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Exame de Ordem
Damásio Educacional
Sumário
FONTES DE DIREITO TRIBUTÁRIO .............................................................................................................................. 5
1. Emendas Constitucionais ....................................................................................................................................... 6
7. Convênios ............................................................................................................................................................ 10
1.7. Princípio da Limitação ao tráfego de pessoas interestaduais e intermunicipais (art. 150, V da CF)................ 22
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2. Taxas – art. 145, II da CF e art. 77 a 88 do CTN ................................................................................................... 26
6. Pagamento antecipado e a sua homologação (artigos 150, parágrafo quarto do Código Tributário Nacional). 38
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PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE ITCMD E ITBI ................................................................................................. 48
PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE ITR, IPTU E IPVA ............................................................................................ 49
PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE IR E IPI ........................................................................................................... 51
PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE ICMS E ISS ..................................................................................................... 53
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FONTES DE DIREITO TRIBUTÁRIO
IMPOSTOS ORDINÁRIO
ESTADUAIS ART.155 CF/88
TRIBUTO
S IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIO DE
GERRA (IEG) ART.154, II CF
POLÍCIA
TAXAS
SERVIÇOS
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
EMERGÊNCIAIS
EMPRESTIMO COMPULSÓRIO
INVESTIMENTO
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO DO DOMINIO ECONÔMICO (CIDE)
CONTRIBUIÇÃO SOCIAIS
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b) Determinação da Competência tributária:
A competência tributária é aquela deferida pela Constituição Federal para os entes federativos União,
Estados, Distrito Federal e Municípios visando a criação, modificação e extinção de tributos.
Uma parte do que a União receber de tributo repartirá com os Estados, Distrito Federal e Municípios,
parte do que os Estados receberam partilhará com os Municípios. O inverso jamais acontecerá. Quem repartirá
de suas receitas será a União e os Estados: Distrito Federal e Municípios NÃO repartirão suas receitas, apenas
receberão receitas transferidas.
ATENÇÃO! Somente admitem repartição de determinados impostos e a CIDE Combustíveis, os demais tributos
não podem se repartidos.
1. Emendas Constitucionais
• Circunstanciais: A Constituição Federal não pode ser alterada quando estivermos sob intervenção
federal, estado de defesa e estado de sítio.
Exemplo: Emenda Constitucional nº 39/02 – inseriu a letra A no art. 149 da CF, possibilitando a criação da COSIP.
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2. Lei Complementar
A Lei complementar somente será o uso obrigatório quando houver uma expressa determinação
constitucional. Caso a Constituição Federal não determinar, o uso será através de lei ordinária.
Segundo o STF, não existe hierarquia entre as leis complementar ou ordinária; existe uma diferença
formal e material.
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I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento
diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42,
de 19.12.2003)
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da
parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados
será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional
único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42,
de 19.12.2003)”
Mnemônico: NINE.
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4. Medida Provisória
No entanto, todos os impostos federais já foram instituídos com exceção do imposto sobre grandes
fortunas (IGF).
Medida provisória não poderá instituir o IGF, vez que MP não pode tratar de matéria reservada a lei
complementar (Art. 62, §1º, III, CF).
Têm papel expressamente destacado na Constituição Federal, especificamente no âmbito dos impostos
Estaduais (art. 52, XV da CF) no intuito de avaliar periodicamente a funcionalidade do sistema tributário
estabelecendo, conforme sua respectiva previsão constitucional, alíquotas mínimas e máximas para os impostos.
Como exemplo, temos a obrigatoriedade de se estabelecer a alíquota máxima do ITCMD (Imposto sobre a
transmissão causa mortis e doação), que o Senado, inclusive já o fez, estabelecendo o máximo de 8% (Resolução
9/1992). Note, que as resoluções possuem o papel de destaque na mitigação da guerra fiscal, não possuindo o
condão de majorar ou reduzir tributos, mas de estabelecer teto e piso.
São firmados pelo presidente da república como representante da República Federativa do Brasil como
sujeito de direito internacional. Tem papel fundamental na mitigação da bitributação e estatuir regras de
cooperação internacional para evitar evasão fiscal. Nos termos do art. 98 do CTN, vem prescrito que os tratados e
convenções revogam ou modificam a legislação interna. A doutrina entende que há uma imprecisão técnica no
texto do artigo, pois a legislação internacional, internalizada, por ser especial terá prevalência na sua aplicação,
mas não revogará disposição interna.
“O conflito entre a lei interna e o tratado resolve-se, pois, a favor da norma especial (do tratado),
que excepciona a norma geral (da lei interna), tornando-se indiferente que a norma interna seja
anterior ou posterior ao tratado. Este prepondera em ambos os casos (abstraída a discussão
sobre se ele é ou não superior à lei interna) porque traduz preceito especial, harmonizável com a
norma geral.” (AMARO, 2016, p.207).
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“Art. 98, CTN. Os tratados e as convenções internacionais revogam
ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela
que lhes sobrevenha.”
Como visto, é preciso ter atenção com a falta de técnica na redação do art. 98 do CTN. De outro lado,
importante ter atenção especial nas questões da concessão de isenções heterônomas, ou seja, nos termos do art.
151, III da CF, é vedado à União a concessão de benefícios fiscais relativos aos tributos que não são de sua
competência. Contudo, ao fazê-lo por meio de Tratado Internacional, como ocorre na situação do Acordo
Tarifário da Organização Mundial do Comércio (GATT), tal concessão de benefício não configura violação à
vedação à concessão de isenções heterônomas, pois, como dito acima, o Presidente da República age em nome
da União como Sujeito de Direito Internacional, não se caracterizando uma violação a competência tributária.
