Você está na página 1de 7

1 – Introdução

As organizações estão sempre passando por continuas transformações e desafios sempre


visando melhorar sua capacidade de enfrentar desafios e tirar vantagem competitiva para atuar no
mercado. Essas mudanças atingem a área de TI sempre alterando sua infra-estrutura seja de
hardware ou de software. Para se ter uma rápida reação ao mercado e suas exigências para se
enfrentar desafios é necessário estar sempre atento as tendências que surgem de hardware e
software. Este trabalho pretende analisar algumas dessas tendências como forma de melhorar a
infra-estrutura de TI e se adaptar as necessidades dinâmicas das organizações modernas.

2 - Tendências de Hardware e Software


2.1 - Tendências de Hardware
O aumento da capacidade dos hardwares,seja para processamento seja para transmissão de
dados(redes) vem afetando o modo como as empresas planejam sua infra-estrura física de TI. Para
isso, a análise de novidades e o acompanhamento de tendências de hardware é imprescindível para
um melhor planejamento.
Analisaremos três tendências com foco em hardware: integração de plataformas de
computação e telecomunicação, edge computing e computação autônoma.

2.1.1 - Integração de plataformas de computação e telecomunicação

O papel que o hardware assume na infra-estrura de TI vem mudando graças a tendência de


se unir as plataformas de computação e telecomunicações.
Dispositivos antes que desempenhavam um papel específico de processar dados
(computação) vem ganhando funcionalidades para permitir o uso, do mesmo, na área de
telecomunicações. Ao mesmo tempo que o hardwares que eram de uso exclusivo para
telecomunicações vem assumindo cada vez mais o papel de dispositivos de computação.
Isto pode ser notado claramente na maneira como os celulares vem tomando características
de computadores de mão ou PDA(Personal Digital Assistant). Modelos que integram hardware
com diversas funções estão ficando mais comuns permitindo o uso de um único dispositivo para
comunicação,processamento e entretenimento (players de áudio e vídeo,câmeras ,etc).
A junção dessas plataformas facilita o gerenciamento da estrutura de hardware que compõe a
TI de uma organização, permite uma maior facilidade(mobilidade e diferentes interfaces) no acesso
a informação , reduz custos na aquisição de equipamentos e com isso gera aumento de
produtividade.

Caso de uso : Smartphones protagonizam gestão das obras da Andrade Gutierrez

O Grupo Andrade Gutierrez foi fundado em 1948, em Belo Horizonte, hoje é um dos
maiores grupos privados da América Latina, com atuação nos setores de Engenharia e Construção,
Telecomunicações, Energia e Concessões Públicas.
Até pouco tempo atrás a Andrade Gutierrez tinha de administrar diariamente uma montanha
de papéis com informações sobre mão de obra e máquinas e equipamentos para construção,
alocados nas obras.
Com a adoção da plataforma ConstruMobil, desenvolvida pela empresa Simova, e de mais
de três mil smartphones a construtora entrou na era da mobilidade e implodiu os antigos processos.
Agora, os funcionários inserem as informações em um software com filtros pré-
configurados no smartphone. Os dados são enviados, em tempo real, a partir da rede de telefonia
móvel da Oi aos servidores da construtora. Eles são visualizados na web pelos gestores, que usam
login e senha para acessar o sistema. A escolha por smartphones, segundo Rodrigo Fernandes de
Barros engenheiro da área de Planejamento e Controle da Construtora Andrade Gutierrez, não foi ao
acaso. “Seu uso é amplamente conhecido e o custo é mais acessível em comparação aos palms ou
tablets”, avalia. Para o executivo, a inovação tem garantido uma gestão eficiente dos equipamentos
e da mão de obra nos canteiros do país.
A inovação beneficia dezoito obras espalhadas por todo o Brasil, entre elas a modernização
do Maracanã, no Rio de Janeiro, e o Arena Amazônia, em Manaus, estádio em construção para a
Copa de 2014.

