DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL DOCENTE: JULIANA ARAÚJO
Atividade 4 – Modo de Produção Feudal
1- Os autores, ao iniciarem sua explicação, concebem feudo como: concessão feita por um senhor feudal aos servos, em um sistema de vassalagem, para produção de subsistência e para sustento, subsequente, da classe dominante, em troca de proteção militar. Dividem-se as concepções sobre o feudalismo, partindo-se ou das relações entre os nobres ou das que ocorrem entre estes senhores feudais e camponeses. Em uma concepção, o feudo é visto como sistema de instituições que geram obrigações de obediência e serviço da parte de um homem livre (vassalo) para com outro homem livre (suserano), o que é descrito como limitante, por não incluir os outros representantes da sociedade. No segundo conceito, entende-se que a esfera política é o centro do feudalismo, sendo este uma forma de governo em um ambiente de extrema fragmentação espacial, após a queda do Império Romano. A justiça é controlada pelo suserano, não havendo centralização do poder. Na terceira concepção, o foco encontra- se na forma de organização socioeconômica, de predominância rural e com a servidão caracterizando a atividade produtiva. As obrigações, serviços ou taxas, são impositivas para o benefício do senhor. O núcleo encontra-se na relação suserano/vassalo. Tais concepções não são vistas como incompatíveis e para o historiador, Robert Brenner, podem ser complementares, com a renda sendo determinada pela exploração sobre os camponeses com a extorsão de parte do produto gerado e tal imposição só sendo feita, mediante a capacidade senhorial de subjugar para manter os laços feudais, garantindo benefícios econômicos e força militar. Mostra-se uma articulação estrutural, relacionando as relações entre os nobres com as com os camponeses, formando uma sociedade feudalista. Porém, mesmo assim, vários historiadores tendem a partir da ideia central, focada ou nas relações camponeses/senhores feudais ou, somente, entre a camada privilegiada.