Razão pela qual, eventual lei posterior que, por algum motivo queira revogar um benefício fiscal concedido em
razão do tratado internacional, não poderá fazê-lo, inclusive pela interpretação da parte final do art. 98 do CTN.
7. Convênios
Por fim, temos os Convênios como fontes do direito. Apesar de não ser lei, possui uma eficácia
“normativa”, que vincula seus signatários. Trata-se, pois, de um acordo firmado entre pessoas políticas de direito
interno com objetivo comum. Destinam-se à mútua colaboração entre os entes com firme propósito de mitigar
possível existência de guerra fiscal. A função preponderante hoje, do convênio é, sobretudo, regulamentar a
concessão e revogação de isenções e benefícios fiscais relativos ao ICMS, nos termos da LC 24/75, como
instrumento das deliberações previstas no art. 155, §2º, XII, “g” da CF.
IMPORTANTE! O ÚNICO IMPOSTO QUE PODERÁ SER CRIADO (INSTITUITO) POR MEDIDA PROVISÓRIO, IMPOSTO
EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA (IEG) (ART. 154, III, CF).
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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA E LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
1. Conceito
Poder conferido pela Constituição Federal aos entes federados (União, Estados, DF e os Municípios) para
criar tributos por lei.
Art.6º CTN – Atribuída a quem pode legislar, União, Estados, DF e os Municípios, competência legislativa
plena.
2. Características / Atributos
São 5 (cinco):
• Facultatividade;
• indelegabilidade;
• Irrenunciabilidade;
• Incaducidade;
• Inalterabilidade.
Facultatividade – é facultativa, o seu exercício não é obrigatório. Art. 145, CF/88, poderão instituir
tributos. Art. 153, VII, CF/88, Imposto sobre grandes Fortunas (IGF), podem instituir, mas até hoje esse imposto
não foi instituído, por nenhum dos entes federados.
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“Art. 145, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis,
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.”
Indelegabilidade – é indelegável, não pode ser delegada, ou seja, transferida. Transferida de um ente
para outro o poder de delegação.
Art. 7º do CTN - Salvo atribuições das funções de arrecadar, fiscalizar os tributos, atos e decisões
administrativas.
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Capacidade de tributária ativa:
Irrenunciabilidade - não pode o ente federado, a quem foi atribuída a competência tributária renunciar
ao direito.
Incaducabilidade - é imprescritível, não há prazo para seu exercício. De modo que a competência
tributária não caducará pelo seu não exercício - Art. 8º do CTN.
Inalterabilidade – não podem os entes federado ao criar tributo modificar a competência da forma
prevista na Constituição Federal.
• Privativa;
• Comum;
• Cumulativa;
• Exclusiva;
• Residual; e
• Extraordinária.
Privativa – poder conferido pela Constituição Federal aos entes federados para criar impostos nominados
(previstos na CF), art. 153, 155 e 156 da CF.
Cumulativa – quando o ente federado, além de criar os impostos de sua competência, pode criar imposto
de outro ente.
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Só diz respeito a impostos. Art. 147, CF União: Território Federal - Art. 18, §2º da CF
DF: art. 32 da CF
Compete a União, em território federal, os impostos estaduais e se o território não for dividido em
municípios, cumulativamente os impostos municipais, ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
Exclusiva – diz respeito ao poder conferido a União para criar contribuições especiais. Art.149 da CF.
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Residual – somente a União, pode criar exclusivamente, por Lei Complementar.
“Art. 195, § 4º, CF. A lei poderá instituir outras fontes destinadas a
garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido
o disposto no art. 154, I.
(...)
Características:
• União somente criar os impostos residuais;
• Não Cumulativo;
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• Bis in idem/ Bitributação não autorizado;
• 20% da sua arrecadação deverá ser destinada Estados /DF – Art. 157, I, CF (impostos residuais).
Extraordinária – Poder conferido pela Constituição Federal à União para criar empréstimos compulsórios
e impostos extraordinários de guerra.
Impostos extraordinários de guerra (IEG) – art. 154, II da CF e art. 76 do CTN, poderá ser criado pela
União, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos gradativamente,
cessadas as causas de sua criação. Prazo máximo de 5 anos da celebração da paz.
Características:
• União somente criar os impostos residuais;
• Temporário;
• Cobrados imediatamente.
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LIMITAÇÕES EXPLÍCITAS AO PODER DE TRIBUTAR
Princípios Constitucionais;
Imunidades Tributárias;
Todo tributo somente poderá ser instituído, aumentado, reduzido ou extinto mediante lei.
Lei complementar:
Uso obrigatório, expressa na Constituição. Tributos que só poderão ser instituídos mediante lei
complementar.
Medida Provisória:
Nos termos do art. 62, §2º da CF a Medida Provisória, poderá instituir ou aumentar Impostos (federais).
É vedada a edição de MP sobre matéria reservada a lei complementar (art. 62 §1º, III da CF).
Único imposto federal que poderá ser instituído por MP é o imposto extraordinário de guerra (IEG) art.
154, II CF
Decreto executivo.
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Art. 153, §1º, CF – alteração das alíquotas do II, IE, IPI, IOF.
Art. 177 §4º, I, B, CF – redução ou restabelecimento das alíquotas da Cide Combustíveis.