2.1.2 - Edge Computing


O Edge Computing fornece um balanceamento de carga para aplicações baseadas na Web,
onde partes significativas do processamento e lógica são passados a servidores próximo ao usuário
da aplicação.
Em uma aplicação edge computing, os servidores edge inicialmente processam a requisição
do computador cliente do usuário. Então componentes de apresentação,como conteúdos de uma
página Web estática, os fragmentos de códigos reutilizáveis e os elementos interativos reunidos em
formulários são apresentados ao cliente pelo servidor.
A imagem abaixo apresenta um esquema de típico de Edge Computing em três camadas:

Neste esquema temos o cliente como a primeira camada que faz uma requisição na aplicação
Web. Esta requisição e é enviada pela internet para algum servidor que compõe a rede edge
contratada. O servidor escolhido deve ser o mais próximo do cliente. Os servidores edge, por sua
vez, consulta as regras de negócio, os dados da empresa e a interface de apresentação na plataforma
de computação da empresa faz o processamento e devolve ao cliente.
O uso de edge computing transfere a demanda de se ter hardware mantidos e gerenciados
pela organização para uma terceira que garante a infra-estrutura necessária para se fazer o
processamento necessário da aplicação utilizada. Ainda assim é necessário uma estrutura onde é
mantido os dados da empresa e a aplicação contendo a lógica ,dados e interface com o sistema.
Mas isso também pode ser transferido para empresas de datacenters externas.

Caso de Uso: Audi gera satisfação a clientes e revendedores em todo mundo com a aceleração
de seu conteúdo Web

A Audi está entre as marcas mais premiadas da indústria automotiva mundial. O sucesso dos
carros desta fabricante não é só devido a qualidade e ao design elegante do seu modelos, mas
também a uma forte marca presente. O site da empresa desempenha um papel importante na criação
de uma conexão emocional entre clientes e a marca Audi. O portal www.audi.com serve com
interface entre a sociedade e a marca Audi atraindo milhões de visitantes mensais.
A alguns anos tornou-se evidente, que a velocidade de download do site, que estava
hospedada centralmente na Alemanha não condizia com os elevados padrões estabelecidos pela
empresa.” O carregamento da página em vários pontos do mundo contradizia ao dá marca Audi que
são carros rápidos e confiáveis”,explica Marcel Aslund responsável de marketing online e portais de
clientes da Audi. Clientes de várias partes – Estado Unidos,América Latina e Ásia- reclamavam da
lentidão para se fazer acesso as páginas. Usuário do site na Coréia do Sul tiveram que esperar até 80
segundos para abrir uma página apesar do país inteiro estar ligado a redes de banda larga.
A Audi necessitava manter sua presença Web cumprindo alguns requisitos essenciais como
manter uma de tempo e custo de sua infra-estrutura Web, melhorar tempo de resposta do site para os
usuários em todo o mundo,aumento da performance do Sistema de gerenciamento de
Conteúdo(CMS),suportar campanhas de marketing e streaming de vídeos.
A fabricante de carros teria que descentralizar toda sua estrutura Web e conteúdo para
alcançar os requisitos na partes do planeta em que se tinha o problema. A descentralização ia
acarretar em compra de servidores ,instalação de software, contratação de pessoal entre outras. Isto
além de caro ia contra a estratégia da empresa de centralização.
Por isso preferiu-se a contratação da Akami, empresa especializada em edge computing de
presença mundial. Contatando com cerca de vinte e mil servidores em todo mundo e uma tecnologia
própria que prevê a distribuição de carga de processamento e conteúdo através da internet a Akami
consegui melhorar o tempo de acesso ao site da Audi fazendo o balanceamento de cargas nas áreas
em que eram necessária, e prover maior performance para atender aos outros requisitos.
Com isso a Audi evita de ter que mudar e gerenciar a estrutura de hardware que o problema
demandava.

