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UNIDADE III
FMEA
Elaboração
Patricia Duarte
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE III
FMEA........................................................................................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 1
O QUE É FMEA? .............................................................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 2
QUANDO UTILIZAR O FMEA?.................................................................................................................................................... 8
CAPÍTULO 3
COMO APLICAR O FMEA NA GESTÃO DE QUALIDADE?.............................................................................................. 11
CAPÍTULO 4
VANTAGENS DO FMEA.............................................................................................................................................................. 20
CAPÍTULO 5
EXEMPLO DE FMEA.................................................................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................26
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FMEA UNIDADE III
Capítulo 1
O QUE É FMEA?
1.1. Falha
Uma falha ocorre sempre que existe a probabilidade de que algo possa sair errado.
Falhas de Projeto
Falhas das instalações
Problemas em » Máquinas Problemas
materiais e/ou » Equipamentos causados por
informações » Edifícios ações dos clientes
fornecidos à » Acessórios
operação Falhas de pessoal
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UNIDADE III | FMEA
Outro aspecto relevante com relação às falhas é que é uma função do tempo,
o que significa que a probabilidade de algo falhar é diferente ao longo do ciclo
de vida de qualquer coisa. Essa probabilidade é representada por meio de uma
curva, conhecida como “curva da banheira”, que é dividida em três etapas
distintas de acordo com Slack, Chamberse e Johnston (2009, p. 600) de acordo
com a figura 14.
( גt)
Taxa de
Falha
Mortalidade
Infantil Período de vida útil Desgaste
Falhas
Fase de maturidade (taxa de Falhas por Tempo
imediatas
falhas constante) desgaste
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1.2. FMEA
A sigla FMEA significa Failure Mode and Effect Analysis (em português: Análise
do Tipo e Efeito de Falha), que é uma ferramenta para garantir que todas as falhas
potenciais foram consideradas e analisadas e foram propostas ações de melhoria
para eliminar suas possíveis causas e, consequentemente, evitar que as falhas se
tornem uma realidade.
A confiabilidade a cada dia se torna mais importante para os clientes. Uma falha em
um produto, mesmo que prontamente reparada pela assistência técnica e coberta
pela garantia, gera, no mínimo, insatisfação ao cliente por todo o transtorno
causado em virtude de não poder usar o produto por determinado tempo.
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Capítulo 2
QUANDO UTILIZAR O FMEA?
A partir do momento em que o FMEA é aplicado, deve ser efetiva, ou seja, deve ser
mantida atualizada, sendo aplicada em todos os novos equipamentos adquiridos.
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FMEA | UNIDADE III
Antes de utilizar o FMEA para obter sucesso é necessário que o seu responsável
elabore um planejamento conforme a figura 15.
Descrição
dos
objetivos e
abrangência
da análise
Identficação
Elaboração dos
do produtos/proc
cronograma Planejamento essos que
de reuniões serão
analisados
Formação do
grupo de
trabalho que
irá aplicar a
FMEA
Dois pontos que vale destacar no planejamento é que o grupo de trabalho deve ser
pequeno (entre quatro e seis pessoas) e multidisciplinar e as reuniões devem ser
agendadas de forma que evitem paralizações das atividades.
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UNIDADE III | FMEA
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Capítulo 3
COMO APLICAR O FMEA NA GESTÃO DE QUALIDADE?
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Podemos dizer que se trata de uma ação preventiva, já que se pode prever que a
falha pode ocorrer, mas não necessariamente que vai correr.
Uma boa prática adotada pelas organizações para atender a esta etapa é a
realização de análise crítica de não conformidades passadas pelas equipes
envolvidas.
Alguns exemplos de modos de falhas são: dobrado, sujo, com rebarba, danificado no
manuseio, furado, deformado, rachado, desgastado, trincado, em curto-circuito
Então, nesta etapa é necessário considerar o efeito para todos os clientes, ou seja, o
que o cliente poderia perceber por observação ou ao experimentar o produto. Para
facilitar nesta etapa, o quadro 4 mostra alguns exemplos de efeitos para o cliente
interno e externo.
