Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SEM MEDO
DA MORTE
Construindo Uma Realidade Multidimensional
Reimpressão: 2012
Inclui bibliografia
1. Dessomática. 2. Projeciologia.
3. Conscienciologia. I. Hoffmann, Vera.
II. Título.
CDD 159.922
Tatiana Lopes CRB 9/1524
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
PREFÁCIO ........................................................ 11
PREFÁCIO
O COMEÇO DA HISTÓRIA
1
Paradigma consciencial: Modelo de estudo voltado para a consciência
multimilenar que somos e que se manifesta além do cérebro e além da di-
mensão física.
16 • SEM MEDO DA MORTE
POSICIONAMENTO
O QUESTIONAMENTO CLÁSSICO
2
Luc Ferry; Aprender a Viver; p. 24, 25.
3
Wikipédia.
4
www. Infosarcomas.com/descargas/libros/16.pdf
SEM MEDO DA MORTE • 23
de anos, através de centenas de vidas e corpos e até hoje
nossa relação com ela ainda ser complicada, contraditória
e profundamente sofrida. Será que precisa ser assim?
Urge entender e melhorar nossa relação com a morte,
diminuir sua interferência negativa sobre a vida. Pensei, por
exemplo, em listar seus pontos positivos para entender seu
significado mais profundo, embora prefira deixar isso mais
para o final.
A morte traz em si o senso da paradoxalidade. As
pessoas reagem de maneira contrária umas das outras devido
ao seu modo de ver o mundo, o filtro usado para analisá-la.
Para algumas pessoas, que chamaremos de Grupo Um,
passar por uma experiência tão dolorida quanto a de perder
um ente querido, ou encontrar-se próximo da morte pode
representar um salto no seu processo evolutivo porque, nesta
hora, serão capazes de abrir-se a novas ideias. Sair de si
mesmas, enxergar o mundo com mais possibilidades –
a situação assim o exige.
No momento de uma experiência difícil como a da
morte, a vida parece destituída de uma razão lógica.
Importante é não sucumbir ao impulso de estagnar o pen-
samento por aí. É preciso encontrar uma nova realidade
para embasar a vida. Existe a urgência de afastar-se da zona
de acomodação, arregaçar as mangas e partir em busca de
respostas para seus questionamentos. Não dá para aguentar
do jeito que está. E uma pergunta fica ecoando:
– Qual o sentido desta vida?
A partir desta clássica questão da filosofia, pode ter
início um processo amplo de reciclagem, de mudança íntima.
24 • SEM MEDO DA MORTE
5
Melillo Aldo; Ojeda Elbio Néstor Suarez; Resiliência: Descobrindo as
Próprias Fortalezas; p.15.
6
Interassistência: assistência entre consciências fundamentada no princípio
de “quem é menos doente assiste ao mais doente”. É um trabalho de mão
dupla, onde o assistente também se beneficia.
SEM MEDO DA MORTE • 25
pessoas podem se espelhar em você, na sua atitude positiva
e você nem imagina?
Posso afirmar pela minha vivência: as palavras,
principalmente as escritas, deixam marcas profundas nessa
hora em que estamos perdidos de dor. E se é bom receber
esse conforto por que não dá-lo também a quem precisa?
Podemos escrever uma pequena carta, um bilhete
transmitindo um pouco de esperança. Não palavras vazias,
formais, mas impregnadas com o sentido da experiência
e da sua superação. O peso disto é bem alto. As suas energias
podem muito. Já escrevi a muitas pessoas que estavam passando
por um momento de perda, mesmo sem conhecê-las.
Voltando à paradoxalidade da morte – existem as pes-
soas do Grupo Dois, mais apegadas ao mundo material,
adeptas da ideia de finitude da vida. Para elas, passar por
uma experiência em relação à morte significa uma estagnação
evolutiva porque a consciência afetada mergulha no deses-
pero inerente ao desconhecimento da sua “realidade cons-
ciencial”. Para elas tudo que importava era o corpo e ele se
foi. Dessa forma, só conseguem se vitimizar, dramatizar ainda
mais o acontecido. E se fecham às ideias libertárias que po-
deriam ajudá-las a sair do sofrimento.
