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Disciplina: Psicologia Social

Professora: Camila Trindade


Aluno: Francisco Wellington Costa Ribeiro
TEMA: GENERO
Strey, M. N. et all. Psicologia Social Contemporânea: livro-texto. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013, p. 157 e p. 158

As diferenças sexuais são encontradas em todos os mamíferos. Entretanto, os humanos desde


sua origem têm interpretado e dado uma nova dimensão a seu ambiente físico e social através da
simbolização (LANE, 1995). Humanos são animais autorreflexivos e criadores de cultura. O sexo
biológico com o qual se nasce não determina, em si mesmo, o desenvolvimento posterior em relação
a comportamentos, interesses, estilos de vida, tendências das mais diversas índoles, responsabilidades
ou papéis a desempenhar, nem tampouco determina o sentimento ou a consciência de si mesmo(a),
nem das características da personalidade, do ponto de vista afetivo, intelectual ou emocional, ou seja,
psicológico. Isso tudo seria determinado pelo processo de socialização e outros aspectos da vida em
sociedade e decorrentes da cultura, que abrange homens e mulheres desde o nascimento e ao longo de
toda a vida, em estreita conexão com as diferentes circunstâncias socioculturais e históricas. Os seres
humanos têm diferenças sexuais, mas, de maneira semelhante a todos os outros aspectos de
diferenciação física, elas são experienciadas simbolicamente. Nas sociedades humanas, elas são
vividas como gênero. Enquanto as diferenças sexuais são físicas, as diferenças de gênero são
socialmente construídas. Conceitos de gênero são interpretações culturais das diferenças de gênero
(OAKLEY, 1972). Gênero está relacionado às diferenças sexuais, mas não necessariamente às
diferenças fisiológicas como as vemos em nossa sociedade. O gênero depende de como a sociedade
vê a relação que transforma um macho em um homem e uma fêmea em uma mulher. Cada cultura tem
imagens prevalecentes do que homens e mulheres devem ser. O que significa ser homem? O que
significa ser mulher? Como as mulheres e os homens supostamente se relacionam uns com os outros?
A construção cultural do gênero é evidente quando se verifica que ser homem ou ser mulher nem
sempre supõe o mesmo em diferentes sociedades ou em diferentes épocas.

Concluindo, pode-se dizer que, nos dias de hoje, pelo menos nas sociedades ocidentais, homens
e mulheres estão se distanciando dos modelos estereotipados de gênero e desenvolvendo novas formas
de subjetividade, livres do imperativo das divisões traçadas pelas representações sociais até então
vigentes. A ideia de que existe um modelo masculino ou feminino universal não se sustenta mais. Sob
a égide da pluralidade e da singularidade, surgem diferentes modos de ser da masculinidade e da
feminilidade que convivem, de forma já não tão conflituosa, com as matrizes hegemônicas de gênero
ainda existentes.

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