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Guia Ilustrado dos Peixes

da Bacia do Rio Benevente - ES


Fábio Vieira
João Luiz Gasparini
Raphael M. Macieira
Guia Ilustrado dos Peixes
da Bacia do Rio Benevente - ES

Fábio Vieira João Luiz Gasparini Raphael M. Macieira


small.catfish@gmail.com gaspa.vix@terra.com.br raphaelmacieira@hotmail.com

Realização:
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

Vieira, Fábio, 1964-


V658g Guia ilustrado dos peixes da Bacia do Rio Benevente–ES / Fábio Vieira,
João Luiz Gasparini, Raphael M. Macieira. - Vitória, ES : GSA, 2014.
100 p. : il.; 21 cm

Inclui bibliografia.
Prefixo Editorial: 67782
ISBN: 978-85-67782-00-3

1. Peixe de água doce - Benevente, Rio, Bacia (ES) - Guias. 2. Comunidades de


peixes - Benevente, Rio, Bacia (ES) - Guias. 3. Mata Atlântica - Conservação. 4.
Benevente, Rio, (ES) - Conservação. I. Gasparini, João Luiz, 1969-. II. Macieira,
Raphael Mariano, 1981-. III. Título.

CDU: 597.2/.5

Sugestão para citação bibliográfica: 


Vieira, F., Gasparini, J. L. & Macieira, R. M. 2014. Guia ilustrado dos peixes da
bacia do rio Benevente - ES. ACQUA Consultoria e Recuperação de Ambientes
Aquáticos Ltda/São Joaquim Energia S.A., Vitória. 100 p. ilust.

Projeto gráfico: Impressão e acabamento:


Condições de uso:
Copyright © 2014 Autores/Editores. As fotos e os textos desse Guia podem
ser reproduzidos e/ou traduzidos desde que solicitada autorização aos autores/
editores ou seu representante legal.
SUMÁRIO
Prefácio........................................................................................................................... 4
Apresentação.................................................................................................................. 5
Introdução...................................................................................................................... 6
A Bacia do Rio Benevente.............................................................................................. 8
Material e Métodos........................................................................................................ 14
Os Peixes da Bacia do Rio Benevente........................................................................... 18
CHARACIFORMES..................................................................................................................................................................................... 24
CYPRINIFORMES....................................................................................................................................................................................... 42
CYPRINODONTIFORMES.......................................................................................................................................................................... 44
GYMNOTIFORMES.................................................................................................................................................................................... 48
PERCIFORMES........................................................................................................................................................................................... 51
PLEURONECTIFORMES............................................................................................................................................................................. 62
SILURIFORMES......................................................................................................................................................................................... 64
SYNGNATHIFORMES................................................................................................................................................................................ 83
SYNBRANCHIFORMES............................................................................................................................................................................. 86

Conservação da Bacia do Rio Benevente...................................................................... 88


Agradecimentos.............................................................................................................. 94
Material testemunho...................................................................................................... 96
Glossário......................................................................................................................... 97
Referências bibliográficas............................................................................................. 98
Prefácio
Por iniciativa do IEMA - Instituto Estadual do Meio Ambiente do Estado do Espírito Santo, em parceria com a São Joaquim Energia S.A.,
os estudos acerca da ictiofauna do Rio Benevente, iniciados ainda no ano de 1998, estão materializados nesse Guia, criteriosamente elaborado
pelo biólogo Fábio Vieira e equipe.

Os autores apresentam tanto à população do estado do Espírito Santo quanto à comunidade científica o conhecimento desenvolvido e acumulado
ao longo dos anos, conferindo contornos práticos e ganhos objetivos em prol do Meio Ambiente.

BRASIL PCH S.A.


A Diretoria.

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Apresentação
A origem desse Guia está relacionada diretamente a importância e elevado interesse na divulgação científica dos dados levantados durante o
Programa de Monitoramento da Ictiofauna da Pequena Central Hidrelétrica de São Joaquim, instalada no trecho médio da bacia do rio Benevente,
município de Alfredo Chaves. A importância de tornar esses dados ampla e facilmente acessíveis culminou com a solicitação do IEMA, em
18 de novembro de 2012, explicitada na Condicionante 11. b da renovação da Licença de Operação nº 299/2012, cuja redação é dada por:

“Realizar a publicação dos dados anteriores deste monitoramento em revista científica e divulgação desses via catálogo
educativo para as entidades e organizações de interesse (comunidades científica, do entorno da PCH São Joaquim e agentes
sociais atuantes na Bacia do Rio Benevente)”.

Embora a Condicionante 11. b fosse muito clara em relação à abrangência geográfica do “catálogo” a ser elaborado, nos valemos da
receptividade e interesse técnico científico dos profissionais do setor de Meio Ambiente da São Joaquim Energia S.A. e propusemos ampliar
e transformar os esforços em uma publicação bem mais abrangente. Foi desse esforço conjunto que surgiu o “Guia Ilustrado dos Peixes da
Bacia do Rio Benevente - ES”, o qual trás informações sobre 55 espécies de peixes registradas até o presente momento em toda a bacia. A
maioria dessas espécies, incluídas nativas e exóticas, habita os diferentes ambientes de água doce da bacia. As espécies de origem marinha,
embora com menor representatividade numérica, são encontradas por todo o baixo curso do rio Benevente, e algumas como o robalo e a tainha
se distribuem até pouco acima da sede municipal de Alfredo Chaves.

Apesar das limitações normais que uma publicação desse tipo apresenta, acreditamos que o objetivo de tornar a fauna de peixes do rio
Benevente melhor conhecida foi plenamente alcançado, fato que certamente irá auxiliar na conservação desse importante componente da biota
estadual. Por último, desejamos que o uso do Guia seja útil e tão prazeroso para os futuros leitores como foi para nós trabalharmos durante a
sua elaboração. Boa leitura!

Os autores

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Introdução
Os peixes constituem um grupo bastante diversificado de vertebrados com mais de 32.000 espécies, incluindo marinhas, estuarinas e de água
doce (Froese & Pauly, 2013; Eschmeyer & Fong, 2013). Para a região Neotropical as estimativas disponíveis apontam entre 6.000 e 8.000
espécies de peixes de água doce (Schaefer, 1998; Reis et al., 2003), número que permitiu considerá-la uma região megadiversa (Junk, 2007).

O Brasil é o maior país do Neotrópico e também o que abriga a maior diversidade de peixes de água doce do mundo, algo próximo de 10%
(± 3.000) de todas as espécies conhecidas (Kottelat & Whitten, 1996; McAllister et al., 1997; Froese & Pauly, 2013). Essa imensa diversidade de
peixes de água doce está relacionada diretamente a sua localização geográfica na região tropical, às suas dimensões territoriais e a quantidade
e tamanho de suas bacias hidrográficas.

Muito conhecimento foi produzido desde a publicação do “Estado da sistemática dos peixes de água doce da América do Sul” (Böhlke et al.,
1978), o que contribuiu para um melhor entendimento da ictiofauna continental brasileira. À época, a necessidade de estudos faunísticos foi
um dos principais problemas levantados. Foi sugerido que esses estudos deveriam culminar com a publicação de catálogos, livros e guias para
a ictiofauna de determinadas regiões, lacuna essa que tem sido progressivamente preenchida (e.g. Britski et al., 1988; Costa, 2002; Oyakawa
et al., 2006; Britski et al., 2007; Menezes et al., 2007). Esse tipo de conhecimento é imprescindível para que ações de conservação sejam
efetivamente adotadas, visto que o conhecimento da biodiversidade de determinada área é o passo inicial desse processo.

O Espírito Santo representa pouco mais de 0,5% do território brasileiro, com 46.077 km2 de área (IBGE, 2013), e é drenado por rios que compõem
12 bacias hidrográficas (IEMA, 2013). Nessas drenagens existem indicativos de ocorrer um número bastante elevado de espécies de peixes,
sendo que duas listagens amplas foram publicadas (Ruschi, 1965; Paiva, 2004). Na primeira, que foi publicada há quase meio século, foram

6
relacionadas 435 espécies (marinhas e de água doce), enquanto a segunda relata 154 espécies somente para ambientes de águas doces.
Entretanto, conforme discutido por Vieira & Gasparini (2007), ambas as publicações apresentam diversos problemas, o que culminou com
listagens que não podem ser usadas como estimadores confiáveis para o número total de espécies que ocorrem no estado.

Recentemente novos estudos foram disponibilizados para o Espírito Santo, onde a ictiofauna de diversas drenagens foi relacionada e
avaliada com relação a aspectos da distribuição, biologia, ecologia e conservação (Sarmento-Soares & Martins-Pinheiro, 2010; 2012; 2013;
Sarmento-Soares et al., 2012). Para a bacia do rio Benevente foram listadas 46 espécies, sendo três estuarinas e marinhas (Sarmento-Soares et
al., 2012). Complementando esses esforços, órgãos ambientais estaduais tem estimulado a produção de guias de identificação para organismos
encontrados na área de influência de empreendimentos licenciados no estado. Para os peixes os resultados podem ser vistos em pelo menos
três publicações já disponibilizadas para os rios Santa Maria da Vitória (Gasparini & Macieira, 2008), Doce (Gasparini & Macieira, 2009) e Jucu
(Almeida & Merlim, 2012).

Seguindo essa linha, este guia pretende ser uma contribuição abrangente para que técnicos e leigos possam reconhecer e identificar com maior
facilidade as espécies de peixes que ocorrem na bacia do rio Benevente. Adicionalmente e de forma sucinta foram incluídas informações sobre
os aspectos da ocorrência, distribuição e conservação das espécies, conteúdo esse que poderá auxiliar ações futuras para a manutenção desse
importante componente da biodiversidade do estado do Espírito Santo.

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A Bacia do Rio Benevente
A origem do nome do rio Benevente é controversa (Pessali, 2010). Segundo esse autor, os primeiros registros em mapas tratam-no como rio
Aldeia, possivelmente ligado ao aldeamento indígena criado pelos jesuítas junto à foz. Em 1º de janeiro de 1759 a “aldeia” foi elevada a condição
de vila e passa a se chamar Vila Nova de Benevente (atual Anchieta), e no século seguinte esse nome passa a ser adotado também para o rio.
Três hipóteses buscam explicar a mudança de nome. Origem no nome do italiano Domenico Benevento, que explorou a parte inferior do seu
curso. Outra seria a cidade de Benevento, na região da Campânia, no sul da Itália. Entretanto, não foi encontrado fato que ligue essa cidade a
de Benevente. Outra hipótese seria uma relação com a vila de Benavente, nas proximidades da foz do rio Tejo, a leste de Lisboa.

A bacia do rio Benevente (Figura 1) faz parte de um conjunto de sistemas hidrográficos de diferentes dimensões e cujo escoamento das águas se
faz diretamente para o oceano atlântico. Esse agrupamento é referenciado na literatura de diversas formas, entre as quais “Região Hidrográfica
Atlântico Sudeste” (ANA, 2013). Para Langeani et al., (2009), essa é uma forma arbitrária para agrupar sob uma mesma denominação todas as
bacias localizadas entre a desembocadura do rio São Francisco, no limite entre os estados de Alagoas e Sergipe, e a baía de Paranaguá, no
estado do Paraná. Abell et al., (2008) propuseram recentemente uma classificação mais detalhada e baseada em dados sobre a distribuição de
organismos aquáticos. Dentro dessa classificação a bacia do rio Benevente ficou inserida na ecorregião “Northeastern Mata Atlantica” (no. 328).

A área da bacia abrange aproximadamente 1.207 km² (IEMA, 2013) e inclui a totalidade dos municípios de Alfredo Chaves e Anchieta e parte
de Guarapari. Diversas publicações também incluem como integrantes da bacia os municípios de Iconha e Piúma (Alkimim, 2009; Pereira et
al., 2009; Petri, 2011; Sarmento-Soares et al., 2012; IEMA, 2013); Domingos Martins e Rio Novo do Sul (Vervloet, 2009) e Marechal Floriano
(LUME, 2013). Ao que tudo indica, essas diferenças parecem estar relacionadas por se considerar a “Região Hidrográfica do Rio Benevente”
como sendo também composta por bacias adjacentes (IEMA, 2013). Nesse Guia consideramos exclusivamente a drenagem do rio Benevente e
seus afluentes, excluindo assim sistemas litorâneos independentes e muito próximos (i.e. Lagoa de Maimbá).

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Figura 1 – Bacia do rio Benevente e respectivos pontos de amostragem da ictiofauna cujos dados foram usados para a confecção da lista de espécies
apresentada nesse Guia.