O mundo está cheio de exemplos de pessoas as quais
perdem a razão para viver a partir do momento que ficam
sem a companhia de seus seres amados. Simplesmente vão sendo
levadas pela vida. A dor sentida lhes parece única: ninguém
mais estaria vivendo situação igual. Passa o tempo e elas con-
tinuam mergulhadas no sentimento de mágoa e inconfor-
mismo a se perguntar:
– Por que isso foi acontecer logo comigo?
26 • SEM MEDO DA MORTE
Vejamos, então:
Para alguns indivíduos, enfrentar um processo de perda
de alguém pode ser uma alavanca, eles se reformulam inti-
mamente, encontram nova razão de viver, dão um longo
passo no processo evolutivo.
Outros se fecham num círculo vicioso de autopiedade
e apenas passam pela vida.
Existe ainda um terceiro grupo: quem resolve apro-
veitar a vida a partir da experiência com a proximidade da
morte. São os que se apegam aos prazeres e vivem a eterna
superficialidade, para “fugir” aos questionamentos clássicos.
Não desejam pensar no significado da vida e da morte,
preferem deixar isto, talvez, para quando chegar a hora de
partir.
Em geral, cometem abusos e imprudências em nome
do prazer ou simplesmente levam uma vida fútil. Como se
os atos de hoje não tivessem consequências futuras.
Claro, para este grupo dos céticos o futuro ou a vida
depois da morte não é sequer uma possibilidade, quanto
mais uma realidade concreta.
Nesse caso, também são incapazes de dar-se conta de
que não existe na vida “nenhum recebimento existencial,
pessoal, de dotação ou bem ocioso. Cada condição favorável do
homem ou mulher, na vida humana é destinada, sem privilégio,
a específica aplicação no contexto da programação existencial
predeterminada”.7
7
Waldo Vieira; Enciclopédia da Conscienciologia; verbete Interação dos
Recebimentos.
SEM MEDO DA MORTE • 27
– Você está desperdiçando seus talentos e recursos,
usando-os somente para seu próprio prazer? A finalidade
da vida não é esta, com certeza.
– Já parou para pensar, ou já teve experiências que
o fizessem posicionar-se em algum desses grupos? Em qual?
No da fuga, no da autopiedade, da vitimização ou já conse-
gue usar as perdas ao modo de alavancas evolutivas?
28
A BUSCA DA FELICIDADE
“Se nossa vida não tiver nenhum sentido além da nossa própria
felicidade, é provável que, ao conseguirmos aquilo que julgamos
necessário à nossa felicidade, constatemos que a felicidade em si
continua a esquivar-se de nós.”
( Peter Singer)
8
Peter Singer; Ética Prática; p. 349.
32
MECANISMOS DE DEFESA
9
Stephen Simon; A Força Está em Voçê; p.130.
SEM MEDO DA MORTE • 35
Ao invés de tratar do assunto preferi me fechar. Pro-
curei me distrair. Ocupei minha mente com assuntos mais
leves.
Não é o que a maioria das pessoas faz? Isso resolve?
Não, só protela o enfrentamento do problema.
Oportunidades eu tive de buscar respostas para en-
tender essa passagem chamada equivocadamente de morte
(trataremos desse equívoco adiante). O tema, porém, parecia
muito distante de mim. Afinal, eu era jovem, a minha família
também era jovem, saudável. Continuei sem ter intenção de
saber do assunto. Faltava coragem para enfrentá-lo. O medo,
porém, era onipresente e enorme. Era como se eu pressen-
tisse que algo estava para acontecer.
Um ano antes de ocorrer a partida do meu filho Lean-
dro para a outra dimensão, ele sofreu um acidente de bici-
cleta e fui praticamente a única testemunha do fato. Antes
de sairmos de casa, insisti para que fosse comigo no carro.
Ele não quis. Preferia ir de bicicleta porque eu viria para
casa mais cedo e ele não queria voltar a pé.
Estávamos numa rua quase deserta: eu, em meu carro
e ele, na sua bicicleta, indo para a escola de inglês. Veio um
automóvel na direção contrária àquela que estávamos indo
e forçou-o a ir muito próximo da calçada. A consequência
foi a batida no meio-fio, o choque com a árvore e a queda
no asfalto.
O carro responsável pelo acidente foi embora sem parar.
