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Series - Milton Borba
Series - Milton Borba
SEQÜÊNCIAS e SÉRIES
5.1. Sequências
Introdução
Neste cap´tulo estudaremos séries innitas, as quais são somas que envolvem um número
innito de termos. As séries innitas desempenham um papel fundamental tanto na
matemática quanto na ciência. elas são usadas, por exemplo, para aproximar funções
trigonométricas e logar´tmica, para resolver equações diferenciais, para efetuar integrais
complicadas, para criar novas funções e para construir modelos matemáticos de leis
f´sicas (Anton, 1999).
149
Na linguagem cotidiana, o termo sequência signica uma sucessão de coisas
em uma ordem determinada - ordem cronológica, de tamanho, ou lógica, por exemplo.
Em matemática o termo sequência é usado comumente para denotar uma sucessão de
números cuja ordem é determinada por uma lei ou função.
Estudaremos um tipo especial de função denida nos números naturais N =
{1> 2> 3> 4===}, com imagem em R. Isto é, estudaremos a função i : N $ R quanto
ao limite e suas propriedades quando q $ 4. A função i : N $ R denida por
q
i (q) = 2q+1
é um exemplo de seqüência. O conjunto composto pelos pares ordenados
(q> i (q)) é dado por
L = {(1> i (1))> (2> i (2))> (3> i (3))> ==========> (q> i (q))> ==========}
ou
1 2 3 q
L = {(1> )> (2> )> (3> )> ==========> (q> )> ==========}
3 5 7 2q + 1
é denominado conjunto dos termos da sequência i (q). Geralmente, o conjunto L é
escrito de forma simplicada. Isto é, L é representado pelas imagens de q 5 N de forma
que a posição que determinada imagem de i ocupa no conjunto dos termos da seqüência
i (q) é determinada pelo elemento q 5 N, ou seja,
1 2 3 4 5 q
L = {i(1)> i (2)> i (3)> =========> i (q)> ==========} = { > > > > > ==========> > ==========}=
3 5 7 9 11 2q + 1
5
Podemos observar que o termo 11
é imagem de q = 5, pois ocupa a quinta posição no
q
conjunto dos termos. O termo i (q) = 2q+1
é denominado termo geral da seqüência. A
q q
forma usual de representar o termo geral de uma seqüência é dq = 2q+1
, ou {q = 2q+1
,
q
ou |q = 2q+1
etc. Passaremos agora à denição formal de seqüência. Nesse caso, temos
o conjunto L = {{1 > {2 > {3 > ============> {q ========}.
Denição 5.1. Sejam N = {1> 2> 3> 4===} o conjunto dos naturais, R a reta real. Denom-
inamos seqüência, a aplicação {q : N $ R.
Problema 5.2. Para melhor compreensão vamos supor que o crescimento diário de uma
linhagem de su´>nos é dada em função do crescimento total pela seqüência xq = q
q+13
onde q corresponde ao número de dias de vida do su´>no e lim xq o tamanho de um
©1 2 3 4 5 q<"ª
su´>no adulto. Assim, o conjunto 14 q
> 15 > 16 > 17 > 18 > ======== q+13 > === representa o tamanho
diário do su´>no em relação ao tamanho nal.
150
1.0
y
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0 20 40 60 80 100 120
x
1.0
y
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0 20 40 60 80 100 120
x
Denição 5.3. Seja xq uma seqüência, dizemos que o número d é limite de xq quando
q tende para o innito se dado % A 0 podemos encontrar N A 0 tal que para todo q A N
vale a desigualdade |xq d| ? %.
151
Exemplo 5.4. Dada a seqüência xq : N $ R é denida por xq = q
q+13
vamos mostrar
que lim xq = 1.
13
De modo que podemos escrever q+13
? % donde vem 13 ? q% + 13% ou
13313% 13313%
%
? q. Consequentemente, podemos tomar N = %
e a denição 5.1 estará
satisfeita.
Exemplo 5.5. Determine o número m´>nimo de dias que um lote de su´>nos, cujo cresci-
q
mento é dado pela seqüência xq = q+13
dever permanecer em tratamento para atingir,
respectivamente, 80%> 90%, 95% do seu tamanho nal.
13313%
d) N= %
= 13313W0=2
0=2
= 52 dias
13313% 13313W0=1
e) N= % = =1
= 117 dias
13313% 13313W0=05
f) N= % = 0=05
= 247 dias
Seja xq: Q $ U uma sequência em U tal que lim xq existe, então o limite é
q<"
único.
152
Sequências Convergentes
Denição 5.7. Seja xq uma seqüência. Dizemos que xq é convergente se, e somente
se, lim xq = d para algum d 5 R..
2q+3 2q+3
Exemplo 5.8. A seqüência xq = 3q+5
é convergente, pois lim xq = lim = 23 .
q<" q<" 3q+5
y 5
0
1 2 3 4 5
-1
x
Subsequência
Denição 5.10. Seja xq : N $ R uma seqüência em R. Seja Q = {q1 > q2 > q3 > ========}
um subconjuto de N, então {q @Q : N $ R é uma subseqüência em R.
1
Exemplo 5.11. Seja xq : N $ R uma seqüência dada por xq = q2
. Seja Q =
{1> 3> 5> 7> 9> ========} N. Então a seqüência xq @Q : N $ R é subseqüência de xq .
Os termos da seqüência são {1> 14 > 19 > 16
1 1 1 1
> 25 > 36 > 49 > ===} e os termos da subseqüência são
{1> 19 > 25
1 1
> 49 > ====}.
Teorema 5.12. Seja xq : N $ R uma seqüência em R tal que lim xq existe, então o
q<"
limite é único.
153
Demonstração: Suponhamos que xq : N $ R é uma seqüência em R tal
que lim xq existe e suponhamos que d e e, com d 6= e, são limites dessa seqüência. Então
q<"
dado % A 0 podemos encontrar N1 A 0 e N2 A 0 tal que para todo q A N1 tenhamos
|xq d| ? %
2
e para todo q A N2 tenhamos |xq e| ? 2% . Agora seja N = max{N1 > N2 }.
Então podemos escrever, para todo q A N:
|d e| = |d xq + xq e|
Sequência Limitada
Observação 10. A rec´>proca desse teorema não é verdadeira. Por exemplo, xq = (1)q
é limitada, mas não é convergente.
154
Sequências Numéricas
q+1
Exemplo 5.18. Mostrar que a seqüência xq = q2 +2
é monótona.
xq+1 xq
q+2 q+1
q2 +2q+3
q2 +2
q3 + 2q2 + 2q + 4 q3 + 3q2 + 5q + 3
1 q2 + 3q
q+1
A última desigualdade é verdadeira para todo q. Logo, xq = q2 +2
é decres-
cente e, assim, monótona.
Denição 5.19. Seja xq uma seqüência numérica F e N dois números reais. Dizemos
que F é limitante inferior de xq se F xq para todo q e que N é limitante superior de
xq se N xq para todo q.
155
Exemplo 5.20. Consideremos a seqüência xq = q+1
q2 +2
cujos termos são 23 > 36 > 11
4 5
> 18 > ======
e cujo limite é O = 0. Então todo número real F 0 é limitante inferior de xq e todo
2
N 3
é limitante superior de xq .
Denição 5.21. Seja xq uma seqüência numérica que possui limitantes inferiores e
superiores então xq é dita seqüência limitada.
