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Matemática A
NIUaleph 12
LIVRO DE EXERCÍCIOS
VOLUME 2
Jaime Carvalho e Silva
Joaquim Pinto
Vladimiro Machado
2012
Título
NiuAleph 12 - Livro de Exercícios para o 12.º ano de Matemática A
Autores
Jaime Carvalho e Silva (Editor)
Joaquim Pinto
Vladimiro Machado
Capa e Design
Elisa Silva
Conceção Técnica
Vítor Teodoro
João Fernandes
Colaboração
António Marques do Amaral, Raul Gonçalves e Sofia Marques
Imagens e fontes
As imagens utilizadas neste manual pertencem ao domínio público ou, nas situações indicadas, aos
respetivos autores, sob as Licenças Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 http://creativecom-
mons.org/licenses/by-sa/3.0/) ou Creative Commons Attribution 3.0 http://creativecommons.org/li-
censes/by/3.0/
As fontes utilizadas neste manual pertencem às famílias Latin Modern e Latin Modern Math, desenvol-
vidas pela GUST http://www.gust.org.pl/projects/e-foundry/lm-math/index_html
Parte dos gráficos deste volume foram criados com o software livre Geogebra 4, disponível em
http://www.geogebra.org
ISBN
978-989-97839-1-1
Edição
1.ª edição/versão 1
Data
2012
© Este ficheiro é de distribuição livre mas os direitos permanecem com os respetivos autores. Não é
permitida a impressão deste ficheiro.
Índice geral
Volume 1
(Capítulos 1 a 8)
Exercícios globais de 2.ª oportunidade
Recomendações do GAVE
Testes de tempo limitado
Soluções
Síntese
Volume 2
(Capítulos 9 a 17)
Exercícios globais de 2.ª oportunidade
Recomendações do GAVE
Testes de tempo limitado
Soluções
Síntese
Índice
Recomendações do GAVE 31
Soluções 81
Síntese 105
1. Exercícios globais de 2.ª oportunidade
C9
Capítulo 9 – Limites de funções
Pratica ↑
2.1 2.2
2.3
3. Observa os gráficos das funções e, em cada caso, indica justificando se existe limite no ponto
.
3.1 3.3
3.2
4. Calcula:
4.2 4.5
4.3
5. Considera as funções: ; .
e g(x) = 4 − 3 ln x .
2
6. Considera as funções de variável real definidas por f (x) =
3x − 9
8. Seja g uma função definida em + que admite uma assíntota horizontal y = 3 . Qual o limi-
te da sucessão (u ) definida por u = g(n) com n ∈ ?
n n
⎧⎪−x − 7 se x ≤ −8
10. Considera a função f (x) = ⎨ uma função real de variável real.
⎪⎩(x + 9) se x > −8
2
A altura h (em metros) a que a bola se encontra do solo é função do tempo t (em segundos)
decorrido desde o lançamento e é dada pela expressão h(t) = −3x + 8x .
2
11.1 Passado 1 segundo do lançamento da bola a que altura se encontra esta do solo? E
passados 2,5 segundos?
Pensa e Resolve ↑ ↑
3 1
12.1 h(2 − ) > 0, ∀n ∈ 12.3 h(3 − ) = −1, ∀n ∈
n n2
7
12.2 h(2 + ) < −1, ∀n ∈
n
13. Considera a função g representada graficamente e cujo gráfico tem as retas de equações
x = −1 , x = 2 e y = 1 como assíntotas.
un = n 2 + 2 , vn = −1 + , w = 2+ , sn =
1 (−1)n 1
−n
n n
n 2
14. Prova, usando a definição de limite segundo Heine, que não existe lim g(x) quando
x→0
⎧x se x ≥ 0
⎪
g(x) = ⎨ 1 .
⎪ se x < 0
⎩x
15. Recorrendo à definição de limite segundo Heine, prova que:
10 10
15.1 lim = +∞ 15.2 lim = −∞
x→0 +
x x→0 −
x
{}
16. Considera a função definida por f : \ 3 →
6
x 1−
x −3
16.2 lim f (x) = lim f (x) = 1 16.5 não existe lim f (x)
x→+∞ x→−∞ x→3
x −7 3 x −6
17.1 lim 17.3 lim
x→7 + x − 49
2 x→1+ x2 − 1
x −1
17.2 lim
x→1 x2 − 1
x 4 + 2x + 3 3x 2 + 4
18.1 lim 18.2 lim
x→+∞ 3x 4 + 4x 2 x→−∞ 2x 3 − 6
1 4x
19.1 m(x) = 2 + 19.3 h(x) = −x + 2 +
x 3
9 − x2
(x − 3)2 x
19.2 r(x) = 19.4 g(x) = x + 1 −
2x x +2
2x 2 − 3x + 11
19.5 f (x) =
x −2
Reflete ↑ ↑ ↑
f (x) f (x)
22.1 lim =5 22.2 lim = +∞
x→−2 g(x) x→−2 −
g(x)
g(x) g(x)
23.1 lim =1 23.3 lim = +∞
x→3 f (x) x→3 − f (x)
g(x)
23.2 lim = −∞
x→3 +
f (x)
24. Será possível existirem duas funções descontínuas no ponto 2 cuja soma seja contínua em 2?
C10
Capítulo 10 – Cálculo diferencial
Pratica ↑
1. Determina a derivada de cada uma das seguintes funções, aplicando as regras de derivação.
1.1
1.10
1.2
1.3
1.11
1.4
1.5
1.12
1.6
1.7
1.13
1.8
1.9
1.14
2.1
2.6
2.2
2.7
2.3
2.8
2.4
2.9
2.5
3. Determina a expressão que define a derivada de cada uma das seguintes funções:
3.1 3.10
3.11
3.2 3.12
3.3 3.13
3.4 3.14
3.5
3.6
3.15
3.7
3.8 3.16
3.9
3.18
Pensa e Resolve ↑ ↑
5.2 5.6
5.3 5.7
5.4
Determina:
6.1 6.3
6.2
Reflete ↑ ↑ ↑
Pratica ↑
4 − x2
1. Considera a função f, de domínio tal que a sua derivada é dada por f '(x) = , tam-
ex
bém de domínio .
ln(x 2 )
3. Considera a função f definida por f (x) = .
x
2 ln(x 2 ) − 6
3.3 Mostra que f ''(x) = .
x3
⎛1+x⎞
4. Estuda e representa graficamente a função f, definida por f (x) = ln ⎜ ⎟
⎝1−x⎠
5. Admite que a temperatura, T, em graus Celsius, do café numa chávena, t minutos após ter
( )
sido tirado de uma máquina, é dada por T(t) = A + T0 − A e −0.04t , (t ≥ 0) , em que A é a
5.3 Interpreta, no contexto do problema, e para cada um dos casos anteriores, as conclu-
sões a que chegaste.
6. Considera qua a capacidade pulmonar média de um ser humano com idade superior ou igual
a oito anos, é dada, em litros, em função da respetiva idade x, em anos, por
−2 + ln(x)
C(x) = 100 × (x ≥ 8)
x
300 − 100 ln(x)
6.1 Mostra que C '(x) = .
x2
6.2 Sem recorrer à calculadora, a não ser para eventuais cálculos numéricos, determina em
que idade a capacidade pulmonar média é máxima. Apresenta a resposta com arredon-
damentos às unidades.
6.3 Recorrendo às capacidades gráficas da calculadora, determina durante quantos anos é
que o ser humano tem uma capacidade pulmonar média superior a 4 litros.
Pensa e Resolve ↑ ↑
ex
7. Seja h a função definida por h(x) = .
2x − 1
x
8. Seja h uma função real de variável real definida por h(x) = + e −x .
e
9. O Sérgio trabalha numa empresa de ultracongelados, todos os dias tem que entrar dentro de
uma das câmaras frigoríficas para preparar as encomendas a fim de serem distribuídas pelos
clientes. Assim que entra na câmara a sua temperatura corporal começa a diminuir. Essa
diminuição ocorre até ao instante em que ele sai da câmara, começando a subir de imediato,
assim prosseguindo até atingir o valor inicial.
Sabe-se que cada vez que o Sérgio entra numa das câmaras frigoríficas é provocada uma
variação na sua temperatura corporal dada por
( )
T(t) = 36.2 + 22.25 e −0.42t − e −0.26t .
9.4 Calcula lim T(t) e interpreta o resultado obtido, no contexto do problema, relacionan-
t→+∞
Como era de esperar, assim que colocou a sopa no frigorífico, a temperatura dentro dele
começou a aumentar, tendo atingido um valor máximo e voltado depois a diminuir, aproxi-
mando-se da temperatura inicial.
Nas duas primeiras alíneas, sempre que nos cálculos intermédios, procederes a arredonda-
mentos, conserva, no mínimo, três casas decimais.
10.1 Qual era a temperatura no interior do frigorífico às dez horas e um quarto? Apresenta
o resultado em graus Celcius, arredondado às décimas.
10.2 Recorrendo à calculadora, resolve o seguinte problema:
10.3 Determina ao fim de quanto tempo é que a temperatura no interior do frigorífico esta-
va a diminuir mais rapidamente. Apresenta o resultado em horas e minutos (minutos
arredondados às unidades).
Reflete ↑ ↑ ↑
11. Considera a função real de variável real, de variável real e de domínio definida por
f (x) = x 2 + 4 . Considera, também a função h, definida por h(x) = −f (x) .
Mostra que, tal como a figura sugere, a reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 2
também é tangente ao gráfico de h no ponto de abcissa –2.
3x 2 − 2
12. Considera a função f definida por f (x) = .
3(e x + 1)
1 1
Os ponto A e C são os ponto de interseção do gráfico de f com a reta de equação y = − x −
3 3
O ponto B pertence ao eixo Ox e tem abcissa igual à de C.