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A nascente está no município de Alfredo Chaves, na Serra do Tamanco, distrito de São Bento de Urânia em altitude superior a 1200 metros
(Vervloet, 2009; IEMA, 2013). O rio percorre cerca de 80 km e tem uma vazão média superior a 25.000 l/s (IEMA, 2013). Os principais afluentes
pela margem esquerda são os rios Salinas, Corindiba, Grande, Iriritimirim, Batatal e Caco de Pote, enquanto pela margem direita são o Santa Maria,
Maravilha, Crubixá, Joeba e Pongal (Alkimim, 2009; Moraes, 1974). No perfil altitudinal da bacia são reconhecidas duas unidades geomorfológicas
características: uma de relevo serrano que se inicia acima da sede municipal de Alfredo Chaves e outra que se estende até a foz e denominada baixada
litorânea (Alkimim, 2009) (Figura 2).

Toda a drenagem do rio Benevente se encontra inserida no bioma Mata Atlântica, formação que se encontra reduzida a 12,5 % da cobertura
original (http://www.sosma.org.br/nossa-causa/a-mata-atlantica/; Fundação SOS Mata Atlântica & INPE, 2013). Dos três municípios drenados
pelo rio Benevente, Alfredo Chaves é o que apresenta maior percentual de cobertura vegetal remanescente (Tabela 1 e Figura 3).

Junto à foz, no município de Anchieta, encontra-se um manguezal com área aproximada de 4,6 km2 e que se estende cerca de 7 km rio acima.
Embora a vegetação tenha sido suprimida em algumas áreas (Pereira et al., 2009), esse manguezal é considerado um dos mais conservados do
Espírito Santo (Vale & Ferreira, 1998; Vale, 2004).

O clima predominante nas partes mais elevadas da bacia (classificação de Köppen) é o Tropical Úmido de Altitude, enquanto nas faixas litorâneas é o
Tropical Úmido Típico (Alkimin, 2009). A pluviosidade é maior nas regiões mais altas, variando entre 1.860 e 2.020 mm anuais e diminuindo em
direção ao litoral, onde varia de 1.160 a 1.300 mm (IEMA, 2013). O período chuvoso vai de outubro a março (verão) e o seco de maio a setembro
(inverno) (Alkimin, 2009).

Tabela 1: Cobertura vegetal da bacia do rio Benevente segundo dados disponibilizados pela Fundação SOS Mata Atlântica.

Remanescentes vegetacionais da Mata Atlântica (ha) Percentual


Município Área total (ha)
Mata Mangue Restinga remanescente (total)

Alfredo Chaves 61.694,00 20.186,00 - - 33


Guarapari 59.334,00 13.220,00 376,00 548,00 25
Anchieta 40.703,00 3.786,00 509,00 - 11
Fonte: http://mapas.sosma.org.br/ - consulta em dezembro/2013

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Mata
Área natural não florestal
Mangue
Restinga
Área urbana
Mapa da Lei 11.428/06

Área de Mata Atlântica segundo Lei no 11.428/2007. Área mínima mapeada 5ha.
Fonte: http://mapas.sosma.org.br

Figura 2 – Cobertura vegetal da bacia do rio Benevente segundo dados disponibilizados pela Fundação SOS Mata Atlântica (http://mapas.sosma.org.br/ -
consulta em dezembro/2013).

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1.400
Nascente

PCH São Joaquim


1.200

Limite superior do Manguezal


1.000

Jabaquara - BR 101
Alfredo Chaves
800
Altitude (m)

Anchieta
600

400

Foz
200

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Extensão (km)

Figura 3 – Perfil altitudinal do rio Benevente. Fonte: adaptado de Alkimim (2009).

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Material e Métodos
Para a elaboração da lista de espécies incluída nesse livro foram
utilizados dados primários (coletas realizadas pelos autores) e
secundários (trabalhos técnico-científicos publicados ou não). Os
dados primários foram em sua quase totalidade obtidos nos estudos
ambientais desenvolvidos para a PCH São Joaquim, que se iniciaram
no ano 1999 (Cepemar, 1999) e continuam até o presente. Nesses
estudos foram feitas amostragens convencionais na área de influência
da referida PCH utilizando-se redes de emalhar e de arrasto, peneiras
e tarrafas, cobrindo diversos ciclos sazonais anuais (seca e chuva).

Amostragem utilizando peneira

Amostragem utilizando rede de emalhar Amostragem utilizando tarrafa


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Como fonte de dados secundários foi utilizado exclusivamente o a designação “cf.”. Com base no exposto, ao final do levantamento
trabalho recentemente publicado de Sarmento-Soares et al., (2012). geral, foram excluídas da lista final aquelas consideradas como
não sendo válidas para a área geográfica delimitada, além de erros
Adicionalmente foram consultados os bancos de dados mantidos efetivos de determinação taxonômica.
pelo CRIA - Centro de Referência em Informações Ambientais e
disponibilizado através do projeto speciesLink (http://splink.cria.org. Após a compilação e a adequação dos registros de espécies nos
br/) e no Sistema Brasileiro de Informações sobre Biodiversidade de pontos de amostragens na bacia do rio Benevente, foi possível
Peixes - SIBIP/NEODAT III (http://www.mnrj.ufrj.br/search.htm). Para elaborar uma lista abrangente cujo resultado pode ser visualizado
recuperação das informações nesses bancos de dados foram utilizadas na Tabela 2 (pág. 18).
como palavras-chave os nomes dos municípios que abrangem bacia
do rio Benevente - Alfredo Chaves, Anchieta e Guarapari. Os dados A nomenclatura científica utilizada nesta publicação seguiu os
obtidos através dessa via foram usados com restrições em função padrões adotados pelo código internacional de nomenclatura
da necessidade de confirmação da identidade taxonômica dos zoológica. Os nomes científicos e autores das espécies seguiram
exemplares depositados nas coleções, condição que nem sempre aqueles empregados nas descrições originais, atualizados através do
pôde ser atendida. “Catalog of Fishes” (Eschmeyer, 2013). O “Catalog of Fishes” também
foi empregado para a ordenação dos grupos supra genéricos, nesse
Alguns táxons que ocorrem na área apresentam problemas taxonômicos caso as Famílias e as Ordens. Os nomes populares foram usados de
amplamente reconhecidos, fato que indica uma grande possibilidade acordo com a literatura e informações obtidas em campo.
de mudanças nas denominações aqui utilizadas na medida em que
o conhecimento sobre os mesmos for ampliado. Nesses casos, Para cada uma das espécies foram obtidas informações adicionais
táxons citados para a bacia, mas sem exemplares disponíveis para sobre distribuição geográfica, status de conservação, diagnose com a
avaliação ou aqueles que não puderam ser enquadrados em nenhuma descrição de seus principais caracteres e dados sobre ecologia básica.
das diagnoses específicas disponíveis foram mantidos somente em Os dados de comprimento máximo das espécies foi obtido em Reis
nível de gênero. Aqueles com determinação taxonômica duvidosa et al., (2003) e Froese & Pauly (2013), e quando não disponível foi
devido às diagnoses específicas disponíveis não corresponderem utilizado dos exemplares registrados durante os trabalhos. O porte das
exatamente aos dados dos exemplares avaliados foram mantidos com espécies foi definido da seguinte forma: pequeno (até 15 cm); médio

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(16 a 30) e grande acima de 30 cm. O status de conservação seguiu a dicotômicas foram elaboradas para serem usadas em sequência,
determinação de categorias de ameaça das espécies segundo a lista tornando a identificação mais simples e rápida. Assim, a determinação
nacional (MMA, 2004) e do Espírito Santo (Vieira & Gasparini, 2007). de um espécime em particular obtido na bacia do rio Benevente
deve ser iniciada pela determinação da Ordem na chave específica.
Posteriormente é usada a chave para determinação das Famílias
Como utilizar o Guia
dentro de uma determinada Ordem. As chaves incluídas nesse Guia
foram formuladas para uso exclusivo na identificação de peixes que
Essa publicação foi estruturada para sistematizar as informações
ocorrem na bacia do rio Benevente. Assim, para identificação de
de forma mais ampla possível sobre a ictiofauna presente na bacia
peixes de outras drenagens devem ser usadas outras publicações.
do rio Benevente, facilitando aos técnicos e demais interessados
o reconhecimento e a identificação taxonômica das espécies que
Após determinação da família, a identificação em nível específico
ocorrem na região. De forma a auxiliar os futuros usuários nessa
é feita por comparação direta com o material ilustrativo para cada
tarefa, foram elaboradas chaves dicotômicas para identificação das
uma das espécies representadas no guia. Não foram elaboradas
Ordens e Famílias. Para aqueles não familiarizados com o uso de chaves para espécies em função da necessidade de usar caracteres
chaves de identificação, o procedimento básico consiste em comparar muito particulares e por vezes dependentes de preparação anatômica
características contrastantes dos peixes. Essas características são especial para visualização. Em função dessa limitação prática, para
organizadas em passos duplos e sequenciadas na chave e permitem, os futuros usuários foi incluída uma fotografia de um espécime
quando se chega ao final de uma sequência de passos, identificar representativo, o que auxiliará o reconhecimento visual da mesma.
em determinado nível taxonômico o organismo que se tem as mãos. Adicionalmente, uma breve descrição das características da mesma
também foi incluída. Essa descrição não representa uma diagnose
Devido à abrangência de uso que se pretende para esta publicação, completa, a qual poderá ser consultada no trabalho onde a espécie
tanto por leigos interessados em peixes como por técnicos, as chaves foi formalmente proposta.

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Os Peixes da Bacia do Rio Benevente
Tabela 2: Espécies de peixes registradas na Bacia do Rio Benevente - ES
ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR
Hypomasticus cf. thayeri (Borodin, 1929) timburé
Anostomidae Leporinus cf. steindachneri Eigenmann, 1907 piau
Leporinus macrocephalus Garavello & Britski, 1988 piauçu
Bryconidae Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829) matrinxã
Astyanax cf. intermedius (Jenyns, 1842) piaba, lambari
Astyanax sp. 1 (grupo “bimaculatus”) piaba, lambari
Astyanax sp. 2 piaba, lambari
Characidae
Astyanax sp. 3 piaba, lambari
Characiformes Hyphessobrycon cf. bifasciatus Ellis, 1911 piaba
Oligosarcus acutirostris Menezes, 1987 bocarra, piaba-cachorro
Crenuchidae Characidium cf. timbuiense Travassos, 1946 canivete
Curimatidae Cyphocharax gilbert (Quoy & Gaimard, 1824) sairú
Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix & Agassiz, 1829) morobá, marobá
Erythrinidae Hoplias cf. intermedius Günther, 1864) trairão
Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) traíra
Prochilodontidae Prochilodus cf. lineatus (Valenciennes, 1837) curimatã, curimba
Prochilodus vimboides Kner, 1859 curimatã, curimba
Cypriniformes Cyprinidae Cyprinus carpio Linnaeus, 1758 carpa
Phalloceros cf. harpagos Lucinda, 2008 barrigudinho, guaru
Cyprinodontiformes Poeciliidae Poecilia reticulata Peters, 1859 guaru, lebiste, barrigudinho, guppy
Poecilia vivipara Bloch & Schneider, 1801 barrigudinho, guaru
Gymnotidae Gymnotus sp. (grupo “carapo”) sarapó, peixe-faca
Gymnotiformes
Sternopygidae Eigenmannia cf. virescens (Valenciennes, 1836) sarapó, peixe-faca

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ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE NOME POPULAR
Centropomus parallelus Poey, 1860 robalo, robalo-peba
Centropomidae
Centropomus undecimalis (Bloch, 1792) robalo, robalo-flecha
Crenicichla lacustris (Castelnau, 1855) jacundá
Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) cará, acará
Tilapia rendalli (Boulenger, 1897) tilápia
Perciformes
Dormitator maculatus (Bloch, 1792) morêia, tição-de-fogo
Eleotridae
Eleotris pisonis (Gmelin, 1789) morêia
Gobiidae Awaous tajasica (Lichtenstein, 1822) morêia; peixe-flor
Haemulidae Pomadasys ramosus (Poey, 1860) cocoroca
Mugilidae Mugil curema Valenciennes, 1836 tainha, quira, platibú
Pleuronectiformes Achiridae Achirus declivis Chabanaud, 1940 maria-sapeba, linguado
Glanidium melanopterum Miranda-Ribeiro, 1918 ferrolho, testa-de-ferro
Auchenipteridae
Trachelyopterus striatulus (Steindachner, 1877) judeu, cumbaca
Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758) tamoatá, tamboatá
Callichthyidae
Corydoras nattereri Steindachner, 1876 calicute
Clariidae Clarias gariepinus (Burchell, 1822) bagre-africano
Imparfinis sp. bagrinho
Heptapteridae Pimelodella sp. mandi
Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) jundiá, bagre
Harttia cf. loricariformis Steindachner, 1877 cascudo-barata
Siluriformes
Hisonotus sp. cascudinho
Hypostomus cf. affinis (Steindachner, 1877) cascudo, caximbau
Loricariidae Neoplecostomus sp. cascudinho
Otothyris travassosi Garavello, Britski & Schaefer, 1998 cascudinho
Parotocinclus cf. maculicauda (Steindachner, 1877) cascudinho
Rineloricaria sp. cascudo
Pseudopimelodidae Microglanis parahybae (Steindachner, 1880) bagrinho
Trichomycterus cf. immaculatus (Eigenmann & Eigenmann, 1889) cambeva
Trichomycteridae
Trichomycterus sp. cambeva
Microphis lineatus (Kaup, 1856) peixe-cachimbo, peixe-agulha
Syngnathiformes Syngnathidae
Pseudophallus mindii (Meek & Hildebrand, 1923) peixe-cachimbo, peixe-agulha
Synbranchiformes Synbranchidae Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 mussum

