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Vestibular do IME
Material Complementar 1:
Soluções de Desenho
Geométrico
⃝2014,
c Sergio Lima Netto
sergioℓn@smt.ufrj.br
Esse material inclui as soluções de diversas questões de desenho geo-
métrico que apareceram nas provas do vestibular do IME ao longo dos anos.
Em particular, as questões aqui resolvidas são as:
• 1971/1972: Questões 6, 7, 8, 9 e 10.
• 1966/1967: Questão 2.
• 1965/1966: Questão 1, Itens (a), (b), (c), (d), (e) e (f), e 2, Itens (a) e
(b).
C2
C1
6
r1
2
O2 r1
t P
O
√
4 3
C1
C2 D
A
5
3
120o
B 5 C
t
T
M
b
C1
p
c
F′ O F
b
6,5 cm
a
c
M3
M2
a
P
ℓ
M1
O X
Pt
t1
B
t2
a≡b
c
2 A
F′ A′ O F
bB
B′
120o B
A P
120 o
120o
C
desejado ∆ABC.
A N
A′′
B
A′
M
B ′′
B′
O
S ′′ O′
S C ′′
C′
P
C
h2
h
B C
h1
h b
b1 h1
F G
b2 h2
A D E H
hb h1 b1 h2 b2 h1 b1 − h2 b2
= − ⇒b=
2 2 2 h1 − h2
sln: Existem infinitas soluções que satisfazem as condições do problema.
IME 1969/1970 - Desenho
IME 1969/1970, Questão 1, Item 1 [valor 1,5]:
Construção (fornecida por Nikolaos e Bernard Gilbert, via Luís Lopes):
(i) Determine o ortocentro H do triângulo ∆BCD; (ii) Determine o ponto
médio O de HA, centro da hipérbole desejada; (iii) Sendo P o ponto mé-
dio de BC, trace C1 ≡ (P, P O), cujas interseções com BC são os pon-
tos P1 e P2 tais que OP1 e OP2 são as assíntotas, cujas bissetrizes são
os eixos da hipérbole; (iv) Trace uma perpendicular ao eixo transverso
√ por
B,
√ determinando B 1 e B 2 sobre as assíntotas, de modo que c = a 2 =
2(BB1 × BB2 ) = OF = OF ′ , o que permite determinar os focos F e F ′ .
B1
C1
a P P2 C
B P1
F H
c O
A F′
B2
d2 θ2 P
θ2
θ1
r2
T1 T T
d1 d2
r1 T2
r2
O1 D O2
C1 P C2
100o
r1
r2
D 50o
O1 x1 O2
x2 x3
40o
r1
d2 T
d1
r2
de modo que
T 2 −r1 r2 T (r1 +r2 )
cos(θ1 +θ2 ) = ⇒ sen(θ1 +θ2 ) =
d1 d2 d1 d2
Com isto, da segunda equação do sistema, tem-se
D2 = d21 +d22 −2d1 d2 [cos(θ1 +θ2 ) cos 100o+ sen(θ1 +θ2 ) sen100o ]
[ ]
= d21 +d22 −2 (T 2 −r1 r2 ) cos 100o +T (r1 +r2 ) sen100o
Assim,
√ √
2(r1 +r2 )sen100o ± ∆ 4(r1 +r2 )sen50o cos 50o ± ∆
T= =
4(1−cos 100o ) 8sen2 50o
pois sen100o = 2sen50o cos 50o e (1−cos 100o ) = 2sen2 50o , com
Logo,
√
(r1 +r2 ) cos 50o ± −(r1 − r2 )2 sen2 50o + D2
T =
2sen50o
IME 1969/1970, Questão 1, Item 3 [valor 0,5]:
Construção: (i) Reflita um ponto S1 qualquer pelos pontos M , N , P , Q e R
dados, gerando os pontos S2 , S3 , S4 , S5 e S6 , em seqüência; (ii) Determine
o vértice A, ponto médio de S1 S6 ; (iii) Reflita o ponto A pelos pontos M , N ,
P , Q e R dados, gerando os demais vértices B, C, D e E do pentágono
desejado.
E
S6
R S5
Q
A
S4
S1 D
M
P
S2
B N C
S3
M
x2
x1
O
x3
x1
C′
x2
5 cm
x3
x2
2
C M C′
P x Q
ℓ h
A R S C h
2
ℓ
C′ C A′ A′′ B
B C
D1 D
E b
A′
a
G
A
b
D′ B′
D2 C′
PM ′
M′
PM ′′
P M ′′
P ′′
N ′′
PN ′′
N′
PN ′
N PN
C1 B
M1
B′
P1
Am
C
D′
M2
2 cm r
3 cm d
ℓ
r r r
C1
d
b V F
A
F1
C1 C2
B′
T
A′ F′ O F A
∆
∆1
t F1
B′
C4 M′
M
x
3 cm r
′
A ′ F O F A
x ∆
r O′
C3
B
2a = F ′ F1 = F ′ T + T F1 = F ′ T + T F.
