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f=) | Fernando Perez Jerre TREINAMENTO Tecidos - Modulo 1 indice 1 Introdugio. Tecendo a histéria . Historia do Jacquard 2 Tipos de fibras 24 Flbras Naturais ee oF 241.1 Origem Vegetal 7 21.2 Origem Animal es oe 2.2 Flbras Antiflas oe 8 2.3 Fibras Sintéticas ual arelagao?.. 4 Tecelagem e Classificagao das superticies Téxtei 4.1 TIPOS DE LIGAMENTO wesnnnnnsnnnnsnnnninnsnn 9 41.1 TELAouTafetd 9 ‘2A 9 41.3 CETIM ee 4.2 CLASSIFICAGAO wren 10 4.2.1 TECIDOS PLANOS 10 4.2.2 TECIDOS DE MALHA .. 10 42.3. TECIDOS DELACADA.... 10 4.2.4 — TECIDOS ESPECIAIS o seontnnnnnennnnns WD 4.2.5 NOWOVEN - NAO TECIDOS. nu 5. Glossério téxtil, motivos e padrées. 6 Tecidos High tech.. 7 Tipos de acabamentos 20 ANEXOS. 1 Introdugao Por onde comesar? ‘* Facamos um répido tour pela Antiguidade. Os romanos dormiam em lencéis de linho. Na arena, os espectadores abrigavam-se 4 sombra de imensas cortinas, igualmente de linho. As pinturas de Pompéia revelam que a mobilia se compunha de assentos com almofadas e colchas de camas. Quanto aos mosaicos de Ravena, mostram um palicio onde as portas s3o fechadas com cortinas. Na Idade Média, a decorag3o ainda possula caracteristicas de uma vida ndmade. O nome “mével" jé descrevia a dificuldade de mudar de lugar. A mobilia seguia o senhor em suas viagens e era tudo © que havia de mais rudimentar: bats, camas desmontaveis € cavaletes. No chéo, colchées eram jogados, {Quem estava preocupado com tecidos? Além do mais, apesar de serem facilmente transportveis, 0s tecidos poderiam apresentar certa fragilidade. As tapecarias e tapetes poderiam ser dobrados facilmente e havia necessidade de ‘esquentar-se os cémodos gelados dos castelos. As tapecarias fechavam as entradas, as janelas e também as aberturas das paredes, Era 0 Gnico meio de proteger-se contra as correntes de ar. (0s cruzados trouxeram de suas expedigdes 0 luxo oriental e 0s senhores e principes refugiavam-se nos tecidos. O leito ricamente guarnecido era o lugar mais importante do castelo, afinal recebiam-se visitas no quarto. Segundo a etiqueta dda época, o correto era colocar-se a cama em nivel mais elevado que o restante da assisténcia. A cama elevava-se com ajuda de um estrado. Do teto, desciam largas tapecarias (0 baldaquino); a cadeira sobre a qual sentava-se o héspede, coroava-se de conforto; 0 tamborete onde ele repousava seus pés era feito do mesmo rico tecido. Era 0 ponto ‘culminante da decoragio. Quanto as mesas, nio mereciam ainda ser mostradas, elas desapareciam sobre pesados tapetes da Turquia ou Pérsia, lisos ou ornados com bordados. Estes tapetes testemunhavam a riqueza de seus proprietirios. Quando o tapete fol colocado sobre o solo, significou o inicio de uma vida sedentaria Chegando-se a Renascenca, no século XV, 0 tecido passou a ser utilizado de maneira permanente e seu papel era mais preciso: as paredes revestiam-se de tapecarias fixas, passam a ser decorativas. A mobilia nesta época ganha formas ‘mais sofisticadas. Para guarnecer assentos, buscavam-se 0s tecidos mals luxuosos. 0 leito era ricamente "cerrado" com cortinas. De outro lado, o comércio desenvolve-se entre o Ocidente e o Oriente Médio. Mais tarde, estende-se as Indias. Gragas a Marco Pélo, 0s “doges" de Veneza foram os primeiros a receber estas riquezas estranhas chegadas em costas de camelo, muitas além da China, A Italia soube tirar proveito. Logo, o leque de tecidos disponiveis na Europa cresceu largamente, principalmente os mais suntuasos como adamascados, veludos e brocados.No fim do século XVII, a quantidade de tecidos confeccionados era considervel. Todos consumiam tecidos: aseda pura, nas casas dos senhores, ‘as mistas com outros fios, para os interiores mais modestos:Sem falar nos tecidos que acabavam de chegar das Indias; linho com quadrados de Madras, algodtio estampado de Mazulipatam, percal de Pondichery 0 tecido da mobilia dependia muitas vezes dos caprichos da moda. 1é a favorita de Luis XIV, trocava quatro vezes por ano de mobili, diziam os jornais da época. Este hdbito foi seguido no somente pela corte, mas também nas casas dos burgueses das cidades e nos castelos, Como a nocdo de conjunto estava definitivamente adotada, cadeiras, estofados, leitos, paredes, biombos ¢ cortinas - simétricos e aos pares - eram todos guarnecidos com 0 mesmo tecido. Em seguida, segundo as estagSes do ano, trocava-se 0 veludo de li do inverno pelo tafets no vera. Roots ieee Teeetacem : zeal eT Historia do Jacquard Joseph Marie Jacquard Durante 0 século XVIll, os teceldes de seda franceses testaram métados para guiar seus teares por meio de fitas perfuradas, cartes perfurados ou tambores de madeira. Nos trés sistemas, a presenca ou auséncia de orificios criava padrées no tecido por meio do controle da maneira pela qual os fios eram levantados ou abaixados. Em 1804, Joseph Marie Jacquard construiu um tear inteiramente automatizado, que ppodia fazer desenhos muito complicados. Esse tear era programado por uma série de cartdes perfurados, cada um deles controlando um nico movimento da lancadeira. Curiosamente, ele era de um ramo que no tinha nada a ver com numeros e calculadoras: a tecelagem. Filho de teceldes - e, ele mesmo, um aprendiz téxtil