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SON CT Ts JOVENS LAAT PeOsers WN rable) t etsy FeO COCR au e us Ecce ag Ord @ Tea a mS . CRGANIZACAO E TRADUGAO Marcelo Fronza Maria Auxiliadora M. § Schmidt Lucas Pydd Nechi JOVENS E CONSCIENCIA HISTORICA BODO VON BORRIES W. A. EDITORES Cunmes Copyright: LAPEDUHVUFER = WA. Edtores Todos os dreltas ceservados. Nenhuma parte desta publicatao pode ser reproduzida, armazenade em sistema de tepradupao ou transmiisa, 50D ‘qualquer forme ou por qualquer meio eletronico, mecanico, fotacopledd, ou outro, xem preva © expressa permis dos autores. < ‘SUMARIO ‘Areuisdoténleaelnguistica dos textos & de responsablidede dos autores. {5000 VON BORRIES: UMA EXPRESSKO PUBLICA DA TEORIA DA CONSCENCIA HISTORICA A roel PARTIROA DIDATICADA... = Von Berries, odo my ens oneinca ite Bodo Von Boss organiza cra 1640 es100 ‘Craigie de tora Aalders Marcee Prone, 0 soReno1Za00 OF HISTORIA COMO GHANCEDE PAATIOPACKO NACULTURA STOR, Laces jad Nechi= Cartes WA cates 20 fPutAgRO A IDENTIOADE HISTORIA FPRATICAEM COMPETENCIA HISTORIC vn 150 p.:2tem. 'S0N 97895-65921-06.0 LUDANDO COM HISTORIAS DIFICES seme 1, Diditia da Histéra. 2. Teoria da Histéis. 3. Ensino do isi Teo I. Maria Aeladora Semis (org) [GUATRO ABOROAGENS DE “RECONCILIAGRO MISTORICA” POR MIO DA“APRENDIZAGEM sron oa comes HstOUCA 0S STOOAIES: UNA HTEREEAGKODE UM CAS ‘Orcanizapores SINGULAR... -- - ee an SS Mare Abladors Moreira dos Santos Schmit Marcelo roma Sees ra Nec “°MULTIPERSPECTIVIOADE” - PRETENSRO UTOPICA OU FUNDAMENTO FACTIVEL OA " TMeOGAGE HSTOREARAEROPR nnn ° Revisho ‘Maria Auxliadora Moreira dos Santos Schmidt ‘Walter Werner Schmidt Jodo Luis da Siva Bertolini Cara, Luiz Gustave Schmoekel Dinecho eorroria, Walter Werner Schmidt ‘CooRDenacho EDITORIAL J080 Luis da Siva Bertolini ‘Trapucio LAPEDUH/UFPR ‘Maria Auilladora Moreirs dos Santos Schmidt eer oo) Marcelo Fronza alent Lucas Pydd Nechi us Rodiigues Aves, 189 Fone (41) 3343-5139 Curivba- PR ‘wv waedizores com br 3 APRESENTACAO BODO VON BORRIES: UMA EXPRESSAO PUBLICA DA TEORIA DA CONSCIENCIA HISTORICA A PARTIR DA DIDATICA DA Marcelo Fronza! ‘Maria Auxiliadora Schmi ‘Lucas Pydd Nechi? Dentre as investigagbes relatives & aprendizagem historica tém se destacado os c]Studos sobre a Diditica da Histéria realizados na Alemanha. Um dos expoentes na pesquisa desse tema ¢ 0 historiador ¢ edueador Bodo von Bories, o qual dinamizou 0 debate sobre a aprendizagem histérica, ao aprofundar a trig de investigagSes em ‘Bodo von Borres estudou Histéria, Lingua e Literatura Alemds, ¢ Ciéncias Sovisis. E doutor em Histéria Social ¢ Bconémica na Universidade de Bonn na ‘Alemanha desde 1968. Lecionou como professor de Historia © de Lingua Alem do censino miédio e partcipou de reformas educacionsis na Alemania, De 1988 @ 2002 ‘desenvolveu estudos interculturais sobre a consciéncia histérica, a0 investigar jovens cstudantes € seus profesores na Alemanha Oriental © Ocidental (1990, 1992) e na Europa Ocidental e Oriental e paises do Oriente Préximo (Youth and History, 1995), ‘com o objetivo de utilizar métodos comparatives pare sprofundar a comproensio das lradigbes e as particularidades nacionais europeias e do Levante. Tambeém iniiow uma série de investigagdes com métados de estado que aticulam a investigneto qualitativa ‘com a quantitative, em paises europeus de lingua alemd, em 2002. Entre 1976 e 2008, {oi professor no curso de Educapio na Universidade de Hamburgo na Alemanha,, ) tistria — no como indessivl, mas como insufciente ~ porque os resultados de | ‘prendizagem, como mostavam alguns estudos empitioos, nBo atengiam de forma | STpma as clvados requis en exis ¢ ice TRE Em ver disso