os objectivos estratégicos apresentados espelham a necessidade de colmatar o défice existente no país de
profissionais qualificados, com a formação adequada para enfrentar os desafios de uma economia de mercado cada vez mais
competitiva e exigente.

Promover a utilização das TIC no


Generalizar a formação e certificação ensino preparando alunos e
ensino,
de competências TIC na comunidade professores para uma integração
educativa. plena na sociedade do
conhecimento.

Objectivos
Estratégicos
Dotar o mercado de trabalho de
Promover e aprofundar a ligação
profissionais competentes e com
escola-empresas-comunidade,
conhecimentos sólidos e
potenciando sinergias e facilitando a
comprovados em TIC, contribuindo
integração dos alunos no mercado
para o reforço da competitividade da
de trabalho.
economia do país.

Plano Tecnológico da Educação | 69


Modelo de Gestão das Academias
Modelo orgânico

A figura abaixo representa a estrutura orgânica preconizada para a gestão da fase de generalização da iniciativa

Cada escola à qual tenha sido atribuída uma Academia deverá, para além do professor-formador, ter um responsável que
coordene toda a gestão operacional necessária e sirva de ponto de contacto entre as escolas e DRE.

As empresas parceiras deverão nomear um responsável que sirva de elemento de contacto entre a estrutura do Ministério de
Ed
Educação
ã e a empresa, e que acompanhe h com regularidade
l id d a execução ã da
d iniciativa.
i i i ti D
Deverá
á haver
h um fórum
fó que reúna
ú o
Ministério e as empresas parceiras, para avaliar a progressão das Academias TIC e para se debaterem as linhas de
implementação e evolução do modelo das Academias TIC nas escolas secundárias.

GEPE / ME /
PTE
Empresas
Parceiras

DRE DRE DRE LVT DRE DRE


Norte Centro Alentejo Algarve

Escolas Escolas Escolas Escolas Escolas

Plano Tecnológico da Educação | 70


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

O Modelo de Processos representado abaixo clarifica a relação entre as competências da estrutura e os processos necessários à
implementação e condução das Academias

Planeamento
Planeamento Gestão Gestão de Gestão de
e Gestão
Estratégico Pedagógica Formadores Meios
Operacional

Desenvolvimento, Planeamento das Planeamento da


Definição do modelo de Inscrição dos alunos nas
adaptação e validação de necessidades globais de aquisição de
avaliação dos formandos academias
conteúdos curriculares professores/formadores equipamentos e software

Desenvolvimento, Gestão do processo


G G
Gestão das salas,
Selecção das academias Identificação de
adaptação e validação de aquisitivo de horários e colocação de
de industria professores / formadores
manuais de formação equipamentos e software professores

Desenvolvimento,
Atribuição das academias Operacionalização das Manutenção e suporte Divulgação e publicitação
adaptação e validação
às escolas sessões de formação técnico das academias
conteúdos de e-learning

Avaliação e monitorização Suporte à actividade Gestão corrente das


Gestão da certificação
das academias lectiva academias

Modelo de gratificação de Divulgação da formação a


f
formadores
d professores
GEPE / ME / PTE

DRE
Gestão de parcerias
Escolas

Empresas

Enquadramento legal

Plano Tecnológico da Educação | 71


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Nas próximas páginas detalham-se todos os processos necessários à operacionalização das Academias. De forma a facilitar a sua
consulta e posteriores alterações / aperfeiçoamentos aos mesmos, a descrição foi feita através do template base que se apresenta
abaixo.
Nome do
macro-
processo

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

Breve
Nome do Definição do O GEPE deverá estabelecer um modelo de avaliação dos formandos para os cursos das Academias TIC que siga as linhas orientadoras
do Ministério da Educação para a avaliação de conhecimentos das disciplinas do ensino secundário. descrição do
processo modelo de Não obstante, o GEPE deverá analisar o modelo de avaliação de formandos juntamente com as empresas parceiras, assegurando desta
processo
avaliação dos forma que o modelo proposto está em conformidade com os requisitos de qualidade exigíveis pelo fabricante da aplicação e/ou
tecnologia em estudo na Academia TIC.
formandos

Intervenientes Recomendação

GEPE L
• Deverão ser identificados técnicos do Ministério da Educação com experiência na área de definição de curricula escolar e métodos de Recomendações a
DRE’s avaliação, que possam assessorar o GEPE ao nível da definição do modelo de avaliação dos formandos nos cursos das Academias
adoptar aquando a
TIC.
Escolas • O Modelo de avaliação poderia incluir várias componentes, como por exemplo: exame final, realização de trabalhos em aula e/ou de execução do
um trabalho de projecto, entre outros.
processo
Empresas P

Indicação dos intervenientes


no processo, com a indicação
de quem lidera e de quem
participa

Plano Tecnológico da Educação | 72


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

Definição do O GEPE* deverá estabelecer um modelo de avaliação dos formandos para os cursos das Academias, que siga as mesmas linhas
orientadoras do Ministério da Educação para a avaliação de conhecimentos das disciplinas do ensino secundário.
modelo de Não obstante, o GEPE deverá analisar o modelo de avaliação de formandos juntamente com as empresas parceiras, assegurando desta
forma que o modelo proposto está em conformidade com os requisitos de qualidade exigíveis pelo fabricante da aplicação e/ou
avaliação
ç dos TIC
tecnologia em estudo na Academia TIC.
formandos

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
• Deverão ser identificados técnicos do Ministério da Educação com experiência na área de definição de curricula escolar e métodos de
DRE avaliação, que possam assessorar o GEPE ao nível da definição do modelo de avaliação dos formandos nos cursos das Academias
TIC.
Escolas • O Modelo de avaliação deverá incluir várias componentes, como por exemplo: exame final, realização de trabalhos em aula e/ou de
um trabalho de projecto, entre outros.
Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa * Por motivos de simplificação da leitura, onde se lê GEPE, deverá ler-se GEPE / ME / PTE

Plano Tecnológico da Educação | 73


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

O GEPE deverá realizar a triagem das Academias de indústria que se encontram preparadas para introdução no sistema de ensino. Essa
Selecção das triagem deverá ser feita com base na grelha de avaliação de Academias, cujos critérios deverão ser públicos.
Para a admissão de uma Academia à iniciativa, deverá ser estabelecido um acordo de entendimento entre o Ministério da Educação e as
Academias de empresas parceiras, formalizando desta forma os princípios de cooperação pretendidos.
Indústria O GEPE deverá preparar um resumo de caracterização de cada Academia (e.g. (e g duração,
duração equipamentos necessários,
necessários tipo de
certificação), publicando internamente esta informação para permitir às escolas seleccionar as Academias a que se propõem.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE’s • Com o amadurecimento do projecto é natural que se constatem necessidades de evolução da grelha de avaliação das Academias. As
lições aprendidas, quer no projecto-piloto, quer em fases posteriores, deverão funcionar como instrumento de avaliação para a
Escolas selecção de novas Academias, fornecendo inputs adicionais à grelha.

Empresas

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 74


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

O processo de atribuição das Academias às escolas deverá iniciar-se com uma candidatura das escolas interessadas. Do processo
deverão constar os motivos de candidatura, o público alvo a que se destina, estimativa de número de interessados, condições da escola,
identificação dos potenciais professores/formadores, equipamentos e infra-estruturas que a escola possui, entre outros.
Atribuição das Após o processo ser submetido pelas escolas, a DRE da área respectiva verifica se estão cumprindos os requisitos necessários à
Academias às abertura da Academia. Posteriormente a DRE em conjunto com as escolas deverá desenvolver um plano de trabalho que permita
operacionalizar
p a abertura da Academia, de p preferência no espaço
p ç de tempo
p desejado
j por estas.
p
escolas O GEPE e a DRE respectiva poderão propor às escolas a adesão a Academias, fomentando desta forma a disseminação de
conhecimento menos procurado pelas escolas mas de manifesto interesse para a comunidade empresarial. A decisão final da adesão
deverá, no entanto, ser tomada pela escola.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE • Deverá ser disponibilizado às escolas um template base que estas deverão preencher com vista à sua candidatura. Desta forma
clarificam-se quais os aspectos que deverão acautelar antes de submeter o processo.
DRE P
• Será muito importante que a iniciativa seja divulgada junto das escola para que estas se consciencializem da sua importância e da
mais valia que significa ter uma Academia como complemento à sua oferta formativa de base.
base
Escolas P
• De forma a vincar o objectivo de ligação ao mercado de trabalho da iniciativa, as empresas deverão ser envolvidas no
Empresas P esforço de promoção das Academias junto das escolas.

