Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Relatório Final
Perı́odo da bolsa: de 08/2017 a 07/2018
7 Observação 49
8 Conclusão 58
4
1 Introdução
A equação diferencial parcial elı́ptica, frequentemente utilizada nas ciências em geral,
recebeu o nome de equação de Laplace em homenagem ao seu criador, o astrônomo e
matemático francês Pierre Simon Laplace. A equação de Laplace tem uma grande impor-
tância, em fı́sica, descreve os potenciais para fluidos, elétrico e gravitacional. Uma função
que seja solução para a equação de Laplace é nomeada de função harmônica.
O caso usual da equação de Laplace em coordenadas esféricas de 3 dimensões e suas
soluções são descritas, por exemplo, na Ref. [1] e chamadas de harmônicos esféricos. Neste
trabalho discutiremos a equação de Laplace em geometria esférica para dimensões maiores
que 3. As soluções para dimensões altas chamaremos de harmônicos hiperesféricos.
Os harmônicos hiperesféricos para dimensão arbitrária são descritos na Ref. [2]
com os métodos da função geratriz e com o uso da teoria de polinômios harmônicos. Na
referência [3] é discutido o problema na geometria esférica em N dimensões com o uso
da teoria do momento angular generalizado, usando as relações de comutação para seus
componentes em um espaço Euclidiano de N dimensões . Na Ref. [3] são determinados os
autovalores do momento angular quadrado que pode ser tratado como a parte angular do
operador de Laplace de N dimensões. Indicaremos também alguns artigos dedicados ao
tema de obtenção dos harmônicos hiperesféricos para aplicação nos vários problemas com
o uso da geometria esférica. Na referência [4] foram obtidos os autovalores e suas degene-
rescências dos harmônicos hiperesféricos. Na referência [5] foi deduzida a conclusão sobre
completeza dos harmônicos hiperesféricos baseada no teorema sobre polinômios homogê-
neos em S 3 . Na referência [6], os harmônicos hiperesféricos são apresentados parcialmente
em termos dos polinômios de Gegenbauer. A expressão final não é apresentada, é indicada
somente uma função geratriz das soluções. Na referência [7] os harmônicos esféricos são
descritos em termos das funções associadas de Legendre. Notamos que as autofunções
da equação apresentada em [7] possuem formalmente as propriedades necessárias e os
autovalores adequados. Mas a análise das funções que expressam os harmônicos esféricos
mostrou que estas funções são singulares nas extremidades do intervalo da variação dos
parâmetros e portanto não são aceitáveis para os nossos objetivos.
Na Ref. [8] são estudadas as propriedades de monômios, polinômios homogêneos
e polinômios harmônicos. Mostrando as projeções harmonicas de forma alternativa ao
tratamento do momento angular e o momento angular generalizado, levando em conta
5
termos dos polinômios de Gegenbauer, as soluções das equações ordinárias são escritas em
termo dos polinômios de Gegenbauer. Os polinômios de Gegenbauer são também conhe-
cidos como polinômios ultra-esféricos, esse polinômios são uma generalizações dos polinô-
mios de Legendre e Chebyshev, sendo também um caso especial dos polinômios de Jacobi.
O produto das soluções das equações ordinárias dá origem aos harmônicos hiperesféricos
de N dimensões. Encontramos o fator de normalização e mostramos a ortogonalidade
dos harmônicos hiperesféricos com o uso de algumas das propriedades dos polinômios de
Gegenbauer, mostrando que os harmônicos hiperesféricos formam um conjunto completo.
Por fim, realizamos algumas apresentações gráficas dos harmônicos hiperesfericos para 4
dimensões em dois hiperplanos (x1 , x2 , x4 ) e (x1 , x3 , x4 ), usando uma parametrização
π
apropriada que foi definida no projeto. Essa projeções são realizadas fixando θ1 = 2
para
π
o primeiro hiperplano e θ2 = 2
para o segundo. Fazendo uma abordagem didática para a
compreensão dos harmônicos.
7
x4 = r cos θ3 , (2.1)
x3 = r sin θ3 cos θ2 ,
x1
q1 = θ1 = arctan x2
, (2.2)
p
r2
q2 = θ2 = arctan x3
, r2 = x21 + x22 ,
p
q3 = θ3 = arctan xr34 , r3 = x21 + x22 + x23 ,
p
q4 = r = x21 + x22 + x23 + x24 = r4 .O Laplaciano nas coordenadas Cartesianas é
escrito como:
4 4
∂ 2u
X X ∂ ∂u
∆u = = . (2.3)
i=1
∂x2i i=1
∂xi ∂xi
8
4
∂u X ∂u ∂qj
= , (2.4)
∂xi j=1
∂q j ∂x i
4
∂ 2u
∂ ∂u ∂ X ∂u ∂qj
2
= = . (2.5)
∂xi ∂xi ∂xi ∂xi j=1 ∂qj ∂xi
4 4 4 4
∂ 2u
X
X X ∂ ∂u ∂ X ∂u ∂qj
∆u = = = (2.6)
i=1
∂x2i i=1
∂xi ∂xi i=1
∂xi j=1 ∂qj ∂xi
4 X 4 4 4
∂ ∂u ∂qj X X ∂u ∂ 2 qj
X
= +
i=1 j=1
∂xi ∂qj ∂xi i=1 j=1 ∂qj ∂x2i
4 X 4 X 4 4 4
X ∂ 2 u ∂qk ∂qj X X ∂u ∂ 2 qj
= + 2
.
i=1 j=1 k=1
∂q k ∂q j ∂x i ∂x i i=1 j=1
∂q j ∂x i
∂qi ∂ 2 qi
As derivadas ,
∂xj ∂x2j
foram encontradas e listadas a seguir, para a coordenada curvilinea
q1 temos:
para q2 :
para q3 :
para q4 :
∂q4 xi
= , i = 1, 2, 3, 4. , (2.10)
∂xi r4
2
∂ q4 1 x21 ∂ 2 q4 1 x22
= − , = − ,
∂x21 r4 r43 ∂x22 r4 r43
∂ 2 q4 1 x23 ∂ 2 q4 1 x24
= − , = − .
