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COMPUTAÇÃO SIMBÓLICA E Introdução – Derivada e Integral

NUMÉRICA Numérica
DERIVAÇÃO NUMÉRICA
Veremos algumas técnicas para derivação numérica de funções, as quais são
conhecidas apenas em pontos discretos, em outras palavras, não temos a função e sim uma
tabela de pontos, e conhecemos a função, mas por alguma razão necessitamos de uma
aproximação.

Aproximação da Derivada por Diferenças


Seja 𝑓 uma função, e vamos assumir que o valor da função 𝑓 é conhecido para os pontos,

𝑥0 − ℎ, 𝑓 𝑥0 − ℎ , (𝑥0 , 𝑓 𝑥0 ) e (𝑥0 +ℎ, 𝑓(𝑥0 +h)).

Diferença Progressiva ou Posterior


Diferença Regressiva ou Anterior
Diferença Central
DERIVAÇÃO NUMÉRICA

Aproximação da Derivada por Diferenças


𝑓 𝑥0 +ℎ −𝑓 𝑥0
Diferença Progressiva ou Posterior: 𝑓 1 (𝑥0 ) ≈

𝑓 𝑥0 −𝑓 𝑥0 −ℎ
Diferença Regressiva ou Anterior: 𝑓 1 (𝑥0 ) ≈

𝑓 𝑥0 +ℎ −𝑓 𝑥0 −ℎ
Diferença Central: 𝑓 1 (𝑥0 ) ≈
2ℎ
DERIVAÇÃO NUMÉRICA
Seja 𝑓 𝑥 = 𝑒 𝑥 e 𝑥0 = 1. Determine o valor da derivada da função no ponto 𝑥0
considerando as diferenças progressivas, regressivas e central.
(ℎ𝑘 = 10−𝑘 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑘 = 1, 2, … , 8 𝑒 𝜀 ≈ 4 ∙ 10−6 )
k h Dif. Progressiva Dif. Regressiva Dif. Central

ℎ𝑘 = 10−𝑘 𝑓 𝑥0 + ℎ − 𝑓 𝑥0 𝑓 𝑥0 − 𝑓 𝑥0 − ℎ 𝑓 𝑥0 + ℎ − 𝑓 𝑥0 − ℎ
𝐷+ ℎ = 𝐷− ℎ = 𝐷0 ℎ =
ℎ ℎ 2ℎ

1 1 𝑒 1+0,1 − 𝑒 1 𝑒 1 − 𝑒 1−0,1 𝑒 1+0,1 − 𝑒 1−0,1


10−1 = = 2,8588 = 2,5867 = 2,7228
10 0,1 0,1 0,2

2 −2
1 𝑒 1+0,01 − 𝑒 1 𝑒 1 − 𝑒 1−0,01 𝑒 1+0,01 − 𝑒 1−0,01
10 = = 2,7319 = 2,7047 = 2,7183
100 0,01 0,01 0,02
3 1 𝑒 1+0,001 − 𝑒 1 𝑒 1 − 𝑒 1−0,001 𝑒 1+0,001 − 𝑒 1−0,001
10−3 = = 2,7196 = 2,7169 = 2,7182
1000 0,001 0,01 0,002

7 10−7

8 10−8 2,7182818
DERIVAÇÃO NUMÉRICA
Aproximação por Polinômios Interpoladores

Suponha que conhecemos a tabela de pontos (𝑥𝑖 , 𝑓(𝑥𝑖 ), 𝑖 = 0, 1, … , 𝑛 com (𝑛 + 1)


pontos. Vimos em Interpolação que podemos aproximar a função pelo polinômio
interpolador, então é possível aproximarmos a derivada da função por:

𝑓 1 (𝑥) = 𝑝1 (𝑥)

Usando o polinômio interpolador pelo Método de Newton....