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 75


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

O GEPE deverá delinear e conduzir um plano de avaliação e monitorização das Academias para aferir a sua continuidade e as melhorias
Avaliação e a introduzir no ano / edição seguinte. A avaliação deverá incluir a adesão das escolas, professores, alunos e comunidade, bem como os
monitorização das itens relevantes da grelha de avaliação de Academias.
A avaliação
ç deverá considerar o número de alunos q que se candidatam à certificação
ç de indústria, como indicador central da capacidade
p
Academias das Academias em preparar alunos para o mercado de trabalho.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L • Deverá ser elaborado um plano anual de monitorização das Academias onde deverão constar as acções a tomar (e.g. visitas às
PTE
escolas, auditorias, inquéritos)
DRE P • A recolha de feedback poderá ser agilizada através da disponibilização às escolas de uma página web para o efeito
• Os critérios segundo os quais serão avaliadas as Academias deverão ser transparentes para as escolas e restantes intervenientes
Escolas P (e.g. parceiros de indústria, professores, alunos, encarregados de educação)
• Deverá ser claro para as escolas que o plano de avaliação é uma ferramenta de trabalho que lhes possibilita melhorar e evoluir e não
Empresas P um instrumento meramente estatístico ou de alguma forma repressivo.

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 76


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

Os professores do Ministério da Educação, tanto na posição de formadores de outros professores, como na posição de formadores de
Modelo de alunos, serão remunerados de acordo com as regras gerais vigentes, considerando-se as aulas das Academias equiparáveis às aulas
gratificação de curriculares.
Os pprofessores / formadores exteriores ao Ministério da Educação
ç serão remunerados à hora, de acordo com os p preços
ç de mercado a
professores serem negociados pelo GEPE ou localmente pelas DRE.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE’s
• A alocação dos professores às Academias deverá ser, sempre que possível, feita em simultâneo com a restante distribuição de
serviço.
serviço Desta forma,
forma poderá ser evitado o pagamento de horas extraordinárias,
extraordinárias mitigando por esta via os custos da iniciativa.
iniciativa
Escolas

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 77


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

O GEPE deverá coordenar as parcerias com as empresas, estabelecendo acções de comunicação periódicas onde seja transmitida a
adesão de escolas, professores, alunos e comunidade a cada Academia.
Gestão de A grelha de avaliação da Academia deverá também ser comunicada sempre que sejam incorporadas alterações significativas para a
empresa.
parcerias
p O GEPE deverá captar
p jjunto das DRE feedback recolhido nas escolas sobre as dificuldades q
que estas tenham sentido na condução
ç das
Academias, comunicando-o posteriormente às empresas respectivas.
Será ainda responsabilidade do GEPE a revisão, em conjunto com as empresas, das condições técnicas e financeiras das Academias.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE • Definição de um plano periódico com vista à avaliação partilhada dos resultados das Academias;
• A negociação de condições não deverá ser vista como um mero processo comercial onde se tentam obter as melhores condições a
Escolas qualquer custo. Ministério da Educação e parceiros de indústria deverão partilhar a mesma visão para esta iniciativa.

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 78


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento Estratégico

Processo Descrição

O GEPE deverá assegurar que presta todo o apoio necessário às DRE e às escolas ao nível de esclarecimentos jurídicos que possam
Enquadramento ser por estes solicitados.
Com o evoluir da iniciativa é possível que ocorra a necessidade de definir novos enquadramentos legais para a mesma, devendo o
legal
g GEPE liderar este processo.
processo

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P • Deverão ser identificados técnicos do Ministério da Educação que possam, nas suas várias vertentes, assessorar o GEPE ao nível do
enquadramento legal da iniciativa (e.g. Direcção-Geral de Inovação e de Modernização Curricular, Direcção-Geral dos Recursos
Escolas Humanos da Educação).

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 79


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Pedagógica

Processo Descrição

Desenvolvimento, As empresas parceiras terão a responsabilidade de desenvolver e apresentar os conteúdos programáticos das Academias, devendo
adaptação e estes ser validados pelo GEPE e DRE. Tendo em conta os objectivos do programa, o foco dos curricula deverá incidir, sempre que
possível, na preparação do aluno para uma certificação com valor de mercado.
validação de Caberá a cada escola encontrar o espaço curricular para dinamizar nas disciplinas curriculares (matemática, contabilidade, etc.) a
conteúdos Academias
aprendizagem e os meios das Academias.

curriculares

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / P
PTE
DRE
• Para além do objectivo central desta iniciativa – proporcionar uma formação de indústria aos alunos – deverá ser contemplada a
hipótese de,
de através das diferentes tecnologias de informação,
informação potenciar a aprendizagem das disciplinas dos curricula oficiais.
oficiais
Escolas

Empresas L

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 80


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Pedagógica

Processo Descrição

Desenvolvimento,
adaptação e A elaboração e disponibilização atempada dos manuais e restante conteúdos de formação em formato electrónico será da
validação de responsabilidade das empresas parceiras, devendo sempre que possível ser totalmente alinhados com os conteúdos programáticos das
Academias.
manuais de
formação

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / P
PTE
DRE
• Não aplicável
Escolas

Empresas L

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 81


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Pedagógica

Processo Descrição

Desenvolvimento,
adaptação e O e-learning é uma estratégia que potencia fortemente o ensino das tecnologias de informação e comunicação, possibilitando que a
aprendizagem se faça de forma mais adaptada ao ritmo de cada aluno e servindo de complemento aos conceitos transmitidos nas
validação de sessões presenciais. Desta forma, será muito importante que o GEPE, em colaboração com as diferentes empresas parceiras, consiga
conteúdos ee- disponibilizar conteúdos em e-learning
e learning para as várias Academias.
Academias

learning

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / P
PTE
DRE
• Não aplicável
Escolas

Empresas L

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 82


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Pedagógica

Processo Descrição

Os processos de certificação variam bastante consoante a Academia em causa. Desta forma, e de acordo com as directrizes de cada
Gestão da empresa (entidade certificadora), as DRE terão a responsabilidade de coordenar e operacionalizar as sessões de certificação. Este
processo implica tarefas como gerir a inscrição dos alunos nas certificações, destacar professores para vigiar os exames ou alocar salas
certificação
ç com as condições apropriadas.
apropriadas

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / P
PTE
• Deverá ser transmitida de forma clara aos alunos, pais e encarregados de educação, a enorme mais valia que representa deter uma
DRE L certificação de indústria.
• Tendo em conta que muitas certificações serão pagas, deverá ser estudada a hipótese da acção social escolar ou entidades
Escolas P patrocinadoras, apoiarem os alunos com menos recursos, de forma a que estes não se vejam privados da sua obtenção por razões
financeiras.
Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 83


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Formadores

Processo Descrição

Planeamento das
necessidades O GEPE deverá manter actualizado um plano de necessidades de formadores que deverá estar de acordo com o planeamento de
globais de abertura de Academias nas escolas. Neste sentido, o planeamento de necessidade de professores deverá ser coincidente com o plano
de abertura de Academias.
professores/
formadores

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / P
PTE • O programa de colocação de professores poderá ter um impacto directo no planeamento das necessidades de professores para
leccionar nas Academias. Desta forma, deverá ser equacionada a possibilidade de, quando comunicam as suas necessidades de
DRE L
professores, as escolas indiquem se necessitam que alguns docentes detenham competências nalguma tecnologia especifica. Este
poderá ser considerado um factor preferencial no momento da colocação.
colocação
Escolas
• A base de professores formados para as Academias deverá ser superior às necessidades, para colmatar eventuais saídas não
planeadas do quadro de professores.
Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 84


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Formadores

Processo Descrição

O processo de identificação de professores / formadores deverá ser liderado pelas DRE’s de acordo com o planeamento de abertura de
Identificação de Academias, de preferência com um ano de antecedência.
Para cada tipologia de Academia a empresa deverá indicar um perfil de formador adequado (e.g. conhecimentos mínimos em TI,
professores / necessidade de certificação). Com base neste trabalho, as DRE deverão entrar em contacto com as escolas interessadas e solicitar que
formadores necessário para que sejam planeadas as acções de formação dos
sejam indicados os professores correspondentes ao perfil necessário,
professores.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / P
PTE
DRE L • Quando uma escola se candidata a uma Academia deverá idealmente indicar à partida os professores pertencentes ao seu corpo
docente que estão em condições de a leccionar – por estar em condições, pressupõe-se que têm disponibilidade horária, possuem
um perfil adequado ao ensino das TIC,
TIC encontram-se
encontram se motivados para o projecto,
projecto e que estão afectos à escola em causa por um
Escolas P mínimo de 2 anos – de forma a permitir a sua formação atempada.