desde (0s dez anos de idade - , Jacquard sentiu-se incomodado com a monétona tarefa que Ihe fora confiada na adolescéncia: alimentar os teares com novelos de linhas coloridas ppara formar os desenhos no pano que estava sendo fiado. Como toda a operacéo era manual, a tarefa de Jacquard era interminavel: a cada segundo, ele tinha que mudar 0 novelo, seguindo as determminagdes do contratante. Com 0 tempo, Jacquard foi percebendo que as mudancas eram sempre sequenciais. € inventou um processo simples: cartées perfurados, onde 0 contratante poderia registrar, ponto a ponto, a receita para a confecrao de um tecido. Tecendo a historia Os tecidos definem as civilzagBes tanto quanto a arquitetura, a religido e a lingua. Desde tempos mais remotos, os homens julgavam seus companheiros pelo modo como eles se vestiam e décoravam a casa. No século IV, era do Império Romano, somente o Imperador podia se vestir de purpura, e qualquer tentativa de reproduco da cor era considerada tum crime capital. Nos reinos da Arica, um fio essencial foi composto de fibras extraidas da palmeira rafia. Em meados do século XVII, a producio de tecidos de réfia se tornou efetivamente um dos negocios mais rentavels da época e aqueles reinos que tinham 0 controle da tecelagem acumularam verdadeiras fortunas. Os tecidos chegavam a ser mais disputados que o| gado e 0 ouro Cinco mil anos atrés, a grande civilizagio de Indus no Mohenjo-dara habitavam em uma cidade de 50.000 pessoas. La existiam oleiros, artesdos, ferreiros e teceldes. Estes foram os precursores da industria téxtil indiana, Eles jé tinham descoberto © milagre do indigo, 0 qual posteriormente foi tomado pela Europa. A procura pela cor tem sido eterna, Aristételes escreveu “On colours”. Alquimistas medievals devotaram suas vidas na questo das cores, assim como nas procuras pelo ouro. Atualmente, é dificil de entender como antes da revolucéo quimica do século XIX, as cores eram t&o dificels de serem capturadas e recreadas em corantes e tintas. Na verdade, a produgdo de corantes era extremamente complicada e cara. (© azul marinho era extraido do Lapis lazuli. O vermelho era caro como o ouro. Artistas renascentistas podiam estipular ‘no contrato com os patrdes as cores exatas a serem utilizadas. Portanto, ndo ¢ exagero nenhum dizer que as indistrias txt e de corantes mudaram o curso da histéria. Em 1600 a.C (05 Fenicios dizimaram a raga Crete por estes terem perseguido 0 segredo dos corantes extraidos de peles. A rota da sseda, provida da China, atingiu 4.000 mithas do Xian até o deserto de Takla Malkan e as montanhas Pamir. Na Inglaterra, ‘a Revolugio Industrial foi conduzida pelos fabricantes téxtels, os quais foram largamente responsdvels pela supremacia ‘econémica britanica no século XIX Hoje nés desfrutamos do facil acesso de centenas de tecidos nas mais variadas cores. irr (Os assentos eram quadrados com revestimento removivel. Quanto mais a no¢do de conforto instalava-se, mais o tecido tinha um papel funcional. No século XVIll, 0 sofa teve seu apogeu gracas & variago de novas formas de assentos e vinha juntar-se as “bergéres”, “cabriolets” e ds “marquesas”, criadas para proporcionar um maior relaxamento, largamente acolchoados por uma considerdvel quantidade de almofadas. Eram colocados ao longo da parede e dispostos conforme as converses. A sala de jantar nao exist, colocava-se a mesa onde se estivesse. Foi quando surglu 0 interesse pelos biombos, que davam lum pouco mais de intimidade ao ambiente. Enfim, foi indiretamente com Maria Antonieta, entéo princesa, que o criador do enxoval determinava qual seria 0 destino de cada tecido, iniciando-se al a distin¢do entre os tecidos de vestuario e confeccao. Sobre as paredes do salio, o tecido cedeu lugar 20s lambris, s madeiras pintadas, mas, 0 tapeceiro recuperou-se na saleta ou no quarto. As tapecarias de parede combinavam com as cortinas. Em telas de algodao (estampadas em Jouy, por exemplo) ou em seda, tafetd, pekin, siamesa.. (eram os nomes dos tecidos da época). Porém, esta avalanche de materiais acaba com 0 tempo, dando lugar a0 algodo grosso. A atividade comercial © Industrial da Franca, concentrava-se sobre a guerra e ndo sobre extravagancias. Foi preciso aguardar o final do Primeiro Império, para com uma nova hierarquia social, o tecido retomar sua importéncia, A indiistrias de seda podiam alegrar-se das pretenses e da xenofobia de Napoledo, porque se o Imperador, por medida econémica, baniu 0 emprego de franjas e de “pingentes” (acessérios julgados iniiteis), por outro lado, encomendava para seus palicios: 0 brocado, o damasco, a seda, No melo do século XIX, a indistria txtil bateu seu recorde de produgio, com a diminuigao dos pregos de revenda. Ea apoteose do gosto burgués. Jamais 0 papel do tapeceiro (que comega a chamar-se decorador) teve tanta importancia como no segundo Império, Cobriu-se a mobilia,lareiras, corrimbes de escada, espelhos, pianos e cavaletes, vestia-se tudo. Como respirar? Nenhum periodo conheceu esta superabundancia de estofados: 0 conforto da namoradeira, 0 confidente com trés lugares, 0 sofé para fumar, o puff que ocupava 0 meio da sala. A época tinha horror ao vazio. Os tecidos eram pesados [veludos grossos e gorgorio) e os coloridos