Até hoje, não sei se quem o conduzia se deu conta do ocor-
rido porque não houve colisão. Talvez essa pessoa estivesse
muito distraída, pois, num primeiro momento não calculou
36 • SEM MEDO DA MORTE
A INTERLIGAÇÃO
PASSADO X PRESENTE
10
Retrocognição: Parapercepção da consciência que lhe permite o acesso
às memórias de fatos, cenas, pessoas, lugares, objetos, sentimentos, emoções
e vivências pertencentes às suas vidas anteriores ou ao período passado
entre essas vidas.
47
AS SINCRONICIDADES
11
William Buhlman; Aventuras Além do Corpo; p. 135.
12
Amparo: Ajuda de auxiliares invisíveis na dimensão física que trabalham
pelo nosso bem.
SEM MEDO DA MORTE • 49
É sobre este caminho que desejo contar a você. Quan-
do estamos abertos e determinados a encontrar respostas, as
sincronicidades começam a acontecer.
Passo a passo, fui preparando terreno, vencendo meus
temores, permitindo novas ideias e cheguei ao que sei hoje.
Uma pessoa me apresentava à outra, esta conhecia outro
alguém e eu, nessas interações, ia me fortalecendo para as
próximas descobertas, pois não é fácil mudar um modelo
mental no qual toda sua vida está embasada.
Queria muito usar uma frase de grande impacto, den-
tro do meu entendimento, porém, não tenho a mínima ideia
se ela surgiu da minha cabeça ou se alguém a escreveu antes
e não lembrei de anotar a fonte: “Suas experiências o levarão
aonde pretenda chegar” ou seja, se houver firmeza em alcan-
çar determinado lugar ou determinadas ideias, as coisas vão
acontecer para que chegue lá.
Durante os primeiros meses após a partida do Le, um
processo alérgico no rosto me aborrecia muito. Já havia ido
algumas vezes ao dermatologista e as coisas só se resolviam
temporariamente. Resolvi, então, procurar um médico ho-
meopata.
Normalmente, médico homeopata pergunta tudo
sobre a vida da gente, até dos sonhos. Além da turma dos
psi – psicólogos, psiquiatras, psicanalistas – parecem ser as
únicas pessoas a ouvirem nossos sonhos com atenção e curio-
sidade.
Neste caso, iniciei falando a ele que seguidamente so-
nhava com o Le. Eram sonhos muito claros, pois eu fazia
questionamentos, aprendia coisas e, além de tudo, pareciam
ser reais. Como explicar isso?
50 • SEM MEDO DA MORTE
13
Projeciologia: Ciência que trata da passagem da consciência para o estado
projetado; que estuda a experiência fora do corpo físico.
51
Ele disse:
– Pode ficar tranquila, estão cuidando muito bem de
mim.
Neste momento, notei que não usava mais a sonda para
se alimentar e senti-me aliviada. Vê-lo preso à sonda sempre
fora um tormento para mim. Acordei leve e feliz por tê-lo
encontrado. O local onde o encontrei parecia ser bom
e, pelo jeito, estava bem atendido e tranquilo.
Eu estava era cheia de perguntas.
Seria mesmo só um sonho? Tudo me parecera tão real.
Mas, se não era um sonho, o que era afinal? Onde eu poderia
ter andado?
E por que a sensação de saber que não deveria entrar
ali? Hoje sei, não é o ideal perturbarmos as pessoas que estão
se recuperando na outra dimensão, logo após a sua chegada.
Eles também têm dificuldades de adaptação a enfrentar
e o nosso apego e sofrimento não ajudam em nada.
Agora sim, vamos falar do curso para o qual me ins-
crevi na ocasião e pelo qual esperava tão ansiosamente. Quan-
do o professor entrou na sala de aula e começou sua expli-
cação, tudo fez sentido. Aqueles conceitos se encaixavam
e se ajustavam às ideias inatas que eu trazia acerca da lógica
do mundo. Um universo novo se abria, porém, lá no fundo,
bem dentro de mim, era como se eu já soubesse sobre o que
ele estava falando. As ideias, apenas, não tinham ainda
aflorado, se tornado objetivas. Antes, eu estava no estágio
do sentir, do intuir e este curso inverteu a fórmula – passei
a pensar mais, a compreender mais.
SEM MEDO DA MORTE • 53
– Você me entende? Já passou por algo semelhante?