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 85


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Formadores

Processo Descrição

Operacionalização A DRE deverá coordenar as sessões de formação de professores, assegurando a criação de uma massa crítica de formandos em cada
das sessões de acção de formação, e disponibilizando as condições essenciais à formação, como sejam a disponibilização de salas com equipamentos
adequados, a alocação de formadores, a distribuição de materiais de formação, etc.
formação
ç a Numa lógica
g de maximização
ç de recursos, as DRE deverão articular-se entre si, de forma a q
que p professores de diferentes regiões
g
possam frequentar formações que não as dinamizadas pela DRE a que pertencem.
professores

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / P
PTE
• As sessões de formação deverão ser planeadas ao nível das DRE, aproveitando o trabalho que actualmente já é feito ao nível da
DRE L
formação de professores.

Escolas P • As
A sessões
õ de d formação
f ã poderão
d ã desenvolver-se
d l em escolas
l com salas
l TIC,
TIC potenciando
t i d desta
d t forma
f a utilização
tili ã dos
d recursos
disponíveis.
Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 86


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Formadores

Processo Descrição

Caberá ao GEPE o papel de dinamizador inicial de redes de apoio à actividade lectiva das Academias, permitindo aos professores a
Suporte à troca de experiências e know-how entre si.
Estas redes podem materializar-se de diversas formas, como sejam a criação de fóruns on-line, apoio telefónico ou através de e-mail,
actividade lectiva entre outros. Este será um p
processo q
que dependerá
p da adesão dos p
próprios
p professores e da capacidade
p p das empresas
p em responder
p a
solicitações.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE
• Com o objectivo de induzir uma imagem e aspecto similar recomenda-se que os conteúdos de apoio, fóruns, blogs, links de interesse
e mesmo contactos de help desk (e-mail
(e mail ou telefónicos) sejam concentrados numa página web do Ministério criada para o efeito.
efeito
Escolas

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 87


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão Formadores

Processo Descrição

Divulgação da As escolas deverão identificar à priori os professores a formar na fase de candidatura ao programa das Academias TIC. Estas formações
formação a não deverão no entanto ser restritas à identificação que a escola realiza, podendo os professores candidatarem-se de modo próprio,
tendo assim a p
possibilidade de complementar
p a sua formação
ç individual.
professores

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME /
PTE
DRE L
• Sempre que haja capacidade logística e humana para alargar as sessões de formação de professores, as DRE deverão divulgar junto
dos professores os horários em que estas se irão realizar.
realizar
Escolas P

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 88


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão de Meios

Processo Descrição

Planeamento das
necessidades de Quando uma escola se propõe à realização de uma Academia deverá elencar as suas necessidades de equipamento e software de
acordo com os requisitos de realização indicados pelas empresas e difundidas pelo GEPE.
equipamento
q p e Sempre
p q que sejam
j detectadas carências a nível de equipamentos
q p e software, estas terão de ser transmitidas à DRE respectiva.
p
software

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P
• As DRE deverão partilhar entre si as necessidades de aquisição reportadas pelas escolas de forma a possibilitar a agregação de
quantidades.
quantidades
Escolas L

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 89


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão de Meios

Processo Descrição

Gestão do O processo aquisitivo de equipamento e software deverá ser divido em dois blocos:
• de uso genérico
processo aquisitivo • de usos específico nas Academias
No primeiro caso, aplicam-se os procedimentos aquisitivos públicos seguidos pelo Ministério em qualquer tipo de aquisição.
de equipamento
q p e Academias a sua aquisição deverá ser contratualizada directamente
Quanto aos equipamentos e software de uso especifico para as Academias,
software com os parceiros fornecedores das Academias sob condições especiais.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P
• A aquisição de equipamento de uso específico nas Academias deverá encontrar-se centralizada no GEPE, facilitando desta forma a
negociação de condições especiais junto dos parceiros.
parceiros
Escolas

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 90


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Gestão de Meios

Processo Descrição

Tal como no processo anterior, também aqui importa separar entre aquilo que é equipamento e software de uso genérico, e o que é para
uso exclusivo das Academias. Assim, a manutenção de tudo o que seja de uso genérico rege-se pelos tramites normais (e.g. contratos
Manutenção e de assistência técnica celebrados pelas escolas).
Relativamente aos equipamentos e software de uso específico, as empresa parceiras deverão disponibilizar um help desk que permita
suporte
p técnico fazer face aos p problemas qque p
possam ocorrer. Essas condições
ç de assistência deverão ser acordadas e bem clarificadas entre o
Ministério da Educação e os parceiros e se possível mantidas ao nível do protocolo.

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P • Os professores / formadores de cada Academia deverão ser responsáveis pelo controlo dos equipamentos e software de uso
específico, tendo a obrigação de assegurar que estes se encontram em condições de ser utilizados correctamente pelos formandos.
Sempre que tal não aconteça e não consigam resolver por si o problema,
problema deverão entrar em contacto com a empresa parceira com
Escolas P vista à sua resolução.

Empresas L

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 91


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento e Gestão Operacional

Processo Descrição

Inscrição dos O processo de inscrição dos alunos deverá ser coordenado pelas escolas que irão ministrar as Academias, sendo que as actividades
alunos nas administrativas inerentes deverão ser asseguradas pelas estruturas existentes nas escolas com essas responsabilidades (e.g.
secretaria).
)
Academias

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P
• As direcções das escolas deverão nomear um responsável que tenha a incumbência de coordenar todas as actividades de
operacionalização da Academia.
Academia
Escolas L

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 92


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento e Gestão Operacional

Processo Descrição

Gestão das salas,


As escolas deverão assumir a responsabilidade local de coordenação da academia, o que inclui a atribuição de salas, definição de
horários e horários, e colocação de professores. As escolas, na eventualidade de abertura das Academias à sua comunidade, deverão igualmente
proceder aos preparativos eventualmente necessários, como a abertura da escola em horários pós-laboral, a cobrança de taxas de
colocação
ç de frequência a divulgação da Academia nas empresas locais,
frequência, locais etc.
etc
professores

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P • Sempre que possível, e de forma a não causar constrangimentos à actividade lectiva regular, todo o processo de atribuição de salas,
horários e colocação de professores deverá ser considerado no início de cada ano lectivo e enquadrado na planificação corrente da
Escolas L escola.

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 93


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento e Gestão Operacional

Processo Descrição

Divulgação e
A promoção das Academias junto dos alunos (e restantes interessados) estará a cargo das escolas que deverão utilizar os vários meios
publicitação das ao seu dispor para a divulgação (e.g. folhetos informativos, mailings, página web da escola).
Academias

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P • Uma vez que o público alvo das Academias se situa na faixa etária 15-18 anos e considerando a enorme mais valia que uma oferta
formativa deste género representa na formação dos alunos, a estratégia de divulgação deverá passar muito pelos pais e
Escolas L encarregados de educação.

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 94


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de processos

Planeamento e Gestão Operacional

Processo Descrição

Gestão corrente Com vista ao correcto funcionamento das Academias, as tarefas correntes, tais como limpeza das salas ou controlo de acessos e
segurança, deverão ser previstas pelas direcções das escolas.
das Academias

Intervenientes Recomendação

GEPE / ME / L
PTE
DRE P
• Estas tarefas deverão ser enquadradas no trabalho corrente do dia a dia da escola.
Escolas L

Empresas P

Legenda
L Lidera

P Participa

Plano Tecnológico da Educação | 95


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de relacionamento

De seguida detalham-se as principais competências e responsabilidades preconizadas para os vários intervenientes na iniciativa.

