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FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO UMA BASE DE DADOS PARA SONDAGENS GEOTECNICAS ISABEL MARIA ALVIM TELES _—_— (on3) DEZEMBRO / 1992 i/BAS UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE ENGENHARIA UMA BASE DE DADOS PARA SONDAGENS GEOTECNICAS Isabel Maria Alvim Teles UWIVERR vA DE BO Pa Facuisaay oe Engenharia We aloe Dissertagao apresentada na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto para obtengo do grau de Mestre em Estruturas de Engenharia Civil Trabalho subsidiado pela Junta Nacional de Investigago Cientifica e Tecnolégica. Porto, Dezembro de 1992 AGRADECIMENTOS Nao poderia este trabalho ter sido elaborado sem o contributo directo ou indirecto de muitas pessoas e entidades a quem desejo expressar um profundo reconhecimento, agradecendo em especial: - Ao Professor Matos Fernandes pela orientagao, apoio e constante incentivo, imprescindiveis no desenvolvimento do presente trabalho. - A Junta Nacional de Investigago Cientifica e Tecnolégica pela bolsa de estudos de Mestrado atribuida, bem como ao Professor Jiilio Barreiros Martins, responsivel pelo Projecto de Investigagio financiado pela JNICT "Caracterizagao Geotécnica dos Solos Graniticos Residuais dos Centros Urbanos da Regio Norte" no qual o presente trabalho se integrou. - A MAPREL, pelas facilidades concedidas. - Ao colega Ricardo Santos pela preciosa colaboragdo e amigavel troca de ideias, sobretudo nos aspectos relacionados com a programago. - A Mizé e a Cio pelo auxilio, disponil demonstraram, idade e amizade que sempre ~ A todos os colegas, especialmente ao Carlos Félix, Miranda Guedes ¢ Eugénio Maia, pela amizade e apoio, quer durante a parte escolar do Mestrado, quer no desenvolvimento do presente trabalho. - A D.Clotilde pela sempre pronta colaboragao. Por tiltimo, um especial agradecimento a familia ¢ a todos os amigos, sobretudo Paula, Cila, Joio, Alexandre e Didi pela paciéncia, encorajamento e amizade sem os quais este trabalho nao teria sido possivel. INDICE GERAL AGRADECIMENTOS INDICE GERAL INDICE DE FIGURAS RESUMO ABSTRACT CAPITULO 1 CONSIDERAGOES GERAIS CAPITULO 2 O PROGRAMA BDSPT 2.1 - INTRODUCAO 2.2 - ESTRUTURA DOS DADOS 2.2.1- ESTRUTURA EXTERNA DOS DADOS - A FICHA-TIPO 2.2.1.1 = Caixas e seu conteiido 2.2.1.1.1 - Cabegalho 2.2.1.1.2 - Area de resultados da sondagem 2.2.1.1,3 - Area de observagdes 2.2.2- ESTRUTURA INTERNA DOS DADOS 2.2.2.1 - Tipos de ficheiros utilizaveis 2.2.2.2 - A estrutura extema dos dados 2.2.2.3 - As operagdes a realizar sobre os dados 2.2.2.4 - A gestio de ficheiros iii vii xi Indice geral 2.3 - ASPECTOS GERAIS DO FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA 2.3.1- COMPONENTE GRAFICA - COR 2.3.2- SISTEMA DE ECRANS E MENUS 2.3.3 - DISPOSITIVOS DE COMUNICACAO 2.3.4- VALIDACAO E MENSAGENS DE ERRO 2.3.4.1 - Validago da picagem com o rato 2.3.4.2 - Verificago da exequibilidade da operagio 2.3.4.3 - Verificagiio do formato do dado 2.3.4.4 - Verificagdo das limitagdes impostas pelo programa 2.4 - OPERACOES PRINCIPAIS FACULTADAS PELO PROGRAMA 2.4.1- CONSULTAR 2.4.1.1 - Visualizar uma ficha 2.4.1.2 - Selecgo de fichas 2.4.1.2.1 - Definigdo da selecgtio 2.4.1.2.2 - Execugio da selecgo 2.4.2- INTRODUZIR DADOS 2.4.2.1 - Preencher uma ficha 2.4.2.1.1 - Preenchimento do cabegalho 2.4,2.1.2 « Preenchimento da area de resultados da sondagem 2.4.2.1,3 - Preenchimento da area de observagdes 2.4.2.2 - Armazenagem da ficha introduzida 2.4.3 - ALTERAR 2.4.3.1 - Alterar uma ficha 2.4.3.2 - Saida da opgio 2.4.4- APAGAR 2.4.4.1 - Apagar uma ficha 2.4.4.2 - Saida da op¢io 27 27 29 29 30 31 41 42 43 49 68 70 7 79 79 83 84 84 Indice geral v Pag. 2.4.5- IMPRIMIR 87 2.4.5.1 - Imprimir uma ficha 88 2.4.5.2 - Saida da opgaio 88 2.4.6- TERMINAR 88 CAPITULO 3 CONSIDERAGOES FINAIS 91 ANEXO 1 MENSAGENS DE ERRO 93 ANEXO 2 EXEMPLOS DE FICHAS 99 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ill INDICE DE FIGURAS Fig. 2.1. - Ficha-tipo - Pagina 1. Fig. 2.2. - Ficha-tipo - Pagina 2. Fig. 2.3 - Constituigdo de um registo do ficheiro fichas.spt. Fig. 2.4 - Constituigdo de um registo do ficheiro empexe.spt. Fig. 2.5 - Constituigdo de um registo do ficheiro donobr.spt. Fig. 2.6 - Constituigdo de um registo do ficheiro obras.spt. Fig. 2.7. - Constituigaio de um registo do ficheiro locais.spt. Fig. 2.8 - Constituigaio de um registo do ficheiro dirrua.spt. Fig. 2.9 - Constituigao de um registo do ficheiro datamd.spt. Fig. 2.10 - Esquema de acesso alternado aos ficheiros auxil1 e auxil2. Fig. 2.11 - Constituigaio de um registo dos ficheiro auxil1 e auxil2. Fig. 2.12 - Estrutura do ficheiro actual.spt. Fig. 2.13 - Esquema de dcrans. Fig. 2.14 - Esquema de menus. Fig. 2.15 - Ecran com Menu Principal. Fig. 2.16 - Ecran com uma opgio activada. Fig. 2.17 - Esquema explicativo do funcionamento geral da opgao CONSULTAR. Fig. 2.18 - Esquema explicativo do funcionamento geral dos ficheiros auxill e auxil2, Fig. 2.19 - Ecran na opgio CONSULTAR - Itens de consulta. 28 32 35 viii Fig. Fig. Fig, Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig, Fig. Fig. Fig. Fig Indice de figuras . 2.20 - Eoran na op¢do CONSULTAR - Pagina 1 da ficha. 2.21 - Ecran na opgdo CONSULTAR - Pagina 2 da ficha. 2.22 - Ecran na op¢io CONSULTAR, na situagao "Listar/Teclar?", 2.23 - Ecran na opgio CONSULTAR - Listagem e menu de manipulagao. 2.24-Esquema explicativo do funcionamento geral da op¢io INTRODUZIR DADOS. 2.25 - Organigrama ilustrativo da atribuigo do mimero da ficha. 2.26 - Preenchimento da caixa EMPRESA EXECUTANTE. 2.27 - Preenchimento da caixa DONO DA OBRA/ OBRA. 2.28 - Preenchimento da caixa LOCALIDADE / RUA. 2.29 - Preenchimento da caixa DATA. 2.30 - Preenchimento da caixa NOME DA SONDAGEM. 2.31 ~ Preenchimento da caixa NUMERO TOTAL DE SONDAGENS. 2.32 - Preenchimento da caixa COTA DA BOCA DO FURO. 2.33 - Preenchimento da caixa COORDENADAS DA BOCA DO FURO. 2.34 - Preenchimento da caixa PROFUNDIDADE MAXIMA. 2.35 - Preenchimento da caixa MODALIDADE DE FURACAO. 2.36 - Preenchimento da caixa LITOLOGIA / DESCRICAO. (continuagao) 2.37 - Subrotina STRDES. 2.38 - Subrotina FOLIT1. . 2.39 - Subrotina FOLIT2. Fig, 2.40 - Preenchimento da caixa COMPLEXO. Fig. (continuagio) . 2.41 - Preenchimento da caixa NIVEL AQUIFERO. Pag, 35 37 37 39 4l 43 44 44 45 46 46 47 47 48 49 SI 53 54 55 56 57 59 60 61 Fig Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig. Fig Fig, Fi ig Fig IB. Fig 7 iB. Indice de figuras . 2.42 - Preenchimento da caixa SPT. (continuagao) 2.43 - Subrotina PENETR. 2.44 - Preenchimento da caixa AMOSTRAS. (continuaga0) 2.45 - Preenchimento da caixa OBSERVACOES. 2.46 - Armazenagem da informagao. 2.47 - Ecran na opgdo INTRODUZIR DADOS - Pagina | da ficha. 