⎛ 1⎞
13. Considera a função f definida por f (x) = ln ⎜ x + ⎟ .
⎝ x⎠
13.1 Determina o domínio de f.
13.2 Mostra que a equação f (x) = 1 tem, pelo menos, uma solução no intervalo ]1, 3[ .
13.3 Determina a função derivada de f.
13.4 Estuda f quanto à monotonia e determina o seu mínimo.
13.5 Seja t a reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 2.
Seja r a reta que passa no ponto A de coordenadas (10, 4) e que é paralela à reta t.
Determina a equação reduzida da reta r.
14. Admite que o peso médio p de um cão de raça A, até aos oito anos de idade, é dado em
⎧3 × 2kt se 0 ≤ t ≤ 16
⎪
quilogramas por p(t) = ⎨
()
⎪⎩log 2 t + 16 se 16 < t ≤ 96
2
idade do animal em meses. Para que valores da idade é que os cães de ambas as raças
têm o mesmo peso médio? Utiliza a calculadora gráfica para resolver esta questão.
Apresenta o resultado em anos e meses.
C13
Pratica ↑
1. Calcula
tg(3x) tg(2x)
1.1 lim 1.2 lim
x→0 sen(2x) x→0 tg(−5x)
⎛ x ⎞⎟
⎜
3. Calcula o declive da reta tangente ao gráfico da função g(x) = cos ⎜⎜ ⎟⎟⎟ nos pontos
⎜⎝ 2 ⎟⎠
sen 3 + cos 3 x
4. Para a função h(x) = em ]0, π [ indica: os intervalos em que são crescentes e
3
em que são decrescentes e os extremos relativos de cada uma nos intervalos indicados.
8.1 8.2
9.1
9.4
9.2
9.5
9.3
10. Escreve uma equação da reta tangente ao gráfico das funções:
10.1 no ponto .
10.2 no ponto .
11. Calcula, sem usar a calculadora, as coordenadas dos pontos de máximo e mínimo das fun-
ções:
11.1 11.2 em
12. As fases da Lua podem ser determinadas pela função: em que f (n)
Pensa e Resolve ↑ ↑
15. Sabendo que cos(a + b) = cosa ⋅ cosb − sena ⋅ senb , determina uma expressão para:
15.1 15.2
16. Considera o triângulo retângulo em que a hipotenusa mede 5 cm.
5cm
1
17. Sendo e g(x) = sen(2x) mostra que verificam a igualdade
2
sen(px)
18. Calcula lim , p,q ≠ 0 .
x→0 sen(qx)
19.1 19.2
20.1 20.2
20.4
21.2
22. Determina, sem usar a calculadora, as coordenadas dos pontos de máximo e mínimo da fun-
ção t(x) = e x (cos x + sen x) em .
23. Resolve as equações:
23.1 23.3
23.2
Reflete ↑ ↑ ↑
sen(πx − π)
24. Calcula lim com .
x→1 ax −a
25. A altura atingida por um objeto em movimento oscilatório é dado em função de t pela função
f (t) = a cos t +bsen t + 5 , em cm.
1
26. Seja a função f (x) = x − sen x definida em [0; π] .
2
26.3 Prova que a equação f (x) = 0 admite um zero no intervalo . Indica um intervalo
de amplitude 0,01 que contenha um zero da função.
28.1 28.3
2tg 2x
28.2 lim
x→0 x2
3m
1m
30.1 Prova que o volume da caleira é dado pela função V(α) = 3(0, 09 + 0, 09 cos α)senα
para .
C15
Pratica ↑
1+ i 1−i
3. Escreve na forma a + bi o número complexo + .
1−i 1+ i
6.1 6.3
6.2 6.4
8.3 8.5
10.1 10.2
12. Calcula .
3 – 4i; –2i; –1 – i; –1 + i; 3
17.1 17.2
18. Determina o número real a de modo que o número complexo pertença à bisse-
triz dos quadrantes ímpares.
19. Calcula os valores reais de k de modo que a parte real do número complexo
Reflete ↑ ↑
20. Calcula .
C16
Pratica ↑
π
1. Considera o número complexo z = 2cis .
6
1.3 Determina .
π
5. Determina o módulo e um argumento do número complexo tg −i .
3
7.1 7.3
7.2 7.4
8. Descreve o conjunto dos números complexos que satisfazem as condições:
8.1
8.4
8.2
8.5 Im(z) = 2
8.3
5
13. Seja um número real tal que e sen θ = .
5
13.2
Pensa e Resolve ↑ ↑
15. Calcula o valor de m para que o número complexo m + 4i tem o mesmo módulo que
5π
16. Dados os complexos e z 2 = 2cis :
4
19.3 Deduz da primeira alínea uma solução para a equação , apresentando o re-
sultado na forma trigonométrica.
20. Escreve na forma trigonométrica os números complexos:
20.2
21.3 Calcula .
5π 5π
22.3 deduz das alíneas anteriores o valor de cos e sen .
12 12
24.1 24.3
24.2
Reflete ↑ ↑ ↑
26. Determina o conjunto dos pontos M do plano complexo de afixos z tais que z = 2 + bi, onde
b ∈ e varia no intervalo [0,+∞[ .
30. Prova que a reta r que contém os pontos z 1 e z 2 , é perpendicular à reta s que contém os
⎛ z − z ⎞⎟
⎜
pontos z 3 e z 4 se e só se arg ⎜⎜⎜ 1 2⎟ ⎟⎟ = ± π .
⎜⎝ z − z ⎟⎟⎠ 2
3 4
Entre os aspetos que os alunos do ensino secundário revelam mais dificuldades encontram-se:
b) “No ensino secundário, as maiores dificuldades prendem-se com a resposta aos itens que mobili-
zam operações mentais como argumentar/justificar, analisar, relacionar, em geral, e,
muito pontualmente, transferir e classificar. Também é fraco o desempenho nos itens em
que se solicita a concretização de raciocínio dedutivo e a interpretação em contexto.”
O GAVE conclui ainda que, tanto no Ensino Básico como no Ensino Secundário os alunos revelam
algumas dificuldades comuns:
c) “os examinandos revelam fragilidades no domínio da compreensão da língua, na comunica-
ção escrita, no recurso ao cálculo, na interpretação de novas situações e dificuldades em
utilizar as capacidades gráficas da calculadora.”
Nesta ordem de ideias foram selecionados para esta segunda parte algumas tarefas que permitem
desenvolver as capacidades identificadas neste relatório do GAVE como sendo as que colocam mais
dificuldades aos estudantes. As tarefas são de índole muito variada, podendo ser itens de exames
ou tarefas para a sala de aula, para trabalho em pequenos grupos ou para trabalho de autoestudo.
Assim, a segunda parte do segundo volume deste Livro de Exercícios terá os seguintes capítulos:
Capítulo 1 - Resolução de problemas da vida real
Recomendações do GAVE 31
Capítulo 2 - Problemas que envolvem cálculos mais elaborados no conjunto dos
números reais
32 Recomendações do GAVE
C1
Capítulo 1 - Resolução de problemas da vida real
Tr
Tarefas resolvidas
«Num instante compreendido entre o 3.º e 4.º minuto, o forno atingirá a temperatura
de 143�.»
Resolução
Recomendações do GAVE 33
concluímos que a temperatura de 180� é a temperatura para a qual o forno vai tender a
estabilizar. O valor encontrado permite concluir que a temperatura do forno poderá ser tão
próxima de 180� quanto se desejar, desde que o tempo durante o qual esteja ligado seja
suficientemente grande.
1.2 A função T é contínua no intervalo [3, 4], pois é o quociente de duas funções contínuas
(são polinomiais), não se anulando a função divisor nesse intervalo. Como T(3) = 141,5 e
T(4) = 149,2 então T(3) < 143 < T(4).
Logo, de acordo com o teorema de Bolzano-Cauchy, existe pelo menos um ponto m do inter-
valo ]3, 4[ tal que se tem T(m) = 143 . Assim, «num instante compreendido entre o 3.º e 4.º
minuto, o forno atingirá a temperatura de 143�».
1.3 Temos
pelo que a taxa média de variação da temperatura do forno no intervalo [0, 1] é 77�/min.
2. Um objecto metálico é colocado numa panela com água à temperatura de 100�. Supõe que a
temperatura da água se mantém constante. Para t = 30 s, a temperatura T do objecto é 50�
e esta aumenta instantaneamente (nesse momento) na razão de 2� por segundo.
34 Recomendações do GAVE
Resolução
A estratégia mais eficaz para resolver este tipo de sistemas é tentar usar uma das equações
para obter o valor de uma das variáveis (ou uma expressão presente na segunda equação)
e depois substituir o valor obtido na outra equação. A partir da segunda equação obtemos
,
Esta expressão pode substituir-se na primeira equação para obtermos , ou seja,
3. Colocou-se um produto solúvel num recipiente com água. Em cada instante t (em minutos)
Resolução
3.1 Como
Recomendações do GAVE 35
3.2 Como
concluímos que a derivada é sempre negativa pelo que a função é sempre decrescente. Temos
ainda que
e
pelo que podemos concluir, no contexto da situação apresentada, que foram colocados ini-
cialmente 30 gramas de produto solúvel no recipiente com água que, com o decorrer do tem-
po, se foi dissolvendo na água, diminuindo por consequência a quantidade de produto não
dissolvido. Passado um tempo suficientemente grande a quantidade de produto ainda não
dissolvido será, na prática, nula, pois se tornará mais pequena que o detetor.
3.3 Como
Obtemos, aproximadamente, o valor 2,0258, pelo que, como a função é decrescente, podemos
dizer que ao fim de 2 minutos ainda estão pro dissolver 20 gramas do produto.
E ainda
36 Recomendações do GAVE
4. Uma população de coelhos evolui de forma periódica, dependendo da existência de mais ou
menos alimentação conforme as estações do ano e conforme os predadores (raposas sobretu-
do) são mais ou menos numerosos. Foram feitas as contagens que a tabela apresenta:
meses 0 4 8 12 16
coelhos 1200 3000 1200 3000 1200
4.1 Usando a regressão sinusoidal numa calculadora ou computador determina uma função
seno que se ajuste aos dados fornecidos.
