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ENTREVISTA
edição 03 | agosto de 2010 Ficar mais
inteligente é
possível! Só é
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preciso treino
e disciplina
Editorial
M
MENTO
esmo com os avanços da medicina, o cérebro ainda é considera- O segredo
do um mistério para os pesquisadores e estudiosos, pois trata-se para colecio-
do órgão mais complexo do corpo humano. As atividades dessa nar muitos
máquina perfeita, que comanda todas as funções vitais do corpo xeques-mate
humano, são intrigantes e atraentes. na vida.
Os especialistas afirmam que um dos segredos para manter o cérebro sempre
funcionando bem é exercitá-lo, assim como acontece com os demais órgãos do
corpo. Pessoas que estimulam a mente por meio de atividades específicas como
cálculos, leitura, música e determinados jogos, tendem a manter um bom funcio-
namento de seu cérebro por mais tempo.
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Estudar, buscar novas atividades e desafiar-se ajudam a manter o equilíbrio
mental, pois esses exercícios ativam o estado de alerta do cérebro e geram
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bem-estar.
O nosso cérebro é uma máquina de aprender. Por isso, o aprendizado contí-
nuo e permanente é uma das estratégias mais eficientes para mantê-lo ativo. Isso INGLÊS
faz com que nossa memória funcione melhor, não importando a idade.
O Dr. Ryuta Kawashima, um dos mais renomados neurologistas do mundo e MATEMÁTICA Aprender um
Professor-Doutor da Universidade de Tohoku (Japão), constatou por meio de suas O que é e qual segundo idi-
pesquisas que assim como exercitamos o corpo, precisamos estimular e exercitar a importância oma na idade
o cérebro com regularidade. Esse é o segredo de permanecer com uma “mente do cálculo pré-escolar só
jovem”. “Depois de vinte anos de pesquisa, acredito que encontrei a resposta. O mental? traz benefícios
melhor caminho para estimular o cérebro é realizar cálculos matemáticos simples para a criança.
e ler livros em voz alta. Descobri que essas duas atividades podem até mesmo
ajudar as pessoas a manter a clareza mental e adiar os efeitos mentais do enve-
lhecimento”, diz.
Vocês devem estar curiosos para saber mais sobre este assunto, não é mesmo?
Então, acompanhem as matérias que preparamos para esta edição. Apresentamos
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uma entrevista com o professor Pierluigi Piazzi, que fala sobre inteligência, hábito
de estudar e mostra como melhor utilizar todo o potencial de nosso cérebro. Tam-
bém temos artigos especiais sobre cálculo mental, aprendizado de idiomas, como
manter a mente sempre ativa e muito mais!
Boa leitura! Desafios e
brincadeiras
para treinar o
Cleiton Bessa Lopes
cérebro e ficar
Departamento de Comunicação
Kumon Instituto de Educação
mais inteli-
gente!
Entrevista
ENTREVISTA
Inteligência se aprende
Aprender a estudar é o grande trunfo
para o sucesso escolar
E
ntender, aprender e fixar. Este é o
caminho diário percorrido para
que o estudante adquira conheci-
mentos, armazene as informações
em seu cérebro e, consequente-
mente, fique mais inteligente. Mais inteligen-
te? Isso mesmo! De acordo com o professor
Pierluigi Piazzi, inteligência se aprende e o
segredo é estudar pouco, mas todos os dias.
Confira a entrevista.
Educar - Como funciona o ciclo de E- O hábito de estudar faz o aluno ficar é aproveitado pelo desenvolvimento do cére-
aprendizagem? “mais inteligente”? bro é descartado. O cérebro é uma sequência
Pierluigi - O nosso cérebro processa todas P – Sim. É preciso convencer pais e pro- de janelas de oportunidades, quando elas não
as informações que recebe em 24 horas, de fessores de que inteligência se aprende. Um recebem o estímulo adequado, se fecham.
sono a sono. Portanto, para aprender efe- córtex humano equivale aproximadamente
tivamente é importante que durante este a 15 mil computadores de última geração e E – Como a escola pode avaliar melhor
período seja seguido um ciclo, que consiste a quantidade de informações que ele pode o aprendizado dos alunos?
