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INTRODUÇÃO...................................................................................................6
2. O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO............................................................8
2.1 Produtores do espaço urbano.............................................................8
2.2 Processos espaciais em torno da urbanização.................................9
2.2.1 Metrópoles.......................................................................................9
2.2.3 Megalópole.....................................................................................11
3. HIERARQUIA URBANA............................................................................14
5. A CIDADE NEOLIBERAL..........................................................................23
7.1 Histórico...............................................................................................32
LISTA DE FIGURAS
Neste sentido, o objetivo deste livro é trazer uma abordagem analítica sobre o
espaço rural (Geografia Rural) e o espaço urbano (Geografia Urbana), como forma
de estabelecer e delinear as formulações teóricas, os processos espaciais e
históricos e as tendências atuais que se articulam em ambos os espaços.
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1. O URBANO E AS SUAS FORMULAÇÕES TEÓRICO-CONCEITUAIS
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2. O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
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No Capitalismo, a produção do espaço urbano é tendencialmente conflituosa
pois responde aos interesses de classe e imprime no território as marcas da
competição de mercado. Por exemplo, dois produtores centrais do espaço urbano
são promotores imobiliários e proprietários fundiários, segundo contribuição de
Roberto Lobato Corrêa (1995). Ambos produtores comandam a expansão da área
construída porque detém o poder econômico que controla o acesso ao espaço,
restando àqueles grupos desfavorecidos ocupar os espaços marginais. Assim como
eles temos o Estado, em seus projetos de planejamento e infraestrutura, outro
central produtor do espaço urbano.
2.2.1. Metrópoles
Fonte: Cidadedesaopaulo.com
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Além das dimensões físicas e populacionais, o conceito de metrópole inclui
a influência econômica, jurídica, administrativa, cultural e política dos centros
urbanos. As metrópoles, cidades grandes, com imensa densidade populacional, são
conhecidas desde a antiguidade, mas somente no século XX tomaram as
proporções que conhecemos hoje. Do mesmo modo que muitas atividades
econômicas superam as suas escalas econômicas de produção, as cidades que
crescem desmesuradamente acabam por exceder o denominado "tamanho ideal" e,
a partir daí, passam a impor problemas econômicos de escala a grande parte dos
estabelecimentos industriais ou comerciais ali instalados. Esses problemas
econômicos se fazem refletir nos custos de produção, na saturação dos sistemas de
abastecimento d'água, no elevado tempo de viagem imposto aos trabalhadores, nos
problemas de abastecimento causados por dificuldades no trânsito, nas restrições
para resolver o problema dos rejeitos, e assim por diante. No momento em que a
cidade entra numa curva de perda das vantagens inicialmente oferecidas pelo
processo industrial, o lógico seria iniciar a descentralização das atividades,
buscando outras localidades mais vantajosas. Mas isso ocorre em grau muito
reduzido de desaceleração, com uma cidade que cresce e assiste à degradação de
seu meio ambiente e de sua qualidade de vida. A descentralização só tem ocorrido
muitos e muitos anos depois do completo inchaço demográfico e da considerável
destruição do meio ambiente nos grandes centros urbanos.
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Figura 2: Processo de conurbação entre as cidades de Canoas e Gravataí, no
Rio Grande do Sul.
2.2.3. Megalópole
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partilham de um intercâmbio constante de fluxos diversos que envolvem pessoas,
mercadorias e informações, ao ponto de torná-las um espaço unificado de alta
urbanização, não obstante ocorram espaços de produção agropecuária entre elas,
por exemplo. Este espaço constitui uma MEGALÓPOLE, ou o que alguns autores
denominam de cidade-região.
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Figura 4: Megalópole Brasileira em formação entre São Paulo e Rio de Janeiro
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3. HIERARQUIA URBANA
b) concentração demográfica;
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3.1 Rede urbana, transporte e economia
Fonte: Slideshare.net
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ordem global que se estabelece desde a década de 1990, quando prevalecerá a
integração dos mercados mundiais através das tecnologias de informação. Estas
cidades constituem os pontos de irradiação dos fluxos internacionais que se
direcionam por cada país e integram uma estrutura de comando econômico em
âmbito mundial. Convém mencionar que não necessariamente precisam ter um
número elevado de habitantes, mas, em geral, apresentam esta função porque,
A era da globalização é a era das cidades, pois elas ampliam sua importância
e crescem de acordo com as condições gerais de produção no capitalismo global.