∂x23 r4 r43 ∂x24 r4 r43
Usando as derivadas em (2.7), (2.8), (2.9) e (2.10), agrupamos os coeficientes que acom-
panham as segundas derivadas da função u na Eq. (2.6), para a derivada em relação a
q1 :
4 2 2 2
x2 x21 ∂ 2 u
2 2
1 ∂ 2u
X ∂q1 ∂ u r2 ∂ u
= + = = ; (2.11)
i=1
∂xi ∂q12 r24 r24 ∂q12 r24 ∂q12 r22 ∂q12
em relação a q2 :
4 2 2 2
r2 x23 x22 x23 x21 ∂ 2 u
X ∂q2 ∂ u
= 4+ 2 4 + 2 2 (2.12)
i=1
∂xi ∂q22 r3 r2 r3 r2 r3 ∂q22
x23 (x21 + x22 )
2
1 2 ∂ u
= 4
r2 + 2
r r2 ∂q22
3
x23 r22 ∂ 2u ∂ 2u 1 ∂ 2u
1 2 1 2 2
= r + = r + x = ;
r34 2 r22 ∂q22 r34 2 3
∂q22 r32 ∂q22
em relação a q3 :
4 2 2 2
r3 x24 x23 x24 x22 x24 x21 ∂ 2 u
X ∂q3 ∂ u
= 4+ 2 4 + 2 4 + 2 4 (2.13)
i=1
∂xi ∂q32 r4 r3 r4 r3 r4 r3 r4 ∂q32
x24 (x21 + x22 + x23 )
2
1 2 ∂ u
= 4
r3 + 2
r r ∂q 2
4 2 3 2 3
1 2 2
∂ u 1 2 ∂ u 1 ∂ 2u
= r + x = r = ;
r44 3 4
∂q12 r44 4 ∂q32 r42 ∂q32
10
em relação a q4 :
4 2 2 2
x4 x23 x22 x21 ∂ 2 u
X ∂q3 ∂ u
2
= 2 + 2 + 2 + 2 (2.14)
i=1
∂x i ∂q 4 r4 r4 r4 r4 ∂q42
∂ 2u ∂ 2u
1 2 2 2 2
= x + x2 + x3 + x4 = 2 .
r42 1 ∂q42 ∂q4
4
∂ 2 u ∂q2 ∂q1
2
X x3 x2 x1 x3 x1 x2 ∂ u
2 =2 − 2 2
+ 2 2
∂q1 ∂q2 ∂xi ∂xi r2 r3 r2 r4 r4 r2 ∂q1 ∂q2
i=1 2
x3 x2 x1 ∂ u
= 2 3 2
(1 − 1) =0;
r2 r3 ∂q1 ∂q2
as coordenadas q1 e q3 :
4
∂ 2 u ∂q3 ∂q1
2
X x4 x1 x2 x1 x4 x 2 ∂ u
2 =2 2 2
− 2 2
∂q1 ∂q3 ∂xi ∂xi r3 r4 r2 r2 r3 r2 ∂q1 ∂q3
i=1 2
x 4 x1 ∂ u
= 2 2 2
(x2 − x2 ) =0;
r3 r4 r2 ∂q1 ∂q3
as coordenadas q1 e q4 :
4
∂ 2 u ∂q4 ∂q1
2
X x1 x2 x1 x2 ∂ f
2 =2 − 2
+ 2
=0;
i=1
∂q 1 ∂q 4 ∂x i ∂x i r4 r3 r4 r4 ∂q 1 ∂q 4
as coordenadas q2 e q3 :
4
∂ 2 u ∂q4 ∂q1
2
X r2 x4 x3 x4 x2 x3 x2 x4 x1 x3 x1 ∂ u
2 =2 − 2 2
+ 2 2
+ 2 2
∂q2 ∂q3 ∂xi ∂xi r3 r3 r4 r3 r4 r2 r3 r3 r4 r2 r3 ∂q2 ∂q3
i=1
(x2 + x22 ) ∂ 2u
x4 x3
= 2 3 2 −r2 + 1
r r r2 ∂q2 ∂q3
3 4 2
x4 x3 ∂ u
= 2 3 2 (−r2 + r2 ) =0;
r3 r4 ∂q2 ∂q3
11
as coordenadas q2 e q4 :
4
∂ 2 u ∂q4 ∂q2
2
X x3 r 2 x2 x3 x2 x1 x3 x1 ∂ u
2 = − 2
+ 2
+ 2
∂q2 ∂q4 ∂xi ∂xi r4 r3 r4 r2 r3 r4 r2 r4 ∂q2 ∂q4
i=1 2
x3 1 2 ∂ u
x1 + x22
= 2 2 −r2 +
r r4 r2 ∂q2 ∂q4
3 2
x2 ∂ u
= 2 2 (−r2 + r2 ) =0;
r3 r4 ∂q2 ∂q4
as coordenadas q3 e q4
4
∂ 2 u ∂q4 ∂q3
2
X x 4 r 3 x3 x4 x 3 x2 x4 x2 x1 x4 x1 ∂ u
2 =2 − 2
+ 2
+ 2
+ 2
∂q3 ∂q4 ∂xi ∂xi r4 r4 r4 r3 r4 r4 r3 r4 r4 r3 r4 ∂q3 ∂q4
i=1 2
x4 2 ∂ 2 u
x4 r3 x4 2 2 2 ∂ u x4 r3
= 2 − 3 + (x + x2 + x3 ) =2 − 3 + r
r4 r3 r43 1 ∂q3 ∂q4 r4 r3 r43 3 ∂q3 ∂q4
2
x1 r3 ∂ u
= 3
(r3 − r3 ) =0.
r4 ∂q3 ∂q4
a coordenada q3 :
2x22 x22
2x4 r3 x4
+ 1− 2 − 2 (2.17)
r44 r3 r42 r4 r3
2 2
2x23 x23
x4 2x1 x1 x4 ∂u
+ 2
1− 2 − 2 + 2
1− 2 − 2
r3 r4 r4 r3 r3 r4 r4 r3 ∂q3
2 2
x4 r r 2x4 r3 ∂u
= 2
2r42 − 2r22 − 2 2 4 + 2r32 + 4
r3 r r r4 ∂q3
4 2 2
3
x4 2r r 2x4 r3 ∂u
= 2
3 − 23 − 33 + 4
rr r4 r3 r4 ∂q3
3 4
x4 2 2 2
∂u 2x4 ∂u
= 2r 4 − 2r 3 + 2r 3 = ;
r3 r44 ∂q3 r42 r3 ∂q3
e a coordenada q4 :
1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
∂u
x + x2 + x3 + x1 + x2 + x4 + x1 + x 3 + x4 + x2 + x3 + x4 (2.18)
r43 1 ∂q4
3 2 2 2 2 ∂u
3r42 ∂u 3 ∂u
= 3 x1 + x2 + x3 + x4 = 3 = .
r4 ∂q4 r4 ∂q4 r4 ∂q4
Substituindo os coeficientes das Eqs. (2.11), (2.12), (2.13), (2.14), (2.15), (2.16), (2.17) e
(2.18) na Eq. (2.6), encontramos:
∂ 2u 3 ∂u 1 ∂ 2u 2x4 ∂u 1 ∂ 2u x3 ∂u 1 ∂ 2u
∆u = + + + + + + , (2.19)
∂q42 r4 ∂q4 r42 ∂q32 r42 r3 ∂q3 r32 ∂q22 r32 r2 ∂q2 r22 ∂q12
com
1 1 1 1 1
= ; 2 = 2 = 2 2 ; (2.20)
r42 2
r r3 2
x 1 + x2 + x3 2
r sin θ3
1 1 1
= = 2 2 ;
r22 x21 + x22 r sin θ3 sin2 θ2
x3 cos θ2 2x4 cot θ3
= 2 2 ; =2 2 .
r32 r2 r sin θ3 sin θ2 r3 r4 2
r
∂ 2 u 3 ∂u 1 ∂ 2u cot θ3 ∂u
∆u = 2
+ + 2 2
+2 2 (2.21)
∂r r ∂r r ∂θ3 r ∂θ3
2
1 ∂ u cos θ2 ∂u 1 ∂ 2u
+ 2 2 + + ,
r sin θ3 ∂θ22 r2 sin2 θ3 sin θ2 ∂θ2 r2 sin2 θ3 sin2 θ2 ∂θ12
13
∆u = div (grad u) .