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Chaves de Identificação
ORDENS/FAMÍLIAS

1 Olhos localizados em um só lado da cabeça PLEURONECTIFORMES (Achiridae) (pg. 62)


1’ Olhos localizados um de cada lado da cabeça 2
2 Corpo coberto por escamas 3
2’ Corpo totalmente desprovido de escamas, coberto por pele ou placas ósseas 7
3 Nadadeiras pélvicas e dorsal ausentes GYMNOTIFORMES (pg. 48)
3’ Nadadeiras pélvicas e dorsal presentes 4
4 Nadadeira dorsal com espinhos; nadadeira adiposa ausente 5
4’ Nadadeira dorsal sem espinhos; nadadeira adiposa geralmente presente 6
5 Nadadeira dorsal contínua e com 3-4 espinhos, escamas ciclóides CYPRINIFORMES (Cyprinidae) (pg. 42)
5’ Nadadeira dorsal contínua, dividida ou com um forte entalhe, espinhos em número igual ou PERCIFORMES (pg. 51)
maior que 4; escamas ctenóides ou ciclóides
6 Pré-maxilar protrátil; machos com a nadadeira anal transformada em gonopódio; peixes de CYPRINODONTIFORMES (Poeciliidae) (pg. 44)
pequeno porte - menores que 5 centímetros
6´ Pré-maxilar não protrátil; nadadeira anal nos machos sem gonopódio - porte variável CHARACIFORMES (pg. 24)
7 Uma única abertura branquial sob a cabeça, sem barbilhões, corpo bastante alongado SYNBRANCHIFORMES (Synbranchidae) (pg. 86)
7´ Duas aberturas branquiais localizadas em posição variável na cabeça 8
8 Com barbilhões de tamanhos variáveis, às vezes diminutos e aparecendo como prolongamentos SILURIFORMES (pg. 64)
do lábio inferior
8’ Sem barbilhões, com corpo cilíndrico, alongado e com anéis (de pequeno porte - inferior a 15 cm) SYNGNATHIFORMES (Syngnathidae) (pg. 83)

20
FAMÍLIAS
GYMNOTIFORMES

1 Nadadeira anal extensa, alcançando o final do corpo; boca voltada para cima Gymnotidae (pg. 49)

1’ Nadadeira anal menos extensa, não alcançando o final do corpo; boca terminal Sternopygidae (pg. 50)

PERCIFORMES

1 Nadadeira dorsal contínua ou com um entalhe profundo ao longo da nadadeira 2

1’ Nadadeiras dorsais separadas entre si 3

Linha lateral dividida em dois ramos, o anterior na metade superior do corpo e o posterior sobre a linha
2 Cichlidae (pg. 54)
mediana

2’ Linha lateral contínua Haemulidae (pg. 60)

3 Nadadeiras pélvicas unidas formando um disco adesivo Gobiidae (pg. 59)

3’ Nadadeiras pélvicas separadas 4

4 Olhos parcialmente cobertos com uma membrana adiposa Mugilidae (pg. 61)

4’ Olho sem membrana adiposa 5

5 Nadadeira anal com espinhos fortes e bem desenvolvidos Centropomidae (pg. 52)

5’ Nadadeira anal sem espinhos Eleotridae (pg. 57)

21
CHARACIFORMES

1 Sem dentes implantados nos ossos das maxilas 2

1’ Com dentes de diferentes formatos, em número variável, implantados nos ossos das maxilas 3

Lábios grossos e flexíveis com numerosos dentículos (visíveis à lupa), dispostos em uma única série
2 Prochilodontidae (pg. 40)
lateralmente e em duas medialmente

2’ Sem a combinação de caracteres descrita acima Curimatidae (pg. 36)

3 Com dentes comprimidos, truncados ou multicuspidados 4

3’ Somente dentes cônicos ou caninos presentes Erythrinidae (pg. 37)

4 Pré-maxilar com duas ou mais séries de dentes 5

4’ Pré-maxilar com uma série de dentes 6

Três séries de dentes no pré-maxilar e duas no dentário; a série posterior do dentário formada por um
5 Bryconidae (pg. 28)
par de dentes cônicos e diminutos visíveis junto à sínfise

5’ Duas ou três séries de dentes no pré-maxilar e uma no dentário Characidae (pg. 29)

6 Crânio com fontanela; peixes de médio a grande porte Anostomidae (pg. 25)

6’ Crânio sem fontanela; peixes de pequeno porte até 10 cm Crenuchidae (pg. 35)

22
SILURIFORMES

1 Corpo revestido com placas ósseas 2

1’ Corpo coberto por pele, totalmente desprovido de placas ósseas 3

2 Duas séries de placas em cada lado do corpo, boca terminal Callichthyidae (pg. 67)

2’ Três ou mais séries de placas em cada lado do corpo, boca inferior Loricariidae (pg. 73)

3 Com nadadeira dorsal e adiposa 4

3’ Com nadadeira dorsal e sem adiposa 6

Cabeça deprimida, sua largura maior ou igual ao comprimento - exemplares adultos com tamanho
4 Pseudopimelodidae (pg. 80)
máximo de 5 centímetros

4’ Cabeça não deprimida, sua largura menor que o comprimento (exemplares adultos com tamanho variável) 5

5 Nadadeira adiposa longa; nadadeira caudal furcada Heptapteridae (pg. 70)

5’ Nadadeira adiposa curta; nadadeira caudal truncada Auchenipteridae (pg. 65)

6 Nadadeira dorsal com mais de 30 raios Clariidae (pg. 69)

6’ Nadadeira dorsal com menos de 10 raios Trichomycteridae (pg. 81)

23
CHARACIFORMES
Anostomidae

Hypomasticus cf. thayeri (Borodin, 1929)


Nome popular: timburé caudal, pélvica e anal um pouco enegrecidas e em alguns exemplares
com tonalidades amareladas.
Distribuição: algumas drenagens costeiras entre os rios Paraíba
do Sul e o Doce nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ecologia: espécie de médio porte que atinge pouco mais de 25
centímetros de comprimento e cuja ocorrência tem sido relatada para
Status de Conservação: ameaçada de extinção (Listas do ES, MG a calha de rios com trechos encachoeirados e de fundo rochoso em
e Nacional). área com boa qualidade ambiental. Alimenta-se primariamente de
invertebrados aquáticos, utilizando ainda invertebrados terrestres,
Diagnose: boca voltada para baixo e com uma pequena mancha
algas e matéria orgânica junto com sedimento. Existem indícios que
vermelha de cada lado e junto ao ângulo das maxilas. Coloração do
a reprodução ocorre durante o período chuvoso. No rio Benevente foi
corpo enegrecida no dorso e mais clara na região ventral. Três manchas
registrada somente na parte baixa do rio, não ocorrendo a montante
negras e arredondadas dispostas na lateral do corpo. Nadadeiras
do barramento da PCH São Joaquim.

25
Anostomidae

Leporinus cf. steindachneri Eigenmann, 1907


Nome popular: piau negras e arredondadas dispostas na lateral do corpo. Nadadeiras
caudal, pélvica e anal de coloração vermelho-alaranjada.
Distribuição: algumas drenagens costeiras de rios maiores desde
o rio Jequitinhonha até Paraíba do Sul. Ecologia: espécie de grande porte que atinge mais de 30 centímetros
de comprimento e cuja ocorrência tem sido relatada na calha de rios
Status de Conservação: não ameaçada. maiores em áreas com qualidade ambiental variável. Alimenta-se
primariamente de itens de origem vegetal e invertebrados, tanto de
Diagnose: boca terminal e com uma pequena mancha vermelha
origem aquática como terrestre. A reprodução ocorre durante o período
de cada lado e junto ao ângulo das maxilas. Coloração do corpo
chuvoso. No rio Benevente foi registrada somente na parte baixa do
enegrecida no dorso e mais clara na região ventral. Três manchas
rio, não ocorrendo a montante do barramento da PCH São Joaquim.

26
Anostomidae

Leporinus macrocephalus Garavello & Britski, 1988


Nome popular: piauçu apresentam a sua porção basal escurecida. Exemplares adultos
podem apresentam três manchas escuras alongadas verticalmente,
Distribuição: bacia do Rio Paraguai, mas introduzida em diversas as quais podem estar ausentes nos exemplares de grande porte.
outras bacias hidrográficas.
Ecologia: espécie de grande porte (até 60 cm), onívora e com
Status de Conservação: não ameaçada. tendência a herbivoria. Ocorre principalmente em rios de maiores
dimensões. No rio Benevente foi registrado somente um exemplar
Diagnose: corpo curto e roliço, com olhos pequenos e boca terminal.
no reservatório da PCH São Joaquim.
Coloração variando de prateada até cinza-escuro. As escamas

27
Bryconidae

Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829)


Nome popular: matrinxã As nadadeiras apresentam coloração levemente avermelhada e a
caudal em exemplares adultos pode ter a parte mediana dos raios
Distribuição: bacia amazônica e do rio Orinoco. enegrecida formando um desenho em forma de V deitado.
Status de Conservação: não se aplica. Espécie exótica em ambientes Ecologia: espécie de grande porte (até 50 cm) com hábito alimentar
aquáticos no rio Benevente. onívoro. Habita rios de maior porte e a reprodução ocorre durante o
período de cheia dos rios. Embora tenha sido introduzida na bacia do
Diagnose: corpo relativamente alto e de coloração prateada; uma
rio Benevente, é provável que essa espécie não estabeleça populações
mácula arredondada e enegrecida pouco evidente nas laterais
em função do número de exemplares liberados e também de suas
e acima das nadadeiras peitorais e uma mancha escura larga e
demandas biológicas para reprodução. Os registros se resumem a
horizontalmente alongada na região acima da nadadeira anal. Três
dois exemplares, que foram capturados a jusante e montante da
séries de dentes no pré-maxilar e duas no dentário, sendo as do
barragem da PCH São Joaquim.
pré-maxilar compostas por dentes bastante conspícuos e fortes.

28
Characidae

Astyanax cf. intermedius (Jenyns, 1842)


Nome popular: piaba, lambari Possui duas manchas negras, uma no flanco acima da nadadeira
peitoral e outra mais alongada no pedúnculo caudal.
Distribuição: bacia do rio Paraíba do Sul e bacias de rios costeiros
do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Ecologia: ocorre em diferentes ambientes da drenagem do rio
Benevente, tanto abaixo como acima do reservatório da PCH São
Status de Conservação: não ameaçada. Joaquim. Espécie onívora que se alimenta de uma grande variedade
de itens de origem vegetal (e.g., algas, sementes, folhas e frutos) e
Diagnose: espécie de pequeno porte, corpo pouco alongado e
de animal (e.g., zooplâncton e insetos).
comprimido lateralmente. Coloração prateada, porém mais escura
dorsalmente e com uma faixa escura no flanco. Nadadeiras amareladas.

