Pós Graduação em Design de Interiores

Turma: REDIBRA013
Módulo: Design de Interiores Residenciais
Prof. Mario Eduardo Pereira de Araujo
Aluna: Fernanda Salamoni Seganfredo

ATIVIDADE PRÉVIA 1

Trechos mais relevantes do texto “Lugares ideais para viver”

1 – As revistas de arquitetura e design como Casa Cláudia, Casa e Jardim e
Arquitetura e Construção implantaram a “cultura de morar” através de suas páginas
recheadas, especialmente de imagens, e passaram a mostrar ao público, fosse ele leigo
ou não, o que estava sendo feito atualmente e instigavam o imaginário de seus leitores.
Mesmo que o que estas revistas mostrassem estivesse longe do real, faziam parecer que
tudo o que publicavam era acessível a todos, um modelo engessado de “morar bem”.
Através de uma “janela” com vista para onde tudo é possível, induziam o leitor a crer
numa realidade concebida e orientada como a correta.
2 – A partir do final do século 20, estas revistas passaram a incentivar a cultura de
morar fora da cidade. Colocavam o “morar na cidade” como algo negativo. Somente
permaneciam neste ambiente quem era “obrigado” a estar ali: trabalhadores, estudantes
ou a parcela da população que não disponibilizava de recursos para pagar por uma casa
na praia, no campo, na serra. Este posicionamento, acabou por colocar muito fortemente
o campo e a cidade como opostos. Morar no campo era sinônimo de sossego, segurança,
aconchego, bem-estar. Em contrapartida, morar na cidade era perigoso, inseguro, um
fardo. Logo, ou criava-se um casulo dentro da cidade, ou vivia-se “bem” fora dela.
3 – Nessa mesma época, passaram a surgir os condomínios: quem não podia pagar ou se
afastar da cidade para morar no campo, buscaria ali o refúgio necessário. Com espaços
de lazer a ligados a natureza, integravam o coletivo ao público e trouxeram a qualidade
de vida esperada dentro de uma cidade, tudo num sistema de gestão privado.
Além disso, foi amplamente incentivada a construção de espaços de lazer dentro das
próprias residências. Prova disso foram as inúmeras publicações de projetos desse tipo
de espaços, que vigoraram durante anos dentro das revistas, mostrando que nossas casas
podiam se tornar espaços prazerosos. Bastava adicionar uma piscina, uma
churrasqueira, uma adega, uma varanda, ou simplesmente uma jardim aberto voltado
para a integração dos seus moradores, familiares e amigos.