eram cansativos, ‘A corte nio dava mais o tom. A criagao tornou-se inexistente. Tinha-se nostalgia do pasado. O que se encontrava nas ‘casas dos ricos financistas do século XIX? Uma doce mistura da Renascenga e do século XVIII, que chamou-se estilo Rothschild, A originalidade e as idélas pareciam esgotadas. Até que ressurgem com o movimento ART NOUVEAU, em. 1895. Podemos citar também 0 ART DECO, que deu grande impulso principalmente ao papel de parede com desenhos de linhas mais retas, geométricas e com cores fortes; surgiu no periodo entre guerras (1918-39), coexistiu com a “Era da maquina" e como consequéncia a BAUHAUS, escola de arte na Alemanha, de onde surgiram os grandes arquitetos e designers da era moderna (Le Corbusier, Frank Lloyd Wright, Mies van der Rohe, etc) Com a grande industrializa¢ao do pés-guerra, todos comecaram a ter acesso ao tecido para decorac3o. Hoje em dia ndo se pensa numa sala sem se imaginar 30 menos um mével estofado. 2. Tipos de fibras Como na quimica, onde tudo comeca pelo dtomo, na drea téxtil tudo se inicia pela fibra. No nosso di Jacquard construlu um tear automético, capaz de ler 0s cartes e executar as, ‘operagdes na sequéncia programada. A primeira demonstracdo pratica do sistema aconteceu na virada do século 19, em 1801. Os mesmos cartées perfurados de Jacquard, que mudaram a rotina da industria téxti, teriam, poucos anos depois, uma decisiva influéncia no ramo da computacdo. E, praticamente sem alteragdes, continuam a ser aplicados ainda hoje: foram eles, 0s famigerados “punching cards, que causaram toda aquela confusio na Flérida, na eleicio para presidente dos Estados Unidos em 2000. dia observamos propriedades que influem na qualidade e durabilidade do produto, como, por exemplo, 0 aspecto, que fica muito afetado pelo desgaste, pelo desbotamento, pela formacio de bolinhas de fibras etc. O tipo de fibra é um dos fatores ‘que podem implicar nessas qualidades descritas. Ha fibras que so étimas para cortinas, mas em estofados ndo so durdveis ou confortaveis, Existem fibras que so étimas para estofados, porém néo s8o adequadas para cortinas. Exister 3 classificagées para fibras téxteis: naturals, artificiais e sintéticas. 2.1 Fibras Naturais Sfo fibras extraidas da prépria natureza que podem ser de origem vegetal ou animal. 2.1.1 Origem Vegetal Algodao: tem origem na penugem filamentosa, fina e sedosa que envolve as sementes do algodoeiro. Séo fibras de alta absorgio de umidade. Produz um tecido macio e absorvente, aceita muito bem os tingimentos e tratamentos especiais, E resistente, durdvel, pouco aderente a sujeira e muito confortavel para uso geral 0 algodio divide-se comercialmente em algoddo de fibra larga ou longa, este ultimo é reservado para tecidos de qualidade superior. Linho: fibra extraida da sua rama que se caracteriza pela resisténcia, durabilidade, elasticidade, finura e brilho. O vverdadeiro linho amassa facil por ser de fibra natural. E um tecido fresco e muito confortavel, por isso é muito usado em roupas, toalhas de mesa e cortinas Rami: planta tropical semelhante ao linho. Sua fibra 4 macia, sélida endo apodrece, Juta: ene e arente pobre do linho. Sua fibra é gordurosa, reta e de tato um pouco grosselro, quando colorida, tem grande tendéncia a diminuir sua intensidade. 2.1.2 Origem Animal Seda: substancia filamentosa segregada pela larva do chamado bicho-da-seda da amoreira. Ele se alimenta das folhas dda amoreira e fia 0 casulo antes de se transformar em borboleta. O processo de coleta & complicado, por isso a seda é cara, Aparece com acabamento suave ou ristico, e por ser fibra natural também é muito resistente. élo que reveste o corpo de alguns animais, especialmente carneiros e ovelhas. Sua fibra é ondulada, de grande elasticidade, e quanto mais longas, melhor seré a sua qualidade: outro fator que determina a qualidade é a raca do animal. Conhecida por seu calor, ndo é inflamével. Normalmente & misturada com fibras artificiais, Famosa por seu brilho, recebe bem os tingimentos de cores fortes. ‘Mohair: IS recolhida da cabra angord da Turquia na época da muda. Esta fibra tem um aspecto ondulado e brilhante {que dé claridade, varios tons coloridos e é por isso que ¢ empregada para fazer veludos. 2.2 Fibras Artificiais ‘So fibras em que a matéria-prima é a celulose reconstituida através de reages quimicas, Tem como caracteristicas, 2 alta resisténcia luz e a grande absor¢do de umidade. Sao elas: Rayon: primeira fibra sintética produzida, que vem da celulose das plantas. Seus fios so continuos com aspecto brilhante, de toque frio e escorregadio. Dentre as fibras artificiais, € a que mais se aproxima do algodio e da seda, e dependendo da construgio, dé dtimo caimento e acabamento parecendo linho. Fibranne: sua matéria-prima é a celulose extraida da pasta da madeira. Seus fios s3o descontinuos Ihe dando aspecto cde maciez através do toque. Apresenta penugens, é facil de ser tingido, proporcionando cores vivas e finas. £ bem resistente & luz Viscose: fios descontinuos com aspecto de macier, apresenta penugens e é facil de ser tingido. Proporciona cores vivas. 