sendo q1 , q2 e q3 coordenadas curvilineares ortogonais, ~e1 , ~e2 e ~e3 vetores unitários das
linhas das coordenadas e h1 , h2 e h3 os coeficientes métricos determinados pela expressão:
" 3 2 #1/2
X ∂xi
hj = , (2.24)
i=1
∂qj
q1 = θ1 , q2 = θ2 e q3 = r (2.27)
essa forma não é comum, mas é mais conveniente para o objetivo desse trabalho. As
relações das coordenadas cartesianas em termos das coordenadas curvilineares são da
forma:
x3 = r cos θ2 , x2 = r sin θ2 cos θ1 , x1 = r sin θ2 sin θ1 . (2.28)
r sin θ2 cos θ1 r cos θ2 sin θ1 sin θ2 sin θ1
= −r sin θ2 sin θ1 r cos θ2 cos θ1 sin θ2 cos θ1 .
0 −r sin θ2 cos θ2
h1 = r sin θ2 , h2 = r e h3 = 1 . (2.29)
" 4 2 #1/2
X ∂xi
hj = , (2.31)
i=1
∂qj
q1 , q2 , q3 e q4 são coordenadas curvilineares ortogonais, ~e1 , ~e2 , ~e3 e ~e4 são vetores unitários
~ é definida:
das linhas das coordenadas. A divergência de A
~= 1 ∂ ∂ ∂ ∂
div A (h2 h3 h4 A1 ) + (h1 h3 h4 A2 ) + (h1 h2 h4 A3 ) + (h1 h2 h3 A4 )
h1 h2 h3 h4 ∂q1 ∂q2 ∂q3 ∂q4
q1 = θ1 , q2 = θ2 , q3 = θ3 e q4 = r . (2.33)
16
x4 = r cos θ3 , (2.34)
x3 = r sin θ3 cos θ2 ,
já citadas na Eq. (2.1). Representamos as derivadas das coordenadas hiperesféricas pelas
coordenadas curvilineares na forma de matriz
∂x1 ∂x1 ∂x1 ∂x1
∂q1 ∂q2 ∂q3 ∂q4
∂x2 ∂x2 ∂x2 ∂x2
∂xi ∂q1 ∂q2 ∂q3 ∂q4
Gij = = (2.35)
∂qj ∂x3 ∂x3 ∂x3 ∂x3
∂q1 ∂q2 ∂q3 ∂q4
∂x4 ∂x4 ∂x4 ∂x4
∂q1 ∂q2 ∂q3 ∂q4
∂x1 ∂x1 ∂x1 ∂x1
∂θ1 ∂θ2 ∂θ3 ∂r4
∂x2 ∂x2 ∂x2 ∂x2
∂θ1 ∂θ2 ∂θ3 ∂r4
=
∂x3 ∂x3 ∂x3 ∂x3
∂θ1 ∂θ2 ∂θ3 ∂r4
∂x4 ∂x4 ∂x4 ∂x4
∂θ1 ∂θ2 ∂θ3 ∂r4
r sin θ3 sin θ2 cos θ1 r sin θ3 cos θ2 sin θ1 r cos θ3 sin θ2 sin θ1 sin θ3 sin θ2 sin θ1
−r sin θ3 sin θ2 sin θ1, r sin θ3 cos θ2 cos θ r cos θ3 sin θ2 cos θ1 sin θ3 sin θ2 cos θ1
=
−r sin θ3 sin θ2
0 r cos θ3 cos θ2 sin θ3 cos θ2
0 0 −r sin θ3 cos θ3
para h2 :
= r2 sin2 θ3 ;
para h3 :
h23 = r2 cos2 θ3 sin2 θ2 sin2 θ1 + r2 cos2 θ3 sin2 θ2 cos2 θ1 + r2 cos2 θ3 cos2 θ2 + r2 sin2 θ3
e para h4 :
h24 = sin2 θ3 sin2 θ2 sin2 θ1 + sin2 θ3 sin2 θ2 cos2 θ1 + sin2 θ3 cos2 θ2 + cos2 θ3
h2 h3 h4 r h1 h3 h4 h1 h2 h4 h1 h2 h3
= , = r sin θ2 , = r sin2 θ3 sin θ2 , = r3 sin2 θ3 sin θ2 ,
h1 sin θ2 h2 h3 h4
(2.36)
e h1 h2 h3 h4 = r3 sin2 θ3 sin θ2 . (2.37)
X ∂xk ∂xk
gij = = GT G . (2.41)
k
∂qi ∂qj
∂xi
onde G representa a matriz com componentes Gij = ∂qj
. A matriz G é determinada na
seção anterior na Eq. (2.35) e GT tem a forma:
r sin θ3 sin θ2 cos θ1 −r sin θ3 sin θ2 sin θ1 0 0
−r sin θ3 sin θ2
T
r sin θ3 cos θ2 sin θ1 r sin θ3 cos θ2 cos θ1 0
G = (2.42)
−r sin θ3
r cos θ3 sin θ2 sin θ1 r cos θ3 sin θ2 cos θ1 r cos θ3 cos θ2
sin θ3 sin θ2 sin θ1 sin θ3 sin θ2 cos θ1 sin θ3 cos θ2 cos θ3
Sendo o determinante:
g = det gij = r6 sin4 θ3 sin2 θ2 , (2.44)
A expressão para cada coordenada curvilı́near referente a Eq. (2.40) é dada por:
1 ∂ 3 2
∂u
r sin θ3 sin θ2 (2.46)
r3 sin2 θ3 sin θ2 ∂r ∂r
1 ∂ ∂u
= 3 r3 ,
r ∂r ∂r
3 2
1 ∂ r sin θ3 sin θ2 ∂u
(2.47)
r3 sin2 θ3 sin θ2 ∂θ3 r2 ∂θ3
1 ∂ ∂u
= 2 2 sin2 θ3 ,
r sin θ3 ∂θ3 ∂θ3
3 2
1 ∂ r sin θ3 sin θ2 ∂u
(2.48)
r3 sin2 θ3 sin θ2 ∂θ2 r2 sin2 θ3 ∂θ2
1 ∂ ∂u
= 2 2 sin θ2 ,
r sin θ3 sin θ2 ∂θ2 ∂θ2
3 2
1 ∂ r sin θ3 sin θ2 ∂u
(2.49)
r3 sin2 θ3 sin θ2 ∂θ1 r2 sin2 θ3 sin2 θ2 ∂θ1
1 ∂ ∂u
= 2 2 .
r sin θ3 sin2 θ2 ∂θ1 ∂θ1
20
A Eq. (2.50) repete os resultados das Eqs. (2.22) e (2.39). Por conveniência e praticidade
utilizaremos o método descrito nessa subseção (operador de Laplace-Beltrami) para a
generalização do Laplaciano para dimensão N.