𝑝1 (𝑥) = 𝑓 𝑥0 + 𝑟∆𝑓 𝑥0
DERIVAÇÃO NUMÉRICA
Polinômio de Grau 1 (linear):
𝑓 𝑥1 −𝑓 𝑥0
𝑓 ′ (𝑥0 ) ≈ 𝑝1 (𝑥0 ) ≈

Polinômio de Grau 2 (𝑝2 (𝑥0 ) – derivada primeira:



−3𝑓 𝑥0 + 4𝑓 𝑥1 − 𝑓(𝑥2 )
𝑓 (𝑥0 ) ≈ 𝑝2 (𝑥0 ) ≈
2ℎ

Polinômio de Grau 2 (𝑝2 𝑟 ) – derivada segunda:


′′
𝑓 𝑥2 − 2𝑓 𝑥1 + 𝑓 𝑥0
𝑓 (𝑥0 ) ≈ 𝑝2 (𝑥0 ) ≈
ℎ²

Polinômio de Grau 2 (𝑝2 𝑟 ) – derivada terceira:


𝑓 𝑥3 −3𝑓 𝑥2 +3𝑓 𝑥1 −𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′′′ (𝑥0 ) ≈ 𝑝2 (𝑥0 ) ≈
ℎ³
DERIVAÇÃO NUMÉRICA
Usando a tabela, determine o valor de 𝑓′(1,4), considerando a aproximação
por polinômios de 1º e 2º grau:
𝒙 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6
𝑓(𝑥) 1,5095 1,6984 1,9043 2,1293 2,3756

Polinômio de Grau 1 (linear):


𝑓 𝑥1 −𝑓 𝑥0
𝑓 ′ (𝑥0 ) ≈ 𝑝1 (𝑥0 ) ≈

2,1293−1,9043
𝑓 ′ (1,4) = 𝑝1 (1,4) ≈ = 2,25
0,1
DERIVAÇÃO NUMÉRICA
Usando a tabela, determine o valor de 𝑓′(1,4), considerando a aproximação
por polinômios de 1º e 2º grau:
𝒙 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6
𝑓(𝑥) 1,5095 1,6984 1,9043 2,1293 2,3756

Polinômio de Grau 2 (𝑝2 𝑟 ) – derivada primeira:



−3𝑓 𝑥0 + 4𝑓 𝑥1 − 𝑓(𝑥2 )
𝑓 (𝑥0 ) ≈ 𝑝2 (𝑥0 ) ≈
2ℎ

−3 ∙ 1,9043 + 4 ∙ 2,1293 − 2,3756


𝑓′ 1,4 ≈ 𝑝2 1,4 ≈ ≈ 3,8161
2 ∙ 0,1
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

Se uma função 𝑓(𝑥) é contínua em um intervalo [a,b] e sua primitiva


F(x) é conhecida, então a integral definida desta função neste intervalo é
dada por:

න 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 𝐹 𝑎 − 𝐹(𝑏)
𝑎

onde F'(x) = 𝑓 𝑥 .

Entretanto, em alguns casos, o valor desta primitiva F(x) não é conhecido ou de


fácil obtenção, o que dificulta ou mesmo impossibilita o cálculo desta integral.
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DOS TRAPÉZIOS

Para a determinação da regra dos trapézios, é utilizado o polinômio


de 1o grau, ou seja, uma reta.

𝑌1 = 𝑓 1 = 𝑓(𝑏)
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DOS TRAPÉZIOS

𝑌0 = 𝑓 𝑋0 = 𝑓(𝑎)
𝑌1 = 𝑓 𝑋1 = 𝑓(𝑏)

 ( x − a) ( x − b) f (b ) f (a )
b b b b b
I =  f (x )dx   f (x )dx =   f (b ) + f (a ) (x − a )dx + (x − b)dx =
(b − a ) a (a − b) a
*
dx =
a a a
(b − a ) (a − b)
f (b )  (x − a )  f (a )  (x − b )  f (b )  (b − a ) (a − a )  f (a )  (b − b ) (a − b ) 
2 b 2 b
2 2 2 2
= + =  −  +  − =
(b − a )  2  a (a − b)  2  a (b − a )  2 2  (a − b )  2 2 
b
(b − a ) + f (a ) (b − a ) = (b − a )  f (a ) − f (b)
I =  f (x )dx  f (b ) (2)
a
2 2 2

IT =
h
(Yo + Y1 ) (3)
2
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DOS TRAPÉZIOS