4.2 Usando a função obtida, estima quantos coelhos existiriam ao fim de 6 meses.
Resolução
4.2 Recorrendo à função obtida conclui-se que , sendo portanto 2361 coelhos
(aproximadamente) o número de coelhos existente passados 6 meses.
Tp
Tarefas Propostas
Recomendações do GAVE 37
Old car por Bogdan Suditu, http://www.flickr.com/photos/bogdansuditu/2377842887
1.1 Qual é o custo inicial do carro?
1.2 Determina o custo do carro um ano e meio depois da compra.
1.3 Quanto desvaloriza o carro ao ano?
2. Um psicólogo desenvolveu uma fórmula que relaciona o número n de símbolos que uma pes-
soa pode memorizar no tempo t, em minutos. A fórmula é .
2.1 Calcula, de acordo com a função f e com aproximação às unidades, quantos símbolos
uma pessoa pode memorizar em 4 minutos.
2.2 Uma pessoa memorizou 26 símbolos. Quanto tempo precisou, aproximadamente, para
realizar tal tarefa?
3. Considera as fórmulas da área do círculo de raio r, A = πr 2 , e do volume da esfera de raio
r, .
3.1 Determina A’(r). Qual é o seu significado geométrico?
3.2 Determina V’(r). Qual é o seu significado geométrico?
4. Para comparar a acidez de diferentes soluções, os químicos usam o pH. O pH é definido em
termos da concentração, x, de iões de hidrogénio numa solução como: pH = –log x . Calcula
a taxa de variação de pH com respeito à concentração de iões de hidrogénio quando pH é 3.
5.
38 Recomendações do GAVE
Vostok Space Rocket por greenacre8, http://www.flickr.com/photos/greenacre8/1799305458/
Ao ser lançado, um foguetão é impulsionado pela expulsão dos gases resultantes da queima
de combustível numa câmara. Desde o arranque até se esgotar o combustível, a velocidade
do foguetão, em quilómetros por segundo, é dada por .
6.2 Qual é o número mínimo de peças que é necessário produzir para que o lucro seja su-
perior a 1 milhar de euros?
6.3 Justifica que, apesar de o lucro ir aumentando à medida que o número de peças produ-
zidas aumenta, essa variação vai sendo feita de modo cada vez mais lento.
7. Uma roda gigante tem um eixo de 20 metros (raio) e cada cesto fica, no mínimo, a 1 metro
Recomendações do GAVE 39
do solo demorando 30 segundos a dar uma volta completa. Considera que um dos cestos
da roda começa a girar no ponto mínimo e representa graficamente a distância da cesta ao
, .
10.
40 Recomendações do GAVE
Porto 2009-03-28 001 por Hugo Cadavez, http://www.flickr.com/photos/hugocadavez/3396031784
O Palácio da Bolsa no Porto
O Vladimiro quer desenvolver um modelo matemático para prever o valor da ação de uma
certa empresa cotada na Bolsa do Porto. Ele fez dois comentários em função do comporta-
mento passado dessa ação:
a) o seu valor tem uma componente cíclica que aumenta nos três primeiros meses do ano, cai
nos seguintes seis e depois aumenta de novo nos últimos três;
onde t representa o tempo em meses desde janeiro de 2010. Ele tem ainda a seguinte tabela
de dados:
Recomendações do GAVE 41
Esta situação pode ser descrita por meio de uma função de onda
demora a passar. Suponhamos que, em determinada situação, se tem que A = 0,06 que
k = 2π e que w = 4π.
11.1 Qual é o comprimento de onda do movimento?
11.2 Quantos valores máximos são atingidos por determinado ponto da corda em cada se-
gundo?
11.3 Esboça o gráfico de y, supondo que t = 0, entre os valores x = 0 e x = 1,5.
11.4 Que outros valores de t permitiriam obter um gráfico semelhante ao obtido na alínea
anterior?
12. A profundidade da água na extremidade de um pontão num porto varia com o tempo devido
às marés.
onde p é a profundidade da água em metros e t o tempo em horas depois da maré vaza. Qual
é a taxa de variação da profundidade da água 5 horas depois da maré vaza?
42 Recomendações do GAVE
(adaptado de exame da Nova Zelândia, 2010)
13. Num laboratório de física foram registados os seguintes dados sobre a altura acima do solo
de um peso agarrado a uma mola agarrada ao teto. Usando a tua calculadora determina
uma função seno que se ajuste bem a estes dados (usa, por exemplo, a regressão sinusoidal
na tua calculadora).
Segundos 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1
cm 120 136 165 180 166 133 120 135 164 179 165 133
14. Uma população de raposas evolui de forma periódica, dependendo da existência de mais ou
menos alimentação (sobretudo coelhos) o que varia com as estações do ano. Foram feitas as
contagens que a tabela apresenta,
meses 0 4 8 12 16
raposas 500 120 500 120 500
14.1 Usando a regressão sinusoidal numa calculadora ou computador determina uma função
seno que se ajuste aos dados fornecidos.
14.2 Usando a função obtida, estima quantas raposas existiriam ao fim de 10 meses.
C2
Tr
Tarefas resolvidas
1. Determina o valor que a constante k deve ter para que o limite exista (isto
é, seja um número real) e determina esse limite.
Resolução
visto que o denominador tem limite zero. Logo, o limite do numerador precisa de ser zero
para que o limite do quociente possa dar um número real. Como
Recomendações do GAVE 43
terá de ser . Assim, temos de calcular o limite .
⎛ 5 ⎞⎟
13 ⎜
2x −
2
x +5 (x − 2)⎜⎜2x − ⎟⎟⎟
⎜⎝ ⎛ 5 ⎞⎟ 3
Logo lim = lim ⎜⎜2x − ⎟⎟⎟ = .
2 2 ⎟⎠ ⎜
= lim
x→2 x −2 x→2 x −2 x→2 ⎜ 2 ⎟⎠ 2
⎝
2x
Resolução
2.1 Como o domínio de f é toda a reta real, não tem assíntotas verticais. Vejamos se tem
assíntotas não verticais. Temos:
2x
44 Recomendações do GAVE
Determinemos agora o sinal da derivada. Como a exponencial e o denominador são sempre
estritamente positivos, o sinal da derivada de f é o sinal do polinómio . Como
–∞ –1 1 +∞
f ’ – 0 + 0 –
mínimo rela- máximo rela-
tivo tivo
f
Concluímos então que f tem Mínimo relativo para x = –1 e Máximo relativo para x = 1. Os
Resolução
A função f está bem definida em ]0,1[ pois . A função é derivável por ser a função
composta de duas funções deriváveis (uma raiz quadrada e um polinómio) adicionada com
um polinómio (função derivável). A função f também está bem definida em ]1,+∞[ e nesse
intervalo é derivável por ser a soma de um quociente de polinómios com um polinómio (fun-
ções deriváveis).
Para calcular a derivada de f no seu domínio temos de calcular a derivada no intervalo aberto
]0,1[, no intervalo aberto ]1,+∞[ e no ponto x = 1.
Recomendações do GAVE 45
No intervalo aberto ]1,+∞[ também podemos aplicar as regras de derivação:
No ponto x = 1 teremos de estudar as derivadas laterais. Contudo, se a função não for con-
tínua nesse ponto não poderá ser derivável e já não teremos de fazer todos os cálculos das
derivadas laterais. Vejamos então se f é contínua para x = 1:
Como os limites laterais são diferentes, a função f não é contínua para x = 1 e assim também
não é derivável nesse ponto. Temos então que o domínio de é e
Resolução
Como estamos a adicionar potências de bases diferentes, a estratégia adequada será colocar
todas as potências da mesma base de um lado da igualdade e todas as potências da outra
base do outro lado da igualdade. Obtemos assim sucessivamente:
46 Recomendações do GAVE
Trata-se agora de uma equação do primeiro grau pelo que é fácil obter a solução
Tp
Tarefas Propostas
7.
O gráfico da função definida por tem pontos onde a tangente ao gráfico seja
paralela ao eixo dos XX? E pontos onde a tangente ao gráfico seja paralela ao eixo dos YY?
Em caso afirmativo determina-os.
8. Derivação logarítmica
por e .
9. Resolve a equação .
Recomendações do GAVE 47
11. Resolve a equação .
C3
Tr
Tarefas resolvidas
1 + ai
1. Seja a um número real qualquer. Coloca o número complexo definido por na forma
θ 1 −ai
trigonométrica. Sugestão: Escreve a na forma a = tg . Como aplicação da fórmula obtida
2
3+i 3
coloca na forma trigonométrica .
3−i 3
Resolução
2
⎛ θ θ ⎞⎟⎟ ⎛⎜⎜ θ θ ⎞⎟⎟ ⎛⎜⎜ θ θ ⎞⎟⎟
θ ⎜⎜ θ
cos + i sen ⎜⎜ cos + i sen ⎟ ×
⎟⎟ ⎜⎜ cos + i sen ⎟
⎟⎟ ⎜⎜ cos + i sen ⎟⎟
⎝ 2 2 ⎠ ⎝ 2 2 ⎠ ⎝ 2 2 ⎟⎠
2 2 = =
θ θ ⎛ θ θ ⎞⎟⎟ ⎛⎜⎜ θ θ ⎞⎟⎟ θ θ
cos − i sen ⎜⎜ cos2 + sen 2
⎜ cos − i sen ⎟
⎟ × ⎜ cos + i sen ⎟⎟
2 2 ⎜⎝ 2 2 ⎟⎠ ⎜⎝ 2 2 ⎟⎠ 2 2
2
⎛ θ θ ⎞⎟⎟
⎜⎜
⎜⎜cos + i sen ⎟⎟⎟
1 + ai ⎝ 2 2⎠ θ θ θ θ
= = cos2 + 2i sen cos − sen 2 = cos θ + i sen θ
1 −ai θ θ 2 2 2 2
cos2 + sen 2
2 2
48 Recomendações do GAVE
aplicando as fórmulas trigonométricas da duplicação do ângulo.