Intervenientes Competências Intervenientes Competências

 Definição do modelo de avaliação de formandos


 Selecção das Academias de Indústria
 Gestão de parcerias  Planeamento da aquisição de equipamentos e software
 Definição do modelo de gratificação de  Inscrição dos alunos nas Academias
formadores
GEPE / ME /  Gestão das salas, horários e colocação de professores
 Enquadramento legal Escolas  Divulgação e publicitação das academias
PTE  Desenvolvimento, adaptação e validação
 Gestão corrente das academias
conteúdos de e-learning
 Suporte à actividade lectiva
 Gestão do processo aquisitivo de equipamentos
e software

 Atribuição das Academias às escolas


 Avaliação e monitorização da iniciativa
 Desenvolvimento, adaptação e validação de conteúdos
 Gestão do processo de certificação
Direcções curriculares
 Planeamento das necessidades globais de
Regionais da professores/formadores Empresas  Desenvolvimento, adaptação e validação de manuais de
formação
Educação  Identificação
Id tifi ã dde professores
f / fformadores
d
 Manutenção e suporte técnico
 Operacionalização das sessões de formação
 Divulgação da formação a professores

Plano Tecnológico da Educação | 96


Modelo de Gestão das Academias
Monitorização e controlo

O sucesso de uma iniciativa desta natureza passa muito por uma definição clara e realista dos objectivos a alcançar, mas também
por um correcto acompanhamento dos mesmos, devendo para isso ser definido um modelo de gestão de desempenho que
permita atestar o seu grau de concretização.
Um modelo de gestão de desempenho adequado deve alinhar objectivos de índole operacional – relacionados directamente com o
funcionamento das Academias - com a visão de longo prazo preconizada para a iniciativa, bem como disponibilizar informação de
gestão completa e de forma atempada, permitindo actuar em caso de desvios.
Desta forma, deverá ser definido centralmente (GEPE / ME / PTE) um modelo de scorecard que permita monitorizar e acompanhar
as várias vertentes das Academias TIC.

Principais Desafios Principais Objectivos

• Foco na estratégia de longo prazo


Planeamento
• Acompanhamento
p da execução
ç da g
Estratégico • Alinhamento de objectivos
estratégia preconizada para a operacionais com a estratégia de
iniciativa longo prazo
• Alinhamento de objectivos com • Acompanhamento dos níveis de
capacidades internas Gestão de
serviço e performance operacional
• Integração das diferentes iniciativas Desempenho
e projectos
j t d de evolução
l ã • Constituição de um modelo efectivo
de actuação sobre performance
• Acção atempada sobre eventuais gaps
desvios face aos objectivos Performance
• Comunicação do desempenho aos
Operacional vários intervenientes.

Plano Tecnológico da Educação | 97


Modelo de Gestão das Academias
Monitorização e controlo

As Academias TIC, por serem recursivas, deverão ter um modelo de avaliação que permita incorporar no ciclo do ano seguinte, as
conclusões do ciclo de Academias do ano corrente, fomentando assim a melhoria contínua da iniciativa.

Análise e • Planear a abertura de Academias


• Avaliar as Academias avaliação dos Planeamento • Planear a formação de professores
resultados
• Planear momentos de comunicação
• Planear investimentos

• Planear as Actividades das Academias nas


Escolas
Execução • Orçamentar
• Realizar as Academias das
Preparação • Alocar professores
• Monitorizar o aproveitamento escolar Academias • Definir horários
• Inscrever alunos

Plano Tecnológico da Educação | 98


Modelo de Gestão das Academias
Monitorização e controlo

Com base no modelo recursivo descrito anteriormente, apresentamos de seguida o conjunto de indicadores de desempenho que
consideramos de monitorização prioritária.

Intervenientes Acções Indicadores

 Número de protocolos celebrados com empresas


 Número de cursos de Academias disponibilizados
 Número de escolas com Academias
 Planear a abertura das Academias
 Número total de alunos inscritos no ano anterior
 A d i iinauguradas
Academias d no ano anterior
t i
 Academias encerradas no ano anterior

Planeamento
 Número de Academias planeadas para o ano
 Planear a formação de professores  Número de professores formados por Academia
 Número de professores certificados por Academia

 Necessidades de aquisição de equipamentos e licenças


 Planear investimentos
 Necessidades de investimento em infra-estruturas

Plano Tecnológico da Educação | 99


Modelo de Gestão das Academias
Monitorização e controlo

(Cont.)

Intervenientes Acções Indicadores

 Número de Academias a disponibilizar na escola


 Número de professores necessários
 Planear as actividades das  Número de alunos interessados
Academias nas escolas  Número de alunos que frequentaram as Academias nos anos
anteriores
Preparação  Número de formandos externos à escola

 Necessidades de aquisição de equipamentos


 Orçamentar  Orçamento global (investimento e exploração)
 Custo unitário por aluno

 % de alunos aprovados / reprovados


Execução das  Monitorizar o aproveitamento
 % candidatos a certificação;
Academias escolar
 % de alunos certificados

 Taxa de execução dos objectivos face ao planeado


 Número de Academias constituídas
Análise e avaliação  Número total de alunos inscritos por Academia;
 Avaliar as Academias
dos resultados  Número de computadores por aluno (por Academia)
 N.º de professores-formadores por Academia e por escola

Plano Tecnológico da Educação | 100


Modelo de Gestão das Academias
Modelo de sistemas de informação

M d l d
Modelo de Si
Sistemas d
de IInformação
f ã R
Requisitos
i i d
de Al
Alto Ní
Nívell

1
Front-end 1 • Inscrição dos alunos
Portal da escola – Academias TIC
• Registo de alunos certificados
• Registo de assiduidade
Interface
de dados • Acesso a conteúdos de e-learning

2
2 • Registo de professores certificados
Link de • Comunidades / redes de Academias
hipertexto Sistema de
Informação GEPE (alojamento de blogs, chats, partilha de
documentos, etc)
• Indicadores de gestão das Academias
• Orçamento das Academias
Link de
hipertexto

3 3 • Acesso a conteúdos de e-learning


Aplicações externas • Certificações
C tifi õ on-line
li

Microsoft Cisco Oracle (…)

Plano Tecnológico da Educação | 101


Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo de mudança 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção
5. Quadro de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias
B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias
1. Enquadramento Macroeconómico 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação
2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC
3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa
4. Modelo de relacionamento
C Análise à Situação Actual
C. 5
5. Monitorização e controlo
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em 6. Modelo de sistemas de informação
Portugal
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais F. Roadmap de Implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 1. Roadmap de implementação
2. Estratégia de generalização

G. Anexos

Plano Tecnológico da Educação | 102


Roadmap de Implementação
Roadmap de implementação

O mapa abaixo apresenta a proposta de roadmap preconizada para a iniciativa, estando previsto que a primeira vaga de
Academias arranque durante o terceiro trimestre de 2009.

1.º trimestre / 2009 2.º trimestre / 2009 3.º trimestre / 2009 4.º trimestre / 2009 2010
• Selecção das Academias de • Recepção e análise das • Reapreciação dos protocolos
Industria candidaturas das escolas estabelecidos com empresas
p
Planeamento • Estabelecimento de protocolos • Atribuição das Academias às • Acompanhamentos das • Realinhamento da estratégia
Estratégico com Empresas parceiras escolas Academias estabelecida para a iniciativa
• Nomear interlocutores nas DRE’s • Definição do modelo de avaliação • Avaliação e monitorização dos
resultados da 1ª vaga de Academias

• Reapreciação dos conteúdos


• Alinhamento e validação de • Planeamento e curriculares, manuais de
Gestão • Definição do modelo de
curriculares manuais de certificação
conteúdos curriculares, operacionalização do processo formação e e-learning
e learning
tifi ã
Pedagógica formação e e-learning de certificação • Avaliação do modelo de
certificação

• Identificação dos professores


Gestão de • Divulgação das sessões de
• Planeamento e operacionalização
• Continuação das sessões de
o ado es
Formadores formação a professores formação de professores
das sessões de formação

• Levantamento das necessidades • Avaliação das condições em


de equipamento e software; • Distribuição e instalação de que se encontram os
Gestão de equipamentos e software nas
equipamentos
• Processo aquisitivo de
Meios equipamento e software
escolas

• Divulgação da iniciativa às
Planeamento escolas • Divulgação das Academias a • Inscrição dos alunos nas
• Levantamento de métricas e
e Gestão • Lançamento do processo de alunos e comunidade Academias • 1ª vaga de Academias indicadores operacionais relativos à
1ª vaga de Academias.
Operacional candidatura das escolas

Plano Tecnológico da Educação | 103


Roadmap de Implementação
Estratégias de generalização

A estratégia de disponibilização de novas Academias, deverá seguir uma lógica de vagas, ou seja, o conceito deverá ser
previamente testado num cenário relativamente controlado através de um projecto-piloto, pressupondo-se inicialmente um número
reduzido de escolas, professores e alunos, bem como um acompanhamento muito próximo da empresa parceira e das entidades
responsáveis do Ministério da Educação.