2.48 - Ecran na opgo INT. DADOS - Inicio do preenchimento da ficha. 2.49 - Ecran na opgao INT. DADOS - Preenchimento da caixa DATA. .2.50-Ecran na opgio INT. DADOS - Preenchimento da caixa AMOSTRAS. .2.51-Esquema explicativo do funcionamento geral da opgio ALTERAR. . 2.52 - Verificagdo da existéncia da ficha a ALTERAR, APAGAR ou IMPRIMIR. . 2.53 - Ecran na opcdo ALTERAR - Pagina 1. . 2.54 - Esquema explicativo do funcionamento geral da opgao APAGAR. . 2.55 - Ecran na opgio APAGAR - Pagina | da ficha. . 2.56 - Esquema explicativo do funcionamento geral da opgiio IMPRIMIR, Fig. 2.57 - Ecran na opgao IMPRIMIR - Pagina | da ficha. Pag, 63 64 65 66 67 69 7 73 73 75 75 71 7B 81 83 85 87 89 RESUMO Para ser executada eficientemente, com seguranga e economia, qualquer obra de Engenharia Civil necessita da caracterizago do terreno em que vai ser implantada. Nas areas mais desenvolvidas é pois gerada grande quantidade de informagao geotécnica, a qual, no entanto, se encontra dispersa. A concentrago, armazenamento ¢ posterior tratamento da mesma podera contribuir para a fiabilidade dos projectos obras naquelas areas. presente trabalho visou a elaborago de um programa de base de dados que possibilitasse 0 armazenamento dessa informagdo, em particular da que resulta das sondagens convencionais de furagio com realizagiio de ensaios SPT. No Capitulo 1 € salientada a necessidade de concentrar a informagao geotécnica, sendo também apontados os beneficios que poderao advir do seu armazenamento através de programas de computador, o que tornard aquela informagaio acessivel para subsequentes consultas ou tratamento, No Capitulo 2 apresenta-se o programa BDSPT, sendo descritas as suas caracteristicas ¢ ilustrando-se o seu funcionamento com organigramas ¢ fotografias do écran, Finalmente, no Capitulo 3 tecem-se algumas consideragées finais, indicando-se algumas sugestées para futuros desenvolvimentos do programa de bases de dados neste trabalho apresentado, ABSTRACT In order to be carried out with eficiency, safety and economy, any activity in Civil Engineering requires a characterization of the soil involved. Although there is a lot of research leading to a large amout of geotechnical information in most developed areas, it is, however, scattered and not easily available. The concentration, storing and further treatment of geotechnical data might contribute to the feasibility of the projects and works in those areas. This work intended to develop a data base computer program which might enable the storing of that information, particularly the one that derives from conventional drilling tests whit SPT. In Chapter 1 is stressed the need to concentrate geotechnical information, pointing out the benefits that may result from its storing in computer programs, thus making it available for further consulting or treatment. Chapter 2 introduces the BDSPT program by describing its characteristics and illustrating its functioning by means of organigrams and screen pictures, Finally, in Chapter 3 some final considerations are put forward, along with suggestions for further development of the data base program. CAPITULO 1 CONSIDERACOES INICIAIS Nos grandes centros urbanos, 0 desenvolvimento tem acarretado as mais diversas obras de Engenharia Civil como edificios, escavagées, tiineis, obras de arte, instalagéo de infraestruturas (saneamento, abastecimento de Agua, gas, etc.), com crescentes exigéncias de qualidade, seguranga e economia, incluindo neste tltimo aspecto prazos de execugdo em geral muito curtos. Além do mais, essas obras tém vindo a exigir uma componente geotécnica cada vez mais importante, no apenas pelas razées atrés apontadas, mas também porque muitas delas implicam profundas alteragdes na propria geometria e nos estados de tensio e de deformagao dos macigos, como as escavagdes subterraneas (tineis rodoviarios, linhas de metropolitano, galerias para infraestruturas, etc.) e a céu aberto (escavagées para caves de edificios, passagens vidrias inferiores, etc.). E ainda de salientar que se procura que esta intervengdo intensiva no espago subterraneo tenha a maior parte das vezes implicagées tio pequenas quanto possivel no exterior, seja por exemplo no condicionamento do trifego, seja nas deformagdes no macigo envolvente que possam causar danos em estruturas e infraestruturas vizinhas. As exigéncias destas obras reflectem-se como é dbvio nos respectivos projectos € estes na caracterizagdo geotécnica dos macigos por aquelas envolvidos. Verifica-se pois, em especial nos grandes centros urbanos, a necessidade de mais ¢ melhores campanhas de caracterizagfo geotécnica, sem esquecer que as obras jé antes realizadas, ¢ tantas foram, exigiram elas proprias também a caracterizagio dos respectivos locais. Esta grande quantidade de informagao gerada sobre areas relativamente restritas € naturalmente preciosa, desde que seja concentrada, devidamente armazenada e, posteriormente, tratada, Infelizmente, ela actualmente encontra-se em grande parte dispersa pelas mais diversas empresas ¢ entidades, apesar de existirem disposigdes legais que em principio visariam a sua concentragio num organismo oficial. Mas, ainda que tal se verificasse, 0 seu armazenamento de modo a tomar fécil ¢ rapida a respectiva consulta é naturalmente fundamental. Se estes dois aspectos forem coneretizados - a concentragao e 0 armazenamento adequados - aquela informasao 2 Consideragaes iniciais assumira plenamente a sua utilidade quer, digamos, directamente para novas obras a edificar em locais ja caracterizados ou nas imediagdes destes, quer, em sentido mais lato, porque constituira base de trabalho para documentos - cartas geotécnicas, estudos de sintese, correlagdes entre parametros, etc. - que visem aprofundar 0 conhecimento mecdnico dos terrenos ¢, portanto, incrementar a fiabilidade dos projectos e das obras. De entre as operagdes de caracterizago geolégico - geotécnica mais frequentes e ricas em contetdo informativo contam-se as sondagens de furagio envolvendo ensaios SPT. O presente trabalho constitui a apresentagio de um Programa de computador elaborado pela autora de modo a constituir uma base de dados para resultados de sondagens geotéenicas convencionais de furagio. Como qualquer base de dados informatica, o programa envolve uma definiga0 de estruturas de armazenamento de informagdo e a existéncia de mecanismos para a manipulagfo dessa informagio. Esta manipulago deve abarcar, no minimo, as seguintes fungdes: ~ consulta de informagdo guardada na base de dados; ~ introdugo de nova informagao na base de dados; ~ climinagao de informago da base de dados. O programa em causa sera responsavel pela interacgdo com os ficheiros onde toda a informagio esta guardada, definindo algoritmos que traduzam eficientemente