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Tema: Acções.
Discentes:
Beira, 2021
Curso: CONTABILIDADE E ADMINISTRACAO PUBLICA
Tema: Acções.
Discentes:
Beira, 2021
Índice
Introdução...................................................................................................................................................1
Objectivos...................................................................................................................................................2
Geral........................................................................................................................................................2
Específicos..............................................................................................................................................2
Metodologia................................................................................................................................................2
1. ACÇÕES............................................................................................................................................3
1.2.3. Units......................................................................................................................................6
Conclusão.................................................................................................................................................10
Referências bibliográficas........................................................................................................................11
Introdução
O presente trabalho é desenvolvimento da unidade curricular direito fiscal, onde ira abordar-
se assuntos que envolvem as acções, focalizando-se em aspectos mais importantes do tema referido.
O trabalho está estruturado em seguintes subtítulos:
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Objectivos
Geral
Falar exaustivamente das acções.
Específicos
Identificar os tipos de acções;
Descrever as vantagens e desvantagens dos tipos de acções.
Metodologia
Neste presente trabalho foi empregada a investigação bibliográfica de Cunho qualitativo, em
que a pesquisa exploratória foi a sua finalidade.
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1. ACÇÕES
1.1. Conceitos gerais
De acordo com Brigham (2001), as acções são as parcelas que compõem o capital social de
uma empresa, ou seja, são as unidades de títulos emitidas por sociedades anónimas. As acções
representam a menor fracção do capital social de uma empresa, ou seja, é o resultado da divisão do
capital social em partes iguais, sendo capital social o investimento dos donos na empresa, ou seja, o
património da empresa, esse dinheiro compra máquinas, paga funcionários etc. O capital social,
assim, é a própria empresa.
Essas acções também chamadas de papéis representam uma pequena parcela do capital
social de uma empresa de capital aberto. Logo, quem adquire uma se torna sócio da empresa
escolhida, sendo dono de uma fracção de seu capital social. Nesse cenário, o accionista tem direito a
participar dos resultados obtidos pela empresa enquanto mantiver os activos.
Como a acção representa uma parte do capital social, quando o valor de mercado de uma
companhia se eleva, o preço do papel sobe. Por outro lado, se a empresa passa por dificuldades ou
em situações nas quais o cenário não é favorável, poderá haver queda na cotação. Assim, os
accionistas também arcam com os riscos atrelados ao negócio. Afinal, as acções são negociadas na
bolsa de valores e o preço de compra e de venda sofre influência da lei de oferta e procura, podendo
trazer lucro ou prejuízo. Para emitir os activos, uma empresa realiza um procedimento chamado de
IPO (initial public offering) ou oferta pública inicial. A partir dele a companhia abre o seu capital
para os accionistas e passa a negociar suas acções na bolsa de valores. Após o encerramento da
oferta pública inicial, as acções são negociadas no mercado secundário, entre os próprios
investidores, sem envolvimento da empresa. A negociação é uma das formas de obter lucro com as
acções buscando, por exemplo, vendê-los por um preço vantajoso. Também é possível ter ganhos
com proventos, como os dividendos partes do lucro que a empresa obtém e distribui com
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investidores. Geralmente, o investimento em acções é focado no longo prazo. Contudo, também
existem estratégias de especulação no curto e curtíssimo prazo.
De acordo com Brigham (2001), esse tipo de papel ou acção garante mais direitos ao
accionista em relação às decisões importantes na gestão da empresa. As suas características são:
Direito a voto em assembleias - Quem detém acções ordinárias tem direito a votar nas
assembleias deliberativas da companhia. O voto acontece de forma proporcional ao número
de acções da empresa que o investidor possui. Ou seja, quem tem 1 papel, terá direito a 1
voto e quem possui 1000 papéis, terá direito a 1000 votos, por exemplo. Por esse motivo,
quanto maior o número de acções da companhia, mais relevância o accionista terá em
relação às decisões das empresas. Dessa maneira, as acções ordinárias possibilitam buscar
controle em relação aos rumos do negócio!