29
Characidae

Astyanax sp. 1 (grupo ¨bimaculatus¨)


Nome popular: piaba, lambari variando de amarelo a vermelho-alaranjado. Possui uma mancha negra
horizontalmente alongada disposta em cada lado do corpo e logo acima
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros da nadadeira peitoral e outra mais alongada no pedúnculo caudal.
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição. Ecologia: ocorre em diferentes ambientes da drenagem do rio
Benevente, tanto abaixo como acima do reservatório da PCH São
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente Joaquim. Onívoro, alimenta-se de invertebrados aquáticos e terrestres,
em nível genérico. zooplâncton, vegetais e em alguns casos de escamas. Dados sobre a
biologia reprodutiva indicam atividade reprodutiva durante o período
Diagnose: espécie de pequeno porte (até 10 cm), com corpo pouco
de cheia do rio Benevente.
alongado e comprimido lateralmente. Coloração prateada, nadadeiras

30
Characidae

Astyanax sp. 2
Nome popular: piaba, lambari Diagnose: pequeno porte (até 10 cm), corpo alto e comprimido
lateralmente; olho grande. Coloração prateada com uma mancha
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros escura e verticalmente alongada no flanco. Nadadeiras translúcidas.
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas Possui uma mancha escura e alongada no pedúnculo caudal.
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição.
Ecologia: é pouco comum e ocorre em diferentes ambientes da
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente drenagem do rio Benevente, mas somente nos trechos abaixo da PCH
em nível genérico. São Joaquim. Dados sobre a biologia não são conhecidos.

31
Characidae

Astyanax sp. 3
Nome popular: piaba, lambari Diagnose: espécie de pequeno porte (até 10 cm), corpo mais baixo
e olho menor que em Astyanax sp. 2. Coloração prateada com uma
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros mancha escura pouco conspícua e verticalmente alongada no flanco.
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas Nadadeiras translúcidas. Possui uma mancha escura e alongada no
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição. pedúnculo caudal.
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente Ecologia: pouco comum e ocorre em diferentes ambientes da
em nível genérico. drenagem do rio Benevente, mas somente nos trechos abaixo da PCH
São Joaquim. Dados sobre a biologia não são conhecidos.

32
Characidae

Hyphessobrycon cf. bifasciatus Ellis, 1911


Nome popular: piaba comprida e larga. Nadadeiras coloridas em tom amarelado. Lados do
corpo com estrias escuras em forma de “V”. Região umeral, próxima
Distribuição: drenagens costeiras do Espírito Santo ao Rio Grande à nadadeira peitoral com duas manchas verticais escuras.
do Sul e na bacia do alto rio Paraná.
Ecologia: espécie onívora alimenta-se de insetos aquáticos e
Status de Conservação: não ameaçada. terrestres, algas filamentosas e restos de material vegetal. Possui
hábito diurno e preferência por locais com menor velocidade do
Diagnose: espécie de pequeno porte (até 5 cm), corpo pouco alongado
fluxo da água. Na bacia do rio Benevente foi registrado em áreas a
e comprimido lateralmente, com destaque para a nadadeira anal
jusante e a montante da PCH São Joaquim.

33
Characidae

Oligosarcus acutirostris Menezes, 1987


Nome popular: bocarra, piaba-cachorro escuros na região dorsal. Uma faixa prateada ao longo do corpo e uma
mancha negra horizontal no pedúnculo caudal. Nadadeiras dorsal,
Distribuição: rios costeiros entre os estados do Espírito Santo e Bahia. adiposa e caudal amarelo-alaranjadas e as demais translúcidas.
Status de Conservação: não ameaçada. Ecologia: registrado somente nas drenagens abaixo da área onde
foi implantada a PCH São Joaquim. São carnívoros e se alimentam de
Diagnose: espécie de porte pequeno (até 15 cm), corpo alongado
invertebrados aquáticos e pequenos peixes. Dados sobre reprodução
e comprimido lateralmente, com boca ampla e provida de dentes
são escassos, embora indiquem reprodução mais intensa durante
cônicos de diferentes tamanhos. Coloração prateada com tons mais
o período de cheias.

34
Crenuchidae

Characidium cf. timbuiense Travassos, 1946


Nome popular: canivete Ecologia: encontrado principalmente em associação com áreas de
substrato rochoso e correnteza moderada a forte. Possui adaptações
Distribuição: drenagens costeiras do Espírito Santo. nas nadadeiras pares que permitem a fixação no fundo e possibilita
transpor paredões rochosos em áreas encachoeiradas. O hábito
Status de Conservação: não ameaçada.
alimentar é desconhecido, entretanto, outras espécies do mesmo
Diagnose: espécie de pequeno porte, alcançando até 6 centímetros. gênero se alimentam de pequenos invertebrados aquáticos. Sem dados
Boca pequena e subterminal. Nadadeira caudal com faixas transversais sobre reprodução. Amplamente disperso na bacia do rio Benevente,
escuras. Nadadeira dorsal clara e com pontuações negras formando ocorrendo acima e abaixo da barragem da PCH São Joaquim.
linhas horizontais não muito conspícuas.

35
Curimatidae

Cyphocharax gilbert (Quoy & Gaimard, 1824)


Nome popular: sairú com coloração prateada e as nadadeiras ligeiramente amareladas e
a caudal com a base enegrecida.
Distribuição: drenagens costeiras do leste do Brasil.
Ecologia: apresenta hábito alimentar detritívoro e ocorre
Status de Conservação: não ameaçada. exclusivamente nos trechos mais baixos da bacia do rio Benevente.
Não é registrado no reservatório da PCH São Joaquim e nos trechos
Diagnose: espécie de porte médio, alcançando até 15 centímetros de
superiores ao mesmo. Possivelmente é uma espécie que realiza
comprimento. Boca pequena e sem dentes e com lábios finos. Corpo
migração para a reprodução.

36
Erythrinidae

Hoplerythrinus unitaeniatus (Spix & Agassiz, 1829)


Nome popular: morobá, marobá marrom claro e com uma faixa longitudinal escura e bem destacada
ao longo da porção mediana dos flancos. Dentes cônicos pequenos.
Distribuição: amplamente distribuído desde a América Central
até o sul do Brasil. Ecologia: ocorre em ambientes diversos, principalmente com
correnteza fraca. Pode utilizar ar atmosférico para respiração e
Status de Conservação: não ameaçada. sobrevive longo tempo fora da água. A alimentação é baseada em
invertebrados aquáticos e ocasionalmente peixes. Espécie pouco
Diagnose: espécie de médio porte, alcançando comprimento superior
comum na drenagem do rio Benevente e registrada somente em
a 20 cm. Corpo cilíndrico e relativamente curto. Coloração de fundo
trechos abaixo da PCH São Joaquim.

37
Erythrinidae

Hoplias cf. intermedius (Günther, 1864)


Nome popular: trairão Ecologia: possui hábito alimentar piscívoro e ocorre em ambientes
aquáticos relativamente bem oxigenados. Não realiza migração
Distribuição: bacias do rio São Francisco, alto Paraná e Doce. reprodutiva. Embora muito estudado em condições de criação, pouco
é conhecido sobre os aspectos biológicos em ambientes naturais. O
Status de Conservação: não se aplica. Espécie está sendo
registro na drenagem do rio Benevente se resume a um exemplar
considerada exótica na bacia do rio Benevente.
capturado no reservatório da PCH São Joaquim. A captura recente
Diagnose: espécie de grande porte, alcançando tamanho superior dessa espécie na drenagem foi o critério usado como justificativa
a 70 cm. Corpo cilíndrico e alongado e a cabeça afilada. Linhas da para considerá-la como exótica.
borda inferior dos ossos dentários paralelas em direção à sínfise
mandibular. Língua lisa ao tato.

38
Erythrinidae

Hoplias malabaricus (Bloch, 1794)


Nome popular: traíra convergindo em direção à sínfise mandibular. Língua com pequenos
dentículos, áspera ao tato.
Distribuição: América Central e do Sul, desde a Costa Rica até a
Argentina. Ecologia: é uma espécie bentônica que possui hábitos piscívoros
quando adulta. Ocorre em ambientes de águas mais calmas, sendo
Status de Conservação: não ameaçada. comum em diversos habitats e com condições ambientais bastante
diferenciadas. A desova é parcelada e feita em ninhos construídos
Diagnose: espécie de grande porte, alcançando comprimento
no substrato onde o cuidado parental é normalmente exercido pelos
superior a 50 cm. Corpo cilíndrico e alongado, com manchas escuras
machos. Na bacia do rio Benevente é uma espécie comum e registrada
e irregulares nas laterais. Dentes cônicos e caninos nas maxilas.
ao longo de toda a drenagem.
Linhas da borda inferior dos ossos dentários em formato de “V” e

39
Prochilodontidae

Prochilodus cf. lineatus (Valenciennes, 1837)


Nome popular: curimatã, curimba entre a origem da dorsal e a linha lateral. Base do primeiro raio da
nadadeira dorsal precedido por um espinho bifurcado. Lábios grossos
Distribuição: bacia do rio Paraná-Paraguai. e boca protrátil.
Status de Conservação: não se aplica. Espécie introduzida na Ecologia: espécie forma cardumes e realiza migrações reprodutivas
bacia do rio Benevente. na piracema. Espécie primariamente detritívora que se alimenta de
matéria orgânica depositada no fundo dos rios e algas que raspa
Diagnose: espécie de grande porte, alcançando mais de 60 cm
sobre pedras. Espécie rara na bacia do rio Benevente e registrada
de comprimento. Corpo de coloração prateada e com nadadeiras
exclusivamente na calha do rio e abaixo da área onde foi implantada
enegrecidas. Mais de 40 escamas na linha lateral e 8 a 9 escamas
a PCH São Joaquim.

40
Prochilodontidae

Prochilodus vimboides Kner, 1859


Nome popular: curimatã, curimba raio da nadadeira dorsal precedido por um espinho bifurcado. Lábios
grossos e boca protrátil.
Distribuição: rios costeiros do leste do Brasil.
Ecologia: espécie forma cardumes e realiza migrações reprodutivas
Status de Conservação: ameaçada de extinção no ES. na piracema. Espécie primariamente detritívora que se alimenta de
matéria orgânica depositada no fundo dos rios e algas que raspa
Diagnose: espécie de grande porte, alcançando tamanho superior a
sobre pedras. Espécie pouco abundante na bacia do rio Benevente
30 cm. Corpo de coloração prateada e alongado. 34-39 escamas na
e registrada exclusivamente abaixo da área onde foi implantada a
linha lateral; 13 a 15 escamas ao redor do pedúnculo caudal e 5 a 7
PCH São Joaquim.
escamas entre a origem da dorsal e a linha lateral. Base do primeiro

41
CYPRINIFORMES
Cyprinidae

Cyprinus carpio Linnaeus, 1758


Nome popular: carpa 15-20 raios ramificados. Nadadeira anal com dois ou três espinhos
e cinco a sete raios ramificados. Linha lateral com 32- 38 escamas.
Distribuição: Europa e Ásia.
Ecologia: é uma espécie que coloniza com bastante sucesso os
Status de Conservação: não se aplica. Espécie introduzida na ambientes aquáticos onde é introduzida. Os ovos são adesivos e
bacia do rio Benevente. a desova ocorre na vegetação presente em locais rasos. Espécie
onívora, sua dieta é composta de talos, folhas e sementes de plantas
Diagnose: espécie de grande porte, alcançando mais de um metro
aquáticas e plantas terrestres. No rio Benevente tem sido registrada
de comprimento. Apresenta dois pares de barbilhões, sendo os do
somente no reservatório da PCH São Joaquim.
lábio superior mais curto. Nadadeira dorsal com 3-4 espinhos e

43
CYPRINODONTIFORMES
Poeciliidae

Macho

Fêmea

Phalloceros cf. harpagos Lucinda, 2008


Nome popular: barrigudinho, guaru Ecologia: habita áreas rasas próximas a margens bem vegetadas
de córregos e riachos onde formam cardumes relativamente grandes.
Distribuição: amplamente distribuído na bacia do rio Paraná-Paraguai São peixes onívoros que se alimentam de pequenos crustáceos, algas
e bacias costeiras do Espírito Santo a Santa Catarina. e detritos orgânicos. Vivíparos, possuem fecundação interna e os
filhotes já nascem como miniaturas dos adultos. No rio Benevente
Status de Conservação: não ameaçada.
foi registrado em vários pontos localizados em cursos d´água acima
Diagnose: de pequeno porte, alcançando não mais que 5 centímetros. e abaixo do reservatório da PCH São Joaquim.
Corpo alongado, nadadeiras dorsal e peitoral pequenas, nadadeira
caudal arredondada. Machos apresentam gonopódio longo e evidente,
formado pelos raios anteriores da nadadeira anal.