Observação 11. Note que uma seqüência para ser limitada não precisa ter o limite.
Por exemplo, xq = (1)q não tem limite mas é limitada.
i) lim f = f
q<"
ii lim fxq = fd
q<"
ii lim (xq ± |q ) = d ± e;
q<"
f
vi lim n = 0, se n é uma constante positiva
q<" q
Demonstração:
% %
|xq + |q | = |(xq d) + (|q e)| |xq d| + ||q e| ? + = %=
2 2
Portanto,
lim (xq + |q ) = d + e=
q<"
156
ii) Sejam xq e |q seqüências numéricas em R tais que lim xq = d e lim |q = e, então
q<" q<"
dado % A 0 existe N A 0 tal que |xq d| ? %
2Q
e ||q e| ? %
2Q
para todo q A N.
Além disso, xq e |q são seqüências limitadas, de modo que existe Q A 0 tal que
|xq | ? Q e ||q | ? Q para todo q 5 N. Assim,
|xq |q de| = |xq (|q e) + e(xq d)| |xq (|q e)| + |e(xq d)|
Q% Q%
|xq |q de| + = %=
Q Q
Logo,
lim xq |q = de=
q<"
5.2. SÉRIES
Denição 5.24. Seja xq uma seqüência numérica. Denominanos série numérica à so-
mas dos primeiros n whuprv dessa seqüência numérica xq . Já xq será denominado
termo geral da série.
X
q=n
xq = x1 + x2 + x3 + =========== + xn
q=1
X
"
xq = x1 + x2 + x3 + =========== + xn + ====
q=1
157
Problema 5.25. Um estudante deverá receber mesada de seu pai em unidades monetárias
X P, durante o tempo que permanecer na universidade, segundo a sequência
20000
xq = , em que q corresponde ao número da parcela a ser recebida. Pergunta-se:
q(q + 1)
i - Qual o montante que o estudante deverá receber até o nal da faculdade supondo
que conclua o curso em 60 meses?
ii) No caso do estudante permanecer na universidade indenidamente, como cará o
montante?
Solução: As parcelas mensais serão dada pela seqüência que descreve o valor
da mesada são:
10000 5000 2000 10000 2500 2000 2000
10000> 3
> 3
> 1000> 3
> 21
> 7
> 9
> 11
> ======
X
"
2000 10000 5000 2000 10000 2500
= 10000 + + + 1000 + + + =========
q=1
q(q + 1) 3 3 3 21 7
Agora vamos determinar uma fórmula para o termo geral da soma. Escrever-
emos o termo geral da série em frações parciais. Temos então,
20000 D E
= +
q(q + 1) q q+1
20000 = D (q + 1) + Eq
20000 = (D + E) q + D
(
D = 20000
D+E =0
Resolvendo o sistema obtemos D = 20000 e E = 20000
P
"
20000
Desse modo a série q(q+1)
pode ser reescrita como segue
q=1
X" " µ
X ¶
20000 20000 20000
=
q=1
q(q + 1) q=1 q q+1
158
Já a soma dos q sulphlurv termos será dada por:
¡ 20000
¢ ¡ 20000 20000
¢ ¡ 20000 20000
¢
Vq = 20000 2
+ 2
3
+ === + q
q+1
20000
Vq = 20000
q+1
que simplicada resulta em
20000q
Vq =
q+1
20000 60
V60 = = 19672=
61
Desse modo, após 60 meses o estudante terá recebido um montante de 19672XP
2.0
y
1.5
1.0
0.5
0.0
0 10 20 30 40 50 60
x
159
Portanto, se o estudante car a indenidamente na universidade, observando
o gráco, podemos armar que não receberia mais do que 20000XP=
Isso signica que a soma da série tem limite 20000XP quando o tempo tende
para innito. Ou seja,
20000q
lim Vq = lim = 20000
q<" q+1 q<"
Denição 5.26. Seja Vq uma seqüência de somas parciais, dizemos que o número V é
limite de Vq quando q tende para o innito se dado % A 0 podemos encontrar N A 0
tal que para todo q A N vale a desigualdade |Vq V| ? %
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ 20000q ¯ ¯ 20000q 20000q 20000 ¯ ¯ 20000 ¯
|Vq V| = ¯¯ 20000¯¯ = ¯¯ ¯=¯
¯ ¯ q+1 ¯?%
¯
q+1 q+1
20000
De modo que podemos escrever q+1
? % donde vem 20000 ? q% + % ou
200003% 200003%
%
? q. Consequentemente, podemos tomar N = %
e a denição 5.24 estará
satisfeita.
160
200003% 200003200
e obteremos N = %
= 200
= 99. Isso signica que em todas as parcelas, a
partir da parcela de número 99, a diferença entre o montante e o limite é menor do que
100XP.
Observação 12. Como no estudo de limite das funções, no estudo das séries apenas
temos interesse em % com valores próximos de zero, pois interessa apenas saber o com-
portamento da função próximo ao ponto de limite.
Séries Convergentes
P
"
Denição 5.28. Sejam xq uma sequência numérica, xq a série cujo termo geral é
q=1
P
"
xq , Vq a somas parciais dos termos dessa série. Dizemos que xq é convergente se
q=1
lim Vq existe. Caso contrário a série será denominada divergente..
q<"
P
"
20000
Exemplo 5.29. A série q(q+1)
, obtida no problema 5.25 é convergente pois lim Vq =
q=1 q<"
20000q
lim = 20000.
q<" q + 1
P" 2q
Exemplo 5.30. Verique se a série dada por q31
é convergente.
q=1 5
22 23 24 2q
Vq = 2+ + 2 + 3 + ========= + q31
5 5 5 5
2
ll) Multiplicamos Vq por 5
e obtemos
2 22 23 24 2q 2q+1
V
5 q
= + 2 + 3 + ========= + q31 + q
5 5 5 5 5
161
3 2q+1
V
=2 q
5 q
q+1
5
10 52 10 10 2 q
Vq = 3 3 q = ( )
5 3 3 5
e
µ ¶
10 10 2 q
lim Vq = lim 3 3 ( )
q<" q<" 5
donde
10
V= 3
P" 2q
Consequentemente a série q31
é convergente.
q=1 5
Propriedades
1. Uma das propriedades das séries innitas é que a convergência ou divergência não
é afetada se subtrairmos ou adicionarmos um número nito de termos a elas. Por
exemplo, se no problema 5.25 o estudante só começasse a receber a primeira parcela
P
"
20000
após 5 meses a série seria escrita com q = 6 no primeiro termo, ou seja, q(q+1)
,
q=6
e a soma seria V = 20000 V5 . Se por outro lado o seu pai decidisse nos primeiros
10 meses dar uma mesada xa de 2000XP por mês e iniciar o pagamento con
20000q
q = 1 no décimo primeiro mês a soma seria V = 2000(10) + lim . Em
q<" q + 1
ambos os casos a série continuará convergente. Nestes termos, podemos enunciar
o seguinte teorema.
P
" P
" P
"
2. Se a série xq é convergente e a série |q é divergente, então a série (xq +|q )
q=1 q=1 q=1
é divergente.
P
" P
" P
"
Observação 13. Se as séries xq e |q são divergentes, a série (xq + |q ) pode
q=1 q=1 q=1
ou não ser convergente.
P
"
3. Se xq é uma série convergente de termos positivos, seus termos podem ser
q=1
reagrupados de qualquer modo, e a série resultante também será convergente e
terá a mesma soma que a série dada.