Importante! Toda base de cálculo de um tributo somente poderá ser definida, aumentada ou reduzida mediante
lei (art. 97, §1º, CTN).
Conforme o Art. 97, §2º do CTN, a atualização monetária da base de cálculo não se equipara a majoração
de tributo. Sendo assim, a atualização monetária da base de cálculo independe de lei, podendo ser realizada
através de um decreto do poder executivo.
Toda atualização monetária deverá respeitar os índices oficiais de correção (Súmula 160, STJ).
Contribuintes que se encontram em situação de equivalência não podem ser tratados de forma desigual
(tratar iguais, como iguais e desiguais como desiguais, na medida de suas igualdades e desigualdades).
Ex.: Tratamento favorecido e simplificado para ME e EPP (art. 170, IX e 179 da CF).
Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte.
São aqueles que tributam a condição econômica do sujeito (seja pessoa física ou jurídica).
Exemplos: IR e IGF.
• Impostos reais
São aqueles que tributam o patrimônio, as operações, os direitos, sem levar em consideração a condição
econômica do sujeito.
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Progressividade:
Importante!
Todo imposto pessoal deve ser progressivo.
Em se tratando dos impostos reais, estes serão progressivos se houver expressa autorização constitucional, e
desde que possua um caráter extrafiscal.
Ex.: IR imposto pessoal, nos termos do art. 153 §2º, I da CF se regerá pelos critérios da generalidade,
universalidade e progressividade (fiscal).
Nos termos do art. 153, §4º, I da CF, o ITR poderá ser progressivo visando evitar a manutenção de
propriedades improdutivas (progressividade extrafiscal).
A lei tributária não será aplicada aos fatos geradores ocorridos anteriormente à sua vigência (efeitos
prospectivos).
Regra geral: a lei a ser aplicada é aquela vigente na época da ocorrência do fato gerador.
A lei tributária será aplicada aos fatos geradores ocorridos anteriormente à sua vigência (efeitos
retrospectivos).
STF – a possibilidade de retroatividade somente se dará nos casos previstos do art. 106, CTB e se for mais
benéfica ao contribuinte.
A lei poderá retroagir desde que seja expressamente interpretativa e não cominar ao contribuinte
qualquer espécie de sanção.
A lei poderá retroagir tratando-se de ato infracional não transitado em julgado e desde que a lei
posterior deixe de defini-lo como infração ou comine uma penalidade menos severa.
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1.5. Princípio da Anterioridade tributária
Finalidade: evitar que o contribuinte fosse surpreendido com a instituição ou aumento de tributo e ter que ser
obrigado a pagar imediatamente.
Todo tributo instituído ou aumentado somente poderá ser exigido no exercício financeiro seguinte da
data de publicação da lei.
Todo tributo instituído ou aumentado somente poderá ser exigido após decorridos 90 dias da publicação
da lei.
Pela regra geral, todo tributo se sujeita ao princípio da anterioridade de forma completa (comum+
nonagesimal): entre os exercícios financeiros, deve se aguardar um prazo mínimo de 90 dias contados da
publicação da lei.
Ex.: se um tributo foi aumentado em janeiro de 2022, poderá ser exigido a partir de janeiro 2023.
Se o tributo foi aumentado em agosto de 2022, poderá ser exigido a partir de janeiro 2023.
Se um tributo foi aumentado em novembro de 2022, não poderá ser exigido a partir de janeiro 2023 (não
há prazo de 90 dias). Sendo assim, esse tributo somente poderá ser exigido a partir de março de 2023.
Exceções:
Tributos cobrados imediatamente: II, IE, IOF, IEG Empréstimo Compulsório emergencial (art. 148, I da
CF).
Tributos cobrados após 90 dias: IPI – ICMS Combustível – Cide Combustíveis, contribuições sociais.
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1.6. Princípio da Vedação ao Confisco
Confisco: expropriação do patrimônio particular por um eminente sancionatório e sem qualquer possibilidade de
indenização.
Confisco de propriedade rurais e urbanas de qualquer região onde forem localizadas culturas ilegais de
plantas psicotrópicas e exploração do trabalho escravo, sem indenização.
Tributação Confiscatória: quando um ente federativo impõe uma carga tributária a ponto de acarretar a
inviabilidade econômica do contribuinte.
Alíquota de 25% e de 300% qual das duas seria a confiscatória, depende da base de cálculo.
25% IPTU x 4 anos = (perda do imóvel) alíquota confiscatória.
300% IPI = alíquota seletiva.
Seletividade: é uma regra de tributação que permite alíquotas diferenciadas com base na essencialidade do
produto ao consumo.
Combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo são considerados bens
essenciais para fins de incidência de ICMS.
O IPVA pode ser seletivo em função do tipo e utilização do veículo (art.155 §6º, II da CF).
Multas:
Atualmente, o STF entende que multas iguais ou superior a 100% do débito fiscal tem natureza
confiscatória.
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1.7. Princípio da Limitação ao tráfego de pessoas interestaduais e intermunicipais (art. 150, V da CF)
É vedado aos entes federativos a cobrança de tributos pelo mero deslocamento do contribuinte com o
seu patrimônio entre os Estados e os municípios.
Exceção: possibilidade da cobrança de pedágio pela utilização e conservação das vias públicas.
Todo tributo instituído pela União deve ser aplicado, de igual forma, em todo o território nacional.
Exceção: possibilidade de a União conceder incentivo fiscais visando o desenvolvimento socioeconômico de uma
região.