Apliquemos agora a fórmula obtida ao exemplo pedido. Temos de começar por colocar o
número complexo na forma adequada para aplicar a fórmula obtida:
3
1+ i
3+i 3 3
=
3−i 3 3
1−i
3
3
1+ i
3+i 3 3 = cos π + i sen π
=
3−i 3 3 3 3
1−i
3
⎪⎧⎪ iz − w = 2i
2. Resolve, no conjunto dos números complexos, o sistema ⎨
⎪⎪ (1 − i)z + (2 + i)w = 1 + 4i
⎩
Resolução
Como
vem que
−2 + 8i
3 − 4i + (i - 1)z = 1 + 4i ⇔ z =
i -1
Recomendações do GAVE 49
Substituindo este valor na expressão que define w vem:
w = iz − 2i = i(5 − 3i) − 2i = 5i − 3i 2 − 2i = 3i + 3
⎪⎧
Logo, a solução do sistema é ⎪⎨ z = 5 − 3i
⎪⎪⎩ w = 3 + 3i
Resolução
|1 + i 3 |= 1 + 3 = 2 ; |1 − i 3 |= 1 + 3 = 2 .
⎛ π ⎞⎟
Então 1 + i 3 = 2cis . Do mesmo modo concluímos que 1 − i 3 = 2cis ⎜⎜− ⎟⎟⎟ . Podemos
π ⎜
3 ⎜⎝ 3 ⎟⎠
5 5
⎛ π ⎞⎟ ⎛⎜ −π ⎞⎟⎟ 5π −5π
⎜
z = (1 + i 3) + (1 − i 3) = ⎜⎜2cis ⎟⎟⎟ + ⎜⎜2cis
5 5
⎟⎟ = 2 cis
5
+ 25 cis
⎜⎝ 3 ⎟⎠ ⎜⎝ 3 ⎟⎠ 3 3
Como
5π 5π 5π ⎛ π ⎞⎟ ⎛ π ⎞⎟ π π 1 3
⎜ ⎜
cis = cos + i sen = cos ⎜⎜π + ⎟⎟⎟ + i sen ⎜⎜π + ⎟⎟⎟ = −cos − i sen = − − i
3 3 3 ⎜⎝ 3 ⎟⎠ ⎜⎝ 3 ⎟⎠ 3 3 2 2
Logo
50 Recomendações do GAVE
⎛ ⎞
5π −5π ⎜⎜ 1 3 1 3 ⎟⎟⎟
z = 2 cis
5
+ 2 cis
5
= 2 ⎜⎜− − i
5
− +i 5
⎟⎟ = −2 = −32
3 3 ⎜⎝ 2 2 2 2 ⎠ ⎟
e, do mesmo modo,
⎛ ⎞
⎜⎜ 1 3 1 3 ⎟⎟⎟
w = (1 + i 3) −(1 − i 3) = 2 ⎜⎜− − i
5 5
+ −i5
⎟⎟ = −i2 3 = −i32 3
5
⎜⎝ 2 2 2 2 ⎟⎠
4. Resolve, em , a equação .
Resolução
z 1 = −1 + 1 − 4 = −1 + i 3 ou z 2 = −1 − i 3
Vamos agora determinar as raízes quadradas destes dois números complexos. Vamos passar
estes números para a forma trigonométrica. Temos, se for z = ρ cis θ = −1 + i 3 , que
1
2π
que podemos escolher . Assim z 1 = −1 + i 3 = 2 cis . Identicamente vem que
3
4π
z 2 = −1 − i 3 = 2 cis .
3
Precisamos agora de determinar as raízes quadradas destes números complexos. Pela fórmula
de Moivre (NiuAleph, vol. 4, capítulo 16) vem que
Recomendações do GAVE 51
Tp
Tarefas Propostas
z z +1
2. Resolve em a equação + = 3.
2i 4 − 2i
3. Determina o(s) valor(es) que deve ter o parâmetro a de modo que o módulo do número com-
a +i
plexo seja igual a .
2+i
π
3.1 Determina o módulo e o argumento do número complexo tg −i .
3
tgα + i
3.2 Escreve o número complexo z = na forma trigonométrica e na forma
com . tgα − i
⎧⎪
.
iz − w = 2i
4. Resolve, no conjunto dos números complexos, o sistema ⎨
⎪⎩ (1 − i)z + (2 + i)w = 1 + 4i
5. Na figura está representado um triângulo equilátero [ABC] que tem um lado paralelo ao eixo
horizontal e está inscrito numa circunferência de raio 2 cm. Está também representado um
triângulo [A’B’C’] que resultou da rotação do triângulo [ABC] de amplitude 15º em torno
da origem.
A’
E
B A
B’
O
C’
C
52 Recomendações do GAVE
y
5.1 Sendo A, B, C, A’, B’ e C’ afixos dos complexos zA, zB, zC, zA’, zB’ e zC’; determina
os complexos na forma trigonométrica e na forma algébrica.
5.2 Determina o número complexo cujas raízes cúbicas são zA , zB e zC.
5.3 Sabe-se que A’, B’ e C’ são afixos das raízes cúbicas de um complexo w. Determina w
na forma algébrica.
5.4 Os vértices A’’, B’’ e C’’ de um triângulo que se obtém pela rotação de ângulo θ do
triângulo [ABC] são afixos das raízes cúbicas de um número real. Qual é o menor valor
positivo de θ ?
5.5 Determina, no conjunto dos números complexos uma condição que defina a região
sombreada, incluindo os contornos.
7. Resolve em a equação .
8. Representa no plano complexo (plano de Argand) o conjunto de pontos definido pela condi-
ção , onde Re w representa a parte real do número complexo w.
C4
Capítulo 4 - Exercícios que pressupõem raciocínios demonstrativos
Tr
Tarefas resolvidas
1. Sejam f e g duas funções de domínio . Prova que se f e g possuem assintota não vertical
então h = f + g também possui assíntota não vertical.
Resolução
É dado que f e g possuem assintota não vertical. Como o seu domínio é tal assíntota
só pode ser assíntota em +∞. Isto significa que existem retas de equação e
tais que e .
Para concluir que h = f + g também possui assíntota não vertical em +∞ teremos de en-
Recomendações do GAVE 53
contrar uma reta que satisfaça a definição de assíntota. É de suspeitar que a reta de equação
seja tal reta. Para ter a certeza teremos de provar esta conjetura. Temos
c.q.d.
nem são todas ímpares nem são todas pares, nem são todas “nem par nem ímpar”.
Resolução
Uma função do tipo dado será uma função par se verificar ∀ fm,b (−x) = fm,b (x) .
x ∈
Mas
Logo, se for , uma função como a dada será par; se for , as correspondentes
funções não serão pares. Logo, nem todas serão pares. Uma função do tipo dado será uma
função ímpar se verificar .
Mas
Concluímos que, se for , algumas das funções da família dada serão ímpares. Mas se
for as correspondentes funções não será ímpares. Logo, nem todas serão ímpares. E
concluímos ainda que nem todas serão “nem par nem ímpar”.
c.q.d.
3. Mostra, por redução ao absurdo, que se f é uma função real de variável real, cujo domínio é
toda a reta real, se é contínua para e se , então existe um intervalo aberto
contendo o ponto a tal que se tenha para todo o ponto x desse intervalo.
54 Recomendações do GAVE
Resolução
Suponhamos então que, em vez da conclusão pretendida, se teria a conclusão contrária, isto
é, que para todo o intervalo aberto contendo o ponto a haveria pelo menos um ponto x desse
intervalo para o qual .
Tentemos chegar a um absurdo. A ideia é ir tomando intervalos cada vez mais pequenos de
modo a obter uma sucessão de pontos onde a desigualdade supostamente não se veri-
fica. Mas isso irá trazer problemas com a continuidade de f se escolhermos os intervalos de
modo que essa sucessão convirja para .
Escolhamos então intervalos abertos contendo o ponto a cuja amplitude tenda para zero:
Pela nossa hipótese de trabalho, em cada um destes intervalos haverá pelo menos um ponto
tal que .
tecerá o mesmo com o seu limite. Ou seja, terá de ser . Mas isto é impossível pois
contradiz a hipótese dada. Chegámos assim a um absurdo.
Concluímos então finalmente que terá de existir um intervalo aberto contendo o ponto a tal
que se tenha para todo o ponto x desse intervalo.
c.q.d.
Tp
Tarefas Propostas
1. Sejam f e g duas funções de domínio . Prova que se é uma assíntota vertical para
a função f e se g é contínua, então também é assíntota não vertical para a função
h = f + g.
2. Demonstra que se o afixo do complexo está no eixo real e não coincide com a
iz + z
origem, o afixo do complexo está no eixo imaginário sobre uma circunferência de raio
z − iz
1.
Recomendações do GAVE 55
3. Reflete sobre a veracidade da seguinte afirmação:
“Há funções do tipo , que não são nem pares nem ímpares.”
4. Reflete sobre a veracidade da seguinte afirmação:
6. Seja um número real não nulo. Prova que é período da função definida por
nem são todas ímpares nem são todas pares, nem são todas “nem par nem ímpar”.
C5
Tr
Tarefas resolvidas
Resolução
Por outro lado o outro fator oscila entre valores cujo módulo não é superior a 3. Experimen-
56 Recomendações do GAVE
tando traçar o gráfico desta função, rapidamente concluímos que não conseguimos capturar
no mesmo écran todos os extremos relativos.
Destes primeiros gráficos concluímos que haverá pelo menos 4 extremos relativos e nenhum
máximo absoluto. Para os determinar com uma aproximação razoável (o enunciado não fala
em aproximação pelo que será razoável uma aproximação às décimas para as abcissas) po-
demos fazer ampliações sucessivas do gráfico ou então usar as ferramentas da calculadora ou
computador para obter extremos:
Encontramos os máximos relativos 1,1 e 328655 e os mínimos relativos 0,04 e –7,6�106. Este
método não nos garante que tenhamos encontrado todos os extremos (E não encontrámos!