As ideias que transformaram a minha vida estão ba-
seadas, principalmente, nos livros que tratam de uma nova
ciência: a Conscienciologia14 e, muito especialmente, no
Tratado de Projeciologia15 de Waldo Vieira, médico, pes-
quisador e sistematizador dessas linhas de pesquisa sobre
a Consciência. Esse livro, pelo qual tenho um apreço especial,
hoje está na quinta edição, mas o conheci na primeira edição
de 1986. Ele representou um papel de divisor de águas:
o mundo conhecido por mim antes e o novo que se des-
cortinou diante de meus olhos.
14
Conscienciologia: O estudo científico da consciência de maneira integral,
considerando todos os seus corpos, dimensões em que ela se manifesta,
existências e interações energéticas.
15
Waldo Vieira; Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência
Fora do Corpo Humano; 1999.
54
16
William Buhlman; Aventuras Alem do Corpo; p. 83.
58 • SEM MEDO DA MORTE
17
Estado Vibracional: Condição na qual o corpo energético e o corpo das
emoções (psicossoma) aceleram suas vibrações ao máximo e as repercussões
são sentidas no corpo físico, por exemplo: forte vibração de energia da
cabeça aos pés.
18
Vigília Física Ordinária: Estado de quem está acordado e com o predomínio
de ondas cerebrais Beta.
SEM MEDO DA MORTE • 59
19
Waldo Vieira; Projeções da Consciência; p.184.
64 • SEM MEDO DA MORTE
SEPARANDO OS VEÍCULOS
RENOMEANDO OS SONHOS
20
Consciência assediadora: Consciência que exerce ação negativa direta ou
indireta sobre outra.
80 • SEM MEDO DA MORTE
A PROGRAMAÇÃO
‘21
Schwanitz Dietrich; Cultura Geral; p.203
SEM MEDO DA MORTE • 87
Goethe deixou acesa e pulsante a ideia de que a morte
era a solução, incentivando, mesmo inconscientemente, as
pessoas a cometerem esse ato de graves consequências.
Doce ilusão a de que a morte é o melhor recurso: ela
não elimina os conflitos porque o corpo mental ou das ideias
e o corpo das emoções – causadores do desejo de sumir deste
mundo – o acompanharão ao outro mundo. A pessoa se vê
sofrendo de igual maneira, porém sem o corpo físico e sem
condições de resolver os problemas deixados, os quais agora,
inclusive, estão acrescidos de outros, surgidos pela sua pre-
matura partida.
– O autor tem ou não responsabilidade sobre o que
escreve? No entanto, ele sequer sonha que eu ou você exis-
timos e o que fazemos, não é mesmo?
– E os filmes que você vê? Não seguem a mesma lógica?
Indo mais fundo nessa reflexão:
– E os seus pequenos atos, por exemplo, a maneira de
interagir com o planeta, tem reflexos para outras pessoas?
– E elas tomam consciência da sua existência? Não,
mas mesmo assim você tem responsabilidade sobre isso. Faz
parte do seu compromisso mais amplo.
Então, primeiro temos um acordo de executar tarefas
para o nosso benefício, ou para a nossa evolução pessoal, de-
pois com o grupo mais próximo e, por último, com o gran-
de grupo – a humanidade.
Você pode ainda ser descobridor de algo em benefício
da humanidade e este fato poderá até ser retomado por você
numa próxima vida em continuação ao seu projeto inicial.
88 • SEM MEDO DA MORTE
22
Zero Hora de Porto Alegre, RS; Ano 45; nº 15.603; segundo caderno
Global Tech; página inicial.
SEM MEDO DA MORTE • 93
Existe também um método chamado freeze-dry,23 que
congela o cadáver, o desidrata e depois o coloca numa esteira
vibratória até se estilhaçar e virar pó. O pó é transformado
em adubo. O problema é que, por enquanto está disponível
apenas na Suécia, o que torna as coisas bastante difíceis.
Sempre que surgem tecnologias impactantes iguais
a essas, a tendência é serem rechaçadas por um determinado
período até as pessoas acostumarem-se com a nova ideia
e a experiência provar ser realmente melhor do que as já
existentes, ou caírem em desuso devido ao preconceito. Qual-
quer um dos métodos me parece ótimo, melhor até do que
a cremação.
23
Matéria sobre o freeze-dry publicada na revista Super Interessante, Ed.
267, julho de 2009, página 48
94
SOBRE A MORTE
24
Revista Super Interessante; Ed. 220; dezembro 2005; p. 49.