2.3 Fibras Sintéticas ‘So fibras obtidas a partir de produtos quimicos, extraidos de petréleo ou carvao, e tem como caracteristicas a grande resisténcia a luz solar e pequena absoreSo de umidade. Séo elas: Arico: fibra em que as cores podem ser muito vivas e os tecidos obtidos so leves, macios e ceis de lavar (ex: Dralon). Tem tendéncia a embolotar, espalhando uma eletricidade elevada e atraem poeira rapidamente. Normalmente substitu a [8 ou aparece misturada a ela. E quente e resistente. Poliéster: fibra de polimero, sintética, forte e resistente. N3o encolhe, deforma ou amassa. £ eléstica e seca rapidamente. Ndo € to confortavel como as fibras naturais, pois o poliéster retém calor. Pode aparecer misturado a0 algodo ou seda. Hoje, com a microfibra,o fio ultrafino, os tecidos produzidos so iguais ou melhores que os naturais, no que se refere a toque e conforto. Poliamida: fibra muito leve, resistente, no amassa; é eldstica e seca rapidamente. Insensivel a0 corpo gorduroso e & umidade, nao apodrece. ‘Nylon: fibra muito resistente, com tima elasticidade e forca, o que o tornam ideal para forracao. Polipropileno: fibra de alta resisténcia bacteriolégica, ndo sendo atacada por mofos e bolores; secam rapidamente e tem elevada resisténcia ao desgaste permitindo longa durabilidade. 3. Fibras e fios: qual a relagdo? A parti das fibras, pelos varios processos de fia¢do, obtemos os fios que, por sua vez, gerardo o tecido. Comparando & quimica novamente,fibras si0 0s étomos e os fis, as moléculas. ‘SSo varios tipos de fios que apresentam propriedades diferentes, que resultam em aspectos que valorizam o tecido. A seguir apresentamos varios fios, porém quando combinamos efeitos, fibras e cores. Uma infinidade de tipos de fios podem surgir, oferecendo novas texturas aos tecidos. Chenille - E um fio macio, podendo ser de algodio, linho, seda, viscose ou poliéster. Usado na composicio de outros tecidos como tramados, isos, jacquards, volls e outros. Mas quando o tecido é feito exclusivamente do fio leva o mesmo nome. 4. Tecelagem e Classificacgao das superficies Téxteis ‘través do agrupamento de fibras ou do entrelacamento dos fios promove-se a construcéo do tecido. Esses éentrelacamentos ou ligamentos dos fios formam suas caracteristicas especificas para diversas aplicagbes. 4.1 TIPOS DE LIGAMENTO 41a TeAouTafetd € © mais simples. A trama do ligamento tela cruza o urdume passando um fio por cima e um fio por baixo, sucessivamente. Na volta, 0 urdume que estava por cima, fica por baixo. Quanto mais grosso foro fio e quanto mais préximas estiverem as carrelras, mais firme serd o material EXEMPLOS: Voil, Organdi, Percal, Lona, Gorgurao, Popeline, Gaze, Cambraia, sio alguns tecidos com essa construgio 41.2 SARIA ‘Termo designa uma montagem de tear. Os tecidos sarjados so reconhecidos por seu avesso diagonal (da esquerda para direita). O brim, a lonita, a lona e a sarja formam o grupo dos panamds. O brim vai bem em capas. J8 a lonita ea Jona, mais leves e risticas, sfo revestimentos resistentes para estofados, Uso: Indicado para sofés, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama, almofadas, xale, cortina, colchas. 4.1.3 CETIM Tecido conhecido por seu brilho, que na sua origem era de seda pura, e que hoje pode ser composto, além da seda, por poliéster, viscose ou algodo, cada um com um brilho e textura prépria.O brilho do cetim empresta requinte a casa, ery 4.2 CLASSIFICACAO 4.2.1 — TECIDOS PLANOS Sao resultantes do entrelacamento de dois conjuntos de fios que se cruzam em angulo reto (horizontais e verticais). Os fios dispostos no sentido horizontal so chamados de fios de "trama" e os fios dispostos no sentido vertical de fios de “urdume". Dividem-se em categorias basicas: © uso Apresenta aspecto uniforme, sem qualquer estampa. Ligamento de tafeté, sarja ou cetim. Exemplos: Cambraia, cetim, crepe, gaze, veludo © Maquineraoo Tem aspecto mais fantasioso, que pode ser obtido pela trama de fios ou por tratamento de acabamento. Exemplos: xadrez, lstrado, barrado, shantung, © Jacavaro 0 efeito decorativo é produzido por meio da tecelagem, nesta técnica varios tipos de fio, em cores diferentes combinam-se no tear para formar desenhos e tramas em relevo. O tear de jacquard consegue comandar de forma independente cerca de 1200 fios, o que gera uma variedade incrivel de composigdes. Para diferencid-lo do estampado, lhe o avesso: s6 no jacquard hé o negativo do desenho. © estampapos Tecido que na fase do acabamento recebe a aplicaco de desenhos e cores. Embora possa se estampar até jacquards, a maioria dos estampados sao ratiers 100% algodo ou mistos de algodio ‘com outras fibras. Bem dosados, dio personalidade ao ambiente quando usados em poltronas, almofadas, cortinas sofés. Uso: Indicado para sofés, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama, almofadas, cortinas, colchas e forrago de parede. Dicas: Ao escolher um tecido estampado, sempre tenha em mente o uso. Ex: para estofar um assento de cadeira ‘medindo 50x50cm o rapport do tecido (repeticao do desenho) tem que ser igual ou menor ao tamanho do assento.Vale lembrar que para um sofé ou cortina, o tapeceiro precisa casar a estampa. Todos estes detalhes so necessarios para ‘quantificar a metragem do tecido. 42.2. TECIDOS DE MALHA ‘A malha no resulta de um trabalho de tecelagem no qual os fios se cruzam, mas surge do entrelacamento de lacadas de um ou mais ios. Exemplo: tricot, renda etc. . 