3,6 1
Exemplo - Calcular, pela regra dos trapézios e, depois analiticamente, o valor de ‫׬‬3 𝑑𝑥 . Compare os
𝑥
resultados.
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DOS TRAPÉZIOS

Fórmula Composta

Uma forma que se tem de melhorar o resultado obtido utilizando-se a regra dos trapézios é
subdividindo o intervalo [a,b] em n subintervalos de amplitude h e a cada subintervalo aplicar-se a regra
dos trapézios

b−a
h= (4) a=Xo X1 X2 X3 X4 Xn-1 Xn=b x
n

I=
h
(Yo + Y1 ) + h (Y1 + Y2 ) + h (Y2 + Y3 ) + ... + h (Yn−1 + Yn )
2 2 2 2

IT =
h
(Yo + 2Y1 + 2Y2 + 2Y3 + ... + 2Yn-1 + Yn ) (5)
2
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DOS TRAPÉZIOS


b−a
h= (4) a=Xo X1 X2 X3 X4 Xn-1 Xn=b x
n 3,6 1
Exemplo - Calcular, pela regra dos trapézios composta o valor de ‫׬‬3 𝑑𝑥 . Compare os
𝑥
h resultado
I = (Y + Y ) + (Y com
+ Y ) +a (solução
Y + Y ) + ...analítica.
+ (Y + Y )
h h h
o 1 1 2 2 3 n −1 n
2 2 2 2

IT =
h
(Yo + 2Y1 + 2Y2 + 2Y3 + ... + 2Yn-1 + Yn ) (5)
2
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
b−a
h=
n
REGRAa=XDOS
(4) X X TRAPÉZIOS
X X o 1 2 3 4 Xn-1 Xn=b x

1 cos(𝑥)
I = (Yo + Y1 ) + (Y1 + Y2 ) + (Y2 + Y3 ) + ... + (Yn −1 ‫׬‬
hExemplo h - Calcular h o valor da integral
h
+0Yn ) 𝑥+1
𝑑𝑥, pela regra dos Trapézios com n=5 e n=10:
2 2 2 2

IT =
h
(Yo + 2Y1 + 2Y2 + 2Y3 + ... + 2Yn-1 + Yn ) (5)
2
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DOS TRAPÉZIOS


2,3
Exemplo - Dada a tabela, calcule ‫׬‬1,9 𝑓(𝑥)𝑑𝑥:

i 0 1 2 3 4

Xi 1,9 2,0 2,1 2,2 2,3

Yi 3,471773 3,76220 4,14431 4,56791 5,03722


INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DE SIMPSON

Vamos usar agora a forma de Lagrange para estabelecer a fórmula de integração da regra de Simpson
, resultante da aproximação de f(x) por um polinômio de grau 2.
Seja P2(x) o polinômio que interpola f(x) nos pontos:

x0 = a, x1 = x0 + h e x2 = x0 + 2h = b.

P2(x) = y0L0(x) + y1L1(x) + y2L2(x)

( x − x1 )( x − x 2 ) ( x − x1 )( x − x 2 )
L0(x) = =
( x0 − x1 )( x0 − x 2 ) (−h)(−2h)

( x − x0 )( x − x 2 ) ( x − x0 )( x − x 2 )
L1(x) = =
( x1 − x0 )( x1 − x 2 ) (h)(−h)

( x − x0 )( x − x1 ) ( x − x0 )( x − x1 )
L2(x) = = .
( x 2 − x0 )( x 2 − x1 ) (2h)(h)

Logo,

( x − x1 )( x − x 2 ) ( x − x 0 )( x − x 2 ) ( x − x 0 )( x − x1 )
P2(x) = f(x0) + f(x1) + f(x2) .
(−h)(−2h) (h)(−h) (2h)(h)
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DE SIMPSON
b x2 x2 x2
f ( x0 )
I =  f (x )dx =  f (x )dx   P (x )dx =
2 2  ( x − x )( x − x
1 2 )dx
a x0 x0 2h x0

x2 x2
f ( x1 ) f ( x2 )

h2  (x − x
x0
0 )( x − x 2 )dx +
2h 2  (x − x
x0
0 )( x − x1 )dx = I S .