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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
São vedações constitucionais que impedem a incidência de tributos (impedem o aperfeiçoamento do fato
gerador).
• Não Incidência;
• Isenção;
• Gratuidade.
Quando tais expressões estiverem na CF se referido aos tributos, devemos entender se trará de
IMUNIDADE.
Veda a instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços entre os entes federativos.
A imunidade recíproca é extensiva as autarquias e fundações públicas, desde que tais entidades atendam
suas finalidades essenciais.
Regra geral: a imunidade recíproca se aplica a toda pessoa jurídica de direito público interno.
STF RE 407.099.
Empresa pública e Sociedade de Economia mista, quando prestadoras de serviços públicos essenciais ao
funcionamento do Estado gozam de imunidade recíproca.
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Exemplo: correios, infra ero, casa da moeda etc.
Caso a empresa pública e a sociedade de economia mista explorar atividade econômica não se aplica o
benefício da imunidade.
Finalidade: liberdade religiosa, liberdade de crença e difusão de religião propriamente dita, mantenha do estado
laico.
Se a organização religiosa comprovar que o valor recebido dos aluguéis é revertido ao atendimento da
atividade religiosa estende-se a imunidade sobre o imóvel locado.
Imunidade norma prevista na CF, que veda aos entes federados de criar tributos sobre determinadas
pessoas ou situações, incompetência do ente federado.
Imunidade Genérica, previstas no art. 150, VI alíneas, a, b, c, d, e, da CF/88, os entes não podem criar
impostos.
Os entes não cobrar nem instituir impostos sobre outro ente federado.
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Atendidos os requisitos da lei. Art. 146, II CF por lei complementar.
Súmula vinculante 57, a imunidade tributária foi estendida aos e-books, e suporte para fixá-los como
leitores de livros eletrônicos, art. 150, VI,” d” da CF.
Requisitos:
• Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil;
• Obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e ou obras em geral interpretadas por
artistas brasileiros.
Não inclui: replicação (etapa de replicação, industrial de mídias ópticas de leitura a laser).
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TRIBUTOS E ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Prestação pecuniária, dação em pagamento de bens imóveis, não se admite pagamento por labore, nem
uma coisa in natura.
Espécies:
o Imposto;
o Taxa;
o Contribuições de melhoria;
o Empréstimos compulsórios;
o Contribuições especiais.
Qual é a espécie normativa que cria em regra os impostos? Em regra, por lei ordinária;
Mas há dois impostos que deveram ser por lei complementar e a CF assim determina:
• O Imposto residual, inominados art. 154, I da CF;
• O imposto sobre grandes fortunas art. 153, VII da CF;
Atividade estatal, exercício de poder de polícia, prestação de serviço onde se consiga medirão de serviço
público.
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Espécies:
o Taxa de polícia;
o Taxa de serviços.
Conceito: são limitações impostas ao nosso direito de liberdade e propriedade em prol da segurança, higiene,
ordem e costumes.
Utilização do serviço público, poderá se dar de forma efetiva (coleta de lixo) ou de forma potencial (ficou
a disposição).
Geral (universal) divisível: quantidade art. 79, II do CTN não pode ser custeado por taxa.
Taxa não pode ser calculado sobre o valor base de imposto, art. 145, §2º da CF/88.
Pode utilizar como base sobre tamanho do imóvel, não pode base de cálculo de taxa com a base do
imposto, Súmula Vinculante 29.
3. Contribuição de Melhoria
Fundamento: art. 145, III da CF/88 e art. 81 e 82 no CTN, Decreto Lei 195/67.
Competência comum:
Todos os entes podem instituir a contribuição de melhoria.
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Materialidade do fato gerador:
Limite de arrecadação:
Observação! cada imóvel poderá ter uma valorização diferente, base de cálculo, diferença do valor antes e após a
realização da obra pública.
Discussões Jurisprudenciais:
STF – se o poder público tiver condições mesmo que a de determinar a efetiva valorização dos imóveis é
possível a instituição de contribuição de melhoria mesmo que a obra esteja em andamento.
4. Empréstimos Compulsórios
Não existe qualquer possibilidade de tratar sobre empréstimo compulsório por Medida provisória.
Espécies:
Para tratar de despesas decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua eminência.
Tal tributo não se sujeita ao princípio da anterioridade, podendo ser exigido imediatamente após a
publicação da lei.
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• Empréstimo de Investimento - Art. 148, II da CF /88:
Restituilidade:
A lei complementar que institui tributo determinará a forma, o prazo e as condições de sua restrição.
STF RE 121.336/SP.
Somente poderá ser restituído em dinheiro.
O valor arrecadado somente poderá ser destinado ao atendimento das despesas que fundamentaram a
instituição do empréstimo compulsório.
Exemplo: foi feito para a saúde e volta para a saúde, não poderá ser investido na educação, se não altera a
finalidade.
5. Contribuições Especiais
Mais comum é a CIDE combustível lei 10.336/01, art. 177, §4º CF.
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Contribuição destinada ao Sebrae Lei 8.029/90:
Sistema “S”.
Categorias profissionais;
STF ADI 3026, natureza jurídica da OAB não é autarquia, não é vinculado ao Estado, é autônoma, não tem
natureza tributária.
Contribuições Sociais:
Todas as contribuições sociais se sujeitam a anterioridade nonagesimal (art. 195, §6º da CF).
Contribuição para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP) – art. 149- A da CF:
Inserida por Emenda Constitucional nº 39/2002.