r2
(3.5)
RW3
21
obtemos:
1 3 ∂R 1
r =− ∆S 3 W3 . (3.6)
rR ∂r W3
Isso só é válido caso a Eq. (3.6) seja igual a uma constante, chamada de constante de
separação λ3 ,
1 3 ∂R 1
∆u = r =− ∆S 3 W3 = λ3 . (3.7)
rR ∂r W3
A equação radial, para o nosso propósito, não é tão importante quanto as equações an-
gulares então, nesse momento, desconsideramos. Continuando para a equação angular,
dada por:
1
− ∆S 3 W3 = λ3 (3.8)
W3
∆S 3 W3 = −λ3 W3 . (3.9)
∂2
1 ∂ ∂ 1
∆S 2 = sin θ2 + . (3.13)
sin θ2 ∂θ2 ∂θ2 sin2 θ2 ∂θ12
encontramos:
1 ∂ 2 ∂Θ3 1
sin θ3 + 2 ∆S 2 W2 = −λ3 sin2 θ3 (3.14)
Θ3 ∂θ3 ∂θ3 W2 sin θ2
Ficamos com duas equações, uma para Θ3 e outra para W2 . A equação para Θ3 é da
forma:
∂ 2 ∂Θ3
+ λ3 sin2 θ3 − λ2 Θ3 = 0
sin θ3 (3.18)
∂θ3 ∂θ3
e para W2 é:
∆S 2 W2 = −λ2 W2 . (3.19)
Θ2 ∂ 2 Θ1
1 ∂ ∂Θ2
sin θ2 Θ1 + = −λ2 Θ2 Θ1 , (3.21)
sin θ2 ∂θ2 ∂θ2 sin2 θ2 ∂θ12
sin2 θ2
em seguida multiplicamos a Eq. (3.21) por Θ2 Θ1
encontrando
1 ∂ 2 Θ1
sin θ2 ∂ ∂Θ2
sin θ2 + 2
= −λ2 sin2 θ2 (3.22)
Θ2 ∂θ2 ∂θ2 Θ1 ∂θ1
ou, ainda:
1 ∂ 2 Θ1
sin θ2 ∂ ∂Θ2
sin θ2 + λ2 sin2 θ2 = − = λ1 , (3.23)
Θ2 ∂θ2 ∂θ2 Θ1 ∂θ12
23
onde λ1. é a constante de separação. Da Eq. (3.23) ficamos com duas equações uma em
relação a Θ2 e outra em relação a Θ1 :
∂ 2 Θ1
+ λ1 Θ1 = 0 ; (3.24)
∂θ12
e
sin θ2 ∂ ∂Θ2
sin θ2 + λ2 sin2 θ2 = λ1 (3.25)
Θ2 ∂θ2 ∂θ2
ou, ainda:
1 ∂ ∂Θ2 λ1
sin θ2 + λ2 − Θ2 = 0 . (3.26)
sin θ2 ∂θ2 ∂θ2 sin2 θ2
Utilizando o método de separação de variáveis, conseguimos encontrar 3 equações
diferenciais ordinarias para Θ1 , Θ2 e Θ3 :
∂ 2 Θ1
+ λ1 Θ1 = 0 , (3.27)
∂θ12
1 ∂ ∂Θ2 λ1
sin θ2 + λ2 − Θ2 = 0 , (3.28)
sin θ2 ∂θ2 ∂θ2 sin2 θ2
1 ∂ 2 ∂Θ3 λ2
sin θ3 + λ3 − Θ3 = 0 . (3.29)
sin2 θ3 ∂θ3 ∂θ3 sin2 θ3
X ∂xk ∂xk
gij = = GT G . (4.1)
k
∂qi ∂qj
24
∂xi
G = Gij = (4.2)
∂qj
qN +1 = r, qi = θi , 1 ≤ i ≤ N , (4.3)
xN +1 = r cos θN , (4.4)
xN = r sin θN cos θN −1 ,
...
ou na forma compacta:
N
Y
xi = r sin θk cos θi−1 , com θ0 = 0.
k=i
Descrevemos algumas propriedades das coordenadas da Eq.(4.4) que serão utilizados nos
cálculos
N +1 j
X X
x2k 2
=r ; x2k = x2j+1 tan2 θj , j ≥ k . (4.5)
k=1 k=1
Primeiramente calcularemos o tensor métrico definido na Eq. (4.1) que para obtermos
∂xi
calcularemos as derivadas ∂qj
. A derivada das coordenadas Cartesianas em relação a
25
coordenada qN +1 = r são:
∂xk ∂xk xk
= = . (4.6)
∂qN +1 ∂r r
Da Eq. (4.4) vemos que para i ≤ N temos:
∂xk
= 0 para k ≥ i + 2 , (4.7)
∂qi
∂xk ∂xi+1
= = −xi+1 tan θi , k = i + 1 , (4.8)
∂qi ∂qi
∂xk
= xk cot θi para k ≤ i . (4.9)
∂qi
Com as derivadas calculadas, utilizamos a Eq. (4.1) para calcular o tensor métrico,
inicialmente efetuamos os cálculos para
N +1 2 N +1
X ∂xk X x2k
gN +1,N +1 = = =1. (4.10)
k=1
∂r k=1
r2
Em seguida agrupamos as derivadas das Eqs. (4.7), (4.8) e (4.9) para encontrar os termos
diagonais (i = j) da matriz que representa o tensor métrico para i ≤ N , sendo:
N +1 2 i 2 2 N +1 2
X ∂xk X ∂xk ∂xi+1 X ∂xk
gii = = + + (4.11)
k=1
∂qi k=1
∂qi ∂qi k=i+2
∂qi
i
X
= x2k cot2 θi + x2i+1 tan2 θi + 0 .
k=1
x2i+1
x2i+1 2 2
x2i+1 2
x2i+1 2
gii = tan θi cot θi + tan θi = 1 + tan θi = (4.12)
cos2 θi
N N
Y 1 Y
= r2 sin2 θk cos2 θi = r 2
sin2 θk .
k=i+1
cos2 θi k=i+1
N +1 i N +1
X ∂xk ∂xk X ∂xk ∂xk ∂xi+1 ∂xi+1 X ∂xk ∂xk
gij = = + + . (4.13)
k=1
∂qi ∂qj k=1
∂qi ∂qj ∂qi ∂qj k=i+2
∂qi ∂qj
26
i
X
gij = xk cot θi xk cot θj − xi+1 tan θi xi+1 cot θj + 0 = (4.14)
k=1
Xi
x2k cot θi cot θj − x2i+1 tan θi cot θj ,
k=1
que com o uso da Eq. (4.5) pode ser escrito da seguinte forma:
As componentes da matriz que representa o tensor métrico já calculadas acima, são:
gij = 0, i 6= j (4.16)
gN +1,N +1 = 1, gN N = r2 , (4.17)
N
x2i+1 2
Y
gii = =r sin θk , i ≤ N − 1 (4.18)
cos2 θi k=i+1
Com os resultados da Eq. (4.16) podemos calcular o determinante de gij , que é:
N +1 N N N N
Y Y x2i+1 Y
2
Y
2 2N
Y
g = det gij = gii = 2
= r sin θk = r sin2(k−1) θk . (4.19)
i=1 i=1
cos θi i=1 k=i+1 k=2
A raiz de g é:
N N
p Y xi+1 N
Y
|g| = =r sink−1 θk . (4.20)
i=1
cos θi
k=2
i−1 i+1 N
1Y Y 1 g x−2
i+1 −2
Y
ii
g = gkk gjj = = −2
=r sin−2 θk (4.22)
g k=1 j=1
g gii cos θi k=i+1
27
∂
Definimos em seguida, que hi = g ii e ∂i = ∂qi
. O operador de Laplace-Beltrami citado na
Eq. (2.40), pode ser escrito na forma:
1 p 1 p
∆u = p ∂i |g|g ij ∂j u + p |g|g ij ∂i ∂j u (4.25)
|g| |g|
1 p
|g| g ij ∂j u + ∂i g ij ∂j u + g ij ∂i ∂j u .