SEM MEDO DA MORTE • 95
um homem considerado morto por afogamento poderia ser
ressuscitado enchendo-se os seus pulmões de ar.
Apenas em 1846, Eugene Bouchut lançou uma pro-
posta, conhecida como tríade Bouchut, sobre os sinais de
morte. Seriam eles: a ausência de respiração, de batimentos
cardíacos e de circulação. Porém, no final século XIX, veri-
ficou-se que o coração das pessoas decapitadas continuava
a bater por até uma hora. Conclui-se, então, que além do
coração e do pulmão o sistema nervoso era fundamental
para a definição da morte e ele somou-se à tríade.25
Hoje, a parada das funções encefálicas determina
a morte, mas daqui a algumas décadas, ou séculos prevalecerá
o mesmo conceito?
– Chegamos ao nível máximo de evolução nesse quesito
e agora vamos estancar?
E se os pesquisadores da ciência convencional desco-
brissem que a morte teria início na estrutura do cordão de
prata e não nas células do soma?
O conceito de morte e também a posição pessoal diante
dela é modificado pela cultura, pela sociedade, pelo avanço
da tecnologia.
Do ponto de vista da Conscienciologia, a morte é a de-
sativação e o descarte indolor de um veículo de manifestação
da consciência, nesse caso o soma. A consciência continua
sua existência com os outros corpos na dimensão extrafísica
da qual é originária.
25
Revista Super Interessante; Ed. 220; dezembro 2005; p. 48.
96 • SEM MEDO DA MORTE
SEM MEDO DA MORTE • 97
Durante o sono, quando deixamos o corpo físico e saí-
mos com os outros veículos de manifestação da consciência
ficamos ligados a ele por um cordão energético chamado
cordão de prata, assim denominado devido à luminosidade
prateada emitida.
A ruptura do cordão de prata é o que define a desa-
tivação do soma. Nesse momento, não é mais possível a trans-
ferência de energias conscienciais para esse veículo; ele
é descartado e a consciência segue com os veículos restantes.
A consciência projetada pode ver ou não o seu cordão
– depende do nível de lucidez no momento e da atenção
concentrada. Esse cordão é mais grosso quando próximo
ao corpo físico, depois vai se tornando muito fino, igual
a um fio de cabelo.
Ao dormirmos, estando lúcidos ou não para o fato,
saímos do corpo e mantemos nossa ligação com ele, fazendo
assim um ensaio para a morte biológica. A morte nada mais
é do que o rompimento do cordão energético impossibi-
litando a nossa volta para esse corpo físico.
Desconhecer a nossa essência multiexistencial e multi-
dimensional, ou seja, saber quem realmente somos é a razão
mais profunda do medo da morte. Se, através dos nossos
conhecimentos e experiências, tivéssemos a certeza de que
somos uma consciência (ou uma alma) que tem um corpo
e não um corpo que tem uma alma como eu pensava, quando
chegasse a hora de partir para a outra dimensão, simplesmen-
te voltaríamos para a casa depois de um longo tempo, para
a companhia de amigos muito queridos, com naturalidade.
Analise as implicações dessa descoberta – ela inverte o sentido
de tudo que estamos acostumados a pensar.
98 • SEM MEDO DA MORTE
26
Philip Kapleau; A Roda da Vida e da Morte; 1997.
SEM MEDO DA MORTE • 99
elas acabam se tornando familiares, conhecidas. É o caso de um
corpo físico já desgastado, sem saúde e sem qualidade de vida.
Apesar do sofrimento que possa estar causando, ainda o que-
remos desesperadamente.
Em matéria de morte, o conhecimento da humanidade
não é lá essas coisas. Sócrates já dizia: “os homens temem
a morte como o maior dos males devido a vergonhosa igno-
rância de achar que sabem o que não sabem”.
– Como saber que a morte é realmente isso que falei?
Só tem um jeito: pesquisar por si mesmo – sem morrer,
é claro. A ferramenta mais adequada para tal estudo é a saída
lúcida do corpo ou projeção consciente. No entanto, até
que aconteça essa experiência lúcida, você pode, por exem-
plo, ler e estudar sobre EQM.
– Por quê? Porque EQM é o tipo de projeção mais
pesquisada atualmente. Muitos cientistas estão interessados
em desvendar esse assunto de difícil explicação e um enigma
para eles.
