Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2) na linha de costa, para onde os sedimentos de plataforma são transportados para formar as
praias e as planícies de marés, e
3) no talude e bacia, para onde os sedimentos de plataforma são carreados por fluxos de
gravidade.
CONSTITUINTES DAS ROCHAS CARBONÁTICAS
1) GRÃOS
1.1 Oolitos
São grãos esféricos formados por envelopes concêntricos em torno de um núcleo qualquer.
Originam-se por ação essencialmente físico-química em condições de águas rasas, mornas e agitadas.
- Oolitos simples: oolitos que apresentam um único núcleo, podendo ser este um grão aloquímico
ou terrígeno;
- Oolitos com núcleo indiviso: quando a cristalização do oolito inicia-se a partir de um único cristal.
1.2 Oncolitos
São grãos de natureza organo-sedimentar provenientes da alternância em torno de um núcleo
qualquer de camadas resultantes da atividade metabólica de microorganismos, normalmente algas
azuis-verdes ou bactérias, com camadas geradas pelo trapeamento de lama carbonática.
Oolito Oncolito
Caráter mais espático Caráter mais micrírttico
Estrutura concêntrica e radial Estrutura desde maciça a concêntrica
Maior esfericidade Maior esféricos, ovóides a alongados
1.5 Agregados
C D
500 μm 200 μm
CONSTITUINTES DAS ROCHAS CARBONÁTICAS
2) MATRIZ
Corresponde à fração mais fina (cristais 5 m) e abundante das rochas carbonáticas,
sendo também chamada de lama carbonática.
Neste processo, fragmentos esqueletais e outras partículas maiores são reduzidas, por ação de
ondas e correntes, a granulometrias bastante finas, ao passo quem na abrasão biológica, a
redução das partículas maiores é realizada por organismos bioerosivos;
Este processo, que resulta da evaporação da água do mar, não tem sido comprovado como
volumetricamente importante em sedimentos carbonáticos recentes, e
Além destes 3 processos, em águas mais profundas a principal fonte de micrita são os
sedimentos pelágicos constituídos por esqueletos de vários grupos de nanofósseis,
pitonelas, bem como forâminíferos bentônicos e plantônicos.
CONSTITUINTES DAS ROCHAS CARBONÁTICAS
3) CIMENTO
O cimento nas rochas carbonáticas pode ocorrer sob as seguintes formas:
1) Classificação de Grabau
(1903 e 1904) e de
Carozzi (1978) – que se
baseiam em termos
granulométricos.
2) Classificação de Folk (1959) – que se
baseia nos tipos e proporções entre
grãos, matriz e cimentos.
3) Classificação de Dunham (1962) –classificação puramente textural, distingue as
rochas carbonáticas em ‘suportadas por grãos’ e ‘suportadas por matriz’.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIGNOT G. 1985. Elements of micropaleontology: microfossils - their geological and paleontological applications. Graham &
Trotman, London. 217p.
BRASIER M.D. 1985. Microfossils. 4a ed. George Allen & Unwin, London. 193p.
CÓRDOBA, V.C. 1991. Microfácies, modelo deposicional e evolução da plataforma carbonática Albo-Cenomaniana da Bacia do
Jequitinhonha. Ouro Preto, Universidade Federal de Ouro Preto, 163p. (Dissertação de mestrado/DEGEO/UFOP).
CÓRDOBA, V.C. 2001. A evolução da plataforma carbonática Jandaíra durante o Neocretáceo na Bacia Potiguar: análise
paleoambiental, diagenética e estratigráfica. Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, UNESP/Campus de Rio Claro, 239p.
(Tese de doutorado/IGCE/UNESP).
CHOQUETTE, P.W. & PRAY, L.C. 1970. Geological nomenclature and classification of porosity in sedimentary carbonates. Am.
Assoc. of Petrol. Geol. Bull., 54(2):207-250.
DUNHAM, R.J. 1962. Classification of carbonate rocks accoding to deposicional texture. In HAM, W.E. (ed.). Classification of
carbonate rocks. Tulsa, AAPG Memoir 1, p.108-121.
HAQ B.U. & BOERSMA A. 1978. Introduction to marine micropaleontology. Elsevier Science Publishing Co. Inc., NewJONES D. J.
1956. Introduction of microfossils. Harper & Brothers Publishers, New York. 406p.
HOROWITZ A. S. & POTTER P.E. 1971. Introductory petrography of fossils. Springer-Verlag, Berlim, Heidelberg. 302p.
JOHNSON, J.H. 1961. Limestones building algal and algal limestones. Johnson Publishing Co. Brulder Colored. 297p.
MAJEWSKE, O.P. 1974. Recognition of invertebrate fóssils fragments in rocks and thin sections. Leiden E.J. Brill, ?p.
MOORE, C.H. 1989. Carbonate diagenesis and porosity. Amsterdam. Elsevier Science Publishers B.V., 338p. (Developments in
Sedimentology, 46).
RIBEIRO-HESSEL M. H. 1982. Curso Prático de paleontologia geral. Editora da Universidade, UFRGS, Porto Alegre. 250p.
SAMPO, M. 1969. Microfacies and microfossils of the Zagros Area, southwestern Iran (from Permian to Miocene). Leiden E.J.
Brill.
SCOFFIN, T.P. 1987. An introduction to carbonate sediments and rocks. New York, Blackie & Son Limited, 273p.
SCHMIDT, V.; McDONALD, D. A. & PRATT, R. L. 1977. Pore geometry and reservoir aspects of secondary porosity in sandstones.
Can. Petrol. Geol. Bull., 25(2):271-290.
SCHOLLE, P. A. 1978. Carbonate rock constituents, textures, cements and porosities. Tulsa, Oklahoma, AAPG, 241p. (Memoir
27).
SEYVE, C. 1990. Introdução à micropaleontologia. Elf Aquitaine, Angola. 231p.