Tag along - As acções ordinárias também dão direito ao chamado tag along. Ele é uma
ferramenta que serve de protecção para os accionistas minoritários caso ocorra a venda da
empresa ou a mudança do controle accionário. Quando essas situacções ocorrem, os
accionistas minoritários podem vender suas acções por um preço equivalente a, pelo menos,
80% do montante pago aos majoritários. Essa importância é uma estipulação mínima
garantida pela lei, mas as empresas podem determinar uma percentagem maior;
Ticker - O ticker das acções é o nome que se dá ao código utilizado para sua negociação na
bolsa de valores. Desse modo, ao buscar os papéis no home broker, o investidor os
encontrará pela representação do ticker. Geralmente, eles são indicados por quatro letras,
que representam a empresa emissora, e um número que representa uma característica do
papel. Nas acções ordinárias, o ticker é finalizado pelo número 3. Logo, quem quer comprar
uma acção da Petromoc, por exemplo, encontrará o ticker PETR3 referente a uma acção
ordinária.
1.2.1.1. Vantagens e desvantagens das acções ordinárias
De acordo com Brigham (2001), a primeira vantagem das acções ordinárias é a possibilidade
de participação em decisões importantes sobre o futuro da empresa. Nesse sentido, como há direito
ao voto em assembleias, o accionista poderá influenciar nos rumos da companhia. Entretanto, isso
pode não fazer tanto sentido para quem detém poucos papéis ou acções. Como o voto é
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proporcional ao número de acções, quem possui apenas algumas unidades não terá tanta influência
nas votações.
As demais, uma desvantagem que pode basear suas decisões de investimento é a menor
liquidez. Ou seja, a facilidade com que o investimento é transformado em dinheiro. Nesse cenário,
as acções ordinárias costumam ter um menor volume de negociações na comparação com os papéis
preferenciais.
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1.2.2.1. Vantagens e desvantagens das acções preferências
1.2.3. Units
Baseando-se em Helfert (2000), as units são outro tipo de acções negociados na bolsa de
valores e também são conhecidas como certificados de depósito de acções. Elas se caracterizam
como um pacote de acções composto por mais de um tipo de acção.
Quem compra uma unit, na verdade, adquire um conjunto de diversas acções da mesma
empresa, mas com diferentes tipos. Logo, a unit contém papéis ordinários e preferenciais emitidos
pela companhia.
Então uma unit pode fornecer o direito às características e vantagens das acções ordinárias e
das acções preferenciais. O investidor terá participação de voto em assembleia proporcionalmente
as acções ordinários da unit e preferência no recebimento de proventos, de acordo com a quantidade
de activos preferenciais.
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1.2.4. Small caps
Baseando-se em Helfert (2000), além dos tipos de acções que já se abordou conheceu,
existe também outra classificação. Ela não considera os direitos adquiridos, mas sim o valor de
mercado da empresa emissora. Então, é importante destacar que nos grupos dessa divisão você pode
encontrar acções ordinárias, preferências e units.
As acções de small caps são aquelas que representam companhias com menor capitalização.
Apesar de não haver uma definição padronizada, costumam ser considerados small caps negócios
que têm um valor de mercado de até US$ 3 bilhões. Com essa característica, elas costumam ser de
empresas mais novas, que não são líderes no seu sector. Também podem representar empresas
maiores, mas de sectores que são considerados menores e de nicho específicos, o que impacta no
valor de mercado.
Devido a esses factores, as small caps costumam ter uma alta volatilidade. Ou seja, a
cotação das acções apresenta maior oscilação que os outros tipos. Outra característica diz respeito
ao maior potencial de crescimento. Isso porque a empresa ainda pode aumentar muito sua
participação no sector diferente de companhias que já são grandes e consolidadas. Ao mesmo
tempo, as small caps envolvem maiores riscos do que os outros tipos.
Baseando-se em Helfert (2000), as mid caps reúnem as acções de empresas com uma
capitalização maior que US$ 3 bilhões. Entretanto, elas ainda não são consideradas grandes
corporações no mercado. Assim, representam um meio-termo entre as small caps e as maiores
empresas da bolsa. Por estarem em um segundo patamar, têm características medianas entre os dois
grupos. Logo, são empresas mais sólidas, mas podem não ser líderes de segmento. Além disso, as
mid caps costumam apresentar menor volatilidade que as anteriores e ter taxa de crescimento um
pouco mais limitada.
