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A Ordem Natural Das Coisas (Part.

Mc Tha)
Emicida
Tom: Bb
Eb7M
A merendeira desce, o ônibus sai
Bb7M
Dona Maria já se foi, só depois é que o Sol nasce
Eb7M
De madruga que as aranha tece no breu
F5
E amantes ofegantes vão pro mundo de Morfeu
Eb7M F5
E o Sol só vem depois
Eb7M Dm11
O Sol só vem depois
Eb7M Bb7M
É o astro rei, ok, mas vem depois
Eb7M Bb7M
O Sol só vem depois
Eb7M
Anunciado no latir dos cães, no cantar dos galos
F5
Na calma das mães, que quer o rebento cem por cento
Eb7M
E diz: Leva o documento, son
Bb7M
Na São Paulo das manhã que tem lá seus Vietnã
Eb7M
Na vela que o vento apaga, afaga quando passa
F5
A brasa dorme fria e só quem dança é a fumaça
Eb7M
Orvalho é o pranto dessa planta no sereno
F5
A Lua já tá no Japão, como esse mundo é pequeno
Eb7M
Farelos de um sonho bobinho que a luz contorna
Bb7M
Dar um tapa no quartinho, esse ano sai a reforma
Eb7M
O som das criança indo pra escola convence
F5
O feijão germina no algodão, a vida sempre vence
Eb7M
Nuvens curiosas, como são
Bb7M
Se vestem de cabelo crespo, ancião
Eb7M
Caminham lento, lá pra cima, o firmamento
Bb7M
Pois no fundo ela se finge de neblina

Pra ver o amor dos dois mundos


Eb7M
A merendeira desce, o ônibus sai
Bb7M
Dona Maria já se foi, só depois é que o Sol nasce
Eb7M
De madruga que as aranha tece no breu
Bb7M
E amantes ofegantes vão pro mundo de Morfeu

Eb7M F5
E o Sol só vem depois
Eb7M F5
O Sol só vem depois
Eb7M F5
É o astro rei, ok, mas vem depois
Eb7M F5
O Sol só vem depois

Eb7M
A merendeira desce, o ônibus sai
Bb7M
Dona Maria já se foi, só depois é que o Sol nasce
Eb7M
De madruga que as aranha tece no breu
Bb7M
E amantes ofegantes vão pro mundo de Morfeu

Eb7M F5
E o Sol só vem depois
Eb7M Bb7M
O Sol só vem depois
Eb7M F5
É o astro rei, ok, mas vem depois
Eb7M Bb7M
O Sol só vem depois
Composição de Damien Seth / Emicida

Quem Tem Um Amigo Tem Tudo


Emicida

Tom: E
E7M(9) F#m7(9)
Quem tem um amigo tem tudo
B7(13) E7M(9)
Se o poço devorar, ele busca no fundo
F#m7
É tão dez que junto todo stress é miúdo
B7(13) Bm7/A
É um ponto pra escorar quando foi absurdo
E7(9) C#m7
Quem tem um amigo tem tudo
Am6 G#m7
Se a bala come, mano, ele se põe de escudo
C#7(9+) F#m7
Pronto pro que vier mesmo a qualquer segundo
B7(9) E
É um ombro pra chorar depois do fim do mundo

E7M
Ser mano igual Gil e Caetano
F#m7 B7(9) E
Nesse mundo louco é pra poucos, tanto sufoco insano encontrei
E7M
Voltar pra esse plano e vamos estar voltando
F#m7 B7(9) Bm7
É tipo Rococó, Barroco em que Aleijadinho era rei
D9/E C#m7
É presente dos deuses, rimos quantas vezes?
Am6 G#m7
Como em catequeses, logo perguntei
C#7(9+)
Pra Oxalá e pra Nossa Senhora
F#m7 B7(9) E
Em que altura você mora agora, um dia lhe visitarei

E7M
Ser mano igual Gil e Caetano
F#m7 B7(9) E
Nesse mundo louco é pra poucos, tanto sufoco insano encontrei
E7M
Voltar pra esse plano e vamos estar voltando
F#m7 B7(9) Bm7
É tipo Rococó, Barroco em que Aleijadinho era rei
D9/E C#m7
É presente dos deuses, rimos quantas vezes?
Am6 G#m7
Como em catequeses, logo perguntei
C#7(9+)
Pra Oxalá e pra Nossa Senhora
F#m7 B7(9) E
Em que altura você mora agora, um dia lhe visitarei

E7M F#m7
Tantas idas e vindas cantam histórias lindas
B7(9) E
Samba que toca ainda, camba desde Cabinga
E7M F#m
Classe aruanda brinda, plantas, água e moringa
B7(9)
Sabe, imbanda não finda, acampa no colo da dinda
E E7M
E volta como o Sol
F#m7 B7(9)
Cheio de luz e inspiração rompendo a escuridão
E E7M
Quem divide o que tem é que vive pra sempre
F#m7 B7(9)
E a gente humildemente lembra no refrão
Assim, ó

E E7M F#m7
Quem tem um amigo tem tudo
B7(9) E
Se o poço devorar, ele busca no fundo
E7M F#m7
É tão dez que junto todo stress é miúdo
B7(9) Bm7
É um ponto pra escorar quando foi absurdo
D9/E C#m7
Quem tem um amigo tem tudo
Am6 G#m7
Se a bala come, mano, ele se põe de escudo
C#7(9+) F#m7
Pronto pro que vier mesmo a qualquer segundo
B7(9) E
É um ombro pra chorar depois do fim do mundo

E E7M F#m7
O amigo é um mago do meigo abraço
B7(9)
É mega afago, abrigo em laço
E E7M F#m7
Oásis nas piores fases quando some o chão e as bases
B7(9)
Quando tudo vai pro espaço, é isso

E E7M F#m7
O amigo é um mago do meigo abraço
B7(9)
É mega afago, abrigo em laço
E E7M F#m7
Oásis nas piores fases quando some o chão e as bases
B7(9)
Quando tudo vai pro espaço, é isso

E E7M F#m
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, Emicida, brigado aê)
B7(9) E
Quem tem um amigo tem tudo (mais uma vez)
E7M F#m
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, amigo, já é terceira vez, hein?)
B7(9) Bm7
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, professor Zeca Pagodinho)
D9/E C#m7
Quem tem um amigo tem tudo (é isso mesmo)
Am6 G#m7
Quem tem um amigo tem tudo (valeu, meu eterno parceiro Wilson das Neves)
C#7(9+) F#m
Quem tem um amigo tem tudo (o orixá que tivemos a honra de conhecer em vida)
B7(9)
Quem tem (oh, sorte)

E E7M F#m7
Quem tem um amigo tem tudo
B7(9) E
Se o poço devorar, ele busca no fundo
E7M F#m7
É tão dez que junto todo stress é miúdo
B7(9) Bm7
É um ponto pra escorar quando foi absurdo
D9/E C#m7
Quem tem um amigo tem tudo
Am6 G#m7
Se a bala come, mano, ele se põe de escudo
C#7(9+) F#m7
Pronto pro que vier mesmo a qualquer segundo
B7(9) E
É um ombro pra chorar depois do fim do mundo
Composição de Wilson Das Neves / Emicida

