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IMPERIALISMO

DISCIPLINA: HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL II (ECO-1207).


DOCENTE: VALDÊNIA APOLINÁRIO
DISCENTES: ANNA CAROLINA DA SILVEIRA GONÇALVES
CLEO DE BRITO LIMA
GABRIEL AMANDO ARAÚJO
JÉSSICA FASSANARO CORTEZ DE CARVALHO
ROBSON DA SILVA TEIXEIRA
VANESSA KAROLINE TEIXEIRA LINS DE OLIVEIRA
Conceito segundo Sweezy
Imperialismo é um estágio no desenvolvimento da economia mundial que
ocorreu, predominantemente entre 1880 e 1914, e conjugava as seguintes
características:

● Países capitalistas adiantados industrialmente entram em concorrência no


mercado mundial dos produtos industriais;
● Capital monopolista;
● Exportação de capital – característica destacada das relações econômicas
mundiais;
● Severa rivalidade no mercado mundial;
● Divisão territorial das partes “não-ocupadas” do mundo.
Definição de Lênin:
● A concentração da produção e capital, desenvolvida a tal estágio, que
criou monopólios cujo papel é decisivo na vida Econômica;
● A fusão do capital bancário com o capital industrial e a criação, na
base desse ‘capital financeiro’, de uma oligarquia financeira;
● A exportação de capital, em contraposição à exportação de
mercadorias, torna-se praticamente de grande importância;
● Associações monopolistas, em contraposição à exportação de
mercadorias, torna-se praticamente de grande importância;
● A divisão territorial do mundo pelas maiores potências capitalistas é
completada.
O imperialismo, ou domínio do capital financeiro, é o
capitalismo no seu grau superior, em que essa separação
adquire proporções imensas.

Vladimir Ilitch Lênin


Contexto Histórico - Causas
● Reflexo das transformações ocorridas durante a Revolução Industrial;
● Mudanças no modo de produção - surgimento da indústria;
● Criação de uma economia global atingindo as mais remotas partes do
globo;
● Ampliar o acesso dos países industrializados à matérias-primas para
as indústrias;
● Busca de novos mercados consumidores;
● Concerto Europeu - Buscava a manutenção da paz na Europa. Os
conflitos ocorriam pela busca do controle das áreas coloniais;
● Busca de colônias: desaglomeração da crescente população nas
cidades Europeias.
Nacionalismo, militarismo e racismo
● O nacionalismo e o militarismo como papel essencial no
desenvolvimento capitalista;
● O militarismo (uso da força organizada) é essencial no conflito pela
busca de territórios;
● O nacionalismo, como força de honra e soberania nacionais, no
encorajamento da massa para se sacrificarem em defesa dos ideais
imperialistas;
● A elevação do militarismo tem consequência econômica de grandes
alcances: formação de indústrias monopolistas; maiores oportunidades
de investimento lucrativo à classe capitalista;
● Surgimento de uma justificativa pseudocientífica, com o avanço do
nacionalismo e militarismo, para a política de expansão imperialista:
doutrina da superioridade racial.
O Imperialismo e as Classes
● Tendência de junção, sob a forma do capital monopolista, dos
interesses dos grandes donos de propriedades;
● Além da unificação de interesses capitalistas, há também a unificação
de interesses dos trabalhadores (melhores condições de trabalho,
maiores salários, horas de trabalho reduzidas, etc);
● Crescimento de movimentos sindicais entre a classe operária;
● Surgimento de uma nova classe capitalista, e o declínio de camadas
que não pertencem às classes básicas capitalistas (Ex.: Agricultores);
● Surgimento de oportunidades para que os trabalhadores melhorem
seu padrão de vida, na medida de expansão do capital;
● Sem interesses únicos e sem uma base organizacional comum, a
classe média, torna-se instável (entre o capital e trabalho
organizados), apegando-se a ideias vagas de nacionalismo e
superioridade racial;
O Imperialismo e o Estado
● O capital monopolista precisa se expandir externamente, logo
demanda da assistência e proteção do Estado (raízes das políticas
imperialistas);
● Estado desempenha papel ativo e crucial tanto à nível interno como
externo;
● Concessão e repressão, como formas de garantir a “lei e a ordem” e
ampliação de assistência social ao trabalhador;
● Garantir a centralização do capital e o crescimento do monopólio,
como políticas intervencionistas do Estado;
● Juntamente com o poderio do Estado e do alcance das suas funções
econômicas, vem o declínio da eficiência das entidades
parlamentares;
Guerras de redivisão

● Incluir novos mercados e novas fontes de matérias-primas dentro das


fronteiras protecionistas da própria nação, é a finalidade da política
imperialista;
● A existência de nações industriais relativamente avançadas (com ou
sem impérios próprios);
● Por outro lado, países atrasados formalmente independentes,
ocupando uma relação semicolonial em relação à grandes potências.
Limites do imperialismo
Existem forças opositoras que impõem limites fundamentais à
sobrevivência do Imperialismo:

● De caráter interno: conflitos de classes cada vez mais acentuados -


culminando na revolta da classe trabalhadora contra o capitalismo;
● Relações entre colônia e metrópole – o imperialismo cria problemas
econômicos nas colônias, os quais não consegue resolver;
● Contradição entre o governo (democracia eleitoral) da Metrópole e
da autocracia nos Impérios Coloniais.
Sudeste Asiático: Ocupação Francesa
Impérios Coloniais do Mundo: 1914
Número de Superfície (milhares de População
Colônias km2) (milhares)

Metrópoles Colônias Metrópoles Colônias

Reino Unido 55 310 30.901 46.053 391.583


França 29 531 10.550 39.602 62.350
Alemanha 10 536 3.158 64.926 13.075
Bélgica 1 28 2.335 7.571 15.000
Portugal 8 90 2.063 5.960 9.680
Holanda 8 33 1.957 6.102 37.410
Itália 4 285 1.516 35.239 1.396
Estados Unidos 6 7.766 323 98.781 10.021
Referências
BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental. vol. II. 2ª ed. Tradução de Lourival Gomes
Machado, Lourdes Santos Machado e Leonel Vallandro. São Paulo: Globo, 2000.

HOBSBAWM, Eric. A era dos Impérios (1875-1914), RJ: Paz e Terra. 2008.

LENIN, V. I. O Imperialismo: etapa superior do capitalismo. Campinas: FE/Unicamp, 2011.

SWEEZY, Paul Marlor. Teoria do desenvolvimento capitalista: princípios de economia política marxista.
São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção “Os Economistas”).

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