2.3. TECIDOS DELACADA Associagdo entre o processo de entrelagamento da malha e a tecelagem comum. Exemplo:bordadas, redes, giro inglés etc Camurga sintética - Tecido de alta tecnologia, numa técnica conhecida por “non woven", Isto é no tecido, é produzida a partir de micro fibras sintéticas, como poliéster ou poliuretano. Imita o toque da camurca natural, sendo mais macia, de facil conservagao e limpeza e com aproveitamento total na largura, ao contrério dos couros naturais. Uso: Muito indicada para sofés, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama ¢ almofadas, é muito pratica ¢ permite uma facil manutengso, Cetim — Tecido conhecido por seu brilho, que na sua origem era de seda pura, e que hoje pode ser composto, além da seda, por poliéster, viscose ‘ou algodio, cada um com um brilho e textura prépria.O brilho do cetim empresta requinte a casa. Uso: Indicado para estofamentos leves, como cadeiras, cabeceiras de cama, banquetas, almofadas , xales, cortinas e colchas. Dicas: Quando usado em estofamentos, mande sempre coenizar. Chamalote ou Moiré — tecido em que 0 processo de acabamento consiste na prensa do tecido (gorgordo) entre dois cilindros quentes, obtendo-se efeito de ondas cintilantes. Este efeito desaparece 20 contato com a agua. Chenille -€ um fio macio, podendo ser de algodao, tinho, seda, viscose ou poliéster. Usado na composi¢do de outros tecidos como tramados, lisos, jacquards, voils e outros. Mas quando o tecido é feito exclusivamente do fio leva 0 mesmo nome. Uso: Indicado para sofas, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama, almofadas e até mesmo xales e colchas. Dicas: Existem chenilles leves e pesadas, quando 0 uso for para colchas, vales por exemplo é sempre bom optar pelos mais eves, para um melhor B caimento, 4.2.4 TECIDOS ESPECIAIS Apresentam estrutura mista de tecidos comuns ou malhas e os ndo tecidos. Também inclui os tecidos que no ‘acabamento receberam aplicacées de solugbes especificas. Exemplo: laminados, emborrachados, recobertos, dublados 42.5 NO WOVEN - NAO TECIDOS S80 obtidos sem 0 uso de tear. Provem de elementos fibrosos compactados por meio mecanico, fisico ou quimico. Exemplos: resinados, fusionados, spunlaced etc 5. Glossario téxtil, motivos e padrées. Peete ohiases rrr Brim ou sarja - termo designa uma montagem de tear. Os tecidos sarjados sto reconhecidos por seu avesso diagonal (da esquerda para direita). 0 brim, a lonita, alona e a sarja formam o grupo dos panamis. brim vai bem em capas. é a lonita e a lona, mais leves e risticas, so revestimentos resistentes para estofados, Uso: Indicado para sofas, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama, almofadas, xale, cortina, colchas e forracao de parede. Dicas: Para capas de sofas de preferéncias para tecidos pré lavados, pois o algodio tende a encolher. Cashmere - Feche a mio e repare no desenho descrito pelo dedo minimo dobrado sobre a palma. Vocé est vendo uma das possiveis verses para a origem desta estampa. Segundo ela, os habitantes de Cashmere, na india, valiam-se da mo fechada para carimbar as calxas de especiarias, usada como uma marca digital. Sabe-se que os ingleses © estilizaram na estamparia de gravatas. Entéo, vieram as roupas, as colchas, as almofadas...0 exdtico. Lembrangas de viagens a paises longinquos. Curioso. Cenas de civilizacdes diferentes. Estampa de animais Jacquard patchwork, desenhos orientais. Diferentes texturas. Convida a0 toque. E surpreende com as possibilidades. 7 Couro Natural ~ 0 couro proporciona muito conforto e durabilidade, B Algumas cicatrizes como: picadas de insetos, rugas no so considerados defeitos e sim eventuais caracteristicas do couro. A sua venda é medida por m2 da pega. Uma pega de couro tem aproximadamente 5 mts ‘quadrados sem considerar as perdas. Uso: Indicado para sofis, poltronas, cadeiras, pufes, cabecelras de cama, forracdo de parede © almofadas. Dicas: Couros so mantidos facilmente sem a necessidade de ceras ou conservantes, Em caso de liquidos derramados sobre 0 couro, imediatamente limpe com um pano branco e macio sem esfregar ou friccionar. Se precisar, umedeca o pano com agua destilada e deixe secar rnaturalmente. Para manter o couro macio e sem desbotar ou ressecar, proteja-o dos raios do sol Couro sintético -£ste tipo de couro tem em sua composicio fibras sintéticas como: poliéster, nylon, poliuretano. Com 0 avango da tecnologia este tipo de couro evoluiu muito nos tikimos anos ea procura por este tipo de artigo € muito grande. Em especifico o poliuretano proporciona maior conforta térmica e com isto elimina a sensacao desagradavel de grudar no corpo que alguns cours sintéticos podem transmitir. Uma grande diferenga entre o couro natural eo sintético ¢a forma de compra, pois ele tem largura padrdo de 1.40 mts como todos fs outros tecidos @ as suas cores seguem um padrao regular. Uso: Indicado para sofas, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama e almofadas. Dicas: Os couros sintéticos, permitem uma facil manutenglo. Em caso de liquidos e alimentos derramados, limpe rapidamente com um pano mido sabso neutro. Damasco - Exibe temas tradicionais medalhdes e