= p ∂i
|g|
1 p
|g| g ij ∂j u + ∂i g ij ∂j u + hi ∂i2 u .
= p ∂i
|g|
p
Caculamos em seguida ∂i |g|:
N
Y
N −1
p
sink−1 θk = N r−1 |g| para i = N + 1,
p
∂N +1 |g| = N r (4.26)
k=2
p
∂1 |g| = 0 para i = 1,
N
Y p
sink−1 θk (i − 1) sin−1 θi cos θi = |g| (i − 1) cot θi para N ≥ i ≥ 2 .
p N
∂i |g| = r
k=2
∂i g ij = 0 . (4.27)
N N +1
X 1 p 1 p X
∆u = p |g| (i − 1) cot θi g ij ∂j u + p N r−1 |g|∂r u + hi ∂i2 u (4.28)
i=2 |g| |g| i=1
XN N
X
= (i − 1) cot θi g ij ∂j u + N r−1 ∂r u + hi ∂i2 u + ∂r2 u
i=2 i=1
XN N
X
(i − 1) cot θi g ii ∂i u + g ii ∂i2 u + r−N ∂r rN ∂r u ,
=
i=2 i=1
28
N
X N
X
∆u = r−2 (i − 1) cot θi g ii ∂i u + g ii ∂i2 u + r−N ∂r rN ∂r u = 0
i=2 i=1
N
X
−2
(i − 1) cot θi g ii ∂i u + g ii ∂i2 u + r−N ∂r rN ∂r u = 0 .
∆u = r (4.29)
i=1
N
X
−2
(i − 1) cot θi g ii ∂i u + g ii ∂i2 u + r−N ∂r rN ∂r u = 0 ,
r (5.1)
i=1
N
X
−2 ii
∂i u + r−N ∂r rN ∂r u .
ii 2
∆u = r (i − 1) cot θi gN ∂i u + gN (5.2)
i=1
ij
onde gN é o tensor métrico hiperesférico sem dependência radial. Definimos ∆S N a seguir:
N
X
ii ii 2
∆S N = (i − 1) cot θi gN ∂i + gN ∂i (5.3)
i=1
r2
multiplicamos a Eq. (5.6) por RWn
, obtendo:
1 1
∆S N WN + r2−N ∂r rN ∂r R = 0
(5.7)
Wn R
1 2−N 1
∂r rN ∂r R = − ∆S N WN
r
R W
a validade da Eq. (5.7) é obtida ao igualarmos a uma constante de separação, nesse caso
λN , logo:
1 1
∆S N WN = r2−N ∂r rN ∂r R = λN .
− (5.8)
W R
Como no caso para 4 dimensões a equação radial não tem tanta importância quanto as
equações angulares, então as desconsideramos. Continuando para a equação angular, dada
por:
∆S N WN = −λN WN , (5.9)
N
X
ii ii 2
(i − 1) cot θi gN ∂i WN + gN ∂i WN = −λN WN , (5.10)
i=1
ij
onde o tensor métrico hiperesférico sem dependência radial gN é:
ij ij −2
gN = gN −1 sin θN . (5.11)
30
N
X
ii ii 2
(i − 1) cot θi gN ∂i WN + gN ∂i W N = (5.12)
i=1
N
X −1
ii ii 2
(i − 1) cot θi gN ∂i WN + gN ∂i WN
i=1
NN NN 2
+ (N − 1) cot θi gN ∂N WN + gN ∂N WN
ou ainda:
N
X −1
−2 ii ii 2
sin θN (i − 1) cot θi gN −1 ∂i WN + gN −1 ∂i WN + (5.13)
i=1
2
(N − 1) cot θi ∂N WN + ∂N WN = −λN WN .
ij
Notamos que gN −1 não possui dependência θN , então definimos que:
N
X −1
ii ii 2
∆S N −1 = (i − 1) cot θi gN −1 ∂i + gN −1 ∂i (5.14)
i=1
sin−2 θN ∆S N −1 WN + (N − 1) cot θN ∂N WN + ∂N
2
WN = −λN WN , (5.15)
∆S N −1 WN + sin2 θN (N − 1) cot θN ∂N WN + ∂N
2
WN + λN WN = 0 . (5.16)
Definimos WN como:
WN = WN −1 (θN −1 , .., θ2 , θ1 )YN (θN ) , (5.17)
sin2 θN (N − 1) cot θN ∂N WN −1 YN + ∂N
2
WN −1 YN + λN WN −1 YN = −∆S N −1 WN −1 YN ,
(5.18)
31
1
multiplicando a Eq. (5.18) por WN −1 YN
, encontramos:
1 1
sin2 θN (N − 1) cot θN ∂N YN + ∂N
2
YN + λN YN = − ∆ N −1 WN −1 = λN −1
YN WN −1 S
(5.19)
onde λN −1 é uma constante de separação. Foram obtidas duas equações, uma com depen-
dência θN :
2 λN −1
(N − 1) cot θN ∂N YN + ∂N YN + λN YN = YN (5.20)
sin2 θN
2 λN −1
∂N YN + (N − 1) cot θN ∂N YN + λN − YN = 0 ,
sin2 θN
−∆S N −1 WN −1 = λN −1 WN −1 . (5.21)
−∆S 2 W2 = λ2 W2 , (5.22)
Usamos mais uma vez o método de separação de variáveis, dessa vez na Eq .(5.22) para
obtemos:
λ1
cot θ2 ∂2 Y2 + ∂22 Y2 + λ2 Y2 = Y2 (5.23)
sin2 θ2
2 λ1
∂2 Y2 + cot θ2 ∂2 Y2 + λ2 − Y2 = 0 . (5.24)
sin2 θ2
Aplicamos o método de separação de variáveis na Eq. (5.24) encontrando a seguinte
equação:
−∆S 1 W1 = λ1 W1 . (5.25)
nárias:
2 λN −1
∂N YN + (N − 1) cot θN ∂N YN + λN − YN = 0 , (5.26)
sin2 θN
2 λN −2
∂N −1 YN −1 + (N − 2) cot θN −1 ∂N −1 YN −1 + λN −1 − YN −1 = 0 ,(5.27)
sin2 θN −1
...
2 λ2
∂3 Y3 + cot θ3 ∂3 Y3 + λ3 − Y3 = 0 , (5.28)
sin2 θ3
2 λ1
∂2 Y2 + cot θ2 ∂2 Y2 + λ2 − Y2 = 0 , (5.29)
sin2 θ2
∂12 Y1 + λ1 Y1 = 0 . (5.30)
~2 d2 ψ ~2 α2
κ (κ − 1) λ (λ − 1)
− + + ψ = Eψ , (5.31)
2m dx2 2m sin2 (αx) cos2 (αx)
π
κ > 1, λ > 1; 0 ≤ x ≤ .