P
"
Teorema 5.31. Seja xq = x1 + x2 + x3 + =========== + xn + === uma série. Se a série
q=1
X
"
xq = xq3 + xq3(+1) + xq3(+2) + ==========
q=
162
for convergente, então a série
X
"
xq = x1 + x2 + x3 + =========== + xn + ===
q=1
5.3. Propriedades
Sejam
X
"
xq = x1 + x2 + x3 + =========== + xn + ===
q=1
e
X
"
|q = |1 + |2 + |3 + =========== + |n + ===
q=1
duas séries que convergem para V e V 0 , respectivamente, então são válidas as seguintes
propriedades:
P
" P
" P
"
i) nxq = n xq para todo n 5 R e a série nxq converge para nV=
q=1 q=1 q=1
P
" P
" P
" P
"
ii) (xq ± |q ) = xq ± |q e a série (xq ± |q ) converge para V + V 0 .
q=1 q=1 q=1 q=1
Exerc´>cios
Em cada uma das séries abaixo encontre o termo geral da soma e verique se a série é
convergente.
P
" 1 q
1. Resposta Vq = 2q+1
.
q=1 (2q 1) (2q + 1)
P
" 2
2.
q=1 (4q 3) (4q + 1)
P
" 2q + 1 q(q+2)
3. Resposta Vq = (q+1)2
.
q=1 q2(q + 1)2
163
P
" ¡ q
¢ ¡ 1
¢
4. ln q+1
Resposta Vq = ln q+1
.
q=1
P" 2q31
5. q
q=1 3
P
" 1
6. p ¡s s ¢ Resposta Vq = 1 I1 .
q+1
q=1 q (q + 1) q + 1 + q
P
" 1 1 1
7. Resposta Vq = 2
(q+2)!
q=1 1=2=3=4=5=6======q (q + 2)
P
" 3q + 4 5 2 1
8. 3 + 3q2 + 2q
, Resposta Vq = 2
q+1
q+2
.
q=1 q
Não existe uma regra geral para vericar se uma série é convergente. Como veremos
nos próximos itens há critérios que dão respostas a tipos particulares de séries. Porém,
vericando se uma série não possui a condição necessária para convergência saberemos
que ela não é convergente. Essa condição é dada pelo teorema que segue.
P
"
Teorema 5.32. Seja xq uma série convergente, então lim xq = 0.
q=1 q<"
P
"
Demonstração: Suponhamos que a série xq converge para V, então
q=1
podemos armar que lim Vq = V, de modo que pela denição 5.28 dado % A 0
q<"
podemos encontrar N A 0 tal que para todo q A N vale a desigualdade |Vq V| ? %
2
e
|Vq31 V| ? 2% . Como |xq | = |Vq Vq31 | podemos escrever
164
P
"
2q+2 2q+2 2
Exemplo 5.34. A série 3q+5
é divergente já que lim xq = lim = 6= 0.
q=1 q<" q<" 3q+5 3
P
"
1 1
Porém, a série q
é tal que lim xq = lim = 0, isto é, possui a condição
q=1 q<" q<" q
necessária para convergência, mas não podemos, sem fazer um teste de convergência,
amar se ela é convergente ou divergente.
Observação 14. Portanto quem atentos, se o lim xq 6= 0 prova-se que a série é diver-
q<"
gente. Mas se o lim xq = 0 a série pode convergir ou divergir, para issso necessitamos
q<"
estudar critérios para fazer tal vericação.
Teorema 5.35. Seja Vq uma sequência de somas parciais convergente. Então, dado
% A 0 podemos encontrar N A 0 tal que para todo p> q A N vale a desigualdade
|Vp Vq | ? %.
|Vp Vq | = |Vp V + V Vq |
|Vp Vq | = |(Vp V) + (V Vq )|
|Vp Vq | |(Vp V)| + |(Vq V)|
|Vp Vq | ? %
2
+ %
2
=%
Observação 15. O teorema 5.35 pode ser ilustrado considerando o problema 5.25. Lá
nossa suposição era saber a partir de que parcela a diferença entre o montante e o
limite era menor do que 300X P. Para obter a resposta tomamos % = 300 e obteremos
N = 65> 667. Isso signica que em todas as parcelas, a partir da sexagésima sexta, a
diferença entre o montante e o limite é menor do que 300XP. Agora tomando q =
20000 70 20000 80
70 e p = 80 obteremos V70 = = 19718 e V80 = = 19753=.
70 + 1 80 + 1
Consequentemente, |V70 V80 | = |1971 8 19753| = 35=0 ? 300. Caso tomássemos
p> q ? 66 não necessariamente a diferença entre as somas será menor do que 300.
165
5.4. SÉRIES ESPECIAIS
Série harmônica
P" 1
Denição 5.36. Denominamos série harmônica à série .
q=1 q
P" 1
A série harmônica, , embora possua a condição necessária para con-
q=1 q
vergência não converge. Para provar vamos mostrar que ela contraria o teorema 5.35.
Vamos inicialmente escrever a soma dos q sulphlurv termos e a soma dos 2q
sulphlurv termos,
Vq = 1 + 12 + 13 + 14 + ===== q1
V2q = 1 + 12 + 13 + 14 + ===== q1 + 1
q+1
+ 1
q+2
+ ===== 21q
Na sequência fazemos a diferença entre as duas somas parciais
¡ ¢
V2q Vq = 1 + 12 ===== q1 + q+1
1 1
+ q+2 + ===== 21q 1 + 12 + 13 + ===== q1
1 1 1
V2q Vq = q+1
+ q+2 + ===== 2q
1 1 1 1 1 1
Como q+1 A 2q > q+2 A 2q > q+3 A 2q
======== podemos escrever
1 1 1 1 1 1
V2q Vq = q+1 + q+2 + ===== 2q A 2q
+ 2q + ======= + 2q
q
V2q Vq A 2q = 12
1
Tomando p = 2q obtemos |Vp Vq | A 2
e isso contraria o teorema 5.35.
Logo, a série harmônica é divergente. Veja algumas somas de série harmônica obtidas
com aux´lio do MAPLE 6
V10 = 2> 9289 V100 = 5> 1873 V1000 = 7> 485 Vxp plokd̃r = 14> 392
Vxp elokd̃r = 21> 300 Vxp wuokd̃r = 28> 208
Série geométrica
P
"
Denição 5.37. Denominamos série geométrica à série escrita na forma d1 tq31 ,
q=1
onde t é denominada razão.
166
Multipicamos essa soma pela razão t e obtemos tVq = d1 t + d1 t 2 + d1 t3 + ===== + d1 t q .
Encontramos a diferença entre as duas somas
Para estudar a convergência dessa série devemos considerar três casos a saber:
d1 (tq 1)
I Se t = 1 então lim Vq = lim $ 4 e a série é divergente. Se t = 1
q<" q<" (t 1)
então Vq tem dois valores para o limite e, portanto, a série é divergente.
d1 (t q 1)
II Se |t| A 1 então lim Vq = lim $ 4 e a série é divergente.
q<" q<" (t 1)
d1 (t q 1) d1 tq d1 d1
III Se |t| ? 1 então lim Vq = lim = lim + lim = e
q<" q<" (t 1) q<" t 1 (t 1) (t 1)
a série é convergente.
d1
Desse modo, podemos escrever V = . Conclusão:
1t
a série geométrica é divergente se |t| 1 e convergente se |t| ? 1.
