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Lista 6
Lista 6
Cálculo 3A – Lista 6
Exercı́cio 1: Apresente uma parametrização diferenciável para as seguintes curvas planas:
a) C = {(x, y) ∈ R2 ; x = y 2 , 0 ≤ x ≤ 2}
b) C = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 = 4 , y ≥ 1}
c) C = {(x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 + x + y = 0}
x2
n o
d) C = (x, y) ∈ R2 ; 2
+ y = 1,x ≥ 0
4
Solução:
√
2
C
2 x
√
Fazendo y = t temos que x = t2 . Como 0 ≤ x ≤ 2 então√0 ≤ t2 ≤ 2 donde 0 ≤ t ≤ 2. Portanto,
uma parametrização de C é γ(t) = (t2 , t), com 0 ≤ t ≤ 2 .
√
Esta parametrização
√ é diferenciável pois existe γ ′
(t) = (2t, 1) para todo t em [0, 2]. Observe que
γ1 (t) = t, t com 0 ≤ t ≤ 2 é também uma parametrização de C, mas não é diferenciável pois
não√existe
γ (0). Observe também que essas parametrizações percorrem C da origem (0, 0) para
′
2, 2 .
Cálculo 3A Lista 6 88
√ √
b) Se x2 +y 2 = 4 e y ≥ 1 então C é um arco de circunferência de extremidades
3,1 e − 3,1 .
Então o esboço de C está representado na figura que se segue.
C 2
γ(t) = (x, y)
1
y
t
x x
Adotando o ângulo t (em radianos) como parâmetros, temos que x = 2 cos t e y = 2 sen t.
Variação de t
Temos que t0 ≤ t ≤ t1 .
y y
2 C 2 C
1 1
1 t1
t0
√
3 x x
1 π π 5π
⇒ tg t0 = √ ⇒ t0 = ⇒ t1 = π − =
3 6 6 6
Logo π/6 ≤ t ≤ 5π/6. Assim, uma parametrização diferenciável de C é γ(t) = (2 cos t, 2 sen t),
com π/6 ≤ t ≤ 5π/6. Observe que essa parametrização percorre C no sentido anti-horário.
c) De x2 + y 2 + x + y = 0 temos:
1 1 2
x2 + x + + y2 + y + =
4 4 4
ou
1 2 1 2 1
x+ + y+ = .
2 2 2
q √
Logo, C é uma circunferência de centro − 1 , − 1 e raio 1 = 2
.
2 2 2 2
√ √
Então, uma parametrização diferenciável de C, no sentido anti-horário é γ(t) = − 12 + 2
2
cos t, − 12 + 2
2
sen t ,
com 0 ≤ t ≤ 2π.
1 C
2 x
−1
Uma parametrização de C (no sentido anti-horário) é γ(t) = (2 cos t, sen t), com −π/2 ≤ t ≤ π/2.
Solução:
O y
x
−→ −→ −→ −→ −→ −→ −→
Então OP = OA + AP . Mas AP é um múltiplo escalar de AB, ou seja, AP = t · AB onde
0 ≤ t ≤ 1. Então
−→ −→ −→
γ(t) = OP = OA + tAB = (A − 0) + t(B − A) = A + t(B − A)
No nosso caso, temos que A = (0, 1, 0) e B = (2, 3, 4). Portanto, uma parametrização do segmento
AB é:
γ(t) = (0, 1, 0) + t (2, 3, 4) − (0, 1, 0) = (0, 1, 0) + t(2, 2, 4) =
= (2t, 1 + 2t, 4t)
com 0 ≤ t ≤ 1.
1 2 5
c) De z = x2 + y 2 e z = y + 1 temos x2 + y 2 − y = 1 ou x2 + y − = . Logo, a projeção de
√ 2 4 √
1 2 5 5 1 5
2
C no plano xy é a circunferência x + y − = . Assim, x = cos t e y = + sen t, com
2√ 4 2 2 2
3 5
0 ≤ t ≤ 2π. Como z = y + 1 então y = + sen t. Temos então que:
2 2
√ √ √
5 1 5 3 5
γ(t) = cos t, + sen t, + sen t
2 2 2 2 2
com 0 ≤ t ≤ 2π.
Z
Exercı́cio 3: Calcule (x + y) ds, onde C consiste no menor arco de circunferência x2 + y 2 = 1 de
C
(1, 0) a (0, 1) e o segmento de reta de (0, 1) a (4, 3).
(4, 3)
C2
(0, 1)
C1
(1, 0) x
Z
Cálculo de (x + y) ds
C1
= (1 − 0) − (0 − 1) = 2 .
Z
Cálculo de (x + y) ds
C2
Sejam A = (0, 1) e B = (4, 3). Uma parametrização de C2 =segmento de reta AB é dada por γ2 (t) =
A + t(B − A), com 0 ≤ t ≤ 1 ou γ2 (t) =
=
(0, 1)+t (4, 3)−(0, 1) = (0, 1)+t(4, 2) = (4t, 1+2t), com 0 ≤ t ≤ 1. Logo γ2 (t) =(4, 2) donde
′
√ √ √
γ ′ (t) = 4 2 + 22 = 20 = 2 5 e ds = γ ′ (t) dt =
2√ 2
= 2 5 dt. Então:
Z Z 1 √ √ Z 1
(x + y) ds = (4t + 1 + 2t)2 5 dt = 2 5 (6t + 1) dt =
0 0
C2
√ 1 √
= 2 5 [3t2 + t]0 = 8 5 .
Portanto: Z √
(x + y) ds = 2 + 8 5 .
C
R
√
C
R 3
2 (x, y, z)
R/2
R/2 (x, y, 0) R
y
R
Assim: R
ds = γ ′ (t) dt = dt .