45
Poeciliidae

Poecilia reticulata Peters, 1859


Nome popular: guaru, lebiste, barrigudinho, guppy Ecologia: espécie pouco seletiva quanto à qualidade da água,
habita diferentes tipos de ambientes. São peixes ovovivíparos, ou
Distribuição: nativo do norte da América do Sul e ilhas do Caribe. seja, a fêmea incuba os ovos dentro da cavidade abdominal até a
eclosão dos filhotes. Possuem dimorfismo sexual onde os machos
Status de Conservação: não se aplica. Espécie introduzida na
são bem menores do que as fêmeas e com coloração iridescente.
bacia do rio Benevente.
Reproduzem-se ao longo de todo o ano e se alimentam principalmente
Diagnose: espécie de porte pequeno, alcançando até 6 cm. Machos de algas e larvas de insetos. No rio Benevente ocorre em vários
com várias manchas coloridas na lateral do corpo e uma faixa pontos localizados em cursos d´água acima e abaixo do reservatório
longitudinal irregular. Fêmeas sem coloração como nos machos. A da PCH São Joaquim.
nadadeira caudal das fêmeas é arredondada e a dos machos apresenta
um prolongamento dos raios do lobo superior.

46
Poeciliidae

Poecilia vivipara Bloch & Schneider, 1801


Nome popular: barrigudinho, guaru anal. Coloração prateada, com uma mancha negra na porção
superior do flanco.
Distribuição: originalmente da Venezuela até Argentina.
Ecologia: habita áreas muito rasas de córregos, riachos e estuários,
Status de conservação: não ameaçada. onde formam grandes cardumes. São onívoros e se alimentam de
pequenos crustáceos, algas e detritos orgânicos. Vivíparos, possuem
Diagnose: espécie de pequeno porte, alcançando não mais
fecundação interna e os filhotes já nascem como miniaturas dos
que 5 centímetros. Corpo alongado, nadadeiras dorsal e peitoral
adultos. No rio Benevente tem sido registrado somente em cursos
pequenas, nadadeira caudal arredondada. Machos apresentam o
d´água abaixo do reservatório da PCH São Joaquim.
gonopódio evidente, formado pelos raios anteriores da nadadeira

47
GYMNOTIFORMES
Gymnotidae

Gymnotus sp. (grupo “carapo”)


Nome popular: sarapó, peixe-faca olhos diminutos, boca grande e voltada para cima. Coloração marrom
a marrom-escuro, com faixas mais orientadas diagonalmente.
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas Ecologia: ocorre preferencialmente junto a vegetação aquática
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição. em ambientes de águas mais calmas. Carnívoro, alimentam-se
principalmente no período noturno de insetos aquáticos, crustáceos e
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente pequenos peixes. Locomove-se através de movimentos ondulatórios
em nível genérico. ritmados da nadadeira anal. Possui órgão produtor de eletricidade
utilizado para comunicação. Ocorre em diferentes ambientes da
Diagnose: espécie de tamanho médio, alcançando até 20 cm. Corpo
drenagem do rio Benevente, tanto abaixo como acima do reservatório
bastante alongado e estreito. Cabeça achatada dorso-ventralmente,
da PCH São Joaquim.

49
Sternopygidae

Eigenmannia cf. virescens (Valenciennes, 1836)


Nome popular: sarapó, peixe-faca pele. Pedúnculo caudal pontudo e sem nadadeira caudal. Nadadeira
anal longa.
Distribuição: amplamente distribuída em rios brasileiros.
Ecologia: ocorre em diferentes tipos de ambientes. Apresenta
Status de Conservação: não ameaçada. atividade noturna e pode formar grupos com vários indivíduos. A
alimentação consiste primariamente de invertebrados aquáticos.
Diagnose: espécie de porte grande alcançando mais de 30 centímetros
Produzem descargas elétricas. No rio Benevente é pouco comum e
de comprimento. Corpo comprimido lateralmente. Coloração de fundo
foi registrado somente em cursos d´água abaixo do reservatório da
marrom claro e com listras longitudinais escuras, uma acompanhando
PCH São Joaquim.
a linha lateral e outra na base da nadadeira anal. Olhos cobertos por

50
PERCIFORMES
Centropomidae

Centropomus parallelus Poey, 1860


Nome popular: robalo, robalo-peba espinhos. Segundo espinho da nadadeira anal ligeiramente maior
que o terceiro.
Distribuição: Atlântico oeste, desde a Flórida (EUA) até o sul do Brasil.
Ecologia: hábito alimentar carnívoro predando crustáceos e peixes
Status de Conservação: não ameaçada. de pequeno e médio porte. Ocorre em manguezais, estuários, baías
e penetra no baixo curso das drenagens onde se desloca por vários
Diagnose: espécie de grande porte, atingindo mais de 70 centímetros
quilômetros rio acima. No rio Benevente é uma espécie bastante
de comprimento. Corpo alongado com coloração branco prateado e
visada pelos pescadores e registrado na região desde o estuário
escurecido na região dorsal. Linha lateral bem evidente e de coloração
até pouco acima da cidade de Alfredo Chaves, abaixo da casa de
escura. Nadadeira dorsal divida e com a parte anterior composta por
força da PCH São Joaquim.

52
Centropomidae

Centropomus undecimalis (Bloch, 1792)


Nome popular: robalo, robalo-flecha e com a parte anterior composta por espinhos. Segundo espinho da
nadadeira anal ligeiramente menor que o terceiro e não atingindo a
Distribuição: Atlântico oeste, desde a Carolina do Norte (EUA) até base da nadadeira caudal.
o sul do Brasil.
Ecologia: hábito alimentar carnívoro predando crustáceos e peixes
Status de Conservação: não ameaçada. de pequeno e médio porte. Ocorre em manguezais, estuários, baías
e penetra no baixo curso das drenagens onde se desloca por vários
Diagnose: espécie de grande porte, atingindo até 140 centímetros
quilômetros rio acima. No rio Benevente é uma espécie bastante
de comprimento. Corpo alongado e mais baixo que C. parallelus e
visada pelos pescadores e registrado na região desde o estuário
de coloração branco prateado e escurecido na região dorsal. Linha
até pouco acima da cidade de Alfredo Chaves, abaixo da casa de
lateral bem evidente e de coloração escura. Nadadeira dorsal divida
força da PCH São Joaquim.

53
Cichlidae

Crenicichla cf. lacustris (Castelnau, 1855)


Nome popular: jacundá no meio da nadadeira dorsal. Machos com as laterais do corpo sem
faixas e cobertas por pontos negros de diferentes tamanhos. Em
Distribuição: bacias de drenagem ao sul do rio Buranhém (Bahia) ambos os sexos os exemplares apresentam uma mancha negra na
até o rio Paraíba do Sul (Rio de Janeiro). metade superior do pedúnculo caudal.
Status de Conservação: não ameaçada. Ecologia: ocorre de preferência em ambientes lênticos onde ocupa
as margens e se abriga sob a vegetação. Possui hábito carnívoro,
Diagnose: espécie de porte grande, alcançando até 30 centímetros.
predando invertebrados aquáticos e peixes. No rio Benevente é
Corpo alongado e coloração de fundo marrom claro. Fêmeas com uma
pouco frequente e com registros somente nas drenagens abaixo do
faixa negra e larga pouco evidente nos flancos desde a cabeça até a
reservatório da PCH São Joaquim.
base da nadadeira caudal e uma mancha negra com a borda branca

54
Cichlidae

Jovem

Adulto

Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824)


Nome popular: acará; cará Ecologia: abundante em ambientes lênticos, mas ocorre em
praticamente todo tipo de sistema aquático dulcícola. Machos
Distribuição: drenagens da costa do leste do Brasil até o Uruguai. alcançam maior tamanho e apresentam colorido mais brilhante que
as fêmeas durante o período reprodutivo, quando se forma uma
Status de Conservação: não ameaçada.
protuberância no topo da cabeça. A reprodução ocorre ao longo de
Diagnose: espécie de porte médio, até pouco mais de 25 centímetros. todo o ano, mas em maior intensidade durante o período chuvoso. É
Corpo alto e boca terminal. Uma mancha negra ovalada na metade uma espécie onívora que se alimenta principalmente de invertebrados
do corpo entre o final da linha lateral superior e início da inferior. aquáticos que vivem junto ao substrato. Amplamente distribuído
Nadadeira caudal e a parte posterior das nadadeiras anal e dorsal na bacia do rio Benevente, ocorrendo tanto abaixo como acima do
com pequenas pontuações claras arredondadas. reservatório da PCH São Joaquim.

55
Cichlidae

Tilapia rendalli (Boulenger, 1897)


Nome popular: tilápia listras transversais e a dorsal com uma mácula escura em sua base.
6-12 rastros no ramo inferior do primeiro arco branquial.
Distribuição: continente africano.
Ecologia: a alimentação inclui organismos encontrados no sedimento
Status de Conservação: não se aplica. Espécie introduzida na e detritos orgânicos em menores quantidades. A reprodução ocorre ao
bacia do rio Benevente. longo de todo o ano e os ovos são depositados no substrato. Coloniza
com bastante sucesso os ambientes aquáticos onde é introduzida. Os
Diagnose: espécie de grande porte, atingindo mais de 40 centímetros.
registros na drenagem do rio Benevente estão distribuídos ao longo
Corpo alto e com boca terminal. Linha lateral superior com 20-21
de toda a bacia, embora não seja muito abundante.
e linha lateral inferior com 11-14 escamas. Nadadeira caudal sem

56
Eleotridae

Dormitator maculatus (Bloch, 1792)


Nome popular: morêia, tição-de-fogo pouco destacadas e uma mancha azulada localizada posteriormente
e superior ao opérculo.
Distribuição: desde a Carolina do Norte (EUA) até a Lagoa dos
Patos no sul do Brasil. Ecologia: habita o baixo curso dos rios e áreas de águas salobras em
manguezais, onde vive em associação com a vegetação aquática. É um
Status de Conservação: não ameaçada. onívoro que se alimenta principalmente de plantas e invertebrados.
Começa a se reproduzir com tamanho próximo de 5 cm e a coloração
Diagnose: espécie de médio porte atingindo até 20 cm. Corpo
muda durante o período reprodutivo. É relativamente raro na drenagem
relativamente curto e roliço, com as nadadeiras dorsais bem
do rio Benevente, sendo registrado somente na porção estuarina
destacadas entre si. A boca é ampla e levemente voltada para
dessa bacia de drenagem.
cima. A coloração de fundo é marrom claro com faixas transversais

57
Eleotridae

Eleotris pisonis (Gmelin, 1789)


Nome popular: morêia Ecologia: habita o baixo curso dos rios, onde vive em associação com
a vegetação aquática. Essa espécie é pouco abundante e incomum nas
Distribuição: desde a Carolina do Sul (EUA) até o sudeste do Brasil. amostragens realizadas na drenagem do rio Benevente. Exemplares de
até 4 centímetros se alimentam principalmente de larvas de dípteros,
Status de Conservação: não ameaçada.
enquanto os maiores capturam peixes e crustáceos. A reprodução
Diagnose: espécie de médio porte atingindo até 25 cm. Boca grande ocorre durante o período de cheias.
e voltada para cima; corpo relativamente roliço e de coloração de
fundo marrom claro. Nadadeiras dorsais bem destacadas e separadas
uma da outra.

58
Gobiidae

Awaous tajasica (Lichtenstein, 1822)


Nome popular: morêia, peixe-flor grossos. Os olhos estão posicionados na parte superior da cabeça.
A nadadeira pélvica é unida formando um disco adesivo.
Distribuição: desde a Flórida até o sudeste do Brasil.
Ecologia: embora existam informações dispersas na literatura
Status de Conservação: não ameaçada. sobre distribuição geográfica, pouco é conhecido sobre os aspectos
biológicos em ambientes naturais. Ocorre em ambientes com fundo de
Diagnose: espécie de médio porte alcançando até 16 centímetros
areia e pode escalar paredões rochosos de cachoeiras. Na drenagem
de comprimento. O corpo é marrom claro, com manchas castanhas
do rio Benevente é pouco comum e com distribuição restrita ao baixo
escuras, pequenas e numerosas. A boca é ampla e os lábios são
curso, em áreas abaixo do barramento da PCH São Joaquim.

59
Haemulidae

Pomadasys ramosus (Poey, 1860)


Nome popular: cocoroca Olhos grandes e boca terminal. Nadadeiras de coloração clara; dorsal
com 10 espinhos e anal com 3, sendo o segundo maior que os demais.
Distribuição: sul da Flórida ao Brasil.
Ecologia: espécie marinha, mas que penetra no baixo curso dos rios
Status de Conservação: não ameaçada. onde pode ser encontrada em diferentes tipos de ambientes. É uma
espécie pouco abundante e incomum nas amostragens realizadas na
Diagnose: espécie de porte grande alcançando mais de 35
drenagem do rio Benevente. Alimenta-se de crustáceos e pequenos
centímetros. Corpo com coloração prateada um pouco escurecida.
peixes. Sem informações sobre a biologia reprodutiva.