Observação 16. A soma de uma série geométrica convergente (|t| ? 1) converge para
d1
V=
1t
" ¡ ¢
P 2 q 2
Exemplo 5.39. A série 3
é convergente pois tem razão t = 3
? 1. Já a série
q=1
" ¡ ¢
P 3 q 3
2
é divergente pois tem razão t = 2
A 1.
q=1
Quando conhecemos o termo geral da soma de uma série é fácil fazer a vericação da con-
vergência. Podemos vericar se uma série converge usando critérios para convergência
que passaremos ao estudo de alguns.
Critério da comparação.
P" P
"
Teorema 5.40. Seja xq uma série e seja |q uma série cuja convergência quere-
q=1 q=1
mos estudar, então:
167
P
" P
"
i) Se xq for uma série convergente e 0 |q xq para todo q a série |q é
q=1 q=1
convergente.
P
" P
"
ii) Se xq for uma série divergente e |q xq 0 para todo q a série |q é
q=1 q=1
divergente.
P
" P
"
Demonstração: l) Sejam xq uma série convergente e |q uma série tal
q=1 q=1
P
"
que 0 |q xq para todo q. Como xq uma série convergente a sequência de somas
q=1
parciais Vq tem limite O, de modo que x1 +x2 +x3 +===========+xn +=== ? O. Como 0 |q
xq para todo q segue que a sequência de somas parciais 0 |1 +|2 +|3 +=========+|n +====
x1 + x2 + x3 + =========== + xn + === ? O. Consequentemente, a sequência de somas parciais
|1 + |2 + |3 + ========= + |n + ==== é limitada e, além disso, monótona. Logo, pelo teorema
P
"
5.22 é convergente e, assim, a série |q é convergente.
q=1
P
" P
"
ll) Sejam xq uma série divergente e |q xq 0 para todo q a série |q
q=1 q=1
P"
é divergente. Como xq uma série divergente a sequência de somas parciais Vq não
q=1
tem limite, de modo que dado um número O A 0 existe N A 0 tal que x1 + x2 + x3 +
===========+xn +=== A O para todo q A N. Como |q xq para todo q segue que a sequência
de somas parciais |1 + |2 + |3 + ========= + |n + ==== x1 + x2 + x3 + =========== + xn + === A O.
Consequentemente, a sequência de somas parciais |1 + |2 + |3 + ========= + |n + ==== não é
P
"
limitada e, assim, a série |q é divergente.
q=1
Solução: Conforme o teorma 5.40 devemos encontrar uma série que sabemos
ser convergente ou divergente e fazer a comparação do termo geral dessa série com a
série em estudo. Um procedimento usado para encontrar um termo geral adequado é
majorar o termo geral da série proposta. Vamos descrever o processo.
q q q 1
? 3 ? 3 =
q3 + q2+q+1 2
q +q +q q +q 2 q(q + 1)
168
P" 20000
No exemplo 5.25 vimos que a série é convergente. Como podemos
q=1 q(q + 1)
P
" 20000 X"
1 P
" 1
escrever = 20000 segue (pela propriedade i) que
q=1 q(q + 1) q=1
q(q + 1) q=1 q(q + 1)
é convergente.
q 1
ii) Vamos vericar se para todo q.
q3 + q2 + q + 1 q(q + 1)
q 1
q3 + q2+q+1 q(q + 1)
qq(q + 1) q3 + q2 + q + 1
q3 + q2 q3 + q2 + q + 1
0q+1
Verdadeiro para todo q
P
" q
Logo, pelo teorema 5.40 a série é convergente.
q=1 q3 + q2+q+1
Critério de D ’Alambert
P" xq+1
Teorema 5.42. Seja xq uma série tal que xq A 0 para todo q e lim = O.
q=1 q<" xq
Então
P
"
i) A série xq converge se O ? 1;
q=1
P
"
ii) A série xq diverge se O A 1;
q=1
169
xq+1 ? xq t
xq+2 ? xq+1 t ? xq tt ou seja xq+2 ? xq t 2
xq+2 ? xq+2 t ? xq t2 t ou seja xq+3 ? xq t 3
2q 2q+1
Solução: Temos xq = e xq+1 = . Logo,
q q+1
2q+1
xq+1 q2q+1 q2q 2 2q
= q +q 1 = q = q =
xq 2 2 (q + 1) 2 (q + 1) (q + 1)
q
e
xq+1 2q
lim = lim =2A1
q<" xq q<" (q + 1)
P" 2q
Consequentemente, a série é divergente.
q=1 q
q=1 q!
1 1
Solução:Temos xq = e xq+1 = . Logo,
q! (q + 1)!
1
xq+1 (q+1)! q! 1
lim = lim 1 = lim = lim =0 ?1
q<" xq q<" q<" (q + 1)! q<" q + 1
q!
P" 1
portanto a série converge.
q=1 q!
.
170
Critério de Cauchy
P
" s
Teorema 5.45. Seja xq uma série tal que xq A 0 para todo q e lim q x
q = O.
q=1 q<"
Então
P
"
i) A série xq converge se O ? 1;
q=1
P
"
ii) A série xq diverge se O A 1;
q=1
Solução: Temos
sµ ¶q
s q q q
q
xq = =
2q + 5 2q + 5
Assim,
s q 1
lim q
xq = lim = ? 1=
q<" q<" 2q + 5 2
" ¡
P ¢q
q
Logo, a série 2q+5
é convergente.
q=1
" ¡
P ¢
4q35 q
Exemplo 5.47. Usando o critério de Cauchy, estudar a convergência da série 2q+1
.
q=1
Solução: Temos
sµ ¶q µ ¶
s q 4q 5 4q 5
q
xq = =
2q + 1 2q + 1
Assim,
µ ¶
s 4q 5
lim xq = lim
q
= 2 A 1=
q<" 2q + 1
q<"
" ¡
P ¢
4q35 q
Logo, a série 2q+1
é divergente.
q=1
171
Critério da integral
P"
Seja xq uma série tal que xq+1 xq para todo q. Seja i ({) uma função maior
q=1
do que zero, cont´nua e decrescente no intervalo [0> 4) tal que i (1) = x1 > i (2) =
R" P
"
x2 ===========> i (q) = xq > ==== Então, se 1 i ({) g{ existe a série xq é convergente. Caso
q=1
contrário, divergente.
A demonstração deste teorema poderá ser estudada em qualquer um dos
livros constantes na bibliograa.
Série p
P" 1
Denição 5.48. Denominamos série s a série escrita na forma s
onde s é uma
q=1 q
constante positiva.
A denominação s vem do fato dessa série também ser conhecida como série
klshu kdupr̂qlfd. Vamos usar o teorema 5.5 para o estudo da série s. A série s é
bastante utilizada no critério da comparação.
P" 1
Exemplo 5.49. Estudar a convergência da série s
.
q=1 q
Solução: Temos
X"
1 1 1 1 1
s
= 1 + s + s + s + =========== + s ========
q=1
q 2 3 4 q
1
Seja i ({) = , então i ({) satisfaz as condições do teorema 5.5, de modo que podemos
{s
escrever
Z " Z q
1 1
g{ = lim g{=
1 {s q<" 1 {s
Temos três casos a considerar:
i. Se s = 1 teremos
Z " Z q
1 1
g{ = lim g{ = lim ln {|q1 = lim [ln q ln 1] = 4
1 { q<" 1 { q<" q<"
P" 1 X"
1
Consequentemente, se s = 1 a série s
= é divergente. Note que
q=1 q q=1
q
se s = 1 temos a série harmônica.