as instrugées dadas pelo utilizador, como, por exemplo, aceder a determinados dados ou apaga-los. Para além disso, deveré também fazer a validagdo dos dados introduzidos, verificando se eles obedecem a determinadas Testrigdes e prevendo acgdes a desencadear se tal nao se verificar, diminuindo assim a Possibilidade de um mau funcionamento do programa. © objectivo final de qualquer programa de base de dados é oferecer uma eficiente interacgao utilizador - sistema (computador), simplificando e facilitando quer © acesso do operador a informagao guardada, quer a prépria introdugao de informagio, A propésito deste iiltimo aspecto, 0 programa quando utilizado num minicomputador portatil, permitiré a introdugiio de informagao no proprio local da sondagem, 0 que, complementado com as saidas graficas adequadas, facilitard igualmente a elaboragdo e a apresentagio do respectivo relatério. No capitulo seguinte - Capitulo 2 - sera apresentado o programa BDSPT, suas caracteristicas e potencialidades, comegando-se por abordar a organizagio e armazenamento da informagio introduzida, quer sob 0 ponto de vista do utilizador Capitulo 1 3 (estrutura externa), quer sob 0 ponto de vista do programador (estrutura intema), seguindo-se a descrig&o do funcionamento do programa e das principais operagdes por ele facultadas. Finalmente, no Capitulo 3 extraem-se algumas conclusdes principais do trabalho desenvolvido ¢ apontam-se linhas para prosseguimento dos estudos que visam essencialmente alargar 0 ambito do programa desenvolvido a outras operagées de prospecgdo, bem como a implementagdo de alguns médulos (ou programas) complementares que contribuam para potenciar a informagao armazenada, © presente trabalho integrou-se no Projecto de Investigagao "Caracterizagao Geotécnica dos Solos Graniticos Residuais dos Centros Urbanos da Regio Norte’, que no quadriénio 1988-1991 envolveu a Universidade do Minho e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e foi financiado pela Junta Nacional de Investigagao Cientifica e Tecnolégica ao abrigo do programa Mobilizador da Ciéncia e Tecnologia. CAPITULO 2 O PROGRAMA BDSPT 2.1 - INTRODUCAO A grande quantidade de informagio geolégico-geotécnica disponivel, em * especial sobre a forma de sondagens, tem vindo a crescer rapidamente , sobretudo nos grandes centros urbanos. O programa de base de dados que neste capitulo se apresenta tem por objectivo principal o armazenamento ¢ tratamento desses dados, de forma a poder fornecer facil e rapidamente uma documentag&o actualizada que ajudaré, 4 partida, a definir as caracteristicas geotécnicas gerais de determinado local e fornecera pistas quanto a necessidade de efectuar mais sondagens e qual o tipo destas mais adequado ao local em causa e informagao que se pretende complementar ou confirmar. ‘A linguagem de programagio utilizada na execugio deste programa foi o FORTRAN. Apesar de esta linguagem néo ser a ideal para a programagao de bases de dados, encontra-se no entanto amplamente divulgada na area da Engenharia Civil, tendo tornado mais répida a elaboragiio do programa e facilitando, no futuro, um desenvolvimento do mesmo por programadores ligados aquela area. Para a realizagéo do suporte grifico do programa, foi utilizado o GKS (Graphical Kernel System), um conjunto de subrotinas grificas standardizadas, permitindo a portabilidade de programas. O programa BDSPT foi desenvolvido numa VAX-Station Digital, utilizando 0 ULTRIX como sistema operativo, e consta de aproximadamente 11500 linhas que apés compilagdo na referida maquina produzem um executavel de 600 kbytes. O presente capitulo aborda detalhadamente o funcionamento geral do programa BDSPT. Inicialmente apresenta-se a estrutura externa dos dados, sendo feita uma descrigdo da ficha onde toda a informagio de uma sondagem é arrumada, justificando-se também a estrutura interna sobre a qual o programa se apoia. De seguida so abordadas questdes relacionadas com a realizagdo do programa, na qual foi preocupagdo constante a implementagdo dum sistema de facil utilizagao por operadores sem formagio especifica na area da informatica, Finalmente sio pormenorizadamente descritas as principais operagdes facultadas pelo programa. 6 O programa BDSPT 2.2 - ESTRUTURA DOS DADOS primeiro passo na elaboragao dum programa para criar bases de dados sera identificar claramente quais os dados especificos que interessa contemplar, quais as suas caracteristicas e interrelagdes, bem como o tipo de manipulagdo a que vao estar sujeitos. Ou seja, teré de ser definida a estrutura externa dos dados, que sera a tradugiio ldgica de como o utilizador os vé. Cabera depois ao programador definir a estrutura intema dos dados, ou seja, claborar um esquema de armazenamento e distribuigdo dos dados por ficheiros ¢ um método para Ihes aceder. O programa de base de dados vai assim permitir a qualquer utilizador uma visio dos dados duma forma compreensivel para ele, poupando-lhe detalhes mais técnicos de funcionamento interno. 2.2.1 - ESTRUTURA EXTERNA DOS DADOS - A FICHA-TIPO E pratica corrente nas empresas que fazem sondagens, anotar os resultados daquelas numa ficha cuja estrutura foi previamente elaborada e que se vai preenchendo no campo, 4 medida que o ensaio se desenvolve. No programa BDSPT seguiu-se 0 mesmo critério, recolhendo-se a informagao duma sondagem numa ficha-tipo, a qual foi criada apés uma andlise criteriosa de varias fichas utilizadas pelas empresas do ramo. Para possibilitar a visualizagdo dos dados, fez-se corresponder a ficha-tipo a uma folha de formato Ad, com duas paginas, onde a informagio é aranjada tematicamente e localizada no espago da folha de forma a integrar e representar todos os dados e assim facilitar a sua apreensio. Tendo-se constatado que os dados se podem agrupar fundamentalmente em trés temas, dividiu-se a Pagina 1 da ficha-tipo em outras tantas partes, a saber: um cabegalho que serd preenchido com dados relativos a identificagio geral, uma area central onde serio registados os resultados da sondagem propriamente dita, e, em rodapé, uma Area onde se poder anotar informagio que nfo se inclua nas duas areas anteriores ou qualquer observagio/nota julgada pertinente. A Pagina 2 € uma continuagao da 1, ndo apresentando por isso cabegalho (ver Fig. 2.1 Fig. 2.2). Capitulo 2 7 As trés areas anteriormente referidas compreendem ainda subdivisdes (caixas) que asseguram uma distribuigiio organizada da informagao. Nem todas as caixas tm por fung&o guardar dados introduzidos pelo utilizador. Algumas auto-preenchem-se, isto 6, a informacdo nelas contida é gerada automaticamente pelo programa, nao sendo manipulavel pelo utilizador. 1 - Caixas e seu contetido Seguidamente so listados todos os dados que constituem uma ficha-tipo e que, como ja foi referido, estdo distribuidos por caixas (ver Figs. 2.1 € 2.2). 