Baseando-se em Helfert (2000), por fim, há as large caps que também são conhecidas por
blue chips. O termo se refere às fichas azuis de póquer (as mais valiosas do jogo). Essa classificação
diz respeito as acções de empresas com maior capitalização no mercado. Assim, elas são
companhias consideradas grandes organizações e muito influentes em seu sector, já consolidadas na
área. Por isso, também são chamadas de acções de primeira linha, pois representam as principais
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empresas da bolsa. De modo geral, elas são negócios mais resilientes e que não apresentam tanta
oscilação de preço. Ao mesmo tempo, têm um crescimento reduzido em relação às small caps.
Entretanto, como já estão consolidadas em seus sectores, podem ter lucros constantes e distribuir
mais dividendos.
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sim às instituições bancárias, e manifestam essa intenção ao funcionário do banco, que por sua vez
lhe entrega um impresso especial para preencher o impresso de ordem de compra.
Nesse impresso, também chamado ordem de compra, o investidor vai preencher os dados da
sua identificação como nome, número do BI, NUIT, morada, contacto, e os dados das acções que
quer comprar, a empresa detentora das acções que quer comprar, a quantidade de acções desejada, o
preço que está disposto a pagar por cada acção, e o banco entrega um comprovativo da ordem de
compra. Em Moçambique, é obrigatório que as empresas e os accionistas registem as suas acções na
Bolsa de Valores de Moçambique, através da Central de Valores Mobiliários (CVM). Este serviço
centralizado do registo de acções é similar ao Arquivo de Identificação, mas em vez de se registar
pessoas, registam-se as acções das empresas e outros títulos (obrigações, papel comercial, etc.). Se
o investidor ainda não está registado na CVM, a instituição bancária vai promover o seu registo sem
custos adicionais, da mesma forma que as operadoras móveis o fazem em relação aos seus clientes.
Os Bancos que receberam as ordens de compra dos investidores, vão registar essas ordens na
Bolsa de Valores, onde ficam registadas todas as ordens de bolsa, para serem processadas na Sessão
de Bolsa, que decorre todos os dias úteis das 8h às 12h. No final da Sessão de Bolsa, as acções
foram distribuídas pelas ordens de compra dos investidores, de acordo com as regras de negociação
que são públicas, garantindo a transparência e a igualdade de tratamento entre todos os investidores.
Depois da Sessão de Bolsa, a BVM comunica ao Banco onde cada investidor deu a sua ordem de
compra, a quantidade de acções que lhe foi atribuída, que pode ter sido na totalidade ou só parte das
acções que pretendia comprar. O investidor só paga pelas acções que comprou. As acções
compradas vão ficar registadas em nome do investidor (agora accionista), junto do seu banco, numa
conta especial chamada de conta de títulos, cujo extracto mostra a quantidade de acções comprada.
Os investidores compram acções cotadas na Bolsa de Valores pelas seguintes razões:
Para receber os lucros distribuídos pela empresa aos seus accionistas (dividendos);
Porque espera que as acções subam de preço (valorização das acções);
Prestígio de ser accionista de uma determinada empresa;
Para diversificar a aplicação das suas poupanças;
Como investimento de médio e longo prazo;
Como mecanismo de empoderamento económico.
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Conclusão
Com a elaboração do presente trabalho conclui-se que acções são as parcelas que compõem
o capital social de uma empresa, ou seja, são as unidades de títulos emitidas por sociedades
anónimas. As acções representam a menor fracção do capital social de uma empresa, ou seja, é o
resultado da divisão do capital social em partes iguais, sendo o capital social o investimento dos
donos na empresa, ou seja, o património da empresa, esse dinheiro compra máquinas, paga
funcionários etc. O capital social, assim, é a própria empresa. As acções representam uma maneira
descomplicada e fácil da participações de muitos sócios numa empresa, "enquanto a entrada ou
saída na sociedade de uma empresa limitada ou de capital fechado requer um processo burocrático
de alterações de contractos sociais, comprar ou vender uma acção de uma empresa listada em bolsa
é um ato feito electronicamente. Como a negociação é diária e electrónica, o preço das acções
flutua: se há muitos compradores, o preço tende a subir; do contrário, ou seja, quando há muitos
investidores vendendo essas acções, o preço cai, é a lei da oferta e da procura.
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Referências bibliográficas