Consegues encontrar mais algum?). Apenas experimentámos alguns gráficos e pode haver
mais em intervalos maiores do domínio, ou haver algum detalhe que seja preciso analisar com
mais cuidado, o que é difícil de fazer sem um estudo mais aprofundado.
2. Num vale onde não existiam mosquitos caiu de um avião um contentor contendo uma coló-
nia de mosquitos que um grupo de cientistas tinha encomendado para estudar. O contentor
abriu-se e os mosquitos ocuparam o vale e começaram a reproduzir-se. O número M de mos-
quitos existentes t anos após a queda do contentor é dado por .
Recomendações do GAVE 57
2.1 Quantos mosquitos havia inicialmente no contentor?
2.2 Ao fim de quantos anos, aproximadamente, existirão 3000 mosquitos no vale?
2.3 Se o modelo matemático continuar a poder aplicar-se passados muitos anos, qual o
número de mosquitos que existirá no vale passados muitos anos?
Resolução
2.2 Temos
Existirão 3000 mosquitos no vale passados 5,1 anos, ou seja, no segundo mês do quinto ano.
desaparecer do vale. Em que altura vai desaparecer? Recorrendo à calculadora gráfica obte-
mos:
Concluímos então que no ano 86 morre o último mosquito (se considerarmos que apenas a
58 Recomendações do GAVE
parte inteira do resultado diz respeito ao número de mosquitos existentes; se considerarmos
o arredondamento do resultado a colónia de mosquitos extingue-se mais tarde – quando?).
Tp
Tarefas Propostas
Esboça os gráficos na tua calculadora gráfica ou no computador. A partir dos gráficos que
obtiveste diz se te parecem ser pares ou ímpares. Prova analiticamente as tuas conclusões.
2. Foi administrado um medicamento a um doente às 9 horas da manhã de um certo dia. A
concentração desse medicamento, em miligrama por mililitro de sangue, t horas após ter sido
administrado, é dada por .
2.1 Utiliza o teorema de Bolzano-Cauchy (ver manual, vol. 3, capítulo 9) para mostrar que
houve um instante, entre as 9h 30m e as 10h, em que a concentração do medicamento
foi de 1 mg/ml.
2.2 Recorrendo à derivada da função C, determina o instante em que a concentração de
medicamento no sangue do doente foi máxima. Apresenta o resultado em horas e mi-
nutos.
3. A lei de Dulong estabelece que se P atmosferas é a pressão absoluta de um vapor saturado
Recomendações do GAVE 59
3. Testes de tempo limitado
E
A’ T7
B A
Teste 7 – Funções
B’
– Escolha múltipla
O 45 minutos
Calculadora autorizada
1. As marés mais altas na superfície terrestre ocorrem na Baía de Minas, uma parte da Baía
Fundy, que fica entre as províncias
C’ canadianas de Nova Brunswick e Nova Escócia, onde as
marés podem atingir uma C altura máxima de 16m. As alturas da maré, ao longo de determi-
nado período estão assinaladas no gráfico abaixo.
y
15
10
0 x
0 5 10 15
60 –4
Testes de tempo limitado
3. Se satisfaz a igualdade então os valores possíveis de k são
f : + →
x f (x) = log2(x )
(A) Tem uma assíntota vertical de equação x = 0.
5. Uma determinada população de bactérias duplica a cada 7 dias. Que função nos dá o número
N de bactérias ao fim de t dias, sabendo que o valor inicial de bactérias é 500?
⎛⎜ t ⎞⎟
x 1 2 3 4 5 6
y 4 13 26 43 64 89
1. O número de pinguins, P, depois de estarem t anos numa nova colónia pode ser determinado
usando a fórmula .
1.1 Se houver 24 pinguins passados 2 anos, determina o valor de a.
1.2 Quantos anos terão de passar para se ultrapassar o número de 1500 pinguins?
teve a mensagem de erro ‘NONREAL ANS’ (‘resposta não real’) na sua calculadora ao ten-
tar calcular . Explica porquê.
3. Resolve algebricamente
Estuda a função f quanto à existência de assíntotas do seu gráfico, paralelas aos eixos coor-
denados, escrevendo as suas equações, caso existam.
5. Numa piscicultura, existe um tanque que tem atualmente 300 robalos. Ao serem introduzi-
das x trutas no tanque, a proporção P (x) do número de trutas, relativamente ao número
T9
Teste 9 – Funções
0
0
– Resposta
5
aberta
10 15
x
90 minutos
Calculadora autorizada
x
–1 1 2 3 4 5
–2
–4
2. A Sara está a estudar as inundações que ocorreram na Europa no passado inverno. Ela
descobriu que a profundidade do Rio Vltava em Praga mudou muito rapidamente durante
as primeiras 12 horas da inundação. A Sara descobriu que a profundidade do rio podia ser
modelada pela equação onde D é a profundidade do rio em metros e t é
o número de horas decorridas desde que começou a chover.
3.1 3.2
4. Lei de Moore
y
trónico que é constituído por muitos milhares de transístores. Contudo, um chip não é maior
do que uns milímetros quadrados.
Em 1961 foi feito o primeiro chip experimental que era formado por 4 transístores. Este chip
é mostrado (muito ampliado) na figura acima. Gordon Moore foi uma das pessoas envolvidas
na equipa que o criou. Em 1965 ele previu que que o número de transístores por chip iria
aumentar exponencialmente. Esta previsão passou a ser conhecida por Lei de Moore.
Até ver parece que a cada dois anos o número de chips por transístor duplica. Portanto a
t
fórmula que traduz a Lei de Moore será A = 4 ×2 2 onde A representa o número de transís-
5. Seja z = −1 + i , onde i 2 = −1 .
gráfico de f no ponto .
Calculadora autorizada
Grupo I
2. Em qual dos seguintes pontos tanto a primeira derivada como a segunda derivadas de f são
ambas negativas?
y
y
B
B
A f
A f
D
D
C
C
x
O x
O
2
2
1
1
x
–4 –2 2 4 x
–4 –2 2 4
–1
–1
66 h
Testes de tempo limitado
h
(8, 18)
(8, 18)
Os valores de P, k e Q são, respetivamente:
Grupo II
5. Doses terapêuticas iguais de um certo antibiótico são administradas, pela primeira vez, a
duas pessoas: a Ana e o Carlos. Admite que, durante as doze primeiras horas após a tomada
simultânea do medicamento pela Ana e pelo Carlos, as concentrações de antibiótico, medidas
em miligramas por litro de sangue, são dadas, respectivamente, por
e
A variável t designa o tempo, medido em horas, que decorre desde o instante em que o me-
dicamento é tomado ( ).
5.1 Determina o valor da concentração deste antibiótico no sangue da Ana, quinze minutos
depois de ela o ter tomado. Apresenta o resultado, em miligramas por litro de sangue,
arredondado às centésimas.
5.2 No instante em que as duas pessoas tomam o medicamento, as concentrações são iguais
(por serem nulas). Determina quanto tempo depois as concentrações voltam a ser
iguais. Apresenta o resultado em horas e minutos (minutos arredondados às unidades).
5.3 Quando a concentração ultrapassa 7,5 miligramas por litro de sangue, o medicamento
pode ter efeitos secundários indesejáveis. Esta situação ocorrerá, neste caso, com algu-
ma destas duas pessoas? Caso afirmativo, com quem? E em quantos miligramas por
litro o referido limiar será ultrapassado?
Nota: Usa as capacidades gráficas da tua calculadora para responder a esta questão e, sem-
pre que, nos cálculos intermédios, procederes a arredondamentos, conserva, no mínimo, cinco
casas decimais.
6.
x+2 ⎛⎜ 4 ⎟⎞
⎛ 1 ⎞⎟ ⎜⎜ ⎟⎟⎟
⎜ ⎜⎜ 3 ⎟⎟
32 ⎜⎜ ⎟⎟⎟ =8 ⎝ ⎠
⎜⎝ 4 ⎠⎟
9.2 Estuda a função quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à
existência de ponto de inflexão.
2
1⎛⎜ 3 ⎞⎟
− ⎜⎜x− ⎟⎟⎟
⎜
2⎝ 4 ⎠ ⎟
⎟
10. Determina a derivada de f (x) = e
⎜
. Para que valores de se tem que é negati-
va?
11. Alguém tomou anfetaminas. A quantidade de anfetaminas no corpo humano pode ser descri-
ta pelo modelo onde é o tempo depois de ter sido ingerida a substância
(medido em horas), e é a quantidade de anfetaminas no corpo (medida em miligramas).
12. Considera, para cada a função, de domínio definida por . Prova que,
+
T11
2
45 minutos
x
–4 –2 2 4
Calculadora não autorizada
–1
1. A altura h, em metros, de um ponto de uma roda gigante no instante t, em segundos, pode
ser representado por uma função sinusoidal da forma como se mostra
na figura.
h
(8, 18)
15 (6, 15.66)
(0, 2) (16, 2)
t
0 5 10 15
(A) (C)
(B) (D)
P(z)
(adaptado de exames do Canadá, estado de Alberta, 2001)
Q(w)
2. O contradomínio da função , é
3
70 Testes de tempo limitado
2
y = f(x)
3. Se e , então é igual a:
4. O número de maneiras de arranjar 9 livros diferentes numa prateleira se 4 dos livros devem
ficar estar sempre juntos é:
5. O conjunto solução de é:
6. O David atira uma moeda ao ar 3 vezes. Qual é a probabilidade de que pelo menos num dos
lançamentos a moeda mostre “cara”?
i
(A) −3i (B) –3 (C) (D) −
3
(C) um berlinde vermelho da mesma caixa, depois de recolocar o primeiro berlinde na caixa
(D) um berlinde verde da mesma caixa, sem recolocar o primeiro berlinde na caixa
Calculadora autorizada
1. O número mínimo de vezes que uma moeda equilibrada com cara numa face e coroa na outra
deve ser lançada ao ar de modo que a probabilidade de sair cara em todos os lançamentos
seja inferior a 0,0005 é
3. No final do mês de Abril de 2003, a população de Belém do Pará viveu um dia de pânico por
causa de boatos que se espalhavam rapidamente pela cidade. Tudo começou de manhã muito
cedo, com um assalto a um carro blindado em frente a um banco, localizado numa avenida
movimentada. A polícia perseguiu os bandidos e estes fizeram reféns. As testemunhas do
ocorrido iniciaram os boatos ao espalhar, sem muita clareza, o que acontecera. A quantidade
de pessoas que recebia informações distorcidas sobre o facto duplicava a cada 10 minutos
e, depois de uma hora, 1024 cidadãos de Belém do Pará já se encontravam aterrorizados,
achando que a cidade estava ser tomada por bandidos. Ao final da manhã, bancos, comércio,
escolas e repartições públicas já estavam com o expediente encerrado. Com base nos números
citados, quantas pessoas testemunharam o assalto?