Pequenas Alegrias da Vida Adulta (part. Thiago Ventura & Marcos Valle)
Emicida

Tom: C
[Intro] C G Am C G C

C G Am
Deve-se ter cuidado ao passar no trapézio
C G C
Memo' que pese o desespero dos novos tempos
C G Am
Se um like serve ao ódio, bro, nesse episódio
C G C
Breve o bom senso diz: Respire um momento
C G Am
É sobre aprender tipo giz e lousa
C G C
O espírito repousa, reza e volta cem por cento
C G
Cale tudo que o mundo fale e pense
Am
O quanto a vida vale
C G C
Seja luz nesse dia cinzento
C G Am
E ela diz: Deus te acompanhe, pretin, bom dia
C G C
Me deu um beijo e virou poesia
C G Am
Deus te acompanhe, Pretin
C G C
E um lampejo de amor explodiu em alegria
C G Am
Deus te acompanhe, pretin
C G C
Volta pra nós como camisa 10 após o gol
C G Am
Meu peito rufa, o olho brilha, isso é ter uma família
C
Minha alma disse: Demorô
C G Am C
Então eu vou bater de frente com tudo por ela
G C
Topar qualquer luta
C G Am
Pelas pequenas alegrias da vida adulta
C G C
Eu vou
C G Am
Eu vou pro fronte como guerreiro
C G C
Nem que seja pra enfrentar o planeta inteiro
C G Am
Correr a maratona, chegar primeiro
C G C
E gritar: É por você, amor
C G Am
Eu vou bater de frente com tudo por ela
C G C
Topar qualquer luta
C G Am
Pelas pequenas alegrias da vida adulta
C G C
Eu vou
C G Am
Eu vou pro fronte como guerreiro
C G C
Nem que seja pra enfrentar o planeta inteiro
C G Am
Correr a maratona, chegar primeiro
C G C
E gritar: É por você, amor

( C G Am C G C )

C G Am
É um sábado de paz onde se dorme mais
C G C
O gol da virada quase que nós rebaixa
C G Am
Emendar um feriado nesses litorais
C G C
Encontrar uma Tupperware que a tampa ainda encaixa
C G Am
Mais cedo brotou alecrim e uns segredos
C G C
Tava com jeito que ia dar capim
C G Am
Ela reclama do azedo, recolhe os brinquedo
C G C
Triunfo hoje pra mim é o azul no boletim
C G Am
Uma boa promoção de fraldas nessas drogarias
C G C
O faz me rir na hora extra vinda do serviço
C G Am
Presentes feitos com guache e crepom lembra meu dia
C
Penso que os sonhos de Deus devem ser tipo isso
C G Am
Então eu vou bater de frente com tudo por ela
C G C
Topar qualquer luta
C G Am
Pelas pequenas alegrias da vida adulta
C G C
Eu vou
C G Am
Eu vou pro fronte como guerreiro
C G C
Nem que seja pra enfrentar o planeta inteiro
C G Am
Correr a maratona, chegar primeiro
C G C
E gritar: É por você, amor

Cananéia, Iguape e Ilha Comprida


Emicida

Tom: A
Eb7M
Do fundo do meu coração
Cm7
Do mais profundo canto em meu interior, ô
Fm7
Pro mundo em decomposição
Bb7 Bb7#5
Escrevo como quem manda cartas de amor

Eb7M
Crianças, risos e janelas
Cm7
Namoradeiras, tranças, chitas amarelas

Fm7 Bb7
O vermelho das telhas, o luzir da centelha te faz sentir como dentro
Bb7#5
de uma tela

Eb7M
A esperança pinta em aquarela
Cm7
Chiadeira de rádio, TVs e novelas
Fm7
O passeio das abelhas, o concordar das ovelhas nas orelhas
Bb7 Bb7#5
E a vida concorda de tabela

Eb7M
No paralelepípedo, trabalhador intrépido
Cm7
O motor está no ímpeto onde começa tudo
Fm7
O vento acalma o rápido, pra todo som eclético
Bb7 Bb7#5
Vitrolas cantam clássicos num belo absurdo
Eb7M
Metrópoles sufocam, são necrópoles que não se tocam
Cm7
Então se chocam com o sonho de alguém
Fm7
São assassinas de domingo a pausar tudo que é lindo
Bb7 Bb7#5
Todos que sentem isso são meus amigos, também

(Essa aqui vem)


Eb7M
Do fundo do meu coração
Cm7
Do mais profundo canto em meu interior, ô
Fm7
Pro mundo em decomposição
Bb7 Bb7#5
Escrevo como quem manda cartas de amor

Eb7M
Do fundo do meu coração (Essa aqui vem do meu coração)
Cm7
Do mais profundo canto em meu interior, ô
Fm7
Pro mundo em decomposição (Essa também é uma forma de oração)
Bb7 Bb7#5
Escrevo como quem manda cartas de amor

Eb7M
Estrela, Lua e vaga-lume
Cm7
Siriris brincando de cardume
Fm7
Fogueira traz histórias a reviver as memórias
Bb7 Bb7#5
Noêmia de Souza chamava de lume

Eb7M
A noite brinda com negrume
Cm7
A brisa em tuas flores espalha o perfume
Fm7
Sem escapatória da cigarra em oratória
Bb7 Bb7#5
Tão íntima da música que dá ciúme

Eb7M
No paralelepípedo, trabalhador intrépido
Cm7
O motor está no ímpeto onde começa tudo
Fm7
O vento acalma o rápido, pra todo som eclético
Bb7 Bb7#5
Vitrolas cantam clássicos num belo absurdo
Eb7M
Metrópoles sufocam, são necrópoles que não se tocam
Cm7
Então se chocam com o sonho de alguém
Fm7
São assassinas de domingo a pausar tudo que é lindo
Bb7 Bb7#5
Todos que sentem isso são meus amigos, também

Eb7M
Do fundo do meu coração
Cm7
Do mais profundo canto em meu interior, ô
Fm7
Pro mundo em decomposição
Bb7 Bb7#5
Escrevo como quem manda cartas de amor
Composição de Emicida / NAVE Beatz

Baiana
Emicida

Tom: Ab
Ebm7 Db7M

Baiana cê me bagunço
Pirei em tua cor nagô, tua guia
Teu riso é Olodum a tocar no Pelô
Dia de Femadum, tambor alegria
Cê me lembra malê, gosto pra valer
Dique do Tororó, Império Oió
A descer do Orum, bela Oxum
Cujo igual não há em lugar nenhum
O branco da areia da Lagoa de Abaeté
Tá no teu sorriso, meu juízo perde o pé
O canto da sereia vem de boa, eu à toa é
Prejuízo, pretinha briso nesse axé

A cabeça ficou louca


Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca,
Só com beijin', um beijin'
Minha cabeça ficou louca
Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca,
Só com beijin', um beijin'

Baiana é bom de ter aqui


Na Salvador de cá, Salvador dali
Maria pela mão de mestre Didi
Do sol de escurecer os tom de Kariri
É o mito em Orubá, bonito pode pá
Água de Amaralina, gota de luar
Deleite ocular, rito de passar
Me lembrou Clementina a cantar
2 de Fevereiro, dia da Rainha
Que pra uns é branca, pra nóiz é pretinha
Igual Nossa Senhora, padroeira minha
Banho de pipoca, colar de conchinha
Pagodeira em linha da Ribeira, eia, Cajazeira
Baixada o tubo tudo, firme e forte na ladeira
Uma pá de cor, me lembrou Raimundo de Oliveira
Meu coração, tua posição, a primeira

A cabeça ficou louca


Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca,
Só com beijin', um beijin'
Minha cabeça ficou louca
Só com aquele beijinho no canto da boca
Louca, louca, louca,
Só com beijin', um beijin'

Madagascar
Emicida

Tom: C
Cm9 C#7M
Noites de Madagascar
Cm9
Quantas estrelas vi ali
C#7M
Seu olhar
G7#5 Cm9 C#7M
Coisas com as quais posso me acostumar
Cm9 C#7M G7#5
Facin', posso me acostumar facin'
Cm9 C#7M
Céu azul, verde mar
Cm9 C#7M
Pássaros, pássaros, pássaros a cantar
G7#5 Cm9 C#7M
São coisas pelas quais posso me acostumar
Cm9
Facin'
C#7M G7#5 Cm9
Posso me acostumar facin'

(Cm9 / C#7M)
[Verso 1: Emicida]
A vida não passa, film noir
Sensual, classe, Renoir
Como se dançasse, folhas, onda e a beleza perfuma o ar
Desse mundão de Oduduwa, ah, da pele afro
Deus nos acuda, Pablo Neruda, bênção, cem sonetos de amor
Sou dos versos de Mia Couto, onde eu ria
Outro, e os sons combinam
Ensinam, como beijos bons, nunca terminam
É surreal, como machuca a mim quem te quer mal
Sim, fere real
Aos carinhos do vento, a gente se espreguiça
Com todo o tempo a favor da nossa preguiça
Na dor é cacto façamos um pacto
Já que tu curte um plano
Deixa a espuma dançar nos pés
Que ela leva todo o revés
Eu amo as...