escarafunchavam, muilas vezes 1 Iegiveis para eles a fim de retirar dali algumas informagdes avulsas importantes que | apenas raramente eram reunidas em grandes linhas. Mas tas objepSes ~ bem Jundamentadas, a saber, spoiadas em fos —nBo foram owvidas pela maioria, stisfagdo de muitos especialistas: a virada veio mais pelas>) Apesar de tal “esha Ri He 20, sn on waa 8 to sistema de ensino aleméo ais de concorrentes europeus ¢ do Leste Asiatico, deidiu-se inverter o sistema escolar de cenrado em input (entrada) para centrado em outcome |. CEB BECTAERIEEGEISYY rod 0eseducacionis) Iso significa ~ se executado de forma consistente — uma forte mudanga de paradigma. Porque comperéncias podem | ser defies come habidales ransmissvese de dominio expecta, capacidades¢) disposigfo para a solucto de problemas ~¢ naturalmente antes para a idemtficagto de ‘problemas ~ em novas stuagSes do ambiente da vida. Com isso ios par: mais desta histia (somo antes de 1968-1972) ou daguela | ovr. consciéncia histérica na sociedade (como deste 1968-1972), C como se sabe, apenas se aprende o que repetidamente se fa, ito, frequentemente se 8 [Naturaimente € mais fcil estabelecer essa exigtncia do que cumpri-la; alguns nem ‘mesmo entenderam a mencionada consequéncia, Pois o que exatzmente significa competéncia nos dominios do histbrico mesmo? Isso se deve saber primeiramente, antes de se exigir determinados niveis ou graus ‘brigatérios (“padrdes educacionais”), Ao contri de outras disciplinas, os educadores| {de histéria no conseguiram plr-se de acordo com um modelo tnieo, mas produriram uma variedade; cada estado da federaeio, portnto, itroduziu sua propria versio, ‘muitas vezes formas mists. E a exigéncia de conhecimentos canénicos — comprovadamente munca cumprida também antes de 1968-1972 ~ com isso de forma alguma est abolida em todos os lugares. O seguinte artigo de 2001 segue, em detalhes relevantes, as transformagtes do ensino de histria na Alemanba Ocidental, na tensio entre as normas do Estado © 0s sueits discenes (uma retomada explicita da abordagem ‘da Alemanha Oriental nao foi seriamente defendida aps 1989-1990) 6 "AUTOCOMPREENSAO DO ESTADO OU TAREFA DO DESENVOLVIMENTO PESSOAL? A DISCIPLINA HISTORIA DESDE 1945.° ENSINO DE HISTORIA (E CONSCIENCIA HISTORICA). so pln Ts dines de mei Nan” ~ et i vane cement ‘oO Desde 1977 a Yconsciéneia histrica na sociedade”,e isso em suas formas, su8s fingbes, sua gnesee seu pragmatismo (sugestionabiidade, p. ex. por meio de aulas),¢ ‘considerada objeto do ensino de histéria © 20 mesmo tempo objetivo das aulas de histéria (Jefsmann 1977, também Risen 1977). Nao faltaram tentativas de definir com maior exatiifo © que seria mesmo consciéncia histérica ¢ conio cla deveria ser ‘strturada, sem que, no entento, um modelo tinieo pudesse realmente estabeleosrse im vez disso sugiram — sobretudo também em diseiplinas ains do ensino de histéria~/ v ‘outros conecitos cetrais que em grande parte se sobrepunham e representavam wna) & concoréacn superior, eopeciment a pio pie ORREUSIRAE IRENE, wo Tans oo ws Swatches Selbserstinfhis oer petsoniche Enwickngsaufets? Das Fach Gontuche st 185, in, Hess, Une ua (sg): Bidungsgangidaktk, Peopettven fr ‘ashi ene Leeda Optaden (Ls & Bui) 2001, 107133 ” Cor isin lode Msn © compete Nica emo dimes (EQ crn [Dimenstes da |Explicacio e descrigao da | Explanago a exemplo do emscitnia [nein doceetiodrama iin cinznogsfco“A sauade do Wlejan Writer” FPricraeism —lapesaisin maps — [Lie com esoanrioe lute istica omuniagto denaravas —_focunenan 1986, evogas8o hist na soitade gmt come ssn 1987, hocancuiodrame inematogrifico 1990, seas, emia aap + apeonanao Te — LTS a as [dein hisricafivduse