2
Então: Z Z π/2 √
R R 3 R
xyz ds = cos t sen t R dt =
0 2 2 2 2
C
√ Z π/2 √ iπ/2 √
R4 3 R4 3 sen2 t R4 3
h
= cos t sen t dt = = .
16 0 16 2 0 32
Z √
81 3
Como xyz ds = então
2
C √ √
R4 3 81 3
=
32 2
ou
R4 = 16 · 81 = 24 · 34
donde R = 2 · 3 = 6.
Exercı́cio 5: Mostre que o momento de inércia de um fio homogêneo com a forma de uma circun-
M R2
ferência de raio R em torno de um diâmetro é igual a onde M é a massa do fio.
2
Solução: Sem perda de generalidade, podemos considerar a circunferência de raio R, centrada em
(0, 0).
y
R C
R x
Como o fio é homogêneo então a densidade é constante, isto é, δ(x, y) = k para todo (x, y) ∈ C.
Assim, da Fı́sica temos M = k× (comprimento de C)= = k(2πR) = 2kπR. Considerando um
diâmetro no eixo x temos Z Z
Ix = y k ds = k y 2 ds
2
C C
onde p
ds = γ ′ (t) dt = (−R sen t, R cos t) dt = (−R sen t)2 + (R cos t)2 dt =
√ √
= R2 sen2 t + R2 cos2 t dt = R2 dt = R dt .
Então: Z 2π Z 2π i2π
31 sen 2t
h
2 3 2
Ix = k (R sen t) R dt = kR sen t dt = kR t− =
0 0 2 2 0
R2 M R2
= kπR3 = 2kπR · = .
2 2
Solução:
z z
2 2
C C
2 y 2 y
2 2
x x
√
Como y ≥ 0, então 2 sen t ≥ 0 donde 0 ≤ t ≤ π. Logo, uma parametrização para C é dada por
√
σ(t) = (1 + cos t, 2 sen t, 1 − cos t), 0 ≤ t ≤ π .
Temos √
σ ′ (t) = (− sen t, 2 cos t, sen t)
donde √ √
ds = σ ′ (t) dt = sen2 t + 2 cos2 t + sen2 t dt = 2 dt .
Z Z
Como M = f (x, y, z) ds = xy ds, então
C C
Z π √ √ Z π
M= (1 + cos t) · 2 · sen t · 2 dt = 2 (sen t + sen t cos t) dt =
0 0
sen2 t π
h i
= 2 − cos t + = 4 u.m.
2 0
x2 y2
Exercı́cio 7: Achar a massa da elipse + = 1, situada no primeiro quadrante se a densidade
9 4
em cada ponto é igual ao produto das coordenadas do ponto.
Solução: A densidade δ(x, y) é dada por δ(x, y) = xy. Logo, a massa M é dada por
Z Z
M = δ(x, y) ds = xy ds
C C
Exercı́cio 8: Deseja-se construir uma peça de zinco que tem a forma da superfı́cie do cilindro x2 +y 2 =
4, compreendida entre os planos z = 0 e
x + y + z = 2, com z ≥ 0. Se o metro quadrado do zinco custa M reais, calcule o preço to-
tal da peça. Faça um esboço da peça.
Solução:
z
z = 2 − x − y = f (x, y)
y
2
2
x
C (x, y, 0) 2
2 y C
π 3π
h i
= 4 (2π − 0 + 1) − −1+0 = 4 + 2 = 6π + 8 u.a.
2 2
Exercı́cio 9: Calcule a massa de um arame cuja forma é dada pela curva interseção da porção da
esfera x2 + y 2 + z 2 = 2y, situada no primeiro octante com o plano z = y, supondo que a densidade
em um ponto P é proporcional ao quadrado da distância de P à origem.
Solução: De x2 + y 2 + z 2 = 2y e z = y, x ≥ 0, y ≥ 0, z ≥ 0, temos x2 + y 2 − 2y = 0, x ≥ 0 e
y ≥ 0 se, e somente se
2
1
1 2
1 x2 y−
2 2
x +2 y− = ⇔ 1 + 1
=1
2 2
2 4
com x ≥ 0 e y ≥ 0.
Temos √
′ 2 1 1
γ (t) = − sen t, cos t, cos t
2 2 2
donde r √
′ 1 1 1 2
γ (t) = sen2 t+ cos2 t+ cos2 t= .
2 4 4 2
Logo: √
′ 2
ds = γ (t) dt =
dt .
2
Z Z
2 2 2
M =k x +y +z ds = 2k y ds =
C C
Z π/2 √ h√ iπ/2 √
1 1 2 2 2
= 2k + sen t dt = k t − cos t = kπ u.m.
−π/2 2 2 2 2 −π/2 2
Exercı́cio 10: Calcule a primeira coordenada do centro de massa de um fio homogêneo que está ao
→
− √ → t4 −
− →
longo de uma curva γ(t) = t i + 2 2 t5/2 j + k , 0 ≤ t ≤ 2, se a densidade for δ(x, y, z) = 10x.
5 4
√
√
2 2 5/2 t4
Solução: De γ(t) = t, t , temos que γ ′ (t) = (1, 2 t3/2 , t3 ), donde obtemos γ ′ (t) =
5 4
√ q
1 + 2t3 + t6 = (1 + t3 )2 = 1 + t3 . Logo,
′
ds = γ (t) dt = 1 + t3 dt. A primeira coordenada do centro de massa do fio homogêneo é
dada por Z
x ds
C
x=
L
onde L é o comprimento de C, isto é,
Z b 2
t4 2
Z h i
3
′
L= γ (t) dt = 1+t dt = t + = 6.
a 0 4 0
Logo:
42
5 7
x= = .
6 5