em entender, aprender e fixar os conteú- armazenar é infinita. Portanto, não há limites P - A melhor alternativa é acabar com o
dos. Este processo está dividido da seguinte quando o assunto é aprender. É preconceito calendário de provas. O calendário e não as
forma: na escola, ao assistir a aula, o aluno achar que o nível de inteligência é inato e provas. As provas podem acontecer a qual-
entende o que é passado imutável, não há nenhum estudo sério que quer momento, pois o aluno preparado não
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Design, diagramação e ilustração: Elaine Bonilha
Estudam para tirar nota, para passar de ano. Envie sugestões e comentários para: kumon@kumon.com.br | Tel.: (11) 3059 - 3700
Para obter o contato do Kumon de outras localidades, acesse o site: www.kumon.com.br
Pierluigi Piazzi
Leciona Física em cursinhos há mais de 40 anos, cursou Química (ETOC) e Física (USP). Em sua trajetória
profissional aprendeu que era possível ensinar inteligência! Contrariando o mito vigente (até hoje!) de
que inteligente “se nasce”, se tornando renomado palestrante nesta área. Apresentou diversos programas
de TV e rádio e, atualmente, participa do Plug 700 da emissora Eldorado AM. Como colunista e articulista,
escreve para os jornais O Estado de São Paulo, Diário do Grande ABC (seção Eureka), Revistas Limite e Discu-
tindo Ciência. Além disso, publicou diversos livros na área de informática e educação.
Em seus livros, o professor Pier Luigi faz uma abordagem sobre as mais recentes descobertas da neuropedagogia, permitindo uma melhor
compreensão dos mecanismos neurais que determinam a aprendizagem. Durante muito tempo, acreditou-se que a inteligência fosse uma ca-
racterística inata. O fator genético era considerado bem mais influente do que o fator ambiental. Porém, devido aos avanços da neurociência,
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ficou demonstrado que inteligência, talento e vocação são características que podem ser adquiridas com facilidade e um pouco de esforço.
Seus livros são dedicados a alunos, pais e professores que pretendem saber como se tornar uma pessoa mais inteligente.
Saiba mais: www.neuropedagogia.org
COMPORTAMENTO
Como ganhar o jogo da vida?
Com o apoio dos pais, incentivos na dose certa, muita garra e determina-
ção, Thiago mostra qual é o segredo para se colecionar xeques-mates no Colecionando vitórias
jogo da vida.
Thiago tem 10 anos e é um dos melho-
D
res enxadristas de sua categoria no Brasil. Ele
ar um, dois, três ou mais passos orgulhosa Janice Dobuchak, sua mãe. tem os seguintes títulos:
para frente. Parar. Analisar outra Motivo de alegria para todos, o que pou-
opção de caminho. Escolher ir ca gente sabe é que estes resultados são fru-
pela direita. Andar três passos e tos de anos de interesse, trabalho, dedicação * Bi-campeão do circuito catarinense 2008
enfrentar o inevitável obstáculo. e incentivo de toda a família, já que Thiago (sub 08), 2009 (sub 10);
Passar. Decidir voltar um passo e atacar pela começou as duas atividades aos 5 anos. “Na * Tri-campeão catarinense 2008 (sub 08),
esquerda. Esperar a oportunidade certa e fa- escola, o desempenho dele sempre foi acima 2009(sub 10) e 2010 (sub 10);
zer uma nova escolha. Nem direita, nem es- da média devido à prática do Kumon e a prá- * Campeão Brasileiro Escolar 2008
querda. O caminho desta vez é pela diagonal. tica diária do xadrez, por meio dos treinos, 2ª série;
Exatamente como num tabuleiro de xa- contribuiu para o desenvolvimento de sua * Campeão sul brasileiro escolar 2009
drez. É assim que o pequeno Thiago Dobu- capacidade intelectual, raciocínio lógico e 3ª série;
chak vai trilhando seu caminho de sucesso poder de concentração”, explica a mãe, que * Vice-campeão brasileiro 2010 (sub 10).
nos estudos e na vida. Com uma visão es- ainda completa: “Thiago é um menino mui-
tratégica bastante aguçada pelos anos de to ativo, comunicativo, que faz amizade com
xadrez e Kumon, este catarinense de 10 anos muita facilidade e está sempre disposto a no-
soma vitórias e acumula muito aprendizado, vos desafios”.
