São cuidados que “visam melhorar a qualidade de vida dos doentes e

suas famílias, que enfrentam problemas decorrentes de uma doença

incurável e/ou grave e com prognóstico limitado, através da
prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à identificação precoce e
tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, como a dor, mas
também dos psicossociais e espirituais."1

Morte
Tratamento específico/ curativo

Cuidados Paliativos Luto

Figura 1. Modelo cooperativo com intervenção nas crises2

Priorizam as necessidades do doente e sua família;

Articulam entre diferentes tipos de intervenções, curativa e paliativa,
ao longo de todo o processo de evolução da doença;
Mantêm o apoio à família, durante o processo de luto.
Prestação de cuidados continuados longitudinais:3

Constante desde o nascimento (e por vezes desde antes desse

momento) até à morte (e por vezes até depois);
Diretamente ou através dos serviços de outros, consoante as
necessidades de saúde e os recursos disponíveis no seio da comuni-
dade servida.

O envolvimento do Médico de Família na prestação de

ações/cuidados paliativos contribui para:4

Melhorar a precisão do diagnóstico e identificação de problemas;

Aumentar o uso de terapêuticas baseadas na evidência;
Facilitar a morte no local de escolha;
Aumentar a satisfação do doente.

1. National Cancer Control Programmes: Policies and managerial guidelines. World Health
Organization; 2002.
2. Capelas, M., Neto, I., Coelho, S.. Organização de Serviços. In: Barbosa, A., Pina, P., Tavares, F., Neto, I..
Manual de Cuidados Paliativos. 3a edição, revista e aumentada. Núcleo de Cuidados Paliativos.
Centro de Bioética - Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; 2016. p. 915–36.
3. Allen, J., Gay, B., Crebolder, H., Svab, I., Ram, P., Evans, P.. A Definição Europeia de Medicina
Geral e familiar (Clinica Geral/Medicina Familiar); WONCA Europa; 2002.
4. Mitchell GK. How well do general practitioners deliver palliative care? A systematic review.
Palliat Med. 2002;16(6):457–64.