Taxa de iluminação pública é inconstitucional.
Somente pode ser por meio de contribuição.
Competência do DF e dos Municípios.
Facultada sua cobrança na fatura mensal de energia elétrica.
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NORMAS GERAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA: ART. 96 A 218 CTN
É uma relação jurídica estabelecida entre o fisco e o particular visando a entrega de recursos aos cofres
públicos ou atendimento de deveres administrativos.
• Toda a obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, sendo uma obrigação ex lege;
3. Solidariedade Tributária
Art. 264 do CC, art. 124 e 125 do CTN – quando 2 ou mais pessoas, dever de quitar a prestação poderá ser
cobrado.
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Efeitos da solidariedade tributária, art. 125 do CTN:
• Salvo, se outorga pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos
demais pelo saldo.
Aptidão para realizar fato gerador, para ser contribuinte (sujeito passivo).
Pessoa natural sujeita a atos que importem provação ou limitação do exercício de suas atividades ou da
administração direta de seus bens / negócios.
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Responsabilidade tributária imobiliária:
Quem compra um bem imóvel com dívida tributária responde pela dívida, art. 130 do CTN.
Espólio responde pela dívida do de cujus até a data da abertura da sucessão morte.
Feita a partilha adjudicação, sucessores e cônjuge meeiro responderão pela dívida do de cujus até o limite
do quinhão meação ou legado.
Alguém que não é responsável pelo tributo, mas tem o dever de recolher o tributo, em nome do
responsável
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Atuação regular, art. 134 do CTN.
Impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte respondem
solidariamente, pela omissão do ato.
Exemplos: os pais; os tutores; os administradores, inventariantes entre outros incisos I ao VII, § único, por multas,
somente em caráter moratório.
Exemplo: os administradores, diretores, gerentes, representantes responde por débito tributário gerado por
excesso de poder.
Responderá solidariamente.
Súmula 435, STJ.
Art. 136 do CTN – responsabilidade tributária por infrações, responsabilidade objetiva, pessoal do agente
do infrator, independente de culpa.
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SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Tais hipóteses estão regulamentadas pelo artigo 151 do CTN, em seus respectivos incisos (6 ao todo).
Mnemônico: MODERECOPA.
Por essa disposição legal, é importante destacar que existente qualquer uma delas, a exigibilidade de
determinado tributo estará suspensa, não podendo a Fazenda Pública se valer de qualquer medida indutiva para
cumprimento da obrigação principal.
No entanto, não se pode perder de vista que, suspensão da exigibilidade, não se confunde com
impossibilidade de lançar o tributo.
A exigibilidade que está suspensa, é justamente aquela atinente a qualquer ato passível de constranger o
contribuinte a recolher o tributo (cobrança administrativa, judicial, protesto), enquanto o lançamento, é ato
administrativo vinculado que pode ser realizado a despeito de eventual o tributo estar com sua exigibilidade
suspensa.
Assim, as hipóteses previstas, permitem, inclusive, que o contribuinte tenha acesso à certidão positiva
com efeito de negativo (art. 206 CTN), enquanto vigente a suspensão da exigibilidade.
Por fim, importante destacar que a obrigação acessória é atingida pela suspensão, enquanto as
obrigações acessórias decorrentes das principais eventualmente suspensas.
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EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1. Pagamento
O que acarreta a extinção do crédito tributário de forma principal, é o pagamento (fundamento legal:
artigos 157 a 169 do Código Tributário Nacional).
II. Tempo do pagamento: salvo disposição em contrário, o pagamento deverá ser efetuado em até 30
dias após o recebimento da notificação (artigo 160 do Código Tributário Nacional).
III. Imputação de pagamento: tal situação ocorre quando o sujeito passivo, possui simultaneamente dois
ou mais débitos para com a mesma pessoa jurídica de direito público, sendo necessária uma ordem prevista no
artigo 163 do Código Tributário Nacional, a saber:
A. Em primeiro lugar devem ser pagos créditos e obrigação própria para, em segundo lugar, serem pagos
os créditos decorrentes de responsabilidade tributária;
B. Em primeiro lugar devem ser pagas as contribuições de melhoria, para posterior pagamento das taxas
e, por último o pagamento dos impostos;
C. À ordem crescente dos prazos de prescrição (quanto mais próximo de prescrever, deve ser pago
primeiro);
D. Ordem decrescente dos montantes (o maior débito deve ser pago primeiro);
IV. Pagamento indevido: todo pagamento indevido ou a maior gera o direito de restituição. O pedido de
restituição poderá se dar na via administrativa ou judicial, somente os pagamentos devidos dos últimos 5 anos,
contados da data do pagamento.
Quando ocorrer o pedido de restituição pela via administrativa e a autoridade competente denegar o
requerimento, autorizará com que o contribuinte possa ingressar com uma ação anulatória de decisão
administrativa dentro do prazo de 2 anos contados do indeferimento de restituição.
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Requerimento judicial que se dá através de uma ação de repetição de indébito fiscal, possui natureza
condenatória e valores monetariamente corrigidos. O prazo para o seu pedido é de 5 anos, contados do
pagamento indevido (artigo 168, I do Código Tributário Nacional).
A ação de repetição de indébito fiscal, poderá ser proposta, independentemente de prévio protesto.
Os valores corrigidos, de acordo com a Súmula 162 do STJ, passarão a ser devidos a partir da data do
pagamento, já a Súmula 188 do STJ, diz que os juros de mora, são devidos a partir da decisão judicial transitada
em julgado.
