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Atualmente existe um grande debate acerca da linha tênue entre liberdade de expressão e

discurso de ódio. O primeiro é fundamental para uma democracia existir, o outro, por sua
vez, representa uma fala intolerante e sem empatia.

Não existe uma única definição para discurso de ódio, entretanto, todas elas se
assemelham. Segundo Samanta Ribeiro Meyer-Pflug, doutora em Direito, o discurso de
ódio é a manifestação de “ideias que incitem a discriminação racial, social ou religiosa em
determinados grupos, na maioria das vezes, as minorias”. Entretanto, podemos ver que
nesta definição são abordados apenas os pontos de discriminação racial, social ou religiosa,
sem considerar, por exemplo, gênero, orientação sexual, peso, algum tipo de deficiência,
classe, dentre outros.

Já Daniel Sarmento, doutor em Direito Constitucional, afirma que discurso de ódio pode ser
caracterizado por “manifestações de ódio, desprezo ou intolerância contra determinados
grupos, motivadas por preconceitos”.

Sendo assim, com base nessas duas conceituações e no senso comum que existe sobre o
termo, podemos chegar a conclusão que discurso de ódio é um conjunto de ações com teor
intolerante direcionadas a grupos, na maioria das vezes, minorias sociais (mulheres, LGBTs,
gordos(as), pessoas com deficiência, imigrantes, dentre outros).

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