Cm9 C#7M
Noites de Madagascar
Cm9
Quantas estrelas vi ali
C#7M
Seu olhar
G7#5 Cm9 C#7M
Coisas com as quais posso me acostumar
Cm9 C#7M G7#5
Facin', posso me acostumar facin'
Cm9 C#7M
Céu azul, verde mar
Cm9 C#7M
Pássaros, pássaros, pássaros a cantar
G7#5 Cm9 C#7M
São coisas pelas quais posso me acostumar
Cm9
Facin'
C#7M G7#5 Cm9
Posso me acostumar facin'
(Cm9 / C#7M)
[Verso 2: Emicida]
E quando o sol dorme, a gente faz amor
So special for me, pólen, flor
Que o tempo se torne onde for
Em algum enorme choque, esplendor
Tipo patuá, rindo pra zoar, vindo Mafuá
Anti-chaga, tortura
Pique uma adaga, perfura, dura
Me afaga, candura, vossa, eu nem sei se é minha cura
Nossa, é bom, é cintura, é força
Resulta em mistura, braços que quase sufocam
Sentimentos estouram igual pipoca
Ok? Entendeu, sua louca?
Tantos carinhos, quantos caminhos, até chegar em sua boca
Numa aurora reluzente, outras vidas, outras frentes
Tipo o céu e o mar, desencontra, mas se tromba lá na frente
Eu amo as...

Cm9 C#7M
Noites de Madagascar
Cm9
Quantas estrelas vi ali
C#7M
Seu olhar
G7#5 Cm9 C#7M
Coisas com as quais posso me acostumar
Cm9 C#7M G7#5
Facin', posso me acostumar facin'
Cm9 C#7M
Céu azul, verde mar
Cm9 C#7M
Pássaros, pássaros, pássaros a cantar
G7#5 Cm9 C#7M
São coisas pelas quais posso me acostumar
Cm9
Facin'
C#7M G7#5 Cm9
Posso me acostumar facin'
Alma Gemea
Emicida
Tom: F#
F# B7M Bm
Uma dose só dividida em dois copos
F# B7M Bm
Uma alma só dividida em dois corpos
F# C# D° D#m
Eu sei o melhor, se você tá, eu topo (UHUM)
C# B7M Bm
Eu colo em teu colo

F# A#m
Trate-as como ladys, não como gagas
B7M Bm
Honey baby, boa de afagar
F# A#m B7M
Que eu quis, feliz, sonhei, pensei
Bm
Ser feliz é bem melhor que ser rei
F# A#
Hey, hey, hey, menina
B7M C°
Digo ó, até no signo, viu só, nóiz combina
C# D°
Teu beijo merlot e o riso de pérola fina
D#m C# B7M Bm
Me ganhou, ilumina a retina
F# A#m
Ai, essa sua boca de açaí, meto a roupa de sair, bala
B7M Bm
Invadiria até pesadelos pra salvá-la
F# B
Pra ser teu, camafeu, bom malandro ou nerd
B7M Bm
Um olhar desse seu, gps se perde

F# B7M Bm
Uma dose só dividida em dois copos
F# B7M Bm
Uma alma só dividida em dois corpos
F# C# D° D#m
Eu sei o melhor, se você tá, eu topo (UHUM)
C# B7M Bm
Eu colo em teu colo (2x)

F# A#m
Na de ser sua família, teu Hector Bonilha
B7M Bm
De fé, ter você, minha Mulher Maravilha
F# A#m
Viver um conto de fada, história encantada
B7M Bm
Outros caras querem te ligar, mas você já tá ligada
F# A#m
Casamento é coração, vidas em lua de mel
B7M Bm
Se livrar da solidão, devagar aí ao léu
F# A#m
Quero pegar sua mão, depois fazer meu papel
B7M Bm
Riscar estrelas no chão pra ti passear no céu

F# B7M Bm
Uma dose só dividida em dois copos
F# B7M Bm
Uma alma só dividida em dois corpos
F# C# D° D#m
Eu sei o melhor, se você tá, eu topo unhun!
C# B7M Bm
Eu colo em teu colo (4x)
Composição de Emicida / Felipe Vassão

9nha (part. Drik Barbosa)


Emicida
[Emicida]
Eu tinha 14 ou 15
Naquele mês em que meus parceiro assinou o primeiro 16
Hoje 33 agrava, 12 já ligava
Na solidão restou nós de mão dada
Sem trava o papo fluía, ela ia onde eu ia
Corda e caçamba nessas ruas sombrias
De um beco nessa noite em meio à friagem
Num mundo de dar medo ela me dava coragem, morô?
E a sintonia monstra, neguim?
Número bom, tamanho perfeito pra mim
Que as outra era pesada, B.O., flagrante
Ela não, bem cuidada, ela era brilhante
Uma na agulha, não perde a linha
Prendada, ligeira tipo as tiazinha lavadeira
Explosiva de cuspir fogo
Quem viu num queria ver duas vez, eu fui com ela de novo
Meu bem
[Drik Barbosa]
Ó, meu bem
A gente ainda vai sair nos jornais
Ó, meu bem, meu benzinho
A gente ainda vai
Ó, meu bem, ó, meu bem
A gente ainda vai sair nos jornais
Ó, meu bem, meu benzinho
A gente ainda vai
[Emicida]
Aí, nossa primeira vez foi horrível, medo nos zói, suor
Pensando: Será que um dia eu vou fazer melhor?
Talvez se pá com pó, hein, carai
Uma pá de sangue, deixa essas merda aí, corre
Nossa primeira treta, poucas ideia
Loucas ideia, o que quer que eu falasse ganhava a plateia
O jeito que ela se irrita
Vai de Bonnie e Clyde, sai de que, Maria Bonita e brilha
Tua boca quente na minha virilha
Quase queima, que fase, reina, kamikaze
O que tem entre nós é tão raro
Foda é que pra tirar um barato às vez a gente paga tão caro, meu bem
[Drik Barbosa]
Ó, meu bem
A gente ainda vai sair nos jornais
Ó, meu bem, meu benzinho
A gente ainda vai
Ó, meu bem, ó, meu bem
A gente ainda vai sair nos jornais
Ó, meu bem, meu benzinho
A gente ainda vai
[Emicida]
É louco como é excitante
Perigoso e excitante, tá ligado?
Deliciosamente arriscado
Um exagero
E traz um medo como tempero
É um tempero mágico
Mas o final é sempre trágico
Eu Gosto Dela
Emicida