60
Mugilidae

Mugil curema Valenciennes, 1836


Nome popular: tainha, quira, pratibú adiposa. A boca é terminal, as escamas grandes e as nadadeiras
dorsais separadas e muito afastadas entre si.
Distribuição: Atlântico Ocidental da Nova Escócia até a Argentina;
no Atlântico Oriental, do Senegal à Namíbia e no Pacífico Oriental, Ecologia: hábito alimentar detritívoro, ou seja, utiliza como alimento
da Califórnia ao Chile. algas e a matéria orgânica depositada junto ao substrato. Ocorre ao
longo da região litorânea e penetra no baixo curso das drenagens onde
Status de Conservação: não ameaçada. se desloca por vários quilômetros rio acima. No rio Benevente é uma
espécie visada pelos pescadores e registrada na área desde o estuário
Diagnose: espécie de porte grande alcançando até 90 centímetros.
até pouco acima da cidade de Alfredo Chaves, abaixo da casa de força
Corpo com coloração prateada um pouco escurecido no dorso e mais
da PCH São Joaquim. Todos os registros foram feitos na calha do rio
claro na região ventral. Olhos grandes e cobertos por uma membrana
Benevente e seus maiores afluentes, não ocorrendo em córregos e riachos.

61
pleuronectiformes
achiridae

Achirus declivis Chabanaud, 1940


Nome popular: maria-sapeba, linguado posicionadas transversalmente da cabeça até a base da nadadeira
caudal. O lado esquerdo é de coloração branca. Os olhos são pequenos
Distribuição: Atlântico oeste, desde Belize na América Central até e localizados do lado direito e próximos à boca. A linha lateral é
Santa Catarina. contínua, estendendo-se da cabeça até a nadadeira caudal.
Status de Conservação: não ameaçada. Ecologia: habita águas salobras em manguezais, mas podem
fazer incursões pelo baixo curso dos rios. Carnívoro, alimenta-se
Diagnose: espécie de médio porte atingindo até 18 cm. Corpo
principalmente de poliquetas, pequenos crustáceos e peixes. É
ovalado e nadadeira dorsal contínua, iniciando próximo à boca e
pouco comum no rio Benevente e foi representado no trecho abaixo
terminando junto à nadadeira caudal. Coloração de fundo marrom
da localidade de Jabaquara.
claro a escuro do lado direito e com cerca de 12 linhas escuras

63
SILURIFORMES
Auchenipteridae

Glanidium melanopterum Miranda-Ribeiro, 1918


Nome popular: ferrolho, testa-de-ferro à região ventral. Manchas escuras e pouco conspícuas podem estar
presentes na lateral do corpo. Boca grande e terminal, com barbilhões
Distribuição: rios costeiros dos estados do Espírito Santo, Rio de curtos e não ultrapassando a extremidade final da nadadeira peitoral.
Janeiro e São Paulo. Margem da nadadeira caudal enegrecida.
Status de Conservação: não ameaçada. Ecologia: ocorre em diferentes ambientes. Espécie carnívora que usa
uma grande variedade de itens alimentares, incluindo invertebrados
Diagnose: espécie de porte pequeno alcançando até 15 centímetros.
aquáticos e terrestres. A distribuição no rio Benevente está limitada
Corpo com coloração marrom escuro no dorso e clareando em direção
ao baixo curso.

65
Auchenipteridae

Trachelyopterus striatulus (Steindachner, 1877)


Nome popular: judeu; cumbaca terminal, com barbilhões curtos, não ultrapassando a extremidade
final da nadadeira peitoral.
Distribuição: drenagens costeiras do sudeste do Brasil.
Ecologia: habita preferencialmente trechos lênticos, mas ocorre
Status de Conservação: não ameaçada. em praticamente todo tipo de sistema aquático. Espécie carnívora
que usa uma variedade muito grande de itens alimentares, incluindo
Diagnose: espécie de porte médio alcançando pouco mais de
invertebrados aquáticos, terrestres e ocasionalmente peixes.
20 centímetros. Corpo com coloração marrom escuro no dorso e
A fecundação é interna e os machos apresentam a nadadeira anal
clareando em direção à região ventral; inúmeras manchas negras
diferenciada formando um órgão copulador. A distribuição no rio
horizontalmente alongadas nas laterais do corpo. Boca grande e
Benevente está limitada ao baixo curso.

66
Callichthyidae

Callichthys callichthys (Linnaeus, 1758)


Nome popular: tamoatá, tamboatá placas na lateral. Barbilhões relativamente longos alcançando a
base da nadadeira peitoral.
Distribuição: amplamente distribuída nas drenagens sul americanas.
Ecologia: ocorre em ambientes diversificados e suporta condições
Status de Conservação: não ameaçada. onde o oxigênio dissolvido na água é muito baixo ou nulo. Alimenta-
se de insetos, matéria vegetal e peixes. É pouco comum no rio
Diagnose: espécie de pequeno porte alcançando até 15 centímetros.
Benevente e ocorre somente nos trechos da drenagem abaixo da
Corpo de coloração marrom escura uniforme e com duas séries de
PCH São Joaquim.

67
Callichthyidae

Corydoras nattereri Steindachner, 1876


Nome popular: calicute iridescentes. Uma faixa escura ao longo da porção mediana do flanco
e uma mancha sob o espinho da nadadeira dorsal. Barbilhões curtos
Distribuição: rios costeiros do sudeste do Brasil entre o Espírito e não alcançando a base da nadadeira peitoral.
Santo e o Paraná.
Ecologia: ocorre em ambientes diversificados e sempre em locais de
Status de Conservação: não ameaçada. água corrente e sobre fundo de areia. Forma cardumes com muitos
Diagnose: espécie de pequeno porte alcançando até 5 centímetros. exemplares. Alimenta-se de invertebrados aquáticos que captura junto
Corpo de coloração marrom claro com reflexos esverdeados e ao substrato. É pouco comum no rio Benevente e ocorre somente nos
trechos da drenagem abaixo da PCH São Joaquim.

68
Clariidae

Clarias gariepinus (Burchell, 1822)


Nome popular: bagre africano Ecologia: amplamente tolerante às condições ambientais
extremas. Possui uma estrutura junto às brânquias denominada
Distribuição: África e Ásia Ocidental. órgão arborescente, a qual permite trocas gasosas em ambientes
terrestres. É um onívoro, cuja reprodução ocorre durante a estação
Status de Conservação: não se aplica. Espécie introduzida na
chuvosa. Em função de ser de grande porte e incluir espécies variadas
bacia do rio Benevente.
na dieta pode trazer impactos negativos às espécies nativas. No rio
Diagnose: espécie de grande porte, alcançando mais de 1,5 metros Benevente é encontrado em várias áreas, tanto abaixo como acima
de comprimento. Corpo alongado e a cabeça larga com olhos do reservatório da PCH São Joaquim.
pequenos. Abertura branquial larga e primeiro arco branquial com 24
a 110 rastros. Boca terminal. Quatro pares de barbilhões. Nadadeiras
dorsal e anal longas, sem espinhos. Nadadeira caudal arredondada.

69
Heptapteridae

Imparfinis sp.
Nome popular: bagrinho formato de sela no dorso. Nadadeira caudal furcada. Nadadeiras
peitoral e dorsal sem espinhos.
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas Ecologia: espécie de hábitos bentônicos que utiliza ambientes de
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição. corredeira com fundo de pedras ou areia. Alimenta-se de invertebrados
aquáticos. Dados sobre reprodução são desconhecidos. É pouco
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente comum no rio Benevente e ocorre somente nos trechos da drenagem
em nível genérico. abaixo da PCH São Joaquim.
Diagnose: espécie de pequeno porte atingindo até 10 centímetros.
Corpo com coloração marrom clara e com faixas transversais em

70
Heptapteridae

Pimelodella sp.
Nome popular: mandi desenvolvidos, nadadeira adiposa longa. Corpo com coloração
amarelada e com uma listra longitudinal negra nos lados. Com
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros espinhos serrilhados e pungentes nas nadadeiras dorsal e peitoral.
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição. Ecologia: espécie de hábitos bentônicos que utiliza ambientes de
corredeira com fundo de pedras ou areia. Alimenta-se de invertebrados
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente aquáticos. Dados sobre reprodução são desconhecidos. É pouco
em nível genérico. comum no rio Benevente e ocorre somente nos trechos da drenagem
abaixo da PCH São Joaquim.
Diagnose: espécie de pequeno porte, alcançando até 15 centímetros
de comprimento. Corpo alongado, três pares de barbilhões bem

71
Heptapteridae

Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824)


Nome popular: bagre, jundiá Ecologia: ocorre em diferentes ambientes da drenagem do rio
Benevente, tanto abaixo como acima do reservatório da PCH
Distribuição: do México até a Argentina. São Joaquim. Espécie onívora que se alimenta de uma grande
variedade de itens (e.g., zooplâncton, invertebrados, material vegetal
Status de Conservação: não ameaçada.
e ocasionalmente peixes). A reprodução ocorre ao longo de quase
Diagnose: espécie de grande porte, alcançando mais de 40 todo o ano, com pico entre outubro e janeiro.
centímetros. Lobos da nadadeira caudal de tamanhos diferentes.
Raios da nadadeira dorsal I+7 ou 8. Nadadeira adiposa longa. Processo
occipital estreito e curto, não alcançando o escudo pré-dorsal.

72
Loricariidae
Jovem

Adulto

Harttia cf. loricariformis Steindachner, 1877


Nome popular: cascudo-barata jovens (foto menor) podem estar presentes faixas transversais mais
escuras em número variável. O pedúnculo caudal é muito deprimido
Distribuição: bacia do rio Paraíba do Sul e rios do sul do Espírito e não apresenta nadadeira adiposa.
Santo.
Ecologia: espécies do gênero Harttia ocupam ambientes muito
Status de Conservação: não ameaçada. diversos, ocorrendo tanto em córregos de pequeno porte como em
rios maiores. Vivem preferencialmente em locais com velocidade da
Diagnose: espécie de porte pequeno, alcançando pouco mais de
corrente elevada e fundo pedregoso. Os registros na drenagem do
15 centímetros. Corpo de coloração castanho claro revestido por
rio Benevente estão distribuídos ao longo de toda a bacia, ocorrendo
placas e bastante achatado dorsoventralmente. Nos exemplares
tanto abaixo como acima do reservatório da PCH São Joaquim.

73
Loricariidae
Jovem

Adulto

Hisonotus sp.
Nome popular: cascudinho Diagnose: espécie de pequeno porte não ultrapassando 5 centímetros
de comprimento. Corpo marrom escuro sem manchas marcantes.
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros Sem nadadeira adiposa.
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição. Ecologia: espécie de hábitos bentônicos que utiliza ambientes de
corredeira principalmente em locais com fundo de pedra ou areia.
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente Dados sobre a biologia são desconhecidos. É pouco comum no rio
em nível genérico. Benevente e ocorre somente nos trechos da drenagem abaixo da
PCH São Joaquim.

74
Loricariidae

Jovem

Adulto

Hypostomus cf. affinis (Steindachner, 1877)


Nome popular: cascudo da água onde o exemplar é capturado as pintas negras podem ser
pouco evidentes. Nadadeiras também com pontuações negras.
Distribuição: rios do leste do Brasil, desde a Bahia até o Rio de
Janeiro. Ecologia: ocorre em diferentes ambientes com diversos tipos de
substrato (areia, lama e fundo rochoso) e coloniza desde pequenos
Status de Conservação: não ameaçada. riachos até reservatórios. A reprodução ocorre durante todo o ano
com picos durante as cheias. É uma espécie comum no rio Benevente
Diagnose: espécie de grande porte alcançando mais de 30 centímetros
e ocorre ao longo de toda a drenagem, tanto abaixo como acima da
de comprimento. Corpo com coloração de fundo marrom e coberto por
PCH São Joaquim.
inúmeras pintas negras de diâmetro variado. Em função da coloração

75
Loricariidae

Neoplecostomus sp.
Nome popular: cascudinho Diagnose: espécie de pequeno porte, alcançando até 10 cm. Coloração
do corpo escura com faixas transversais. Ventre recoberto por um
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros escudo formado por pequenas placas.
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição. Ecologia: encontrado sempre em locais de forte correnteza e fundo
pedregoso. Sem dados disponíveis de biologia para as populações
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente conhecidas. Na drenagem do rio Benevente é registrado tanto acima
em nível genérico. como abaixo da PCH São Joaquim.

