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Ajaká

O Aláàfin de Oyó, o Oba Ajaká, meio irmão de Sàngó, era muito pacifico, apático e não
realizava um bom governo.
Sàngó, que cresceu nas terras dos Tapas ( Nupe), local de origem de Torosí, sua mãe, e
mais tarde se instalou na cidade de Kòso, mesmo rejeitado pelo povo por ser violento e
incontrolável, mas sendo tirânico, se aclamou como Oba Kòso. Mais tarde, com seus
seguidores, se estabeleceu em Oyó, num bairro que recebeu o mesmo nome da cidade que
viveu, Kòso e com isso manteve seu titulo de Oba Kòso. Sàngó percebendo a fraqueza de
seu irmão e sendo astuto e ávido por poder, destrona Ajaká e torna-se o terceiro Aláàfin de
Oyó.
Ajaká, também chamado de Dadá, exilado, sai de Oyó para reinar numa cidade menor,
Igboho ,vizinha de Oyó, e não poderia mais usar a coroa real de Oyó. E, com vergonha por
ter sido deposto, jura que neste seu reinado vai usar uma outra coroa (ade), que lhe cubra
seus olhos envergonhados e que somente irá tira-la quando ele puder usar novamente o
ade que lhe foi roubado. Esta coroa que Dadá Ajaká passa a usar, é rodeada por vários fios
ornados de búzios no lugar das contas preciosas do Ade Real de Oyó, e esta chama-se Ade
Bayánni (ver fotos). Dadá Ajaká então casa-se e tem um filho que chama-se Aganju, que
vem a ser sobrinho de Sàngó.
Sàngó reina durante sete anos sobre Oyó e com intenso remorso das inúmeras atrocidades
cometidas e com o povo revoltado, ele abandona o trono de Oyó e se refugia na terra natal
de sua mãe em Tapa. Após um tempo, suicida-se, enforcando-se numa árvore chamada de
àyòn (àyàn) na cidade de Kòso. Com o fato consumado, Dadá Ajaká volta à Oyó e reassume
o trono, retira então o Ade Bayánni e passa a usar o Ade Aláàfin, tornando-se então o
quarto Aláàfin de Oyó. Após sua morte, assume o trono seu filho Aganju, neto de
Òrànmíyàn e sobrinho de Sàngó, tornando-se o quinto Aláàfin de Oyó.
Como Aganju não teve filhos, com ele acaba a dinastia de Odùduwà em Oyó, assim termina
o primeiro período de formação dos povos yorubanos. De Ifé até Oyó, de Odùduwà a
Aganju, passando por Sàngó.

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