Tom: B (forma dos acordes no tom de G)Capotraste na 4ª casa


Intro 2x: Am Bm Em7/B

Am Bm
Bem leonina, menina, mandona
Em
Linda, sabe da sina, mina valentona
Am Bm
Fina, cheia de razão, rainha, foliona
Em
Ela, descortina o novo, bota fim na zona
Am Bm
Teu olhar ilumina, abomina o cafona
Em
amazona e bailarina, toda bonitona. (pá)
Am Bm
Ela é purpurina, skinny e pakitona. (tá bem)
Em
9 da matina, um café na poltrona. (ó)
Am Bm
Dona da rotina, mamãe corridona
Em
Defina efeito sanfona, se acha esquisitona
Am Bm
Cafeína, Maracujina, moça respondona
Em
Feiona em dia ruim, mas sempre bela dona
Am Bm
Maestrina do lar e popstar, Madona
Em
Sou fina dança, opina, sorri e faz carona
Am Bm
Quer ser minha pequenina e pro mundo grandona
Em
Meu negócio da China, caipira, brigona

Refrão 2x:
Am Bm C (pestana)
Eu gosto tanto dela, a ponto de querer tá perto, pronto
D (pestana) F#m (pestana 11ª casa)
Não tem outro jeito de me ver sorrir
Bm A#m Am
É louco o efeito dela, aqui.(2x)

Am Bm Em
Na,Na,Na,Na, Na,Na,Na, Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,
Am
Na,Na,Na,Na,Na, (2x)

Am Bm
Grita igual buzina em dia nervosona
Em
Santa sem batina, ganha tranquilona
Am Bm
Hipnotiza a retina, flash, figurona
Em
Estrela maior do show, se precisar, machona
Am Bm
Fria igual neblina, alegre e fanfarrona
Em
Brilha igual platina, prima, sabichona
Bm
Ave de rapina e musa pras telona
Em
No ritmo, atina e lá vai corona
Am Bm
Ela é paz pra Palestina, fé pra Babilônia
Em
Respeito, disciplina, boba e brincalhona
Am Bm
Estriquinina a TPM, vira felizona
Em
Ela abre o circo, ela recolhe a lona
Am Bm
Diz que tá gelatina e malha pegadona
Em
Vira destaque da piscina, satisfeita mona
Am Bm Em
Messalina, corajosa, do lar e chorona

Faz tudo quando quer


Eita, mulher durona

Refrão:
Am Bm Em7/B
Na,Na,Na,Na, Na,Na,Na, Na,Na,Na,Na,Na,Na,Na,
Am
Na,Na,Na,Na,Na, (2x)

Paisagem
Emicida
Tom: C
C
Cheira à pólvora, frio de mármore
Am
Vê que agora quantas árvores
G
Condecora nossos raptores
F
Nos arredores tudo já pertence aos roedores
C
É hora que o vermelho colore o folclore
Am
É louco como adianta pouco, mas ore
G
Com sorte talvez piore
F
Não se iluda, pois nada muda

Então só contemple as flores


C
E acende a brasa, esfregue as mãos
Am
Desabotoa o botão da camisa
G
Sinta-se em casa, imagine o verão
F
Ignore a radiação na brisa
C
Sintoniza o estéreo com seu velho jazz
Am
Pra um pesadelo estéril até durou demais
G
Reconheça sério que o mal foi sagaz
F
Como um bom cemitério tudo está em paz
C
Em paz
Am
Em paz
G
Em paz
F
Em paz
C
Tudo está em paz
Am
Em paz
G
Em paz
F
Em paz
C
Tudo está em paz

O peso dos dias nas costas brindamos com féu


F
Num silêncio que

Permite ouvir as nuvem raspar o céu


G
Sem faróis nos faróis
Descendentes de faraós ao léu
F
E a cena triste

Insiste em te dar um papel


C
Em algum lugar

Entre a rua e a minha alma


Am
Estampido e a libido

Trepa entre gritos de calma


G
Bem louco de like e brisa
F
Que a rede social dá o que nós quer

Enquanto rouba o que nós precisa


C
Porque nada é sólido, nada

Beijos cálidos, fadas


Am
Tudo insólito, cara

Sente o hálito, afaga


G
Rosto pálido é foda

Eu quero um bálsamo para


F
Esse tempo sádico, encara

Puta sonho inválido, acorda


C
Ansiedade corrói como ferrugem

O passeio da vertigem
Am
Ver que os monstros que surgem têm origem
Na fuligem do vale
G
Quem diria? A pobreza de espírito aqui

Fez a de grana se tornar um detalhe


F
Dizem os jornais: Calma, rapaz

Espere e verás, tudo está em paz

C
Em paz
Am
Em paz
G
Em paz
F
Em paz
C
Tudo está em paz
Am
Em paz
G
Em paz
F
Em paz
C
Tudo está em paz

Hoje Cedo
Emicida
Tom: Bbm
Bbm
Hoje cedo
Ab Eb7/G
Quando eu acordei e não te vi
F#
Eu pensei em tanta coisa

Bbm
Tive medo
Ab
Ah, como eu chorei, eu sofri
Eb7/G
Em segredo
F#
Tudo isso, hoje cedo

Bbm
Holofotes fortes, purpurina
Ab
O sorriso dessas mina só me lembra cocaína
Eb7/G
Em cinco abrem-se as cortinas
F#
Estáticas retinas brilham, garoa fina
Bbm
Que fita

Meus poema me trouxe

onde eles não habita

Ab
A fama irrita, grana dita, cê desacredita
Eb7/G
Fantoches, pique Celso Pitta mente
F#
Mortos tipo meu pai, nem eu me sinto presente
Bbm
É rima que "cês qué"? Toma duas, três
Ab
Farta pra infartar cada um de vocês
Eb7/G
Num abismo sem volta, de festa, ladainha
F#
Minha alma afunda igual

Minha família em casa Sozinha

Bbm
Entre putas, como um cafetão
Ab
Coisas que afetam sintonia

Como sonhei em tá aqui um dia

Eb7/G
Crise, trampo, ideologia, pause

E é aqui, onde "nóis" entende a Amy Winehouse

Bbm
Hoje cedo
Ab Eb7/G
Quando eu acordei e não te vi
F#
Eu pensei em tanta coisa
Bbm
Tive medo
Ab
Ah, como eu chorei, eu sofri
Eb7/G
Em segredo
F#
Tudo isso, hoje cedo
Bbm Ab
Vagabundo, a trilha é um precipício, tenso, o melhor
Eb7/G
Quero salvar o mundo
F#
pois desisti da minha família e numa luta mais difícil

Bbm
A frustração vai ser menor

Digno de dó, só o pó, vazio comum


Ab
que já é moda no século 21
Eb7/G
Blacks com voz sagaz gravada
F#
Contra vilões que sangram a quebrada
Bbm
Só que raps por nóiz, por paz, mais nada
Ab
Me pôs nas gerais, numa cela trancada
Eb7/G
Eu lembrei do Racionais, reflexão
F#
Aí, os próprio preto num tá nem aí com isso, não
Bb
É um clichê romântico, triste
Ab
Vai perceber, vai ver, se matou e o paraíso não existe
Eb7/G
Eu ainda sou o Emicida da Rinha
F#
Lotei casas do sul ao norte

Mas esvaziei a minha


Bbm
E vou por aí, Taleban
Ab
vendo os boy beber dois mês de salário da minha irmã
Eb7/G
Hennessys, avelãs, camarins, fãs, globais
F#
Mano, onde eles tavam há dez anos atrás
Bbm
Showbiz como a regra diz, lek
Ab
A sociedade vende Jesus, por que não ia vender rap
Eb7/G
O mundo vai se ocupar com seu cifrão
F#
dizendo que a miséria é quem carecia de atenção

Bbm
Hoje cedo
Ab Eb7/G
Quando eu acordei e não te vi
F#
Eu pensei em tanta coisa
Bbm
Tive medo
Ab
Ah, como eu chorei, eu sofri
Eb7/G
Em segredo
F#
Tudo isso, hoje cedo

AmarElo (part. Majur e Pabllo Vittar)


Emicida
Tom: Eb
[Refrão]

Eb F
Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte
Ab Eb
Porque apesar de muito moço me sinto são e salvo e forte
F
E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado
Ab Eb
E assim já não posso sofrer no ano passado
F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

[Primeira Parte]

Eb
Eu sonho mais alto que drones

Combustível do meu tipo? A fome

Pra arregaçar como um ciclone (entendeu?)