Tributos indiretos são aqueles que admitem repercussão econômica (admite a transferência do encargo a
uma terceira pessoa).
De acordo com a Súmula 546 do STF, confere o direito de restituição aos tributos indiretos, mas caberá
aquele que figurar na condição de contribuinte de direito, não restando qualquer possibilidade de restituição para
o contribuinte de fato.
É um instituto de direito privado que consiste em um encontro de contas quando uma pessoa possui um
débito e um crédito para com outra pessoa.
Em matéria tributária, toda compensação dependerá de autorização legislativa (a lei precisa autorizar).
Em regra, somente admitem a compensação créditos tributários da mesma espécie, natureza e cofre de
arrecadação (imposto nacional se compensa com imposto nacional); taxa municipal se compensa com taxa
municipal.
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Em matéria tributária, toda transação dependera de uma autorização legislativa para estabelecimento
dos limites e valores dos direitos tributários.
C. diminuta importância do crédito tributário: as vezes a cobrança de um crédito tributário, sai mais caro
que o valor a ser recebido;
D. pelas condições de equidade observando-se critérios materiais e pessoais do fato (senso de justiça ao
caso concreto);
6. Pagamento antecipado e a sua homologação (artigos 150, parágrafo quarto do Código Tributário Nacional)
Lançamento por homologação, o papel do contribuinte é analisar o fato gerador, o cálculo do montante
do tributo, pagamento antecipado e a declaração do quanto foi pago, já o papel do fisco é de concordar ou de
discordar do pagamento.
O ato de concordância denomina-se homologação, que poderá ocorrer de forma expressa ou tácita.
Ocorrendo a homologação não importando se expressa ou tácita, vai ocorrer a extinção do crédito
tributário.
7. Decadência e Prescrição
I. Decadência (artigo 173 do Código Tributário Nacional): é a perda do direito de o fisco constituir o
crédito tributário pelo lançamento. O prazo será de 5 anos contados do tipo de lançamento pelo qual o tributo
esteja sujeito.
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A. Tributos sujeitos ao lançamento de ofício ou por declaração (artigo 173, I do Código Tributário
Nacional), se conta a partir do primeiro dia do exercício financeiro seguinte da data em que o lançamento deveria
ter sido efetuado;
B. Tributos sujeitos ao lançamento por homologação (artigo 150, parágrafo quarto), o prazo se inicia na
data de ocorrência do fato gerador (Súmula 555 do STJ).
ATENÇÃO! o prazo decadencial não se interrompe e nem se suspende, por se tratar de matéria de ordem pública.
II. Prescrição (artigo 174 do Código Tributário Nacional): é a perda do direito de o fisco cobrar
judicialmente o crédito tributário pelo ajuizamento da execução fiscal.
ATENÇÃO! na prescrição ocorre a suspensão nos mesmos casos que suspendem a exigibilidade do crédito
previsto no artigo 151 do Código Tributário Nacional.
OBS.: Súmula 653 do STJ, diz que o parcelamento, mesmo quando indeferido, acarreta a interrupção do prazo
prescricional.
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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
AN – Anistia;
IS – Isenção.
Mnemônico: ANIS
Os institutos em questão têm por objetivo conferir ao contribuinte uma dispensa legal de parte ou total
do crédito tributário.
Pela isenção, que decorre sempre de lei, haverá uma dispensa do pagamento do tributo (obrigação
principal) que não exclui, contudo, a obrigação de cumprir com obrigação acessória dela decorrente.
A isenção, vale destaque, quando concedida em caráter geral, sem prazo determinado, poderá ser
suprimida a qualquer tempo, mediante lei, enquanto, quando concedida por prazo determinado, não poderá ser
suprimida a qualquer tempo, apenas quando se alcançar termo final.
Por fim, a anistia, outro método de exclusão do crédito tributário, alcança somente as infrações
decorrentes de uma obrigação principal. Portanto, enquanto a isenção alcança a obrigação principal em si, a
anistia tem alcance nas infrações aplicadas.
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GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO E PREFERÊNCIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A totalidade de bens, rendas ou direitos do sujeito passivo, mesmo quando gravados com cláusulas de
inalienabilidade e impenhorabilidade podem ser atingidos pelo crédito tributário.
Exemplos: bens alienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução, os móveis, pertences e as
utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem
as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida etc.
ATENÇÃO! Bem de família (lei 8.009/90) é considerado relativamente impenhorável, uma vez que poderá sofrer
a penhora em relação aos débitos tributários inerentes ao próprio imóvel.
Presume-se fraudulenta qualquer alienação ou oneração de bens, por sujeito passivo em débito para com
o Fisco, por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa.
A alienação de bens após a inscrição em dívida ativa, sendo que o sujeito passivo possui bens ou renda
suficiente à satisfação do crédito tributário.
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O juízo competente determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, preferencialmente pelo meio
eletrônico comunicando sua decisão aos órgãos e entidades que promovam o registro de transferência de bens
(exemplo: registro de imóveis, mercado de capitais, autoridade supervisores do mercado bancário etc.).
Limite da indisponibilidade:
Valor da satisfação integral do crédito tributário, sendo que o juiz deverá determinar o imediato
levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a sua natureza ou o tempo de sua constituição,
ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou acidente do trabalho.
Processos Falimentar:
Créditos Extraconcursais: são os créditos que não compõem o quadro geral de credores. O crédito tributário, na
falência, no prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passiveis de restituição, nem aos créditos
com garantia real, no limite de valor do bem gravado.