Resolvendo as integrais, obtemos:

IS =
2

f ( x 0 )h z 3
3
z2
2
2

− 3 + 2 z − f ( x1 )h
0

z3
3
− z2   2

0
+
f ( x 2 )h z 3 z 2
2 3

2
  2

f ( x 0 )h  8  8  f ( x 2 )h  8 
IS =  − 6 + 4  − f ( x1 )h − 4  +  − 2
2 3  3  2 3 

f ( x 0 )h  2   4  f ( x 2 )h  2 
IS =   − f ( x1 )h −  +  
2 3  3 2 3

IS =
h
( f ( x0 ) + 4 f ( x1 ) + f ( x 2 )) = h ( y 0 + 4 y1 + y 2 ) .
3 3
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DE SIMPSON
FÓRMULA COMPOSTA

Como foi feito com a Regra dos Trapézios, deve-se subdividir o intervalo de integração [a, b] em n
subintervalos iguais de amplitude h e a cada par de subintervalos aplicar a 1a Regra de Simpson.
Observação Importante: Como a Regra de Simpson é aplicada em pares de subintervalos, o número n de
subintervalos deverá ser sempre par.
b−a
n= e os pontos serão: xi, i = 0, 1, 2, ... , n.
h

IS =
h
( y 0 + 4 y1 + y 2 ) + h ( y 2 + 4 y3 + y 4 ) + ... + h ( y n−2 + 4 y n−1 + y n )
3 3 3

aplicação no 1o par aplicação no 2o par aplicação no último par


de subintervalos de subintervalos de subintervalos

IS =
h
( y0 + 4 y1 + 2 y 2 + 4 y3 + 2 y 4 + ... + 2 y n−2 + 4 y n−1 + y n ) .
3
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DE SIMPSON

2
Exemplo – Calcular a integral ‫׬‬1 𝑥 ln 𝑥 𝑑𝑥 , pelo Método de Simpson com
n=2, n=4 e n=8.

1 𝑑𝑥
Exemplo – Calcular o valor de 𝜋 dado pela expressão: 𝜋 = 4 ‫׬‬0
1+𝑥 2
aplicando a Regra de Simpson Composta, com n=8.
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DE SIMPSON

2
Exemplo – Calcular a integral ‫׬‬1 𝑥 ln 𝑥 𝑑𝑥 , pelo Método de Simpson com
n=4 .
--> x=1:.25:2
x = 1. 1.25 1.5 1.75 2.
--> deff('y=f(x)', 'y = x*log(x)')
→feval(x,f)
→I=0.25/3*( 0. +4*0.2789294+2*0.6081977+4*0.9793276 +1.3862944)
→ I = 0.6363098
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA
REGRA DE SIMPSON

1 𝑑𝑥
Exemplo – Calcular o valor de 𝜋 dado pela expressão: 𝜋 = 4 ‫׬‬0 aplicando a
1+𝑥 2
Regra de Simpson Composta, com n=8.

→deff('y=f(x)', 'y = 1/(1+x^2)’)


→x=0:.125:1;
→y=feval(x,f)
→I =
0.125/3*(1.+4*0.9846154+2*0.9411765+4*0.8767123+2*0.8+4*0.7191011+2
*0.64+4*0.5663717+0.5)
→ I = 0.7853981
INTEGRAÇÃO NUMÉRICA

REGRA DE SIMPSON
Exemplo – Considere que um agricultor pretende reaproveitar uma benfeitoria como
depósito para estocar a safra. Sabe-se que a benfeitoria tem 30 m de largura , 4,5 m
de altura máxima e 60 m de comprimento. Para a curvatura, segundo a figura,
considere que 𝑥 seja aposição de cada estaca e 𝑦 a sua altura, dada na tabela. A
partir destes dados qual a capacidade de armazenamento deste depósito?
estaca 1 2 3 4 5 6 7
X(m) 0 5 10 Digite
15a equação
20 aqui.25 30
Y(m) 0 3 4 4,5 4 3 0

5
𝐼= (0 +
4 ∗ 3 + 2 ∗ 4 + 4 ∗ 4,5 + 2 ∗ 4 + 4 ∗ 3 + 0)
3
𝐼 = 96,666 ∗ 60 = 5800 𝑚²

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