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LINHAS
DE
TRANSFERÊNCIA
15000 I----~-- -----------,
I ÂMBITO
SISTEMAS
ESPECIAIS DE DOSIM
MANUFATURA
FMS
CÉLULA
I DE
FIf3RICAÇÃO ~
,----Hr-------------------
I I
15 t----T---t------t-- t-----,I MÁQUINASN C
ISOLADAS
I I I I
2 4 100 800 Nº PEÇAS
DIFERENTES
Figura 1. O âmbito do SIM adaptado de Groover [11].
•
10 PRODUÇÃO
CNC ('computer numerical controI'), um Essas estra tégias 'são baseadas em alguns
computadoré usado para controlar uma princípios.
máquina-ferramenta;
Entre os princípios doJITsedestacam a
CAPP ('computer-aided process planning') produção com zero defeito, zero atraso, zero
é o planejamento do processo auxiliado estoque, zero quebra e zero papel (os 5 zeros).
por computador;
Os princípios da GT são:
CPC ('computer process controI') é o con-
trole do processo por computador; a) formação de famílias de peças seme-
lhantes em termos de projeto e! ou
MRP 11 ('materiaIs resource planning') processo;
"possui duas características que o dis-
tancia do MRP ('material requirement b) formação de grupos de equipamentos
planning'): cada um dos quais, na medida do
possível, fabricando uma família de
1. é um sistema financeiro e operacional peças.
FILOSOFIA DE MANUFATURA
CONVENCIONAL I CIM
DIVISÃO DO TRABALHO
O Maior possível, o que acarreta: O Menor possível, o que acarreta:
- trabalho simples com a menor categoria - trabalho qualificado com pessoal o mais
de salário possível; qualificado possível;
Os fatores que contribuem para a flexibili- c) maior cumprimento dos prazos de entrega,
dade dos FMSs são: fornecendo, assim, trunfos de vendas para
a empresa;
a) tempos de preparação muito reduzidoS;
d) maior eficiência no processo de mon-
b) versatilidade dos centros de usinagem dos tagem, uma vez que os itens certos esta-
FMSs para realizar uma grande variedade rão no momento certo na seção de mon-
de operações em uma peça; tagem.
PRODUÇÃO 13
TERMINAL DE
COMUNICAÇÃO
COM O MERCADO
DE
TERMINAL DE CONTROLE GERAL DO 'HARDWARE" DO 'SHOP-FLOOR". INCLUI O "HARDWARE' DE CONTROLE DE CADA FMS, O
SIST. DE MOV. QUE INTERCONECTA OS FMSs E O "HARDWARE' DE CONTROLE DA 'AUTOMATED WARE HOUSE".
I
I I
TERMINAL DE TERMINAL DE ... TERMINAL DE
CONTROLE DO FMS1 CONTROLE DO FMS2 CONTROLE DO FMSn
I I I I I I I I I
I I I 1 I I I I
T. C. T. C. T. C. T. C. T. C. T. C. T. C. T. C. T. C.
EO. RO- MAO. EO. RO- MAO. EO. RO- MAO.
MOV. BÔS CNC MOV. BÔS CNC MOV. BÔS CNC
DO DO DO DO' DO DO DO DO DO
FMS1 FMS1 FMS1 FMS2 FMS2 FMS2 FMSn FMSn FMSn
r- --~--I--~---~----~---~--~--I-- f - ,
Ic I
I~ FMS1 FMS2 FMSn I
1° I
Ig SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS INTER FMSs I
IF I
I~ I
I RI "A U TOM A T E O - W A R E H O USE" I
IL CA_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ~
CONTROLE GERENCIAL
= INFORMAÇÃO +
DECISÃO
INTERFACE DE SUPORTE
INTERFACE DE ENGENHARIA (MANUTENÇÃO. CONTROLE
(PROJETO E PROCESSO) DE QUALIDADE '" )
i
CONTROLE F(SICO DAS
CONTROLE FlslCO DA OPERAÇOES = SINAL
MOVIMENTAÇÃO DOS FlslCO + AÇÃO
MATERIAIS = SINAL
FlslCO + AÇÃO
INTERFACE DE
PLANEJAMENTO DAS NE-
CESSIDADES COLOCADAS
PELO MERCADO
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LIl
~
<: LIlLll :>
R 0..J LIl Z
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~LIlex:
Z
LIl 8
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LIl ~ NÍVEL DE MECANIZAÇÃO
~128 I-
Z
LIl
~
12 o
Z
AnlCCipa a ação nccc:ssária para produzir o desem·
6<~~LIl O
17
penho requerido e de acordo com ISSO se auto-reguJa
O
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o...