172
ii. Se s ? 1 teremos 1 s A 0
Z Z · 13s ¸
"
1 q
1 {13s q q 1
g{ = lim g{ = lim |1 = lim =4
1 {s q<" 1 {s q<" 1 s q<" 1 s 1s
P" 1
Consequentemente, se s ? 1 a série s
é divergente.
q=1 q
iii. Se s A 1 teremos 1 s ? 0
Z Z
"
1 q
1 {13s q q13s 1 1
g{ = lim g{ = lim | 1 = lim lim =
1 {s q<" 1 {s q<" 1 s q<" 1 s q<" 1 s 1s
.
P" 1
Consequentemente, se s A 1 a série s
é convergente.
q=1 q
P
" 1
b) 1 divergente pois s ? 1.
q=1 q2
5.6. Exerc´>cios
P
" 1 P" |vhq(q)| P
" q! P
" 1
0 h) s i) j) k) s
q=1 q2 + 4q q=1 2q q=1 (2 + q)! q=1 q3 + 5
P
" 1 P" 1 P
" q P" 2q
l) s m) s 3
2
q=1 q q + 5 q=1 q + q+5 q=1 4q + q + 1 q=1 (2q)!
P
" 3q P" 3q P
" q!
g) s h) q 2
i)
q=1 q3 + 1 q=1 2 (q + 2) q=1 2q (2 + q)!
P
" 1 P" q+1 P
" q
j) k) q
l)
q=1 q + 5 q=1 q4 q=1 4q + q + 1
173
3. Usando o teste de Cauchy,
µ verique
¶q se as séries
µabaixo¶são convergente ou não.
P" (ln q) q P" q+1 P" q + 1
q
d) q e) 2q d)
q=1 q 2 q=1 q2 q=1 q2 2q
4. Usando o teste da integral verique se as séries abaixo são convergente ou não.
P
" P" P
"
d) qh3q e) s1 f) ln q
q
q=1 q=1 (q+1) ln(q+1) q=1
P
"
1
P
"
dufwjq P
"
2
g) q ln q
h) q2 +1
i) qh3q
q=1 q=1 q=1
P
" P
"
hdufwjq
P
"
1
j) q2 h3q k) q2 +1
l) (q+2)(q+4)
q=1 q=1 q=1
==
P
" 1 1 1 1 1
Exemplo 5.52. A série (1)q31 s
= 1 s + s s + =========== + (1)q31 s =======
q=1 q 2 3 4 q
é um exemplo de série alternada.
Infelizmente todos os critérios de convegência de séries vistos até o momento não são
válidos para séries alternadas. Por isso, passaremos a ver alguns resultados que são
válidos para esse caso.
tal que:
i) x1 A x2 A x3 A x4 A ===========;
174
a) A série é convergente e
b) 0 ? Vq ? x1 .
P
"
Exemplo 5.55. Usando o teorema de Leibnitz, estudar a convergência da série (1)q31 q+2
q(q+1)
.
q=1
175
Solução: Vamos vericar se xq satisfaz as condições do teorema 5.7.O termo
q+2 q+2
geral da série é xq = q(q+1)
e q(q+1)
A 0 par todo q. Assim, Vamos vericar se xq A xq+1
para todo q. Temos
xq A xq+1
q+2 (q+1)+2
q(q+1)
A (q+1)(q+1)+1)
q+2 q+3
q(q+1)
A (q+1)(q+2)
(q + 2) (q + 1) (q + 2) A q (q + 1) (q + 3)
q3 + 5q2 + 8q + 4 A q3 + q2 + 3
4q2 + 8q A 1 Verdadeiro para todo q
Denição 5.56. Denominamos série de termos de sinais quaisquer à série formada por
termos positivos e negativos.
P
" I I I I
Exemplo 5.57. A série vhq( q
6
) = 12 + 2
3
+1 + 2
3
+ 12 + 0 12 2
3
1 2
3
12 + 0===
q=1
é um exemplo de série de termos de sinais quaisquer. As séries alternadas são casos
particulares das séries de termos de sinais quaisquer.
P
" P
"
Teorema 5.58. Seja xq uma série de termos de sinais quaisquer. Se a série |xq |
q=1 q=1
P
"
for uma série convergente então a série a xq será convergente.
q=1
P
"
Se a série |xq | for uma série divergente nada podemos armar sobre a
q=1
P
"
convergência da série de sinais quaisquer xq .
q=1
176
P"
Exemplo 5.59. Vimos no exemplo 5.55 que a série (1)q31 q(q+1)
q+2
é convergente.
P ¯ ¯ P
q=1
"
¯ q31 q+2 ¯
"
Porém, a série ¯(1) q(q+1) ¯
= q+2
q(q+1)
não é convergente. O leitor pode vericar
q=1 q=1
essa armação usando o critério da comparação.
P
"
1
Exemplo 5.60. Usando o teorema 5.58 estudar a convergência da série (1)q31 q3
.
q=1
" ¯
P ¯ P
"
Solução: Podemos escrever ¯(1)q31 1 ¯
= 1
. Como podemos
q3 q3
q=1 q=1
P
"
1
observar, a série q3
é uma série s com s A 1 e, portanto, convergente. Logo,
q=1
P
"
1
(1)q31 q3
é convergente. A convergência desta série também pode ser estudada
q=1
pelo teorema de Leibnitz.
P" vhq(qw)
Exemplo 5.61. Usando o teorema 5.58 estudar a convergência da série .
q=1 q2
¯ ¯
" ¯ vhq(qw) ¯
P ¯ ¯ = P |vhq(qw)| . Usando o teste de
"
Solução: Podemos escrever ¯ q2 ¯ q=1
q=1 q2
|vhq(qw)|
comparação, sabendo que |vhq(qw)| 1 para todo q, podemos concluir que
¯ ¯ q2
1 P ¯¯ vhq(qw) ¯¯
"
2
para todo q. Portanto, o termo geral da série ¯ q2 ¯ é menor que o termo
q q=1
P" 1 P
" vhq(qw)
geral da série 2
que é uma série s convergente pois s A 1. Logo, a série
q=1 q q=1 q2
é convergente.
P
" 1
é convergente. Vamos mostrar que a série (1)q31 converge sob condições, isto é,
q=1 q
podemos interferir na sua forma de convergir.
177
P
" 1
Solução: Para modicar o limite de convergência de (1)q31 basta
q=1 q
reagrupar os termos como segue:
na forma
X
" µ ¶ µ ¶
q31 1 1 1 1 1 1 1 1
(1) = 1 + + + ===== + === + + ===== + ===
q=1
q 3 5 2q 1 2 4 6 2q
nada podemos armar sobre a sua convergência. Isso ocorre porque a série
X" ¯ ¯ X
¯ ¯ "
¯(1)q31 1 ¯ = 1
¯ q ¯ q
q=1 q=1
não converge.
P
"
i) Se |xq | converge a série é denominada absolutamente convergente;
q=1
P
" P
" P
"
ii) Se xq converge e |xq | diverge, então a série xq é condicionalmente con-
q=1 q=1 q=1
vergente.