Pra que amanhã não seja só um ontem

Com um novo nome

O abutre ronda, ansioso pela queda (sem sorte)

Findo mágoa, mano, sou mais que essa merda (bem mais)

Corpo, mente, alma, um, tipo Ayurveda

Estilo água, eu corro no meio das pedra

Na trama, tudo os drama turvo, eu sou um dramaturgo


F
Conclama a se afastar da lama, enquanto inflama o mundo
Ab
Sem melodrama, busco grana, isso é hosana em curso
Eb
Capulanas, catanas, buscar nirvana é o recurso

É um mundo cão pra nóiz, perder não é opção, certo?


F
De onde o vento faz a curva, brota o papo reto
Ab
Num deixo quieto, num tem como deixar quieto
Eb
A meta é deixar sem chão, quem riu de nóiz sem teto

[Refrão]

Eb F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

[Segunda Parte]
Eb F
Figurinha premiada, brilho no escuro, desde a quebrada avulso
Ab
De gorro, alto do morro e os camarada tudo
Eb
De peça no forro e os piores impulsos

Só eu e Deus sabe o que é não ter nada, ser expulso


F
Ponho linhas no mundo, mas já quis pôr no pulso
Ab
Sem o torro, nossa vida não vale a de um cachorro, triste
Eb
Hoje cedo não era um hit, era um pedido de socorro

Mano, rancor é igual tumor envenena raiz


F
Onde a platéia só deseja ser feliz (ser feliz)
Ab
Com uma presença aérea

Onde a última tendência é depressão com aparência de férias


Eb F
Vovó diz, odiar o diabo é mó boi, difícil é viver no inferno

E vem a tona
Ab
Que o mesmo império canalha, que não te leva a sério

Interfere pra te levar a lona

Revide

[Refrão]

Eb F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

[Terceira Parte]

Eb F
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Ab
Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes

Que nem devia tá aqui


Eb F
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Ab
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós?

Alvos passeando por aí


Eb F
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Ab
Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência

É roubar o pouco de bom que vivi


Eb F
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Ab
Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes

É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóis sumir

[Refrão]

Eb F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
F
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ab Eb
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro

( Eb F Ab )
( Eb F Ab Eb )
Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro
Composição de Belchior / DJ Duh / Emicida / Felipe Vassão

Eminência Parda (part. Dona Onete, Jé Santiago e Papillon)


Emicida
[Dona Onete]
Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino
Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai
[Jé Santiago]
Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou
Sei que não foi sorte, eu sempre quis tá onde eu tô
Não confio em ninguém, não
Muito menos nos po-po (fuck the police)
Dinheiro no bolso, meu pulso todo congelou (yeah)
Foi antes dos show (foi antes dos show)
Bem antes do blow (antes do blow)
Tava com meus bro, antes do hype e uns invejoso
Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou
Sei que não foi sorte
[Emicida]
OK
Eram rancores abissais (mas)
Fiz a fé ecoar como catedrais
Sacro igual Torás, mato igual corais
Tubarão voraz de saberes orientais
Meu cântico fez do Atlântico um detalhe quântico
Busque-me nos temporais (vozes ancestrais)
Num se mede coragem em tempo de paz
Estilo Jesus 2.0 (carai, Jesus 2.0)
Caminho sobre as água da mágoa dos pangua
Que caga essas regra que me impuseram
Era um nada, hoje eu guardo o infinito
Me sinto tipo a invenção do zero
Não sou convencido (não), sou convincente
Aí, vê na rua o que as rima fizeram
Da pasta base pra base na pasta, o mundão arrasta
A milhão minha casta voa, ping-pong
Afasta bosta, basta, mente Rasta vibra
Recalibra o ying-yang
Igual um cineasta, eu busco a fresta, ofusco a festa
Mira a testa, eu mando o Kim Jong (Masta)
Eu decido se cês vão lidar com King ou se vão lidar com Kong
Em ouro tipo asteca, vim da vida seca
Tudo era o Saara, o Saara, o Saara
Abundância meta, tipo Meca
Sou Thomas Sankara que encara e repara
Pique recém-nascido, cercado de xeca
Mescla de Vivara, Guevara, Lebara
Minha caneta tá fudendo com a história branca
E o mundo grita: Não para, não para, não para
Então supera a tara velha nessa caravela
Sério, para, fella, escancara tela em perspectiva
Eu subo, quebro tudo e eles chama de conceito
Eu penso que de algum jeito trago a mão de Shiva
Isso é Deus falando através dos mano
Sou eu mirando e matando a Klu
Só quem driblou a morte pela Norte saca
Que nunca foi sorte, sempre foi Exu
Meto terno por diversão
É subalterno ou subversão?
Tudo era inferno, eu fiz inversão
A meta é o eterno, a imensidão
Como abelha se acumula sob a telha
Eu pastoreio a negra ovelha que vagou dispersa
Polinização pauta a conversa
Até que nos chamem de colonização reversa
[Papillon]
Não tem dor que perdurará
Nem o teu ódio perturbará
A missão é recuperar
Cooperar e empoderar
Já foram muitos anos na retranca (retranca)
Mas preto não chora, mano, levanta (levanta)
Não implora, penhora a bandeira branca
Não cansa a garganta com antas, não adianta não
Foco e atenção na nossa ascensão
Fuck a opressão (ya)
Não tem outra opção
Até estar tudo em pratos limpos, sem sabão (ya)
A partir de agora é papo reto sem rodeio
Olha direto nos olhos de um preto sem receio
Dizem que eu cruzei a meta
Pra mim nem comecei
Cheguei, rimei, ganhei, sou rei
[Jé Santiago]
Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou
Sei que não foi sorte, eu sempre quis tá onde eu tô
Não confio em ninguém, não
Muito menos nos po-po (fuck the police)
Dinheiro no bolso, meu pulso todo congelou (yeah)
Foi antes dos show (foi antes dos show)
Bem antes do blow (antes do blow)
Tava com meus bro, antes do hype e uns invejoso
Escapei da morte, agora sei pra onde eu vou
Sei que não foi sorte, eu sempre quis tá onde eu tô
[Dona Onete]
Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino
Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai
Composição de Papillon/Jé Santiago/Emicida

