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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E


TECNOLÓGICAS

6,5/10

CALORIMETRIA

JUCICLÉSIO OLIVEIRA SILVA (201611128)

GABRIEL PEREIRA DA SILVA (201611338)

Relatório apresentado
como parte dos critérios de avaliação da
disciplina CET833 – Física Experimental
II.

Professora: Mª Jaqueline Vasconcelos

ILHÉUS-BA
2017
1. Introdução

A Termodinâmica, um dos principais ramos da física, se destina ao estudo das leis que
regem a relação entre calor e outras formas de energia. Um dos conceitos centrais da
termodinâmica é o de temperatura. A variação de temperatura em um sistema deve-se a uma
mudança da energia térmica do mesmo, devido a trocas de calor entre os corpos do sistema,
ou entre o sistema e o ambiente ou à modificação do sistema ou do ambiente (trabalho).
Partindo de um pequeno número de leis básicas, a termodinâmica leva a muitas conseqüências
importantes, de grande generalidade. Uma vez obtida aà explicação microscópica das leis
básicas, não é preciso procurá-la para cada uma das conseqüências. A 1 a lei da termodinâmica
não passa da extensão do princípio de conservação da energia, levando em conta o calor
como forma de energia. Com a 2 a lei da termodinâmica, aparece pela primeira vez na física a
"seta do tempo", ou seja, o fato de que existe uma direção espontânea de ocorrência dos
fenômenos, que é geralmente irreversível.

A energia térmica perdida ou absorvida por pelo sistema é dada por:

Q=CΔT =C (T f −T i ) Eq.
(1)

A capacidade térmica “C” de corpos constituídos da mesma substância é diretamente


proporcional à massa “m” de cada corpo e à uma constante de proporcionalidade “c” que
depende da substância de que é constituído o corpo. Sendo assim, temos:

Q=mcΔT
Eq.(2)

eEm que “Q”, “m”, “c”, “ΔT”, correspondem, respectivamente, àa energia térmica (que pode ser
dada em J), à massa do corpo (kg), ao calor específico do corpo (J /kg-1 K-1) e àvariação de
temperatura do corpo (K).

Em um sistema composto por dois corpos, A e B, que realizam trocas de calor entre si,
a variação de temperatura de ambos difere no sinal, onde o corpo mais quente perde energia
térmica, o fluxo de calor que sai dele sendo considerado recebendo o sinal negativo, enquanto
que o fluxo de calor recebido pelo corpo mais frio é considerado positivo. o sinal positivo
precede o corpo mais frio, o qual ganha essa energia. Sendo assim, temos:

Qa=−Qb ∴ Qa +Qb =0 Eq.(3)

Porém, calorímetros reais sempre são providos de alguma capacidade térmica “Cc”
não nula, ou seja, participam das trocas de energia entre os corpos ou substâncias no seu
interior. Dessa forma,

Qa +Qb +Qc =0 Eq.(4)

Esta mesma relação deve ser obedecida quando temos duas porções de alguma
substância, em lugar de dois corpos, no interior de um calorímetro. Expressando-a em termos
da capacidade térmica, temos:
C a ΔT a +Cb ΔT b +C c ΔT b=0 Eq.(5)

2. Objetivos

Verificar que as variações de temperatura de duas porções de água no interior de um


calorímetro, originalmente a temperaturas diferentes, são devidas a um mesmo calor que flui
entre essas porções.

3. Material e métodos

• Calorímetro;

• Termômetro;

• béquer de vidro;

• fonte de calor;

• suporte;

• balança;

• gelo.

4. Roteiro Experimental

a) Mediu-seMeça a massa do copo de alumínio interno ao calorímetro. O seuAnote


esse valor e a sua incerteza foram anotados;

b) Mediu-se a eça a massa de uma porção de água à temperatura ambiente que


correspondiaa a quase a metade do volume do copo de alumínio;

c) Colocou-seque umo termômetro no interior do calorímetro e obteve-senha a


temperatura do sistema (água à temperatura ambiente + copo de alumínio);

d) Aqueceu-seça uma porção de água (até aproximadamente 80 °C) e mediu-seça a


massa de água quente necessária para completar o copo de alumínio.

e) Ao final da medida da massa, mediu-seça a temperatura da água, que já deve estar


menor;

f) Colocou-seque a água aquecida no interior do calorímetro, que foi tampadotampe-o


e onde introduziu-se uma o termômetro no orifício da tampa;
g) Apósguarde o sistema entrar em equilíbrio térmico, mediu-se e realize a medida de
temperatura do sistema;

h) Todo Repita todo o procedimento foi repetido mais duas vezes. Antes de reiniciar o
experimento, enxaguou-seágue o copo de alumínio com água até que o mesmo retornavae à
temperatura original;

i) Repetiu-seita o experimento utilizando água à temperatura ambiente e água gelada


(com temperatura inferior a 10 °C). Obteve-senha a temperatura da água gelada misturando
água à temperatura ambiente com alguma quantidade de gelo. ERepita este procedimento foi
repetido mais duas vezes;

j) Se os valores de temperatura e massa forem próximos o bastante a média deve ser


realizado, caso contrário deve ser realizado seis cálculos diferentes. (????) O que isto
significa???