além de oportunidades únicas para alguém Ora portando-se como um cauteloso xadrez e o Kumon vão me ajudar a sempre
da sua idade. “No Brasil, ele já participou de ‘bispo’ ou um impetuoso ‘peão’; assumindo a fazer as escolhas certas para a minha vida,
torneios em diversos estados. No exterior, personalidade corajosa do ‘cavalo’, a ousadia pois os dois me ensinam a pensar, raciocinar
teve a oportunidade de participar do Campe- da ‘rainha’, ou ainda sendo ponderado como e analisar as situações. Quero ser um grande
onato Panamericano de xadrez em Córdoba, a ‘torre’ e destemido como o ‘rei’, o fato é que jogador de xadrez - o número um do mun-
Argentina, em 2008, e do Campeonato Mun- o Thiago sabe muito bem equilibrar todas as do - ou professor de xadrez ou Matemática”,
dial em Antália, na Turquia, em 2009. Nesses suas atividades, sem deixar de brincar com os diz confiante preparando-se para dar muitos
dois eventos pode jogar com os melhores en- amigos, andar de bicicleta e jogar bola como xeques-mates no jogo da vida.
xadristas do mundo em sua categoria”, conta todo menino. E destaca onde quer chegar: “O
Notícia
No Dia da Matemática,
Kumon é homenageado.
N
o mês de maio, o Kumon re- soas que tanto fazem pela educação. Espe-
cebeu uma homenagem em cialmente à educação matemática, a qual
alusão ao Dia Nacional da Ma- recebeu um dia em especial para ser lembra-
temática, na Assembleia Legis- da em todo o país, e ao Kumon Instituto de
lativa de São Paulo. Mais de 150 Educação, o qual vem contribuindo para a
pessoas estiveram presentes no auditório sociedade mundial há mais de 50 anos e está
Franco Montoro, onde o deputado estadual presente no Brasil há mais de 30 anos”.
Bruno Covas, aluno concluinte de Matemá- O presidente do Kumon acrescentou que
tica do Método, entregou a homenagem ao “o sonho de todo verdadeiro educador não
presidente do Kumon América do Sul, Naoya é somente ensinar conteúdos e sim preparar
Kitagawa e à orientadora Tsay Jong. pessoas para o futuro. Para que estas pesso-
Em seu discurso, Bruno Covas falou sobre as se sintam realizadas em desenvolver ao
a importância da educação e da Matemática máximo suas capacidades (...) , e pensem de
para o desenvolvimento pleno do ser huma- forma global, construindo um mundo de paz
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no. “(...) Este é o motivo pelo qual estamos onde todas as sociedades convivem e traba-
aqui hoje: comemorar e homenagear pes- lhem por um bem comum”.
MATEMÁTICA
5+6=
7+2=
D
ireto, não é? Há pessoas que se
incomodam com afirmações
4+9=
tão diretas quanto esta, mas 3+8=
o professor Toru Kumon, cria-
dor do método Kumon, ainda 2+7=
completa: “É irracional dizer que vale mais o
raciocínio do que a capacidade de resolver
6+8=
cálculos tão simples”. 1+9=
Cálculo mental é um tema muito impor- 8+7=
tante para a matemática como um todo, e
também muito discutido em qualquer parte
9+4=
do planeta. No caso do Brasil, tomando como 7+5=
base os Parâmetros Curriculares Nacionais,
que são documentos oficiais que definem
o estudo de todas as disciplinas das escolas
públicas e privadas, encontra-se:
Quem não conseguir resolvê-las em um
minuto deixará de gostar de Matemática”.
“Grande parte do cálculo realizado fora da
escola é feito a partir de procedimentos men- Ponto final. Assinado: Toru Kumon.
tais. A habilidade esperada no Ensino Funda-
mental é que o aluno saiba calcular com agi-
lidade, utilizando-se de estratégias pessoais
e convencionais, e saiba verificar resultados. mento torna-se uma segunda natureza e se cálculos, tanto aritméticos quanto algébricos
A calculadora não substitui o cálculo mental funde ao hábito.” Ele considera que o conhe- é propositalmente estimulado a obter uma
e escrito, já que eles estarão presentes em cimento é um recurso, e diz: “Se os recursos maior aprendizagem no menor tempo.
muitas outras situações. Os procedimentos estão presentes, mas não são mobilizados
de cálculo mental constituem a base do cál- em tempo útil e conscientemente, então, na Portanto, quanto mais praticar e mais
culo aritmético que se usa no cotidiano.” prática, é como se eles não existissem”. exercícios fizer seu cérebro vai ficar mais rá-
pido e você conseguirá executar, desde as
O sociólogo suíço Philippe Perrenoud traz Ambos os pensamentos nos levam ao contas mais simples até as mais complexas
uma mensagem que, em sua essência, é bem mesmo caminho de entendimento: o cálculo mentalmente.
parecida com a de Toru Kumon: “Competên- mental é a base para o aprendizado efetivo
cia e ‘saber-fazer’ parecem ser intercambiá- da Matemática. Assim, pode-se entender que Exercite seu cérebro. Isso fará toda a di-
veis. Com treinamento intensivo, o conheci- quando o aluno executa muitos exercícios de ferença!