flores ¢ alterna partes ©) brithantes e opacas, Comparado ao gobelin, é mais leve, usa menos cores e forma desenhos ton sur ton. 0 termo adamascado é empregado ‘tanto como sindnimo como para se referir a qualquer tecido que alterne britho e opacidade, Uso: Indicado para colchas, sofas, cortinas, almofadas e forragao de parede, dependendo da composicio do tecido. Pity Estampado - Embora possa se estampar até jacquards, a maioria dos estampados so ratiers 100% algodo ou mistos de algodo com outras fibras. Bem dosados, dao personalidade ao ambiente quando usados em poltronas, almofadas, cortinas e sofés. Dicas: Ao escolher um tecido estampado, sempre tenha em mente 0 so. Ex: para estofar um assento de cadeira medindo 50x50cm o rapport do tecido (repeticao do desenha} tem que ser igual ou menor a0 tamanho do assento.Vale lembrar que para um sofa ou cortina, 0 tapeceiro precisa casar a estampa. Todos estes detalhes s8o necessarios para quantificar a metragem do tecido. Etnicos ~ 0 ar exético. Lembrangas de viagens paises longinquos. Cenas de civiizagées diferentes. Estampa de animais, patchwork, ddesenhos orientais, Diferentes texturas Florals - As classicas rosas. Grandes, abertas, em boto ou arrumadas fem buqué. As vezes misturadas a frutas vigosas. Um clissico eternamente reeditado. Aquele irresistivel toque romantico, apaixonantes. Ousam fugir das cores formais se arvorando em novos degradés. Geométrico - So tecidos mais especificos, apresentando formas geométricas, quadrados, circulos, retangulos, etc. Gobelin -Tecido classico, jacquard encorpado, extremamente batido {(chama-se batida cada ver que um fio de trama é incorporado ao tecido, amarrando 0s fios de urdume). Quanto mais finos e juntos os fios mais nitidez nos desenhos, geralmente clissicos medalhdes, cenas de corridas de cavalos, folhagens e flores. Uso: Indicado para sofas, poltronas, cadeiras, pues, cabeceiras de cama, almofadas, cortinas, colehas. Gorgorio — tecido de aparéncia rica, liso e canelado (alterna o brilhante © 0 fosco). Originalmente feito de seda, hoje pode se apresentar em diversas composigles. Pode ser apresentado de varias formas, rmisturado com outros fios ou variando a espessura da listra, Uso: Indicado para sofas, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama, almofadas, colchas. Jacquard ~ técnica em que varios tipos de fio, em cores diferentes combinam-se no tear para formar desenhos e tramas em relevo, O tear de jacquard consegue comandar de forma independente cerca de 1200 fios, o que gera uma variedade incrivel de composicées, Para diferenci lo do estampado, lhe o avesso: s6 no jacquard ha 0 negativo do desenho, Uso: Indicado para sofés, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama, almofadas, xale, colchas, Lstrados -Com muitas possibilidades de composigio, os listrados Viraram basicos. Nem por isso so comportados. Brincam com textura, combinacdes de cores e outras ousadias, como o listrado adamascado, propondo novas linhas que acompanham as tendéncias. Por isso esto fem todas as colegoes. een ro Maritimo - Barcos, peixes, pedras. Estas sao as figuras que geralmente 05 tecidos maritimos apresentam, $30 para ambientes mais descontraidos e geralmente sua composigao é especial para resistencia a0 sol, Sgua e umidade. Matelassé - Ainda no grupo dos jacquards, o matelassé apresenta partes acolchoadas, formadas de duas camadas de tecidos feitas com duas méquinas. Uso: Indicado para sofas, poltronas, cadeiras, pufes, cabeceiras de cama, almofadas, colchas. f Ristico - tecido felto geralmente de fibras naturais , com fios irregulares, de aparéncia fosca e ristica, como as de teares manuais. Normaimente sao tecidos grossos e de grande resistencia Uso: Indicado para sofés, poltronas, cadeiras, putes, cabeceiras de cama, almofadas, colchas. Seda - Substancia filamentosa segregada pela larva do chamado bicho dda seda da amoreira. O bicho da seda se alimenta das folhas da amoreira e fia o casulo antes de se metamorfasear borboleta. O processo de coleta & complicado, por isso a seda é freqiientemente cara. Ela aparece com acabamento suave ou rtistico e por ser fibra natural também é muito resistente. Uso: Indicado para sofas, poltronas, cadeiras, putes, cabeceiras de cama _ rales, cortinas e forracio de parede. Dicas: Para estofamentos e cabecelras de cama ela deve ser dublada para no esgarcar ou abrir nas costuras, Para cortinas ela deve ter forro, pois 0 sol pode esfarelar a seda por completo. Lembre-se liquidos € alimentos no podem ser removidos da seda, Para remover a pgeira acumulada retire a cortina e mande para a lavanderia especializada para uuma lavagem a seco. Shantung - Caracteriza-se por ter um lado opaco e outra brilhante, mas mais leve que o cetim. Pode ser formado de diferentes fibras (naturals, attficiais e sintéticas) e costuma apresentar alguns fios irregulares em relevo. O shantung pode ser liso, listrado ou estampado. Uso: Indicado para sofés, poltronas, cadeiras, pufes, almofadas, cabeceiras de cama, xales, cortinas, Dicas: Para shantung de sedas, todo cuidado fundamental. Toile De Jouy - No século XVIII, quando a Maison Oberkampf comecou a produzir seus tecidos de algodio com personagens inspirados na Iiteratura e na arte