2α
A Eq. (5.31) também é escrita na forma:
d2 ψ
κ (κ − 1) λ (λ − 1) 2mE
− 2 + α2 + ψ = q 2 ψ, q 2 = . (5.32)
dx sin2 (αx) cos2 (αx) ~2
∞
X (a)n (b)n xn
F
2 1 (a, b, c, x) = , (5.35)
k=0
(c) n n!
Γ (a + n)
(a)n = a (a + 1) (a + 2) ... (a + n − 1) = . (5.36)
Γ (a)
As autofunções são:
1 1
ψn = A0n κ
sin (2αx) 2 F1 −n, n + 2κ, κ + ; (1 − cos (2αx)) , (5.39)
2 2
θ = 2αx (5.40)
d2 ψ κ (κ − 1)
− + ψ = (n + κ)2 ψ (5.41)
dθ2 sin2 θ
d2 ψ 2 κ (κ − 1)
+ (n + κ) ψ − ψ=0 (5.42)
dθ2 sin2 θ
com as autofunções dada por:
1 1
ψn (θ) = A0n κ
sin θ 2 F1 −n, n + 2κ, κ + ; (1 − cos θ) . (5.43)
2 2
34
∂12 Y1 + λ1 Y1 = 0 . (5.48)
Fazemos com que λ1 = l12 , da condição Eq. (5.49) l1 ∈ Z e a solução da Eq. (5.48) é:
Definimos que:
Yi = fi ui , (5.52)
1
multiplicando a Eq. (5.53) por fi
e colocando os termos em evidência, encontramos:
fi0
u00i
+ 2 + (i − 1) cot θi u0i (5.54)
f
00 i
fi0
fi λi−1
+ + (i − 1) cot (θi ) + λN − ui = 0 .
fi fi sin2 θi
A Eq. (5.54) deve tomar uma forma conhecida, que nesse caso é a da equação de Schro-
dinger com potencial Pöschl-Teller simétrico. Comparamos Eq. (5.54) com a Eq. (5.42)
e percebemos que temos que simplificarmos a Eq. (5.54) de forma com que o termo que
acompanha u0i seja nulo, consideramos então:
fi0
2 + (i − 1) cot θi = 0
fi
ou ainda:
fi0 (i − 1)
=− cot θi . (5.55)
fi 2
Recordamos a seguinte relação:
h0i
∂i (ln hi ) = , (5.56)
hi
lembrado que:
∂
∂i = .
∂xi
36
(i − 1)
∂i (ln fi ) = − cot θi , (5.57)
2
(i − 1)
ln (fi ) = − ln (sin θi ) + C (5.58)
2
com C = 0, aplicamos a exponencial dos dois lados da Eq. (5.100), de tal forma que:
(i−1)
ln sin− 2 (θi )
eln(fi ) = e (5.59)
e encontramos:
(i−1)
fi = sin− 2 (θi ) . (5.60)
As derivadas de fi são:
(i − 1)
fi0 = − cot θi fi , (5.61)
2
(i − 1) 1 (i − 1)
fi00 = 2 fi − cot (θi ) fi0 ; (5.62)
2 sin θi 2
1
multiplicamos a Eqs. (5.61) e (5.62) por fi
, tornado-as:
fi0 (i − 1)
= − cot θi , (5.63)
fi 2
0
fi00 (i − 1) 1 (i − 1) fi
= − cot (θi ) ; (5.64)
fi 2 sin2 θi 2 fi
fi00 (i − 1) 1 (i − 1) (i − 1)
= 2 − cot θi − cot θi (5.65)
fi 2 sin θi 2 2
fi00 (i − 1) 1 (i − 1)2
= 2 + cot2 θi . (5.66)
fi 2 sin θi 4
37
Substituı́mos a Eq. (5.66) no termo que acompanha ui da Eq. (5.54), que quando simpli-
ficamos, encontramos :
fi00 fi0
λi−1
+ (i − 1) cot θi + λi − (5.67)
fi fi sin2 θi
(i − 1) 1 (i − 1)2
= 2 + cot2 θi
2 sin θi 4
(i − 1) λi−1
+ (i − 1) cot θi − cot θi + λi − ,
2 sin2 θi
fi00 fi0
λi−1 (i − 1) 1
+ (i − 1) cot (θi ) + λi − 2 = (5.68)
fi fi sin θi 2 sin2 θi
(i − 1)2 2 (i − 1)2 λi−1
+ cot θi − cot2 θi + λi −
4 2 sin2 θi
(i − 1)2
(i − 1) 1
= − λi−1 − cot2 θi + λi
2 sin2 θi 4
(i − 1)2
(i − 1) 1 1
= − λi−1 − − 1 + λi
2 sin2 θi 4 sin2 θi
!
(i − 1) (i − 1)2 1 (i − 1)2
= − − λi−1 + λi +
2 4 sin2 θi 4
fi00 fi0
λi−1
+ (i − 1) cot (θi ) + λi − (5.69)
fi fi sin2 θi
(i − 1)2
(i − 1) (i − 1) 1
= 1− − λi−1 + λ i + .
2 2 sin2 θi 4
Para encontrar os autovalores comparamos a Eq. (5.71) com a Eq. (5.42) e concluı́mos a
38
seguinte relação:
(i − 1)2 2 2 (i − 1)2
λi + = (ni + κi ) ⇒ λi = (ni + κi ) − (5.72)
4 4
(i − 1)2
2 (i − 1) (i − 1)
(ni + κi ) − = ni + κi + ni + κi − = λi . (5.73)
4 2 2
logo
1
κi − = ni−1 + κi−1 . (5.78)
2
Com a Eq. (5.78) encontramos que:
1
κi = ni−1 + κi−1 + , (5.79)
2
39
observe que os valores de κi são escritos a partir dos seus valores anteriores. Reescrevemos
a Eq. (5.79) na forma:
i−1
X (i − 1)
κi = nj + , (5.80)
j=1
2
e definimos que:
i
X
li = nj ; (5.81)
j=1
(i − 1)
κi = lj−1 + . (5.82)
2
2 (i − 1)2
λi = (ni + κi ) − (5.83)
4 ! !
i i
X (i − 1) (i − 1) X (i − 1) (i − 1)
= nj + + nj + −
j=1
2 2 j=1
2 2
i
! i
!
X X
= nj + (i − 1) nj ,
j=1 j=1
λi = li (li + i − 1) . (5.84)
λN = lN (lN + N − 1) , (5.85)
...
λ3 = l3 (l3 + 2) ,
λ2 = l2 (l2 + 1) ,
λ1 = l12 .
(i−1)
Yi = Ai sinκi (θi ) sin− (θi ) Cnκii (cos θi ) .