1.1 - Cabegalho Esta area apresenta-se dividida em dez caixas, sendo oito destinadas a registo da identificagao geral ¢ duas com caricter informativo. Empresa executante- nome da empresa que realizou a sondagem. Dono da obra / Obra - nome da entidade que solicitou a sondagem ¢ a obra que a sondagem vai servir. Localidade / Rua - local onde a obra vai ser executada. Data - data da realizagio da sondagem. Nome da sondagem - nome com que foi referenciada a sondagem. N? total de sondagens - mimero total de sondagens realizadas para a mesma obra. Cota da boca do furo - cota da boca do furo (m), Coordenadas da boca do furo - coordenadas cartesianas (x,y) relativas a um determinado referencial (m). Profundidade maxima - valor, em metros, da maxima profundidade atingida pelo ensaio. Pagina - informa o utilizador da pagina onde se encontra (PAGINA 1 ou PAGINA 2). Ficha - informa 0 utilizador do nimero da ficha em que se encontra. O programa BDSPT Ey Few Tao Ta oe Toca 0 SPT a= gf av BAN eRtEA DEETTATE LrToLocia escricaa a ‘ 7 ’ + 2 + 2 “ 8 } bw DSERVE Fig. 2.1 - Fichactipo - Pagina I. Capitulo 2 Pacb @ for lz se i] aval ‘SPT BAW LrToLosia vesenrcaa a fee bev fe a } 34 } 37 bas ° DaseRvACES Fig. 2.2 - Ficha-tipo - Pagina 2. a SS NTT 10 programa BDSPT 2.2.1.1.2 - Area de resultados da sondagem Esta area, que ocupa a maior parte da pagina, esta dividida em sete caixas principais. Profundidade ~- escala que atinge na Pagina 1 0 valor maximo de 18 m (inclusivé), continuando na Pagina 2 até 40 m. Modalidade de furagio - tipo de ferramenta adoptado para progredir em profundidade (ex: percussio, rotagao ...). Litologia - descrigdo dos tipos de solo que compdem os estratos que vio sendo atravessados ao longo da sondagem. Complexo - complexo geoldgico a que pertencem os varios estratos. Nivel aquifero - profundidade a que foi encontrado o nivel de agua e sua variagao, caso exista, SPT - registo dos resultados dos ensaios SPT; esta caixa esta subdividida em trés zonas por onde se distribui a informagao: * registo gréfico do mimero de pancadas do ensaio SPT; * pancadas - Fase 1 / Fase 2 - registo numérico dos nimeros de pancadas referentes as duas fases do ensaio e, caso tenham sido atingidas as 60 pancadas, do comprimento de penetracao; * profundidade (m) - registo numérico da profundidade a que foi feito 0 ensaio. Amostras - desenho da amostra e registo dos parmetros comprimento total da amostra, didmetro e tipo de amostrador. 2.2.1.1.3 - Area de observagées Existe uma area com 0 titulo “OBSERVAGOES" na zona inferior de cada uma das paginas que compoém a ficha-tipo, onde podera ser registado qualquer comentario ou informagao adicional que o utilizador entenda ser relevante, Também nesta area, mas s6 na Pagina 1, sero solicitados dados especificos relativos ao furo e tubo utilizados na sondagem, Copitulo 2 a 2.2.2 - ESTRUTURA INTERNA DOS DADOS Apés terem sido identificados quais os dados a guardar e as operagées a efectuar sobre eles, foi necessario definir a forma de os armazenar e gerir. A eficiéncia duma base de dados dependerd de como a informagao é distribuida por ficheiros, da facilidade de lhes aceder para depositar ou extrair dados e também do seu custo de armazenamento. Para garantir uma boa performance do programa, a estrutura interna dos dados tera de estar adaptada ao problema em causa ¢ aos meios disponiveis para o resolver, sendo varios os factores a ter em consideragao na sua elaboragdo: = 0s tipos de ficheiros utilizaveis; ~ aestrutura externa dos dados; ~ as operagdes a realizar sobre os dados; =a gestdo dos ficheiros. 2.2.2.1 - Tipos de ficheiros utilizaveis Um ficheiro é uma colecgdo de registos semelhantes, sendo cada registo constituido por um ou mais campos que contém dados elementares. Os ficheiros sio mantidos num dispositivo de meméria secundaria, sendo acedidos quando se pretende fazer qualquer troca de informagao. O FORTRAN, linguagem de programagio usada na base de dados BDSPT, suporta ficheiros de acesso sequencial e de acesso directo. Num ficheiro de acesso sequencial, os registos sfio armazenados pela ordem em que sio escritos e s6 podem ser lidos pela mesma ordem, ou seja, para ter acesso a determinado registo terdo de ser lidos todos os registos que o antecedem desde 0 inicio do ficheiro e cuja informagio nfio era necesséria, A manipulagio destes ficheiros toma-se assim lenta ¢ inadequada para aplicagdes como as bases de dados em que a Ieitura de registos serd , na grande maioria das vezes, aleatoria, Nos ficheiros de acesso directo, contrariamente aos anteriores, os registos podem ser lidos por qualquer ordem, tendo-se-lhes acesso directo através dum mimero que 0s identifica (nitmero do registo). eee 12 programa BDSPT Foi este 0 tipo de ficheiros utilizado para armazenagem dos dados do programa BDSPT, uma vez que permitem a manipulagao individual de registos (fracgdes de informagao) independentemente da posigio que ocupam no ficheiro, tormando o funcionamento da base de dados mais répido ¢ eficiente. 2.2.2.2 - A estrutura externa dos dados Do ponto de vista externo, uma ficha agrupa dados duma sé sondagem, constituindo a unidade manipulavel de informago, ou seja, as operagées facultadas pelo programa efectuam-se sobre uma determinada ficha, como por exemplo: apagar a ficha numero 20 ou introduzir uma nova ficha. Por outro lado os ficheiros de acesso directo permitem a manipulagio individual de registos, logo pareceu légico estabelecer a associagao ficha-registo. Para o armazenamento do contetido das fichas, foi criado o ficheiro fichas.spt. Neste a cada registo corresponde uma ficha, sendo o nimero de identificagdo desta igual ao mimero do registo em que esti guardada. A cada dado de uma ficha correspondera um campo do respectivo registo. Para a determinagaio do comprimento do registo, tentou-se dimensionar cada varidvel da ficha-tipo de forma a abarcar a maior parte dos casos correntes (ver Fig. 2.3). O comprimento deste registo é de 2829 bytes, valor este que coresponde ao somatério do comprimento de todos os dados armazenados neste registo. Como se pode verificar pela andlise da Figura 2.3, estéo pré-determinados méaximos (coluna TAMANHO). Assim, por exemplo, s6 serao permitidos 11 caracteres para o nome que identifica a sondagem, 15 estratos ou complexos diferentes, 25 ensaios SPT, etc. E de notar , no entanto, que nos registos deste ficheiro nao estao incluidos os campos referentes aos dados: empresa executante, dono da obra, obra, localidade, rua e data, por raz6es que se apresentam no ponto seguinte. Capitulo 2 1B a DESIGNAGAO ‘TPO DE TAMANHO. DA VARIAVEL VARUAVEL, (oytes) NOME DA SONDAGEM stc08 string " [NY TOTAL