Ano 1 Ano 2 Ano n

Avaliação do Expansão
Protocolo Piloto Generalização
Piloto Controlada

Estabelecimento do As Academias deverão As lições aprendidas na Progressivamente as Após ser atingida a


protocolo de colaboração ser testadas inicialmente fase piloto deverão servir Academias deverão ser estabilização, com o
com as empresas; em escolas que para corrigir o que correu alargadas a um maior ajuste aos aspectos
possuam ofertas menos bem, devendo ser número de escolas, identificados como
formativas relacionadas mantidos procedimentos servindo o Know-how menos positivos, passa-
com a tecnologia em que possibilitem uma entretanto adquirido com se à fase de
causa; permanente os projectos-piloto como generalização, onde o
monitorização da âncora de suporte às GEPE / ME / PTE e as
Da mesma forma, devem iniciativa; novas Academias; empresas passam a
ser identificados assumir um papel menos
professores q
p que jjá central na iniciativa
iniciativa,
possuam competências atribuindo-se às escolas
TIC comprovadas, uma maior autonomia na
aliadas a uma formação condução das
académica complementar Academias;
ao tema da Academia;

Plano Tecnológico da Educação | 104


Índice

A. Sumário Executivo D. Caracterização das Academias Implementáveis


1. Enquadramento à iniciativa Academias TIC 1. Metodologia seguida
2. Objectivos do trabalho 2. Prioritização das Academias
3. Enquadramento de projectos similares 3. Avaliação das Academias
4. Imperativo de mudança 4. Descrição
ç das Academias
5. Eixos de acção
5. Quadro de referência de análise e prioritização de
6. Metodologia Academias
B. Introdução E. Modelo de Gestão das Academias
1. Enquadramento Macroeconómico 1
1. Definição estratégica
2. O mercado das tecnologias de informação
2. Modelo orgânico
3. A situação actual do ensino das TIC
3. Modelo de processos
4. O ensino das TIC na Europa
4. Modelo de relacionamento
C Análise à Situação Actual
C. 5
5. Monitorização e controlo
1. Caracterização das Academias de indústria existentes em 6. Modelo de sistemas de informação
Portugal
2. Caracterização dos modelos de Academias internacionais F. Roadmap de Implementação
3. A situação actual das TIC nas escolas em Portugal 1. Roadmap de implementação
2. Estratégia de generalização

G. Anexos

Plano Tecnológico da Educação | 105


Anexos
Descrição das Academias
Estágios de maturidade TIC das escolas

Plano Tecnológico da Educação | 106


Anexos
Academia Cisco

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Academia Cisco é uma iniciativa com presença em 160 países, encontrando-se o conceito já muito desenvolvido e optimizado pela empresa. Em
Nível de Portugal existem, inclusivamente, algumas escolas onde já são leccionadas academias Cisco.

Maturidade Adicionalmente, a Cisco tem múltiplos contactos de pessoas com competências para dar formação em Portugal.
A Cisco considera estar preparada para arrancar no curto-prazo com a formação do primeiro lote de fornecedores e apresentar dois cursos de
da Academia formação destinados a alunos do ensino profissional e secundário.

Os requisitos de equipamento/ software para implementar a Academia Cisco nas escolas são:
• Computadores que possam ser desmontados;
• Necessidade mínima de 1 kit laboratorial por cada 6 alunos - CCNA Discovery and CCNA Exploration Standard POD (Rackmountable);
Requisitos de
• Necessidade de acesso à web com plugin Adobe (aplicação sem custos associados).
Equipamento
q p O equipamento terá de ser inteiramente pago pelas escolas/ Ministério da Educação,
Educação à excepção do kit laboratorial Cisco,
Cisco onde deverá suportar
e Software apenas 25% do seu custo total.
Os equipamentos necessários para a Academia Cisco têm uma vida útil superior a 5 anos e não necessitam habitualmente de intervenções de
manutenção. Contudo, a Cisco recomenda que o GEPE celebre um contrato de assistência técnica com um parceiro da empresa.

Plano Tecnológico da Educação | 107


Anexos
Academia Cisco

Eixos de
Considerações gerais
análise
A formação do lote inicial de professores para o projecto-piloto será providenciada pela Cisco numa Regional Academy, onde será leccionado o
curso Cisco Certified Network Associate (CCNA) Discovery.
Discovery
Após as sessões de formação do lote inicial de professores, a Cisco compromete-se a disponibilizar os seguintes apoios aos docentes:
Helpdesk (telefónico/ email);
Formação de Acompanhamento regular dos professores, seja através de sessões periódicas de reciclagem de conhecimentos, ou pelo estabelecimento de
formadores contactos regulares directos com os mesmos;
E
Encaminhamento
i h t dos
d professores
f para redes
d informais
i f i de
d partilha
tilh de
d conhecimentos
h i t (como
( fó
fóruns on-line,
li bl
blogs, etc).
t )
Posteriormente, numa fase de generalização das Academias Cisco, a formação de novos professores deverá ser assegurada pelo GEPE/ Ministério
da Educação (e.g. recorrendo aos professores formados na fase piloto para participarem num programa “train the trainer” - TTT), mas com o apoio da
Cisco.

O currículo CCNA Discovery da Academia Cisco dará aos seus participantes a preparação necessária para a realização de dois exames de
certificação: CCENT® (abarca conceitos dos dois primeiros módulos da Academia) e CCNA ® (certificação que avalia todos os conceitos leccionados
nos 4 módulos da Academia Cisco, constituindo uma certificação base para carreiras na área de redes).
Certificações
ç A certificação não é de carácter obrigatório,
obrigatório embora seja fortemente recomendado que professores e alunos realizem um exame de certificação.
certificação
Todos os alunos que pretendam certificar-se irão ter direito a um voucher de 75% de desconto, enquanto que os professores usufruirão de um
desconto de 100% até 1 de Janeiro de 2010.

Plano Tecnológico da Educação | 108


Anexos
Academia Cisco

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Academia Cisco irá oferecer inicialmente o curso de formação Cisco Certified Network Associate (CCNA) Discovery. Este curso está divido em 4
módulos de 70 horas cada e será leccionado ao longo do ano lectivo (cerca de 32 semanas) em sessões de e-learning e formação presencial,
incluindo uma forte componente de aulas de laboratório.
Na fase inicial do projecto da Academia Cisco, o curso CCNA Discovery incluirá apenas os dois primeiros módulos, procedendo-se numa fase
Elementos posterior à inclusão dos restantes módulos no programa lectivo.
Pedagógicos A nível de materiais de estudo, a Cisco terá disponível diversos materiais de formação em formato digital, nomeadamente cursos e-learning e
manuais de aprendizagem.
aprendizagem
O número máximo recomendado de alunos por turma é de 20 pessoas, devendo existir um mínimo de 2 professores por escola.
Adicionalmente, poderá ser introduzido no futuro um outro curso Cisco de IT Essencials (duração de 70 horas) na Academia.

Plano Tecnológico da Educação | 109


Anexos
Academia Oracle

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Academia Oracle é uma iniciativa com presença em cerca de 86 países, encontrando-se o conceito já muito desenvolvido e testado pela empresa.
Nível de Em Portugal, a Oracle tem há vários anos um programa de Academia para o ensino superior (Universidades e Politécnicos), onde são leccionados
cursos de Administração de Bases de Dados, Servidores Aplicacionais e Business Intelligence.
Maturidade
Apesar de não dispor de um programa de formação especificamente direccionado para estudantes do ensino secundário, a Oracle encontra-se
da Academia preparada
d para desenvolver
d l no curto
t prazo um programa lectivo
l ti e estrutura
t t d conteúdos
de t úd para um curso de
d Academias
A d i TIC.TIC

A nível de requisitos de equipamento/ software específico para implementar a Academia Oracle nas escolas, será necessário adquirir uma Licença
Requisitos de Oracle (500€ anuais), sendo que esta é válida para todos os computadores das salas TIC.
Equipamento
q p Adicionalmente, será necessária uma sala TIC equipada com computadores que disponham de 4 GB RAM e 200 GB de disco rígido.
Adicionalmente rígido O sistema
e Software operativo deverá ser estandardizado em todas as máquinas da Academia Oracle.

Plano Tecnológico da Educação | 110


Anexos
Academia Oracle

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Oracle propõe que a formação dos professores para a Academia seja assegurada por formadores contratados pela Oracle, mediante o pagamento
Formação de de uma fee de mercado pelo Ministério da Educação.

formadores A nível de apoios aos professores da Academia Oracle, será disponibilizado um help desk (telefónico/ email) de forma a que os mesmos possam
esclarecer as dúvidas que possam ocorrer.

A Academia Oracle para as escolas secundárias não pressupõe a realização de um exame de certificação no final do curso, sendo que a avaliação
de conhecimentos deverá ser feita mediante a elaboração de um projecto final.
Certificações
ç Caso os alunos pretendam obter uma certificação (opcional) deverão receber formação adicional,
adicional de forma a reunir todas as competências
necessárias para realizarem o exame de certificação com sucesso.