5
Adriana Pinheiro Tomaz.
Responsável pelo Setor de Orientação do método Kumon.
INGLÊS
The car is blue.
n ing!
d mor o!
Goo Hell
E
m geral, uma criança fala as primei- Foi por este motivo que os pais de Pe-
ras palavras com um ano de idade. dro e Isabelle Cheikh, gêmeos de três anos,
Aos dois anos, ela consegue formar matricularam os filhos no curso de Inglês Dicas para aprender inglês
frases em sequência e, um ano de- do Kumon. Agora eles dividem, além das se-
pois, pode manter uma conversação melhanças físicas, o interesse pelo idioma. A – de verdade.
e seu vocabulário pode alcançar cerca de 900 orientadora Alice conta que por não terem
A base do aprendizado é a prática constante. Tudo
palavras. É neste momento que se inicia o pe- vícios de linguagem os pequeninos apren-
o que aprendemos ou vivenciamos, se não utiliza-
ríodo ideal para iniciar o aprendizado de um dem naturalmente, sem se preocupar com a do, é descartado pelo cérebro. Veja como o cére-
segundo idioma, já que a formação de sinap- estrutura das frases, se o adjetivo vem antes bro processa as novas informações:
ses é maior nos primeiros anos de vida e a as- do substantivo ou se a frase está no present
similação da língua se dará de forma natural. continuous, por exemplo. “Eles falam com Nova palavra aprendida
Quem vê Serena Mastroyannis, de ape- desenvoltura, naturalmente e sem sotaque”,
nas três anos, falando inglês fica impressio- destaca. HELLO
nado com sua pronúncia perfeita, idêntica a Alice acredita muito na eficácia de se es-
de um nativo no idioma. Ela estuda inglês no timular a criança o quanto antes para uma
Kumon há um ano e meio e vem se desen- língua estrangeira e diz que felizmente mui-
volvendo muito bem. Alice Ishioka, orienta- tas reportagens reforçam esta informação.
dora da unidade, trabalha há algum tempo o “Tenho recebido vários pais cientes e inte- Estudo (processamento da informação)
segundo idioma com pré-escolares e diz que ressados em aproveitar esta fase da vida de
já durante as primeiras aulas estes alunos de- seus filhos”. HELLO
monstram os primeiros resultados. “No caso Estes exemplos reforçam a tese de Che-
de Serena, a internalização dos vocabulários, vrie-Muller e Juan Narbona de que há vanta-
o interesse pelo material e a evolução foram gens na aprendizagem de uma segunda lín-
surpreendentes”, complementa. gua na idade pré-escolar. “A criança bilíngue
De acordo com os pesquisadores Clau- compartilha um grande número de traços
de Chevrie-Muller e Juan Narbona, a apren- com seu homólogo unilíngue. Ela também Sono (armazenamento da informação)
Z
dizagem de uma segunda língua torna-se adquire progressivamente novas aptidões
mais apta até os seis anos de idade, período psicomotoras que lhe permitem administrar
pré-escolar, no qual o mecanismo de aquisi- a organização espacial e temporal de seu
ção da linguagem encontra-se plenamente ambiente, e resolver tarefas cognitivas cada Z
atuante na criança. É neste período que os vez mais complexas”. Z
fundamentos neurobiológicos do desenvol- O mais importante é que a criança tenha
6
vimento da linguagem estão em formação, uma experiência de aprendizagem gostosa
facilitando a aprendizagem de duas línguas e lúdica e que o aprendizado se torne uma APRENDIZADO EFICAZ
simultaneamente. referência positiva em sua vida.
1 Qual número
2
melhor substi- *
tui o ponto de
interrogação?
? 16
a) 46
9 1
b) 45
c) 47 25
36
*
d) 49 4
e) 0
Resp.: d) 49
3 *
Um dos hexágonos tem uma característica que o torna
diferente dos outros. Qual é o “diferente”? ?
Qual das figuras a seguir (A, B, C, D ou E)
pode substituir o ponto de interrogação?
a b c *
*
d e a b
Resp.: d
4 * * *
Você precisa cozinhar um ovo por dois minutos exatos, c d e
mas tem somente uma ampulheta que marca 5 minu-
tos e outra que marca 3 minutos. Como fazer?
Resp.: c
3 5
min. min.
www.kumon.com.br
Resposta: Vire as duas ampulhetas simultaneamente. Quando a ampulheta de três mi-