P
" 1
Exemplo 5.64. A série (1)q31 estudada no exemplo 5.62 é condicionalmente
q=1 q
P" vhq(qw)
convergente e a série estudada no exemplo 5.61 é absolutamente convergente.
q=1 q2
178
5.10. Exerc´>cios
P
" 3q P
" q2 + 1 P
" qq
j) (1)q31 k) (1)q31 l) (1)q31
q=1 q! q=1 q3 q=1 q!
179
5.11. SÉRIES DE FUNÇÕES
ou
A essa soma denominamos série de funções e Vq ({) é a soma dos q sulphlurv termos
da série. Mais geralmente denimos série de funções como segue.
Denição 5.65. Denominamos série de funções a toda série na qual o termo geral é
uma função da variável { e denotaremos por
X
"
xq ({) = x0 ({) + x1 ({) + x2 ({) + ====== + xq ({) + ===
q=0
X
"
{q = 1 + { + {2 + {3 + {4 + ======= + {q ====
q=0
para cada valor de { é uma série geométrica e, portanto, converge se |{| ? 1 e diverge
1
caso contrário. Já sua soma será a função V ({) = se |{| ? 1. Isso signica que
1{
uma série de funções convergente, converge para um conjunto de valores de { denomi-
nado dom´nio ou intervalo de convergência.
P
"
Denição 5.66. Seja xq ({) uma série de funções que converge. Denominamos
q=0
dom´>nio ou intervalo de convergência da série ao conjunto de todos os valores de {
para os quais a série é convergente e denominamos raio de convergência à distância
entre o centro e a extremidade do intervalo convergência.
180
P
"
Exemplo 5.67. O raio e o intervalo de convergência da série {q é U = 1 e o intervalo
q=0
de convergência é dado por (1> 1).
Prova: Pela denição 5.68, devemos mostrar que existe uma série numérica
P
" ¯ q{ ¯
convergente xq tal que ¯ cos
q2 +1
¯ ? xq . Como |cos q{| 1 para todo q e todo {
q=1
podemos escrever
¯ cos q{ ¯
¯ 2 ¯ |cos q{|
1
? 1
q +1 q2 +1 q2 +1 q2
1
P" 1
Portanto, tomando xq = q2
segue que existe a série s, 2
, convergente
q=1 q
¯ q{ ¯ P
"
tal que ¯ cos
q2 +1
¯? 1
q2
para todo q A 1. Logo, cos q{
q2 +1
é majorável.
q=0
P
"
Teorema 5.70. Seja xq ({) uma série de funções majorável no intervalo [d> e], então
q=0
P
"
xq ({) é absolutamente convergente em [d> e].
q=0
181
Prova: Escrevemos a soma dos q sulphlurv termos
³ 1 ´ ³ 1 ´ ³ 1 ´ µ 1 1
¶
1 1
Vq ({) = { 3 { + { 5 { 3 + { 7 { 5 + ==== + { 2q+1 { 2q31
Eliminando os parênteses vem
1
Vq ({) = { + { 2q+1
Agora,
;
µ 1
¶ A? 1 { vh { A 0
A
lim Vq ({) = lim { + { 2q+1 = 0 vh { = 0
q<" q<" A
A
= 1 { vh { ? 0
Portanto, lim Vq ({) existe para todo { 5 R. Porém, a soma da série não é
q<"
uma função cont´nua.
O teorema que segue permite identicar as séries de funções que convergem
para funções cont´nuas.
P
"
Teorema 5.72. Seja xq ({) uma série de funções majorável no intervalo [d> e], então
q=0
a soma Vq ({) converge para uma função cont´>nua V ({) no intervalo [d> e].
P
"
1
Exemplo 5.73. A série de funções {q converge para a função V ({) = 13{
no inter-
q=0
valo (1> 1).
A integração de uma série de funções também exige cuidados. No Cálculo vimos que a
integral da soma nita de funções é igual a soma das integrais. Se a soma de funções
for innita, isso pode não ocorrer. As condições necessárias para integração da soma
innita de funções são dadas pelo teorema abaixo.
P
"
Teorema 5.74. Seja xq ({) uma série de funções cont´>nuas majorável no intervalo
q=0
[d> e] e seja V ({) a soma. Então, para [> ] [d> e] vale a armação
R R R R
V ({) g{ = x1 ({) g{ + x2 ({) g{ + x3 ({) g{ + =========.
P
"
Exemplo 5.75. A série de funções cont´>nuas {q é majorável no intervalo (1> 1).
q=0
Assim, para qualquer [> ] (1> 1) tem-se
R 1 R R R R
13{
g{ = g{ + {g{ + {2 g{ + {3 g{ + =========.
182
Derivadas de uma série de funções cont´>nuas
No Cálculo vimos que a derivada da soma nita de funções é igual a soma das derivadas.
Se a soma de funções for innita, isso pode não ocorrer. As condições necessárias para
derivação da soma innita de funções são dadas pelo teorema a seguir.
P
"
Teorema 5.76. Seja xq ({) uma série de funções cont´>nuas majorável no intervalo
q=0
[d> e] que converge para a função V ({) no intervalo [d> e]. Então V 0 ({) = x00 ({)+x01 ({)+
x02 ({) + ===== + x0q ({) === se as seguintes condições estiverem satisfeitas:
l) As funções x0 ({), x1 ({), x2 ({), ....., xq ({) tem derivadas cont´>nuas;
ll) A soma x00 ({) + x01 ({) + x02 ({) + ===== + x0q ({) ===, é majorável.
P
" {q
Exemplo 5.77. A série de funções cont´>nuas é majorável no intervalo (1> 1).
q=1 q
Assim, para qualquer intervalo [> ] (1> 1) :
{2 {3 {q
i) As funções x1 ({) = {, x2 ({) = , x3 ({) = ....., xq ({) = === tem derivadas
2 3 q
cont´>nuas;
q2
. Portanto, a série é uma série de funções cont´nuas majorável para todo
q=1 q2
{ real. Agora,
183
ou
Para { = 0 temos
ou
As séries de potências são séries de funções que aparecem com mais freqûencia nos
problemas de engenharia. Por isso deve-se dar atenção especial ao seu estudo.
P
"
Denição 5.79. Denominamos série de potências a toda série escrita na forma fq {q ,
q=0
com coecientes constantes fq .
Observação 17. Para que os resultados anteriores possam ser usados sem mudanças
nas notações vamos admitir xq = fq {q para o caso das séries de potências.
P
"
Teorema 5.80. Se uma série de potências, fq {q , converge para um valor {0 não
q=0
nulo, então converge para todo |{| ? |{0 |.
P
"
Denição 5.81. Seja uma série de potências, fq {q , que converge para um valor
q=0
{0 não nulo. Denominamos intervalo de convergência da série ao conjunto de todos os
pontos para os quais a série converge e raio de convergência U, à distância entre o centro
e a extremidade do intervalo de convergência.
184
Em qualquer caso teremos
¯ ¯
¯ xq+1 ¯
lim ¯ ¯ = |{| O
q<" ¯ xq ¯
em que
O = lim fq
q<"
|{| O ? 1
1
i. |{| O ? 1 donde vem |{| ? O
ou seja U = O1 =
ii. Como pelo critério de D ’Alambert nada podemos armar se |{| O = 1, devemos
1
vericar se a série converge para { = O
e { = O1 .