DE SONDAGENS Nscos Ineo ‘ COTADA BOCA DO FURO crcor taal ‘ ‘COORD. x BOCA DO FURO exces reat 4 COORD. ¥ BOCADO FURO evcos reat 4 PROFUNDIOADE MAXIMA Pmcos real 4 MODALIDADE DEFURAGAO SSTMER (voIM2) vector de stings $8xNOIM2 PROF. MOD. FURAGKO PRMFR (NOIN2) vector de reals exnoime PROF. ESTR. UTOLOGIA PPRUIT (NOWM2) vector de axnoime ESTRATOS -LITOLOGIA ‘STLIT (NOI) vector de stings soxnoIm2 PROF. ESTR. COMPLEXO PRCPX (NOIM2) vector de reals 4xnome COMPLEXO ‘stePK (Nom2) vector de stings sxnoIMe PROF. NIVEL AQUIFERO RENAR (2) vector de reals an PROF. ENSADO SPT PRSPT (NIM) ‘vector dete xno N*PANCADAS-FASE 1 sPTI (NOMA) vector de Intelos xno NY PANCADAS - FASE spre (wow) vector deinteros 4xNDIME PENETRAGKO- FASE 1 PNEGt (NoIMA) vector de reals xno PENETRAGKO- FASE 2 NEG? (NowMt) vector de reals xno PROF. RECOLAAMOSTRA PRAMO (NIN) vector de reals xno COMPRIMENTO DAAMOSTRA | COMPA (NOIM2) vector de reals xno DIAMETRO DO AMOSTRADOR | STDAM(NDIM2) vector ge sings s0xNoMS ‘TPO DE AMOSTRADOR ssTip9 (wowmay vector de stings 10xNoIMS DIAMETRO D0 FURO. IAMETRO DO TuBO sti08 (9) 1x3 COMPRIMENTO D0 TUBO OBSERVAGOES -PAG. 1 toot sting nucHt OBSERVAGOES- PAG.2 stosz suing much nom Noma = 15 Noma «10 NLCHY #150 Fig. 2.3 - Constituigdo de um registo do ficheiro fichas.spt. cn Ee 14 O programa BDSPT 2.2.2.3 - As operagdes a realizar sobre os dados No programa BDSPT as principais operagdes a realizar sobre as fichas susceptiveis de influenciar a estrutura interna dos dados e altamente dependentes dela, siio as referentes consulta ¢ introdugdo/eliminagao de fichas. A operagdo consultar correspondem duas fungdes distintas: visualizar no écran uma ficha com um determinado niimero e fornecer uma listagem de fichas que contenham dados que obedegam a condigdes pré-estabelecidas pelo operador. ‘Aos dados sobre os quais se podem estabelecer restrigdes foram chamados itens de consulta e pertencem ao cabegalho da ficha, sendo entéo relativos a sua identificagdo geral. Como se verd mais detalhadamente em 2.4.1.2.1, os itens de consulta sio os seguintes: empresa executante, dono da obra, obra, localidade, rua data, Os dados referentes a estes itens, inicialmente localizados no ficheiro fichas.spt, foram dai retirados, tendo sido criados para cada um deles um ficheiro. Desta forma evita-se a leitura desnecessaria de todo um registo quando se pretende somente ler um campo desse mesmo registo, o que se traduz numa maior eficiéncia e rapidez no funcionamento do programa. Assim foram criados os seguintes ficheiros: empexe.spt, donobr.spt, obras.spt, locais.spt, dirrua.spt, datamd.spt. Em conformidade com o ficheiro fichas.spt, também nestes est armazenado, em cada registo, o dado correspondente 4 ficha com 0 mesmo nimero. O comprimento dos registos que constituem qualquer um destes ficheiros é de 40 bytes (ver Figs. 2.4, 2.5, 2.6, 2.7 € 2.8), excepto para o ficheiro datamd.spt que é de 11 bytes (ver Fig, 2.9), correspondendo estes valores aos maximos permitidos para os dados ai armazenados. DESIGNAGAO TIPO DE TAMANHO ae DAVARIAVEL VARIAVEL, bytes) EMPRESA EXECUTANTE stcot STRING 0 Fig, 2.4 - Constituigio de um registo do ficheiro empexe.spt. Capitulo 2 15 DESIGNAGKO TiPODE TAMANHO VaRIAVEL DAVARIAVEL \VARIAVEL bytes) ONO DA OBRA stco2 STRING “ Fig. 2.5 - Constituigdo de um registo do ficheiro donobr.spt. ‘DESIGNAGRO Tio DE TAMANHO ee DA VARIAVEL VARIAVEL Qytes) ona stcoz STRING 40 Fig, 2.6 - Constituigtio de um registo do ficheiro obras.spt. DESIGNAGRO TIPO DE, TAMANHO YaRuivel DAVARIAVEL VARIAVEL yes) LOcALIDADE stets STRING “0 Fig. 2.7 - Constituigdo de um registo do ficheiro locais.spt. DESIGNAGAO TIPO DE TAMANHO eee DA VARIAVEL VARIAVEL (bytes) RUA sTCRS STRING Fig, 2.8 - Constituigiio de um registo do ficheiro dirrua.spt. DESIGNAGKO TiPO DE TAMANHO ee DAVARIAVEL VARIAVEL (bytes) DATA stcos STRING " Fig. 2.9 - Constituigio de um registo do ficheiro datamd.spt. programa BDSPT permite estabelecer mais que uma condigéo de busca, por exemplo: fichas que foram executadas pela empresa X e na localidade Y. Nestes casos, a selecgao de fichas ¢ feita duma forma sequencial para cada restrigdo, reduzindo-se progressivamente 0 universo de procura, Num determinado estadio de busca, a listagem das fichas visualizada no écran obedece a todas as restrigdes impostas até esse momento. hha ————— 16 programa BDSPT Para que isto fosse possivel, foram criados os ficheiros auxill ¢ auxil2, onde vio sendo guardados os universos de procura ¢ que sto acedidos alternadamente a medida que so introduzidas novas restrigdes, como esta esquematizado na Figura 2.10. I I wenooveho I rnoouek Fig, 2.10 - Esquema de acesso alternado aos ficheiros auxill ¢ auxil2, Os ficheiros auxil1 e auxil2 sio pois ficheiros auxiliares cujos registos tém a estrutura apresentada na Figura 2.11 ¢ que vio sendo listados no écran durante o percurso de busca. 4 bytes 40 bytes N°FICHA | DADO CORRESPONDENTE AO ITEM DE PROCURA ig. 2.11 - Constituigo de um registo dos ficheiros auxill e auxil2. E no primeiro campo dos registos que esto armazenados os niimeros das fichas que, num determinado momento, constituem o universo de procura. No segundo campo encontra-se o dado correspondente aquele niimero de ficha e sobre o qual foi imposta a restrigao. Copituto 2 7 2.2.2.4 - A gestio de ficheiros As operagdes de introdugao ¢ climinagdo de fichas implicam a existéncia dum mecanismo de gestio de ficheiros que atribuira um numero de registo a uma nova ficha introduzida ou apagard da base de dados a informagao referente a uma ficha que se pretende eliminar. Nos ficheiros do tipo dos utilizados para armazenar informagao na base de dados BDSPT, nao é possivel apagar registos. Assim, quando se pretende eliminar uma + determinada ficha ter-se-A de marcar o registo por ela ocupado, de modo a poder ignord-lo ou entZo mover outro registo para o seu lugar. Esta segunda opco requer movimento de registos dentro do ficheiro, o que implicaria a alterago do nimero da ficha que Ihe corresponde. Uma vez que a introdugdo de fichas é com certeza mais frequente que a sua eliminagio, pareceu aceitavel assinalar de algum modo os registos correspondentes a fichas apagadas e esperar por uma subsequente introdugo para reusar esse espago. Para garantir a auto-gestio dos ficheiros foi criado o ficheiro actual.spt que é acedido e actualizado sempre que uma ficha é introduzida ou apagada. Este ficheiro & formado por registos de 4 bytes (0 que corresponde ao custo de armazenamento dum niimero inteiro) e esta constituido da seguinte forma (ver Fig. 2.12): no registo 1 esté guardado 0 maior nimero de identificagio de ficha (NTREC); no registo 2 esta guardado o nimero de fichas ja apagadas (NUVAZ), logo que correspondem a espagos vazios reutilizaveis; o registo 3 e seguintes guardam os niimeros das fichas que foram apagadas. N° Reg.