76
Loricariidae

Otothyris travassosi Garavello, Britski & Schaefer, 1998


Nome popular: cascudinho Ecologia: espécie de hábitos bentônicos que utiliza ambientes de
corredeira principalmente em locais com fundo de pedra ou areia.
Distribuição: rios costeiros do sudeste do Brasil entre a Bahia e Dados sobre a biologia são desconhecidos. É pouco comum no rio
o Espírito Santo. Benevente e ocorre somente nos trechos da drenagem abaixo da
PCH São Joaquim.
Status de Conservação: não ameaçada.

Diagnose: espécie de pequeno porte, alcançando até 5 cm.


Coloração do corpo marrom uniforme. A cabeça possui cristas
ósseas pronunciadas formando linhas.

77
Loricariidae
Jovem

Adulto

Parotocinclus cf. maculicauda (Steindachner, 1877)


Nome popular: cascudinho lateralmente, do focinho até a base da nadadeira caudal. A porção
inferior da nadadeira caudal apresenta uma faixa marrom-escura.
Distribuição: rios costeiros entre o Espírito Santo e Santa Catarina.
Ecologia: vive sempre em associação com a vegetação submersa em
Status de Conservação: não ameaçada. locais de correnteza moderada a forte. Usam a dentição especializada
para raspar algas que crescem sobre as pedras e troncos submersos.
Diagnose: espécie de pequeno porte que alcança até 7 centímetros. O
É pouco frequente no rio Benevente e ocorre somente nos trechos
colorido do corpo é amarelado, contrastando com uma faixa enegrecida
da drenagem abaixo da PCH São Joaquim.

78
Loricariidae

Rineloricaria sp.
Nome popular: cascudo quilha de cada lado. Cabeça lanceolada e órbita com um entalhe na
sua porção posterior. Corpo com faixas transversais escuras sobre
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros fundo marrom-claro. Nadadeira caudal com uma faixa negra disposta
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas verticalmente.
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição.
Ecologia: encontrada em associação com ambientes lóticos,
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente sobre fundo de cascalho e areia. Biologia reprodutiva e alimentar
em nível genérico. desconhecidas. É relativamente rara no rio Benevente e ocorre
somente nos trechos da drenagem abaixo da PCH São Joaquim.
Diagnose: espécie de pequeno porte que atinge até 15 cm de
comprimento. Pedúnculo caudal fortemente achatado formando uma

79
Pseudopimelodidae

Microglanis cf. parahybae (Steindachner, 1880)


Nome popular: bagrinho que consiste em uma cor de fundo marrom claro com manchas
desiguais de coloração quase negra.
Distribuição: rios costeiros, desde o Mucuri (sul da Bahia) até o
Ribeira de Iguape, na divisa dos estados de São Paulo e Paraná. Ecologia: encontrada junto à vegetação aquática em ambientes
de rios e riachos. Espécie carnívora que utiliza insetos aquáticos e
Status de Conservação: não ameaçada. outros pequenos invertebrados aquáticos na alimentação. Dados
sobre a reprodução são desconhecidos. É relativamente rara no rio
Diagnose: espécie de pequeno porte que alcança até 8 centímetros
Benevente e ocorre somente nos trechos da drenagem abaixo da
de comprimento. É facilmente reconhecido pelo padrão de colorido,
PCH São Joaquim.

80
Trichomycteridae

Trichomycterus cf. immaculatus (Eigenmann & Eigenmann, 1889)


Nome popular: cambeva Corpo com coloração amarronzada e uniforme, sem manchas ou
pontuações. Nadadeira caudal ligeiramente emarginada. Barbilhões
Distribuição: rios costeiros do leste do Brasil entre a Bahia e São do maxilar alcançando os espinhos operculares.
Paulo.
Ecologia: espécie ativa durante a noite e cuja alimentação é baseada
Status de Conservação: não ameaçada. principalmente em larvas e ninfas aquáticas de insetos. Ocorre em
ambientes lóticos de cursos d’água com substrato composto por
Diagnose: espécie de pequeno porte alcançando até 10 centímetros.
areia e rochas. Na drenagem do rio Benevente existem registros
Primeiro raio da nadadeira peitoral prolongado em um filamento.
tanto abaixo como acima da PCH São Joaquim.

81
Trichomycteridae

Trichomycterus sp.
Nome popular: cambeva Corpo com coloração amarronzada e uniforme com várias manchas
ou pontuações escuras; uma faixa escura horizontal ao longo do
Distribuição: bacia do rio Benevente e provavelmente em outros corpo, nem sempre muito evidente. Nadadeira caudal ligeiramente
rios costeiros do leste do Brasil. Entretanto, devido às incertezas emarginada. Barbilhões do maxilar alcançando os espinhos operculares.
taxonômicas não é possível definir a área real de distribuição.
Ecologia: espécie ativa durante a noite e cuja alimentação é baseada
Status de Conservação: não se aplica - táxon determinado somente principalmente em larvas e ninfas aquáticas de insetos. Ocorre em
em nível genérico. ambientes lóticos de cursos d’água com substrato composto por
areia e rochas. Na drenagem do rio Benevente existem registros
Diagnose: espécie de pequeno porte alcançando até 10 centímetros.
tanto abaixo como acima da PCH São Joaquim.
Primeiro raio da nadadeira peitoral prolongado em um filamento.

82
SYNGNATHIFORMES
Syngnathidae

Microphis cf. lineatus (Kaup, 1856)


Nome popular: peixe-cachimbo, peixe-agulha Ecologia: encontrado em regiões estuarinas e baixo curso dos rios
em ambientes tipicamente de água doce. Carnívoros alimentam-se
Distribuição: Nova Jersey (EUA) até Santa Catarina. de pequenos crustáceos. São ovovivíparos. Há cuidado parental,
sendo os machos que armazenam os ovos fertilizados em uma
Status de Conservação: não ameaçada.
bolsa incubadora localizada sob o abdome. É pouco comum no rio
Diagnose: corpo bastante alongado e fino (semelhante a um graveto); Benevente e ocorre somente nos trechos da drenagem abaixo da
nadadeira dorsal, peitoral e caudal presente; corpo com 41-45 anéis. PCH São Joaquim.
Tronco e cauda marrom uniforme, cabeça com manchas e estrias
arredondadas escuras e nadadeira caudal enegrecida. Focinho longo.
Bolsa incubadora localizada no abdome.

84
Syngnathidae

Pseudophallus mindii (Meek & Hildebrand, 1923)


Nome popular: peixe-cachimbo; peixe-agulha Ecologia: tem preferência por habitats dulcícolas, porém
ocasionalmente são encontrados em estuários e manguezais. Os
Distribuição: de Belize na América Central até São Paulo. juvenis na fase planctônica podem ser encontrados na região costeira.
Carnívoros alimentam-se de pequenos crustáceos. São ovovivíparos.
Status de Conservação: não ameaçada.
Há cuidado parental e os machos armazenam os ovos fertilizados em
Diagnose: corpo bastante alongado e fino (semelhante a um graveto); uma bolsa incubadora sob a cauda. É pouco comum no rio Benevente e
nadadeira dorsal, peitoral e caudal presente; corpo com 46-51 anéis. ocorre somente nos trechos da drenagem abaixo da PCH São Joaquim.
Coloração marrom-escura com estrias claras verticais distribuídas
pelo tronco e cauda. Bolsa incubadora localizada no abdome. Focinho
curto com uma faixa escura longitudinal.

85
SYNBRANCHIFORMES
Synbranchidae

Synbranchus marmoratus Bloch, 1795


Nome popular: mussum marmoreado. Apresenta apenas uma abertura branquial localizada
na parte inferior da cabeça.
Distribuição: amplamente distribuído desde o México a Argentina.
Ecologia: Synbranchus marmoratus é mais ativo durante a noite e
Status de Conservação: não ameaçada. alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos, moluscos e insetos.
Ocorre em diferentes ambientes e apresenta respiração aérea
Diagnose: espécie de grande porte, atingindo mais de 1 metro de
facultativa, ocorrendo em locais com elevado déficit de oxigênio
comprimento. O corpo cilíndrico e sem escama. A coloração de fundo
dissolvido. É pouco frequente no rio Benevente e os registros foram
é escura com manchas espalhadas nas laterais formando um padrão
feitos tanto acima como abaixo da PCH São Joaquim.

87
Conservação da
Bacia do Rio Benevente
O histórico de ocupação da bacia do rio Benevente se remete ao século XIX com a colonização portuguesa (Pessali, 2010; Câmara Municipal de
Alfredo Chaves, 2013). As mudanças efetivas em termos ambientais passaram a ocorrer após 1877, quando os imigrantes italianos subiram o rio
Benevente e fundaram o povoado de Alto Benevente. Esse povoado mais tarde passou a se chamar Alfredo Chaves em homenagem ao ministro
da Colonização Alfredo Rodrigues Fernandes Chaves (Câmara Municipal de Alfredo Chaves, 2013). O início da colonização foi extremamente
difícil, como expresso na seguinte passagem:

“Durante esse período, os italianos encontram muitas dificuldades ao chegarem na região. Coberta de matas virgens, o local era
habitado apenas por animais selvagens, como as feras. Porém, não importava a dificuldade, o que queriam era um pedaço de terra para
plantarem e sustentarem suas famílias. A Itália estava passando por dificuldades e a área para o desenvolvimento agrícola no país era
bem reduzida” (Câmara Municipal de Alfredo Chaves, 2013).

Ao longo da colonização a mudança inicial foi propiciada pela supressão da floresta para uso da madeira e cultivo, principalmente do
café. Posteriormente, amplas áreas na baixada litorânea foram drenadas através da retificação do leito dos afluentes e do próprio rio
Benevente. Essas áreas, agora quase que totalmente desprovidas de sua cobertura vegetal original, cederam lugar primeiramente a cultivos
diferenciados e posteriormente a extensas pastagens destinadas à criação de gado. O panorama ambiental resultante desse conjunto
de processos foi uma bacia de drenagem extremamente alterada e com cobertura vegetal original bastante reduzida (Tabela 1, pág. 9).

88
Atualmente, entre os impactos ambientais comuns para os ambientes aquáticos da bacia se destacam: manejo inadequado  do solo, com
consequente erosão e posterior assoreamento dos cursos d´água, supressão da vegetação ciliar, utilização indiscriminada de pesticidas, falta
de saneamento, barramentos e a introdução de espécies de peixes exóticos. Dessa forma, em função da frequência e intensidade com que
esses impactos ocorrem, acabam por constituir os elementos responsáveis pelo empobrecimento contínuo da biodiversidade aquática na bacia.

A perda e a simplificação de habitats é reconhecidamente uma das maiores ameaças de extinção de espécies (Allan & Flecker, 1993; Froese
& Torres, 1999; Vieira & Pompeu, 2001; Dudgeon et al., 2006; Helfman, 2006). Sob essas condições ocorre ampla perda da heterogeneidade
espacial com consequente redução da riqueza e da diversidade de peixes. Esse processo é comum na bacia do rio Benevente, notadamente nas
áreas mais baixas, onde ao longo dos estudos desenvolvidos se registra o declínio acentuado nas populações de algumas espécies de peixes.

O uso de pesticidas encontra-se amplamente disseminado em toda a bacia, seja em função da agricultura ou do controle de espécies indesejadas
nas pastagens. O manuseio inadequado desses produtos e o escoamento para os cursos d´água, possivelmente afeta negativamente a
ictiofauna em intensidade não avaliada até o momento. Métodos alternativos de controle de espécies indesejadas, redução progressiva no
uso em associação com práticas adequadas de aplicação, manuseio e armazenagem desses produtos constituem a forma de reduzir o impacto
ambiental dos mesmos.

Outra forma de mudanças para a ictiofauna são os barramentos. Esses interferem de forma negativa através interrupção de rotas de migração e
pela redução ou eliminação das espécies adaptadas à dinâmica da água corrente, ou seja, os peixes migradores e/ou reofílicos. Outro impacto
comum, que também pode ser ampliado com a formação de reservatórios, está relacionado à proliferação de espécies indesejadas no ambiente
represado, algumas das quais exóticas na drenagem (Johnson et al., 2008). Os impactos causados por peixes exóticos são bem conhecidos, de
tal forma que a introdução de espécies é considerada a segunda maior causa de extinção, atrás apenas da perda de habitat (Simberloff, 2003).