Plano Tecnológico da Educação | 111


Anexos
Academia Oracle

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Academia Oracle irá oferecer um curso de implementação de uma Base de Dados relacional, onde serão leccionados os seguintes conteúdos:
análise do modelo relacional a implementar, criação da BD e dos seus objectos, implementação de uma aplicação com Oracle Application Express e
exploração dos dados com Oracle Discover.
A estrutura curricular da Academia está focada na utilização e domínio das aplicações Oracle, sendo que existe, em paralelo, uma preocupação em
Elementos transmitir alguns conceitos transversais e genéricos (relativamente aos processos envolvidos), que sejam independentes da tecnologia.
Pedagógicos A Academia Oracle terá a duração de 70 horas e será dividida em várias sessões ao longo do ano lectivo
A nível de materiais de estudo, a Oracle disponibilizará manuais de aprendizagem aos alunos (em formato papel em inglês). Adicionalmente,
poderão ser introduzidos programas de formação e-learning, mediante um pagamento adicional.
O número máximo recomendado de alunos por turma é de 2 alunos por máquina (idealmente 1 aluno por máquina).

Plano Tecnológico da Educação | 112


Anexos
Academia Sun

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Sun Microsystems é uma companhia de sistemas de informação com uma grande tradição no mundo académico, onde oferece cursos das suas
aplicações através do programa “Sun Academic Initiative”. Esta iniciativa é disponibilizada a alunos em todo o mundo e os seus programas lectivos
Nível de encontram-se largamente testados.
Maturidade Embora a introdução de cursos para alunos do secundário não seja uma actividade standard da Sun, esta encontra-se preparada, tanto a nível de
da Academia estrutura como de conteúdos, p
para oferecer cursos JAVA aos mesmos.

Requisitos de
Para a realização do curso de formação inicial em JAVA, será necessária uma sala TIC equipada com computadores que suportem a aplicação
Equipamento
q p g center.
Netwind learning
e Software

Plano Tecnológico da Educação | 113


Anexos
Academia Sun

Eixos de
Considerações gerais
análise
Para o projecto das Academias TIC, a Sun compromete-se a realizar a formação dos professores para o projecto-piloto no seu próprio centro de
formação
formação.
Caso o projecto de Academias TIC seja massificado para outras escolas, a Sun poderá aumentar a capacidade do centro, assegurando a formação
de todos os professores interessados. De referir que a formação terá de ser paga (custo com os honorários dos formadores).
Formação de Os cursos de formação de formadores serão divididos em dois níveis, sendo que o 1.º inclui uma formação em e-learning e o 2.º inclui uma formação
presencial intensiva com duração entre 40 a 100 horas.
formadores
Embora não esteja inicialmente previsto,
previsto será possível implementar um programa TTT – train the trainer – onde os professores certificados poderão
dar formação aos seus pares nas suas escolas.
Relativamente a sessões de “reciclagem” de conhecimentos, a Sun recomenda que os professores participem em formações periodicamente e
sempre que seja lançada uma nova versão.

Após a conclusão do curso de formação de formadores, os professores deverão obter uma certificação SCJA - Sun Certified JAVA Associate - ou
SCJP - Sun Certified JAVA Programmer - (obrigatório para poder leccionar Academias Sun). Confirmar a obrigatoriedade da certificação para os
professores.
Certificações
ç
Relativamente à certificação dos alunos, esta não é de carácter obrigatório. Contudo, a Sun recomenda que os alunos se proponham a um exame de
certificação após a conclusão do curso de formação.

Plano Tecnológico da Educação | 114


Anexos
Academia Sun

Eixos de
Considerações gerais
análise

O curso JAVA da Academia Sun está dividido em dois níveis, sendo que o 1.º inclui uma formação em e-learning e o 2.º inclui formação presencial
com duração entre 40 a 100 horas.
Elementos O número de sessões não está especificado, sendo que o mais provável é que estas sejam repartidas ao longo do ano lectivo (ou um período
escolar).
Pedagógicos Relativamente a elementos de estudo, a Academia Sun inclui um Manual de utilização de aplicações JAVA.
O número aconselhado de alunos por sessão também não se encontra especificado.

Plano Tecnológico da Educação | 115


Anexos
Academia Linux (Alinex e Caixa Mágica)

Eixos de
Considerações gerais
análise

Nível de Apesar de nunca terem realizado cursos Linux para o ensino secundário, a Alinex e a Caixa Mágica encontram-se preparadas para formar o primeiro
lote de formadores e desenvolver um curso com estrutura e conteúdos adequados aos alunos.
Maturidade
da Academia

Requisitos de
A nível de requisitos de equipamento, será necessário uma sala TIC equipada com computadores que suportem o sistema operativo Linux.
Equipamento
q p Recomenda-se q q
que o número de máquinas j igual
seja g ç
ao número de alunos em formação.
e Software

Plano Tecnológico da Educação | 116


Anexos
Academia Linux (Alinex e Caixa Mágica)

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Alinex e a Caixa Mágica irão providenciar formação ao lote inicial de professores (formação de 1.ª linha), estando previsto que esta organização
continue a dar suporte técnico às sessões de formação de 2.ª linha (helpdesk).
Formação de O curso de formação de formadores terá a duração de 7 dias (intensivo). A formação terá de ser paga sendo oferecidos o software e os manuais,
bem como descontos no preço de formação.
formadores
Embora não tenha sido previsto inicialmente,
inicialmente será possível implementar um modelo de formação TTT – Train the trainer.
trainer Para isso,
isso será importante
os formadores TTT obterem primeiro alguma experiência em Linux – Alinex.

Após a conclusão dos cursos de formação, é fortemente recomendada a obtenção de uma certificação LPIC1 – 1.01 e/ou 1.02. Contudo, a sua
obtenção não será de carácter obrigatório.
Certificações
ç
No caso de formação de formadores, a obtenção de uma certificação LPIC1 seria particularmente relevante.

Plano Tecnológico da Educação | 117


Anexos
Academia Linux (Alinex e Caixa Mágica)

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Academia terá a duração entre 60 a 70 e será repartida em sessões ao longo de um semestre. A formação não incluirá módulos em e-learning.
O número aconselhado de alunos por sessão não se encontra especificado, embora seja recomendado um máximo de 2 alunos por máquina
Elementos (idealmente um aluno por máquina).
Pedagógicos A nível de elementos de estudo, será disponibilizado um manual de utilizador aos formandos. Adicionalmente, existem muitos fóruns de apoio na
Internet para os utilizadores de Linux.

Plano Tecnológico da Educação | 118


Anexos
Academia Apple

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Apple Computer apresenta um extenso leque de cursos relacionados com a aplicação Final Cut Pro. Esses cursos são leccionados em vários
Nível de Learning Centres autorizados, espalhados por todo o mundo.

Maturidade Contudo, o modelo de academia pretendido para as escolas não se encontra muito desenvolvido, uma vez que, este tipo de formação está
tipicamente indicada a alunos com um nível inicial de conhecimentos de audiovisual e de uma faixa etária superior.
da Academia

Requisitos de
Para realizar a Academia Apple nas escolas será necessário equipar uma sala com computadores Apple, bem como adquirir licenças para a
Equipamento
q p p ç Final Cut Pro
aplicação
e Software

Plano Tecnológico da Educação | 119


Anexos
Academia Apple

Eixos de
Considerações gerais
análise

A formação e certificação do lote inicial de professores será assegurada pela Apple, ou um parceiro, num AATC (Apple Authorized Training Centre).
Formação de Esta formação não terá custos para o Mistério da Educação.

formadores Adicionalmente, os professores formados no lote inicial obterão uma certificação TTT (Train the Trainer), o que lhes permite realizar as acções de
formação dos outros professores que desejem integrar o projecto da Academia Apple.

Todos os formandos que completem a Academia Apple, são encorajados a obter uma certificação em Final Cut Pro. No entanto, os alunos deverão
realizar um curso intensivo de 40 horas adicional, para adquirir todos os conhecimentos necessários para realizar um exame de certificação com
sucesso.
Certificações
ç
D referir
De f i que para a formação
f ã de
d professores,
f a certificação
tifi ã em Final
Fi l Cut
C t Pro
P é obrigatória.
b i tó i (confirmar
( fi este
t dado)
d d )
As certificações em Final Cut Pro só poderão ser feitas num AATC (Apple Authorized Training Centre).

Plano Tecnológico da Educação | 120


Anexos
Academia Apple

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Academia Apple terá a duração de aproximadamente 16 horas, propondo-se que se dividam em 2 dias intensivos e sendo essencial que o manual
Elementos seja lido previamente pelos alunos. A Apple recomenda que, antes de ingressar na Academia, os alunos sejam colocados a realizar trabalhos com o
Pedagógicos Final Cut Pro no âmbito de outras disciplinas, como uma forma de ganhar conhecimentos e habituação à aplicação.