Solução:
¯ ¯Vamos aplicar o critério de D ’Alambert. Assim devemos primeiro
¯ xq+1 ¯
encontrar lim ¯¯ ¯.
q<" xq ¯
¯ ¯
¯ 3q+1 {q+1 ¯
¯ ¡ ¯
¯ ¯ ¯ 2¢ ¯ ¯ q q q ¯
¯ xq+1 ¯ ¯ 5q+1 1 + (q + 1) ¯ ¯ 5 3 3{ { (1 + q2 ) ¯
lim ¯ ¯ = lim ¯ ¯ = lim ¯¯ q ¯
q<" ¯ xq ¯ q<" ¯ 3q {q ¯ q<" 5 5 (q2 + 2q + 2) 3{q ¯
¯ ¯
¯ 5q (1 + q2 ) ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ xq+1 ¯ ¯ 3{ (1 + q2 ) ¯ ¯ 3 (1 + q2 ) ¯
lim ¯ ¯ ¯
= lim ¯ ¯ ¯
= lim |{| lim ¯ ¯ = |{| 3 =
q<" ¯ xq ¯ q<" 5 (q2 + 2q + 2) ¯ q<" q<" 5 (q2 + 2q + 2) ¯ 5
• Se { = 53 teremos a série
¡ ¢q
X "
3q 53 X
"
q 3q 5q X"
1
2
= (1) 2
= (1)q =
q=0
q
5 (1 + q ) q=0 q
5 (1 + q ) 3q
q=0
(1 + q2 )
185
Pelo critério de Leibnitz a série
X
"
1
(1)q
q=0
(1 + q2 )
é convergente.
P
" 3q {q
Logo, a série q (1 + q2 )
converge se { = 53 .
q=0 5
5
• Se { = 3
teremos a série
¡ ¢q
X"
3q 53 X
"
3q 5q X"
1
2
= 2
=
q=0
q q
5 (1 + q ) q=0 5 (1 + q ) 3q
q=0
(1 + q2 )
.
é convergente.
P
" 3q {q 5
Logo, a série q 2
converge se { = 3
.
q=0 5 (1 + q )
P
" 3q {q 5
Conclusão: O raio de convergência da série q 2
é U = 3
e inter-
q=0 5 (1 + q )
valo é 53 { 53 .
P" 2 ({ 5) q
Exemplo 5.84. Determinar o raio e o intervalo de convergência da série 2
.
q=0 q + 3
X
"
2 ({ 5) q X"
2} q
=
q=0
q2 + 3 q=0
q2 + 3
186
¯ ¯
¯ 2} q+1 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ xq+1 ¯ ¯ 2 ¯ ¯ (q2 + 3) 2} q+1 ¯
¯ (q + 1) + 3 ¯ ¯ ¯
lim ¯¯ ¯ = lim ¯
¯ q ¯ = lim ¯ ¡ 2 ¢ ¯
q<" xq q<" ¯ 2} ¯ q<" ¯ (q + 1) + 3 2} ¯ q
¯ ¯
¯ q2 + 3 ¯
¯ ¯ ¯ ¯ ¯ ¯
¯ xq+1 ¯ ¯ (q2 + 3) 2} q } ¯ ¯ q2 + 3 ¯
lim ¯ ¯ ¯
= lim ¯ q 2 ¯ ¯
= lim |}| lim ¯ 2 ¯ = |}| =
q<" ¯ xq ¯ q<" 2} (q + 2q + 4) ¯ q<" q<" q + 2q + 4 ¯
• Se } = 1 teremos a série
X"
2} q X"
2 (1)q X
"
2
2
= 2
= (1)q 2
q=0
q + 3 q=0 q + 3 q=0
(q + 3)
.
P" 2
Pelo critério de Leibnitz a série (1)q 2 é convergente. Logo, a
q=0 (q + 3)
P" 2} q
série 2
converge se } = 1 .
q=0 q + 3
• Se { = 1 teremos a série
X"
2} q X
"
2(1)q X
"
2
2
= 2
= 2
q=0
q + 3 q=0 q + 3 q=0 (q + 3)
.
P
" 2
Usando o critério de comparação conclu´mos que a série é con-
q=0 (q2 + 3)
vergente. Logo, a série
X"
2} q
q=0
q2 + 3
converge se } = 1 .
P" 2} q
Conclusão: O raio de convergência da série 2
é U = 1 e intervalo é
q=0 q + 3
1 } 1.
Substituindo } por ({ 5) em 1 } 1 obtemos
1 { 5 1
donde vem
4{6
P" 2 ({ 5) q
que é o intervalo de convergência da série 2
.
q=0 q + 3
187
5.13. Séries de Taylor
P
"
Considere a função i ({) = Pretende-se encontrar uma série de potências xq ({ d)q
q=0
tal que
P
"
i ({) = xq ({ d)q . Em outras palavras queremos
q=0
188
• Determinamos a segunda derivada da função Taylor e, na seqüência i 3 (d) para
obter x3 . Temos
X
"
i q (d)
i ({) = ({ d)q =
q=0
q!
Exemplo 5.85. Desenvolver em série de Taylor a função i ({) = vhq{.
Substituimos na fórmula
i ” (d) i 3 (d) i q (d)
i ({) = i (d) + i 0 (d) ({ d) + ({ d)2 + ({ d)3 + ==== + ({ d)q ====
2! 3! q!
vhqd cos d vhqd
vhq{ = vhqd + cos d ({ d) ({ d)2 ({ d)3 + ({ d)4 ====
2! 3! 4!
Esta série pode ser reescrita separando os termos em seno do termos em
coseno
³ vhqd vhqd ´ ³ cos d ´
vhq{ = vhqd ({ d)2 + ({ d)4 ==== + cos d ({ d) ({ d)3 + ====
2! 4! 3!
escrevendo em forma de somatório vem
X"
vhqd X"
cos d
vhq{ = (1)q ({ d)2q + (1)q ({ d)2q+1
q=0
2q! q=0
(2q + 1)!
189
5.14. Série de Maclaurin
Colin Maclaurin (1698 - 1746) foi um matematico escocês. Para obter o desenvolvimento
de uma função em série de Maclaurin basta tomar d = 0 na série de Taylor. Desse modo
temos
i ”(0) 2 i 3 (0) 3 i q (0) q
i ({) = i (0) + i 0 (0) { + 2!
{ + 3!
{ ==== + q!
{ ====
µ ¶ µ ¶
vhq0 2 vhq0 4 cos 0 3
vhq{ = vhq0 ({ 0) + ({ 0) ==== + cos 0 ({ 0) ({ 0) + ====
2! 4! 3!
{3 {5 {7 {9
vhq{ = { + + ====
3! 5! 7! 9!
=
X
"
{2q+1
vhq{ = (1)q =
q=0
(2q + 1)!
Uma
³ ´aplicação dessa série pode ser feita para determinar, por exemplo, o
valor do vhq
6
³ ´3 ³ ´5 ³ ´7 ³ ´9
1
vhq = 6 + 6 6 + 6 ===== = .
6 6 3! 5! 7! 9! 2
R vhq{
Exemplo 5.87. Desenvolver em série de funções {
g{=
190
vhq{ {2 {4 {6
• Primeiro dividimos cada termo do exemplo 5.86 por { = 1 + +
{ 3! 5! 7!
{8
=====
9!