4. Qual das seguintes funções tem por derivada a função definida por no intervalo
]0,3[.
(A) (C)
(B) (D)
Nessas condições, daqui a quanto tempo, aproximadamente, após o início dessa fabricação
serão produzidas 5000 peças?
(adaptado de: exame vestibular brasileiro do estado do Mato Grosso do Sul, Brasil)
15 (6, 15.66)
5 T13
P(z)
Q(w)
Copia o diagrama para a tua folha de resposta e assinala nele os seguintes pontos:
1.1 o ponto R a representar iz; 1.3 o ponto T a representar z + w.
1.2 o ponto S a representar z ;
6
2. Uma função f é definida no conjunto dos números reais tal que o declive da reta tangente ao
gráfico da função num ponto arbitrário 5(x,y) é . O valor mínimo da função
é 2. Procura f.
4
(adaptado de exames da Finlândia, 2000)
3
Mostra que, qualquer que seja o a e de b, existe sempre um valor de x talx que .
–6 –4 –2 2 4 6
–1
(adaptado de exames de Itália, 2004)
Calculadora autorizada
1 y = f(x)
x
–6 –4 –2 2 4 6
–1
1.1 ;
1.2 ;
Este limite continua verdadeiro mesmo que n seja um número racional, desde que a seja
3.2 Estuda a função quanto ao sentido das concavidades do seu gráfico e quanto à exis-
tência de ponto de inflexão.
4. A invenção dos logaritmos teve como resultado imediato o aparecimento de tabelas, cujos
cálculos eram feitos um a um. O projeto do inglês Charles Babbage (séc. XIX), “pai dos
computadores modernos”, era construir uma máquina para a montagem dessas tabelas,
como por exemplo:
x 2 3 4 5 6 ...
log x 0,30 0,47 0,60 0,70 0,78 ...
Usando esta tabela determina o valor que se obtém para log 450.
mento de ( ).
Teste 15 – Global
90 minutos
Calculadora autorizada
Grupo I
1. A fracção é igual a:
(A) (C)
(B) (D)
4. Uma casa foi comprada em 1984 por 35 000 dólares. Suponhamos que o valor da casa au-
mentou 3% por ano desde essa altura.
(A) (C)
(B) (D)
x –2 –1 0 1 2
y –1 –1 1 5 11
Grupo II
Fonte: www.globalis.dk
com a e b números reais diferentes de zero. Considera a função g obtida a partir de f pondo
. Estuda a função g e esboça o seu gráfico.
C9
Pratica ↑
1. –
2.
y1
ferentes. lim− = −∞ e
2.3 Por exemplo, x→2 y2
5.2
3.
3.1 Sim. Os limites laterais são iguais
3.2 Não. Os limites laterais são diferen-
tes
3.3 Não. Os limites laterais são diferen-
tes
4.
4.1
4.2
4.5 −∞
5. ção não estar definida para .
Soluções 81
6. 12.2 Falsa
12. 18.4
82 Soluções
19.1 é uma assíntota vertical do
gráfico de m e é uma assínto-
ta horizontal 23.2 Por exemplo considerando a função
Reflete ↑ ↑ ↑ C10
Soluções 83
1.8 g '(s) = 8s 3 + 3s 2 − 20s + 13 2(x 2 + 1)2(2x 2 − 15x − 10)
2.5 k '(u)=
(4x − 5)6
23
1.9 f '(x) =
9x + 12x + 4
2
124x(3x 2 − 5)
2.6 f '(x) =
(2x 2 + 7)3
8x 2 − 16x − 5
1.10 h '(x)=
x 2 − 2x + 1
8x − 7
2.7 m '(x)=
2 4x 2 − 7x + 4
70 + 12z − 27z 2
1.11 h '(z ) =
4 − 36z + 81z 2
2.8 h '(x) = 2 x 5 (x 2 + 1)7
2.9 f '(x) = 3x 5 − 3x 2
−4w 3 − 14
1.12 f '(w) =
w 6 − 14w 3 − 49 3.
1.13 5(3x + 2)
3.1 f '(x) =
x 3 (x + 1)2
−1 − 2x − 3x 2
f '(x) =
1 + 2x + 3x 2 + 4x 3 + 3x 4 + 2x 5 + x 6
x −3
−3x + 2 3.2 g '(x)= + x +3
1.14 g '(x)= 2 x +3
x3
1
3.3 h '(x)= −
−2x 2 − 4
1.15 t '(x)= 2x 2 x
x 5
2. 3.4 f '(x) = 3e x
84 Soluções
3.11 g '(x)= ln(x) + 1 5.5 f '(2) = 1
6.2.2 f '(− 2) = −6 2 − 5
1 ln(x)
3.15 g '(x) = −
x(x − 3) (x − 3)2 6.2.3 f '(a) = 6a + 5
Reflete ↑ ↑ ↑
e x (x − 1)
3.16 h '(x) =
x(x + e x ) 7. –
x +h − x
8. f '(x) = lim
1 h→0 h
3.17 f '(x)=
x(x + 1) x +h − x x +h + x
= lim ⋅
h→0 h x +h + x
4 + 2 ln(x) x + h −x
3.18 g '(x) = = lim
h→0
x h( x + h + x)
h
= lim
3.19 h '(x) = e −e x
x e−1
h→0
h ( x + h + x)
Soluções 85
te, f '(0) não existe. Logo, o domínio de
f ' é + .
- Paridade
2.1 , para .
2.2 h é decrescente de e crescente Como em , a função é
de . A função apresenta um crescente nesse intervalo.
mínimo absoluto igual a para
. - Sentido das concavidades
2.3
, para .
3.
4.
- Domínio:
86 Soluções
6.2 20 anos
6.3 33,5 anos
Pensa e Resolve ↑ ↑
7.
7.1
7.2
5. 7.4
5.1 10 minutos. 7.5 Pontos de interseção: (0,71, 4,88)e
5.2 – (1,58,2,25)
8. A
5.2.1 A função é estritamente de-
crescente. 8.1
5.2.2 A função é estritamente
crescente. 8.2
5.3 No primeiro caso, o facto de a fun-
ção T ser estritamente decrescente, 8.3 A função é monótona decrescente
significa que quando a temperatura em e monótona crescente
inicial do café é maior do que a tem- em
peratura ambiente, o café vai arrefe-
cendo à medida que o tempo passa. 8.4 –
No segundo caso, o facto de a fun-
ção T ser estritamente crescente, 9.
significa que quando a temperatu-
9.1 T(0) = 36,2 + 22,25(e 0 −e 0 ) = 36,2
ra inicial do café é menor do que
a temperatura ambiente, o café vai 9.2 3 horas
aquecendo à medida que o tempo
passa. 9.3 3 horas
6.1 –
Isto significa que à medida que o
Soluções 87
tempo passa, e o Sérgio está fora da
câmara frigorífica, a sua tempera-
tura corporal tende a igualar a
temperatura que ele tinha antes de
entrar dentro da câmara.
10.
10.1
10.2 10 horas e 33 minutos.
10.3 1 hora e 7 minutos depois da sopa
ter sido colocada no frigorífico.
Os cães de ambas as raças têm o mesmo peso
Reflete ↑ ↑ ↑ médio com 1 ano e 1 mês e 7 anos e 5 meses.
11. – 15. –
12.
12.1 C13
13.
Pratica ↑
13.1
1.
13.2 –
1.1
13.3
13.4 f é monótona decrescente no inter-
valo e é monótona crescente
no intervalo , apresenta um 1.2
mínimo absoluto igual a para 2.
.
2.1
13.5
14.
2.2
14.1
88 Soluções
11.
4. Crescente: ⎛π ⎞⎟
⎜⎜ ⎟⎟
11.1 Máximos: ⎜⎜ + kπ,1 ⎟⎟
⎝4 ⎠
Decrescente:
⎛ 3π ⎞⎟
⎜⎜ ⎟⎟
Mínimos: ⎜⎜ + kπ,−1 ⎟⎟
⎝ 4 ⎠
Mínimo relativo:
⎛ ⎞
⎜⎜ 5π 5π + 3 3 ⎟⎟
11.2 Máximo: ⎜⎜ , ⎟⎟
⎜⎝ 3 6 ⎟⎟
⎠
Máximo relativo:
⎛ ⎞
5. Positivo ⎜⎜ π 5π − 3 3 ⎟⎟
Mínimo: ⎜⎜ , ⎟⎟
⎜⎝ 3 6 ⎟⎟
⎠
6.
12.
7. ;
12.1 61%
8.
12.2 28 dias
8.1
12.3 7 de janeiro
8.2 12.4 0%
9.
13. e
9.1 14.
14.1 3 segundos
9.5 15.
10. 15.4
10.1 y = 2x − 2π 15.5
π 16.
10.2 y = −x +
2
16.1
Soluções 89
16.2 23.1
17. – 23.2
18.
23.3
19.
Reflete ↑ ↑ ↑
19.1 1
19.2 24.
20. 25.
20.1 25.1 a = 1 e b = 3
20.2 25.2
26.
20.3
26.1
Crescente em:
20.5 26.3
21. 27. x = 0 e y = 0
28.
21.1
28.1 1
28.2 2
21.2 28.3 0
29. ;
21.3 30.