100
EQM
27
Waldo Vieira; Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência
Fora do Corpo Humano; p. 141.
SEM MEDO DA MORTE • 101
sobre o assunto cujo título é bem sugestivo “Voltei para
Contar”.28 Se alguns voltam, apesar de terem sido consi-
derados mortos, isso não é um indício de que existe um
padrão de morte ainda não utilizado nem aceito pela ciência
convencional? Esse padrão vai além do tradicionalmente
admitido pela maioria.
Segundo a ciência Conscienciologia, é possível acon-
tecer à volta ao corpo considerado morto porque o cordão
de prata ainda não se partiu e parece que o fornecimento
de energias vitais para o corpo físico ainda continua, embora
não sejam detectados esses fluxos pelos aparelhos que a ciência
atualmente possui.
Dr. Moody é amplamente conhecido por ser autor de
livros sobre vida depois da morte e Experiências de Quase-
-Morte. Fundamentado nos depoimentos de cerca de 150
pessoas que sofreram de morte clínica, Dr. Moody concluiu
que existiam algumas experiências comuns à maioria das
pessoas que passaram pela Experiência de Quase-Morte, tais
como:
28
Lucy Lutf; Ed. Editares.
102 • SEM MEDO DA MORTE
29
Waldo Vieira; Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência
Fora do Corpo Humano; p. 145.
104 • SEM MEDO DA MORTE
A SEGUNDA MORTE
30
Segunda morte é o fenômeno que acontece após a morte biológica, para
dissipar as energias restantes dos chacras.
31
Waldo Vieira; Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência
Fora do Corpo Humano; p.331.
108 • SEM MEDO DA MORTE
A SOLIDARIEDADE
32
Produtor de Em Algum Lugar do Passado e Amor Além da Vida; autor de
A Força Está com Você.
112 • SEM MEDO DA MORTE
PSICODRAMA EXTRAFÍSICO
PREPARO INTRAFÍSICO
o caso da Gabi, a neta que mora nos EUA, ter ligado no dia
anterior, deixando-a muito feliz. Estava cercada de afeto.
Pergunto-me: qual o percentual de influência extra-
física nessas atitudes das pessoas? E de que forma isso acontece
mais frequentemente – consequência de projeções não re-
memoradas das quais sobram apenas sensações ou pela
intuição?
Reconheço como sincronicidades e não coincidências
puras e simples.
Eu mesma telefonei à minha mãe na noite anterior,
e falei por um tempo além do normal, coisa percebida pela
minha irmã. Ela pensou em brincar dizendo:
– Olha a conta! Assim a Alda nos falava às vezes em
que nós (irmãs) estávamos ao telefone já há bastante tempo.
Não o fez porque a mãe estava tão alegre e animada.
Não tenho a pretensão de imaginar, que todos os lei-
tores destes relatos concluam o mesmo sobre essas sincroni-
cidades, porém não custa nada ficarmos mais atentos às coisas
que acontecem e anotar tudo. Mais tarde essas informações
podem ser úteis para nossas próprias conclusões.
Tem algo relacionado a esta dessoma, até hoje não
entendido por mim. Se os acontecimentos não são fatos soltos,
por que, por duas vezes, fui impedida de vê-la nos seus últi-
mos dias?
Minha mãe tinha um cateterismo marcado para quar-
ta-feira. No sábado anterior, um belo sábado de novembro,
muito ensolarado, meu marido e eu fomos velejar e ele so-
freu um acidente.
SEM MEDO DA MORTE • 127
Estava anoitecendo. Passávamos por um veleiro an-
corado e o meu marido pôs-se de pé para falar com o ho-
mem do outro barco, quando o vento mudou, trocando
bruscamente de lado a vela grande – o chamado jaibe. Nessa
época, tínhamos um veleiro pequeno de 23 pés, um Oday,
e era preciso estar sempre atento quando se ficava em pé.
A retranca bateu nele na altura da sobrancelha e do
olho direito. Só podia ver, num primeiro momento, muito
sangue, sem saber de onde vinha. Olhei para meu marido,
ele colocava a mão tapando o olho a fim de eu não ver e não
entender o que se passava. Ele enxergava tudo escuro, tinha
a horrível sensação de ter perfurado o olho e não desejava
me deixar nervosa. Pediu-me bastante gelo para colocar ali
e esconder o ferimento.