Plano Tecnológico da Educação | 121


Anexos
Academia Microsoft

Eixos de
Considerações gerais
análise
A Microsoft é uma empresa com forte experiência na área da formação e educação, onde desenvolveu o conceito de IT Academies junto da
comunidade estudantil. Actualmente existem milhares de Microsoft IT Academies a nível mundial.
Numa fase inicial, e tendo em conta a actual oferta formativa das 5 escolas piloto, a Microsoft propôs a oferta de quatro percursos de formação, que
abrangem quatro áreas/temáticas:
Nível de •Information Worker | MCAS – MICROSOFT CERTIFIED APPLICATION SPECIALIST (Office 2007 e Windows Vista)
Maturidade •Redes e Sistemas | MCSA – MICROSOFT CERTIFIED SYSTEM ADMINISTRATOR (Windows Server 2003)
da Academia •Desenvolvimento | MCTS - .NET
NET FRAMEWORK 2.O
2 O WEB APPLICATIONS
•Base de Dados | MCTS – SQL SERVER 2005
São admitidos outros percursos, sendo da responsabilidade e autonomia de cada escola a selecção temas/cursos que mais de adequam à sua
realidade escolar e ao contexto do mercado de trabalho envolvente.

Cada escola deve garantir os requisitos mínimos de hardware e equipamentos, semelhantes às condições já existentes nos seus laboratórios, assim
como a respectiva manutenção/assistência técnica deve ser assegurada de acordo com o modelo já existente. Durante o período de subscrição, a
academia pode beneficiar gratuitamente de um número limitado de licenças de software, destinadas única e exclusivamente ao contexto da
Requisitos de formação/cursos IT Academy. O apoio da Microsoft, obviamente ao nível de software, é assegurado durante o funcionamento da academia.

Equipamento
q p Durante o período de subscrição a academia pode beneficiar gratuitamente de um número limitado de licenças para equipar a(s) sala(s) de formação,
correspondente
d t ao software/versões
ft / õ ded software
ft d cursos que irão
dos i ã ministrar.
i i t E t licenças
Estas li são
ã ded uso exclusivo
l i ao contexto
t t dod Microsoft
Mi ft IT
e Software Academy. No caso da mesma sala de formação ser utilizada para outros contextos, deve-se recorrer ao sistema de Virtual Pc de modo a garantir o
uso exclusivo destas licenças no âmbito da formação IT Academy.
A renovação dos equipamentos das salas de formação deve ser assegurada pela própria academia.

Plano Tecnológico da Educação | 122


Anexos
Academia Microsoft

Eixos de
Considerações gerais
análise

A Microsoft propôs um modelo de formação em cascata, em que os formadores certificados na fase piloto (certificação financiada na totalidade pela
Microsoft) irão ser responsáveis pela formação de futuros formadores das IT Academies em escolas secundárias.
Poderá também ser assegurada a formação dos professores através de formadores contratados para o efeito pela Microsft, mediante o pagamento
de uma taxa de mercado.
Formação de A nível de acompanhamento dos professores, a própria estrutura do programa Microsoft IT Academy e seus benefícios permitem o desenvolvimento
formadores profissional do formador. Os professores têm acesso gratuito aos cursos de e-learning bem como à biblioteca virtual que lhes permitem desenvolver
permanentemente as suas competências.
competências Cada IT Academy beneficia também de uma subscrição Microsoft Certified Trainer e um desconto de 25%
em subscrições MCT adicionais para formadores qualificados. Os Microsoft Certified Trainers (MCTs) são especialistas em tecnologia e formação
Microsoft e usufruem do acesso a diversos benefícios como descontos em exames e livros Microsoft, participação em comunidades on-line e eventos
Microsoft, entre outros.

Cada um dos cursos tem associado um exame de certificação. As certificações (e.g. MCTS, MCAS) são obtidas através da realização, com sucesso,
de um conjunto de exames.
A realização de exames de certificação é facultativa. No entanto, a frequência de um curso não permite por si só a obtenção de uma certificação
Microsoft, pelo que a realização do exame deve ser encorajada.
Certificações
ç É condição fundamental a obtenção de uma determinada certificação para prosseguir formação e obter certificação de nível mais complexo de uma
determinada tecnologia. Não é imperativo a obtenção de uma certificação para o desenvolvimento de conhecimentos e competências em tecnologias
Microsoft, mas o valor das competências adquiridas é comprovado, como em qualquer outro contexto, mediante a apresentação de um certificado.
As certificações Microsoft são reconhecidas a nível mundial

Plano Tecnológico da Educação | 123


Anexos
Academia Microsoft

Eixos de
Considerações gerais
análise
As IT Academies têm autonomia para definir a duração do curso, podendo seleccionar entre um formato intensivo (3 a 5 dias) ou um formato
trimestral/semestral (ao longo de várias semanas). Ainda assim, e tendo em conta que nesta primeira fase a formação IT Academy será oferecida em
regime
i complementar,
l t sugere-se que cadad curso seja
j ministrado
i i t d ao longo
l d várias
de á i semanas. Tendencialmente,
T d i l t cada
d curso pode
d ter
t uma duração
d ã
entre 30 a 60 horas, sendo variável consoante conhecimentos/competências já adquiridas pelos formandos.
Os manuais Microsoft Academic Official Curriculum (MOAC) e Microsoft Official Courseware (MOC) são a base da formação dos cursos Microsoft
Elementos que garantem a sua qualidade e sobre os quais os respectivos exames vão incidir. Complementarmente é admitido a utilização de outros recursos e
manuais de apoio à formação. Os alunos devem adquirir os seus próprios manuais, beneficiando de um desconto. Compete a cada academia definir
Pedagógicos os termos de disponibilização dos manuais aos alunos, de acordo com o modelo de negócio definido (se definido).
Os manuais de Office 2003 (MOACs) estão disponíveis em Português. Está prevista a localização/tradução dos manuais Office 2007. Os restantes
manuais (MOCs) relativos a formações de nível avançado estão em língua inglesa pois o software associado está também disponível neste idioma.
Os benefícios do programa Microsoft IT Academy pressupõem o acesso gratuito a mais de 300 cursos de e-learning, complementares à formação
presencial.

Plano Tecnológico da Educação | 124


Anexos

Estágios de maturidade TIC das escolas

Plano Tecnológico da Educação | 125


Anexos
Gestão e Planeamento (1/2)
Em que fase de desenvolvimento se encontra a gestão e planeamento para a área de TIC na escola
((inicial,, intermédia ou avançada)?
ç )
Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
• Existe um plano para a • O plano para a implementação de • O plano para a implementação de
implementação de TIC na escola TIC na escola é regularmente TIC é parte integral do
actualizado planeamento global para a escola.
• O plano de implementação de TIC
é desenvolvido apenas por um • Todos os membros do corpo • O planeamento e integração de TIC
número limitado de professores docente poderão dar contributos é realizado com uma abordagem
1. Elaboração e desenvolvimento
para o plano de implementação de de equipa
de um plano para a • O plano de implementação de TIC TIC
implementação de TIC na escola está focado essencialmente em • A escola incentiva a exploração de
hardware e aquisição de • A escola recorre aos serviços do novas abordagens para a
competências básicas conselheiro local (advisor) para as integração de TIC nas escolas
TIC, bem como da rede (network)
de suporte à implementação de TIC
na escola

• Nenhum professor está a • Um ou mais professores assume • Existe um professor designado


2. Integração de TIC na escola coordenar a integração de TIC na informalmente a responsabilidade para coordenar a integração de TIC
escola de integrar as TIC na escola na escola

Plano Tecnológico da Educação | 126


Anexos
Gestão e Planeamento (2/2)
Em que fase de desenvolvimento se encontra a gestão e planeamento para a área de TIC em cada
escola ((inicial,, intermédia ou avançada)?
ç )

Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
• Auditoria aos recursos de TIC na • O processo de identificação de • São conduzidas auditorias anuais,
escola ainda não foi realizado necessidades de software relevante bem como avaliações das
3. Auditorias de recursos de TIC e
e recursos de internet para todas necessidades de infra-estruturas de
identificação de necessidades
as disciplinas já foi iniciado TIC para todas as disciplinas na
escola

• A intensidade e o nível de utilização • O director da escola é proactivo na • O impacto das TIC em todas as
4. Intensidade e nível de utilização de TIC nas aulas é decidido por integração de TIC nas actividades áreas de ensino e aprendizagem é
das TIC na escola cada professor individualmente lectivas da escola regularmente monitorizada

• O plano de implementação de TIC • O plano de implementação de TIC • São desenvolvidas um conjunto de


foca se principalmente em
foca-se considera padrões de saúde e políticas relativas à utilização das
equipamentos e não na política de segurança TIC (e.g. Internet, software, saúde
utilização dos recursos de TIC na e segurança, gestão dos recursos
5. Política de utilização dos escola • Encontra-se desenvolvida uma de TIC)
recursos de TIC - Acceptable Use política de utilização de Internet
Policy (AUP) • Não existe uma política de básica • Encontra-se desenvolvida uma
utilização
tili ã dde IInternet,
t t sendo
d que o política
líti ded utilização
tili ã dde IInternet,
t t
acesso a este recurso é exclusivo envolvendo a participação dos
aos funcionários da escola encarregados de educação -
(docente e não-docente) Acceptable Use Policy

Plano Tecnológico da Educação | 127


Anexos
Integração de TIC no Curriculum
Qual é o grau de integração de TIC no curriculum da escola (inicial, intermédio ou avançado)?

Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
• Professores e alunos adquirem • As TIC estão integradas com um • As TIC são leccionadas numa lógica
competências básicas em TIC grande número de disciplinas de projecto (Project Based Learning)

• As TIC são consideradas como uma • É comum incluir o uso das TIC em • Professores e alunos utilizam
actividade isolada muitas tarefas escolares (preparação softwares específicos para suportar
de aulas, gestão de salas de aula, actividades do curriculum escolar
• Os alunos utilizam computadores
p realização de trabalhos individuais e
para actividades extra-curriculares de grupo) • Professores e alunos utilizam TIC
1. Integração de TIC nas para criar conteúdos digitais (e.g.
disciplinas escolares • O uso de TIC é ainda experimental e • O E-mail é incorporado nos aspectos apresentações de projectos,
dá especial ênfase a aplicações de de comunicação e pesquisa no portfolios electrónicos dos alunos,
processamento de texto. curriculum escolar conteúdos Web e multimédia)

• As TIC reforçam as actividades • As resoluções de problemas no


curriculares âmbito curricular são suportadas por
TIC

• O uso da Internet está limitado ao e- • A Internet é utilizada como parte do • Os alunos utilizam TIC para
2. Integração da Internet nas mail e à utilização da World ensino nas aulas colaborar em actividades curriculares
actividades lectivas Wide Web sem fins específicos. dentro da escola ou em parceria com
outras instituições de ensino

Plano Tecnológico da Educação | 128


Anexos
Formação de professores
Qual é o grau de formação em TIC dos professores na escola (inicial, intermédia e avançada)?

Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
• Alguns professores participaram • Todos os professores já possuem o • A maioria dos professores
em formações básicas nível básico de competências em encontra-se a participar em
TIC formação avançada em TIC
• Os professores não são
encorajados a participar em • Alguns professores já participaram, • Os professores encontram-se a
1. Nível de competências técnicas formações mais avançadas na área ou encontram-se a participar em investigar novas soluções de
(em TIC) dos professores de TIC cursos na área de TIC
TIC, onde é hardware e software para a escola
dado especial ênfase à integração
das mesmas na sala de aula • Os professores estão a integrar
soluções de TIC relevantes para o
ensino das suas disciplinas

2. Existência de Networking na área • A escola não efectuou até à data • A escola já efectuou contacto com • Os professores trocam activamente
de TIC entre os professores da nenhum contacto com o o conselheiro local para a área de novas ideias entre si e com outros
escola e a restante comunidade conselheiro local (advisor) para a TIC professores exteriores à escola
escolar área de TIC

• Os professores não têm • Alguns membros do corpo docente • Os professores participam em


3. Acesso a estruturas de suporte conhecimento sobre estruturas estão a frequentar sessões do grupos de suporte online para a
na área de TIC locais de suporte/apoio na área de grupo de suporte local na área de área de TIC
TIC TIC

Plano Tecnológico da Educação | 129


Anexos
Cultura TIC na escola (1/2)
Qual é o grau de intensidade de uma cultura TIC na escola (inicial, intermédia e avançada)?

Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
• Os alunos têm acesso aos • O acesso a TIC está disponível • O ambiente escolar estimula o uso
1. Disponibilidade de recursos de computadores por turnos durante todo o horário escolar independente de TIC, tanto para
TIC aos alunos professores como para alunos

2. Disponibilidade e incentivo à • Os professores têm acesso limitado • O acesso a TIC é facilitado fora das • É encorajado o uso de TIC fora das
tili ã de
utilização d TIC pelos
l a computadores durante o horário horas lectivas do professor horas lectivas do professor
professores escolar

• As salas de aula apresentam • As aulas são dadas com o apoio de • Os computadores são
3. Utilização de equipamentos de material de projecção (permitindo apresentações no computador considerados um recurso que os
TIC nas salas de aula e na g ç a um computador)
ligação p ) alunos ppodem utilizar p
para a
realização de trabalhos realização de trabalhos (quando
aplicável)

• A escola não tem um site de • A escola tem um site de Internet • O sítio de Internet da escola é
4. Envolvimento dos alunos na Internet actualizado, onde existe algum desenvolvido e mantido pelos
ç e manutenção
criação ç do site de envolvimento por parte dos alunos professores e alunos. O sítio
Internet da escola e gestão dos foca-se nas actividades dos alunos
seus conteúdos e no programa das disciplinas

Plano Tecnológico da Educação | 130


Anexos
Cultura TIC na escola (2/2)
Qual é o grau de intensidade de uma cultura TIC na escola (inicial, intermédia e avançada)?

Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
5. Envolvimento da escola em • A escola não colabora com outras • A escola está envolvida em • A escola é vista como um exemplo
projectos na área de TIC com instituições de ensino em questões projectos de TIC (nacionais ou de boas-práticas por outras escolas
outras instituições ligadas a TIC internacionais)

• Os computadores são utilizados • A utilização de TIC é bem aceite na • Existe uma cultura de utilização de
6. Inserção de TIC na cultura da pelos professores de forma escola TIC em toda a escola
escola relutante

Plano Tecnológico da Educação | 131


Anexos
Recursos e Infra-estruturas de TIC (1/2)
Qual é o nível dos recursos e infra-estruturas de TIC na escola (inicial, intermédia e avançada)?

Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
• Os computadores da escola estão • Os computadores estão colocados • Os computadores estão
1. Acesso a computadores em toda
confinados a uma sala apenas nas salas de aula por toda a escola distribuídos por toda a escola e
a escola
estão ligados em rede

• Os computadores da escola não • Existe uma rede peer-to-peer • Todos os computadores estão
estão ligados em rede dentro da sala de computadores, ligados em rede. O acesso à
2. Conectividade dos mas não em toda a escola Internet está disponível em toda a
• A ligação à Internet é feita entre a escola
computadores da escola linha telefónica e cada computador • A ligação à Internet é feita via ISDN
(Internet e rede interna) para a maioria dos computadores • Todos os computadores
da escola apresentam uma ligação de Banda
Larga

• O software disponível é limitado e o • Existem alguns recursos de • Existem recursos de software e


número de licenças é insuficiente software e Internet disponíveis para Internet apropriados para todas as
3. Disponibilidade de recursos de para servir todas as aulas/ cada turma/ano. O número de idades, disciplinas e necessidades
software e Internet e respectivo disciplinas/ alunos com licenças é suficiente para a especiais. O número de licenças é
número de licenças necessidades especiais
p utilização
ç de toda a turma suficiente p
para a utilização
ç de toda
a turma

Plano Tecnológico da Educação | 132


Anexos
Recursos e Infra-estruturas de TIC (2/2)
Qual é o nível dos recursos e infra-estruturas de TIC na escola (inicial, intermédia e avançada)?

Fase de desenvolvimento
Factores críticos
Inicial Intermédia Avançada
• Os únicos equipamentos de TIC na • São utilizadas máquinas • São utilizados meios de projecção
4. Diversidade dos equipamentos escola são computadores e fotográficas digitais e scanners e quadros interactivos em toda a
de TIC impressoras para projectos e trabalhos em escola
websites

• Não existem provisões destinadas • Foram feitas provisões destinadas • Existe um contrato celebrado para
a despesas de suporte técnico à manutenção de computadores a manutenção de equipamento
informático
5. Suporte técnico e substituição • Algum equipamento informático • O equipamento é reparado ou
de material informático não funciona e ainda não foi substituído apenas quando é • São feitas provisões regulares para
reparado ou substituído absolutamente necessário a substituição regular de
equipamento informático

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