2.1.3 - Computação Autônoma


Alguns especialistas acreditam que com sistemas compostos por milhares de dispositivos em
rede e de grande complexidade que eles serão inadministráveis no futuro. Uma forma de lidar com
esse problema sob a perspectiva de hardware é utilizar a computação autônoma.
A computação autônoma é uma iniciativa para desenvolver sistemas capazes de
configurar,otimizar e sintonizar a si mesmos, autoconectar-se quando avariados e proteger-se de
intrusos e da autodestruição.
Este tipo de iniciativa permite com que se tenha uma preocupação menor com a manutenção
do hardware existente na infra-estrutura de TI já que o próprio sistema pode é que o gerencia.
Existem várias linhas de pesquisas envolvendo grandes empresas como Microsoft,IBM e
empresas da área de segurança ,que visam desenvolver modelos de computação autônoma para
diversas áreas como controle de hardware,gerencia de rede,segurança e etc

Caso de uso:
Não encontrei um caso de uso.
2.2 – Tendências de Software
No passado os softwares eram vendidos em caixas e projetados para rodar em apenas uma
máquina. Mas com o desenvolvimento de plataformas de computação distribuídas surgem a
capacidade de desenvolvimento de softwares altamente distribuídos,ou seja, que rodem em mais de
uma máquina.
Em algumas ocasiões temos softwares onde quase não é necessário um processamento local.
Ficando por completo na Internet, todo o processo é feito nos computadores da grande rede assim o
cliente só recebe o resultado final.
Analizaremos algumas tendências para o software na estrutura de TI.
2.2.1 – Web 2.0
Web 2.0 é um termo usado para designar uma mudança onde a internet é vista como uma
plataforma para desenvolvimento de software. E utilizar das vantagens que a grande rede tem para
oferecer. Os aplicativos agora ficam na rede e as páginas não são meramente informativas mas,
oferecem serviços para o visitante.
Com a Web 2.0 começaram a desenvolver softwares que são usados pela Internet e vendidos
não em pacotes, mas como serviços, pagos mensalmente como uma conta de água. Além disso,
mudou-se a forma de fazer softwares. Para que tudo funcionasse bem na Internet, foi necessária a
união de várias tecnologias (como AJAX) que tornassem a experiência do usuário mais rica, com
interfaces rápidas e muito fáceis de usar.
Os softwares são desenvolvidos de modo que fiquem melhores quanto mais são usados, pois
os usuários podem ajudar a torná-los melhores, aproveitando da inteligência coletiva. Por exemplo,
quando um usuário avalia uma notícia, ele ajuda o software, a saber, qual notícia é a melhor. Da
mesma maneira, quando um usuário organiza uma informação através de marcações, ele ajuda o
software a entregar informações cada vez mais organizadas.

Caso de uso: Drew Martin – CIO e vice-presidente sênior da Sony Eletronics


“Ao observar que muitos de nossos funcionários já utilizavam as redes sociais para
comunicar-se entre si, percebemos que o mesmo deveria estar acontecendo com os consumidores e,
por isso, decidimos criar uma estratégia voltada à Web 2.0.
Inicialmente, o plano de colaboração contemplava um blog corporativo, o qual tinha o intuito de ser
um canal de comunicação entre os clientes e a organização. No entanto, em vez da troca de
informações entre o público e a companhia, percebemos que os consumidores estavam interessados,
mesmo, em dados sobre os produtos.
Assim, complementamos o blog com uma função de rede social, pela qual os clientes podem manter
contato com a empresa e, também, com outros consumidores – sem nossa interferência. Além disso,
percebemos que seria importante estar presente em outras comunidades virtuais e, a partir de então,
passamos a estabelecer presença no YouTube, Twitter, Flickr, entre outros.”

2.2.2 – Mashups

Mashups são um novo gênero de aplicações Web interativas que tiram partido de conteúdos
recolhidos de fontes de dados externos para criar serviços inteiramente novos e inovadores. Os
mashups estão inseridos no conceito de Web 2.0 e podem ser considerados como um dos tipos de
aplicação desse conceito.
O termo mashup foi adaptado da música pop, onde o mashup é uma nova música que é
misturada a partir das faixas vocais e instrumentais de duas músicas diferentes (geralmente
pertencentes a diferentes gêneros).
Uma aplicação mashup é composta por três participantes que estão lógica e fisicamente
separados (estão provavelmente separados por limitações de rede ou organizacionais):

• Os fornecedores de API/conteúdos: Estes são os (por vezes acidentais)


fornecedores do conteúdo a ser misturado. Os fornecedores frequentemente expõem
o seu conteúdo através de protocolos Web tais como REST, Web Services e
RSS/Atom.

