Considerando os dados do caso analisado se pode afirmar que o pedido de
homologação da recuperação extrajudicial deve ser indeferido, uma vez que a empresa já havia solicitado o mesmo mecanismo jurídico em período de menos de 05 anos, desobedecendo o mandamento expressamente contido no inciso II da Lei de Falências, que determina que somente poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente, entre eles não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial. Além disso, o artigo 163 determina que o pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial que obriga todos os credores por ele abrangidos, será acatado desde que assinado por credores que representem mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos pelo plano de recuperação extrajudicial. E ainda, no §7º do artigo 163 exige a comprovação da anuência de credores que representem pelo menos 1/3 (um terço) de todos os créditos de cada espécie por ele abrangidos e com o compromisso de, no prazo improrrogável de 90 (noventa) dias, contado da data do pedido, atingir o quórum previsto no caput deste artigo, por meio de adesão expressa, facultada a conversão do procedimento em recuperação judicial a pedido do devedor.
Questão Objetiva – resposta:
01) alternativa A - os credores trabalhistas, tributários, titulares de posição de
proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, e de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio e o credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para exportação, não serão atingidos pelo plano de recuperação extrajudicial;