2 (5.87)
γ = [l1 , l2 , ..., lN ] .
l1 = n1 ,
l2 = n1 + n2 ⇒ n2 = l2 − l1 ,
l3 = n1 + n2 + n3 = l3 + l2 − l1 + n3 = l2 + n3 ⇒ n3 = l3 − l2 ,
...
lN = n1 + ... + nn−1 + nN ⇒ nN = lN − lN −1 ;
N (j−1)
lj−1 +
Y
i̊l1 θ1 lj−1
Wγ (θ1 , θ2 , ..., θN ) = Dγ e sin (θj ) Clj −lj−1 2
(cos (θj )) . (5.90)
j=2
com os resultados da Ref. [2] em que os harmônicos hiperesfericos também foram expres-
sos em termos dos polinômios de Gegenbauer. A expressão dos harmônicos hiperesfericos
da Eq. (5.90) coincide com as fórmulas da Ref. [2] a menos de um fator de normalização.
A solução angular para a equação de Laplace em N dimensões, escrita na Eq. (5.90) é:
N h i
Y (j−1)
i̊l1 θ1 κj − κj
Wγ (θ1 , θ2 , ..., θN ) = Dγ e sin 2 θj Cnj (cos (θj ))
j=2
com κj definido na Eq. (5.82) e nj na Eq. (5.89). Observamos na Ref. [16] e na Ref. [2],
que o diferencial de volume tem a forma:
q
dτ = |det gij |dθN .....dθ1 . (5.93)
p
Determinamos anteriormente na Eq. (4.20) a |det gij | e substituı́mos na Eq. (5.93)
N
Y
dτ = sin(j−1) θj dθj .....dθ1 , (5.94)
j=2
42
Z 2π Z π Z N
πY
Dγ2 ... sin2κj −(j−1) θj (5.95)
0 0 0 j=2
h N
i2 Y
Cnκjj (cos (θj )) sin(j−1) θj dθj .....dθ1 = 1,
j=2
como para cada valor de j temos uma dependência de θj diferente, a integral da Eq. (5.95)
pode ser escrita como o produto das integrais, da seguinte forma:
Z 2π N Z
Y π h i2
Dγ2 dθ1 sin2κj −(j−1) θj Cnκjj cos (θj ) sin(j−1) θj dθj = 1 . (5.96)
0 j=2 0
yj = cos θj , (5.97)
1
dyj = − sin θj dθj =⇒ dθj = − dyj
sin θj
N Z −1 i2
Y κj − (j−1) h (j−2)
−2πDγ2 1 − yj2 2
Cnκjj (yj ) 1 − yj2 2 dyj (5.98)
j=2 1
N Z 1 i2
Y κj + (j−2) (j−1) h
− 2
= 2πDγ2 1 − yj2 2
Cnκjj (yj ) dyj
j=2 −1
N Z 1 i2
Y κj − 12 h κj
= 2πDγ2 1 − yj2 Cnj (yj ) dyj = 1 .
j=2 −1
1
π21−2α Γ (λ + 2α)
Z
α− 12
1 − x2 [Cλα (x)]2 dyj = . (5.99)
−1 λ! (λ + α) [Γ (α)]2
43
1
π21−2κj Γ (nj + 2κj )
Z i2
κ − 1 h
1− yj2 j 2 Cnκjj (yj ) dxj = (5.100)
−1 nj ! (nj + κj ) [Γ (κj )]2
N
Y π21−2κj Γ (nj + 2κj )
2πDγ2 =1, (5.101)
n ! (nj + κj ) [Γ (κj )]2
j=2 j
N
! 12
1 Y nj ! (nj + κj ) [Γ (κj )]2
Dγ = (5.102)
(2π) j=2 2−2κj Γ (nj + 2κj )
12
(j−1) (j−1)
1 Y Γ li−1 + 2
N (lj − lj−1 )! lj + 2
= .
(2π) j=2 2−li−1 + (j−1)
2 Γ (lj + (j − 1))
(j−1)
(lj − lj−1 )! lj + 2
(j−1)
sinli−1 (θj ) Clli−1l + 2 (cos (θj )) .
Γ (lj + (j − 1)) j− j−1
onde
γ = [l1 , l2 , ..., lN ]
e
h i
˜ ˜ ˜
γ̃ = l1 , l2 , ..., lN .
44
Z 2π Z π N
Y
... Wγ∗ Wγ 0 sin(j−1) θj dθj .....dθ1 (5.105)
0 0 j=2
Z 2π Z N
πY (j−1)
li−1 + 2
= Dγ∗ Dγ̃ e −i̊l1 θ1 i̊1 l̃1 θ1
e dθ1 ... sin li−1
θj Clj− lj−1 (cos (θj ))
0 0 j=2
N (j−1)
N
Y
l̃i−1 +
Y
l̃i−1
sin (θj ) Cl̃ 2
(cos (θj )) sin(j−1) θj dθj .....dθ2 .
j −l̃j−1
j=2 j=2
21 ∗
(j−1) (j−1)
1
N
Y Γ li−1 + 2
(lj − lj−1 )! lj + 2
Dγ∗ = (j−1)
,
(5.106)
(2π) j=2 2 −li−1 + 2 Γ (lj + (j − 1))
12
1
N
Y Γ ˜lj−1 + (j−1)
2
˜lj − ˜lj−1 ! ˜lj + (j−1)
2
Dγ̃ = (j−1)
. (5.107)
(2π) j=2 2−l̃j−1 + 2 Γ ˜lj + (j − 1)
Podemos escrever a integral da Eq. (5.105) como o produto das integrais, da seguinte
forma:
Z 2π N Z π (j−1)
i̊θ1 (l̃1 −l1 ) lj−1 +
Y
Dγ∗ e dθ1 sin lj−1
θj Clj −lj−1 2
(cos (θj )) (5.108)
0 j=2 0
(j−1)
l̃i−1 l̃j−1 +
sin (θj ) Cl̃ 2
(cos (θj )) sin(j−1) θj dθj .
j −l̃j−1
Foram feitas duas análises, a primeira quando l1 6= ˜l1 referente a integral com relação a
θ1 , seja: 2π
i̊θ1 (l̃1 −l1 )
2π
ei̊2π(l̃1 −l1 ) − 1
Z
e
ei̊θ1 (l̃1 −l1 ) dθ1 = = =0 (5.109)
0 i̊ ˜l1 − l1 i̊ ˜l1 − l1
0
l1 = ˜l1 ,
lj 6= ˜lj , j = 2, 3, 4... ,
45
seja:
Z π (j−1)
lj−1 lj−1 +
sin (θj ) Clj −lj−1 2
(cos (θj )) sinl̃j−1 (θj ) (5.111)
0
(j−1)
l̃j−1 +
Cl̃ 2
(cos (θj )) sin(j−1) θj dθj ,
j −l̃j−1
logo
Z 1 21 (li−1 +l̃i−1 +j−1)− 12
(j−1)
(j−1)
li−1 + 2 l̃i−1 + 2
1− yj2 Clj −lj−1 (yj ) Cl̃ −l̃ (yj ) dyj = 0(5.114)
j j−1
−1
se lj − lj−1 6= ˜lj − ˜lj−1 .