= 4 2 3 4 NTREC NUVAZ Vaz VAZ2 Fig. 2.12 - Estrutura do ficheiro actual.spt. Como se vera mais adiante, quando é apagada uma ficha, 0 valor do registo 2 (NUVAZ) é incrementado de uma unidade ¢ é adicionado um registo a actual.spt onde se guarda o mimero do registo da ficha apagada. E de salientar que este tipo de gestdo so é possivel por os registos dos ficheiros onde os dados sao armazenados terem comprimento fixo, o que leva a que 0 espaco tornado disponivel por uma ficha apagada seja exactamente 0 espago necessario para armazenar uma nova ficha. 18 © programa BDSPT 2.3- ASPECTOS GERAIS DO FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA 2.3.1 - COMPONENTE GRAFICA - COR O programa BDSPT foi elaborado de forma a facilitar a sua utilizago por operadores sem formagao especifica. Para isso contribuiu especialmente a componente grafica do programa, tendo sido preocupagdo constante associar a funcionalidade com © conforto visual. Optando por cores suaves que nao agridem visualmente o operador, Julga-se ter reduzido 0 desconforto resultante das sessdes de trabalho em computador. A cada operagao facultada por BDSPT corresponde uma cor, pretendendo-se com isto fazer uma associagio cor/operagdo que se manteré ao longo de todo o programa. Assim, a CONSULTAR corresponde o azul, a INTRODUZIR. DADOS o rosa, a ALTERAR 0 verde, a APAGAR o vermelho ¢ a IMPRIMIR 0 preto, 2.3.2 - SISTEMA DE ECRANS E MENUS O programa apresenta-se estruturado por uma sequéncia de écrans (ver Fig, 2.13) a que estéio associados menus (ver Fig, 2.14) que indicam ao utilizador, em cada momento, o leque de opgdes possiveis, Di-se inicio a sesso de trabalho com o programa BDSPT a partir dum écran que € apresentado apés o genérico € a que corresponde 0 Menu Principal (ver Fig 2.15), assim designado por ser constituido pelas principais operagdes facultadas pelo programa, a saber: - CONSULTAR - INTRODUZIR DADOS - ALTERAR - APAGAR - IMPRIMIR ~ TERMINAR. Qualquer uma destas operagdes ¢ desencadeada automaticamente apés a sua selecgo, sendo dada continuidade ao programa através da apresentagiio de écrans e menus especificos da operagdo seleccionada e que adiante se desenvolveré em pormenor para cada uma das opgdes do Menu Principal. 19 i ie ———— | | i | [A Miocercrcces A] Fig. 2.13 - Esquema de écrans. Capttulo 2 1 Damron Plana seounre eT Ear eee HEN ATER DONO DA OBRA F Canam aoa CaTAaew TERR EW ATTEROR CONTHAR BUSCA MED ANTEROR CONSULTAR -——} [[_paeenenen Phan StouaTE INT. DADOS PRON ANTERIOR ALTERAR. women} ——— APAGAR ATERAR IMPRIMIR, PAaba seauNTE PAGINA ANTEROR TERMINAR [_xew/arenor_}]7——— Aaa Phonan Stour PLOWAANTEROR Pama SEOUNTE PAGINA ANTERIOR Fig. 2.14 - Esquema de menus. MENU ANTERIOR ~ 21 22 programa BDSPT 2.3.3 - DISPOSITIVOS DE COMUNICACAO © utilizador pode comunicar com o programa das seguintes formas: seleccionando com o rato uma determinada opcio dum menu ou fomecendo informago alfanumérica através do teclado. Com o rato, sendo um dispositivo apontador, estabelece-se um tipo de comunicagdo mais visual mas também mais condicionada, ja que se esta restrito as opgdes que constam dos menus. No programa BDSPT as opgdes que constituem os menus encontram-se inseridas em rectangulos, bastando para as activar colocar o cursor que é manobrado pelo rato dentro dessa area e picar. Constata-se que a opcao foi seleccionada quando acontece um reverse video - troca de cor entre o fundo € 0 texto - dentro do rectingulo da opgao (ver Fig, 2.16). E de realgar que o cursor tem sempre um posicionamento inicial automatico na opgdo do menu que se julga ser a mais provavel de ser escolhida pelo utilizador. O teclado, sendo um dispositivo de insergio de caracteres, permite um tipo de comunicagao mais alargada, nao se restringindo a opgdes pré-determinadas. E através do teclado que so introduzidos todos os dados que constituem as fichas. 2.3.4 - VALIDACAO E MENSAGENS DE ERRO Toda a comunicagao estabelecidada entre 0 utilizador ¢ 0 programa é passivel de verificagiio e consequente validagio, emitindo 0 programa avisos sempre que @ informagio introduzida nao seja correcta (ver Anexo 1). Varios testes so feitos aquando da leitura da informagao fornecida pelo operador para garantir que: ~ a picagem com o rato é valida; - a operagao pretendida é possivel; - 0 dado introduzido obedece ao formato; ~ 0 dado introduzido é logico e verifica as limitagSes impostas pelo programa, Capitulo 2 23 2.3.4.1 - Validagdo da picagem com 0 rato Quando ¢ feita uma picagem com 0 rato, o programa adquire as coordenadas x € ) correspondentes ao posicionamento do cursor. Quando estas nao se enquadram numa zona valida (por exemplo: nao pertencem ao menu), 0 programa nao reage, aguardando nova picagem, 2.3.4.2 - Verificagio da exequibilidade da operagio Mesmo quando uma picagem é valida, a operagio escolhida podera nao ser possiyel, dando origem a uma mensagem de erro e sendo facultada a oportunidade de fazer nova escolha. Exemplo: Dentro da opsio ALTERAR do Menu Principal, é perguntado qual o mimero da ficha onde se pretendem fazer as alteragdes, Se o niimero da ficha introduzido nao existir - ou porque essa ficha nunca foi preenchida, ou porque Ja foi anteriormente apagada - a operagio Alterar ndo é obviamente possivel, sendo emitido 0 aviso 30 (Nao existe nenhuma ficha com esse nimero. Tente novamente.). A este tipo de impossibilidade esto associados os avisos 4, 19, 20, 21, 30, 31, 103, 200 ¢ 201 (ver Anexo 1). 2.3.4.3 - Verificagao do formato dos dados Os tipos de varidveis utilizados pelo programa sao sequéncias de caracteres ASCII (strings), com tamanhos pré-estabelecidos (ver Figs. 2.3 a 2.9), mimeros inteiros e reais. No entanto, toda a informagio introduzida através do teclado é lida sob a forma de string, fazendo o programa a conversao para os outros tipos de varidveis, sempre que necessirio, tamanho da string introduzida é a primeira restrigio, podendo dar origem, por exemplo, ao aviso 1 (Demasiados caracteres. Tente novamente com menos caracteres.). A conversio da string para um nimero inteiro ou real implica também uma verificag4o do formato. Por exemplo: uma sequéncia de caracteres correspondente a um mimero inteiro nao poderé apresentar outros caracteres sendo algarismos, Se tal no acontecer, sera apresentada a mensagem de erro correspondente (Exemplo: Aviso 6 - O niimero de sondagens tem que ser inteiro.). Os avisos correspondentes a este tipo de erro sao os seguintes: 1, 2, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 13, 15, 29, 32 ¢ 101 (ver Anexo 1). 