Pantera Negra
Emicida
Minha pele, Luanda
Antessala, Aruanda
Tipo T'Challa, Wakanda
Veneno Black Mamba
Bandoleiro em bando
Qué o comanda dessas banda?
'Sa noite ceis vão ver mais sangue
Do que Hotel Ruanda
A era vem selvagem
Pantera sem amarra
Mostra garra negra
Eu trouxe a noite como camuflagem
Sou vingador, vingando a dor
Dos esmagados pela engrenagem
Ceis veio golpe, eu vim Sabotage
Místico, mil orixás num panteão, bravo
Mato colono, pono fim, igual leão de Tsavo
Tuchano grave memo
Entrave nunca, eu agravo
Monstro, crânio, vibranium
Te corto em 12 avos
Raio tipo Usain Bolt, 10 mil volts
Ancestrais aplaudem, gravem
Tanehi sem coachs
Memória longa, pavio curto
Nesse approach e pá
Digam que o zica voltou tipo um(a)ka
Com a garra, razão e frieza, mano
Se a barra é pesada, a certeza é voltar
Tipo Pantera Negra (eu voltei)
Tipo Pantera Negra
Com a garra, razão e frieza, mano
Se a barra é pesada, a certeza é voltar
Tipo Pantera Negra (eu voltei)
Tipo Pantera Negra
Agora em mi laje, ela Dora Milaje
Brota na base, bem Nicki Minaj, ora é miragem
Jato Mirage, voos altos, Sr. Spock
Bonde igual Lanterna Verde, tô bem Super Choque
Prum novo mar Vermelho
Uma nova travessia
Pro povo ter reis no espelho
Minha caneta cria
Rua, Wu Tang, Supermam mais tecnologia
Simbólico tipo guia
Na madrugada fria
Vim esmagar boy que debocha da cultura black
Um Kasparov a brindar mate e assinar o cheque
Sou anti sinhozinho, independente nas track
Rato, respeita meu tempo, não seja moleque
Se vem de Stan Lee, um Spike Lee
Mei Bruce Lee
Tô levando Brasil estilo Mauricio Kubrusly
Tipo Solange, um lugar na mesa
Negra ou morena? Na dúvida, chame-a de princesa
Autoconhecimento, autoajuda
Fluxo do tempo, tipo samples, tipo Buda
Amor pra encher mil livros
Tipo Gabo ou Neruda
Quem casou com a tempestade
Não se liga em guarda-chuva
Tendeu?
Com a garra, razão e frieza, mano
Se a barra é pesada, a certeza é voltar
Tipo Pantera Negra (eu voltei)
Tipo Pantera Negra
Com a garra, razão e frieza, mano
Se a barra é pesada, a certeza é voltar
Tipo Pantera Negra (eu voltei)
Tipo Pantera Negra
Com a garra, razão e frieza, mano
Se a barra é pesada, a certeza é voltar
Tipo Pantera Negra (eu voltei)
Tipo Pantera Negra
Com a garra, razão e frieza, mano
Se a barra é pesada, a certeza é voltar
Tipo Pantera Negra (eu voltei)
Tipo Pantera Negra

Boa Esperança
Emicida
Por mais que você corra, irmão
Pra sua guerra vão nem se lixar
Esse é o xis da questão
Já viu eles chorar pela cor do orixá?
E os camburão o que são?
Negreiros a retraficar
Favela ainda é senzala, Jão!
Bomba relógio prestes a estourar
O tempero do mar foi lágrima de preto
Papo reto como esqueletos de outro dialeto
Só desafeto, vida de inseto, imundo
Indenização? Fama de vagabundo
Nação sem teto, Angola, Keto, Congo, Soweto
A cor de Eto'o, maioria nos gueto
Monstro sequestro, capta-tês, rapta
Violência se adapta, um dia ela volta pu cêis
Tipo campos de concentração, prantos em vão
Quis vida digna, estigma, indignação
O trabalho liberta (ou não)
Com essa frase quase que os nazi, varre os judeu – extinção
Depressão no convés
Há quanto tempo nóiz se fode e tem que rir depois
Pique Jack-ass, mistério tipo lago Ness
Sério és, tema da faculdade em que não pode por os pés
Vocês sabem, eu sei
Que até Bin Laden é made in USA
Tempo doido onde a KKK, veste Obey (é quente memo)
Pode olhar num falei?
Aê, nessa equação, chata, polícia mata – Plow!
Médico salva? Não!
Por quê? Cor de ladrão
Desacato, invenção, maldosa intenção
Cabulosa inversão, jornal distorção
Meu sangue na mão dos radical cristão
Transcendental questão, não choca opinião
Silêncio e cara no chão, conhece?
Perseguição se esquece? Tanta agressão enlouquece
Vence o Datena com luto e audiência
Cura, baixa escolaridade com auto de resistência
Pois na era Cyber, cêis vai ler
Os livro que roubou nosso passado igual alzheimer, e vai ver
Que eu faço igual burkina faso
Nóiz quer ser dono do circo
Cansamos da vida de palhaço
É tipo Moisés e os Hebreus, pés no breu
Onde o inimigo é quem decide quando ofendeu
(Cê é loco meu!)
No veneno igual água e sódio (vai, vai, vai)
Vai vendo sem custódio
Aguarde cenas no próximo episódio
Cês diz que nosso pau é grande
Espera até ver nosso ódio
Por mais que você corra, irmão
Pra sua guerra vão nem se lixar
Esse é o xis da questão
Já viu eles chorar pela cor do orixá?
E os camburão o que são?
Negreiros a retraficar
Favela ainda é senzala, Jão
Bomba relógio prestes a estourar

Ismália (part. Larissa Luz & Fernanda Montenegro)


Emicida
[Larissa Luz]
Com a fé de quem olha do banco a cena
Do gol que nós mais precisava na trave
A felicidade do branco é plena
A pé, trilha em brasa e barranco, que pena
Se até pra sonhar tem entrave
A felicidade do branco é plena
A felicidade do preto é quase
[Emicida]
Olhei no espelho, Ícaro me encarou
Cuidado, não voa tão perto do Sol
Eles num guenta te ver livre, imagina te ver rei
O abutre quer te ver de algema pra dizer: Ó, num falei?!
[Emicida e Larissa Luz]
No fim das conta é tudo Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
[Emicida]
Ela quis ser chamada de morena
Que isso camufla o abismo entre si e a humanidade plena
A raiva insufla, pensa nesse esquema
A ideia imunda, tudo inunda
A dor profunda é que todo mundo é meu tema
Paisinho de bosta, a mídia gosta
Deixou a falha e quer medalha de quem corre com fratura exposta
Apunhalado pelas costa
Esquartejado pelo imposto imposta
E como analgésico nós posta que
Um dia vai tá nos conforme
Que um diploma é uma alforria
Minha cor não é um uniforme
Hashtags #PretoNoTopo, bravo!
80 tiros te lembram que existe pele alva e pele alvo
Quem disparou usava farda (mais uma vez)
Quem te acusou, nem lá num tava (banda de espírito de porco)
Porque um corpo preto morto é tipo os hit das parada
Todo mundo vê, mas essa porra não diz nada
Olhei no espelho, Ícaro me encarou
Cuidado, não voa tão perto do Sol
Eles num guenta te ver livre, imagina te ver rei
O abutre quer te ver drogado pra dizer: Ó, num falei?!
[Emicida e Larissa Luz]
No fim das conta é tudo Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Ter pele escura é ser Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
(Terminou no chão)
[Emicida]
Primeiro, sequestra eles, rouba eles, mente sobre eles
Nega o Deus deles, ofende, separa eles
Se algum sonho ousa correr, cê para ele
E manda eles debater com a bala de vara eles, mano
Infelizmente onde se sente o Sol mais quente
O lacre ainda tá presente só no caixão dos adolescente
Quis ser estrela e virou medalha num boçal
Que coincidentemente tem a cor que matou seu ancestral
Um primeiro salário
Duas fardas policiais
Três no banco traseiro
Da cor dos quatro Racionais
Cinco vida interrompida
Moleques de ouro e bronze
Tiros e tiros e tiros
Os menino levou 111 (Ismália)
Quem disparou usava farda (meu crime é minha cor)
Quem te acusou nem lá num tava (eu sou um não lugar)
É a desunião dos preto, junto à visão sagaz
De quem tem tudo, menos cor, onde a cor importa demais
[Fernanda Montenegro]
Quando Ismália enlouqueceu
Pôs-se na torre a sonhar
Viu uma Lua no céu
Viu outra Lua no mar
No sonho em que se perdeu
Banhou-se toda em luar
Queria subir ao céu
Queria descer ao mar
E, num desvario seu
Na torre, pôs-se a cantar
Estava perto do céu
Estava longe do mar
E, como um anjo
Pendeu as asas para voar (80 tiros)
Queria a Lua do céu
Queria a Lua do mar
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par
Sua alma subiu ao céu
Seu corpo desceu ao mar
[Emicida e Larissa Luz]
Olhei no espelho, Ícaro me encarou
Cuidado, não voa tão perto do Sol
Eles num guenta te ver livre, imagina te ver rei
O abutre quer te ver no lixo pra dizer: Ó, num falei?!
No fim das conta é tudo Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Ter pele escura é ser Ismália, Ismália
Ismália, Ismália
Ismália, Ismália (Ismália, Ismália)
Quis tocar o céu, mas terminou no chão
Terminou no chão
(Ismália)
(Quis tocar o céu, terminou no chão)
Levanta e Anda
Emicida
Tom: D
[Intro] G5 A5 B5 (A5)