Z Z Z Z Z Z
vhq{ {2 {4 {6 {8
g{ = g{ g{ + g{ g{ + g{=====
{ 3! 5! 7! 9!
donde vem
Z X "
vhq{ {3 {5 {7 {9 {2q+1
g{ = { + 5 + ====== = (1)q =
{ 3!3 5!5 7!7 9!9 q=0
(2q + 1)! (2q + 1)
Exemplo 5.88. Use séries para provar que o limite de lim sin{{3{
3 = 31
6
{<0
Resolução
j(d) = sin(d)
j 1 (d) = cos(d)
j 2 (d) = sin(d)
j 3 (d) = cos(d)
j 4 (d) = sin(d)
em Maclaurin temos:
{3 {5 {7 {9 2q+1
sin { = { 3!
+ 5!
7!
+ 9!
+ ===== + (1)q {2q+1
sin {3{
{3
= sin{3
{
{3
1
2 {4 {6
lim sin {3{
3 = 3!1 + {5! 7!
+ 9!
+ ==== = 16
{<" {
vhq2{
Exemplo 5.89. Desenvolver em série de Mclaurin a função i({) = {
191
Anteriormente, vimos que por série de Maclaurin,
{3 {5 {7 {9 {2q+1
sin { = { + + + ===== + (1)q
3! 5! 7! 9! 2q + 1
(2{)3 (2{)5 (2{)7 (2{)9 (2{)2q+1
sin 2{ = 2{ + + + ===== + (1)q
3! 5! 7! 9! 2q + 1
3 3 5 5 7 7 9 9 2q+1 2q+1
2{ 2{ 2{ 2{ 2 {
sin 2{ = 2{ + + + ===== + (1)q
3! 5! 7! 9! 2q + 1
X"
(1)q 22q+1 ({)2q+1
sin 2{ =
q=0
(2q + 1)!
portanto para
(d + e)q = Fq0 dq + Fq1 dq31 e + Fq2 dq32 e2 + === + Fqn dq3n en + ===== + Fqq eq .
q! q(q31)(q32)=====(q3(n31))(q3n)! q(q31)(q32)=====(q3(n31))
Como Fqn = n!(q3n)!
= n!(q3n)!
= n!
podemos escrever
q(q31) q32 2
(d + e)q = dq + qdq31 e + 2!
d e + === + q(q31)(q32)=====(q3(n31)) q3n n
n!
d e +
q
===== + e .
Tomando d = 1 e e = { vem
q(q31) 2
(1 + {)q = 1 + q{ + 2!
{ + === + q(q31)(q32)=====(q3(n31)) n
n!
{ + ==== + {q .
q (q 1) 2 q (q 1) (q 2) 3
(1 + {)q = 1 + q{ + { + { + === + (5.1)
2! 3!
q (q 1) (q 2) =====(q n + 1) n
+ { + ==== (5.2)
n!
192
Esta série é chamada série binomial e como o leitor poderá vericar através do critério de
D ’Alambert é absolutamente convergente para todo { tal que |{| ? 1. Pode ser provado
que esse desenvolvimento é verdadeiro para todo q. A prova pode ser encontrada nos
livros citados na bibliograa. Escrevendo em forma de somatório vem para todo q.
P
" q (q 1) (q 2) =====(q n + 1)
(1 + {)q = 1 + {n se |{| ? 1.
q=0 n!
1
Exemplo 5.90. Desenvolver em série de funções a função i ({) = 1+{
.
Solução: Temos
1
i ({) = = (1 + {)31
1+{
Portanto, basta substituir q = 1 na fórmula??. Assim,
1 X "
= 1 { + {2 {3 + {4 =========== = (1)q {q =
1+{ q=0
ln({+1)
Exemplo 5.91. Expresse como uma série de potência em { a função i({) = {
1
Vamos analisar inicialmente a função ln({ + 1)= A derivada de ln({ + 1) é {+1
193
X" Z
R 1
g{ = (1)q {q g{
1+{ q=0
R 1 {q+1
g{ = (1)q
1+{ q+1
ln({+1)
Como queremos i({) = {
, temos:
q+1
ln({ + 1) (1)q {q+1 {q
= = (1)q
{ { q+1
Solução: Temos
1 1
i ({) = s = (1 + {)3 2
1+{
µ ¶ ¡ ¢ ¡ ¢¡ ¢
1 1 12 31
2
1 2 12 12 1 12 2 3
s =1+ {+ { + { + ===+
1+{ 2 2! 3!
¡ ¢¡ ¢
12 12 1 12 2 =====( 12 n + 1) n
+ { + ====
n!
donde vem
µ ¶ µ ¶µ ¶
1 3 1 3 5
1 1 2 2 2 2 2 2 3
s =1 {+ { + { + ===+
1+{ 2 2! 3!
µ ¶µ ¶
1 3 5 1 2n
=====( )
2 2 2 2
+ {n + ===
n!
resultando em
1
Exemplo 5.93. Desenvolver em série de funções a função i ({) = s .
1 {2
194
Solução: Podemos aproveitar o resultado do exemplo 5.92. Basta substituir
{ no exemplo 5.92 por ({2 ). Teremos então
1 1 ¡ 2 ¢ 1 · 3 ¡ 2 ¢2 1 · 3 · 5 ¡ 2 ¢3
p =1 { + 2 { 3 { + ===+
2
1 + ({ ) 2 2 2! 2 3!
1 · 3 · 5 · · (2q 1) ¡ 2 ¢q
+ (1)q { ===
2q q!
Solução: Vimos no teorema 5.74 que uma série de funções cont´nuas ma-
jorável, a integral da soma é igual a soma das integrais. Sendo a derivada da função
1
i ({) = dufvhq{ igual a i 0 ({) = s podemos aproveitar o resultado do exemplo
1 {2
5.93, isto é
Z Z Z Z Z
g{ 1 2 1·3 4 1·3·5
s = g{ + { g{ + 2 { g{ + 3 {6 + ===+
1 {2 2 2 2! 2 3!
Z
1 · 3 · 5 · === · (2q 1)
+ {2q g{===
2q q!
resultando em
X
"
1 · 3 · 5 · === · (2q 1)
dufvhq{ = { + {2q+1 =
q=1
2q q! (2q + 1)
195
5.16. Exerc´>cios Gerais
cos 2{ + 2{2 1
lim
{<0 {4
R
2. Usando Maclaurin determine o valor de {2 ln({ + 1)g{
P
"
4
3. Encontre o termo geral da soma da série 4q2 31
e verique se ela é convergente.
q=1
X"
2q ({32)q
5. Encontre o raio e o dom´nio de convergência da série: (5)q (1+q2 )
q=0
4
6. Determine o intervalo de convergência que representa a série i ({) = {2
R
7. Usando séries de Maclaurin, prove que a fr{g{ = sin { + n
196
13. Desenvolver em série de Taylor e Mclaurin as funções
2
d)i({) = vhq2{ e)i ({) = {2 vhq2{ f)i ({) = h3{ g)i ({) = h3{
vhq{ cos {
h)i({) = cos 2{ j)i({) = {
k)i({) = {2
1 I1 1 I 1
d)i({) = 1+{ e)i({) = 1+{
f)i ({) = 1+{2
g)i({) = 13{2
R vhq{ R 3{2
R ln(1+{)
h)i({) = {
g{ j)i({) = h k)i({) = {
l)i({) = ln 1+{
13{
s
3
m)i({) = dufvhq{ o)i ({) = arccos { q)i ({) = dufwdj{ r)i({) = 1+{
197