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Severidade (S) do efeito Impacto na função devido à severidade dos efeitos do Classificação
do modo de falha modo de falha
Perigoso sem aviso Impacto na segurança, saúde ou meio ambiente. A falha ocorrerá sem 10
aviso.
Perigoso com aviso Impacto na segurança, saúde ou meio ambiente. A falha ocorrerá com 9
aviso.
Muito alto Impacto muito alto. A função é perdida e é necessário um longo período 8
de tempo para restauração da normalidade.
Alto Impacto alto. Parte da função é perdida e é necessário um longo período 7
de tempo para restauração da normalidade.
Moderado Impacto moderado. Parte da função é perdida e é necessário um período 6
de tempo moderado até restauração da normalidade.
Baixo Impacto baixo. A função é prejudicada, necessitando ser verificada. 5
Muito baixo Impacto moderado. Parte da função é prejudicada, necessitando ser 4
verificada.
Pequeno Impacto reduzido. A falha demora algum tempo para ser reparada, mas 3
não afeta a função.
Muito pequeno Impacto insignificante. A falha pode ser reparada rapidamente. 2
Nenhum Não se verificam efeitos na segurança. Saúde ou meio ambiente. 1
Fonte: SAE J1739 / (2002, p. 5).
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» Múltipla: é uma combinação de uma falha oculta com uma segunda falha
ou evento que torne evidente.
[atenção]
CAUSAS
Eventos que geram (provocam, induzem, motivam) o modo de falha
EFEITOS
Formas como os modos de falha afetam o desempenho do sistema do
ponto de vista do cliente
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Chances de Critério para avaliar a probabilidade de Detecção (D) da causa da falha Classificação
detecção (D)
Quase impossível Os dispositivos de controle existentes não irão detectar uma causa/mecanismo potencial, e 10
subsequente modo de falha. Ou não existe um dispositivo de controle relacionado com esta
causa/mecanismo.
Muito remota A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 9
potencial, e subsequente modo de falha é muito remota.
Remota A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 8
potencial, e subsequente modo de falha é remota.
Muito baixa A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 7
potencial, e subsequente modo de falha é muito baixa.
Baixa A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 6
potencial, e subsequente modo de falha é baixa.
Média A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 5
potencial, e subsequente modo de falha é moderada.
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Chances de Critério para avaliar a probabilidade de Detecção (D) da causa da falha Classificação
detecção (D)
Moderadamente A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 4
alta potencial, e subsequente modo de falha é moderadamente alta.
Alta A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 3
potencial, e subsequente modo de falha é alta,
Muito Alta A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 2
potencial, e subsequente modo de falha é muito alta.
Quase certa A possibilidade de que os dispositivos de controle existentes detectem a causa/mecanismo 1
potencial, e subsequente modo de falha é quase certa.
Fonte: SAE J1739 (2002).
NPR = S X O X D
NPR (B) = 9 X 2 X 3 = 54
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1. Equipamento D
2. Equipamento B
3. Equipamento A
4. Equipamento C
5. Equipamento E
Após definir as prioridades, deve-se analisar que tipo de ação deverá ser tomada para
cada item, elaborando um plano de ação com ações recomendadas, responsáveis e
prazos.
Deve-se também fazer uma análise para identificar ações que possam ser agrupadas
com o objetivo de minimizar custos, prazos e intervenções no processo produtivo.