Crédito quirografários;
Créditos subordinados.
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Importante! as multas tributárias preferem apenas os créditos subordinados.
De acordo com o CTN, são pagos preferencialmente a quaisquer outros, os créditos tributários vencidos
ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntárias, exigíveis no
decurso da liquidação.
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ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA | DÍVIDA ATIVA | EXECUÇÃO FISCAL | DEFESAS DO EXECUTADO
1. Fiscalização Tributária
Cabe a legislação tributária fixar os poderes e as competências das autoridades administrativas no que diz
respeito à fiscalização.
Tal atribuição não é inerente a Lei e sim a legislação tributária, que segundo os artigos 96 e 100 do Código
Tributário Nacional compreende as leis, os tratados e convenções internacionais e decretos (atos) do poder
executivo, convênio, portarias, dentre outros.
Assim, quando um assunto e reservado a Lei, apenas lei pode fazê-lo, se tratando de legislação tributária,
todos os instrumentos acima poderão ser utilizados.
Se sujeitam aos poderes de fiscalização administrativa pessoas naturais, jurídicas, contribuintes ou não,
inclusive as que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal (artigo 194, parágrafo único do
Código Tributário Nacional).
CUIDADO! os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal bem como os comprovantes dos lançamentos
neles efetuados, deverão ser guardados até que ocorra a prescrição dos créditos relacionado acima, que é o prazo
para cobrança do crédito tributário que poderá ser de 5 anos ou mais em razão das causas suspensivas e
interruptivas do prazo (artigo 195, parágrafo único do Código Tributário Nacional).
O poder da autoridade administrativa é amplo no sentido no que diz respeito ao objeto da fiscalização,
neste sentido temos a súmula 439 do STF.
O Código Tributário Nacional estabelece que algumas pessoas, mediante intimação escrita tem o dever de
prestar informações ao Fisco, em relação a bens, negócios ou atividades de terceiro. São as pessoas mencionadas
no artigo 197 do Código Tributário Nacional:
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CUIDADO! o dever de prestar informações ao fisco ele deixa de existir diante do dever de sigilo profissional
(parágrafo único do artigo 197 do Código Tributário Nacional).
As autoridades devem manter essas informações em sigilo (conforme artigo 198 do Código Tributário
Nacional), é permitida a divulgação nos seguintes casos:
Há informações que não são sigilosas, podendo ser divulgada pela administração pública, a saber (artigo
198, parágrafo terceiro do Código Tributário Nacional):
3. Parcelamento ou moratória;
4. Incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo beneficiário seja pessoa
jurídica.
2. Dívida Ativa
LINHA DO TEMPO:
1. Fato gerador;
2. Obrigação tributária;
3. Lançamento tributário (materialização do crédito);
4. Crédito tributário;
5. Notificação para pagamento, em caso de inadimplência;
6. Inscrição em dívida ativa (é inscrito em dívida ativa para obtenção da CDA);
7. Certidão de dívida ativa (título executivo extrajudicial) - CDS (artigo 784, IX do Código de Processo
Civil);
8. Execução fiscal (processo autônomo no qual objetiva de atingir bens do devedor para satisfazer o
crédito do credor).
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De acordo com os artigos 201 do Código Tributário Nacional e art. 2° da Lei 6.830/80 (Lei de Execução
Fiscal), a dívida ativa compreende dívida de natureza tributária ou não tributária (não tributária dos quais sejam
credoras as fazendas públicas – exemplo: multa ambiental), inscrita na repartição competente, após esgotado o
prazo para pagamento do tributo.
Só é possível pensa na inscrição da dívida ativa, se esse débito não foi pago.
A dívida ativa abrange a dívida de natureza tributária e não tributária + atualização monetária + juros de
mora + multa de mora + encargos.
Fundamento legal: artigos 202 do Código Tributário Nacional e 2°, parágrafo quinto da Lei de Execução Fiscal.
A inscrição se dá com a lavratura do termo de inscrição em dívida ativa, e é a partir do termo que se extrai
a certidão, que deve conter os mesmos requisitos do termo.
Trata-se de requisitos obrigatórios, visto que a sua omissão ou o erro gera a nulidade da inscrição, da
certidão e de todo processo de cobrança do crédito tributário.
Gera a nulidade da inscrição e do processo de cobrança, mas a nulidade poderá ser danada até decisão de
1ª instância mediante a substituição da certidão, devolvido ao sujeito passivo prazo para defesa que somente
poderá versar sobre a parte modificada.
O Código Tributário Nacional estabelece que a omissão ou erro podem ser sanados mediante a
substituição da certidão nula conforme artigos 203 do Código Tributário Nacional, 2°, parágrafo oitavo da Lei de
Execução Fiscal e Súmula 392 do STJ).
Súmula 392 do STJ, a Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa até a prolação da
sentença de embargos, se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo
da execução.
A dívida ativa goza da presunção relativa de liquidez, certeza e efeito de prova pré-constituída, sendo
possível apresentação de prova em contrário com o ônus da prova ao devedor (artigo 204 do Código Tributário
Nacional e art. 3° da Lei de Execução Fiscal).
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4. Execução Fiscal
Trata-se de execução por quantia certa em que se objetiva a satisfação de créditos de natureza tributária
e não tributária dos quais sejam credores fazendas públicas. Tem por base um título executivo extrajudicial, a
certidão de dívida ativa.