raps so longo fii {do tempo, a relago entre: |vergonhoso” na “nagio jinterpretacao do passado, jagressora” alema erento do preset expend aro [Desewvolvimento de [Mabiidade wanstervel mec Lions | ED on one pemmotnicor en Lote eee deve ser oomedo de) AZ Cay 0 tors, sini eestor eto sempre eaoites! so" ‘a ago, completam as repesentases da hisiiasomenteem sua asinilgfo; Sta portant, nlo se deveria separar a utlizagSo e 0 debate da produgio, por ‘exomplo em its, filmes ou programas de elevsto. Cincia histrica eensino ce bisa sf, naundments, eles pris pare a cum hist, Mais) importante ainda & que, na cultura histres, sempre esto em jogo também ee ar cyt te ny © ge em) — Quando se trata da acodefnides de individuos, grapos e coetvos, portant de> so lcalzgt 20 Tong do tempo, que nunca pode estar dined 2 ho rnp demas tls deepen Sse) pn 0 SETA | de expan imenalzades, poles ov ered da hina. nao Oe enoctio © xc, liberesd0 das mutes © movine, da clase trbathadora.), at tambée. de parialadades regan, senraiois (WBories, 2016, ndaoy © easing de hist totem a epecttiva de impor seu const csi conra pains mais pode RREEEED. An dso, se nega renee 6 um puto aba desta, Por plete a popes deur a cise como uma oportunidad esa ts otes conse comune errr xa ctgeria ccesivent eal de conic histvca nea dsigur ts dimers, Tras portant, da mesma coisa em cada cas, ms com CSTE ES UGS: cla: Sobretudo nto €possivel separé-lanitiéamente influenciada também por tendénciasinstntivas inconscentes (projeio, transfernia, deslocamento, compulsio & repeti¢io). Quen ae dn co cn een TEE) de imaginagéoe fants, © ee, ‘gualmente importante € a exigéncia de desconstruir analiticamente, em vari oss neu aod pane Hn iin pp =z. pode ser expl ido com 0 auxlio de um grifco: Operagbes paresis da percep histria (eaprendizagem) uiao de] Concastes |Validads | Orientagio valor) — [pl nonmativa |histérica Avaliagto Parcoer[Representagies| Validade | Interpretagio Jcontroversas Jnarrativa —|histrica [Anilisede fats) Fontes muli-_|Validads | Percepgio ituagio) perspectivstas Jempirica |istérica TTerainologia [Problema Problema do] Terminologia eleismann | dasdiferengas.validade principio | principio da | deRasen doscontrastes plausibilidade Lado esquerdo do gréfico: Produsio competente de narrativas priprias (*re- construgio") Lado direto do gritico: Analise critica de narativas acabadas de outros (*des- ‘construgso”) (Conf: Jeismann 1985, 62M v. Borries 2000, 15M und Rasen 1983, 8ST, 1989, 939%, 1994, 64, 1649") ELATED x es ee (CePA sr sss ata uncon, mas tambem ue isi no consiste ou resulta somente de fontes ~ por mais empolgantes e fascinantes que elas possam ser! Porque 2 histrigrata qualquer tipo (também em filmes ¢ tlevisio) nto devem ser operadas tanto co (Quem nega informagaes desta parte do desenvolvimento da histérin 20s discentes, insistindo apenas na referéncia a fontes, os engana. por proessoresas)universitiox) mas & torlmen=| por ecaplo eo QED: colonto, QE. Hotoonsn = servos da Afica Ocidental (Cape Coast Castle, Elmina Cast), GBB icinam Memoria). Tamdém 0 GEHRTEAGERREREOS de TV costunam abordar consequtaias ities. Nos livros ciatos, as inferéncins sobre a ataldade~ Iogiamenteinevtves - mutas vezes cam mais implicit, mas iso no € apenas uma vantagem, porque dessa forma clas paccem menos quesionives © vests. Bm todos os tfs nies manifesa-se agora um duplo problema: por um lado hi uma diversidade de opinibes, ume experincia de contastes. Diferntes fons (Cmulpespectividade”) siferetes representagdes_(‘eontoversidade”) e_difeentes rmenzagens (“plralidade”) dizem nfo apenas. coisas. diverentes, mas_muitas.xezes ‘Mas se esses proprios julgamentos fessem