• O Site Web de mashup: É aqui onde a mashup é alojada. Curiosamente, sendo aqui
que a lógica de mashup reside não é necessariamente onde é executada. Pois ela pode
ser executada no cliente através de scripts(JavaScript) ou applets.

• O browser Web do cliente: É aqui onde a aplicação é criada graficamente e a


interacção dos utilizadores tem lugar. Os mashups utilizam frequentemente a lógica
de cliente para reunir e apresentar o conteúdo recolhido.

Caso de Uso: O uso de mashup em ambiente corporativo com o ERP da TOTVS

A TOTVS é uma empresa de software, inovação, relacionamento e suporte a gestão com


mais de 26 anos de atuação. Tem mais de vinte e quatro mil e duzentos clientes, nove mil
colaboradores e está presente em 23 países.
A empresa oferece a seus clientes um ERP para gestão empresarial chamado RM. A grande
novidade é o da TROTVS incorporar ao ERP o conceito de Mashups, permitindo assim a criação de
uma infinidade de serviços agregados através de uma ferramenta visual que dispensa o uso de
linguagens de programação.
Com o uso de Mashups incorporado, o RM permite, por exemplo, consultas de CPF e CNPJ
ou obtenção de endereço à partir do CEP automaticamente durante a edição de dados. Com a
mesma facilidade, através do cadastro de fornecedores podemos validar na Receita Federal se
determinado CNPJ é válido e ainda trazer automaticamente seu endereço atualizado.

Abaixo um diagrama da arquitetura usada pela TOTVS para suportar mashups em suas
aplicações(incluindo o RM):
2.2.2 – Software Distribuídos

São softwares projetados para combinar a capacidade de processamento de várias


máquinas e integrar-se livremente a outros aplicativos na Intenet. Esta abordagem permite
tirar vantagem em quesitos como velocidade já que um software distribuído pode ser
processado mais rápido do que em um único mainframe.Além da economia de hardware já
que microprocessadores oferecem uma relação custo/desempenho melhor que os mainframes.
Com esses softwares a confiabilidade se torna maior por ele ser tolerante a falha de
hardware,ou seja, se uma máquina parar o sistema continua o processamento na outras.Além
de se poder fazer um crescimento de incremental do poder de processamento adicionando
novas máquinas.
O algoritmo de aplicações distribuídas devem sempre levar em conta o uso de
concorrências,o suporte a comunicação entre processos e a gerência de threads.

Caso de Uso: LHC@home – Um acelerador de partículas solidário


O LHC é o maior acelerador de partículas já construído. Seu principal objetivo é obter dados
sobre colisões de feixes de partículas, tanto de prótons a uma energia muito, muito grande por
partícula, ou núcleos de chumbo a energia muito grande também por núcleo. O laboratório localiza-
se em um túnel de 27 km de circunferência, bem como a 175 metros abaixo do nível do solo na
fronteira franco-suíça, próximo a Genebra, Suíça.
O LHC deve gerar mais de 15 Petabytes por ano que devem ser processados e armazenados.
Isto torna impossível a utilização de PC normais.Por isso que o CERN(“Conseil Européen pour la
Recherche Nucléaire”) desenvolveu o projeto LHC@home.
Este projeto baseia-se na criação de um software distribuído ,baseado na plataforma BOINC
que visa facilitar a computação distribuída a nível mundial.O projeto LHC@home deve unir vários
centros de pesquisa no mundo para distribuir a carga de processamento necessária para o
funcionamento do LHC.
Além de institutos de pesquisa qualquer um pode ajudar “doando” o tempo ocioso de
processamento do seu computador pessoal para a ánalise dos dados do acelerador. Par isso basta
instalar o software do LHC@home em sua máquina.
Referencias Bibliográficas

http://espaco-erp.blogspot.com/2011/04/smartphones-protagonizam-gestao-das.html
http://www.andradegutierrez.com.br

http://www.akamai.com/dl/casestudy/Akamai_CaseStudy_Audi.pdf ?curldl/casestudy/Akamai_Cas
eStudy_Audi.pdf&solcheck=1&

Colocar o livro

Você também pode gostar