LI. LI. ,.
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o< i5-o0<~ ;: 16 Corrige o desempenho enquanLO opera
li'
<: o~'6~::i <:
~ <:;:, :> 15 Corrige o desempenho após operar
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U 14 Identifica e seleciona conjunLO apropnado de ações
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13 acordo com a medição realizada
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12
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sinal de mensuração
ex: Z'-'
c...'"''''
i=
ex: :J 11 Registra o desempenho
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<: LU
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Além de medir o sistema compara e pode asSl1Tl
~ detectar os erros
28~
tfj (j)
O
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ex: ~ 9 trabalho realizado
8
'LIl '8 .~U 8
Sistema atua ao ser intrOduzida a peça a ser manu
faturada
<:;:,<
~ 00... <:
LU
~
~LIl~Z Sistema de fcrnmcnw providas com energia e com
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~~ex:~ ex: ~ conllOle remoto
;:'1-2 L1l
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LIl Z Gi 0-<
Ferramenta provida com energia e conllOle pro-
08<,8 ~
6 gramado (seqüência de funções fixas I
O
!!:~~g:
I- _ O
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Ferramenta proVida com energia e com Cicio Í1xo
~0ex:0li' 5
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(função única)
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Fcrrunenta provida com energia e/com conllOle
4
manual
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u.J 3 Ferramenta manual provida com energia
:>
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2 Ferramenta manual
o...:r: :> <
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~ 1 Manual
A visão de controle mais estreita é a que De uma maneira geral, todo controle
o considera apenas como monitoramento. E engloba:
talvez a maisabrangenteéade Leeuw(apud
[3]) que entende que qualquer fenômeno de a) a definição de um padrão de resposta
interesse pode ser modelado como uma con- do sistema que está sendo controlado.
figuração de controle, que consiste de um Isso implica um processo de tomada de
controlador, um sistema controlado e um decisão;
ambiente. Para ele, controle é qualquer foI1ll<i
b) a monitoração da resposta para efeito de
de influência dirigida do controlador sobre
comparação com o padrão selecionado.
o sistema controlado. Leeuw estabelece que
No rronitorarnento, dada; sobre o proas-
um controlador efetivo deve ter: (a)umob-
so são transmitidos para o computador;
jetivo; (b) um modelo de sistema controlado;
(c) informação sobre o ambiente e o estado do c) ação para alterar, se for necessário,
sistema controlado; (d) ações adequadas de aestímulos/ entradas/ padrõesdEforma
controle e (e) suficiente capacidade de proces- a se atingir os resultados desejados (veja
samento de informação. oFigura 6).
~------------------------------~x C9MPARAÇÃO
AÇÃO·
Quanto à natureza dos elementos existem Dessa forma podemos depreender dois
os sistemas "físicos" e os sistemas "geren- tipos de controle:
ciais". Nos primeiros os elementos são enti-
dades físicas (por exemplo, um automóvel), 1. controle físico
enquanto que nos segundos os elementos são
procedimentos (por exemplo, os sistemas 2. controle gerencial
MRP).
O controle físico é o controle existente,
Da mesma forma que num automóvel exis- por exemplo, no governador das máquinas
tem subsistemas, por exemplo o Sistema de a vapor (James Watt, fins do século XVIII),
Comando de Válvulas para controlar a injeção cuja finalidade é manter sob controle o número
de combustível nos cilindros, num Sistema de de rotações por minuto do eixo da máquina.
Manufatura também existem subsistemas, Se a velocidade aumenta, aumenta a força
por exemplo o Sistema de Informações cha- centrífuga sobre duas esferas acopladas ao
PRODUçAO 19
eixo de saída, com isso elas se afastam do eixo, da produção e da manutenção passam a ter
e quanto maior o afastamento mais se fecham urna importância muito maior do que têm nos
as válvulas que clilntrolam a entrada de va- sistemas de fabricação convencionais. As ra-
por nos êmbolos, fazendo então a velocidade zõesdisso são que num SIM os equipamen-
diminuir em direção ao padrão. tos são caríssimos e assim devem ser corta-
dos ao máximo os tempos improdutivos evitá-
Já o controle da produção, o qual engloba veis: a diminuição dos tempos de preparação
a programação da produção, é um controle através de uma programação da produção
tipicamente gerencial. A infonnação é o "san- eficiente (que deve levar em conta outros
gue" que flui tanto se o sistema é manual (via fatores, tais como prazos de entrega e in-
documentos, tais como ordens de serviço, ventários em processo) e a diminuição da
etc.) ou se é automatizado (via tenninais, redes ociosidade das máquinas através de uma
locais de interligação (LAN - 'local area net- programação da manutenção que preveja
work'), etc.). reparos preventivos exatamente quando o
equipamento não estiver sendo usado pela
Há portanto uma perfeita analogia entre programação da produção.
os tipos de sistemas e os tipos de controle.