6. Resultados e discussão

A capacidade térmica C de um objeto é a constante de proporcionalidade entre o calor


Q recebido ou cedido pelo objeto e a variação de temperatura ΔT do objeto (Eq.1).), ou seja,
em que T i e T f são as temperaturas inicial e final do objeto, respectivamente. A capacidade
térmica C é medida em unidades de energia por grau ou energia por kelvin. Dois objetos feitos
do mesmo material (água, digamos) têm uma capacidade térmica que é proporcional à sua
massa. Assim, é conveniente definir a "capacidade térmica por unidade de massa", ou calor
específico e, que se refere não a um objeto, mas a uma massa unitária do material de que é
feito o objeto.

Sabendo que o calor específico do alumínio é c al =( 0,90 ± 0,01 ) / g ° C podemos


determinar a capacidade térmica do copo de alumínio, para a qualonde obtiveemos:

C copo=( 27,2 ±2,0 ) /° C A incerteza está errada. O valor correto é 0,32 J/C. Assim a
medida ficou (27,22  0,32) J/C.

As incertezas foram calculadas pela representação da eq. (6), onde f representa a


grandeza a ser calculada, x e y são medidas necessárias para o cálculo dessa grandeza, a e b
representam o expoente da variável derivada e as reticências indicam que a equação pode se
estender se houver mais variáveis envolvidas.

a∆ x 2 b ∆ y 2
∆ f =f
√( x )(+
y ) … Eq.(6)

Sabendo que o calor específico da água é c água =( 4,18 ± 0,01 ) /g ° C , podemos


determinar a capacidade térmica das duas porções de água (quente e fria), bem como suas
respectivas incertezas,como segue na Tabela 1 onde obtemos:

Água quente
Medida C (J/0C)
1 (347,36 ± 58,39)
2 (332,31 ± 50,68)
3 (335,65 ±69,05)

Água fria
Medida C (J/0C)
1 (252,47 ± 13,75)
2 (277,55 ± 16,37)
3 (244,95 ± 14,45)
Tabela 1 (Capacidade térmica das porções de água).

Conhecendo a massa de água, o calor específico da água e a variação da temperatura,


podemos determinar a “quantidade de calor” Q para as duas porções de água e para o copo de
alumínio do calorímetro, bem como suas respectivas incertezas, como segue na Tabela2 onde
obtemos:

Água Quente Água a temp. Ambiente


Medida Q (J) Q(J)
1 (-3473,58 ± -173,88) (2971,98 ± 247,77)
2 (-2326,17 ± -166,25) (3511,20 ± 250,94)
3 (-2685,23 ± -167,95) (2441,12 ± 244,18)

Água fria Água a temp. Ambiente


Medida Q (J) Q(J)
1 (3282,14 ± 126,48) (-1887,69 ± -236,00)
2 (3330,62 ± 139,01) (-2336,62 ± -233,73)
3 (2939,38 ± 122,68) (-1909,42 ± -238,72)
Tabela 2(Valores referentes à energia térmica das porções de água e do copo de alumínio em cada teste).

Somando os três valores de 𝑸, juntamente com a incerteza no valor dessa soma, para
cada teste, como segue na Tabela 3, obtendo:

Água fria
Medida Soma de Q (J)
1 (1748,96 ± 303,01)
2 (1321,24 ± 301,33)
3 (1357,19 ± 296,69)

Água quente
Medida Soma de Q (J)
1 (-774,30 ± 268,13)
2 (994,14 ± 272,30)
3 (-462,27 ± 268,76)
Tabela 3 (Valores referentes à energia térmica total dos seis experimentos).

7. Conclusão
Com o experimento realizado podemos observar que duas porções de uma substância,
inicialmente a temperaturas diferentes, quando colocadas no interior de um calorímetro, a
perda total de energia térmica de uma porção é igual à energia térmica absorvida pela outra,
uma vez que desprezamos as possíveis perdas de energia para o meio externo.

Por meio da análise dos resultados, conseguimos mensurar a capacidade térmica e a


energia térmica de cada porção da substância observada (água) e perceber que levando em
conta suas incertezas, os valores encontrados se igualam aos valores disponíveis na literatura.
As diferenças encontradas entre eles deram-se em razão de pequenos erros experimentais.

Vale ressaltar que embora a imprecisão das medidas nos levarem a um valor
consideravelmente alto para a incerteza, através desta conseguimos encontrar valores cabíveis
para a energia térmica. Portanto, tornou-se claro a importância de o experimento ter consistido
na observação de uma quantidade significativa de medidas da temperatura, pois assim, mesmo
com todas as complicações, conseguimos alcançar o mais próximo valor possível para a
energia térmica total do sistema, uma vez que em melhores condições experimentais
obteríamos um valor bem mais preciso do que o encontrado.

Não, os valores estão bem longe do valor esperado qeu é igual a 0, mesmo levando-se
em consideração os altos valores de incerteza. Talvez vocês tenham esperado muito tempo
para o equilíbrio térmico, de maneira que houve perda de calor para o ambiente.

8. Referências Bibliográficas

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J.; Fundamentos da Física – Gravitação,


Ondas e Termodinâmica, Vol. 2, 9ª Edição, LTC, 2009.

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