30.1 –
21.4 1
30.2
⎛ 3π ⎞
⎜ 3π ⎟
22. Máximo: ; Mínimo: ⎜⎜ ,−e 2 ⎟⎟⎟
⎜⎜ 2 ⎟⎟
⎝ ⎠
23.
90 Soluções
8.5 –3
C15
9. 3 + 10i
Capítulo 15 – A Álgebra dos números
10.
complexos
10.1 1 – 5i; 1 + 5i
Pratica ↑ 10.2 –3; 3; –i; i
11. –38 – 41i
1. 2 2;5
12. –i; –i; 1; 1; i; –1
7 5
2. i; + i 13.
9 9
3. 0
1 1
4. + i
2 2
5. x=1ey=0
6.
6.1 3–i
6.2 8+i
6.3
Pensa e Resolve ↑ ↑
14. –
6.4
15.
15.1 –
7. 15.2 –1; 3 – 4i; 3 + 4i
8. 16.
8.4 19.
Soluções 91
Reflete ↑ ↑ ↑
6.3
20.
21. Para todo o
22. – 6.4
9.
5.
6.
apenas .
6.1
10.
6.2
92 Soluções
e 19.1 –
19.2
11. 19.2.1
11.1
19.2.2
11.2 –
13. 20.
13.1 20.1
20.2
13.2
Pensa e Resolve ↑ ↑
20.3
14.
21.
15. –3 e 3 21.1
16.
21.2
16.1
21.3 8
16.2
22.
22.1
17.
22.2
22.3
18.
19.
Soluções 93
2 – Recomendações do GAVE
23. Módulo = 1 e argumento =
24. C1
Capítulo 1 – Resolução de problemas da
24.1 vida real
1.
1.1 22 500€
24.2
1.2 Aproximadamente 14 614€
1.3 25%
24.3 2.
2.1 22 símbolos
2.2 6 minutos
25. 3.
3.1 2πr. Este valor traduz o perímetro
Reflete ↑ ↑ ↑ de um círculo de raio r, pelo que
se pode concluir que a taxa de va-
26. Semirreta de origem em (2,0) paralela ao riação da área de um círculo é nu-
eixo Oy e com a direção do sentido posi- mericamente igual ao perímetro do
tivo do eixo Oy. mesmo círculo e, em consequência,
a taxa de variação da área de um
27. Os múltiplos de 6. círculo é tanto maior quanto maior
for o seu perímetro.
28. 3.2 4πr 2. Este valor traduz a área da
superfície de uma esfera de raio
r, pelo que se pode concluir que a
29. –
taxa de variação do volume de uma
30. – esfera é numericamente igual à área
da mesma esfera e, em consequên-
cia, a taxa de variação do volume
31. de uma esfera é tanto maior quanto
maior for a sua área.
4.
5.
5.1 A massa de combustível é 0,8×150 =
120 toneladas. Como o combustível
é consumido à taxa de 0,75 t/s, o
combustível dura 120 ÷ 0,75 = 160
94 Soluções
segundos. Como v está definida 9.3
desde o arranque do foguetão até
se esgotar o combustível, conclui-se
que t pertence ao intervalo [0, 160]
5.2 O valor da taxa de variação média
quer dizer que, no intervalo dado, a
velocidade aumenta em média 0,05
km/s por cada unidade de tempo.
6.
6.1 L(0) = 0 ⇔ k = −2
6.2 901 peças
6.3 Porque a derivada de L é sempre
positiva, o lucro vai sempre au-
mentando, mas porque a segunda 9.4 A companhia tem que conhecer
derivada é sempre negativa a ve- qual o consumo máximo simultâneo
locidade de crescimento do lucro das duas cidades para lhes poder
é negativa, ou seja, o aumento do fornecer energia sem problemas.
lucro vai sendo cada vez mais lento. O máximo é de aproximadamente
184,1 megawatts.
7. Se considerarmos que a origem das coor-
denadas está no ponto onde a cesta inicia 10.
o seu percurso, isto é, no ponto de altura
mínima, o gráfico será do tipo 10.1
10.2 Durante os últimos três meses do
ano.
10.3 De março a setembro.
11.
11.1 1 metro
11.2 2
8. –
9.
9.1
Soluções 95
igual a zero para
3. Não há pontos onde a tangente seja pa-
ralela ao eixo dos XX e em x = 1 há uma
tangente paralela ao eixo dos YY.
4.
2(x 2 + x − 1)
5. w '(x) = w(x)×
3x(x − 2)(x 2 + 1)
6. x=1
k ln 2
11.4 t = , com k inteiro 7. x=
2 ln 3
12. π 8. Não tem solução real
13.
C3
14.
Capítulo 3 - Problemas que envolvem cál-
14.1 y = 310 + 190 sen(0,79x + 1,57) culos mais elaborados no conjunto dos nú-
meros complexos
14.2 310
1.
C2
Capítulo 2 - Problemas que envolvem cál-
culos mais elaborados no conjunto dos nú-
meros reais
2.1 ; 2.
2.2 A função é monótona decrescente
em e monótona crescente em 3.
apresenta um mínimo relativo
11w
3.1 O módulo é 2 e o argumento é
6
96 Soluções
3.2 m + ni = −cos(2α) + i sen(2α) 3 1
6. ; − + i
8 8
7. As 6 soluções são
4.
5.
5.1 8. Duas retas de equações: e
C4
1. –
2. –
3. É falsa a afirmação porque todas as fun-
ções desse tipo são pares
4. É verdadeira a afirmação porque basta
ter
Soluções 97
2. 3 –Testes de tempo limitado
logo 1. B
2. D
3. D
4. B
2.2 12h 20m 5. D
3. 6. A
3.1 0,04
3.2
T8
1.
1.1 a=6
1.2 8 anos
2. Obteve a mensagem de erro porque a
função não está definida para valores ne-
gativos de x.
3.3 105,2
3. x=7
4.
4. Assíntota horizontal para y = 0; Assínto-
4.1 Mínimo relativo para x = –1 e pon- ta vertical para x = 2
to de inflexão para x = 0.
5.
4.2 Observa-se um mínimo relativo
para x = 0 onde a primeira deriva- 5.1 A equação é impossível porque se
da se anula; observa-se um ponto P (x) = 1 significaria que no tanque
onde não há primeira derivada por só haveria trutas, mas o enunciado
a tangente ao gráfico da função ser refere que existem 300 robalos.
vertical nesse ponto; neste mesmo 5.2 100 trutas
ponto há um ponto de inflexão pois
muda a concavidade do gráfico da 5.3 A função é monótona crescente
função ao passar por esse ponto. para x > 0 e aproxima-se de 1, no
entanto, como vimos, nunca chega-
rá a ser 1. No contexto do problema
o número de trutas vai sempre au-
98 Soluções
mentando, tendendo a estabilizar a
longo prazo.
T9
1.
3.
3.1 x=1
15
3.2 x = log 2
8
4.
4.1 4
4.2 0,0000006744 mm2
4.3 A partir de 2010.
4.4 São necessários pouco mais de 8
anos.
5.
7π 3π
5.1 z 5 = 4 2 cis ; z 9 = 16 2 cis
4 4
5.2 –
1 1
6. f '(x) = − e y = − x +1
2. x2 4
T10
1. B
2. B
Soluções 99
3. D Como f ''(x) > 0, ∀x ∈ a função
tem concavidade voltada para cima
4.
em todo o e não tem pontos de
4.1 x = −1 ∨ x = 0 inflexão.
⎛ 1⎞
5.1 A ⎜ ⎟ ≈ 0.05 mg/l
⎝ 4⎠
5.2 1h 43m
5.3 Não acontece com ninguém, confor-
ma se pode observar no gráfico
⎛ −9 9
⎞ 3x x 2
⎜ 3e 32 − ⎟ −
10. f '(x) = ⎜ − e 32 ⎟ e 4 2
⎜⎝ 4 ⎟⎠
6. 3
f '(x) < 0 ⇔ x >
4
6.1 7
11.
⎛ 6⎞
6.2 loga ⎜ ⎟ 11.1 15 é a quantidade de anfetaminas
⎝x⎠ existente no corpo no instante em
que a substância é ingerida.
1,19 dá-nos a rapidez com que as
1 anfetaminas se vão reduzindo no
7. x=
2 corpo humano.
11.2 Ao fim de duas horas existem
8. P(t) = 24000 × e −0.12x + 2500 ; No ano de 10,59 miligramas de anfetaminas.
A meia-vida é de aproximadamen-
2020, t = 60 , logo, P(60) = 2518 te 4 horas.
9.
12. f ''(x) = a(a − 1)x
a −2
9.1 f '(0) = 2
Como o domínio é + verifica-se que
9.2 f ''(x) = e x
x a −2 > 0, ∀x . Dado que a > 1 o sinal do
100 Soluções
fator a(a − 1) é positivo logo a segunda
derivada é sempre positiva e consequente-
mente a concavidade está sempre voltada
para cima.
T11
1. B
2. C
3. C
4. A
5. B 1 3
2. f (x) = e −2x + x +
6. B 2 2
T13
1.3 {−2, 0}
Teste 13 – Global - Resposta aberta
1
2.
1. 2
Soluções 101
3. 3. A
3.1 f '(1) = 2 4. A
e t (t − 1)
8.2 f '(t) = , como t ≥ 1 , o fa-
t2
tor t − 1 é sempre não negativo o
que garante que f é crescente em
[1, +∞[.
9. –0,26
4. 2,67
1
π 10. Temos g(x) = sen(πx) + x . Função ím-
5. r = 1+ 3 ; θ = − 2
6
par sem assíntotas, tem máximos relati-
6. vos em x = α + 2k e mínimos relativos
em x = −α + 2k com α aproximada-
6.1 16,52 milhões mente igual a 0,72 e k um inteiro qual-
6.2 f '(3) = 0,759 significa que ao fim quer. Concavidade voltada para cima nos
de 3 horas os microrganismos ainda intervalos ⎤⎥−1 + 2k,2k ⎡⎢ para todo o k in-
⎦ ⎣
estão a crescer.
teiro. Pontos de inflexão para x = −1 + 2k
6.3 f (t) > 13 ⇔ 0,84 < t < 5,47 e x = 2k para todo o k inteiro.
