Considerando a condição insegura lato senso, discorra acerca do mito do
ato inseguro e suas consequências à saúde do trabalhador (15 linhas, no máximo).
Entende-se no senso comum dentro da indústria e, principalmente, por profissionais
desatualizados, o ato inseguro como sendo qualquer ação do executante da tarefa decorrente do seu comportamento desde a não percepção do risco até o improviso de alguma ferramenta, equipamento, o não uso ou adoção de uma medida de controle tal como um EPI, o fato de ignorar uma norma, procedimento, dentre outros. Em síntese, atribui-se ao trabalhador culpa total ou mesmo que parcial por seu acidente.
Tal entendimento incorreto advém de uma percepção falha de origem na teoria de
gênese de acidentes postulada por W.H. Heinrich em 1929, denominada de teoria do dominó que relaciona simplesmente uma cadeia de eventos, facilmente observáveis, que levam simplesmente ao acidente e então trabalha-se na prevenção. Entretanto, toda a tarefa que envolve o elemento humano não é de fácil percepção. A evolução das ciências em vários campos, permitiu-nos observar que há efeitos cumulativos geradores de stress físico e mental e que são causados pelo meio como ruido, calor, frio, posição corporal e que afetam o trabalhador em médio ou longo prazo roubando-lhe a atenção e provocando o acidente.