da época, eles jé no eram novidade no resto da Europa, Mas a fabrica instalada na cidade francesa de Jouy-en-Josas superou a todos em qualidade. E 0 tecido passou para a histéria como toile de jouy (tela de jouy), ganhando novas cores. Os primeitos tinham tons terrosos, Tramado - Geralmente so tecidos geométricos como xadrezes listrados feitos no tear de ratier. Bastante usados em combinagdes, pols ceasam tanto com lisos como com estampados. Pode haver cor na trama ou no urdume. Uso: Indicado para: Sofés, poltronas, cadeiras, pufes, almofadas, cabeceiras de cama, almofadas, xales, cortinas e forracio de parede. Dicas: Use sempre tramados leves para a confecyo de colchas, cortinas exales, Veludo -Construido duplo e depois cortado ao meio {horizontalmente}, o veludo ¢ repleto de fios curtinhos, o que the dé o caracteristico toque ‘macio. Pode ser de seda, linho, poliéster ou algodao. Veludo Cotelé - A variacao mais conhecida do veludo, o cotelé é badalado tanto na moda como na decoragao. Caracteriza-se pelaslistras, em relevo. Veludo Flame -Flamé é um tipo de fio com imperfeigées em alguns trechos. Costuma ser usado no veludo, eriando riscos irregulares, e dando-Ihe um bonito e valorizado aspecto envelhecido, mas também ‘compe outros tecidos. Uso: Indicado para sofas, cadelras, poltronas, putes, cabeceiras de cima, almofadas, xales e forragao de parede. Prersiten) Dicas: € aconselhavel a aplicagio de teflon em qualquer tipo de veludo, Para xales de cortinas e colchas optar sempre por veludos mais leves para methor caimento, Voit - Levissimo, é a maior aposta de quem gosta de transparéncia em cortinas. Quando feito apenas de poliéster , pode ser lavado sem sofrer enhuma alteragao. Hoje em dia a tecnologia permitiu a criacio de novos € bonitos modelos que combinam o voil a autras fibras, como 0 rami, a juta e outras filbras naturais. Uso: Cortinas, xales e almofadas. Dicas: Existem varios tipos de voll, de poliéster, de seda, pode ser liso, estampado, amassadinho e colorido. Sempre prefira os de poliéster, a manutencio muito mais pratica, ele pode ser lavado em casa sem enhuma restrigio. Xadrez Burberry - Em 1856, 0 ex-aprendiz de tapeceiro inglés Thomas Burberry abriu um empério de roupas na Inglaterra. Inventou a gabardina (tecido leve, de 18 ou fibra sintética, cujo fio era impermeabilizado antes de ser costurado, ideal para o clima chuvoso do pais), e confeccionou capas de chuva para militares e aventureiros, os populares trench coats, que mals tarde detxariam as trincheiras e se tornariam tendéncia de moda. O logotipo da Burberry estampava os uniformes dos oficiais britanicos, feitos sob encomenda para 0 departamento de Guerra. A marca, entretanto, é conhecida pela Inconfundivel estampa xadrez, criada em 1924 como forro para capas de chuva. 0 "xadrez Burberry" é hole, literalmente, marca registrada Xadrez Vichy - Quem jé fez 20 menos um piquinique sabe o que é esse padro: o xadre pequeno {mas no mitido), que intercala o branco com luma Segunda cor, sempre um tom pastel. Batizado com 0 nome da cidade francesa, onde Surgiu o vichy, conhecido desde 0 século XIX, conquistou notoriedade extra no final dos anos 50, quando a atriz Brigitte Bardot surgiy a bordo de um exuberante vestido com esse padrdo, arrematado por um babadiaho. V) wy V) My ( Xadrez Pied-De-Poule - 0 desenho, quadradinhos feitos de los cruzados, lembra as marcas deixadas no cho pela pisada da galinha, Criado na Franca para a roupa urbana, 0 pied-de-poule era sempre de 1, em duas cores. 0 mesmo desenho, um pouco maior, foi batizado pied-de-cog, Hoje, ainda é tramado no tear, mas nem sempre de 15, Também é imitado na estamparia tradicional Xadrez Principe de Gales - € inspirado em uma moda lancada por Eduardo Vil, quando Principe do Pais de Gales. Variedade de xadrez, com construgio sarja ou tafetd, cuja distribuigo das cores no urdume e trama procede de dados precisos. Xadrez Argyle - Estampa tipica de roupas escocesas, é composta por listras e losangos coloridos. Esse padrao aparece em tricés ~feitos & mo ‘ou & maquina ~ e em tecidos como Id e algodao. O desenho também pode ser obtido por meio de estamparia. Xadrez Tartan - A famosa saia dos escoceses, que empresta o nome a0 tecido. Para cada familia de estirpe nobre do norte das thas Britanicas, era criado um padrio de listras verticals e horizontals formando quadros. © modo como elas se cruzavam e as cores empregadas correspondiam a cada cla. As familias nobres da Gra Bretanha ainda mantém seus tartans, também conhecidos como xadrezes escoceses e usados por plebeus de todo o mundo sem a maior cerim6nia, cry Tecidos High tech Cada vez é mais importante a alta tecnologia nos fios. Nunca os fios sintéticos foram tao pesquisados e valorizados. Antes fios sintéticos eram vistos com desconfianga, como tecido inferiag, mas hoje com a vinda das microfibras, usadas 1a estruturas dos tecidos junto com fios de seda, algodo ou linho, em construgdes de damasco ou jacquard, com toque {Go macios e naturals, com a vantagem de serem mais durdveis e 0 colorido mais firme e intenso do que somente com fibras naturais, AAlém disso, novas fibras vem sendo criadas com acabamentos anti fungos, ant alérgicos, termodinamicos (que mudam de cor com 0 calor), fios de LED ou fibras dticas, tecidos que acendem, ou brilham no escuro ,tecidos feltos de polimeros transparentes em extrusdo. Imagine um tecido feito como fios de vidro transparente...1 Ha também os iridescentes, fios com brilho que do sutis refragdes de luz nos tecidos, Estes sdo alguns exemplos das muitas novas fibras que estdo sendo criadas atualmente. ido efeitos magicos, etéreos. 