B5 A5 G5
Era um cômodo incômodo
Sujo como o dragão de komodo
Úmido, eu homem da casa
A5
Aos seis anos
B5
Mofo no canto, todo TV
Engodo pronto pro lodo
Tímido, porra!
A5
Somos reis, mano
G5
Olhos são elétrodos, sério
E o topo, trombo corvos
Num cemitério de sonhos
A5
Graças a leis, planos
B5
Troco de jogo vendo roubo
Pus a cabeça a prêmio, ingênuo
A5
Colhi sorrisos e falei vamos
G5
É um novo tempo, momento
Pro novo a sabor do vento
A5
Me movo pelo solo onde reinamos
B5
Pondo pontos finais na dor como

Doril, anador somos a luz do senhor


A5 G5
E pode crê, tamo construindo

Suponho não, creio, meto a mão


A5
Meio a escuridão pronto acertamos
B5
Nosso sorriso sereno hoje é o veneno

Pra quem trouxe tanto ódio pra


A5
Onde deitamos

G5
Quem costuma vir de onde eu sou
A5 B5
Às vezes não tem motivos pra seguir
Então levanta e anda, vai, levanta e anda
Vai, levanta e anda
A5 G5
Mas eu sei que vai, que o sonho te traz
A5 B5
Coisas que te faz prosseguir
Vai, levanta e anda, vai, levanta e anda
Vai, levanta e anda, vai, levanta e anda
Irmão, você não percebeu
Que você é o único representante
Do seu sonho na face da terra
Se isso não fizer você correr, chapa
Eu não sei o que vai

G5
Eu sei cansa
Quem morre ao fim do mês
A5 B5
Nossa grana ou nossa esperança
Delírio é equilibro
A5 G5
Entre o nosso martírio e nossa fé
Foi foda contar migalha nos escombros
Lona preta esticadas, enxada no ombro
A5 B5
E nada vim, nada enfim
Recria sozinho
A5 G5
Com a alma cheia de mágoa e as panela vazia
Sonho imundo só água na geladeira
A5
E eu querendo salvar o mundo
B5
No fundo é tipo David Blaine
A mãe assume, o pai some de costume
A5 G5
No máximo é um sobrenome
Sou o terror dos clone
Esses boy conhece Marx
A5
Nós conhece a fome
B5
Então cerra os punho, sorria
A5
E jamais volte pra sua quebrada de mão e mente vazias

G5
Quem costuma vir de onde eu sou
A5 B5
Às vezes não tem motivos pra seguir
Então levanta e anda, vai, levanta e anda
Vai, levanta e anda
A5 G5
Mas eu sei que vai, que o sonho te traz
A5 B5
Coisas que te faz prosseguir
Vai, levanta e anda, vai, levanta e anda
Vai, levanta e anda, vai, levanta e anda

Principia (part. Fabiana Cozza, Pastor Henrique Vieira e Pastoras do Rosário)


Emicida
[Pastoras do Rosário]
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
Lá-ia, lá-ia, lá-ia
[Emicida]
Com o cheiro doce da arruda
Penso em buda, calmo
Tenso, busco uma ajuda
Às vezes me vem um salmo
Tira a visão que iluda, é tipo um oftalmo
E eu, que vejo além de um palmo
Por mim, tu, Ubuntu, algo almo
Se for pra crer no terreno
Só no que nóis tá vendo memo
Resumo do plano é baixo, pequeno
Mundano, sujo, inferno e veneno
Frio, inverno e sereno
Repressão e regressão
É um luxo ter calma, a vida escalda
Tento ler almas pra além de pressão
Nações em declive na mão desse Barrabás
Onde o milagre jaz
Só prova a urgência de livros
Perante o estrago que um sabre faz
Imersos em dívidas ávidas
Sem noção do que são dádivas
No tempo onde a única que ainda corre livre aqui são nossas lágrimas
E eu voltei pra matar, tipo infarto
Depois fazer renascer, estilo um parto
Eu me refaço, farto, descarto
De pé no chão, homem comum
Se a bênção vem a mim, reparto
Invado cela, sala, quarto
Rodei o globo, hoje tô certo de que
Todo mundo é um
[Emicida e Pastoras do Rosário]
Tudo, tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis
Tudo, tudo, tudo que nóis tem é
Tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis
Tudo, tudo, tudo que nóis tem é
Tudo, tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis
Tudo, tudo, tudo que nóis tem é
Tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis
Tudo, tudo, tudo que nóis tem é
[Emicida]
Cale o cansaço, refaça o laço
Ofereça um abraço quente
A música é só uma semente
Um sorriso ainda é a única língua que todos entende
Cale o cansaço, refaça o laço
Ofereça um abraço quente
A música é só uma semente
Um sorriso ainda é a única língua que todos entende
(Tio, gente é pra ser gentil)
Tipo um girassol, meu olho busca o Sol
Mano, crer que o ódio é a solução
É ser sommelier de anzol
Barco à deriva, sem farol
Nem sinal de aurora boreal
Minha voz corta a noite igual um rouxinol
Meu foco de pôr o amor no hall
[Fabiana Cozza]
Tudo que bate é tambor
Todo tambor vem de lá
Se o coração é o senhor, tudo é África
Pus em prática
Essa tática
Matemática, falou?
Enquanto a terra não for livre, eu também não sou
Enquanto ancestral de quem tá por vir, eu vou
E cantar com as menina enquanto germina o amor
É empírico, meio onírico, tipo Kiriku, meu espírito
Quer que eu tire de tu a dor
[Emicida]
É mil volts a descarga de tanta luta
Adaga que rasga com força bruta
Deus, por que a vida é tão amarga
Na terra que é casa da cana de açúcar?
E essa sobrecarga frustra o gueto
Embarga e assusta ser suspeito
Recarga que pus, é que igual Jesus
No caminho da luz, todo mundo é preto
Ame, pois
Simbora que o tempo é rei
Vive agora, não há depois
Ser tempo da paz, como um cais que vigora nos maus lençóis
É um-dois, um-dois, não julgue o playboy
Como monge sois, fonte como sóis
No front sem bois, forte como nós
Lembra: A rua é nóis
[Emicida e Pastoras do Rosário]
(Tudo, tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis)
Tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis
(Tudo, tudo, tudo que nóis tem é)
Tudo, tudo, absolutamente tudo
(Tudo, tudo, tudo que nóis tem é nóis)
Tudo que nóis tem é isso, uns aos outros
(Tudo, tudo, tudo que nóis tem é)
Tudo que nóis tem é uns aos outros, tudo
[Pastor Henrique Vieira]
Vejo a vida passar num instante
Será tempo o bastante que tenho pra viver?
Não sei, não posso saber
Quem segura o dia de amanhã na mão?
Não há quem possa acrescentar um milímetro a cada estação
Então, será tudo em vão? Banal? Sem razão?
Seria, sim, seria se não fosse o amor
O amor cuida com carinho, respira o outro, cria o elo
No vínculo de todas as cores, dizem que o amor é amarelo
É certo na incerteza
Socorro no meio da correnteza
Tão simples como um grão de areia
Confunde os poderosos a cada momento
Amor é decisão, atitude
Muito mais que sentimento
É alento, fogueira, amanhecer
O amor perdoa o imperdoável
Resgata dignidade do ser
É espiritual
Tão carnal quanto angelical
Não tá num dogma, ou preso numa religião
É tão antigo quanto a eternidade
Amor é espiritualidade
Latente, potente, preto, poesia
Um ombro na noite quieta
Um colo para começar o dia
Filho, abrace sua mãe
Pai, perdoe seu filho
Pais é reparação, fruto de paz
Paz não se constrói com tiro
Mas eu o miro, de frente, na minha fragilidade
Eu não tenho a bolha da proteção
Queria guardar tudo que amo
Num castelo da minha imaginação
Mas eu vejo a vida passar num instante
Será tempo o bastante que tenho para viver?
Eu não sei, eu não posso saber
Mas enquanto houver amor
Eu mudarei o curso da vida
Farei um altar para comunhão
Nele eu serei um com o mundo
Até ver o ubuntu da emancipação
Porque eu descobri o segredo que me faz humano
Já não está mais perdido o elo
O amor é o segredo de tudo
E eu pinto tudo em amarelo