24 © programa BDSPT 2.3.4.4 - Verificacio das limitagdes impostas pelo programa Para além de respeitar o formato, os dados introduzidos terao de verificar outras condicionantes légicas. Exemplo: DATA (DD/MM/AAAA) Insergao : 32/10/1992 Mensagem de erro: O dia tem de ser $31 Tente novamente, Certos dados da ficha tém os méximos pré-estabelecidos, como & 0 caso da profundidade que 0 ensaio pode atingir (fixada em 40,0 m), ou o nimero de ensaios SPT para uma mesma sondagem (limitado a 15). Todas estas limitagdes sdo verificadas aquando da introdugao dos dados, dando origem, quando nao cumpridas, as mensagens de erro 3, 11, 12, 14, 16, 17, 18, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 33, 100 e 102 (ver Anexo 1). Capitulo 2 Fig. 2.15 - Ecran com Menu Principal. Fig. 2.16 - Ecran com uma opgio activada. 25 Copttulo 2 2 2.4-OPERACOES PRINCIPAIS FACULTADAS PELO PROGRAMA © programa BDSPT pode considerar-se dividido em 5 médulos, correspondentes as principais operagées facultadas pelo programa, a saber: CONSULTAR, INTRODUZIR DADOS, ALTERAR, APAGAR E IMPRIMIR fichas. Neste ponto far-se-4 uma descrigo da forma como essas operagdes foram implementadas, sendo apresentados organigramas que ajudam a esclarecer 0 seu funcionamento. E também descrito o tratamento grafico a que foram submetidas cada uma das operagdes e que facilita a sua manipulacao, 2.4.1 - CONSULTAR Como jé foi referido em 2.2.2.3, a opio CONSULTAR permite duas operagées distintas: visualizar no écran uma ficha com um determinado niimero ¢ fazer a selecgio e listagem de fichas que obedegam a determinadas condigdes. O operador vai ser apoiado por um menu que se encontra posicionado na parte esquerda do écran (ver Fig. 2.19) e de que fazem parte as seguintes opgdes: - NUMERO DA FICHA - EMPRESA EXECUTANTE - DONO DA OBRA - OBRA - LOCALIDADE -RUA -DATA - CONTINUAR BUSCA - MENU ANTERIOR. A parte direita do écran esta reservada a listagem das fichas. Na Figura 2.17 encontra-se esquematizado 0 funcionamento geral da opgio CONSULTAR. O programa BDSPT [D193809 nh] o GaEEsa SRA | t pL sseeooNT Wy E av IASNOD as i i Fivalonteg} NSH i : i Fig. 2.17 - Esquema explicativo do funcionamento geral da opg&io CONSULTAR. Capitulo 2 29 2.4.1.1 - Visualizar uma ficha Para visualizar uma ficha no écran, acciona-se a oppo NUMERO DA FICHA (posigao inicial do cursor - ver Fig. 2.19) € tecla-se o niimero da ficha que se pretende visualizar. No caso de o mimero da ficha ser incorrecto, isto é, se for maior que o maior niimero de ficha guardado, ou se esse niimero corresponder a uma ficha ja apagada, aparecera a respectiva mensagem de erro. Apés a introdugdo de um nimero de ficha correcto, ter-se-4 acesso a um novo écran (ver Fig. 2.20) onde se poderd consultar os dados da ficha. Este écran, tal como o anterior, encontra-se dividido em duas partes, correspondendo a parte esquerda a primeira pagina da ficha e estando posicionado na parte direita um pequeno menu (PAGINA SEGUINTE, PAGINA ANTERIOR, MENU ANTERIOR), que permite a manipulagdo das paginas e regressar ao menu anterior (ver Figs. 2.20 e 2.21). 2.4.1.2 - Seleceo de fichas Como para visualizar uma ficha ter-se- de saber o seu niimero, foi necessario dotar a base de dados BDSPT de um mecanismo que permitisse determinar os mimeros das fichas das quais se sabem alguns dados, ou seja, que permitisse a busca e selecgo de fichas segundo determinados atributos. Na selecgao das fichas ha a considerar duas fases essenciais: a definiglo e a execugiio da selecgio. A definigdo da selecgdo consiste em indicar as condigdes a que devem obedecer as fichas a seleccionar. Na execugdo da selecgio so determinadas quais as fichas que obedecem as caracteristicas anteriormente definidas e sao indicados os seus nimeros. 30 O programa BDSPT 2.4.1.2.1 - Definigio da selecgio As fichas resultantes duma selecgiio deverdo ter uma caracteristica ou conjunto de caracteristicas comuns. Por exemplo: ~ fichas de sondagens executadas para uma determinada obra; - fichas de sondagens executadas pela empresa X ena localidade Y. De forma a facilitar a selecgo, foram limitados os dados da ficha aos quais se podem impér restrigdes. Estes dados, que incluem os seguintes: empresa executante, dono da obra, obra, localidade, rua e data, correspondem a informagio sobre a identificagdo geral das sondagens pela qual poderd interessar fazer uma busca ou seleccionar um conjunto, Fazendo um paralelo com um arquivo duma biblioteca, poder-se-A dizer que existem ficheiros onde se poderdo procurar sondagens pelo nome da empresa que as executou, pela obra para a qual elas foram feitas, etc., para cada um dos itens de consulta, Como se podera ver pela Figura 2.19, cada item de consulta corresponde a uma opeao do menu de CONSULTAR. Os critérios de selecgdo serio expressos como uma sequéncia de condigdes singulares. Assim, se se pretender ter um conjunto de fichas que obedegam a mais que uma condigio, ter-se-4 de, antes de introduzir a segunda e seguintes condigées, accionar a op¢do CONTINUAR BUSCA (ver Fig. 2.17) para informar o programa da adigdo de nova restrigao, As restrigdes so impostas através duma palavra-chave que tera de estar incluida no dado correspondente ao item de consulta. Por exemplo: se para o item de consulta LOCALIDADE se introduzir a palavra-chave "Beira", sero consideradas todas as fichas que contenham Beira na siring correspondente a0 dado Localidade, como por exemplo: Celorico da Beira, Beira, Ribeira, etc. Para impr uma restrigéo a qualquer um dos itens de consulta, ter-se-a de primeiramente 0 seleccionar do menu e quando confrontado com a pergunta "Listar/Teclar 2" (ver Fig. 2.22) escolher T e teclar de seguida a palavra-chave que serd procurada no dado correspondente aquele item. Se em vez de T se responder L, nao sera solicitada qualquer palavra-chave, sendo de imediato listadas do lado direito do écran 0 mimero das fichas € o respectivo dado com 0 mesmo nome do item de consulta escolhido (ver Fig. 2.23). Capitulo 2 31 2.4,1,2.2 - Execugio da selecgio Apés definida uma condigao, segue-se a fase da execugao da seleceao, isto é, da determinagdo do conjunto de fichas que a verificam. Como ja foi referido, pode ser estabelecido um conjunto de restrigdes ou condigdes de busca, embora o programa trate uma condigio de cada vez. A selecgio de fichas sera entdo definida em cada estidio por uma palavra-chave que impde a restrigdo e por um universo de procura, que esta limitado as fichas que verificam as condigdes introduzidas anteriormente. No inicio de uma busca, ou seja, para a primeira condig&o imposta, o universo a ser raitreado em busca da palavra-chave sera 0 conjunto de todas as fichas da base de dados. Como se viu em 2.2.2.3, a cada dado que é também item de consulta corresponde um ficheiro onde estio armazenados, em cada registo, 0 dado correspondente ficha com o mesmo niimero do registo. Assim, por exemplo, no