Ocorreu um corte no rosto, na altura da sobrancelha
e um osso quebrado abaixo do olho direito. Só descobrimos
a história da fratura óssea na segunda-feira.
Num primeiro momento, chamamos nossos amigos
pelo rádio. Eles vieram em nosso socorro e colocaram mi-
croporo no corte pensando terem resolvido tudo. Meu ma-
rido, porém, continuou sentindo bastante desconforto no
rosto, dizendo que suas ações faciais pareciam interligadas –
mexia os lábios e sentia reflexos até o olho.
Dormimos, de sábado para domingo, no barco e passa-
mos o outro dia todo até quase o entardecer, quando voltamos.
Meu marido só foi ao médico na segunda-feira quando, en-
tão, soube que precisava fazer uma cirurgia. A técnica utiliza-
da foi retirar cartilagem da orelha e calçar o osso abaixo do
olho. A cirurgia foi marcada exatamente para o mesmo dia
128 • SEM MEDO DA MORTE
33
Volitar: Termo utilizado para o voo com o psicossoma.
130 • SEM MEDO DA MORTE
34
Paraolhos: O prefixo para deriva do grego, pará, “para além de “. Olhos
além do físico, ou seja, os olhos do psicossoma.
136 • SEM MEDO DA MORTE
35
Holochacra: Conjunto de todos os chacras, também chamado Energossoma
ou Corpo Energético
140 • SEM MEDO DA MORTE
AS ENERGIAS
O SENTIDO
SUPERAÇÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FILMOGRAFIA
ÍNDICE REMISSIVO
Sinceridade, 59 Terapia(s), 60
Sincronicidade(s), 24, 46, 47, de vidas passadas, 43, 46
49, 126, 145 Terceira morte, 108
Sofrimento, 109 Terra, 161
Solidariedade, 109 Textos bíblicos, 47
Soltura dos corpos, 144 TPM, 146, 147
Soma, 55, 69, 114 Tratado de Projeciologia, 53
desativação do, 97 Trauma, 45
Sonâmbulos, 68 Travessa da Paz, 50
Tríade Bouchut, 95
Sonho(s), 49, 51, 52, 69, 73,
Túnel, 102
78
lúcido, 69, 119, 120 V
Sono, 67, 71, 97
Valorização da vida na Terra,
Sons intracranianos, 72 161
Suicídio, 44, 87 Vazio existencial, 29
Superação, 158 Veículos de manifestação da
Superação(ões), 19 consciência, 55, 57, 60,
T 61, 63, 67, 70, 71, 95, 97,
114
Talento(s), 85, 88 separando os, 65
Tarefas para a próxima vida, Vida(s), 17, 55
83 além da matéria, 17
Técnica(s), 61 depois da morte, 26, 34, 101
de verificação da morte, 94 extrafísica, 159
preparatórias para a ressoma, finalidade da, 27, 28
84 história sobre a, 19
Tecnologia(s), 93, 95 mecanismo da, 30
Telepatia, 76, 77, 160 norma da, 153
Televisão, 21 passada(s), 43, 46
Tenepes - Tarefa Energética terapia de, 43, 45
Pessoal, 70 propósito da, 38
Terapeuta de vidas passadas, sentido da, 11, 19, 23, 30,
46 31, 34, 155, 156
SEM MEDO DA MORTE • 175
significado da, 161 W
valorização da, 12
Waldo Vieira, 53, 69, 151
Vigília física ordinária, 58 William Buhlman, 57
Visão de mundo, 12 Wolfgang Goethe, 86
Vitimização, 151
Volitação, 69, 129, 140 Z
Volta ao corpo, 69 Zona de conforto, 11
Vontade, 69 Zumbidos nos ouvidos, 101
176
INSTITUIÇÕES
CONSCIENCIOCÊNTRICAS (ICS)
ÁREA DE PESQUISA:
DESSOMÁTICA,
ESPECIALIDADE DA CONSCIENCIOLOGIA.
PRINCÍPIO DA DESCRENÇA:
NÃO ACREDITE EM NADA, NEM MESMO
NAS INFORMAÇÕES EXPOSTAS NESTE
LIVRO, O INTELIGENTE É FAZER
PESQUISAS PESSOAIS SOBRE O TEMA.