portanto
lj 6= ˜lj ⇒ hWγ |Wγ̃ i = 0 . (5.115)
h l +1 i l h l +1 i
i̊l1 θ1 l1 1 2 2 2
Wl1 ,l2 ,l3 (θ3 , θ2 , θ1 ) = Dl1 ,l2 ,l3 e sin (θ2 ) Cn2 (cos (θ2 )) sin (θ3 ) Cn3 (cos (θ3 )) ,
(6.1)
com
3
X
l3 = nj , (6.2)
j=1
logo:
l1 = n1 , (6.3)
l2 = n1 + n2 ⇒ n2 = l2 − l1 ,
l3 = n1 + n2 + n3 = l3 + l2 − l1 + n3 = l2 + n3 ⇒ n3 = l3 − l2 ;
h l +1 i l h l +1 i
1
Wl1 ,l2 ,l3 (θ3 , θ2 , θ1 ) = Dl1 ,l2 ,l3 ei̊l1 θ1 sinl1 (θ2 ) Cl2 −l21 (cos (θ2 )) sin 2 (θ3 ) Cl32−l2 (cos (θ3 ))
(6.4)
para
l3 ≥ l2 ≥ l1 . (6.5)
x4 = r cos θ3 ,
x3 = r sin θ3 cos θ2 ,
y = cos θ2 , (6.8)
l1 + 1
fazendo com que Cl2 −l21 (cos θ2 ) torme a seguinte forma:
l2 = 1 e l1 = 0:
d
1 − y 2 = −2y ;
(6.13)
dy
π
como definimos θ2 = 2
a Eq. (6.8) é nula, implicando em:
y=0,
π
Observe que para θ3 = 2
projetamos o caso dos harmônicos esféricos usuais.
49
7 Observação
Na etapa final de trabalho no projeto no banco de dado de preprints ArXiv apareceu um
artigo [18] que é bem relevante ao trabalho do nosso projeto. Por causa disso, decidimos
adicionar esta observação no final do relatorio.
No trabalho [18] os harmônicos esféricos em 3 dimensões são obtidos de uma forma
em que não seja necessário o uso de derivadas. O método utilizado baseia-se nos operado-
res de componentes do momento angular (Lx , Ly e Lz ) e os operadores de levantamento
de abaixamento para o momento angular (L± ), denotando os harmônicos na notação de
Dirac da mecânica quântica, em seguida é introduzido o operador exponencial de dese-
maranhamento mostrando sua relação com a álgebra de Lie; por fim verifica-se que o
método reproduz o mesmo resultado dos métodos convencionais. Ao facilitar a obtenção
das matrizes de rotação e estender o entendimento dos operadores da mecânica quântica
o método traz uma abordagem mais didática comparados aos métodos convencionais. Na
opinião dos autores do trabalho, apesar de que esta abordagem já era conhecida desde
1970, a conexão com os harmônicos esféricos não foi indicada por outros autores. Espe-
ramos que essa indicação do trabalho [18] possa ser extendido para o caso de dimensões
mais altas que é o interesse principal do nosso trabalho.
50
(a) l3 = 0, l2 = 0 e l1 = 0 (b) l3 = 1, l2 = 0 e l1 = 0
(a) l3 = 1, l2 = 1 e l1 = 1 (b) l3 = 2, l2 = 0 e l1 = 0
(a) l3 = 2, l2 = 1 e l1 = 1 (b) l3 = 2, l2 = 2 e l1 = 0
(a) l3 = 2, l2 = 2 e l1 = 2 (b) l3 = 3, l2 = 0 e l1 = 0
(a) l3 = 3, l2 = 1 e l1 = 1 (b) l3 = 3, l2 = 2 e l1 = 0
(a) l3 = 3, l2 = 2 e l1 = 2 (b) l3 = 3, l2 = 3 e l1 = 1
(a) l3 = 3, l2 = 3 e l1 = 3
(a) l3 = 0, l2 = 0 e l1 = 0 (b) l3 = 1, l2 = 0 e l1 = 0
(a) l3 = 1, l2 = 1 e l1 = 0 (b) l3 = 1, l2 = 1 e l1 = 1
(a) l3 = 2, l2 = 0 e l1 = 0 (b) l3 = 2, l2 = 1 e l1 = 0
(a) l3 = 2, l2 = 1 e l1 = 1 (b) l3 = 2, l2 = 2 e l1 = 0
(a) l3 = 2, l2 = 2 e l1 = 1 (b) l3 = 2, l2 = 2 e l1 = 2
(a) l3 = 3, l2 = 0 e l1 = 0 (b) l3 = 3, l2 = 1 e l1 = 0
(a) l3 = 3, l2 = 1 e l1 = 1 (b) l3 = 3, l2 = 2 e l1 = 0
(a) l3 = 3, l2 = 2 e l1 = 1 (b) l3 = 3, l2 = 2 e l1 = 2
(a) l3 = 3, l2 = 3 e l1 = 0 (b) l3 = 3, l2 = 3 e l1 = 1
(a) l3 = 3, l2 = 3 e l1 = 2 (b) l3 = 3, l2 = 3 e l1 = 3
8 Conclusão
Neste projeto consideramos a construção dos harmônicos hiperesféricos em N dimensões.
São demonstrados os três métodos da obtenção da equação de Laplace em 4 dimensões nas
coordenadas hiperesféricas: a transformação de coordenadas, os operadores diferenciais
vetoriais em coordenadas curvilineares e o operador de Laplace-Beltrami na forma cova-
riante. No caso para N dimensões arbitrária, utilizamos o operador de Laplace-Beltrami
com a métrica da geometria esférica. Para resolver a equação de Laplace foi usado o méto-
dos de separação de variáveis. As equações ordinarias para cada variável foram reduzidas
a uma forma da equação de Schrodinger com o potencial simétrico de Pöschl-Teller. As so-
luções das equações ordinárias foram obtidas na forma de produto das soluções da equação
de Schrödinger e o fator funcional que foi determinado no processo de solução. As solu-
ções das equações ordinárias foram expressas em termos dos polinômios de Gegenbauer.
O produto das soluções das equações ordinárias apresenta os harmônicos hiperesféricos
em N dimensões. Aproveitando as propriedades dos polinômios de Gegenbauer, foi de-
monstrada a ortogonalidade dos harmônicos hiperesféricos construı́dos e determinado o
fator de normalização. Os harmônicos hiperesféricos construı́dos no projeto coincidem
com aqueles obtidos em outros trabalhos a menos de um fator de normalização. Para
uma ilustração dos resultados do projeto apresentamos as imagens dos harmônicos hipe-
resféricos em 4 dimensões, para os primeiros valores dos números caracterı́sticos. Para
visualizar os objetos quadridimensionais no espaço tridimensional efetuamos as projeções
59
Referências
[1] R. Courant, D. Hilbert, Methods of Mathematical Physics: Volume II, Wiley Classics,
Chapter IV (1989).
[2] Harry Bateman, Higer transedental functions, MC Graw Book company, INC (1953).
[7] A. Higuchi, Symmetric tensor spherical harmonics on the N-sphere and their appli-
cation to the de Sitter group SO (N,1), J. Math. Phys. 28, 1553 (1987).
[17] R. Eisberg, R. Resnick, Fı́sica Quântica Átomos, Moléculas, Sólidos, Núcleos e Par-
tı́culas, CAMPUS, 2a Edição, (1985).