Nesta fase, a produção se internacionaliza e ratifica o surgimento de Cidades
Globais como aquelas que exercem o maior grau de influência econômica e são as
sedes das grandes corporações industriais e financeiras. Os três principais
exemplos são Nova Iorque (EUA), Londres (Inglaterra) e Tóquio (Japão).
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4. ANÁLISE SOBRE O URBANISMO: A CIDADE À LUZ DA RAZÃO
CIENTÍFICA
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Portanto, o urbanismo moderno se autonomizou enquanto campo do
conhecimento científico e compôs um amplo projeto intelectual, político e ideológico
para a edificação de uma nova ordem nas cidades. Reuniu saberes e práticas
racionais de intervenção e outras propostas pontuais no século XIX que
delinearemos a seguir. As escolas do Urbanismo analisadas neste ponto compõem
um ideário de forte significação nas cidades Europeias e Norte-Americanas, vindo a
influenciar a vida de milhões de pessoas durante o século XX e que suscitaram o
aparecimento de outras correntes na procura da ressignificação urbana.
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avanços pautados no aval científico e acadêmico seriam responsáveis por uma
futura superação das contradições urbanas, onde logo a humanidade encontraria
seu caminho de harmonia e qualidade de vida. Por outro lado, para o
CULTURALISMO tal período expressou a perda dos valores tradicionais das cidades
antigas, e, em contraposição, achavam que a nova fase representava a
degeneração da qualidade urbana. A definição primaz da corrente culturalista é a
nostalgia ao passado, de maneira a resgatar os padrões socioculturais das cidades
pré-revolução industrial.
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traçado das ruas deveria respeitar as formas de relevo e a orientação dos ventos.
Em consequência predominavam as formas curvilíneas e tortuosas, de geometria
orgânica e natural.
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quando o objetivo primordial do planejador norte-americano era superar os focos
geradores de “doenças, depravação moral e descontentamento da população”
(HALL, 1988, p, 208). Para isso, o City Beautiful conduziu obras de embelezamento
e de infraestruturas em grandes escalas, colocando a questão do incrementalismo
estético e do preservacionismo arquitetônico como aspectos fundamentais.
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O CIAM fundou-se nos princípios de Charles-Édouard Jeanneret, mais
conhecido como Le Corbusier, um dos urbanistas mais influentes do século XX. Le
Corbusier sustentou, desde suas primeiras experiências na cidade de Paris, que a
cidade contemporânea deveria adequar-se aos avanços da modernidade. Adepto
dos traços geometricamente calculados, acreditou fielmente que os projetos
urbanísticos seriam os responsáveis por uma nova civilização, aquela da máquina e
do ser contemporâneo. As novas técnicas e o avanço da ciência já haviam
produzido um novo homem, e para este o planejamento e o design urbanos
deveriam ser dirigidos.
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5. A CIDADE NEOLIBERAL
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viabilizar as vantagens comparativas para a atração de capitais: oferta de locais para
eventos, de centros de consumo e lazer, de infraestruturas que a insiram no circuito
dos grandes investimentos, etc.
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decorrer das últimas três décadas, a maior parte das obras e investimentos públicos
realizados pelos governos estadual e municipal. Em Florianópolis, a estratégia
político-empresarial da municipalidade está em explorar o universo dos polos
tecnológicos e informacionais, como o projeto Sapiens Park, e, da mesma forma,
busca impulsionar o turismo de luxo.
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6. O ESPAÇO URBANO BRASILEIRO
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periferia, a industrialização dos materiais básicos de construção,
somados à crise do aluguel e às frágeis políticas habitacionais do
Estado, tornaram o trinômio loteamento popular/casa
própria/autoconstrução a forma predominante de assentamento
residencial da classe trabalhadora. (MAUTNER, 2004, p. 247-248).