» Registro das ações que realmente foram implementadas, pois podem estar
previstas no plano e não serem implementadas;
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Produto/processo Forma e modo Efeitos Causas e Medidas preventivas e N. de Ações Responsável Ações
Severidade
Ocorrência
Detecção
Severidade
Ocorrência
Detecção
N. de Prioridade de Risco
objeto de análise como as (consequências) condições que de detecção que já prioridade recomendadas pela ação e realizadas
ou função que características do tipo de falha, podem ser tenham sido tomadas de risco para diminuição prazo para para
está sendo ou funções sobre o sistema responsáveis e/ou são regularmente SXOXD do risco. conclusão. diminuição
desempenhada. podem dexar e sobre o cliente. pelo tipo de utilizadas nos produtos/ do risco.
de ser falha em processos da empresa.
atendidas. potencial (causa
raiz).
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Capítulo 4
VANTAGENS DO FMEA
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FMEA | UNIDADE III
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UNIDADE III | FMEA
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Capítulo 5
EXEMPLO DE FMEA
Esta situação é apresentada na figura 19, que demonstra uma típica condição de
aplicação de FMEA de Processo na operação de recebimento de chapas do setor
automotivo.
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De acordo com Aguiar e Mello (2008, p. 9), “trata-se de falhas que pertencem
a processos anteriores, devendo ser analisadas em FMEAs correspondentes aos
processos onde há a possibilidade de ocorrência destas falhas”.
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Inspeção de Aprovar chapa Produção de 8 Material recebido 7 - Auditoria 4 224 Recebimento Antonio 25/04 Receber 8 2 4 6
recebimento em horário das 8:00
espessura peças com fora do expediente periódica da comercial às 18:00
4
de
menor espessura menor inspeção do horas
matéria-prima
recebimento
Observações:
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REFERÊNCIAS
DE PAULA, G. B. O que é 5W2H: reduza incertezas, ganhe produtividade e aprenda como fazer
um plano de ação, 2015. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/5w2h/#:~:text=A%20
ferramenta%205W2H%20%C3%A9%20um,feito%2C%20como%20e%20quanto%20
custar%C3%A1. Acesso em: 26 ago. 2021.
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Referências
HAQ, J., LIPOL, L. S. Risk analysis method: FMEA/FMECA in the organizations. IJBAS/IJENS,
74-82, 2011.
MARANHÃO, M. ISO Série 9000: manual de implementação versão 2000. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2002.
MOURA, C. Análise de Modo e Efeitos de Falha Potencial (FMEA) – Manual de Referência. IQA –
Instituto da Qualidade Automotiva, 2000.
QUALIEX. Análise de modos de falhas e efeitos (FMEA). 2012. Disponível em: https://
blogdaqualidade.com.br/analse-de-modos-de-falhas-e-efeitos-fmea/. Acesso em: 20 maio 2020.
SIEMBRA AUTOMAÇÃO. FMEA: entenda o que é e suas vantagens. 2017. disponível em:www.
siembra.com.br/noticias/fmea-entenda-o-que-e-e-suas-vantagens/. Acesso em: 10 jul. 2021.
SILVA, R. P; BARBOSA, J. R.; MICHEL, M. A importância da qualidade dos produtos para manter
a competitividade das organizações. Revista Científica Eletrônica de Administração – Ano
VI – Número 10 – Junho de 2006 – Periódicos Semestral.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: Atlas,
2009.
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Referências
STAMATIS, D. H. Failure Mode and Effect Analysis: FMEA from Theory to Execution. ASQ
Quality Press, 2003, 445p.
TERRA. Kodak: como a era digital se voltou contra um de seus criadores. Publicado em 21 jan.
2012. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/negocios-e-ti/kodak-como-a-
era-digital-se-voltou-contra-um-de-seus-criadores,19382feb711ea310VgnCLD200000bbcceb0aRC
RD.html. Acesso em: 15 set. 2015.
VERDE GHAIA, A ISO 19011 e a Excelência em Auditorias. 2020. Disponível em: A ISO 19011 e a
excelência em auditorias – Consultoria On-line www.consultoriaiso.org/a-iso-19011-e-a-excelencia-em-
auditorias-e-a/. Acesso em: 12 jun. 2021.
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