6.4 3,58 milhares
7. a =b = π
T15
Teste 15 – Global
1. D
2. B
102 Soluções
11.
11.1 6720
11.2 1680
11.3 5040
Soluções 103
Síntese
Um resumo do essencial
Teorema da unicidade do limite: Se uma função tem limite num ponto então esse limite
é único.
Teorema - Operações com limites
a) O limite de uma função constante é a própria constante, isto é, se L for um número real
lim L = L
x→a
c) Sendo , com L número real, e sendo k outro número real, temos que
⎛ 1 ⎞ 1 ⎛ f (x) ⎞ L
lim ⎜ ⎟ = lim ⎜ ⎟ =
⎝ g(x) ⎠ M x→a ⎝ g(x) ⎠ M
x→a
104 Síntese
g) Sendo com f(x) ≥ 0 num intervalo aberto contendo a e sendo p um número
tal que e tal que os termos da sucessão sejam inferiores a a se tenha que
Teorema - limites laterais: Temos que o limite de uma função f quando a variável indepen-
dente tende para a é L, se e somente os limites laterais esquerdo e direito de f no ponto a são
ambos iguais a L.
Indeterminações
ex − 1 ln(x + 1) loga x ax
lim =1 lim =1 lim =0 lim = +∞
x→0 x x→0 x x→+∞ xp x→+∞ xp
Síntese 105
Assíntotas
Uma reta de equação y = b, com b ∈ , diz-se uma assíntota horizontal do gráfico de uma
Uma reta de equação x = k, com k ∈ , diz-se uma assíntota vertical do gráfico de uma
x→+∞
( ) ( )
tivermos lim f (x) − (ax + b) = 0 ou tivermos lim f (x) − (ax + b) = 0 .
x→−∞
Função contínua num ponto: Seja f uma função definida num intervalo aberto contendo o
ponto a (ou num intervalo fechado com extremidade no ponto a). Dizemos que a função f é
contínua no ponto x = a se e somente se lim f (x) = f (a) .
x→a
Continuidade lateral: Diremos que uma função f é contínua à direita num ponto x =
a do seu domínio se e somente se lim f (x) = f (a) .
x→a +
Diremos que uma função f é contínua à esquerda num ponto x = a do seu domínio se
e somente se lim f (x) = f (a) .
x→a −
Continuidade num intervalo: Diremos que uma função f é contínua no intervalo aberto
]a,b[ se f for contínua em todos os pontos desse intervalo. Diremos que f é contínua no inter-
valo fechado [a,b] se f for contínua em todos os pontos do intervalo aberto ]a,b[, for contínua
à direita no ponto x = a e for contínua à esquerda no ponto x = b.
Função contínua (no seu domínio): Uma função diz-se contínua se for contínua em todos
os intervalos que constituem o seu domínio.
Lista de algumas funções contínuas
a) Funções polinomiais
b) Função módulo
c) Funções racionais em intervalos que não incluam os zeros do denominador
106 Síntese
d) Função exponencial
e) Função logarítmica
II. Seja f uma função contínua num intervalo fechado [a,b] e suponhamos que .
Então a função f tem (pelo menos) um zero no intervalo ]a,b[.
Derivada: Seja f uma função definida num intervalo aberto contendo o ponto fixo a. Por de-
f (a + h) − f (a)
finição, a derivada da função f no ponto a é o valor f '(a) dado por f '(a) = lim
h→0 h
desde que o limite exista (isto é seja um número real). Diz-se que a derivada é infinita se o
limite for igual a +∞ ou for igual a –∞. Quando existe derivada e a derivada não é infinita,
diz-se que temos uma derivada finita. A função f diz-se derivável no ponto a se e somente
se existe (isto é, é um número real) a derivada de f no ponto a.
Se f for uma função derivável em todos os pontos do intervalo ]a,b[ então a função que a cada
ponto x de ]a,b[ faz corresponder f '(x) é a função derivada de f e designa-se simplesmente
por f ' .
A derivada lateral direita da função f no ponto a é o valor f 'd (a) dado por
f (a + h) − f (a)
f 'd (a) = lim
h→0+ h
desde que o limite exista (isto é seja um número real). Diz-se que a derivada lateral direita
é infinita se o limite for igual a +∞ ou –∞.
Teorema - derivadas laterais: Existe derivada num ponto se e somente se as derivadas la-
terais nesse ponto existem e são iguais. Ou seja, f '(a) existe, se e somente se f 'd (a) e f 'e (a)
existem e são iguais. O mesmo se pode dizer se a derivada for +∞ ou –∞.
Teorema - Derivabilidade e Continuidade: Uma função que seja derivável num ponto é
Síntese 107
contínua nesse ponto.
Teorema - Derivada do produto de uma constante por uma função: (kf )' = kf '
⎛ f ⎞ ′ f '× g − f × g '
Teorema - Derivada do quociente de duas funções: ⎜ ⎟ =
⎝g⎠ g2
1 1
(e )' = e ln'(x) = (a x )' = a x lna loga′ (x) =
x x
x x lna
Reta tangente: A equação da reta tangente ao gráfico da função f no ponto (a,f (a)) é dada
por
Se a derivada de uma função é (estritamente) positiva num intervalo aberto, a função é (es-
tritamente) crescente nesse intervalo, e se a derivada for (estritamente) negativa a função é
(estritamente) decrescente nesse intervalo.
O Teorema de Fermat diz que se uma função é derivável num intervalo aberto e se tem um
extremo relativo num ponto desse intervalo, então a derivada é nula nesse ponto. Os pontos
onde a derivada se anula não são necessariamente pontos onde há extremo (basta pensar na
função g(x) = x que tem derivada nula para e contudo não tem aí extremo).
3
Se a função g = f ' for derivável então à função derivada de g chamaremos a segunda deri-
vada de f e designamo-la por f '' .
Se a função h = f '' for derivável então à função derivada de h chamaremos a terceira deri-
vada de f e designamo-la por f ''' .
Teorema - Monotonia e derivadas: Num intervalo aberto a função f ’ é crescente se e so-
mente se f ’’ ≥ 0 nesse intervalo. Num intervalo aberto a função f ' é decrescente se e somente
108 Síntese
intervalo a segunda derivada de f é negativa ou nula.
Ponto de inflexão: Diz-se que o ponto (a, f (a)) é ponto de inflexão do gráfico de f se exis-
tirem intervalos abertos ]a1,a[ e ]a,a2[ tais que os sentidos da concavidade nesses dois intervalos
sejam contrários.
Círculo trigonométrico: é um círculo de raio unitário cujo centro está colocado na origem
de um referencial ortonormado XOY e onde se podem traçar facilmente os valores do seno, do
cosseno e da tangente de qualquer ângulo. Basta considerar um triângulo retângulo com ca-
teto assente no semieixo OX de modo que um dos vértices fique na origem e o terceiro vértice
sobre a circunferência do círculo trigonométrico. O seno do ângulo α feito pelo cateto sobre
o semieixo OX e pela hipotenusa é a ordenada do terceiro vértice, o cosseno de α é a abcissa
do terceiro vértice e a tangente de α é a ordenada do ponto obtido por interseção entre o lado
extremidade do ângulo e a reta perpendicular ao eixo dos XX e tangente ao círculo trigono-
métrico (a linha da tangente).
Síntese 109
assíntotas verticais
Limites nos
não existem não existem não existem
ramos infinitos
um máximo para
e um mínimo
π
Extremos em
x=
um máximo para x = 2π e
2 não tem extremos
]0, 2π] um mínimo para x = π
para x =
3π
2
y y
y y y y
y
y y 2 2
2 2 2 2
2
2 2 1
1
1
Gráfico
1 1 1 1
1 1 0
0
0
x
0 0 x 0 x 0 x
π 3π x5 π π3 π π7 π 3 π 5π 3π 7π
5 π 3 π 70π x5 π π3 π π7 π 3 π 5π 3π 7π π 2π π
x π
0 π 3π x5 π π3 π π7 π 3 π π 3π 3 π– 1 5π 3π 7π –π 1
2 ππ 2 2π π 4 2 4 2π 4 42 24 4 4 2 4
π
2π π 3 π– 1 5π 3π 7π –1
π π
3 π– 1 5π 3π 7π –π 1 2π 4 4 2 2 4 4 4 2– 1 4 4
π π π
4 2 4 4 2 4 4 2 4 2 4 4 2 4
π
4 2 4 2π 4 2 4
π π
–1
π
–1 4 2 4 4 2 4
π
4 2 4 4 2 4 –2 –2
–2 –2 –2 –2
–2
–2 –2
−a = a −1 = i a
110 Síntese
Subtração de números complexos: Se e são dois números complexos, então
z1
O quociente dos dois números é (cos(θ1 − θ2 ) + i sen(θ1 − θ2 )) .
ρ1
=
z2 ρ2
Fórmula de Moivre: Seja n um número natural e z um número complexo cuja forma trigo-
θ + 2kπ
z k = n ρ cis com .
n
Síntese 111
Principais domínios planos:
112 Síntese
Jaime Carvalho e Silva
Professor Associado do Departamento de Matemática da Faculdade de Ci-
ências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Licenciado e Doutorado
em Matemática pela Universidade de Coimbra, estudou na Universidade
de Paris 6. Foi professor visitante na Arizona State University (EUA) e
é Secretário-Geral da Comissão Internacional de Instrução Matemática
(2009-2012).
Vladimiro Machado
Professor de Matemática do Ensino Básico e Secundário há 30 anos, licen-
ciado em Matemática, ramo de formação Educacional, pelo Departamen-
to de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Obra em 2 volumes
Mestre em Ensino da Matemática pelo Departamento de Matemática da
(Não é permitida a venda em separado)
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Edição dE autor