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um padrão intra-urbano altamente regressivo do ponto de vista ambiental, social e
econômico, segundo alguns aspectos determinantes.
Fonte: Cidadedesaopaulo.com
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informal e o encolhimento do emprego no setor público e do proletariado formal”
(DAVIS, 2006, p. 180).
Fonte: Cidadedesaopaulo.com
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No Brasil a cidade se evidencia reproduzindo o abismo social que o
caracteriza. Aliás, cada cidade repercute no território as barreiras intrínsecas ao
tecido social em que está inserida. É observável, por exemplo, que na França pós-
colonial a chegada de imigrantes da região do Magreb contribuiu para um modelo de
segregação muito distinto do que ocorre no Brasil, caracterizado pelas barreiras
culturais e étnicas. Nas cidades francesas e alemãs, por exemplo, é relativamente
evidente a formação não somente de bairros de populações árabes ou turcas, mas
também um circuito econômico interno que os mantém com base na cooperação
mútua entre indivíduos que tiveram dificuldade de se integrar as sociedades
europeias. Os diferentes estratos sociais dessas sociedades não se evidenciam
espacialmente da mesma forma quanto os parâmetros étnico-culturais, tendo em
vista as décadas de políticas de bem-estar social e a formação de uma consolidada
classe média nesses países. Da mesma forma podemos observar nos Estados
Unidos e na África do Sul, cidades onde o tecido urbano se fragmenta com base no
componente racial. No Brasil, o aspecto social e da renda é determinante como
elementos de segregação.
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Figura 8: Segregação Socioespacial no Rio de Janeiro
Fonte: Rocinha.org
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7. PLANEJAMENTO URBANO NO BRASIL
7.1 Histórico
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publicada em 1903, e que previa uma série de obras para o embelezamento da
cidade. Passos queria aplicar ao Rio de Janeiro uma gama de reformas
estruturantes a cidade do Rio de Janeiro, assim como o Barão de Hausmann já
havia aplicado a cidade de Paris. Significou num plano de avenidas, dentre as
principais destacam-se a criação da Avenida Central (atual Av. Rio Branco), da
Avenida Beira Mar, conectando a Avenida Rio Branco até o fim da Praia de
Botafogo, e da Avenida Mem de Sá, ligando a Lapa à Tijuca e a São Cristóvão
(LEME, 1999, p. 24).
Fonte: Multirio.gov.br
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desta data que começam a serem feitos os zoneamentos, bem como a legislação
urbanística de controle do uso e ocupação do solo.
Fonte: Vitruvius.com
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Fonte: Urbanidades.com
Planos de Embelezamento
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Fonte: Elaboração do Autor
O Estatuto das Cidades foi o resultado de uma longa batalha travada por
variados segmentos organizados da sociedade brasileira, com o objetivo de
reordenar o espaço urbano e equiparar todo o processo decisório na política
municipal. Seu aparecimento tem forte vínculo com as crescentes desregulações na
organização territorial municipal ocorrentes na década de oitenta, um período em
que as cidades brasileiras, principalmente as metrópoles, viam-se cada vez mais
contraídas pela pobreza e pelas desigualdades. Tais circunstâncias desfavoráveis
ajudaram a formar um vasto movimento organizado, de abrangência nacional, para
incluir no novo texto constitucional da época instrumentos que viabilizassem novos
direcionamentos para política urbana. Isso resultou, pela primeira vez na história do
país, numa grande vitória para as camadas populares, já que fora incluído um
capítulo específico para a política urbana prevendo novos meios de garantia da
função social da cidade e da propriedade, bem como da democratização da gestão
urbana (Artigos 182 e 183).
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dizem respeito à realidade urbana, ao mesmo tempo em que diminui o poder
decisório de técnicos e do governo municipal.
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REFERÊNCIAS
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MAGALHÃES, F. Transformações socioespaciais na cidade-região em
formação: a economia geopolítica do novo arranjo espacial metropolitano. Belo
Horizonte: UFMG. 2008.
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