7. Tipos de acabamentos Ainda quanto a denominacao de tecidos, por acabamento, temos: ‘© Al(Airo}: acabamento aplicado ao linho que quebra a fibra e confere maciez e aspecto desgastado, ‘© Aquaclean®: acabamento que envolve cada fibra do tecido com uma camada hidro-repelente molecular impedindo a absor¢io de manchas. Qualquer mancha pode ser removida com agua. © Anti-chama: Tratamento quimico para evitar a propagagao de chamas. © melhor acabamento anti chama é 0 aplicado no fio TREVIRA®. ‘© Anti mancha: Tratamento que protege o tecido de residuos que podem causar manchas e aspecto de sujo. tecido pode ser lavado em maquina doméstica e o acabamento se mantém por até 50 ciclos de lavagem. ‘© Backing/Dublado/Coenizado: Forro aplicado a calor para estruturar alguns tecidos leves como a seda. ‘+ Chamalote: Processo de gravacdo que consiste na prensa de um tipo de tecido, como 0 gorgordo, entre dois lindros quentes, obtendo-se efeito de textura. Este efeito desaparece ao contato com a Agua, ‘© Chintz: Aplicago de uma resina, através de um cilindro quente, que da brilho e aumenta a vivacidade das cores lisas ou estampadas no algodao ou linho. Apés varias lavagens,o lustro vai desaparecendo, Muito popular nos ‘anos 80 nos estampados em geral, principalmente os bouquets florais ‘© Devorée/ Burn out: Neste tecido, que deve ter uma base sintética, é aplicado um quadro ou cilindro, aonde o fundo do desenho é corroido por um acido especial, que nao elimina a base de poliéster. Assim o desenho & formado pelo contraste entre os fios originais, que pode ser um veludo por exemplo, e 0 fundo que surge. Geralmente usado em cortinas. ‘+ Embossed/Prensado/Gofrée: 0 tecido “gofrée” possuil desenhos em relevo, sem cor, sé com efeito “ton sur ton” . Este efeito é adquirido quando se prensa o tecido entre dois cilindros metalicos quentes, gravados nos ‘mais variados desenhos. Pode ser aplicado sobre varias bases como linho, veludo, gorgorao. ‘© Emborrachado: € a aplicago de uma resina sintética, que torna o tecido impermedvel, resistente a Sgua, mas ‘no a prova d’agua e com toque emborrachado. O acabamento pode ser fosco ou brilhante. O tempo de vida Util depende da maneira com que ¢ limpo e conservado. ‘* Fiprotec Ultra: hidrorepelente, possui garantia de 1 ano para desbotamento & luz do sol, mofo e poluigio. Essa garantia € exclusiva ao produto e no se estende a fatores como: confeccdo, instalagio, entre outros. FW ou amassado francés: acabamento aplicado ao linho e algodo que pré-encolhe a fibra e traz aspecto de leve amassado. Ainda pode ocorrer um encolhimento de até 5% na segunda lavagem do tecido. ‘© Repelente & agua: existem varios tratamentos disponiveis para tornar um tecido repelente 8 agua. Nenhum torna o tecido completamente impermedvel e exposicao prolongada pode levar a uma ruptura da camada protetora. Existem varios graus de repeléncia que variam de acordo com 0 uso do tecido. ‘© Sanforizado: acabamento de pré-encolhimento mecénico. Todo tecido sanforizado deve apresentar taxa de encolhimento inferior a 1%. '* Soft Touch: acabamento que amacia o tecido e pré encolhe afibra. # Soft Plus: acabamento que lhe confere lisura e maciez. * Teflon/ scotchgard®: ¢ aplicagao de uma substancia quimica no tecido formando uma camada hidrorepelente € invisivel, impedindo a penetrag3o de liquidos. Facilita a limpeza e conservagao do tecido, aumentando sua durabilidade. © Trevi Fio especial que recebe tratamento quimico ainda na fibra para evitar @ propagacdo de chamas. ‘© Vinil: € aplicada uma camada de vinil ao tecido acabado. As manchas podem ser limpas com um pano limpo, detergente neutro e agua. 0 vinil fornece protecdo duradoura. Nao faz 0 tecido impermedvel e nao deve ser usado ao ar livre ou em areas de alta umidade. Utiizar somente almofadas rigidas no estofamento. ‘+ Washed: pré lavagem do tecido tornando-o macio e com toque mais suave e aspecto desbotado, ehca ANEXOS As AL cA AR : cc oe cH : a au x Ko a a oN 5 co co R Re cs. si cr cr ow ow a a K Ka la la ur ur PA PA Pac Pac. PAM PAM PB Pe POF POF ents ‘SIMBOLOGIA DAS FIBRAS TEXTEIS Gey ‘SIMBOLOGIA DAS FIBRAS TEXTEIS [Elastodieno Policlorotrituoretileno ee Ca FIBRA FE FE |[Polietileno Ps Pes [Poliéster Pe Pe Pst - PUA PUA PE PUE PE PUE Pum Pv [Multipolimero vA | PVA [Vinal Pva+ | PvA+ _|Vinilal Pvc PVC _|[Poli(Cloreto de Vinila) Poli{Cioreto de vinila) vce vce |clorado yD __-PvD_|Poli(Cloreto de vinilideno) 8 su st WA We wi wu wo we ‘S{MBOLOS DE INDICAGAO E USO PARA CATALOGOS DE TECIDOS DE ENCOMENDA @eBobeea > Estofamento td Estofamento salto (Capa) D> i Ze Almofada, Futon, Coleha, Estofoleve (Encosto) fy fd Le OZ Aan as xx wi vc fS Colcha fea = Estofamento Estofamentoleve ‘Amofada, Futton, Clcha, Estofo levee Encosto Corina Anti-chama Hotelana Area externa

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