A parte visível de qualquer sistema de manu- o acompanhamento da produção deve ser
fatura são subsistemas físicos cuja operação capaz de coletar os dados certos na hora certa
depende de sistemas de controle físicos. Já sobre o que está ocorrendo no chão da fábrica
a integração dos vários subsistemas físicos de forma que as reprogramações da pro-
é feita por sistemas gerenciais que realizam dução e da manutenção sejam feitas com
o controle do tipo gerencial. Quanto mais dados atualizados.
integração for requerida, mais apurado deve
ser o controle gerencial. o controle da produção compreende:
E mais ainda, existem vários tipos de con- a) definir (estabelecer padrão) o que deve
troles gerenciais de acordo com o problema ser feito em cada estação de trabalho
que ele aborda: controle da produção, con- numa base de tempo de curto prazo
trole da produtividade, controle da qualidade, (programação da produção = 'schedul-
controle de manutenção, controle dos esto- ing');
ques, controle da movimentação dos materiais,
etc. b) monitorar o que está acontecendo no chão
da fábrica ('shop-floor control');
Um parâmetro que é comum a todos esses
controles é o tempo. No controle físico o tempo c) comparar o que está acontecendo com o
de desencadeamento de uma ação no 'loop' programado e, em casos de desvios, rea-
de realimentação (Figura 6) é instantâneo, limentar o processo através de uma re-
enquanto que no controle gerencial isso ocorre programação.
no geral em intervalos nítidos de tempo; nesse
sentido dizemos que o controle gerencial é A fase (a) ou seja a programação da pro-
geralmente 'off line' enquanto que o controle dução, é basicamente um processo de tomada
físico é sempre 'on-line'. de decisão. É aí que metodologias como Pes-
quisa Operacional (PO) e mais recentemente
o controle gerencial da produção é o que Inteligência Artificial (IA) têm importância no
mais afeta a integração, e a maior atenção rontrole da produção, principalmente na Manu-
damos a ele. Além disso, num SIM o controle fatura Integrada. A relevância da Pesquisa
20 PRODUçAO
Operacional no controle dos SIMs será ob- ('Decision Support Systems' =Sistemas de
jeto de exploração num outro artigo. Apoioà Decisão) vão sendo desenvolvidos
e implantados. Além disso os computadores
estão assumindo muitas funções de con-
Considerações Finais trole que cabiam aos gerentes médios. Os
gerentes de linha, que estão bem como a alta
gerência, estão passando a ter uma respon-
Os fatores estratégicos para uma empresa
sabilidade maior.
de manufatura se manter no mercado futuro
são: adaptabilidade (capacidade da engenha-
ria de projeto criar e desenvolver produtos Acreditamos que essa maior centralização
na velocidade que o mercado consumidor docontroleéfruto dodesenvolvimento da tec-
demande), flexibilidade (capacidade do pro- nologia da infonnação, enquanto que a desrefr
cesso de fabricação se adaptar a tempo para tralização da tomada de decisões está se tor-
produzir os novos produtos introduzidos), nando fruto do desenvolvimento do DSS que
qualidade e produtividade [9]. é um tipo de SI (Sistema de Informaçãoque
faz uso das técnicas de MIS (Sistemas de
Não se pode ter uma dosagem apropria- Infonnaçães Gerenciais), das de PO <Pesquisa
da de adaptabilidade, flexibilidade, produ- Operacional) e das de IA (Inteligência Arti-
tividade e qualidade sem haver integração. ficial), e não descarta, na solução de proble-
Empresas não integradas tendem a ser fortes mas não-estruturados ou até mesmo semi-
em aspectos não tão essenciais e fracas em estruturados, a participação da gerência.
aspectos cruciais para as suas características
de relacionamento com o mercado consumi- Applegate et alii [1] acreditam que o efeito
dor. Por exemplo, ser apenas altamente pro- dessas tecnologias será o aparecimento deuma
dutiva quando sua situação exige alta adapta- nova forma organizacional, a organização
bilidade. 'cluster' (organização de grupos),onde os
grupos de pessoas, mesmo fisicamente dis-
Como vimos essa integração depende ba- tanciadas, trabalham juntas para resolver os
sicamente dos controles gerenciais. problemas da companhia ou para definir um
processo. Assim os sistemas de informação
Uma tendência marcante nos SIMs que es- e comunicação permitirão às pessoas com ha-
tão sendo desenvolvidos nos países mais adi- bilidades que se complementam, trabalharem
antados é que está havendo uma centralização juntas.
do controle, algo que foi previsto há três
décadas. Em 1958, Leavitt e Whisler [15] Para finalizar, enfatizando a importância
previram que na década de 80, com a combi- do controle para a empresa industrial, cita-
nação da MS ('Management Science' =PO mos Beer [2] que mostra a correspondência
no âmbito do gerenciamento) e da Tecnologia existente entre o sistema de controle de uma
da Informação, haveria uma descentralização empresa e o sistema nervoso central do corpo
em nível de tomada de decisão, uma centraliza- humano: "... existem óbvias semelhanças
ção em nível de controle, uma redução grande entre os controles usados numa empresa e
do número de gerentes médios e maior con- aqueles usados no corpo humano. Por exem-
trole da alta gerência sobre a empresa. Essa plo: ambos são hierárquicos, ambos são re-
descentralização em nível de tomada de deci- dundantes e ambos incorporam subsistemas
são deve se tornar maior à medida que os DSSs de maior ou menor autonomia".
PRODUÇÃO 21