Gueto (part. MC Guimê)


Emicida
O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto
O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto
É isso mesmo rapaz!
À pampa de tanta fofoca, tamo na rua
Dando um salve pique Adoniram; Saudosa Maloca
Canta a vida e conta as notas, zica, brilha e foca
Espanta os filha da!, as intrigas desses pipoca
Se arruma, sorri e acostuma
Ganha grana só pra mostrar
Que grana não é porra nenhuma
É pela arte, não pelos prêmios
Pisa na High Society, faz sua parte bem
Mantém a raiz, tipo os gêmeos
Nóis quer carrão e mansão, né por que não?
Tá bem patrão de avião, em por que não?
Quer opção, quer salmão, ã por que não?
Ser feliz, jão, diz aí, por que não?
Se no choro foi nóis também, por Deus, amém, fase
Hoje é esfriando a cabeça, aquecendo as nave
De mente fértil, a mil, tipo um projétil, é tio
Mete o loco, que estouro pra nóis é pouco
As gola polo de listra, á sinistra
As lupa preta, vrá!, e os cordão à vista
Vim deixar claro que sou escuro
Tesouro raro no jogo duro
Mas tô em campo, canto pro meu santo
E os verme treme mais que com o
Tecno brega da Gaby Amarantos
Orgulho negro, sorriso afronta
Nóis num é melhor nem pior e nem da sua conta
Vai!
O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
Onde estiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto
(Na rua é nóiz!)
O zé povinho só pode falar
Mas o mundo todo pode ver
(Vai segurando!)
Onde estiver, onde pisar
Nóis sempre vai ser gueto
Aê 2013 Guimê/Emicida chegando pesado certo
Pra todas as quebradas sem exceção
É o rap e é o Funk moleque vai segurando
Tamo junto tá ligado, vai segurando
Guimê/Emicida, Emicida/Guimê Funk/rap
rap/Funk, o papo é constante nego!
Gueto

A Chapa É Quente (part. Rael)


Emicida
[Rael]
São tribos inimigas, exércitos e fronteiras
São guerras, são brigas, quebradas são ruas
E ruas virando trincheiras
E se trombar, nós vai cobrar
Quer olho por olho, dente por dente
[Rael]
A chapa é quente, quente, quente, quente
A chapa é quente
[Emicida & Rael]
Esses moleque arrastaram, causaram
Derrubaram as moto, bateram nos carro
Tretaram com as tia, zarparam
Festa é festa, fica na paz
Tem mano que bebe demais
Um quer ser mais homem que o outro
E termina com o corpo embaixo dos jornais
As mina dançando e do nada uns estalo
Ficou tipo rinha de galo
Uma pá de ganço moio a quebrada
Os rato cinza pisando no calo
É osso, tô ligado
Não tô aqui de advogado
Se trombo o irmão no apetite
É o seguinte, azeda, é embaçado
Então, merece um sumário, truta
Uma pá de filho da-
Tinha que servir de exemplo memo
Pros bico pensar na conduta
Então qual vai ser? Fala pra mim
Cobra pesado os moleque assim
A mema história de sempre com a gente
Parece que isso nunca vai ter fim
Quebrada é quebrada, vários combate
Cada um faz a sua parte
E falar pra você, eles tem que aprender
Tem mano que não tá pra debate
Tá na razão, mano
Mas pega a visão que eu tô te passando
Em qual parte dessa história
Não era só nós que estava se matando?
[Rael]
São tribos inimigas, exércitos e fronteiras
São guerras, são brigas, quebradas são ruas
E ruas virando trincheiras
E se trombar, nós vai cobrar
Quer olho por olho, dente por dente
[Rael]
A chapa é quente, quente, quente, quente
A chapa é quente
[Emicida & Rael]
Esses moleque arrastaram, causaram
Derrubaram as moto, bateram nos carro
Tretaram com as tia, zarparam
Festa é festa, fica na paz
Tem mano que bebe demais
Um quer ser mais homem que o outro
E termina com o corpo embaixo dos jornais
As mina dançando e do nada uns estalo
Ficou tipo rinha de galo
Uma pá de ganço moio a quebrada
Os rato cinza pisando no calo
É osso, tô ligado
Não tô aqui de advogado
Se trombo o irmão no apetite
É o seguinte, azeda, é embaçado
Então, merece um sumário, truta
Uma pá de filho da-
Tinha que servir de exemplo memo
Pros bico pensar na conduta
Então qual vai ser? Fala pra mim
Cobra pesado os moleque assim
A mema história de sempre com a gente
Parece que isso nunca vai ter fim
Quebrada é quebrada, vários combate
Cada um faz a sua parte
E falar pra você, eles tem que aprender
Tem mano que não tá pra debate
Tá na razão, mano
Mas pega a visão que eu tô te passando
Em qual parte dessa história
Não era só nós que estava se matando?
[Rael]
São tribos inimigas, exércitos e fronteiras
São guerras, são brigas, quebradas são ruas
E ruas virando trincheiras
E se trombar, nós vai cobrar
Quer olho por olho, dente por dente
[Rael]
A chapa é quente, quente, quente, quente
A chapa é quente

Libre (part. Ibeyi)


Emicida
Love
Libre, libre, libre
Clap
Libre, libre, libre
Twerk
Libre, libre, libre
Noiz
Libre
Aqui somos libre
Noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz
Noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz
Aqui somos libre
É o tênis foda
Uma pá de joia foda
Reluz na coisa toda
Do jeito que incomoda
Pretos em roda
É o GPS da moda
Se o gueto acorda
O resto que se foda
É o tênis foda
Uma pá de joia foda
Reluz na coisa toda
Do jeito que incomoda
Pretos em roda
É o GPS da moda
Se o gueto acorda
O resto que se foda
Love
Libre, libre, libre
Clap
Libre, libre, libre
Twerk
Libre, libre, libre
Noiz
Libre
Aqui somos libre
Noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz
Noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz
Aqui somos libre
Stay where your dream can run
Let the bum bum bum
Shine like diamond like Sun
Explode like a thunder
Like a gun
This is our own roots
So fela, so fela, so fela
This beat is contagious
Sequela Sequela Sequela
To freedon forever like
Mandela Mandela Mandela
There is no discussion
Favela, favela, favela
There is no discussion
Favela, favela, favela
There is no discussion
Favela, favela, favela
There is no discussion
Favela, favela, favela
There is no discussion
Favela, favela, favela
Noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz
Noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz, noiz
Aqui somos libre
Love
Libre, libre, libre
Clap
Libre, libre, libre
Twerk
Libre, libre, libre
Noiz
Libre
Aqui somos libre
Love
Libre, libre, libre
Clap
Libre, libre, libre
Twerk
Libre, libre, libre
Noiz
Libre
Aqui somos libre
Se o gueto acordar
O resto que se foda

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