ficheiro locais.spt esta armazenado no registo 1 a localidade onde foi efectuada a sondagem que consta da ficha nimero 1, no registo 2 a localidade da sondagem da ficha numero 2, etc. Entio se a primeira condig&o imposta fosse relativa a localidade onde a sondagem foi feita, o ficheiro locais.spt seria acedido e percorrer-se-iam todos 0s seus registos em busca da palavra-chave, Os mimeros das fichas que verificassem a codigo © 0 respectivo dado seriam escritos num ficheiro auxiliar a listar do lado direito do écran (ver Fig. 2.23). Como ja foi referido em 2.2.2.3 existem dois ficheiros auxiliares, auxill ¢ auxil2, cujos registos tém dois campos: no primeiro esté guardado o mimero da ficha ¢ no segundo o dado correspondente ao item de consulta a que se impés a restrigdo (ver Fig. 2.11). E entio no registo 1 dos ficheiros auxil1 ou auxil2 que serao armazenados os niimeros das fichas que constituirdo 0 universo de procura para uma proxima restrigao, como ja foi esquematizado anteriormente na Figura 2.10. Assim, no decorrer duma busca, o ficheiro auxiliar mais actualizado sera acedido para fornecer 0 universo de procura. Nos ficheiros correspondentes aos itens de consulta, sero comparados com a palavra-chave apenas os dados pertencentes a fichas que fazem parte desse universo. Os que verificarem a restrigfo serdo armazenados no outro ficheiro auxiliar, que passard a ser o mais actualizado (ver Fig. 2.18). Este iltimo ficheiro sera ento listado no écran. 32 programa BDSPT teglstos do fichelro auxilt (auxll2) Flchelvo aux (aux) - Letra don Rea (eampo doregtsto) ‘Acess0 a um dos sequlntes fichelroai Lipfesrs erase irrua‘s| idalamd apt onforme o dado sobre o qual ze Impbs a resticl0 =Lettura do dado da ficha com n* anteriormente ido ») Verinea ea palavra-chave est Inclulda Fichelro auxil2 (auxilty: + Escteve ont ficha™ nt registo seeped date a FICHEIRO aunt (aus) ‘cna sea aust) rite Ongeueede rita z Fig. 2.18 - Esquema explicativo do funcionamento dos ficheiros auxill e auxil2, Se ainda no decorrer duma busca, e apés ter accionado um item de consulta, se responder L & pergunta "Listar/Teclar 2", sero listados no écran, segundo o item escolhido, todas as fichas que pertencem ao universo de procura. Tal seria o caso se se pretendesse saber, por exemplo, quais as empresas que executaram sondagens na localidade X. Ter-se-ia de primeiramente impér a restrigo da localidade e depois, continuando a busca, escolher o item EMPRESA EXECUTANTE e responder L a pregunta "Listar/Teclar 2", Capitulo 2 33 As listagens sero feitas na parte direita de écran em grupos de 25 fichas, sendo apresentados 0 nimero de cada ficha seguido do dado correspondente ao item de consulta activado, Para manipular a listagem surgiré na parte inferior da zona de listagem um pequeno menu de 3 opgdes: LISTAGEM SEGUINTE, LISTAGEM ANTERIOR, MENU ANTERIOR. As duas primeiras opgdes permitem fazer avangar ou recuar um grupo de 25 fichas. A op¢io MENU ANTERIOR dard acesso a0 menu de CONSULTAR, na parte direita do écran (ver Fig, 2.23). Capitulo 2 Fig. 2.19 - Ecran na opgfio CONSULTAR - Itens de consulta. Fig. 2.20 - Ecran na opgo CONSULTAR - Pagina 1 da ficha. 35 Capitulo 2 37 Fig. 2.21 - Ecran na opgio CONSULTAR - Pagina 2 da ficha. Fig. 2.22 - Ecran na opgio CONSULTAR, na situagdo "Listar/Teclar?”, Capitulo 2 Fig. 2.23 - Ecran na opgo CONSULTAR - Listagem e menu de manipulagao. 39 Coptiulo 2 al 2.4.2 - INTRODUZIR DADOS Esta op¢do, cujo funcionamento geral se encontra esquematizado na Figura 2.24, permite 0 preenchimento de uma ficha, ou seja, a introdugao de informagao referente a uma determinada sondagem. HNTRODUZIR DADDS J [PREENCHER] [PAG SER] PaG: ANT, [BENUSANT] —— cre eae PAG) [Mie] [pom mmomn ee ein a —————————— woe to 3 Ni eres i T eers| ry rea ‘Gama sso — sa cave = RENT ms lpRINCIPAL| I L— Fig. 2.24 - Esquema explicativo do funcionamento geral da opcao INT. DADOS. Quando se selecciona INTRODUZIR DADOS no Menu Principal, ter-se-4 acesso a um écran dividido em duas partes, correspondendo a parte esquerda a primeira pagina da ficha a preencher ¢ a parte direita 0 menu desta opgio de que constam as seguintes opgdes (ver Fig. 2.47): - PREENCHER - PAGINA SEGUINTE - PAGINA ANTERIOR - MENU ANTERIOR. A area abaixo deste menu destina-se 4 insergao dos dados, que vai ser feita de forma interactiva. 42 0 programa BDSPT Durante a leitura dos dados sio feitos alguns testes de validagiio, como ja foi referido em 2.3.4, que tém por fim evitar a introdugao de dados errados ou fora da gama de valores permitida, Se no forem detectados quaisquer erros, os dados so transferidos para a folha, preenchendo a respectiva caixa. Se for detectado um erro, sera emitido um aviso na zona inferior da lado direito do écran (ver Fig. 2.49), informando 0 utilizador do tipo de erro cometido e sendo dada nova oportunidade de insergio do dado. 2.4.2.1 - Preencher uma ficha Para dar inicio a introdugo de dados, acciona-se a opgdo PREENCHER Uma vez seleccionada a opgdo PREENCHER, 0 cursor posicionar-se-a na primeira caixa do cabegalho: EMPRESA EXECUTANTE (ver Fig. 2.48), nao havendo, no entanto, nenhuma sequéncia pré-determinada de preenchimento (poder-se-4 iniciar 0 preenchimento pela caixa DONO DA OBRA, por exemplo, ou qualquer outra). E, no entanto, obrigatério o preenchimento da caixa PROFUNDIDADE MAXIMA para se ter acesso a area de registo dos resultados da sondagem. A selecgdo faz-se picando com o rato dentro do rectiingulo que delimita a caixa, apés 0 que o contormo desta se apresentara numa cor (rosa) mais forte. Sempre que ¢ seleccionada uma caixa, aparecera do lado direito do écran e abaixo do menu, o titulo da caixa seleccionada e também por vezes perguntas que orientam 0 utilizador na introdugiio dos dados. © modo de preenchimento de cada caixa que constitui a ficha-tipo e por onde se distribuem os dados, sera descrito nos pontos seguintes. As caixas NUMERO DA FICHA e PAGINA sio preenchidas pelo programa, A atribuigdo do mimero da ficha, esquematizada no organigrama da Figura 2.25, € feita através do ficheiro actual.spt, que como jé foi referido em 2.2.2.4, é o responsavel pela gestio dos ficheiros da base de dados, contendo informagio sobre o maior nimero de ficha guardada e nimeros de fichas que foram apagadas ¢ a que correspondem agora espagos vazios reutilizaveis. Se tais vazios existirem, a ficha agora a introduzir através da opgdo INTRODUZIR DADOS ira ocupar o espago da ficha que foi apagada ha mais tempo, ou seja, ira ter 0 mimero VAZ.1 (ver Fig. 2.12). Se ndo existirem espagos vazios (NUVAZ = 0, ver Fig. 2.12), entio a nova ficha ira para o fim dos ficheiros de armazenagem dos dados, passando ela a ser a ficha com maior nimero.

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