apbitrrios, sujitos apenas aos proprios interesses ou seca hip nie de cin ein gr wie eo = generaliziveis_de_plawsibilidade,_de Isso por sis6 mostra que, para. 0 pensamentohistrco, ambas os procedimentos so necessérios, tanto produgso especializada de narativashstricas pnipras (snes, fambém denominada “re-consiruedo”) como o manejo ertco com oarrativas_pré- fibricadas por outros (esigado de anise ou “de-consrugto"). Quem sproxima emais a aula de histria 20 — suposto — método da ciéniahistSrca,facilmente cai na ilusfo de que seriam suficientes a “critica da font”, 0 “trabalho com a fonte” © a “evalagdo da font” Pesoas adults fora de escola e escola superior, porém.quase n8o 13¢ confrontam mais com coleydes de fontes, mas i 4 artigo a seguir, de 2004 (pré-tangamento em 2000), segue a gramitica do pensamento historico em algumas regras importante, -MUDANGA DE PERSPECTIVA EFIGURAS SIMBOLICAS NO MANEJO COM A HISTORIA.® PRATICA DA FORMAGAO HISTORICA - SUAS CONTRIBUICOES PARA A IDENTIDADE, COMPETENCIA E CULTURA HISTORICAS. [No ensino de histria em lingua alema, muita coisa infelizmente ainda & ‘verbalizada de forma stamente abstrata ¢expressada de modo complexo, mas acima de tudo, & predominantemea @{UHEHMUONEOESMIEMEDAS preocupasdes cotidianes dos Aiscentes e docentes nas escoas tém um papel bem mener. Além disso, vale o sepuinte: © que acontece diaramenté em dezenas de milhars de salas de aula ~e até mesmo 0 aque se passa realmente na cabega dos jovens ~ & em grande parte desconhecido ¢, a propésio, extremamente dif de controtar de forma metéica. © ensino de hstria em lingua alema até poucos anos exccutou apenas de forma arasade, relutante¢ parcial tuna mudanca empirica (embora meu proprio trabalho se concentre nesse campo hi "Boris, Bodo v: Pempektvenwecse! und Sinabilungstigue im Umag mit dee Gest, i dre: Leteniges Geshclslemen, Bauseine ou Thoric and Prgmatik, Empiie und Norma; ‘Sewalbac/s Wetec) 200, Au, 2008) 236-255 = Foran Hlstoisces Leres) 2 kcatias), Por isso traz-se um exemplo exatamente disso, da pesquisa da realidade pedagégica, ‘Antes disso, porém, devesse esclarccer em que eonsste exatamente a tarefa do ensino de histria como ciéacia da conssiéncia histrica (e de sua estruura em processos cumulativos de aprendizagem) ~ eespecificamente compreenida (conforme ‘mencionado) como as tts dimensdes da cultura histrica, da identidade hstérica e da competéacia histérica, Metodelogicamente, hd abordagens bem divers: Grifico: Fungo da didtica especializeda: Arco ou cdpula sobre quatro plares Desenvolvimento dateoria(p.ex.“cons- Reflex normativa (p. ex. sugestaes citncia histrica",“modelo desimbologia”, de identiieagto, docisdes sobre objetives de—_aprendizagem,| |abordagem por competéncia’, ‘2 dos temas, formas de avalago). \constrago didticaespectalizada” x [Exploraso empirca(p. ex. expectativas AAuailiopragmatica(p. ex livros ye ‘retrospectiva” como f que eleva ou ingcesvel ~sabdamente ab pode sr aprenido rer | com muita difiuldde de forma sstentvel, sto 6 daradoura. Aiograatmiiar dips | iemergoriad | Fela Fa avar Tare dar + “Kindheitsmuster”, de Christa watt \ ape pasa Dib ds Geaer Sa | “Secon pdr actio vontade sociedade civil também acaba | 1 democraia de partie, portant engsjamentocidado! (e Borsies OUT, 314, aqui sompletado com os exemplosy EE trivial © conhecide de todos que na aprendizagem da histéria muitos outros "bonis, Bodo vs Wie witken Schubicer inden Kopfen der Scale? Enis Besil dos ashes fatores esto em jogo, mas isso sempre & esquosido apidamente. Muito mais dif! €2 eset, in Fs, Esha. (Hing): Schulbuch Kore, Kone» Proution- Unter Bat pode ov a mesmo

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