Peter Ferdinand Drucker foi um consultor, escritor, cientista e economista renomado,
comumente referido como um "guru da administração" - embora eu não goste do título
porque combina a palavra guru com charlatanismo. Drucker é um dos maiores pensadores neste campo nos últimos tempos, contribuindo para a análise presente e futura da gestão organizacional nos séculos XX e XXI. Mesmo questões contemporâneas como a globalização e os benefícios da descentralização em empresas que promovem a autonomia, tornam-se ágeis em seus processos já foram abordadas. O autor dedicou sua vida a pesquisar e aprimorar os métodos de organização e gestão a partir de diferentes ações. Na prática, trabalhou como consultor de empresas como a General Motors (GM) e, ainda na década de 1940, conhecia muito bem o seu funcionamento. No campo teórico, reflete, aplica e compartilha seus aprendizados por meio de muitos artigos e mais de 30 livros, além de dar aulas e palestras em diversos países, inclusive no Brasil. Mas a sua reputação inicial de "pai da gestão moderna" parece ter sido consolidada pelos seus dois primeiros trabalhos: "Conceito da Corporação" (1946) e "Prática de Gestão Empresarial" (1954). O primeiro descreve a gestão na General Motors, enquanto o segundo reúne os temas que existem na vida de qualquer gerente. Juntos, eles estabelecem a base para os princípios que orientam os gerentes em todos os níveis de trabalho em empresas de todos os tamanhos e setores, como a importância de selecionar e compreender os hábitos dos clientes em potencial. Para Drucker, o principal objetivo da empresa é possuir clientes e satisfazer suas necessidades e desejos para satisfazê-los. Com isso, a organização adquiriu um papel social e sua missão é criar valor para a sociedade. Este conceito abandona a ideia de que a empresa existe apenas com fins lucrativos, embora tenha impacto na comunidade envolvente, no ambiente, nos colaboradores e nos seus familiares. Para ter sucesso, a empresa precisa coexistir harmoniosamente com todos esses componentes, ao invés de impactá-los negativamente, colocando os lucros em primeiro lugar.