Na bacia do rio Benevente está instalado o reservatório da PCH São Joaquim e alguns outros de pequeno porte e de uso particular. Ao longo
dos trabalhos de monitoramento da ictiofauna nessa PCH foi constatado que o barramento não proporcionou impactos negativos para as

89
espécies migradoras que ocorrem na bacia. Entretanto,
no reservatório foram introduzidas algumas espécies
de peixes exóticos por iniciativa de particulares,
cujas populações são objeto de constante avaliação.
Atualmente são registradas oito espécies exóticas em
toda drenagem, algumas dessas com distribuição restrita
ao reservatório da PCH São Joaquim.

No presente não existem estratégias claras e


abrangentes adotadas para conservação da ictiofauna
na bacia do rio Benevente como um todo. Na área de
influência da PCH São Joaquim são executadas ações Assoreamento
específicas e direcionadas à proteção da ictiofauna,
entretanto, possuem abrangência local e não garantem
a conservação das espécies na drenagem como um todo.
Frente a essa realidade, a perda das características
ambientais que propiciaram a diversidade de peixes
da bacia do rio Benevente deverá continuar dentro
dos padrões atualmente observados, mantendo essa
drenagem em situação muito similar ao resto do país.

O conhecimento sobre a ictiofauna da bacia reunido


nesse Guia, agora disponibilizado de forma mais ampla,
poderá representar um importante instrumento para
projetos futuros e ações efetivas de conservação.
Lançamento de esgoto

90
Erosão do solo devido ao manejo inadequado e supressão da mata ciliar

Utilização de pesticidas

91
A foz do rio Benevente,
o manguezal e seus peixes
Embora esse Guia trate particularmente das espécies de peixes de água doce do rio Benevente, cabe ressaltar a grande importância e relevância
biológica do exuberante manguezal existente em sua foz. Esse sistema, que tem sido relatado como um dos mais conservados do Espírito
Santo (Vale & Ferreira, 1998; Vale, 2004), representa um biótopo extremamente importante para muitas outras espécies de peixes que não
foram aqui incluídas.

Nesse sistema muitas espécies marinhas, grande parte das quais típicas de áreas recifais e de grande interesse socioeconômico, passam
as fases iniciais do seu ciclo de vida, pois aí encontram diversificação de abrigos, proteção e alimento abundante. Assim, não seria exagero
afirmar que os impactos ambientais existentes ao longo da bacia do rio Benevente podem comprometer o tênue equilíbrio desse ambiente tão
característico, cujos efeitos negativos podem se estender até a área marinha adjacente.

Dada a sua inegável importância ecológica, biológica e socioeconômica, essa rica comunidade de peixes habitante do manguezal do rio
Benevente necessita de um estudo detalhado e específico, o qual certamente resultará em um guia ainda maior do que este.

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Agradecimentos
A publicação deste Guia somente tornou-se possível devido a uma nova “visão” do IEMA (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos), que solicitou a sua elaboração, e a São Joaquim Energia S.A., que viabilizou e acreditou no projeto. A ambos os nossos maiores
agradecimentos.

As informações e dados aqui reunidos começaram a ser obtidos há quase 25 anos, quando em 1989, em parceria com José Luiz Helmer e Cláudio
Zamprogno foram feitas as primeiras coletas no rio Grande. Ao longo dos últimos 10 anos os estudos se aprofundaram, principalmente em função
da implantação e operação da PCH São Joaquim, que foi um marco na ampliação do conhecimento sobre peixes na bacia do rio Benevente.
Frente a esse universo temporal tão amplo, é praticamente impossível nomear todas as pessoas e instituições que direta ou indiretamente
estiveram envolvidas. Portanto, a listagem abaixo segue alfabeticamente, de forma que não se reveste de qualquer ordem de importância.
Pedimos desculpas por qualquer omissão, fato que se ocorreu, certamente não foi de forma intencional.

Alaor de Almeida Castro Cláudio Salvalaio


Alessandro de Souza Arantes Cláudio Zamprogno (in memoriam)
Alexandre Piló Coleção Ictiológica da Universidade
Amália Alves Federal de Minas Gerais (MHN-UFMG)
Amanda Caraça Coleção Ictiológica da Universidade
Federal do Espírito Santo (CIUFES)
Antenor Coutinho
Coleção Ictiológica do Grupo de Ecologia
André Luiz Labanca Rosas
Aquática da Universidade Federal do Pará (GEA.ICT)
Ana Bottecchia
Colônia de Pesca Z4 “Marcilio Dias”
Beatriz Calmon
Conrado José Vieira
Bruno Bicalho Pereira
CRIA (Centro de Referência em Informação Ambiental)
California Academy of Sciences - Institute for
Biodiversity Science and Sustentability Cris Lima
Catarina Dalvi Boina Cristian Senn
CEPEMAR Serviços em Meio Ambiente Ltda. Danielle Galimberti Vasconcelos
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Domingos Afonso Jório Laboratório de Biologia Pesqueira - Manejo dos
Recursos Aquáticos da Universidade Federal do Pará
Ellen Cristin Trentini
Lázaro Rodrigues Klein
Elias Alberto Morgan
Lim Jeung Sik
Fishbase - A Global Information System on Fishes
Lohaine Jardim
Flávia Andrade Nóbrega
Luciano Guedes
Flávio César Thadeo de Lima
Luisa Maria Sarmento Soares
Francisco Langeani Neto
Luiz Carlos Salim
Fundação SOS Mata Atlântica
Luiz Antônio Cotia Deister
Glaucia Lepaus Maria da Gloria Brito Abaurre
Gilberto Nepomuceno Salvador Márcio Barata
IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Marcos Bermudes dos Santos
e dos Recursos Naturais Renováveis
Marcos Santos Ferreira
Irineu Cortez Jr.
Marta Oliver
Ivan Bichara Sobreira Neto
Museu de Biologia Mello Leitão (MBML-Peixes)
Ivan Sazima
Nelson A. Saldanha
Ivanildo Alves Figueiredo (in memoriam)
Paula T. Andrade
Jackeceli Nunes Falqueto Paulo W. Cerutti
Jacques Passamani Rafael Louback
Jaqueline Barreto Renato Rodrigues de Souza
João Pedro Corrêa Gomes Rildo Garcia da Costa
José Guilherme Antloga do Nascimento Roberto Kautsky
José Luiz Helmer Tommaso Giarrizzo
Juliana Aragon Walter Nunes Seijo Neto
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Material testemunho
Achirus declivis (MHN-UFMG 1616) Hypomasticus cf. thayeri (MHN-UFMG 1599)
Astyanax cf. intermedius (MHN-UFMG 1588) Hypostomus cf. affinis (MBML-Peixes 3110)
Astyanax sp. 1 (grupo “bimaculatus”) (MBML-Peixes 3240) Imparfinis sp. (MBML-Peixes 3168)
Astyanax sp. 2 (MHN-UFMG 1589) Leporinus cf. steindachneri (MHN-UFMG 1600)
Astyanax sp. 3 (MHN-UFMG 1590) Leporinus macrocephalus (MHN-UFMG 1601)
Awaous tajasica (MBML-Peixes 3190) Microglanis parahybae (MHN-UFMG 1602)
Brycon amazonicus (MHN-UFMG 1591) Microphis lineatus (CIUFES 131617)
Callichthys callichthys (MBML-Peixes 3404) Mugil curema (MHN-UFMG 1603)
Centropomus parallelus (MHN-UFMG 1592) Neoplecostomus sp. (MHN-UFMG 1604)
Centropomus undecimalis (MHN-UFMG 1593) Oligosarcus acutirostris (MHN-UFMG 1605)
Characidium cf. timbuiense (MBML-Peixes 3188)
Otothyris travassosi (MBML-Peixes 2683)
Clarias gariepinus (MHN-UFMG 1594)
Parotocinclus cf. maculicauda (MBML-Peixes 3061)
Corydoras nattereri (MBML-Peixes 3236)
Phalloceros cf. harpagos (MHN-UFMG 1613)
Crenicichla lacustris (MBML-Peixes 3221)
Pimelodella sp. (MBML-Peixes 3113)
Cyphocharax gilbert (MBML-Peixes 3220)
Poecilia reticulata (MHN-UFMG 1606)
Cyprinus carpio (MHN-UFMG 1595)
Poecilia vivipara (MHN-UFMG 1614)
Dormitator maculatus (GEA.ICT 1641)
Pomadasys ramosus (CIUFES 899)
Eigenmannia cf. virescens (MBML-Peixes 3145)
Eleotris pisonis (GEA.ICT 1643) Prochilodus cf. lineatus (MHN-UFMG 1607)
Geophagus brasiliensis (MBML-Peixes 3143) Prochilodus vimboides (MHN-UFMG 1608)
Glanidium melanopterum (MHN-UFMG 1596) Pseudophallus mindii (MHN-UFMG 1609)
Gymnotus sp. (grupo “carapo”) (MBML-Peixes 3238) Rhamdia quelen (MBML-Peixes 3255)
Harttia cf. loricariformis (MHN-UFMG 1597) Rineloricaria sp. (CIUFES 131247)
Hisonotus sp. (MBML-Peixes 3159) Synbranchus marmoratus (MBML-Peixes 3263)
Hoplerythrinus unitaeniatus (MBML-Peixes 46) Tilapia rendalli (MHN-UFMG 1610)
Hoplias cf. intermedius (MHN-UFMG 1598) Trachelyopterus striatulus (MBML-Peixes 3058)
Hoplias malabaricus (MBML-Peixes 3137) Trichomycterus cf. immaculatus (MHN-UFMG 1611)
Hyphessobrycon cf. bifasciatus (MHN-UFMG 1615) Trichomycterus sp. (MHN-UFMG 1612).

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Glossário
Assoreamento: processo pelo qual o solo é carreado para o interior dos cursos d´água e torna os ambientes menos profundos.
Bacia hidrográfica: é o conjunto de terras cujo relevo propicia o escoamento de águas fluviais e pluviais para um determinado curso d’água.
Bentônico: que vive ou se alimenta junto ao substrato no fundo dos cursos d´água.
Biodiversidade: compreende a totalidade de formas de vida que podemos encontrar na Terra.
Biota: conjunto de seres vivos de uma área e que inclui a flora, a fauna e demais organismos.
Biótopo: área geográfica de dimensões variáveis e com condições constantes ou cíclicas para as espécies.
Boca (tipos): superior – a abertura é voltada para cima; terminal – a abertura está alinhada com o plano transversal que passa pelo olho;
inferior – a abertura é voltada para baixo.
Dentes (tipos): cônico – pequeno e pontiagudo; canino – longo e pontiagudo; multicuspidado – com entalhes em sua ponta.
Ecorregião: conjunto de comunidades naturais e geograficamente distintas que compartilham a maioria das suas espécies e os processos ecológicos.
Espécie exótica: é a espécie que ocorre em um determinado ecossistema ou região que não faz parte da sua área de distribuição original.
Espécie nativa: é a espécie com ocorrência de forma natural em um determinado ecossistema ou região.
Fontanela: abertura na superfície do crânio.
Foz: a foz ou desembocadura é o local onde um curso d´água (rio, córrego, riacho, etc) deságua em outro corpo de água que pode ser o mar, outro rio, lago, etc.
Heterogeneidade ambiental: é a diversidade de habitats e condições disponíveis em determinada área para que um organismo possa ocupar.
Jusante/montante: Jusante e montante são pontos referenciais na visão de um observador. Dessa forma, jusante é o lado para onde se dirige o fluxo de água
e montante é direcionado para a parte onde nasce o rio.
Maxilas: conjunto de ossos da parte superior e inferior da boca. A maxila superior é formada pelos pré-maxilares. A maxila inferior é formada por três pares
de ossos, entre eles o dentário, que é o único que apresenta dentes.
Membrana adiposa: tecido de coloração branca e opaca que recobre os olhos de alguns peixes.
Nadadeira adiposa: nadadeira situada na parte superior e próxima ao final do corpo, normalmente sem raios.
Neotrópico: referente à região neotropical.
Perfil altitudinal: representação esquemática onde o curso de um rio é representado em relação a sua altitude e quilômetros percorridos desde a nascente até a foz.
Piracema: movimento realizado pelos peixes durante o período de reprodução, normalmente rio acima.
Piscívoro: que se alimenta de peixes.
Região Neotropical: é a região biogeográfica que abrange toda a América do Sul, a América Central, e parte do sul do México, da península da Baja Ca-
lifornia, o sul da Flórida e as ilhas do Caribe.
Retificação do leito: processo pelo qual o curso de um rio é tornado reto através de obras de engenharia.
Táxon: unidade taxonômica associada ao sistema de classificação científica e que pode indicar uma unidade em qualquer nível (espécie, gênero, família, etc).
Zooplâncton: organismos animais de pequeno porte (muitos microscópicos) que vivem livres e dispersos na coluna d’água.
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Referências bibliográficas
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