Embargos à execução fiscal que terá o prazo de 30 dias contados do depósito; da juntada da prova da
fiança bancária ou seguro garantia; da intimação da penhora.
Exceção de pré executividade, nos quais só podem ser alegadas matérias de ordem pública, em que não
há dilação probatória.
Neste sentido temos a súmula 393 do STJ, a exceção de pré executividade é admissível na execução fiscal
relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.
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PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE ITCMD E ITBI
ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis - Previstos Art. 156, II §2º da CF e Art. 35 a 42 do CTN:
Fato Gerador: Transmissão, por ato oneroso de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis (art. 1225,
CC) exceto os de garantia (hipoteca e anticrese).
Exceção:
Atividade preponderante for a compra e venda, locação ou arrendamento mercantil de bens imóveis.
Também não incide o ITBI.
Transmissão de direito real de garantia sobre imóveis e aquisição de imóveis de forma originária,
desapropriação e usucapião.
ITCMD – Imposto sobre a transmissão Causa Mortis e Doação – Art. 155, I e o §1º da CF e Art. 35 ao 42 do CTN:
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PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE ITR, IPTU E IPVA
Art. 32 e 34 do CTN.
Súmula 614, STJ, locatário não tem legitimidade relação do IPTU, nem para negociar.
O que é zona urbana, art. 32, § 1º, definida em lei, contenha no mínimo 2 melhoramentos instituídos
mantidos pelo poder público.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de
loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo
que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.
IPTU características:
Progressivo no tempo para cumprir a função social e pelo valor venal (art. 182, § 4º, II, CF/88).
Alíquotas diferentes localização e o uso do imóvel.
Base de cálculo exceção à anterioridade, nonagesimal.
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“Súmula 397 STJ - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento
pelo envio do carnê ao seu endereço.”
Art. 29 a 31 do CTN.
Exceção: Critério da localização, imóvel localizado em zona urbana com finalidade rural, incidirá o ITR, art. 15 do
Decreto lei nº 57/96.
IPVA características:
Alíquota mínima fixadas pela Senado Federal.
Alíquotas diferentes em função do tipo e utilização, tipo de veículo.
Base de cálculo exceção à anterioridade nonagesimal.
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PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE IR E IPI
Art. 43 e 45 CTN.
Generalidade, o IR alcança a totalidade de sujeitos tanto físicas quanto jurídicas residentes ou não no
país.
Pecúnia Non Olet (tributo não tem cheiro, não importa a origem do dinheiro).
Atenção! O IR sobre o acréscimo patrimonial. Assim verbas de natureza indenizatória não sofrem a incidência do
IR.
Para Leitura: Súmulas 125, 136, 215, 286, 463, 498 do STJ.
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O IR somente se sujeita ao princípio da anterioridade anual, não se sujeitando a anterioridade
nonagesimal, Art. 150 §1º da CF.
Fundamentos:
Seletividade, O IPI deve ser seletivo, é uma regra de tributação que permite alíquota diferenciadas em
razão da essencialidade do produto ao consumo.
Não cumulatividade, O IPI, é um imposto não cumulativo, em regra de tributação que permite deduzir o
montante pago nas operações anteriores compensando-se com as operações subsequentes (regime de débito e
crédito) Súmula Vinculante nº 58.
Imunidade Específica do IPI, art. 153 §3º, III da CF, não incide IPI sobre produtos industrializados
destinados ao exterior.
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PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE ICMS E ISS
Fundamento legal: artigos 155, II, parágrafos segundo ao quinto da Constituição Federal + Lei Complementar
87/96 que trata sobre o regramento de incidência + Lei Complementar 24/75 que trata sobre os incentivos fiscais
do ICMS.
1. circulação de mercadorias:
Circulação: transferência de titularidade de um bem, com conteúdo econômico. Não se pode tributar ICMS a
mera transferência física de um bem sem que haja a mudança de titularidade.
Exemplo: transferência de mercadorias entre estabelecimento de um mesmo titular, esta inclusive é a redação da
súmula 166 do STJ.
ATENÇÃO! A tributação do ICMS depende tão somente da relação mercantil de forma habitual e não tão somente
de maneira esporádica (empresário ou equiparado).
Exemplo: venda de bens componentes do ativo fixo imobilizado das empresas (cadeiras, mesas, dentreoutros).
2. importação de bens:
A incidência do ICMS na importação, ocorrerá nos termos do artigo 155, parágrafo segundo IX, a, da
Constituição Federal, ou seja, a importação a qualquer título, de bens, por pessoa física ou jurídica, contribuinte
ou não do ICMS (não importa se a importação esteja sendo realizada para uso próprio ou para fins de
comercialização) estará sujeito a incidência de ICMS.
Ainda, de acordo com a Súmula Vinculante 48, o fato gerador do ICMS na importação, ocorrerá no
momento do desembaraço aduaneiro.
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Caso o serviço de transporte seja realizado dentro do próprio Município, haverá a incidência de ISS
(intramunicipal).
De igual modo, só se tributa o serviço de comunicação, quando este dor a atividade-fim, não se
tributando de ICMS as atividades-meio para o alcance da comunicação.
Exemplos:
Fundamento legal: artigos 156, III, parágrafo terceiro da Constituição Federal + Lei Complementar 116/03
(exclusividade) diz que o serviço que incide ISS não poderá incidir nenhum outro.
Base de cálculo sempre será o preço do serviço; Alíquotas: máxima de 5% e mínima de 2%.
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