Assim, T pertence à elipse, sendo de fato o ponto de contato da tangente
∆, caso-limite das secantes de mesma direção. Neste limite, T pode ser
visto como o ponto médio das interseções de ∆ com a elipse. Traçando pelo
centro O uma secante paralela à ∆, o ponto médio das interseções desta
secante com a elipse, por simetria, é o próprio centro O. Assim, T e O
determinam a direção dos diâmetros conjugados à direção ∆.
2
(c) A corda focal tem comprimento F M = ba , sendo perpendicular a F F ′ . A
tangente t em M é a mediatriz de M ′ F , onde M ′ é a interseção do prolonga-
mento de F ′ M com o círculo diretor C3 ≡ (F ′ , 2a). Para que a cirunferência
desejada seja tangente à elipse em M (extremo superior da corda focal),
seu centro O′ deve estar na perpendicular à tangente t. Igualando
√ as áreas,
tem-se que o raio da circunferência desejada é dado por r = ab.
IME 1965/1966 - Desenho
IME 1965/1966, Questão 1, Item (a):
Construção: (i) Trace o arco-capaz C1 do ângulo de 45o relativo à hipote-
nusa BC = 9 cm; (ii) Trace o círculo C2 ≡ C(C, 12 cm), cuja interseção com
C1 são os pontos A′ ; (iii) Trace o arco-capaz C3 do ângulo de 90o relativo à
hipotenusa BC, cuja interseção com os segmentos CA′ é o vértice A.
A′
C1
C2
A′
A A
C3
B 45o C
C4 C3
P2
C
P4
D
ℓ5
B C2
E
A P1
C1
C5
P5
O
B
O1
P1
C1
P2
O2
C2
C3
r y0 s
R P
y0
V x
f f F
R2
k
f= 4
S2
P2
ay 2 + (b − α)y + (c − β) = 0,
de modo que o ordenada média das interseções é dada por
y1 + y2 α−b
= .
2 2a
Assim, retas paralelas, com mesmo coeficiente angular α, geram interse-
ções com mesma ordenada média, o que permite determinar a direção do
eixo da parábola. Uma perpendicular a esta direção intercepta a parábola
em dois pontos, cuja mediatriz x é o eixo desejado, que intercepta a parábola
dada no vértice V da mesma.
Traçando eixos coordenados com origem no vértice V , um ponto (x0 , y0 )
y2
da parábola é descrito por x0 = k0 . O foco F ≡ (f, 0) é tal que
y02 k
(f − x0 )2 + y02 = (f + x0 )2 ⇒ y02 = 4f x0 ⇒ f = = .
4x0 4
IME 1965/1966, Questão 1, Item (f):
Construção: (i) Trace o triângulo equilátero ∆ABC de lado 8 cm e marque
os pontos F , médio √de BC, e F ′ , simétrico de A em relação a F , de modo
que AF = F F = 4 3 cm; (ii) Trace o círculo diretor C1 ≡ (F ′ , 12 cm); (iii)
′
C1
B F C
F′
C1
B
T C2
C4
θ
O
O1 O2
C3 C
Construção (item (b)): (i) Seja o trapézio ABCD determinado no item an-
terior, de altura h e base média b; (iii) Construa um triângulo equilátero
√ de
√
lado h cuja altura é H = h 2 3 ; (iv) Determine a grandeza ℓ6 = 2b 2H
3 3 ; (v)
Trace circunferência de raio ℓ6 e trace hexágono inscrito de lado também ℓ6 .
Justificativa: A equivalência das áreas ST do trapézio, de base média b e
altura h, e SH do hexágono, de semi-perímetro p6 , apótema a6 e lado ℓ6 , é
obtida para
{ √ √
ST = bh 2bh 3
√ ⇒ ℓ6 =
SH = p6 a6 = 3ℓ6 ℓ6 3 3
2
A
ℓ6
2b
3 2H
3
ℓ6
C
h
c b
a
C1 M′ B′
T
t L′
A O
F A′
L F′
L1 Q′
B M
M′ B′
t L′ t1
A O
F A′
L F′
L′1
r2 r1′
r1 25o r2′
25o 25o
B M 25o
Fh Fh′
Ah Oh A′h
V4
V5′
V4′ ℓ5
2
C5 r
C4
C1
V1′ V1 ℓ5 V1′′
C3 O 2
C2
V3′
V3 V2′
V2
45o
F 8 cm P
37